OS BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO E A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO: UMA REVISÃO

THE BENEFITS OF BREASTFEEDING AND THE ROLE OF NURSES: A REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202510191218


Keiliane Bonfim Alves 1
Daniely Aparecida Silva Barbosa1
Eldya Flávia Ramos 2


Resumo

O aleitamento materno exclusivo (AME) é reconhecido como uma das práticas mais eficazes na promoção da saúde infantil, garantindo nutrição adequada, desenvolvimento imunológico e fortalecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho. Este estudo, de caráter descritivo e comparativo, teve como objetivo revisar a literatura científica recente acerca dos benefícios do AME tanto para a criança quanto para a mãe, bem como destacar o papel do enfermeiro na promoção dessa prática. A pesquisa foi realizada por meio de levantamento bibliográfico nas bases Google Scholar, PubMed, BVS, SCIELO e CAPES, utilizando descritores específicos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram analisados 11 artigos publicados entre 2020 e 2025. Os resultados evidenciaram que o AME está associado à prevenção de diversas doenças, à melhoria do desenvolvimento neurológico e à redução da mortalidade infantil, além de benefícios maternos como prevenção de câncer e recuperação pós-parto. Observou-se ainda que o enfermeiro exerce função essencial na orientação e apoio às mães lactantes, especialmente no contexto da Atenção Básica. Conclui-se que o incentivo ao aleitamento exclusivo deve ser prioridade nas políticas públicas de saúde, com ações educativas integradas à prática profissional de enfermagem.

Palavras-chave: Aleitamento materno. Saúde infantil. Desenvolvimento. Enfermagem. Imunidade.

Abstract

Exclusive breastfeeding (EBF) is recognized as one of the most effective practices for promoting child health, ensuring proper nutrition, immune system development, and strengthening the emotional bond between mother and child. This study, with a descriptive and comparative approach, aimed to review the recent scientific literature on the benefits of EBF for both infants and mothers, as well as to highlight the role of nurses in promoting this practice. The research was conducted through a bibliographic review using databases such as Google Scholar, PubMed, BVS, SCIELO, and CAPES, applying specific descriptors. After applying inclusion and exclusion criteria, 11 articles published between 2020 and 2025 were selected. The results showed that EBF is associated with disease prevention, enhanced neurodevelopment, and reduced infant mortality, as well as maternal benefits such as cancer prevention and postpartum recovery. The findings also emphasized the crucial role of nurses in supporting and educating breastfeeding mothers, especially in Primary Health Care settings. It is concluded that promoting exclusive breastfeeding should be a priority in public health policies, with educational actions integrated into professional nursing practice.

Keywords: Breastfeeding. Child health. Development. Nursing. Immunity.

1 INTRODUÇÃO

O leite humano é considerado o alimento mais completo e ideal para os recém-nascidos, sendo crucial para um desenvolvimento saudável, o funcionamento adequado do metabolismo, a proteção imunológica e o fortalecimento do vínculo materno. Ele contém proteínas funcionais de alta qualidade e em quantidade suficiente para atender às necessidades do bebê, promovendo um crescimento adequado e o desenvolvimento de suas funções imunológicas (MONTEIRO, 2024).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define aleitamento materno como a prática de fornecer apenas leite materno à criança, podendo ser direto da mama ou ordenhado, sem a introdução de qualquer outro tipo de suplementação, exceto no caso de vitaminas e medicamentos (Brasil, 2015). Segundo a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), é fundamental que o recém-nascido seja alimentado precocemente com leite materno, de preferência na primeira hora de vida, pois isso reduz o risco de infecções e a mortalidade neonatal. Recomenda-se que a amamentação exclusiva (AME) seja mantida durante os primeiros seis meses de vida (WHO, 2024).

As vantagens do aleitamento materno são numerosas, tanto para a mãe quanto para o bebê, abrangendo benefícios a curto e longo prazo. Apesar das recomendações e vantagens do aleitamento, as taxas de amamentação globalmente ainda não atingem níveis satisfatórios, assim como existem diversos obstáculos que interferem nessa prática. Muitas mulheres manifestam o desejo de amamentar, mas enfrentam barreiras sociais, culturais e políticas ao longo do período gestacional e pós-parto, o que pode comprometer o início e a continuidade da amamentação (PENEDO et al., 2023).

