THE CHALLENGES FOR TEACHING INNOVATION AND SKILL-BASED LEARNING IN THE ERA OF DIGITAL CULTURE AND ARTIFICIAL INTELLIGENCE
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11095572
Darci Ferreira Coelho¹
RESUMO
Estamos vivendo em uma era de constante transformação e evolução nos âmbitos científico, socioeconômico, cultural e tecnológico. A escola parece caminhar na contramão deste momento histórico, que anseia por mudanças de paradigmas educacionais, com inovação docente e aprendizagem por competências. Esta pesquisa tem por objetivo analisar os desafios para com a inovação docente e aprendizagem por competências na era da cultura digital e inteligência artificial. Este estudo conduziu-se de maneira consistente ao empregar métodos de pesquisa bibliográfica e de campo para elaborar uma descrição detalhada, embasada no paradigma interpretativo compreensivo. O foco epistemológico direcionou-se para a abordagem qualitativa, utilizou-se de técnicas de triangulação e, portanto, além da análise documental, utilizou-se a observação, entrevistas semiestruturadas e questionários abertos e fechados. Os instrumentos para recolha de dados aplicou-se a 19 (dezenove) participantes, sendo professores do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, das escolas municipais de Buritis, Rondônia, Brasil. Esta investigação se ancorou em estudos considerados relevantes sobre os desafios docentes, uso de metodologias ativas e as competências necessárias para a sociedade da era da cultura digital, propiciado, dentre outros, pela UNESCO (2023), Tébar (2023) e Moran (2021). Por meio desta pesquisa, observa-se que as escolas não oferecem aulas de informática ou novas tecnologias aos estudantes e também não estão equipadas com recurso de dispositivos tecnológicos tanto para apoiar os docentes e estudantes em sala de aula, quanto para acompanhar as mudanças da evolução da sociedade atual. E os professores têm pouca competência e criatividade tecnológica para atuar com didática inovadora.
Palavras-Chave: Desafios. Inovação Docente. Aprendizagem. Competência. Era Digital.
Abstract
We are living in an era of constant transformation and evolution in the scientific, socioeconomic, cultural and technological spheres. The school seems to be going against the grain of this historical moment, which yearns for changes in educational paradigms, with teaching innovation and skills-based learning. This research aims to analyze the challenges facing teaching innovation and skills-based learning in the era of digital culture and artificial intelligence. This study was conducted in a consistent manner by employing bibliographic and field research methods to prepare a detailed description, based on the comprehensive interpretative paradigm. The epistemological focus was directed towards the qualitative approach, triangulation techniques were used and, therefore, in addition to documentary analysis, observation, semi-structured interviews and open and closed questionnaires were used. The instruments for data collection were applied to 19 (nineteen) participants, teachers from the 4th and 5th year of Elementary School, from municipal schools in Buritis, Rondônia, Brazil. This investigation was anchored in studies considered relevant on teaching challenges, the use of active methodologies and the skills necessary for society in the era of digital culture, provided, among others, by UNESCO (2023), Tébar (2023) and Moran (2021). Through this research, it was observed that schools do not offer computer classes or new technologies to students and are also not equipped with technological devices to support teachers and students in the classroom, as well as to monitor changes in developments. of today’s society. And teachers have little technological competence and creativity to work with innovative teaching.
Keywords: Challenges. Teaching Innovation. Learning. Competence. Digital age.
INTRODUÇÃO
Pode-se dizer que a inovação docente e aprendizagem por competências estão em dois hemisférios de conceitos que podem ser conectados na prática pedagógica do professor em sala de aula no contexto atual da era da cultura digital. A inovação docente concerne-se à adoção de novas metodologias e estratégias de gestão de conhecimento em sala de aula que promovam uma aprendizagem mais significativa e eficaz, enquanto a aprendizagem por competências enfatiza o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos práticos que são essenciais e relevantes como competência que vai além do âmbito digital para o mundo atual. “O termo competência digital refere-se a um conjunto de estratégias, atitudes, conhecimentos, habilidades e capacidades específicas para a utilização de tecnologias de informação e comunicação” (NEVES 2018, p. 107).
Na era do conhecimento da cultura digital, a aprendizagem por competências e a inovação docente desempenham um papel crucial para garantir que os estudantes estejam preparados com competências, habilidades e atitudes para lidar com os desafios e demandas da sociedade contemporânea, com pensamento crítico, resolução de problemas reais do cotidiano. De algum modo, isso envolve utilizar tecnologias digitais de forma ética, como computadores, tablets, smartphones e internet, como ferramentas de gestão de conhecimento em sala de aula, a fim de melhorar a qualidade e a equidade da aprendizagem dos estudantes.
Nesta pesquisa, em vez de utilizar o termo “ensinar” para descrever a ação do professor em relação ao ensinamento aos alunos, emprega-se a expressão “gestão de experienciação do conhecimento” ou “experienciação do conhecimento”, para referir a essa mesma ação do professor. Essa escolha reflete o papel do professor como mediador e entusiasta entre o estudante e o objeto do conhecimento explorado em sala de aula.
Entende-se, que esse estudo é extremamente relevante para a compreensão de três principais contundentes situações: a expressiva frustração dos professores diante dos desafios para inovar no processo de experienciação de conhecimento na sala de aula; o desinteresse, desmotivação e baixo nível de curiosidade dos estudantes; e os desafios para com realização da aprendizagem por competências na era da cultura digital. Além disso, qual é a percepção dos professores sobre os respectivos desafios enfrentados para a realização da gestão de experienciação conhecimento em sala de aula com inovação para os estudantes na era da cultura digital? Portanto, esta investigação se ancorou em estudos considerados relevantes sobre os desafios docentes, uso de metodologias ativas e as competências necessárias para a sociedade da era da cultura digital, propiciado, dentre outros, pela UNESCO (2023), Tébar (2023) e Moran (2021).
A pesquisa utilizou-se de questionários contextuais e entrevistas aplicadas a 19 (dezenove) participantes, sendo eles, professores em atuação nos 4º e 5º anos, dos anos iniciais do Ensino Fundamental, da Educação Básica, da rede pública de ensino do município de Buritis, Rondônia, Brasil. Os objetos de aplicação de instrumentos para coleta de dados, foram: observação, questionários contextuais e entrevistas com o público-alvo correspondente. O foco recaiu na percepção desse público em relação aos desafios enfrentados por estes professores em sala de aula para inovar e realizar aprendizagem por competências na era da cultura digital e inteligência artificial, referente ao ano letivo de 2024.
