OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES DIANTE DO COTIDIANO DA VIOLÊNCIA E AGRESSIVIDADE DOS ALUNOS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8160391


Ednelza Marreiros de Lima


RESUMO

A temática abordada por esta pesquisa trata acerca dos desafios enfrentados pelos professores, diante de episódios de violência e agressividade no âmbito escolar, tendo em vista que esses casos têm sido uma realidade cada vez mais presente no cotidiano desses profissionais. Considerando a importância dos debates, em torno da temática em destaque, a problemática apresentada tem sido um desafio muito grande a ser enfrentada pelos docentes, pois, este tem sido um empecilho notório no processo de ensino e aprendizagem e que pode acarretar em prejuízos graves. Nesse cenário, o objetivo da presente pesquisa busca descrever alguns fatores inerentes as implicações da agressividade e violência dos alunos em sala de aula. Dentro deste contexto, os resultados apresentados pela pesquisa apontam que um dos principais desafios a serem vencidos pelos professores, referem-se a importância de implementar as políticas de combate à problemática, envolvendo nesse processo a comunidade, a família e todo corpo pedagógico da escola. Portanto, o estudo concluiu que os professores diante dos casos de violência e agressividade, por parte dos alunos, têm um papel de extrema importância, pois, são eles que estão diariamente na linha de frente e precisam estar atentos quanto a melhor forma de agir diante da problemática.

Palavras-chave: Agressividade, Docente, Escola.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo trata sobre os desafios enfrentados, pelos professores diante da agressividade dos alunos. Considerando a temática apresentada, a problemática da agressividade, entre escolares, segundo Silva (2016), configura-se como um sério problema social que tem interferência significativa no processo de ensino e aprendizagem, impondo aos professores um grande desafio a ser superado de forma que não haja maiores implicações para a educação.

A problemática apresentada, surge das observações no cotidiano do âmbito da escola estudada, mas tem sido uma realidade em diversas escolas do país. De acordo com Ramos (2016), o problema da agressividade entre os alunos está muito presente no dia a dia da escola, e pode ter múltiplos fatores, os quais precisam ser analisados a partir de um olhar da interdisciplinaridade considerando todas as nuances que abrangem o problema.  

Porém, não tem sido fácil combater os índices de agressividade dos alunos e muitas vezes, o professor se sente impotente diante dessa demanda tão nefasta para a educação. Assim sendo, é urgente e necessário que esses casos de agressividades sejam coibidos, pois, estes têm reflexos negativos no processo de ensino e aprendizagem trazendo graves problemas tanto aos professores que não conseguem lidar com a situação, quanto para os alunos que têm o aprendizado prejudicado.

Considerando as nuances que permeiam o tema abordado, o objetivo da pesquisa busca descrever alguns fatores que se referem as implicações da agressividade e violência dos alunos em sala de aula.

Na busca de uma compreensão mais ampla acerca desse objetivo, a pesquisa propõe explicar ainda a diferença entre violência e agressividade por meio das visões científicas, especificando o impacto sobre a educação escolar, entre outras questões pertinentes ao tema.

Para o desenvolvimento do estudo, a metodologia adotada foi a referência bibliográfica, a partir de uma abordagem qualitativa. O que foi de extrema importância, para a compreensão do tema em destaque.

Nesse sentido, os resultados alcançados demonstram que a violência e agressividade têm se apresentado como um dos grandes desafios a serem vencidos, principalmente para os professores, que têm procurado subsídios para agir da melhor forma com essas situações.  

Portanto, a pesquisa conclui que, é urgente e necessário intensificar os debates sobre o que fazer para combater o avanço dos índices de violência e agressividade tão comum hoje em dia nas salas de aula de muitas escolas do país.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Agressividade e violência: conceitos distintos

A violência tem sido um fenômeno bastante presente no cotidiano da sociedade, é possível que dezenas de pessoas já tenham vivenciado algum tipo de violência no seu dia a dia, pois, infelizmente esta é a realidade que permeia todas as esferas sociais, e no âmbito escolar não tem sido diferente. Tem sido cada vez mais comum ato de violência e agressividade entre os alunos nos espaços escolares, deixando professores muitas vezes atônitos sem saber como lidar com uma realidade cada vez mais frequente no ambiente escolar.

Tendo por base o tema abordado por este estudo, assim como, a importância de se entender os fatores que colaboram com os fenômenos da agressividade e da violência é crucial entendermos os fundamentos conceituais de ambas, para que possamos ter uma compreensão mais profunda sobre este problema e suas potenciais consequências no processo de ensino e aprendizagem.

Dentro deste contexto, é importante ressaltar que a escola é um espaço onde seu foco primordial é formar indivíduos críticos e cientes de atos, conscientes de seu papel enquanto cidadão, a partir dessa abordagem a escola necessita reconhecer a importância do fenômeno da agressividade e da violência como fatores nocivos ao seu cotidiano.