Entretanto, os dados sobre amamentação no Brasil mostram uma melhora: cerca de 54% das crianças são amamentadas durante o primeiro ano de vida, e a amamentação exclusiva atinge aproximadamente 45,7% até o sexto mês. Embora esses números possam parecer modestos em comparação a dados anteriores, representam avanços significativos (BRASIL, 2020). O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil analisou 14.505 crianças menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020, revelou que 53% das crianças são amamentadas durante o primeiro ano, com cerca de 45% recebendo aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses (ENANI, 2019).

O papel do enfermeiro neste contexto é de extrema relevância, pois desempenha uma função central na educação das mães e no incentivo à prática da amamentação. A função do enfermeiro não se limita apenas ao suporte físico, mas abrange também a orientação sobre as práticas adequadas de amamentação e a importância do vínculo afetivo que se estabelece entre mãe e bebê durante este processo. A capacitação do profissional de enfermagem é crucial, pois ele deve estar apto a identificar e resolver questões relacionadas à amamentação, como dificuldades na pega e produção de leite, além de promover intervenções que minimizem as barreiras culturais e sociais à amamentação (NORA e DIAZ, 2024).

Diante do que foi apresentado, este estudo visa discutir o que a literatura apresenta sobre as vantagens da amamentação exclusiva tanto para a mãe quanto para a criança, além de ressaltar a importância do papel dos enfermeiros nesse contexto. Mesmo com a literatura já existente sobre o tema, é crucial sensibilizar a população sobre os benefícios do AME e desenvolver uma rede de apoio para as lactantes, que envolva tanto a família quanto os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Considerando esses aspectos, acredita-se que este trabalho possa contribuir ao compilar a literatura sobre as vantagens do AME na otimização da nutrição e imunidade infantil. Assim, pode-se apoiar os profissionais de saúde, especialmente aqueles que atuam na Atenção Básica, oferecendo orientações para gestantes e pais sobre os benefícios do AME, promovendo, consequentemente, uma maior adesão a essa prática.

2  METODOLOGIA

Este trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, com uma abordagem descritiva e comparativa, utilizando como base de dados a literatura sobre os benefícios do aleitamento materno tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a realização dessa pesquisa, foram feitas buscas em plataformas científicas online, como Google Scholar, PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e CAPES Periódicos. As palavras-chave escolhidas para as pesquisas foram selecionadas com base nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e incluíram termos como Aleitamento Materno, Saúde Infantil, enfermeiro, desenvolvimento Cognitivo, Imunologia e Nutrição Infantil. Os operadores booleanos AND, OR e NOT foram empregados para facilitar as investigações.

Os critérios para a inclusão dos artigos revisados foram: estudos originais que examinassem diretamente temas relacionados ao aleitamento materno e seus efeitos na saúde e desenvolvimento da criança; acesso total aos textos dos artigos; e publicações do período de 2020 a 2025. Foram excluídos estudos com mais de cinco anos de publicação e que não se alinhassem ao foco da pesquisa. A seleção priorizou publicações que abordassem os benefícios do aleitamento materno exclusivo, com ênfase nos aspectos imunológicos, nutricionais, cognitivos e psicossociais, além dos socioeconômicos.

Foi realizada uma análise crítica dos dados levantados, que incluiu a avaliação da qualidade metodológica dos estudos, dos resultados obtidos e das conclusões formuladas. Essa análise visou garantir que a revisão bibliográfica fosse abrangente, confiável e pertinente ao campo de estudo, possibilitando uma avaliação consistente dos benefícios do aleitamento materno para a saúde infantil e seu desenvolvimento. Além disso, a revisão buscou identificar lacunas na literatura atual, sugerindo áreas para pesquisas futuras.

Inicialmente, foram encontrados 98 artigos que mencionavam a associação dos descritores utilizados. Após a análise dos resumos, 35 artigos foram selecionados para leitura completa. Assim, 24 estudos foram descartados por não estarem relacionados ao tema central da pesquisa, resultando em 11 artigos. Para a análise dos dados, foram elaborados dois quadros sinópticos; o primeiro contém informações sobre o autor principal, coautores, ano de publicação, título, objetivo e conclusões, enquanto o segundo apresentava o local da pesquisa, tipo de estudo, idioma e a fonte do artigo. Dessa forma, realizou-se uma análise descritiva da amostra e uma análise qualitativa dos resultados, que serão detalhadas na discussão deste estudo.