Estruturou-se esse estudo, apresentado em um texto de oito seções, das quais se incluem esta introdução. Na segunda seção, tem como abordagem o referencial teórico o qual norteia o desenvolvimento desta pesquisa, com a temática “perspectiva histórica dos desafios do professor”. Na terceira seção, discorre-se sobre “os desafios do professor para inovar na contemporaneidade”. Na quarta seção, destaca-se “aprendizagem por competências na era da cultura digital”. Na quinta seção, apresenta-se a “abordagem metodológica e a delimitação da amostra utilizada para o estudo”. Na sexta seção, aborda-se a apresentação e discussão dos resultados da pesquisa de campo. Na sétima seção, trata-se da análise e processamento dos dados coletados. Na oitava seção, apresenta-se proposta de intervenção da pesquisa em questão. E na nona e última seção, apresenta-se as conclusões da pesquisa, bem como, as sugestões para novas linhas de pesquisas investigativas.
PERSPECTIVA HISTÓRICA DOS DESAFIOS DO PROFESSOR
Ao longo da história da humanidade, os professores vêm enfrentando diversos desafios, desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Pois, os desafios enfrentados pelos professores têm uma longa história que remonta à Grécia Antiga, onde a educação era considerada um aspecto fundamental naquele período histórico daquela sociedade e, portanto, o “ideal da educação era a formação do bom orador, ou seja, aquele que sabia falar em público, seduzir os outros na política” (FAVA, 2017, p. 78). Ainda nesse contexto, Frappier et al. (2005, p. 59) discorrem que “a educação na Grécia antiga teve como base a Paideia, que, entre outras definições, pode ser entendida como o ideal de formação do homem pela cultura, buscando uma formação total e a perfeição interior”.
Nesse período histórico, os professores eram chamados de “pedagogos” e tinha a exímia responsabilidade de educar os jovens nas áreas de artes, literatura, música, matemática, filosofia e esportes (FUNARI, 2001, p. 44). Contudo, um dos principais desafios enfrentados pelos professores na época era a falta de recursos e materiais educacionais adequados. Ao contrário dos dias atuais, na Grécia Antiga não havia livros didáticos ou materiais de apoio prontos para serem utilizados em sala de aula. Portanto, os professores nesse período histórico, segundo Casson e Antunes (2018) precisavam criar seus próprios materiais e recursos, muitas vezes utilizando pergaminhos, tábuas de argila e outros meios de escrita, para realizar o processo de escolarização dos estudantes.
Durante o período da Idade Média, a educação escolar ficou restrita às instituições religiosas, onde os professores eram frequentemente clérigos, onde os desafios docentes no sistema educacional incluíam desde a falta de liberdade acadêmica, a ampla diversidade cultural dos estudantes, até a falta de recursos, já que os conteúdos da experienciação de conhecimento eram controlados pela igreja e os estudantes eram ensinados principalmente em latim, “a partir da constituição e da difusão da regra de São Bento (525), encontrava-se pronto o protótipo de uma educação exclusivamente cristã” (BANNIARD, 1980, p. 133).
Com o período Renascentista, mudaram-se os paradigmas da sociedade, com isso houve um ressurgimento do interesse pela educação, pela valorização dos professores e, sobretudo, a forma como se estruturou o sistema educacional. Para Saviani e Lombardi (2018), nesse período Renascentista, a educação passou a ser reconhecida como um instrumento fundamental para o desenvolvimento humano e social. No entanto, um dos desafios enfrentados pelos professores na época era a crescente diversidade de alunos, com diferentes habilidades e níveis de conhecimento em um único espaço educacional (Almeida, 1999, p. 58). Além disso, a disponibilidade de recursos educacionais ainda era muito limitada e fragmentada, às vezes restrita aos estudantes pertencentes às classes privilegiadas economicamente.
No século XVIII surgiram as primeiras escolas públicas, o que trouxe novos desafios para os professores. Um desses desafios, na perspectiva de Bittencourt (2013, p. 78), era o elevado número de estudantes em sala de aula, com uma diversidade de aculturação e distintos níveis de desenvolvimento acadêmico, o que dificultava para o professor fazer o processo de experienciação de conhecimento com os estudantes de forma individualizada. Para Freitas (2010, p. 42), além disso, “os professores enfrentavam problemas de indisciplina e comportamento inadequado para o contexto de sala de aula”, já que os estudantes passavam longas horas na escola.
No século XIX, mais especificamente no meado dele, o cenário educacional internacional enfrentava grandes desafios. Com a chamada “Revolução Industrial”, segundo Saviani (2021), as sociedades, inclusive a brasileira, passavam por mudanças profundas em diversos aspectos, incluindo a economia, a política e as tecnologias do processo de industrialização. Isso gerava a necessidade de repensar o papel da educação na formação dos cidadãos e na preparação para o mundo do trabalho.
Nesse contexto, os professores eram confrontados com diversos desafios para inovar em suas práticas pedagógicas e acompanhar as transformações sociais. Um dos principais desafios era adequar o trabalho pedagógico em sala de aula aos anseios da industrialização em massa, que demandava uma força de trabalho qualificada e adaptada ao processo industrial (Libâneo, 2013). Com o crescimento populacional nas áreas urbanas, cada vez mais pessoas buscavam ter acesso à escola. Segundo o autor, os professores precisavam, então, encontrar maneiras de atender a demanda e de preparar os estudantes para esse novo cenário social e, portanto, isso incluía a criação de novas estratégias de experienciação de conhecimento e uso de recursos didáticos diferenciados.
No limiar do século XXI, com a expansão do processo de industrialização e a evolução das tecnologias surgem novos anseios da sociedade por uma educação escolar com muita relevância no contexto educativo para a vida ao longo do tempo. Essa perspectiva enfatizava a importância da interação entre professores e alunos, bem como a adaptação do ensino às necessidades individuais de cada estudante, algo que nos leva “a retomar e a atualizar o conceito de educação ao longo da vida” (DELORS, 2010, p. 9). Porém, os professores enfrentavam desafios relacionados à falta de infraestrutura, como salas de aula superlotadas, com níveis distintos de conhecimento e falta de recursos apropriados, além de questões sociais, como o acesso limitado à educação por determinados grupos.