Manfré (2018), enfatiza que agressividade e violências apresentam fundamentos distintos, por isso, ambas não podem ser confundidas. Nesse caso, a autora destaca que a agressividade pode ser uma forma que muitas crianças encontram para se expressar, e embora seja importante ser contida, não pode ser totalmente controlada, pois, segundo a autora isso pode contribuir para que a criança se torne reprimida e frustrada.  

Convém destacar a agressividade pode ser um quadro comum em muitas crianças, entretanto, esses episódios nem sempre tem as mesmas causas. Isso significa que, as origens de comportamento agressivo, especialmente entre crianças, poder ser de conflitos familiares ou até mesmo pela ausência de limites, o que leva as crianças a terem a noção que podem ter e fazer tudo que quiserem.

Dentro dessa linha de pensamento, a ideia de Moraes (2020) é que a agressividade é uma peculiaridade do indivíduo, por outro lado, nem sempre pode ser avaliado como um traço negativo. Podemos inferir, portanto, que a agressividade, de um modo geral, não pode de compreendido como algo ruim, isso por que sempre esteve presente no desenvolvimento da humanidade, mas é preciso ficar atento, pois este pode se tornar algo nocivo a partir do momento em que começa a interferir nas relações sociais do indivíduo.  No caso da violência, a autora define como um “desequilíbrio junto de um volume grandemente negativo e destrutivo”.

Conforme estudo de Minayo (2013), acerca do fenômeno da violência, defende que pode ser entendida dentro de um contexto histórico e cultural, tendo em vista que sempre esteve presente na história da humanidade, inclusive nos dias atuais. A autora acrescenta ainda que a violência se destaca por ser um fator social de muita complexidade, devido as diversas procedências que tem.

Entender os fundamentos da violência pode ser complexo, uma vez que este contexto pode envolver diversas questões teóricas e ambíguas. A violência pode se apresentar de diversas formas, por isso, torna-se mais difícil compreendê-la de forma mais abrangente.

Nesse sentido, especialistas têm buscado apresentar possibilidades no sentido de conter ou até mesmo de identificar alguns fatores que tendem a contribuir para o cenário de violência, especialmente entre os educandos. Infelizmente o que temos observado é que a violência a cada dia tem se implantado na sociedade ficando cada vez mais difícil encontrar subsídios para coibir eventos de agressividade e violência no âmbito escolar. 

Infelizmente, as escolas têm enfrentado um grande desafio para conseguirem lidar com casos, cada vez mais frequentes, de agressividade e violência em seus espaços. A violência que é manifestada dentro das escolas. Não pode ser dissociada dos fatores externos, problemas que os jovens trazem do seu ambiente familiar, de frustações, rejeições etc. Tendo em vista este posicionamento Moura (2017), ressalta que a agressividade pode se apresentar de diversas formas, podendo ser contra si ou contra outrem, e está relacionada geralmente a fatores como “rejeição social e familiar”.

Comportamentos agressivos, ocorrem entre alunos de todas as idades, geralmente surgem da tentativa de resolveram alguma situação interpessoal conflitante. Dentro desse contexto Picado e Rose (2009), afirmam há casos de agressividade entre crianças ainda na pré-escola, onde estes têm acessos de raiva e comportamento “desafiadores, de birra, insultos, ameaças, condutas violentas e recusa à obediência”.

Assim sendo, esse comportamento representa uma ameaça a todo corpo docente da escola, além de ser um processo que interfere significativamente no processo de ensino aprendizagem.

Para Santos (2013), é fato que a agressividade não se apresenta somente de maneira física, podendo se manifestar ainda de forma verbal, por meio de palavras que ferem tanto quanto a forma física. Nesse caso, a violência verbal afeta a autoestima gerando prejuízos no desenvolvimento psicológico da criança e que consequentemente tem impactos no processo de aprendizagem do aluno.     

Importante destacar que diante de todo esse arcabouço, que envolve as nuances da agressividade entre os discentes, os atores envolvidos nesse processo têm atuação indispensável, ou seja, escola, família e professor podem ser fundamentais no sentido de trabalhar e coibir situações de agressividades entre os alunos.

Conforme mencionado anteriormente, a agressividade é um fato social envolto a uma complexidade muito grande, pois, não deriva de uma causa única, o que deixa, especialmente, a escola em situação muito complicada muitas vezes sem saber lidar com tais episódios. Segundo Fernandes (2016), em dias atuais, não tem sido tarefa fácil exercer a missão de educar, e isso perpassa principalmente pelas transformações comportamentais das sociedades contemporâneas e que são observadas dentro do ambiente das salas de aula.

