OS CUIDADOS DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE COM PACIENTES PORTADORES DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11284565


Ana Karolliny Silva
Laiane Alves Aleixo
Thainá Vitória Lemes Da Silva
Orientador (a): Prof. ª Aline Duque


RESUMO

Introdução: O profissional tem uma importância fundamental para atenuar as dificuldades que o autista e as famílias enfrentam, uma vez que um agente bem qualificado pode contribuir de forma significativa para impedir a evolução da doença, melhorando a qualidade de vida com ênfase no bem-estar físico, mental e social. Sob essa instância, as peculiaridades e manifestações das pessoas com autismo não podem se configurar como motivos de desistência nos aspectos pessoal, educacional e profissional (SANTOS et al., 2017). Objetivo: É buscar compreender quais os cuidados e condutas de diferentes profissionais da área da saúde com pessoas portadoras do transtorno do espectro autista (TEA). Metodologia: O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada através de artigos, livros e dissertações, dos quais foram retiradas informações para compreensão e realização da pesquisa. Conclusão: É de extrema importância que os profissionais de saúde tenham conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista, para assim facilitar a detecção precoce e oferecer o cuidado adequado.

Palavras-chave: Autismo, Enfermagem, Profissional da saúde, Intercorrência, Cuidado ao paciente.

1 INTRODUÇÃO

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades (SECRETARIA DA SAÚDE).

O profissional tem uma importância fundamental para atenuar as dificuldades que o autista e as famílias enfrentam, uma vez que um agente bem qualificado pode contribuir de forma significativa para impedir a evolução da doença, melhorando a qualidade de vida com ênfase no bem-estar físico, mental e social. Sob essa instância, as peculiaridades e manifestações das pessoas com autismo não podem se configurar como motivos de desistência nos aspectos pessoal, educacional e profissional (SANTOS et al., 2017).

Por se tratar de um agravo crônico, requer tratamento longitudinal, que visam à redução dos sintomas e melhora no desenvolvimento social e educacional, envolvendo diversos profissionais e especialistas (JÚNIOR, et al., 2023). Com base nessa urgência para a intervenção terapêutica, é vital que haja a preparação profissional de qualidade para a formação de uma boa equipe interdisciplinar para tratamento do autismo (CAMPOS et al., 2021). 

2 AUTISMO

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos (ARAÚJO et al., 2019).

É um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades (SECRETARIA DA SAÚDE).

São caracterizados por algum grau de dificuldade de interação social e comunicação. Outras características são padrões atípicos de atividades e comportamentos, como dificuldade de transição de uma atividade para outra, foco em detalhes e reações incomuns às sensações (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2023).

Esses sintomas configuram o núcleo do transtorno, mas a gravidade de sua apresentação é variável. Trata-se de um transtorno pervasivo e permanente, não havendo cura, ainda que a intervenção precoce possa alterar o prognóstico e suavizar os sintomas (ARAÚJO et al., 2019).

As habilidades e necessidades das pessoas autistas variam e podem evoluir com o tempo. Embora algumas pessoas com autismo possam viver de forma independente, outras têm deficiências graves e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2023).

As evidências científicas disponíveis sugerem que provavelmente existem muitos fatores que aumentam a probabilidade de uma criança ter autismo, incluindo fatores ambientais e genéticos vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2023).

O TEA tem origem nos primeiros anos de vida, mas sua trajetória inicial não é uniforme. Em algumas crianças, os sintomas são aparentes logo após o nascimento (ARAÚJO et al., 2019). Crianças com TEA tendem a apresentar problemas no desenvolvimento entre os 12 e 24 meses, mas os sinais de alerta podem ser percebidos antes de completarem um ano (GIRIANELLI et al., 2022).

A identificação de sinais iniciais de problemas possibilita a instauração imediata de intervenções extremamente importantes, uma vez que os resultados positivos em resposta a terapias são tão mais significativos quanto mais precocemente instituídos.

Assim, as intervenções em casos de sinais iniciais de problemas de desenvolvimento que podem estar futuramente associados ao TEA podem ter maior eficácia, devendo ser privilegiadas pelos profissionais (PASCHE et al., 2014).

Sabe-se que, para fins de diagnóstico, manifestações do quadro sintomatológico devem estar presentes até os 3 anos de idade. Nas ações de assistência materno-infantil da Atenção Básica, por exemplo, as equipes profissionais são importantes na tarefa de identificação de sinais iniciais de problemas de desenvolvimento (PASCHE et al., 2014).