3  RESULTADOS

A amostra final foi composta por 11 artigos, conforme apresentado na Tabela 1. Observou-se predominância de estudos publicados em português (6 artigos – 54%), seguidos por publicações em inglês (3 – 27%) e espanhol (2 – 18%). Quanto ao período de publicação, a maioria dos estudos foi publicada em 2024 (5 artigos – 45%), seguida por 2023 (4 – 36%), e pelos anos de 2021 e 2020, com um artigo cada (9%, respectivamente).

Em relação à procedência geográfica, verificou-se que a maioria dos estudos foi conduzida no Brasil (6 – 54%), com destaque para os estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Paraná, Minas Gerais, Curitiba e Bahia. Os demais artigos tiveram como locais de realização Indonésia (2 – 18%), Colômbia (1 – 9%), Chile (1 – 9%) e Grécia (1 – 9%).

No que se refere ao delineamento metodológico, observou-se uma diversidade de abordagens: revisões integrativas (4 – 36%), estudos qualitativos (2 – 18%), estudos de coorte (2 – 18%), estudo transversal (1 – 9%), caso-controle (1 – 9%) e meta-análise (1 – 9%). As bases de dados utilizadas para a seleção dos artigos incluíram a CAPES (5 – 45%), BVS (3 – 27%), Google Acadêmico (2 – 18%) e SCIELO (1 – 9%).

A seguir, são apresentados os principais objetivos e desfechos de cada estudo na Tabela 1.

Tabela 1: Caracterização dos estudos incluídos na revisão, 2025.

Fonte: Própria dos autores, 2025.

4  DISCUSSÃO

Os estudos analisados em conjunto fornecem uma base acadêmica sólida para compreender as repercussões do desmame precoce sob a perspectiva nutricional. Destacam-se, especialmente, os riscos associados à interrupção antecipada do aleitamento materno exclusivo, tanto para a saúde da mãe quanto do bebê, reforçando a importância da sua manutenção por um período adequado. O aleitamento materno exclusivo (AME) é considerado a estratégia mais eficaz e natural para garantir a nutrição adequada do lactente, fortalecer o sistema imunológico e promover um vínculo afetivo entre mãe e filho (WHO, 2019).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, recomenda-se o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida, sendo o aleitamento complementar indicado até os dois anos ou mais (BRASIL, 2015). Esta prática não apenas reduz significativamente os índices de morbimortalidade infantil, como também promove benefícios à saúde física e mental da dupla mãe-bebê, consolidando-se como uma intervenção essencial para a promoção da saúde pública (CAMPOS et al., 2020; RIBEIRO, 2024).

Dessa forma, a partir dessa perspectiva inicial, torna-se possível aprofundar a discussão em torno de três eixos centrais relacionados ao aleitamento materno: os benefícios da amamentação para a mãe, os benefícios da amamentação para o filho, bem como os benefícios socioeconômicos associados à prática do aleitamento. Além desses, destaca-se ainda a relevância da atuação do profissional de enfermagem como peça-chave no incentivo, apoio e orientação à amamentação, desde o pré-natal até o puerpério. A compreensão desses aspectos contribui para uma visão integral da amamentação como prática essencial não apenas para a saúde individual, mas também coletiva, social e econômica.

BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA A MÃE

A amamentação, embora frequentemente destacada pelos seus benefícios ao recém- nascido, também oferece uma série de vantagens importantes à saúde física e mental da mulher. Imediatamente após o parto, o ato de amamentar estimula a liberação de ocitocina, hormônio que promove a contração uterina, auxiliando na involução do útero e na prevenção de hemorragias, o que contribui diretamente para a recuperação mais rápida da mãe no pós-parto (RIBEIRO, 2022). Além disso, a amamentação está associada à perda de peso de forma saudável, uma vez que mobiliza o tecido adiposo visceral, metabolicamente ativo, favorecendo o retorno ao peso corporal anterior à gestação (NIXARLIDOU et al., 2023; RIBEIRO, 2022).

