ÓLEOS ESSENCIAIS EM SUBSTITUTIVO AOS ANTIMICROBIANOS COMO PROMOTORES DE CRESCIMENTO NA FASE DE CRECHE NA SUINOCULTURA

ESSENTIAL OILS AS A REPLACEMENT FOR ANTIMICROBIALS AS GROWTH PROMOTERS IN THE CARE PHASE IN PIG FARMING

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410201700


Henrique Ferreira de Assis1
Roberta Gangá Irineu2
Thiara Gava Lopes2
Frederico de Castro Figueiredo3
  Sherrine Queiroz Fermo 4
Irany Rodrigues Pretti5
Luma Barbosa Magnago6
Carlos Eduardo Batista Gronner7
Fabrício Zorzal dos Santos4
Carlos Henrique Pires8
Ana Karoline Favalessa Martins9


RESUMO

Ao longo dos anos os antibióticos foram utilizados como
aditivos na dieta de suínos, com o objetivo de controlar o índice de patógenos em leitões recém-desmamados e promover o aumento no desempenho produtivo animal. Entretanto, apesar de comprovada a capacidade de auxílio no desempenho de suínos, o uso dessas substâncias vem sendo restringidas pela possibilidade de surgimento de cepas bacterianas resistentes. Nas plantas, os metabólitos secundários são utilizados como proteção contra pragas e doenças. Nos animais, esses compostos, dentre eles os óleos essenciais apresentam função antimicrobiana, anti-inflamatória, dentre outras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de óleos essenciais de tomilho (O.E.T.) na dieta de suínos em fase de creche, em substituição ao uso de antimicrobianos como promotores de crescimento, sobre o desempenho produtivo de leitões. O experimento foi conduzido no setor de Suinocultura do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Itapina, onde foram utilizados delineamento experimental de blocos ao acaso, com três tratamentos distintos, 4 repetições divididas em 4 blocos. Cada bloco teve duração de 21 dias, onde foram distribuídos 4 animais por unidade experimental, totalizando 48 leitões. Os tratamentos consistiram em: T1- Testemunha (Ração basal); T2- Ração basal + antibiótico e T3- Ração basal + O.E.T.. Foram coletadas amostras de fezes diretamente da ampola retal de um leitão por unidade experimental no início do ensaio, com 7, 14 e 21 dias pós-desmame. Foram avaliadas as análises da microbiota ácido-lática. Os dados obtidos foram avaliados pelo pacote ANOVA utilizando limites de 5% de probabilidade. O programa
estatístico computacional utilizado foi o R Core Team (2019). O presente estudo permitiu evidenciar a específica atividade do óleo essencial de tomilho no desenvolvimento dos suínos e no controle de bactérias, indicando que a substituição dos promotores de crescimento na ração é uma solução viável na busca de dirimir o uso indiscriminado de antibióticos, mas ainda assim promover um desenvolvimento satisfatório desses animais.

Palavras – chave: Antimicrobianos, Óleos Essenciais, Suinocultura, Promotores de crescimento, Desempenho produtivo.

1                INTRODUÇÃO

O Brasil ocupa a quarta posição no ranking de maiores produtores de carne suína no mundo, ficando atrás apenas da China, União Europeia e Estados Unidos, com uma produção de 4,8 mil toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) (SENAR, 2022).

Atualmente, a preocupação com os aspectos relacionados à saúde das pessoas tem aumentado consideravelmente. A alta demanda por proteína de origem animal requer produção intensiva, levando-se em consideração a segurança alimentar, o meio ambiente e o bem-estar animal (COSTA, 2013). De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o setor industrial da carne suína tem importante papel no sustento do desenvolvimento econômico de várias regiões do Brasil, sendo essa produção mais concentrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, sendo Santa Catarina o estado brasileiro com maior produção (26,4%) (ABPA, 2016).