O diagnóstico de TEA é essencialmente clínico, feito a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Instrumentos de vigilância do desenvolvimento infantil são sensíveis para detecção de alterações sugestivas de TEA, devendo ser devidamente aplicados durante as consultas de puericultura na Atenção Primária à Saúde (SECRETARIA DA SAÚDE).

O relato/queixa da família acerca de alterações no desenvolvimento ou comportamento da criança tem correlação positiva com confirmação diagnóstica posterior, por isso, valorizar o relato/queixa da família é fundamental durante o atendimento da criança (SECRETARIA DA SAÚDE).

É preciso que a criança seja vista de forma integral, levando em consideração o contexto biopsicossocial (COSTA et al., 2021).

A realização de diagnóstico diferencial e identificação de comorbidades são variáveis que impactam nas intervenções e no resultado das ações da equipe multiprofissional (JÚNIOR et al., 2023).

As principais comorbidades nos diagnósticos de transtornos do espectro do autismo estão relacionados à Epilepsia e outros quadros neurológicos que vão desde sinais neurológicos inespecíficos até a presença de quadros clínicos precisos, muitos deles de origem genética conhecida (tais como Síndrome do X frágil, de Angelman e Williams, neurofibromatose, esclerose tuberosa, entre outros); além de deficiência intelectual, depressão e ansiedade (JÚNIOR et al., 2023).

Os diagnósticos diferenciais devem avaliar a possibilidade de diagnóstico relacionado a Deficiência Intelectual, Distúrbios Específicos de Linguagem (DEL), Mutismo Seletivo, Depressão, Transtorno Reativo de Vinculação e Surdez (JÚNIOR et al., 2023).

2.1 PAPEL DO ENFERMEIRO

A enfermagem tem papel de grande importância com pais e filhos, dando suporte necessário e de maneira correta a essa família, auxiliando-os nos cuidados com a criança e no reforço do autocuidado dela, fornecendo assim informações importantes para um melhor entendimento sobre o transtorno e dando encorajamento aos pais no cuidado com o seu filho. Assim evitando problemas psicológicos e colaborando para o desenvolvimento do filho e da família (COSTA et al., 2017).

No entanto é fundamental nesse caso, em que o profissional tem medo do desconhecido, estreitar o relacionamento com a família da criança. É necessário que o enfermeiro realize o levantamento de dados precisos, levantar fonte importante para os diagnósticos de enfermagem e prescrever as necessárias intervenções (DARTORA et al., 2014).

Neste cenário a equipe de enfermagem pode formular estratégias para promoção de cuidados e orientar as famílias sobre o entendimento do autismo e como criar um vínculo de afeto e cuidados com as crianças, tornando-as mais capazes e independentes. Isso contribui a evitar o cansaço físico e psicológico de pais, que não sabem como lidar com determinados tipos de comportamento dos seus filhos (PIMENTA et al., 2021).

A enfermagem como profissão interativa, pode contribuir para o movimento de humanização da atenção hospitalar, incentivar o trabalho interdisciplinar, desenvolver o espírito crítico na abordagem do fenômeno saúde-doença. Além de executar técnicas e procedimentos, inclui assessoramento às famílias em suas dúvidas, apoio às suas iniciativas e, constante, estímulo às suas práticas de cuidado a partir da visão interdisciplinar (MARTINS et al., 2021)

Cabe salientar que o Transtorno do Espectro Autista (TEA), embora caracterizada como doença, se demonstra equivocado o conceito tendo em vista, que a própria denominação contempla sua designação, ou seja, transtorno. Para tanto, o TEA dentro da Atenção Básica está voltado a assistência dentro do contexto da saúde mental (MAPELLI et al., 2018).

Desta forma, o TEA se apresenta como uma dificuldade constante na comunicação social, assim como, na interação, os autistas costumam se isolar e criar seu próprio espaço e mundo, se restringindo da convivência social, destacando uma barreira para o mundo (PINTO et al., 2016).

O Brasil propõe estratégias com novos modelos de saúde mental, onde o principal motivo e a reestruturação da assistência, que caracteriza pacientes internados por muito tempo indeterminado ou períodos longos e a criação de serviços substitutivos que possa lidar com o sofrimento mental, onde o tratamento pode ser atendido pelo CAPS (MARTINS et al., 2021).

O CAPS junto com o enfermeiro tem como objetivo integrar a equipe interdisciplinar, que torna essencial a implementação da Reforma Psiquiátrica, onde o papel e inovar na prática de enfermagem em campo da saúde mental. A mudança deste modelo assistencial tem a preocupação garantir uma assistência assistencial e eficaz, que promove desta forma a saúde e sem perder a dignidade dos indivíduos portadores de doenças mentais (SILVA et al., 2018).