A prática do aleitamento materno também tem efeito protetor contra diversas doenças crônicas e degenerativas. Estudos indicam que mulheres que amamentam apresentam menor risco de desenvolver câncer de mama e de ovário, em especial o epitelial, além de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, diabetes tipo II e distúrbios metabólicos (MONTEIRO, 2024; RIBEIRO, 2022). Esses benefícios decorrem de alterações hormonais favoráveis provocadas pela lactação, como a diminuição dos níveis de estrogênio durante os períodos de amenorreia pós-parto. Outro benefício importante é a proteção contra a osteoporose, já que, apesar da perda de cálcio durante a amamentação, o organismo materno, ativa mecanismos compensatórios que aumentam a concentração de cálcio no sangue, preservando a densidade mineral óssea e garantindo maior saúde óssea a longo prazo (NIXARLIDOU et al., 2023; MONTEIRO, 2024).

No que diz respeito à saúde mental, o aleitamento materno exerce um papel essencial na estabilidade emocional da mulher. A produção e liberação de ocitocina durante a amamentação não apenas fortalece o vínculo afetivo entre mãe e bebê, como também proporciona um efeito calmante, reduzindo o estresse, melhorando o humor e promovendo sensações de relaxamento e bem-estar (GOMES, 2020; MONTEIRO, 2024). Esses efeitos hormonais são particularmente importantes nos primeiros meses após o parto, quando a mulher está mais suscetível a oscilações emocionais e à depressão pós-parto. Nesse sentido, o aleitamento pode ser considerado um fator de proteção natural contra transtornos do humor materno, reforçando seu papel fundamental não só no cuidado com o recém-nascido, mas também na preservação da saúde psicológica da mãe (NIXARLIDOU et al., 2023).

Dessa forma, a amamentação se configura como uma prática essencial para a promoção da saúde integral da mulher. Ao proporcionar benefícios fisiológicos imediatos, prevenir doenças crônicas e contribuir significativamente para o equilíbrio emocional, o aleitamento materno deve ser amplamente incentivado e apoiado. Trata-se de um processo que vai além da nutrição infantil, revelando-se um importante aliado na vivência da maternidade e na melhoria da qualidade de vida da mulher em curto, médio e longo prazos (MONTEIRO, 2024).

BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA O FILHO

A amamentação apresenta inúmeros benefícios para o desenvolvimento e a saúde da criança, tanto a curto quanto a longo prazo. De forma imediata, contribui para a maturação do trato gastrointestinal, fortalecimento do sistema imunológico e redução das infecções respiratórias, além de promover o desenvolvimento cognitivo (MIR et al., 2022). A prática do aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses de vida é apontada como um fator essencial na proteção contra a obesidade infantil. Estudos demonstram que crianças que foram amamentadas exclusivamente até essa idade apresentam menor risco de desenvolver obesidade em comparação às que não receberam o aleitamento exclusivo (PENEDO, 2023).

Diversas pesquisas destacam ainda a importância do aleitamento materno na prevenção de doenças crônicas, como diabetes mellitus tipo 1 e 2, obesidade, asma, doenças cardiovasculares, hipertensão, hiperatividade, câncer, cáries dentárias, além de enfermidades contagiosas e alérgicas (GARCIA, 2020; CIAMPO e CIAMPO, 2018). Há também evidências de que o AME reduz significativamente os casos de desnutrição crônica, como o nanismo, além de contribuir positivamente para áreas importantes do desenvolvimento infantil, incluindo habilidades motoras (grossas e finas), comunicação, resolução de problemas e interação social (DWIANTINI et al., 2024; ANGRENI et al., 2024).

O leite materno contém ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, essenciais para o desenvolvimento cerebral. A presença desses componentes está diretamente relacionada ao melhor desempenho em testes de QI e outras habilidades cognitivas durante a infância e adolescência, o que impacta positivamente o desempenho escolar e intelectual da criança (KE et al., 2023). Além disso, o leite materno é fonte rica de anticorpos que fortalecem o sistema imunológico do bebê, protegendo-o contra doenças como diarreia, otite média, infecções respiratórias e outras doenças infecciosas (MONTEIRO, 2024).