Nos últimos anos, os desafios dos professores têm evoluído, refletindo mudanças nas sociedades e nos sistemas educacionais. Portanto, além dos desafios corriqueiros considerados histórico, têm envolvido questões árduas e desafiadoras como a educação inclusiva em sala de aula com qualidade e equidade, a crescente dependência de implementação do uso de recursos com dispositivos tecnológicos com metodologias ativas no processo de experienciação de conhecimento, “que favorecem o desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva em relação ao que estão fazendo” (Gomes e Lima, 2019, p. 11), bem como, a falta de interesse e a desmotivação dos estudantes para com o objeto de conhecimento.
Outro desafio histórico dos professores que ainda possuem elevada contundência na atualidade é o baixo status social, ou seja, a falta de reconhecimento e prestígio profissional e, além disso, o baixo nível de autoridade em sala de aula e no contexto educativo, sendo fator de elevada implicação negativa no desenvolvimento do trabalho do professor e na aprendizagem dos estudantes em muitos países (UNESCO, 2020). Visto que, durante muitos séculos, a profissão de professor foi conspecto de entendimento político e social como uma atuação profissional de baixo prestígio, com pouca valorização da importância do trabalho dos professores na formação dos cidadãos.
Atualmente, os professores também enfrentam desafios relacionados aos contínuos avanços no âmbito científico, sociocultural e tecnológico, os quais exigem desses profissionais agregações de práticas inovadoras e tecnológicas capaz de “estimular a criatividade de cada um e a percepção de que todos podem evoluir como pesquisadores, descobridores, realizadores, que conseguem assumir riscos, aprender com os colegas, descobrir seus potenciais.” (MORAN, 2018, p. 3). A rápida e constante evolução da tecnologia, “de um modo em geral cada vez mais se torna ferramenta para potencializar a educação para sociedade” (Moreira e Costa, 2020, p. 63), isso tem exigido que os professores profissionalmente mantenham-se atualizados e se adaptem ao uso de novas ferramentas e recursos digitais em sua prática pedagógica de sala de aula.
Assim sendo, percebe-se que alguns dos principais desafios enfrentados pelos professores percorrem toda a história da humanidade, desde a Grécia Antiga, passando pelo período da Idade Média e com existência até nos dias atuais. Isso de certa forma reflete os desafios que ainda são enfrentados pelos professores na atualidade. Portanto, o conhecimento e a compreensão desses desafios com raízes históricas podem ajudar os professores a desenvolver estratégias e abordagens pedagógicas mais eficazes para enfrentá-los e superá-los, para proporcionar educação de qualidade e equidade para todos e, assim, “pode se tornar uma chance para repensar o mundo de amanhã” (FRANÇOIS, 2003, p. 16).
Os Desafios do Professor para Inovar na Contemporaneidade
Nos tempos atuais da cultura digital os desafios para inovar em sala de aula são contundentes, frente a um ambiente cotidiano que revela um fenômeno indescritível no campo educacional dentro da sala de aula, de um lado percebe-se um baixo nível de interesse e de curiosidades dos estudantes pela busca de conhecimentos sistematizados, e do outro, nota-se um considerável desconforto profissional dos professores, os quais se sentem confrontados com frustrações ao tentar exercer sua função docente. Quer seja pelo desafio diante da dificuldade em implementar seu plano de aula de forma atrativa e inovador, quer seja com o desafio por não conseguir atingir o alcance dos índices desejados de sucesso na aprendizagem dos estudantes, bem como, por não conseguir implementar a competência pedagógica capaz de potencializar o despertar dos interesses dos estudantes pelas atividades escolares diárias, assim, exigindo “a atualização permanente do professorado” (TÉBAR, 2023, p. 19).
Na contemporaneidade, segundo Dias (2023, p. 01) “é quase impossível pensar em educação sem pensar no uso de tecnologias digitais”, pois os professores enfrentam uma série de desafios ao tentar inovar em suas práticas pedagógicas no recinto de sala de aula. Visto que, o avanço tecnológico tem transformado a sociedade de maneira rápida e profunda, o que exige de tal forma, que os educadores se adaptem a esse novo mundo da era da cultura digital e busquem continuamente novas estratégias para potencializar o engajamento aos estudantes e promover a “aprendizagem significativa para a vida” (Ausubel, 1982, p. 29), que permitam não só o desenvolvimento de profissionais qualificados, mas também de cidadãos e cidadãs capazes de intervir nas problemáticas da sociedade de forma ativa, fundamentada, responsável e solidária, como princípio humano constitucional (BRASIL, 1988).
Um dos principais desafios enfrentados pelos professores é o acesso e a habilidade em utilizar as novas tecnologias em sala de aula. Ainda existem muitas instituições de ensino com infraestrutura bem precária e falta de recursos tecnológicos adequados, o que de certa forma, dificulta implementar estratégias inovadoras, que para Lopes (2018, p. 01) “perante a atual sociedade da era da cultura da informação é impossível manter a escola distante das novas tecnologias, já que estas podem oferecer-lhe um vasto leque de possibilidades, quer para os professores, quer para os alunos”. Além disso, um quantitativo bem considerável de professores não foi preparado durante sua formação para lidar com as tecnologias digitais, o que na prática demanda um esforço adicional para adquirir as habilidades e competências necessárias para o processo de operacionalização.
Outro desafio para inovar na era da cultura digital e inteligência artificial é a resistência por parte dos professores, que muitas vezes estão acostumados com métodos convencionais de experienciação de conhecimento e têm dificuldades em se adaptar a práticas inovadoras. E também, a falta de motivação, curiosidade e interesse dos professores por realizar aulas com o uso de recursos com dispositivos tecnológicos, o que pode ser um obstáculo para a implementação de atividades mais criativas e participativas nesse contexto. Portanto, para (Moran, 2021, p. 39) o “docente inovador amplia as formas de ensinar e de aprender”, o que não pode ser concebível na era da cultura atual é o oposto dessa ação do professor.
Além disso, a pressão por resultados, a ênfase em avaliações padronizadas e o expressivo horário de trabalho semanal, também podem dificultar a inovação docente na sala de aula. Desse modo, segundo Fino (2011, p. 5) “a inovação pedagógica só se pode colocar em termos de mudança e de transformação”, às vezes os professores se veem presos a um currículo rígido e a uma carga horária excessiva que configura sobrecarga e falta de tempo, além disso, ainda tem a falta de recursos apropriados. Isso, de certa forma, limita a capacidade do professor de experimentar novas abordagens pedagógicas com o uso de recursos tecnológicos e desenvolver projetos transformadores, mais contextualizados e significativos para os estudantes na era da cultura digital (NÓVOA, 2023).