Devido às novas realizações de trabalho no campo da saúde mental, o enfermeiro traz características para desenvolver junto aos doentes, tratamento, princípios e conhecimentos e reconhecimento para o outro ser humano ou até mesmo familiar e comunidade (MAPELLI et al., 2016).

O Enfermeiro, junto à equipe, deve estar comprometido com a atenção integral, a continuidade do cuidado, por meio das práticas intersetoriais e, utilizar como princípio o atendimento dos fatores psicossociais, buscando cuidado individualizado e humanizado, para promover qualidade de vida e bem-estar tanto à criança/adolescente quanto à família e profissionais da educação (JERÔNIMO et al., 2023).

É recomendado olhar acurado para perceber as nuances do desenvolvimento global e comportamental, já que os indivíduos com TEA tendem a se expressar de forma atípica e, perceber a evolução em si, é, significativamente mais difícil (JERÔNIMO et al., 2023).

Um dos principais desafios é ajudar indivíduos portadores de TEA a desenvolverem comportamentos empáticos. Para que sentimentos/comportamentos empáticos ocorram são necessárias inferências de estados mentais que levam à compreensão, explicação e predição de comportamentos, assim, o desenvolvimento de sentimento empático está relacionado àquilo que o indivíduo vivencia e percebe, propiciando atribuir aos outros indivíduos, os mesmos estados mentais em contingências semelhantes (JERÔNIMO et al., 2023).

Diante desse contexto, entende-se a importância da atuação do enfermeiro e da equipe multidisciplinar de atenção à criança, na Estratégia Saúde da Família (ESF), como fundamental para a triagem e identificação dos sinais de autismo precocemente (CORRÊA et al., 2021).

O profissional enfermeiro, através da avaliação e acompanhamento periódico do crescimento e desenvolvimento da criança nas consultas de puericultura, por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem em ações de proteção, prevenção de agravos e promoção da saúde da criança, precisa realizar, oportunizar e atentar para a triagem de TEA nas crianças brasileiras (CORRÊA et al., 2021).

Alguns estudos apontam que a equipe multidisciplinar deve ser composta de um médico psiquiatra, neurologista ou pediatria, um psicólogo e um fonoaudiólogo (SOELTI et al., 2021).

Entretanto, é importante que o enfermeiro e a equipe de enfermagem estejam envolvidos em todo o processo de diagnóstico e intervenções à criança com TEA, uma vez que estes profissionais se encontram na linha de frente do cuidado e são a porta de entrada para os serviços de saúde (SOELTI et al., 2021).

Aponta-se, contudo, uma carência de conhecimento dos profissionais de enfermagem em relação aos TEA em geral e às possibilidades de assistência à criança com esses transtornos e sua família (SOELTI et al., 2021).

2.3 PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO

A atividade física é um comportamento para a prevenção de doenças e manutenção da saúde e deve enfatizar a participação, decisão, autonomia e independência. Portanto, a educação física oferecida pelas escolas deve incluir o corpo, o movimento e a ludicidade como aspectos educacionais indissociáveis e oferecer oportunidades educacionais adequadas ao desenvolvimento integral e a busca de uma objetiva participação e integração social (WINNICK, 2004)

As aulas de Educação Física atuam por meio das brincadeiras lúdicas e procuram contemplar um amplo número de manifestações do espectro, buscando atender cada criança, em suas particularidades, por meio de jogos coletivos e individuais. Sabemos que não só as manifestações lúdicas apresentam seu papel possibilitando aprofundamento de vínculos entre o professor de educação física e o corpo docente que recebera orientações educacionais (LIMA et al., 2016).

Como a prática de atividades físicas, além de se obter um grande benefício à saúde, há também uma melhora significativa das áreas psicomotoras, sociais e cardiovasculares, além de diminuir comportamentos como falta de atenção, impulsividade e hiperatividade de crianças que possuem um quadro clínico de autismo (LIMA et al., 2016).

A atividade física para crianças com autismo, deve ter enfoque para o condicionamento físico, equilíbrio e movimentos básicos, desenvolvendo os movimentos fundamentais e locomotores. A ociosidade e o sedentarismo, são extremamente prejudiciais para criança autista. Cabe ao professor de educação física contribuir para que esta criança desempenhe, correta e produtivamente, todas as atividades propostas a ela (WINNICK, 2004)

Uma vez que o exercício físico apresenta grandes benefícios para pessoas com incapacidades, podendo representar uma mais-valia no tratamento de diferentes patologias. A utilização de atividades físicas e desportivas em crianças com TEA tem vindo a ser realizada e estudada (SILVA et al., 2018).