A amamentação também desempenha papel fundamental na prevenção de infecções respiratórias agudas, como resfriados, amigdalite, sinusite, bronquiolite, pneumonia e laringite. Tais infecções são causas relevantes de morbimortalidade infantil, especialmente em países de baixa renda. O leite materno, por meio de seus componentes imunológicos, contribui para a proteção do lactente contra essas enfermidades (MIR et al., 2022). Nesse sentido, o AME demonstra ser um importante fator de proteção também contra sintomas gastrointestinais nos primeiros seis meses de vida da criança (RIBEIRO, 2024).

Outro aspecto relevante está relacionado ao desenvolvimento das estruturas orofaciais, como lábios, língua, bochechas, palato duro e mole, que são essenciais para funções como respiração, sucção, mastigação, deglutição e fonoarticulação. O aleitamento materno contribui ainda para o estabelecimento do padrão de respiração nasal (ROSA e DELGADO, 2017). Do ponto de vista imunológico, o leite materno é composto por glicanos humanos que atuam na proteção contra doenças como disfunções dentárias, obesidade e infecções diarreicas (NIXARLIDOU et al., 2023).

Lactentes não amamentados enfrentam maiores riscos de exposição a patógenos devido ao uso de mamadeiras mal higienizadas e alimentos contaminados. A ausência do leite materno compromete a nutrição e a imunidade inata do bebê, elevando os índices de morbimortalidade infantil (HOSSANI e MIHRSHAHI, 2022). A amamentação é ainda recomendada como forma de prevenção primária para doenças alérgicas, incluindo alergias alimentares. Estudos indicam que bebês amamentados por menos de seis meses apresentam maior risco de hospitalização, infecções virais, eczema e sibilância (RIBEIRO, et al., 2024).

Adicionalmente, a prática da amamentação imediatamente após o nascimento está associada à redução da morbidade e mortalidade neonatal e favorece o prolongamento do tempo de aleitamento exclusivo e total (CAMPOS et al., 2020). É importante ressaltar que, além dos benefícios diretos para o bebê, a amamentação também traz vantagens para a saúde da mãe, o que reforça sua importância como estratégia de saúde pública (MONTEIRO, 2024).

Dessa forma, o conjunto de evidências científicas analisadas comprova que o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida é uma das intervenções mais eficazes e econômicas na promoção da saúde infantil, sendo essencial para o crescimento, desenvolvimento integral e proteção contra doenças ao longo da vida.

BENEFÍCIOS SOCIOECONÔMICOS DA AMAMENTAÇÃO

Além dos benefícios diretos à saúde da mãe e do bebê, o aleitamento materno exclusivo (AME) apresenta vantagens socioeconômicas significativas. Para as famílias, a prática do aleitamento representa uma economia substancial, uma vez que elimina a necessidade de aquisição de fórmulas infantis, mamadeiras, bicos artificiais e outros utensílios associados à alimentação artificial. Essa economia direta se reflete na redução de gastos com alimentos alternativos e medicamentos, bem como na diminuição da necessidade de consultas médicas e hospitalizações, já que crianças amamentadas tendem a adoecer com menor frequência (MONTEIRO, 2024; COSTA et al., 2023).

No âmbito coletivo, o aleitamento materno exclusivo contribui para a sustentabilidade dos sistemas de saúde pública, ao reduzir a carga de atendimentos médicos relacionados a doenças evitáveis por meio da amamentação, como infecções gastrointestinais e respiratórias. Essa redução de demanda sobre o sistema de saúde representa um alívio orçamentário importante, permitindo que recursos sejam direcionados a outras necessidades da população (MONTEIRO, 2024). Além disso, o AME também é benéfico do ponto de vista ambiental, uma vez que reduz a produção e o descarte de embalagens de fórmulas infantis, contribuindo para a diminuição do impacto ambiental (AMOO; POPOOLA; LUCAS, 2022; TAKEMOTO, 2023). Outro ponto relevante está relacionado ao mercado de trabalho. O aleitamento materno contribui para a redução do absenteísmo dos pais, uma vez que crianças saudáveis exigem menos cuidados médicos frequentes, permitindo maior estabilidade no emprego e produtividade laboral dos responsáveis (TAKEMOTO, 2023).