Diante dos vastos e contundentes desafios que os professores enfrentam para inovar pedagogicamente na era da cultura digital, percebe-se a necessidade de encontrar solução para ampliar o uso das atuais tecnologias da informação e comunicação em sala de aula, pois, esse recurso tecnológico, segundo (COUTO, et al., 2008, p. 112) “possibilita um espaço de comunicação mais flexível que o produzido nas mídias como a impressa, o rádio e a televisão”, e além disso, investir em formação continuada com o cunho de implementar o uso de recurso de dispositivo tecnológico e utilização de ferramentas de inteligência artificial – IA, bem como, investir em incentivos a produtividade para práticas inovadoras, são medidas essenciais e de uma agenda urgente para enfrentar os desafios e promover uma educação de qualidade com equidade na contemporaneidade.
Aprendizagem por Competências na Era da Cultura Digital
À medida que o mundo da era da cultura digital e inteligência artificial se aproxima, revelando-se em constante processo dinâmico de mudanças, a natureza da cultura social passa a demandar novos padrões de paradigmas educacionais e, “a mudança requer novas práticas e soluções, além de promover o desenvolvimento das pessoas” (CHIAVENATO, 2010, p. 453). Percebe-se que na atualidade a tecnologia digital desempenha um papel indispensável e vital, portanto, a aprendizagem por competências em sala de aula na era da cultura digital e inteligência artificial é um conceito que enfatiza que o trabalho do professor deve proporcionar o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos dos estudantes que sejam relevantes para a vivência neste mundo do ambiente digital atual. Neste contexto, os recursos digitais tendem a tornar as aulas mais dinâmicas, permitem personalizar o ensino para a necessidade de cada aluno e trazem maior autonomia para que estes sejam protagonistas (ALLAN, 2017, p. 139).
A cultura digital refere-se à forma como a tecnologia da informação e comunicação molda a nossa sociedade e o nosso comportamento, afetando peculiarmente a forma como se pensa, comunica, trabalha, aprende e se constrói oportunidades de desenvolvimento inovador. Para Kenski (2018), a cultura digital é um termo novo, atual, emergente e temporal. Nesse âmbito, se entende que a expressão integra perspectivas diversas vinculadas à incorporação, inovações e avanços nos conhecimentos proporcionados pelo uso das tecnologias digitais e as conexões em rede para a realização de novos tipos de interação, comunicação, compartilhamento e ação na sociedade.
A inteligência artificial, por sua vez, é uma área de estudo que busca desenvolver sistemas computacionais capazes de realizar tarefas otimizando tempo, de forma rápida, funções que normalmente exigiriam atividades de inteligência humana. Assim, esse mundo de mente artificial através de um processo dinâmico tecnológico tem implicação de forma revolucionária no modo de vida da sociedade, visto que “às necessidades dos educandos, os ambientes familiares, sociais, afetivos, normativos e outro, estão em constantes mudanças” (Tébar, 2023, p. 24). Não se pode negar que a escola não faz parte dessa sociedade em ascensão, o que não pode é ela ficar estacionada na inércia de uma escolarização arcaica.
Nessa perspectiva, Pedró (2016, p. 19) acredita que “em todo o mundo, os esforços realizados nas últimas décadas para transformar o ensino e a aprendizagem parecem não dar frutos, porque continuamos tendo uma escola muito parecida com a que tínhamos vinte anos atrás”. Ainda se tem um modelo de escola que não demonstra apresentar as características necessárias para o desenvolvimento de aprendizagem por competências, que proporciona ao estudante desenvolver o seu pensamento crítico, resolução de problemas reais do cotidiano, colaboração, criatividade, adaptabilidade, comunicação e cultura digital.
Entende-se, que essa aprendizagem por competência além de ser essencial é necessária para se construir conhecimentos que se conectam com a realidade vivenciada pelo estudante ao longo da vida. Além disso, a aprendizagem por competências na era da cultura digital, também promove a autonomia do estudante, implicando-lhe a necessidade de busca constante por soluções para novos problemas, ou seja, sendo protagonista de sua aprendizagem (FAVA, 2014, p. 42). Na era atual, parece ser quase impossível falar de aprendizagem por competências sem o uso de recurso com dispositivos tecnológicos em sala de aula.
Na perspectiva de Moran (2021, p. 56) “as tecnologias são muito mais do que artefatos e aplicativos: são ambientes de vida. Integram cultura e competências digitais: um mundo em que tudo se mistura, em que tudo está sempre ao nosso alcance, disponível para aprender, criar e compartilhar”. Além de a escola ser transformada tecnologicamente em uma busca implacável por aprendizagem por competências na era da cultura digital e inteligência artificial, requer que o professor se mantenha sempre com a mente aberta, debruçado na busca incessante por renovação constante da sua didática de experienciação de conhecimento.
Pode-se começar por desafiar as próprias crenças e práticas pedagógicas, buscando entender a origem delas e considerar diferentes perspectivas de atuação didática. Pois no entendimento de Brandão e Vargas (2016, p. 9), “o uso de tecnologias e dispositivos digitais para ampliar o acesso à educação de qualidade é um fenômeno em franca expansão”. Além disso, também é importante se expor a diferentes formas de pensar, agir, ler e aprender sobre temas diversos, além de buscar o diálogo e a escuta pedagógica ativa.
Assim, “é essencial que a inteligência artificial seja concebida e inovadora de forma a complementar e enriquecer as competências humanas, promovendo uma interação sinergética e simbiótica entre tecnologia e seres humanos no contexto da aprendizagem” (DUQUE ET AL., 2023, p. 07). Assim, considerando que o mundo estar em um processo constante de evolução e inovação, parece ser inaceitável que professor em sala de aula não apresenta capacidade de adaptar-se às mudanças com didáticas inovadoras conforme “as novas competências exigidas pela evolução da sociedade” (Tébar, 2023, p. 24), de acordo com os pilares educacionais correspondente ao mundo da sociedade atual.
Delors (2010, p. 31), destaca ainda no relatório para a UNESCO, da Comissão Internacional sobre a educação para o século XXI, que “a educação ao longo da vida baseia-se em quatro pilares, sendo: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser”. Portanto, diante dessa perspectiva, parece ser uma necessidade urgente, que os professores desenvolvam competências intuitivas que lhe possibilitem planejar e executar aulas inovadoras, possibilitando aos estudantes aprender por competência, com visão para além de seu tempo e espaço de atuação.