Mais da metade de crianças com autismo apresentam sobrepeso. Essa situação pode as colocar em risco com vários problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, problemas ósseos e articulares e até mesmo a depressão ou ansiedade (DAWSON et al., 2009).

As crianças e jovens autistas podem se beneficiar das práticas esportivas e da atividade física nas dimensões do aprendizado sensório-motor, da comunicação e da socialização, além de serem fatores decisivos para o sucesso dos processos de aprendizagem dado a melhoria da motivação e da autoconfiança (MASSION, 2006).

As atividades físicas e/ou esportes devem considerar as limitações individuais de cada um e o profissional deve estar atento a considera-las e estudar a melhor atividade a propor de forma individual, mas que englobe desenvolvimento, autoestima, autoimagem, interação de grupos, estimular a independência, se superar e também superar qualquer frustação que venha sentir a não conseguir desenvolver alguma atividade (SILVA et al., 2018).

O apego à rotina traz implicações nas aulas de Educação Física, podendo influenciar de maneira direta e negativa, impossibilitando assim a efetiva participação das crianças com TEA. Por isso, professores da área devem seguir sempre um roteiro em suas aulas (PEREIRA et al., 2019).

São sugestões possíveis a realização de roda de conversa inicial, explicando a sequência das atividades do dia; organização de cronograma semestral e/ou bimestral das aulas; adaptação de agendas de acordo com os conteúdos da Educação Física; utilização de painéis com figuras ilustrativas dos exercícios propostos e sua ordem; se possível, aulas em mesmos horários; e por fim, quando necessário alterar alguma ordem ou tarefa, realizá-las através de pequenas mudanças, respeitando uma progressão e principalmente o desenvolvimento do aluno durantes as aulas (PEREIRA et al., 2019).

2.4 PAPEL DO FISIOTERAPEUTA

O papel do profissional fisioterapeuta é necessário na intervenção precoce no autismo, levando em consideração a plasticidade cerebral, e interferindo positivamente no desenvolvimento e melhora da qualidade de vida, permitindo ao indivíduo com autismo obter uma integração social mais adequada a importância da abordagem terapêutica da fisioterapia em diversas alterações motoras e sensoriais que acometem no TEA (PRATES et al., 2019).

O estudo do acompanhamento de fisioterapeutas a crianças autistas se faz importante para o aumento da qualidade de vida em suas funções na rotina diária (AZEVEDO et al., 2016).

O TEA demonstra grande variedade de manifestações motoras incluindo alterações no tônus muscular, como hipotonia, posições e atitudes, marcha, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e estereotipias, sendo a fisioterapia através de experiências sensório motoras, favorece que a criança desenvolva sua relação adaptativa com o mundo, promovendo uma melhor relação corpo e mente no espaço (PRATES et al., 2019).

Há um atraso na aquisição dos movimentos naturais (descer escadas com movimentos alternados) e dificuldades de aquisições de habilidades motoras finas (vestir e despir, desenho e escrita, dificuldades na condução do índice do polegar) (AZEVEDO et al., 2016).

Isso tem um impacto negativo nas funções das atividades da vida diária, complicando até a prática de um esporte um pouco mais complexo (GESCHWIND, 2013; SACREY et al., 2014; ROSA NETO et al., 2013).

Um fator que não deve ser esquecido é que os autistas possuem seus próprios desejos, preferências e personalidade, sem ignorar os outros aspectos do desenvolvimento. A linguagem, sobretudo, é constituinte do sujeito, sendo base para a estruturação psíquica, cognitiva e também psicomotora. Ao falar de corpo, o objetivo é ajudar o indivíduo autista a superar algumas de suas dificuldades, permitindo seu desenvolvimento em outros planos, oferecendo novos meios de expressão, favorecendo a conscientização, possibilitando o acesso à funções importantes, como o olhar e o tocar, enfim, buscando melhorar a sua qualidade de vida (AZEVEDO et al., 2016).

Em crianças com TEA, muitas vezes, é difícil avaliar o tônus isolado. Hipotonia moderada é observada em mais de 50% e pode provocar alterações da coluna vertebral (escoliose) na puberdade. O equilíbrio, ou desequilíbrio, do tônus muscular, suas variações ou seus bloqueios irão traduzir a maneira de ser da criança (AZEVEDO et al., 2016).