A prática do AME também possui impactos positivos na saúde das lactantes, favorecendo a manutenção do peso corporal, prolongando o período de amenorreia lactacional e reduzindo o risco de câncer de mama (AMOO; POPOOLA; LUCAS, 2022). Esses efeitos protetores têm implicações não apenas individuais, mas também econômicas, considerando os custos associados ao tratamento dessas doenças.

Adicionalmente, a duração do aleitamento materno exclusivo está associada à introdução precoce de alimentos ultraprocessados. Porto et al. (2021) observaram que crianças amamentadas exclusivamente por menos de 180 dias apresentaram maior risco de serem expostas precocemente a quatro ou mais tipos de alimentos ultraprocessados. O risco foi 194% maior para aquelas amamentadas exclusivamente por menos de 120 dias, e 117% maior para aquelas que receberam AME entre 120 e 179 dias, em comparação às crianças que receberam AME por 180 dias ou mais. A introdução precoce desses alimentos pode comprometer a saúde nutricional das crianças, tornando a prática do aleitamento materno exclusivo ainda mais essencial na prevenção de hábitos alimentares inadequados e problemas de saúde futuros.

Dessa forma, observa-se que os benefícios do aleitamento materno exclusivo extrapolam o campo da saúde individual, refletindo positivamente na economia familiar, nos sistemas de saúde pública, no ambiente e na produtividade social, configurando-se como uma estratégia eficiente e de amplo alcance para o desenvolvimento sustentável.

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA AMAMENTAÇÃO

Apesar da ampla divulgação dos benefícios do aleitamento materno, sua adesão ainda é considerada baixa no Brasil. De acordo com os dados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), a prevalência do aleitamento materno exclusivo (AME) em crianças menores de seis meses foi de 45,7%, com maior prevalência na região Sul (53,1%) e menor na região Nordeste (38,0%) (ENANI-2019). Diante desse cenário, destaca-se a importância da atuação da enfermagem na promoção, orientação e apoio ao aleitamento materno, papel esse legitimado pela Lei nº 7.498, que estabelece como competência do enfermeiro a assistência à mulher durante o ciclo gravídico-puerperal (SANTOS e SANTOS, 2023).

O enfermeiro tem um papel estratégico por estar presente em diferentes fases do cuidado: pré-natal, parto, puerpério imediato, mediato e tardio. Esse contato constante permite o estabelecimento de uma relação de confiança com a puérpera, favorecendo intervenções eficazes na promoção de uma pega correta, no manejo da amamentação e nos cuidados com os seios, prevenindo traumas e complicações como fissuras e mastites (MONTEIRO, 2024).

Além do ambiente hospitalar, é essencial que o profissional de enfermagem estenda sua atuação para o contexto domiciliar e comunitário, por meio de visitas que não se limitem ao exame físico, mas que sirvam como ferramentas para a promoção da saúde. Nessas visitas, o enfermeiro deve considerar as especificidades e o contexto sociocultural de cada família, promovendo uma abordagem personalizada e empática. Também é fundamental a implantação de ações educativas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com vistas a ampliar o conhecimento e o acesso à informação de qualidade, promovendo o aleitamento materno e contribuindo para a redução do desmame precoce (RIBEIRO, et al., 2024; MONTEIRO, 2024).

Os profissionais de saúde devem possuir tanto conhecimentos técnicos sobre lactação quanto habilidades em aconselhamento clínico. A orientação sobre o aleitamento deve abranger todos os períodos da assistência, desde o pré-natal até o puerpério, considerando as dúvidas, medos, mitos e crenças das mães. Desconstruir práticas prejudiciais e apoiar decisões conscientes é essencial para o sucesso da amamentação (BRASIL, 2015).

Nesse contexto, o enfermeiro assume também o papel de educador e multiplicador de informações, promovendo uma assistência humanizada, de baixo custo e alta eficácia. Estratégias socioeducativas aplicadas no nível primário de atenção à saúde podem ser decisivas para o fortalecimento da prática da amamentação, com impacto positivo no vínculo mãe-bebê, no desenvolvimento infantil e na saúde da mulher. Acredita-se que quanto maior o nível de orientação e acolhimento, maior será o comprometimento da mãe e, consequentemente, o sucesso na prática do aleitamento (MONTEIRO, 2024).