2.2 A agressividade no cotidiano escolar: algumas implicações

Nessa perspectiva pode-se compreender que as novas configurações colocam os professores diante de desafios importantes, entre estes pode-se citar o comportamento dos alunos, especialmente no que se refere aos casos de agressividade em sala de aula. Diante deste cenário, observa-se que os professores se sentem vulneráveis e impotentes.

Essa afirmativa remete ao pensamento de Trasel (2015), o qual descreve que ao presenciar comportamentos agressivos dos alunos, geralmente não sabem como proceder, ou sentem certo receio em tomar uma atitude, por medo de implicações negativas contra sua pessoa. Portanto, observa-se que os diversos casos de agressividade, envolvendo alunos, são cada vez mais constantes, porém, os professores acabam não agindo de forma adequada, por meio de ações que visem coibir o problema.   

A relação que envolve professor aluno se destaca por ser uma fase de extrema importância na construção da aprendizagem que ocorre no ambiente escolar. Mas, em algumas situações o professor precisa deixar de lado certas formalidade e tomar atitudes que as vezes ultrapassa os limites profissionais de um professor, precisa ser alguém que se preocupe com seu aluno. Muitos dizem que o professor é um tio, um amigo, um psicólogo para seus alunos e ajudar os alunos a estudar, aprender e apreender.

A temática da agressividade dos alunos, na opinião de Lima (2018), é um fator que pode estar associado ao “mal comportamento do ambiente familiar”, isso implica em dizer que, o contexto da família do discente pode ser um agravante que contribui para que este aluno leve para dentro da sala de aula comportamento agressivos desestabilizando todo o processo educacional.

As dificuldades de aprendizagem, geralmente possuem suas causas e consequências de problemas emocionais e comportamentais oriundos de outra natureza. Os alunos com problemas agressivos ou de comportamentos são vistos como os alunos que não executam as atividades escolares e não interagem com seus colegas para realizá-las.

Porém com a agressividade o aluno apresenta comportamentos e problemas emocionais que afetam a aprendizagem, por isso a agressividade atrapalha o desempenho do aluno na escola. Existem os fatores internalizantes e os fatores externalizantes que prejudicam o aprendizado. Entretanto nem todo aluno agressivo é um aluno que não tenha um bom rendimento escolar. Cada caso é um caso a ser analisado.

As mídias têm colocado diante da sociedade a triste realidade dos professores mediante aos casos de agressividade e violência envolvendo alunos, especificamente do ensino fundamental. Para Meinhart e Santos (2020), utilizando um estudo desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no ano de 2013, apontam que o Brasil, infelizmente ocupa o primeiro lugar no ranking de violência contra professores. Diante da estimativa podemos inferir que o quadro é preocupante, pois, nos alerta para as medidas que precisam ser tomadas no sentido de buscarmos reverter esta infeliz realidade.

A problemática da agressividade dos alunos tem sido um desafio muito grande principalmente para o corpo docente, o qual está na linha de frente desse processo, por isso, é importante enfatizar que a escola tem um importante papel, pois pode atuar juntamente com a família no intuito de encontrar possibilidades para intervir mediante situações de agressividade (Meinhart e Santos, 2020, p. 242).

2.3 O professor diante de situações de violência e agressividade

Na visão de Abramovay (2005), um dos grandes desafios enfrentados pelo corpo docente, de muitas escolas brasileiras, tem sido enfrentar alunos indisciplinados, desinteressados, agressivos e por diversas vezes desrespeitosos. Esses comportamentos são considerados como um dos grandes problemas das escolas, tendo em vista que desestabiliza o ambiente da sala de aula, interferindo ainda no processo de aprendizagem.     

Sem disciplina o professor não consegue atingir o objetivo dos conteúdos com a turma. Porém o professor não pode pensar que ele ao entrar em uma sala de aula os alunos estarão todos muito comportados esperando pela aula, professor e aluno não são seres previsíveis e concretos. Com pessoas concretas seria muito fácil lidar com a questão da indisciplina. Mas ela existe e abala a relação professor-aluno. Isso desgasta o professor emocionalmente.

Mas há uma necessidade de reflexão e tentar compreender como a disciplina não está presente na salda de aula. O que é que está por traz desses comportamentos indesejados em sala de aula e de enfrentamento aos professores: as mudanças que ocorreram na sociedade, as tecnologias, os diferentes tipos de família etc.