Segundo Pellis et al. (2022), a suinocultura, no cenário nacional, apresenta altos índices de produtividade e por isso é importante conhecer a composição dos alimentos e as exigências nutricionais dos animais, além dos aditivos que precisam ser incluídas nas rações com intuito de melhorar o desempenho animal. Por décadas, antimicrobianos que promovem crescimento foram usados nas rações de suínos recém desmamados e em fase de crescimento, com foco na redução da diarreia após o desmame.  

O uso de antibióticos como promotor de crescimento vem sendo progressivamente restringido em diversos países, pois leva a resistência bacteriana, podendo deixar resíduos nas carnes (HERNÁNDEZ et al.,2004). Devido a isso, surgiram novas regulamentações que têm forçado a procura por alternativas que garantam o máximo crescimento dos animais e mantenha a qualidade do produto (MILTENBERG, 2000). 

De acordo com Menten (2002) e Sinhorin et al. (2017), os óleos essenciais contém princípios ativos que são capazes de melhorar o desempenho dos animais, pois possuem ação antimicrobiana. Em estudo in vitro realizados por Dorman e Deans (2000), analisaram a capacidade do óleo de cravo, tomilho e orégano apresentarem efeitos antimicrobianos em patógenos analisados.

Menten (2002) aponta que os princípios ativos contidos nos óleos melhoram o crescimento animal, estimulam a digestão, alteram a microbiota do intestino, melhoram a absorção de nutrientes e a digestão, além de ter efeitos antimicrobianos. Para Mellor (2000) tais óleos podem estimular a produção de saliva e de suco gástrico, aumentando a secreção dar enzimas do pâncreas, sacarase e maltase.

A fase de creche é uma das mais delicadas na criação de leitões, com alta incidência de diarreias e problemas nutricionais. Por isso, as pesquisas com óleos, possíveis substitutos dos antibióticos, fazem-se importantes para suinocultura nacional.

Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de óleos essenciais na dieta de suínos pós-desmame, como substitutivo ao uso de antimicrobianos promotores de crescimento, sobre o desempenho produtivo.

2                METODOLOGIA

Todos os métodos utilizados para a manipulação dos suínos durante a realização desta pesquisa seguiram os princípios éticos da pesquisa com animais e foram aprovados pelo Comitê de Ética de Uso de Animais (CEUA) do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Espirito Santo (n° de registro 23147.006919/2022-61), conforme certificado em anexo.

O experimento foi conduzido no setor de Suinocultura do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Itapina, localizado no município de Colatina, com localização geográfica 19° 32’ 20’’ sul e 40° 37’ e 51’’ oeste, a uma altitude de 71 metros.

Foram utilizados leitões machos e fêmeas com genética Agroceres, linhagem Camborough x Agpic. O experimento foi delineado em blocos ao acaso (DBC), com três tratamentos distintos. Os tratamentos consistiram em:

  1. Testemunha: ração convencional sem aditivos; (RB).
  2. Antibiótico: ração convencional + 400 ppm de amoxilina; (RB + AB).
  3. Óleo essencial: ração convencional + 175 ppm óleo essencial de tomilho (Thymus vulgaris). (RB+OE).

Os tratamentos foram repetidos em 4 blocos. Cada bloco teve duração de 21 dias, com 4 animais por unidade experimental, totalizando 48 leitões com 28 dias de vida.

Os animais foram alojados em baias coletivas, suspensas e com pisos parcialmente ripados, dentro de um galpão com pé direito e telhas de amianto (Figura 4). As baias receberam comedouros semiautomático com capacidade para 25 Kg de ração e bebedouro tipo chupeta. As condições ambientais no interior do galpão durante o experimento foram monitoradas por meio do datalogger instalada no centro do galpão programado para aferir a temperatura e umidade.

Figura 4: Acondicionamento dos animais nas baias

FONTE: Autoral (2023).

As rações e a água foram fornecidas à vontade durante todo o período experimental, pesando-se diariamente a dieta oferecida e as sobras. Visando o cálculo do consumo de ração (CDR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar (CA) os animais foram pesados no início e no final do experimento. As rações foram elaboradas de acordo com a idade e tratamento experimental dos animais: pré-Inicial de 28 a 49 dias de idade, formuladas para atender as exigências nutricionais descritas por Rostagno et al., (2017) (Tabela 1). As rações foram produzidas na fábrica de ração do Ifes campus Itapina.