ABORDAGEM METODOLÓGICA E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Essa pesquisa está fundamentada em uma abordagem metodológica que integra os enfoques epistemológicos da investigação qualitativa e quantitativa, com a combinação de técnicas bibliográficas e de pesquisa de campo. O estudo adota métodos descritivos e hermenêuticos, guiados pelos paradigmas de compreensão e interpretação. Na coleta de dados, são utilizadas observação direta, entrevistas semiestruturadas e questionários. Dessa forma, a obtenção, interpretação e compreensão das informações, incluindo a análise da comunicação humana em toda a sua complexidade, são realizadas de maneira sistemáticas e disciplinadas para a construção do conhecimento científico e, portanto, a ciência é uma forma específica de conhecimento, que se distingue de outras formas por determinados procedimentos de produção e garantia de validade do saber (RÜSEN, 2015, p. 60).
Para se avaliar as respostas obtidas de forma qualificada, utilizou-se a abordagem da pesquisa qualitativa. “Na pesquisa qualitativa, diferentemente da quantitativa, o pesquisador busca compreender os fenômenos observando-os, interpretando-os e descrevendo-os” (MELLO ET AL., 2012, p. 1). A abordagem foi exploratória, realizando um estudo de campo, pois buscou coletar e analisar a opinião dos docentes em atuação nos 4º e 5º anos, dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em 05 escolas, ambas situadas na zona urbana da rede pública de ensino municipal de Buritis, Rondônia, Brasil, com relação à temática, “os desafios docentes para inovar e realizar aprendizagem por competências na era da cultura digital e inteligência artificial”.
Para coletar os dados do grupo de investigação correspondente, um questionário foi elaborado e aplicado. Para Gil, (2008) o questionário é um instrumento desenvolvido cientificamente, composto por um conjunto de perguntas ordenadas e que, no campo organizacional, é utilizado para obter informações sobre o objeto de investigação. As questões utilizadas nessa pesquisa são descritas nos resultados e discussões deste estudo.
Foi realizada a Análise do Conteúdo, sobre a ótica proposta por Bardin (2016), que tem como objetivo analisar com profundidade de forma crítica e criteriosa os conteúdos da investigação obtidos. Esta abordagem se constituiu no crivo da pesquisa qualitativa, pois permitiu ao pesquisador interpretar de forma subjetiva, relacionando com aspectos teóricos.
Para Alvarenga (2012, p. 10) no contexto qualitativo, considera-se a participação ativa dos próprios indivíduos que estão sendo estudados. Diante disso, se investigou de forma minuciosa, como os sujeitos interpretam a sua própria realidade? Qual é a natureza dessa percepção da realidade com a qual eles convivem? Desse modo, a coleção de passos ordenados seguidos de forma sistemática que guiam uma investigação constitui o método científico. O objetivo é obter informações confiáveis, fidedignas e relevantes para gerar novos conhecimentos. Além disso, pode ser empregado para identificar maneiras de melhorar as condições de vida de uma comunidade ou indivíduos. Esse processo abrange todas as etapas da investigação (ARNOLDI, 2017).
Assim, para a obtenção das informações detalhadas aplicou-se as técnicas de coletas de dados com os seus respectivos instrumentos, ocorrido por meio de uma relação neutra, onde o investigador não exerceu em momento algum qualquer implicação de influência sobre o investigado, bem como, não desvalorizou e nem desrespeitou a concepção dos investigados.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Nesta exposição em questão, o foco é apresentar, examinar e debater os resultados significativos provenientes da pesquisa de campo. Esses resultados foram obtidos por meio de observações, questionários e entrevistas semiestruturadas aplicadas aos participantes, que são professores atuando na gestão de experienciação de conhecimento em sala de aula, com estudantes dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. O estudo foi conduzido com os participantes durante o período de 15 de fevereiro a 16 de março de 2024, em cinco escolas públicas da rede municipal de ensino em Buritis, Rondônia, Brasil.
Para investigar os desafios e visões dos professores em relação às suas percepções sobre a respectiva atuação metodológica na docência em sala de aula, o questionário incluiu uma variedade de questões investigativas, totalizando 14 perguntas consideradas mais relevantes. Para analisar cada pergunta, foram consideradas 04 inferências de fatores como base, sem seguir uma lógica comum de inferências para todas as questões e, portanto, os resultados correspondentes foram apresentados da seguinte maneira:
Curso de pós-graduação realizado pelos professores na área de informática ou novas tecnologias? Dos 19 professores inquiridos – 13 (68,4%) ainda não fizeram “nenhum curso nessa área”. No entanto, 02 (10,5%) fizeram “01 curso de pós-graduação”; 01 (3,5%) fez “02 cursos de pós-graduação” e, 03 (15,8%) fizeram “03 cursos de pós-graduações ou mais”.
A escola em que trabalha está preparada com todos os recursos tecnológicos para ensinar por competência e acompanhar as mudanças tecnológicas de acordo com a era da cultura digital e inteligência artificial? Na percepção dos professores – dos 19, 13 (68,4%) alegam que as instituições de ensino estão “despreparadas”; 04 (21,1%) acreditam que as instituições de ensino estão “muito despreparadas”. Porém, 02 (10,5%) entendem que as instituições de ensino estão “preparadas”.
Professor, você está preparado tecnologicamente para ensinar usando os recursos de dispositivos tecnológicos em sala de aula e acompanhando as mudanças tecnológicas da era da cultura digital e inteligência artificial? Na percepção dos professores – dos 19, 13 (68,4%) acreditam que estão “despreparados” tecnologicamente para ensinar usando os recursos com dispositivos tecnológicos e 01 (5,3%) entende que está “muito despreparado”. Mas, 05 (26,3%) dos quais, percebem que estão “preparados”.
Os estudantes em sala de aula encontram possibilidade de fazer uso de dispositivo tecnológico como apoio ou suporte para a sua aprendizagem por competência? Na percepção dos professores – dos 19, 11 (57,9%) entendem que os estudantes “raramente” em sala de aula encontram esse tipo de possibilidade e, 07 (36,8%) acreditam que os estudantes em sala de aula “nunca” têm essa possibilidade. No entanto, 01 (5,3%) entende que “frequentemente” os estudantes têm essa possibilidade.