A partir do momento que o aluno começa a ser indisciplinado, provavelmente ele começa a se desinteressar pelos estudos, se desmotivar, desobedecer às normas da instituição de ensino. Os professores por terem um trabalho exaustivo tendem a ter dificuldade de se relacionar e ter uma aproximação maior com o aluno. Nessa perspectiva, conforme Pedro-Silva (2014, p. 17):

Quanto à indisciplina e à violência nas escolas, especificamente, tais fenômenos têm se tornado cada vez mais motivo de preocupação de professores e dos demais membros ligados à instituição escolar (diretores, coordenadores pedagógicos, supervisores de ensino, entre outros), a ponto de muitos manifestarem descrença no tocante à possibilidade de mudança desse quadro sombrio. Os professores chegam, inclusive, a dizer o seguinte: já fiz tudo o que era possível, isto é, conversei com alunos e com os seus pais, dei suspensão, apliquei pontos negativos, mudei a metodologia de ensino, e as crianças e os adolescentes continuam indisciplinados e violentos.

Portanto, de acordo com o referido autor, episódios de agressões e indisciplina têm sido cada vez mais frequentes no âmbito escolar, por isso, muitos professores se sentem apreensivos, receosos e acabam manifestando profundo desânimo no exercício de sua profissão, principalmente por que, diante destes fenômenos, não têm conseguido lidar com alunos que apresentam comportamento agressivo.

Por outro lado, grande parte da literatura, que trata de sobre comportamento agressivo de escolares, não se pode refutar o fato de que, a problemática é uma realidade e faz parte do cotidiano da maioria das escolas do país. Ademais, estudo de Silva (2015), aponta que, a agressividade surge principalmente em contextos sociais que demandam interação. Nesse caso, a escola se destaca como espaço essencial para a socialização dos educandos, depois do contexto familiar. É na escola, enquanto espaço de socialização que os alunos interagem diariamente, tanto com os colegas de classe, quantos com os professores e funcionários da escola, dessa forma, é de extrema importância que a escola, em um contexto geral, esteja preparada para agir de forma mais cordial possível, na resolução de conflitos para que assim, possa diminuir comportamentos agressivos.

É importante ressaltar ainda que, em situações onde o aluno manifesta agressividade pode ser que ele não aceite a intervenção de ninguém, muito menos do professor, e em casos extremo começa a agredir fisicamente todos ao seu redor, inclusive ao professor, não aceitando nem mesmo os seus comandos. É justamente nessas situações em que o docente se sente impotente, pois, mesmo utilizando de todos os recursos pedagógicos que conhece, não consegue contornar a situação o que o deixa com uma sensação de total frustração.

Nesses casos estudos de Santos e Filho (2018), reforçam que esses comportamentos é um têm se apresentado como um obstáculo muito grande, não somente para o corpo pedagógico, mas para a escola em geral e a sociedade como um todo. No caso da aprendizagem, também se configura como um empecilho que interfere significativamente para o aprendizado do aluno.

Para os autores, embora, seja uma situação bastante complexa, lidar com esses casos, envolve muitas questões difíceis, mas é crucial que o educador utilize de técnicas para trazer este aluno a interagir com a turma e o principal, fazer com ela não tenha o processo de aprendizado prejudicado, embora em alguns casos tal contexto seja muito difícil.    

O fato é que tem sido muito difícil, especialmente para os professores, lidar com muitas situações do dia a dia em sala de aula e novos problemas surgem a cada dia, mas a violência e a agressividade dos alunos têm sido muito frequente e demandam muita experiência e técnica pedagógica, não somente da escola em geral, mas principalmente dos professores, os quais são os profissionais que vivenciam mais de perto essa problemática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A abordagem proposta por este estudo discorreu sobre os desafios que muitos professores têm enfrentados no cotidiano de sua prática, onde a violência e agressividade têm sido têm sido cada vez mais frequente. Nesse sentido, foi importante propor uma reflexão sobre as diferenças essenciais sobre ambas, que têm conceitos distintos.

Conforme demonstrado pela pesquisa, os dias atuais têm apresentado muitas mudanças em que têm alcançado diversas esferas da sociedade, inclusive o âmbito escolar. Nesse sentido, observa-se que essas transformações têm se refletido de forma muito latente no cotidiano das escolas afetando de forma significativa a realidade das salas de aulas e consequente a prática pedagógica.

Não tem sido tarefa fácil, para os professores, lidarem com cenas de violência e agressividade por parte dos alunos em sala de aula, algumas vezes se vêm totalmente atônitos não sabendo como agir para conter ou coibir esses episódios, o que os deixa em situação de total impotência, e isto tem sido um dos principais desafios que os professores têm enfrentado nos últimos anos no seu fazer pedagógico.

Por isso, a partir do exposto na pesquisa, foi possível compreender que essa situação pode ter consequências muitos graves, inclusive prejudicando o processo de ensino e aprendizagem, isso por que, tanto a violência quanto a agressividade, podem interferir negativamente no aprendizado do aluno, além de desestabilizar o andamento das aulas e demais alunos.

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