Para a análise da microbiota intestinal dos leitões, foram coletadas amostras de, no máximo, 100 gramas de fezes diretamente da ampola retal de um leitão por unidade experimental no início do ensaio, com 7, 14 e 21 dias pós-desmame. Cada amostra foi coletada em potes coletores esterilizados e levada imediatamente para análise em laboratório, para contagem de Unidades Formadoras de Colónias (UFC) de coliformes fecais e Lactobacillus spp.. As amostras foram preparadas e, diluídas, adicionando-se 1 g de fezes em 99 ml de solução-tampão fosfato ph 7,2 para obter uma diluição inicial de 1:100.  Após as diluições sucessivas até 10-8, foram semeadas em meios específicos, seguindo os trabalhos de Assis et al. (2021).

A microbiota ácido-lática foi analisadas, utilizando ágar APT para bactérias do gênero Lactobacillus e VRB (Violet Red Bile Agar) para coliformes. Ao longo do processo as amostras foram diluídas até 10-8, semeadas em placas de petri, duplicadas e incubadas a 37ºC por 48 horas (APT) e 24 horas (VRB) (SANTOS et al., 2016). As colônias foram contadas manualmente, e os resultados obtidos e expressos como log na base 10 por grama do peso das fezes (ASSIS et al., 2021).

Para as variáveis de desempenho (ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar) e análises microbiológicas ácido lática (lactobacillus e coliformes) a baia foi considerada uma unidade experimental. Os dados obtidos foram avaliados pelo teste de Tukey utilizando limites de 5% de probabilidade. O programa estatístico computacional utilizado foi o R Core Team (2019). 

Tabela 1: Composição centesimal das rações experimentais para três tratamentos

  IngredientesTestemunhaRação + AntibióticoRação + Óleo Essencial
KgKgKg
Milho Grão58,00257,92757,984
F. Soja31,83831,83831,838
Núcleo Pré-Inicial4,0004,0004,000
Óleo de Soja2,3002,3002,300
Açúcar1,0001,0001,000
Calcário 0,8200,8200,820
L-lisina HCL0,5800,5770,580
Fosfato Bicalcico0,5300,5300,530
Sal Comum0,4550,4550,455
L- treonina0,2990,2980,299
DL-metionina0,0970,0970,097
L-triptofano0,0690,0680,069
BHT0,0100,0100,010
F. Trigo0,0000,0000,000
Amoxicilina0,0000,0800,000
Óleo Essencial0,0000,0000,0175
Atendimento das Exigências Nutricionais
 %%%
Cálcio0,9810,9820,981
Energia Digestiva3374 (Kcal/Kg)3374 (Kcal/Kg)3374 (Kcal/Kg)
Fibra Bruta3,0153,0163,016
Fósforo Disponível0,4840,4850,485
Lisina Digestiva1,3471,3461,347
Metionina Digestiva 0,3770,3770,377
Proteína Bruta20,361020,36620,363
Proteína Digestiva18,545018,55018,546
Sódio0,21970,2190,219
Treonina Digestiva0,90300,9020,903
Triptofano Digestivo0,27690,2760,276

FONTE: Própria

*Níveis de garantia por Kg do produto: Cálcio (Máx) 210,0g; Cálcio (Mín) 190,0g; Fósforo (Mín) 73,0g; Vitamina A 275.000,00UI; Vitamina D3 49.500,00UI; Vitamina E 1.100,00UI; Vitamina k3 55,0mg; Ácido fólico 28,6mg; Cobalto 12,0mg; Sódio (Mín) 60,0g; Cobre 5.630,0mg; Biotina 2,80mg; Colina 9.660,0mg; Niancina 968,0mg; Vitamina B1 41,8mg; Vitamina B2 165,0mg; Vitamina B6 55,0mg; Vitamina B12 880,0mg; Colistina 1.000,0mg; Ferro 3.000,0mg; Zinco 2.100,00mg; Manganês 1.200,00mg; Iodo 24,0mg; Selênio 9,0mg; Lisina 25,30mg; Acido pantotênico 550,0mg.