Estudos apontam que a educação em saúde exerce um impacto direto na adesão ao aleitamento materno. Em análises que comparam o conhecimento pré e pós-palestras educativas, observou-se aumento significativo nas respostas corretas sobre técnicas, benefícios para o bebê e para a mãe, indicando que essas ações são efetivas para a aquisição de conhecimento (GARCIA, 2020). Além disso, o aconselhamento adequado, com escuta ativa e comunicação clara, foi apontado por mães como fator fundamental para uma experiência positiva de amamentação, sendo necessário também estender esse apoio aos acompanhantes, como familiares e amigos, que podem desempenhar papel de reforço emocional durante esse processo (CARDOZO, 2023).

O enfermeiro, como gestor do cuidado, deve planejar, executar e avaliar intervenções que promovam a amamentação, sempre com base na realidade vivenciada pelas mulheres. Sua atuação efetiva envolve acolher, ensinar, escutar e orientar, possibilitando que a mãe se sinta segura, respeitada e amparada em suas escolhas. A prática do aleitamento materno, portanto, não depende apenas da disposição materna, mas também da qualidade do suporte profissional ofertado. O sucesso dessa prática essencial para a saúde pública requer o envolvimento de toda a equipe de saúde, com destaque para a atuação estratégica da enfermagem.

5  CONCLUSÃO

A conclusão desta pesquisa destaca a importância fundamental do aleitamento materno exclusivo para a saúde do bebê e o bem-estar da mãe, evidenciando-o como uma prática essencial durante os primeiros seis meses de vida. Os benefícios incluem proteção contra doenças, fortalecimento do sistema imunológico do recém-nascido e desenvolvimento cognitivo, além de contribuir para a recuperação pós-parto da mãe e reduzir o risco de doenças crônicas a longo prazo.

Além dos benefícios físicos, a amamentação também desempenha um papel crucial na promoção de um vínculo afetivo profundo entre mãe e filho, criando uma relação de segurança e confiança que favorece o desenvolvimento emocional do bebê e a saúde mental da mãe. No entanto, a prática do aleitamento materno ainda enfrenta barreiras significativas, frequentemente originadas por mitos e crenças socioculturais que desencorajam a amamentação exclusiva.

O papel do profissional de enfermagem é essencial para superar essas barreiras, oferecendo orientação e apoio contínuos às mães. Com o conhecimento adequado, os profissionais de saúde têm a capacidade de desmistificar mitos, oferecer suporte prático e emocional, e promover a amamentação de forma eficaz e humanizada. Para aumentar as taxas de aleitamento materno exclusivo, é imprescindível investir em ações educativas que envolvam toda a equipe de saúde e implementar políticas públicas de apoio às mães, tanto no hospital quanto nas visitas domiciliares e nas Unidades Básicas de Saúde.

Conclui-se que a amamentação não é apenas uma questão biológica, mas também social, cultural e psicoemocional. Muitas gestantes, desde o pré-natal, já decidem por não amamentar, o que reforça a necessidade de políticas públicas e programas de saúde que incentivem a amamentação exclusiva, especialmente nos primeiros seis meses de vida. O apoio contínuo à amamentação deve ser uma prioridade para profissionais de saúde e formuladores de políticas, garantindo que todas as mães tenham acesso às informações e ao suporte necessário para praticar a amamentação exclusiva.

Dessa forma, será possível maximizar os benefícios dessa prática para a saúde e o desenvolvimento das futuras gerações, promovendo uma sociedade mais saudável e resiliente.

6  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 Discente do Curso Superior de Enfermagem da FANORTE – Instituição de Ensino Superior de Cacoal. E-mail: keilianebonfim 55@gmail.com
1 Discente do Curso Superior de Enfermagem da FANORTE – Instituição de Ensino Superior de Cacoal. E-mail: danielysilvacacoal@gmail.com
2 Docente do Curso Superior de Enfermagem da FANORTE – Instituição de Ensino Superior de Cacoal. Mestre em Terapia Intensiva (Professora e Coordenadora da FANORTE). e-mail: eldya@fanorte.edu.br