Crianças que foram diagnosticadas tardiamente apresentaram problemas no padrão motor, pois utilizavam as pontas dos pés para a marcha, mostrando também assimetria postural do braço durante a caminhada e anomalias no movimento geral. Propõe, que o profissional fisioterapeuta conheça tudo que se sabe sobre o desenvolvimento motor normal e também os aspetos anormais e tente compreender a criança participando assim do seu mundo. Para o tratamento o autor, sugere criar uma relação entre o psíquico e o orgânico, através da vivência de experiências sensórios motoras (PRATES et al., 2019).

A fisioterapia vai atuar na inserção desse paciente ao convívio social, treinando habilidades de concentração por meio de uso de brinquedos pedagógicos, e inibindo os movimentos anormais contribuindo assim para a melhora e o autocontrole corporal, além do treino de habilidades motoras, equilíbrio e coordenação (PRATES et al., 2019).

Foi identificado uma melhora significativa de habilidades motoras e desempenho funcional em crianças que praticavam equoterapia. Nessa perspectiva o efeito da equoterapia no desempenho funcional de crianças com autismo, pode propiciar melhora do aspecto motor, possibilitando maior participação e execução em outras atividades de vida diárias. Deste modo é fundamental que a estimulação motora através da equoterapia seja iniciada precocemente, favorecendo melhoras na motricidade do paciente (PRATES et al., 2019).

Na atualidade é entendido sobre a importância da função da fisioterapia no tratamento e acompanhamento do autismo, trabalhando inicialmente no desenvolvimento motor, seguido de ativação das áreas da concentração e interação social. O tratamento da criança autista é feito basicamente   com   a   união   das   especialidades   de   reabilitação:   médica, psicológica, fonoaudióloga e fisioterapêutica (AZEVEDO et al., 2016).

De acordo com o tipo e grau do autismo, deve-se encontrar o melhor tratamento para melhorar a vida da criança, pois como essa é uma doença que não tem cura, depende muito da habilidade  do  profissional,  que  deve  trabalhar  individualizadamente  seus  aspectos  motores, sensório-motores,  tônus  global,  tônus  postural,  coordenação  motora,  equilíbrio,  lateralidade, noção  espacial,  planejamento  motor,  esquema  corporal  e  imagem  corporal,  bem  como regulação sensório motora, tudo aliado com uma e com a equipe e a família. Por isso torna-se eficaz uma pesquisa sobre uma conduta fisioterápica adequada no tratamento de crianças acometidas com o TEA (ANJOS, 2017).

2.5 PAPEL DO PSICÓLOGO

A intervenção psicológica junto a pessoas diagnosticadas com Transtorno Autista é uma área que envolve muitos desafios (SOUZA e tal., 2013).

Entre as propostas de intervenção psicológica para o Transtorno Autista uma delas é conhecida como “método ABA”, do inglês, Applied Behavior Analysis ou Análise do Comportamento Aplicada (STARLING et al., 2007; BRAGA-KENYON, KENYON e MIGUEL, 2005).

As características médicas do Autismo e a complexidade e singularidade de cada caso exigem um trabalho extenso e metodologicamente rigoroso, levando a um constante repensar das práticas da Psicologia para esse transtorno (SOUZA e tal., 2013).

A Análise do Comportamento, ao longo das últimas décadas, tem se debruçado sobre o assunto e desenvolvido aplicações sistemáticas, fundamentada em reflexões filosóficas, que vêm contribuindo para o tratamento do transtorno. O diagnóstico médico aliado à intervenção analítica comportamental constitui importantes ferramentas para enfrentar os desafios impostos pelo Autismo (SOUZA e tal., 2013).

O diagnóstico do autismo é difícil e complexo, feito por meio de investigação e da observação clínica do comportamento (Assumpção & Kuczynski, 2011). Os estudos sobre a caracterização das manifestações comportamentais do autismo buscam definir seu perfil clínico e, assim, facilitar seu diagnóstico (GUEDES et al., 2015).

Os estudos encontrados sobre perfis sensório-motor tinham foco, de modo mais específico: na caracterização dos potenciais evocados auditivos, a fim de identificar comprometimento da via auditiva em pessoas com autismo; no reconhecimento olfativo, buscando possíveis alterações na identificação de odores; nas habilidades viso-perceptuais e; na caracterização motora (GUEDES et al., 2015).

Os que tratavam dos perfis comunicativos buscavam classificar os aspectos da linguagem em crianças autistas, descrevendo sua funcionalidade e evolução, seu desempenho pragmático e o desenvolvimento da habilidade comunicativa em diferentes contextos situacionais. Já os artigos que caracterizavam o perfil de interação social, o faziam sob a tentativa de analisar a convivência dos autistas nas relações interpessoais, com foco no ambiente familiar, no desenvolvimento de brincadeiras com outras crianças e na habilidade de atenção compartilhada (GUEDES et al., 2015).