3                RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1           DESEMPENHO ZOOTÉCNICO

Observado na Tabela 2 que, o ganho de peso médio diário (GPD) se destacou numericamente no tratamento com ração basal + antibiótico (RB + AB), porém não distinguiu estatisticamente dos demais tratamentos.

Quanto ao consumo médio diário (CMD) na (tabela 2), a ração basal (RB) sem aditivos (testemunha) apresentou porcentagem de consumo maior que os tratamentos com antibiótico ou com óleo essencial, porém para teste de tukey com P>0,05 não houve diferença estatística.

No desempenho zootécnico, quanto a variável de conversão alimentar (CA) na (tabela 2), a testemunha (ração basal sem aditivos) apresenta numericamente média maior que os demais tratamentos, porém estatisticamente não houve diferença significativa.

Tabela 2: Desempenho zootécnico de leitões consumindo ração basal (RB), RB + antibiótico (RB + AB) e RB + óleo essencial de tomilho (RB + OE). As variáveis avaliadas são: Ganho de peso médio diário (GPD), consumo médio diário de ração (CMD) e conversão alimentar (CA).

A partir dos dados apresentados, é possível perceber que, apesar de não haver diferença estatística, a testemunha (ração basal) apresentou numericamente média maior para as variáveis de consumo médio diário e conversão alimentar. Isso diverge do encontrado por Sessin (2018), que ao pesquisar os óleos essenciais, mesmo não diferindo estatisticamente, obteve as maiores médias no tratamento que inclui os óleos essenciais, quanto as variáveis de ganho de peso médio diário, a conversão alimentar e ao consumo médio diário de ração. Tal fato pode ter se dado pela diferença no uso de óleos, uma vez que Sessin (2018) usou, em tal tratamento uma composição de ração padrão da granja com a inclusão de Essential® em 0,20% + Integrity ® em 0,15%. Contudo, a presente pesquisa corrobora com Ribeiro (2016) que, ao avaliar as mesmas variáveis, obteve médias maiores, mesmo que sem diferença estatística, para o tratamento sem aditivos (testemunha) nas variáveis de consumo médio diário de ração e na conversão alimentar.

A ausência de diferença estatística no presente trabalho pode se justiçar pelo baixo desafio biológico na granja de condução do experimento, uma vez que nela todos os protocolos de higiene ambiente são assegurados, desde o estoque do alimento, preparação da ração, estoque da ração, manejo dos animais e dos dejetos. Sendo assim, é possível reafirmar que granjas com baixo desafio biológico, não apresentam, necessidade do uso de antimicrobianos.

3.2           ANÁLISES DA MICROBIOTA INTESTINAL

A contagem de lactobacullus spp., apresentou diferença estatística entre os tratamentos realizados (Tabela 4). Houve uma média de proliferação menor para o tratamento com ração basal + óleos essenciais em todas as quatro coletas.

Para os demais tratamentos (RB e RB + AB) não houve diferença estatística quanto as coletas, mostrando que o antibiótico foi seletivo.

Tabela 4: Resultados de contagem de Lactobacillus spp. (log de UFC/g) nas fezes de leitões consumindo ração basal (RB), RB + antibiótico (RB + AB) e RB + óleo essencial de tomilho (RB + OE).