Professor, você considera que a falta de uso de recurso com dispositivo tecnológico em sala de aula contribui para a falta de preparação dos estudantes para a vida futura na sociedade da era cultura digital e inteligência artificial? Na percepção dos professores – dos 19, 12 (63,2%) reconhecem “sempre” que a falta de uso de recurso com dispositivo tecnológico em sala de aula contribui para a falta de preparação dos estudantes para a vida futura e, 03 (15,8%) acreditam que “frequentemente” a falta de uso desses recursos contribui para a falta de preparação desses alunos. No entanto, 04 (21,1%) acham que “raramente” esses recursos possuem essa contribuição para a vida dos estudantes.
Professor, você considera que a indisciplina dos estudantes em sala de aula é um fator que te causa desconforto no trabalho de docência? Na percepção dos professores – dos 19, 12 (63,2%) acreditam “considera fortemente” que a indisciplina provoca isso e, 06 (31,6%) “consideram” também que isso causa desconforto. Porém, 01 (5,3%) “desconsidera fortemente” que a indisciplina dos estudantes é um fator que causa desconforto no trabalho de docência.
Professor, você considera que a indisciplina dos estudantes em sala de aula caracteriza um elevado desafio para a inovação docente na era atual? Na percepção dos professores – dos 19, 12 (63,2%) “consideram fortemente” que a indisciplina dos estudantes é um desafio para o ofício da profissão de professor, além disso, 07 (36,8%) “consideram” que realmente a indisciplina dos estudantes em sala de aula caracteriza um elevado desafio.
Nos dias atuais é possível considerar que o professor ainda enfrenta o desafio de ter que superar o baixo status social, ou seja, a falta de reconhecimento e prestígio profissional para inovação docente na contemporaneidade? Na percepção dos professores – dos 19, 09 (47,4%) “consideram” que isso realmente é um desafio, e 10 (52,6%) “consideram fortemente” que o professor além de ter que superar falta de reconhecimento e prestígio profissional ainda enfrenta o desafio da inovação docente na era atual.
É possível considerar que há existência de um baixo nível de autoridade do professor em sala de aula e que isso é um desafio a ser enfrentado na atualidade? Na percepção dos professores – dos 19, 10 (52,6%) “consideram” que há existência de um baixo nível de autoridade do professor e que isso é um desafio a ser enfrentado, e 07 (36,8%) “consideram fortemente” que isso é um desafio a ser enfrentado. Mas, 02 (10,5%) “desconsideram” que haja um baixo nível de autoridade do professor em sala de aula.
É possível considerar que o professor em sala de aula enfrenta o desafio de manter os estudantes com o foco e interesse nas atividades propostas? Na percepção dos professores – dos 19, 10 (52,6%) “consideram fortemente” que o professor enfrenta esse desafio, e 09 (47,4%) “consideram” também que os docentes enfrentam esse desafio. Dessa forma, a grande maioria dos professores enfatizou em um texto dissertativo sobre essa situação (no explique), afirmando que:
no cotidiano de sala de aula até parece ser comum o professor passa boa parte do tempo chamando a atenção dos estudantes para com o foco na resolução das atividades propostas, pois uma parcela bem expressiva dos educandos não demonstra ter interesse e curiosidade pelo objeto de conhecimento proposto pelo professor, que de certa forma, causa um elevado desconforto para o docente e, evidentemente, soa como um fracasso pedagógico, diante do desafio enfrentado e que precisa ser superado no dia a dia do oficio da profissão do professor.
Nos dias atuais é possível considerar que a falta de recursos e materiais didáticos adequados caracteriza um desafio para o professor inovar com aula atrativa e promover aprendizagem por competência aos estudantes? Na percepção dos professores – dos 19, 11 (57,9%) “consideram” que a falta de recursos e materiais didáticos adequados realmente é um desafio para a inovação docente, além disso, outros 07 (36,8%) “consideram fortemente” que isso é um desafio para o professor nos dias atuais. Porem, 01 (5,3) “desconsidera” que a influência de recurso e material adequado para a inovação pedagógica.
É possível considerar que a diversidade de aculturação e nível variado de conhecimento dos estudantes em uma sala de aula caracteriza um desafio para o professor realizar inovação didática e promover aprendizagem por competência? Na percepção dos professores – dos 19, 14 (73,7%) “consideram” que a diversidade de aculturação dos estudantes em sala de aula é um desafio para a inovação docente, e 04 (21,1%) “consideram fortemente” que isso é um desafio para o professor nos dias atuais. No entanto, 01 (5,3) “desconsidera” que essa diversidade de aculturação tem implicação desafiadora para os professores.
Diante do desafio por não conseguir atingir os índices desejados de sucesso na aprendizagem dos estudantes em sala de aula, é possível considerar que o professor se sente frustrado? Na percepção dos professores – dos 19, 12 (63,2%) “consideram” que o professor se sente frustrado diante dessa situação, e outros 07 (36,8%) “consideram fortemente” que o professor se sente frustrado diante do fracasso por não conseguir atingir os índices desejados de sucesso na aprendizagem dos estudantes.
É possível considerar que o professor enfrenta desafio e frustração por não conseguir implementar a competência pedagógica capaz de potencializar o despertar dos interesses dos estudantes pelas atividades escolares diárias? Na percepção dos professores – dos 19, 11 (57,9%) “consideram” que a incapacidade docente de não conseguir implementar a competência pedagógica capaz de potencializar o despertar dos interesses dos estudantes pelas atividades gera frustração diária e, portanto, outros 06 (31,6%) “consideram fortemente” da mesma maneira. Mas, 02 (10,5%) “desconsideram” que o professor enfrenta tal situação no cotidiano do ofício da profissão docente.
Análises e Processamento dos Dados Coletados
Nesta análise objetiva-se, apresentar as considerações dos resultados do estudo obtidos através de diversos instrumentos que foram aplicados para obtenção de dados sobre os desafios para a inovação docente e a aprendizagem por competências na era da cultura digital e inteligência artificial, nas escolas da rede pública de ensino municipal de Buritis, Rondônia, Brasil. Analisou-se o conteúdo, “a análise de conteúdo permite ao pesquisador fazer inferência sobre qualquer um dos elementos da comunicação” (Franco, 2020, p. 16), após ter sido extraído por meio de um conjunto de instrumentos de caráter metodológico em contínuo aperfeiçoamento, que se aplicam a discursos bastante diversificados (BARDIN 2016, p. 15).