O processo diagnóstico permite colocar em destaque a pessoa singular, com sua história e características únicas, fornecendo o contexto indispensável à compreensão do sofrimento ou transtorno mental de cada sujeito. A história, o contexto e as vivências apresentadas pela pessoa com TEA e sua família são fundamentais para o processo diagnóstico e para a construção do seu projeto terapêutico singular, conceito que será posteriormente aprofundado (PASCHE et al., 2015).

Esse processo precisa ser construído juntamente com uma equipe e discutido passo a passo com a família. A implicação dos familiares durante todo processo diagnóstico e nas diversas intervenções será fundamental para minimizar o choque que acomete uma família com a comunicação de um diagnóstico (PASCHE et al., 2015).

É importante que o processo diagnóstico seja realizado por uma equipe multiprofissional com experiência clínica e que não se limite à aplicação de testes e exames. A pluralidade de hipóteses etiológicas sem consensos conclusivos e a variedade de formas clínicas e/ou comorbidades que podem acometer a pessoa com TEA exigem o encontro de uma diversidade de disciplinas. Portanto, é preciso avaliar a necessidade de exames neurológicos, metabólicos e genéticos que podem complementar o processo diagnóstico (PASCHE et al., 2015).

Para que tal processo se dê a contento, recomenda-se que os profissionais não se deixem levar por suas primeiras impressões (PASCHE et al., 2015).

Deve-se evitar a comunicação precipitada para as famílias sobre uma possível classificação nosográfica dos seus filhos sem que o diagnóstico seja fruto de um processo cuidadoso e compartilhado com elas (PASCHE et al., 2015).

O processo diagnóstico deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar que possa estar com a pessoa ou a criança em situações distintas: atendimentos individuais, atendimentos à família, atividades livres e espaços grupais. Em termos práticos, o primeiro objetivo das atividades planejadas para o desenvolvimento do processo diagnóstico é conhecer a pessoa ou a criança cuja família está preocupada. Caso contrário, corre-se o risco de uma reduplicação da problemática, provocando nos familiares uma catástrofe subjetiva (CRESPIN, 2004) e adiando, em muitos casos, o início do tratamento.

A observação livre em atividade, dirigida e não dirigida, é um modo possível para o profissional se confrontar com a forma pela qual a pessoa se relaciona com os outros, como se comunica, se apresenta iniciativas ou demandas ao outro e como isso se dá, se há manifestações de interesses compartilhados, em que grau está a necessidade de se comunicar, assim como o conforto de ficar só (PASCHE et al., 2015).

A integralidade deve ser considerada como um fundamento, no sentido de tornar o olhar o mais ampliado possível, ou seja, refletindo sobre as relações e as mais variadas interações relativas aos sujeitos que se apresentam nas mais diversas frentes de atuação, como nas políticas de saúde, assistência social, segurança pública, defesa e garantia de direitos e articulações intra e intersetoriais só (PASCHE et al., 2015).

Este profissional e/ou tal equipe devem favorecer o cuidado contínuo, servir de ponte entre famílias, os demais profissionais e os serviços e zelar pela garantia de encaminhamentos necessários de forma implicada, responsável e respeitosa (PASCHE et al., 2015).

É uma abordagem que considera a singularidade de cada caso sempre em uma perspectiva relacional com base na linguagem, que detecta as aberturas que a pessoa com autismo apresenta em relação ao meio para ajudá-la, a partir de seus interesses, a potencializar suas condições de se relacionar com os outros (PASCHE et al., 2015).

Os objetivos gerais no trabalho com pessoas com TEA são os seguintes: minimizar suas dificuldades e/ou angústias; ampliar suas capacidades de aprendizagem; permitir que elas localizem suas fragilidades nas trocas emocionais e afetivas que as fazem se isolar, possibilitando uma saída própria nas suas relações com os que as cercam; acolher a família e incluí-la como parceira do trabalho, sem exigir dela o papel de terapeuta, que é também uma condição para o bom andamento do tratamento, além da troca interdisciplinar com outros profissionais (PASCHE et al., 2015).

3 PROBLEMA

A questão que buscamos investigar com essa pesquisa séria, como é feito esse cuidado no tratamento com pessoas autistas, o papel que cada profissional da saúde desempenha e o que precisa ser adaptado para melhor atendê-los.

4 OBJETIVOS

4.1 Geral

O objetivo do trabalho é buscar compreender quais os cuidados e condutas de diferentes profissionais da área da saúde com pessoas portadoras do transtorno do espectro autista (TEA); como eles atuam e lidam com isso no cotidiano; o que precisa ser feito e diferenciado no trabalho de cada para cuidar dessas pessoas de forma adequada e promover a qualidade de vida.