O lactobacilo é um tipo de bactéria ácido lática, sendo comum em locais ácidos como é o caso do ambiente gastrointestinal. Mesmo que alguns lactobacilos sirvam para produzir pequenas moléculas de sinal que podem estar envolvidos com a comunicação nas células, não há característica principal ou bem estudada de tais bactérias. Eles tendem a crescer em baixa densidade populacional, o que significa que o quorum sensing (caracterizado como um sistema de comunicação dentro da espécie ou com espécies diferentes de microrganismos, baseado em emitir estímulos que dependem da densidade de população) (SOLA et al., 2012) tradicional não é tão crítico para sua sobrevivência e função como em algumas outras bactérias (FREIRE, 2021). Os lactobacilos juntam-se no intestino e formam ligações com o epitélio intestinal, reduzindo o pH e a capacidade de proliferação dos coliformes. Estudos de Pozzo et al., (2011) e (Ramos et al., (2012) apontam que o, óleo de tomilho interfere na comunicação das células e isso afeta a capacidade das bactérias de se ordenadas em grupos e causarem as infecções que levam a quadro de diarreia, por exemplo. Isso sugere que o óleo essencial, nesse estudo, pode ter sido capaz de inibir o crescimento dos lactobacilos.

A população de lactobacilos apresentou uma constância no tratamento que recebeu óleo essencial, porém houve um crescimento na última semana de tratamento, o que precisaria de uma continuidade dos estudos para averiguar se haveria um prolongamento do crescimento com o tempo, podendo apontar resistência desses microrganismos.

O tratamento com antibiótico, enquanto promotor de crescimento, resultou em uma redução constante na população de lactobacilos a cada semana, o que era esperado, uma vez que a função principal desse ativo é combater o crescimento microbiano. Porém, a população de lactobacilos no tratamento que recebeu antibiótico se assemelha com a população de lactobacilos da testemunha, enquanto a população de lactobacilos nos animais que consumiram à ração com óleos essenciais é quase metade na segunda e terceira semana, o que aponta uma capacidade dos OE de seleção de bactérias.

Na primeira coleta, o tratamento com antibiótico teve maior eficiência no início do combate aos coliformes fecais (tabela 5). Na coleta dois, o tratamento com antibiótico e com óleo de tomilho não diferiram entre si, mas ambos estatisticamente não se diferenciaram quando comparados ao tratamento apenas com ração basal, mas numericamente demonstra que o óleo de tomilho tem potencial de controlar os coliformes tanto quanto o antibiótico.

Tabela 5: Resultados de contagem de coliformes fecais das análises microbiológicas (log de UFC/g) nas fezes de leitões consumindo ração basal (RB), RB + antibiótico (RB + AB) e RB + óleo essencial de tomilho (RB + OE).

Na coleta três, o óleo essencial de tomilho apresentou maior poder bactericida, ou seja, foi menos seletor que o antibiótico pois ele reduziu drasticamente tanto os lactobacilos (Tabela 4) quanto os coliformes fecais (Tabela 5), enquanto o antibiótico reduziu apenas os coliformes fecais.

Na coleta quatro (Tabela 5), apesar de não haver diferença estatística, o quantitativo de coliformes voltam a crescer assim como na tabela 4, quanto aos lactobacilos.

4                CONCLUSÃO

Houve evidencia da atividade do óleo essencial de tomilho no desenvolvimento dos suínos e no controle de bactérias, indicando que a substituição dos promotores de crescimento na ração é uma solução viável na busca de dirimir o uso indiscriminado de antibióticos, promovendo um desenvolvimento satisfatório desses animais.

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ANEXO A

Para verificar a autenticidade deste documento entre em https://sipac.ifes.edu.br/public/documentos/index.jsp informando seu número: 35, ano: 2022, tipo: CERTIFICADO, data de emissão: 12/09/2022 e o código de verificação: a390851b32


1Mestre em Zootecnia, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina;

2 Engenheira Agrônoma, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina;

3 Doutor em Zootecnia, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina;

4 Mestre em Educação Agrícola, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina;

5 Doutora em Biologia Vegetal, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina;

6 Doutora em Química, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina;

7 Mestre em Tecnologias Sustentáveis, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina;

8Especialista em Enfermagem do Trabalho, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina.

9Licenciada em Ciências Agrícolas, Instituto Federal do Espírito Santo Campus Itapina.