Após coletar informações durante a pesquisa de campo e realizar a análise detalhada sobre o perfil dos professores e suas percepções em relação ao desempenho metodológico na gestão de experienciação de conhecimento em sala de aula nos 4º e 5º anos nas escolas investigadas, os resultados indicaram que a maioria dos professores dessas escolas não realizou nenhum curso de pós-graduação na área de informática ou novas tecnologias, o que por si só, demonstra falta de competência tecnológicas desses profissionais nessa área de atuação pedagógica. E, além disso, as escolas desses docentes não oferecem aulas de informática ou de tecnologias digitais para os estudantes. A UNESCO (2023, p. 07) afirma que o “direito à educação, cada vez mais, é sinônimo de direito à conectividade adequada; no entanto, há desigualdade no acesso”. Portanto, segundo a UNESCO, esse cenário está ocorrendo no mundo todo.
Os professores afirmam que essas instituições de experienciação de conhecimento não estão preparadas com recursos de dispositivos tecnológicos para ensinar por competênciasacompanhando as mudanças contínuas na área das tecnologias digitais e inteligência artificial, nem proporcionam um ambiente com acesso a recursos tecnológicos que sirvam como apoio ou suporte para o processo de aprendizagem por competências aos estudantes o recinto escolar ou em sala de aula.
Nesse contexto, há ainda a maioria dos professores que se sente despreparado tecnologicamente e enfrentam elevada dificuldade para inovar na realização da sua gestão de experienciação de conhecimento em sala de aula, acompanhando as transformações e evoluções tecnológicas da era da cultura digital e inteligência artificial, porque não têm competências profissionais tecnológicas para operar os recursos de dispositivos móveis tecnológicos e, portanto, “a chegada das tecnologias móveis à sala de aula traz tensões, novas possibilidades e grandes desafios” (MORAN, 2021, p. 61).
Os professores consideram que a falta de uso de recurso com dispositivo tecnológico em sala de aula contribui de forma decisiva para a falta de preparação dos estudantes para a vida futura na sociedade da era cultura digital e inteligência artificial. Visto que, “por meio de recursos multimídia, há melhores chances de cativar a atenção do estudante e aumentar sua motivação” (VALENTE e ALMEIDA, 2022, p. 13).
Foi constatado que na visão dos professores, a indisciplina dos estudantes em sala de aula e o baixo nível de autoridade do professor também são fatores que causa imenso desconforto e frustração na atuação docente e uma barreira para a inovação pedagógica. Além disso, os professores consideram que ainda enfrentam o desafio de ter que superar o baixo status social, ou seja, a falta de reconhecimento e prestígio profissional para inovação docente na era atual.
Nessa conjuntura, os professores afirmam enfrentar o desafio de encontrar estratégias para manter os estudantes com o foco e interesse nas atividades propostas. Haja vista, que a falta de recursos tecnológicos e materiais didáticos adequados caracteriza um desafio para o professor inovar com aula atrativa e promover aprendizagem por competência aos estudantes. Até porque, no cotidiano fora do ambiente escolar os estudantes estão cada dia “mais inseridos no contexto das mídias e das tecnologias digitais e se mostram desinteressados pelos métodos passivos de ensino e aprendizagem utilizados na maioria das escolas” (Fardo, 2013, p. 03).
Desse modo, foi constatado nesta pesquisa que os professores consideraram que a diversidade de aculturação e nível variado de conhecimento dos estudantes em uma sala de aula é um desafio exorbitante para realizar inovação didática e promover aprendizagem por competência. Os docentes alegam que são desafiados e frustrados cotidianamente por não conseguir atingir os índices desejados de sucesso na aprendizagem dos estudantes em sala de aula.
Assim sendo, o estudo revelou ainda, que os professores enfrentam desafio e frustração diariamente por não conseguir implementar a competência pedagógica capaz de potencializar o despertar dos interesses dos estudantes pelas atividades escolares e o desenvolvimento de aprendizagem por competências. Haja vista, que essas aprendizagens por competências na era atual, realmente são essenciais para a vida cotidiana, tais como pensamento crítico, resolução de problemas reais do cotidiano, colaboração, criatividade, adaptabilidade, comunicação e cultura digital. Nesse prisma, no contexto de educação atual, Vidal e Miguel (2020, p. 377) enfatizam que “cada vez mais, envolta por recursos e dispositivos de perfil tecnológico, que reflete nas demandas e propostas educativas, para a criação de novas dinâmicas para o docente e seus estudantes”.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Frente a um cenário educacional com carência de recursos tecnológicos básicos, como computadores, tablets e internet para os estudantes fazerem uso em sala de aula, torna-se imprescindível reavaliar a prática pedagógica nesse recinto educativo e, por conseguinte, seu impacto educativo na sociedade. Uma vez, que a falta desses recursos tecnológicos nas escolas é extremamente evidente e, no entanto, a utilização de recursos tecnológicos pelo professor pode facilitar o acesso às informações e comunicações em sala de aula, otimizando o processo de experienciação de conhecimento e aprendizagem dos estudantes por competências, de certa forma, pode amenizar os enormes desafios enfrentados por esse docente no processo de inovação didática.
Com o intuito de promover transformações no atual cenário da educação nas nossas escolas é crucial estabelecer medidas que visem uma ampla melhoria no processo de escolarização dos estudantes. Diante da realidade educacional, em que a utilização dos recursos tecnológicos em sala de aula é escassa e pouco explorada pelos docentes durante o processo de experienciação de conhecimento e aprendizagem, torna-se urgente a instituição, ampliação e fortalecimento de políticas públicas para reverter essa situação. Nesse ensejo, Bacich et al., (2015, p. 50) afirma que, “as tecnologias digitais modificam o ambiente, transformando e criando novas relações entre os envolvidos no processo de aprendizagem: professor, estudantes e conteúdo”. Assim, possibilitando maiores chances de uma interação ativa no processo de experienciação de conhecimento no ambiente escolar de sala de aula.