4.2 Específico

Analisar quais as condutas dos profissionais para atender pessoas portadoras do TEA e o que tiveram que adaptar em seus atendimentos para atender as necessidades específicas de cada um.

5 JUSTIFICATIVA

O diagnóstico do transtorno do espectro autista tem apresentado um aumento de forma significativa nos últimos anos, consequentemente mais profissionais da saúde podem encontrar pacientes com TEA em suas práticas. Esses pacientes apresentam necessidades específicas que podem exigir cuidados adaptados e especializados. Dessa forma, é importante saber se os profissionais estão preparados e se sentem capacitados para realizar um atendimento adaptado.

6 REVISÃO DE LITERATURA E REFERÊNCIAS TEÓRICAS

Estima-se que em todo o mundo cerca de 1 em cada 100 crianças tenha autismo. Esta estimativa representa um valor médio e a prevalência relatada varia substancialmente entre os estudos. Alguns estudos bem controlados, no entanto, relataram números substancialmente mais elevados. A prevalência do autismo em muitos países de baixa e média renda é desconhecida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2023).

As evidências científicas disponíveis sugerem que provavelmente existem muitos fatores que aumentam a probabilidade de uma criança ter autismo, incluindo fatores ambientais e genéticos (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2023).

7 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada através de artigos, livros e dissertações, dos quais foram retiradas informações para compreensão e realização da pesquisa.

A pesquisa foi realizada pelo Google Acadêmico, GOV, Secretaria da Saúde, Organização Mundial da Saúde e Biblioteca Virtual de Saúde. Foram no total 25 artigos pesquisados com intuito de coletar o maior número de informações possíveis para o desenvolvimento da pesquisa.

Para nos auxiliar na busca utilizamos palavras-chaves como, autismo, enfermagem, profissional de saúde, intercorrência, cuidado ao paciente.

Os requisitos para escolha dos artigos foram, os de mais relevância com o tema, data de publicação a partir de 2013, que abordavam um maior número de dados e com maior número de palavras-chaves.

Após a busca de informações e seleção dos dados mais relevantes, iniciamos o desenvolvimento do artigo baseado na situação problema encontrada e no objetivo traçado.

8 FLUXOGRAMA

Os artigos selecionados para pesquisa foram dos anos de 2013 a 2024, desses 25 artigos 1 do ano de 2013; 1 do ano de 2014; 2 do ano de 2015; 3 do ano de 2016; 2 do ano de 2018; 3 do ano de 2019; 5 do ano de 2021; 2 do ano de 2022; 4 do ano de 2023 e 2 do ano de 2024. O país de publicação dos artigos é o Brasil.

9 DISCUSSÃO

Diante dos resultados obtidos, visto que há uma quantidade significativa e gradual de pacientes portadoras do espectro autista atualmente.

Os estudos disponíveis na literatura enfatizam os benefícios de um cuidado e tratamento integrativo e individualizado para a necessidade de cada indivíduo. Se faz necessário a adaptação no modo de interagir com o paciente, modificando e personalizando cada cuidado para melhor atendê-los.

Dessa forma, se faz importante que os profissionais da saúde identifiquem os sinais iniciais do Transtorno do Espectro Autista o quanto antes, para que assim o diagnóstico possa ser feito precocemente e o paciente iniciar as terapias, tratamentos e educação especializada.

O diagnóstico precoce favorece nas melhores chances de desenvolvimento da pessoa, onde a mesma poderá ter o acompanhamento profissional adequado.

10 CONCLUSÃO

Pelo apresentado na pesquisa, podem-se tirar as seguintes conclusões:

É de extrema importância que os profissionais de saúde tenham conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista, para assim facilitar a detecção precoce e oferecer o cuidado adequado.

O grande obstáculo que esses profissionais enfrentam ao atuar com esse grupo de pessoas é compreender seus sentimentos, linguagem e necessidades, com o intuito de promover a qualidade de vida.

Levando assim a melhor qualidade física, diminuição de agravos a saúde por conta de condutas específicas de maneira responsável, ética e cuidadosa.