Assim, aqui se propõe algumas políticas publicas visando erradicar os desafios docentes e proporcionar aos estudantes aprendizagem por competências na era da cultura digital e inteligência artificial, o qual deve priorizar: estabelecimento de incentivos significativos à produtividade em forma de valorização profissional aos professores para que promovam uma gestão de sala de aula pautada pela elevada qualidade e equidade com eficiência; garantia do funcionamento contínuo e organizado do laboratório de informática na escola; formação e capacitação tecnológica adequada do corpo docente para gerir a sistematização do conhecimento no laboratório de informática e na sala de aula; fiscalização, inspeção e acompanhamento rigorosos e eficazes ao cumprimento das metas das atividades docentes em sala de aula e responsabilização administrativa pela ineficiência nos resultados de aprendizagem dos estudantes; avaliação do desempenho tanto dos professores quanto dos estudantes, de forma periódica; e o uso de recursos de dispositivos tecnológicos no contexto educativo em sala de aula.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES DE NOVAS PESQUISAS
Os resultados desta investigação elucidam a percepção de que ao longo da história da humanidade, desde a Grécia Antiga até os dias atuais, os professores têm enfrentado diversos desafios no exercício da função em sala de aula. Alguns desses desafios têm sido persistentes ao longo do tempo e ainda se manifestam com muita contundência na contemporaneidade. É importante ressaltar, que compreender e conhecer a origem histórica desses desafios pode ser fundamental para que os professores desenvolvam estratégias e abordagens pedagógicas mais eficazes, com o intuito de enfrentá-los, para superá-los e, portanto, somente dessa forma será possível proporcionar uma educação de qualidade e equidade para todos os estudantes na atualidade.
Há muitos desafios para inovação docente em uma era do mundo contemporâneo que está sempre mudando. A necessidade urgente de superar as problemáticas que se caracterizam como desafios para melhorar a qualidade da educação nas nossas escolas e, portanto, só poderá garantir aos estudantes os seus direitos educacionais de aprendizagens por competências, bem como, reverter os resultados educacionais com um novo olhar entusiasta para esse cenário da aprendizagem na era da cultura digital e inteligência artificial, com competência tecnológica, criatividade e planejamento inovador. Isso permitirá que os estudantes consigam ter e perseguir seus sonhos em um mundo em constante transformação e evolução.
Após a análise dos diferentes argumentos explorados nesta pesquisa acerca da natureza das ocorrências observadas e analisadas, conclui-se que é imperativo implantar, expandir e fortalecer políticas de aquisição de recursos com dispositivos tecnológicos para as escolas. Ademais, destaca-se a indispensabilidade da formação contínua dos professores na área de tecnologia e do uso da inteligência artificial, visando aprimorar suas habilidades, competências profissionais e abordagens pedagógicas voltadas para o uso inovador dos dispositivos tecnológicos como ferramentas educacionais. Com objetivo de promover a mudança de paradigmas e, consequentemente, potencializar a renovação de práticas pedagógicas e inovação docente na gestão de experienciação de conhecimento em sala de aula e despertar a motivação, a curiosidade e o interesse dos estudantes no processo de construção das aprendizagens.
Na era da cultura digital da contemporaneidade, diante dos inúmeros desafios enfrentados pelos professores para realizar inovação docente e aprendizagem por competência, faz-se necessário superar vários obstáculos para promover avanços significativos na educação dos estudantes em sala de aula. Alguns dos quais são: (i) o baixo status social, falta de reconhecimento profissional; (ii) a falta de recursos e materiais didáticos adequados; (iii) a diversidade de aculturação e nível variado de conhecimento dos estudantes na turma; (iv) a falta de autoridade e a dificuldade de manter a disciplina dos estudantes em sala de aula; (v) estratégias que promovam a necessidade inacabada dos estudantes manter o foco com interesse e curiosidades pela resolução das atividades propostas; (vi) a garantia dos direitos educacionais aos estudantes da educação inclusiva, com qualidade e equidade; (vii) capacitação profissional para os professores lidar com as tecnologias digitais, o que demanda um esforço adicional para adquirir as habilidades e competências necessárias para o processo de operacionalização dos recursos com dispositivos tecnológicos. Esses desafios vêm causando incômodo e frustrações contundentes na dinâmica de atuação do professor no cotidiano da docência em sala de aula e implicando no desenvolvimento das habilidades e competências dos estudantes na era da cultura digital e inteligência artificial.
Contudo, devemos repensar o futuro da nossa educação, com um desejo e esforço inabalável por uma educação de qualidade e equidade, amplamente tecnológica, acentuada na primazia da aprendizagem por competências, sem revogar sob nenhum pretexto, os anseios da realidade do mundo da sociedade contemporânea.
E, por fim, com o objetivo de expandir e aprofundar novas áreas de estudo, visando o surgimento de novas concepções de inovações docentes e aprendizagem por competência na era da cultura digital e inteligência artificial, apresentam-se algumas sugestões: a) Os desafios do professor para inovar em sala de aula: inclusão digital; b) Desafios docentes na era da cultura digital: práticas pedagógicas inovadoras e transformadoras; c) Inovação pedagógica e aprendizagem por competência.
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¹Pós-Doutorando em Liderança para a Gestão e Inovação Educativa em uma Sociedade Inclusiva. Doutor em Ciências da Educação, pela São Luiz University. Mestre em Educação e Contemporaneidade, pela UNEB – Universidade do Estado da Bahia. Especialização em: LIBRAS e Educação Inclusiva, pela FASA – Faculdade Santo André; Tradução e Interpretação da LIBRAS – pela FASA; Supervisão, Orientação e Inspeção Escolar – pela UNESC; Língua Portuguesa e Arte – pela UNIJIPA; Linguagem, Literatura e Arte – pela UNIJIPA; Psicopedagogia Clínica e Institucional – pela FASA; Psicologia, Supervisão, Orientação e Gestão Escolar – pela FAMA; Docência no Ensino Superior, Pedagogia de Ensino e Pedagogia Empresarial – pela FASA; Libras e Educação Especial – pela FASA; História, Geografia, Sociologia e Educação Religiosa – pela FASA; Matemática, Física e Química – pela FASA. Psicologia e as Novas Tecnologias de Ensino – pela FASA. Graduado em Pedagogia pela UNIR – Universidade Federal de Rondônia. É professor em escola pública da rede municipal de ensino de Buritis, Rondônia, Brasil, há 23 anos. Com interesses de pesquisa incluem: “liderança e gestão educacional”, “os desafios da educação inclusiva com qualidade e equidade em sala de aula”, “formação de professores”, “os desafios para inovação docente e aprendizagem por competência na era da cultura digital e inteligência artificial – IA”, e “práticas educativas”. Com publicações em diversos periódicos nacionais e internacionais indexados. Pesquisador independente. E-mail: darcicoelho23@gmail.com.