11 REFERÊNCIAS

  1. SOUZA, R. D. B., et al. Psicologia e autismo: aspectos teóricos e práticos. Revista Terra e Cultura. n. 56, p. 139-152, 2013.          
  2. PASCHE, D. F., et al. Diretizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Ministério da Saúde. v. 1, p. 1-88, 2014.
  3. GUEDES, N. P. S., et al. A Produção Científica Brasileira sobre Autismo na Psicologia e na Educação. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 31 n. 3, pp. 303-309, 2015.
  4. PASCHE, D. F., et al. Linha de cuidado para a atenção às pessoas com transtornos do espectro do autismo e suas famílias na rede de atenção psicossocial do sistema único de saúde. Ministério da Saúde. p. 1-157, 2015.
  5. AZEVEDO, A., et al. A importância da fisioterapia motora no acompanhamento de crianaças autistas. Revista Eletrônica Atualiza Saúde. v. 2, n. 2, p. 76-83, 2016.
  6. BORTONE, A. R. T., et al. Identificação do especrto do transtorno autista durante o crescimento e o desenvolvimento infantil: O papel do profissional de enfermagem. Revista Digital FAPAM. v. 7, n. 7, p. 137-148, 2016.
  7. LIMA, H. R., et al. Importância da educação física para inserção escolar de crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA). Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. v. 10, n. 11, p. 261-280, 2016.
  8. SILVA S. G., et al. Os benefícios da atividade física para pessoas com autismo. Revista Diálogos em Saúde. v. 1, n. 1, p. 127-145, 2018.
  9. SILVA, S. G., et al. Os benefícios da atividade física para pessoas com autismo. Revista Diálogo em Saúde. v. 1, v.1, p.127-145, 2018.  
  10. ARAÚJO, L. A., et al. Transtorno do Espectro do Autismo. Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento. n. 5, p. 1-24, 2019.
  11. PEREIRA, S. A., et al. Educação física escolar para crianças com transtorno do espectro autista: contribuições para professores(as) de educação física. Revista Saber Acadêmico. n. 28, p. 2-15, 2019.  
  12. PRATES, A. C., et al. Os benefícios da fisioterapia na independência funcional em crianças com transtorno do espectro autista. Revista Eletrônica do Centro Universitário Católico Salesiana Auxilium. n. 4, p. 79-86, 2019.
  13. CAMPOS, T. F., et al. Análise da importância da qualificação dos profissionais de saúde para o manejo do Transtorno de Espectro Autista (TEA). Research, Society and Development. v. 10, n. 6, p. 1-8, 2021.
  14. CORRÊA, I. S., et al. Indicadores para triagem do transtorno do espectro autista e sua aplicabilidade na consulta de puericultura: conhecimento das enfermeiras. Revista de APS. v. 24, n. 2, p. 282-295, 2021.
  15. COSTA, C. S., et al. O reconhecimento dos sinais de autismo por profissionais atuantes nos serviços de puericultura na atenção básica. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional. v. 5, n. 1, p. 31-44, 2021.
  16. MARTINS, R. A., et al. Assistência do enfermeiro à criança autista na atenção básica. Brazilian Journal of Health Review. v. 4, n. 3, p. 12193-12206, 2021.
  17. SOELTI, S. B., et al. O conhecimento da equipe de enfermagem acerca dos transtornos autísticoa em crianças à luz da teoria do cuidado humano. ABCS Health Sci. v. 46, p. 1-7, 2021.
  18. GIRIANELLI, V. R., et al. Diagnóstico precoce do autismo e outros transtornos do desencolvimento, Brasil, 2013-2019. Revista de Saúde Pública. v. 57, n. 1, p. 1-12, 2022. 
  19. SILVA, L. R., et al. O impacto da intervenção fisioterapeutica em crianças com autismo. Revista Saúde dos Vales. v. 1, n. 1, p. 1-12, 2022.   
  20. JERÔNIMO, T. G. Z., et al. Assistência do enfermeiro(a) a criança e adolescentes com transtorno do espectro autista. Acta Paul Enferm. v. 36, p. 1-8, 2023.
  21. JÚNIOR, C. R. M., et al. Avaliação e atendimento à pessoa com transtorno do espectro do autismo (TEA). Linha de Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência. v. 1, p. 1-53, 2023.
  22. VIEIRA, T. A., SOARES, M. H. Assistência de enfermagem ao cuidado com crianças autistas: revisão integrativa. Research, Society and Development. v. 12, n. 5, p. 1-12, 2023.
  23. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Autism. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/autism-spectrum-disorders. Acesso em: 6 mar. 2023.
  24. COFEN. Enfermagem melhora qualidade de vida dos pacientes autistas. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/enfermagem-melhora-qualidade-de-vida-dos-pacientes-autistas/. Acesso em: 6 mar. 2024.
  25. SECRETARIA DA SAÚDE. Transtorno do Espectro Autista (TEA). Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Transtorno-do-Espectro-Autista-TEA. Acesso em: 6 mar. 2024.