OBSERVAÇÕES DE PAIS E RESPONSÁVEIS SOBRE O TRABALHO DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504141505


Euzebio da Silva Dornelas1
Geórgia Regina Rodrigues Gomes2


RESUMO

Este artigo pretende trazer à reflexão, as observações de pais e responsáveis por alunos da Rede Municipal de Ensino do Município de Itaperuna/RJ, sobre o trabalho desempenhado pelo setor de Coordenação Pedagógica durante a pandemia de COVID-19. O objetivo deste estudo foi verificar se o setor em questão, desempenhou o seu papel durante o contexto pandêmico, proporcionando diálogos com a comunidade escolar, visando equacionar problemas ou simplesmente, atenuá-los; além de analisar a implementação do ensino remoto. Quanto à metodologia, trabalhou-se com pesquisa bibliográfica, e pesquisa exploratória, utilizando formulário do Google Forms, entrevistando 261 pessoas. Dentre os resultados, a pesquisa revelou que o coordenador pedagógico se fez presente durante a pandemia, respondendo aos questionamentos e dúvidas. Mais de 90% dos responsáveis afirmaram que os profissionais atendiam às demandas solicitadas. E para 69% dos entrevistados, o processo de ensino remoto durante o momento pandêmico, foi eficiente. Neste artigo, serão avaliadas apenas as questões fechadas, deixando as abertas, a serem analisadas posteriormente, em outro artigo. O estudo apresenta contribuições e sugestões, bem como propõe a realização de trabalhos futuros, envolvendo não só questões relacionadas ao processo remoto de ensino e aprendizagem, como outras questões experienciadas durante a pandemia.

Palavras-chave: Coordenação Pedagógica. Pais e responsáveis. COVID-19. TDIC’s.

1. INTRODUÇÃO

Buscar uma melhor compreensão sobre o papel da Coordenação Pedagógica durante a pandemia de COVID-19, sob o olhar de pais e responsáveis; é uma oportunidade ímpar a fim de dar voz a uma parcela significativa da comunidade escolar, que passa pouco tempo dentro da escola, desconhecendo por vezes, sua dinâmica diária, práticas metodológicas adotadas, equipe de apoio e demais profissionais, entre outras questões pertinentes ao dia a dia de uma unidade escolar. 

Para este trabalho, formulou-se a seguinte questão problema: durante a pandemia de COVID-19, houve uma má comunicação entre a Coordenação Pedagógica e os pais (ou responsáveis) por alunos da Rede Municipal de Ensino de Itaperuna/RJ? Esta pesquisa se justifica pela necessidade de levantar questionamentos e possíveis discussões, sobre o papel do setor, propondo uma análise sob o ponto de vista daqueles, que em alguns momentos se depararam sozinhos, sem saber como proceder, principalmente durante a implementação do ensino remoto.

O objetivo geral foi analisar o papel da Coordenação Pedagógica, na Rede Municipal de Ensino do município itaperunense, durante a pandemia, sob a perspectivas de pais e responsáveis. Entre os objetivos específicos, coletar dados e informações de pais e responsáveis, sobre a percepção do trabalho desempenhado pelo setor; identificar possíveis ruídos na comunicação entre pais ou responsáveis e a escola; entre outros.

Durante o momento pandêmico pelo qual todos nós passamos, muitos desafios foram enfrentados. A humanidade experimentou e experienciou situações sequer imaginadas pela grande maioria das pessoas, numa luta injusta, contra um inimigo que não podia ser visto a olho nu; um vírus, que marcou a História do Planeta Terra e, certamente, será lembrado e estudado, por muitos e muitos anos.

Saraiva, Traversini e Lockmann (2020, p. 02) lembram que medidas de isolamento social, objetivando reduzir a contaminação foram “adotadas ao redor do Mundo, com maior ou menor rigidez. Quase sempre, as primeiras instituições alcançadas por essas medidas são as educacionais”, afinal, possuem muitos indivíduos aglomerados por períodos mais longos.

Muitos pesquisadores vêm se debruçando sobre a temática que envolve a COVID-19. Sousa, Santos, Farias, et. al (2020, p. 629), por exemplo, mencionam que em 2020, 46 grupos estavam trabalhando com “linhas de pesquisas específicas para investigar a pandemia da COVID-19, formados por aproximadamente 1.093 pesquisadores, professores doutores, alunos de pós-graduação e profissionais técnicos”. 

Esse tipo de informação revela um novo espaço a ser explorado, e a escola precisa fazer parte deste contexto a ser pesquisado, relatando experiências desde o primeiro dia do fechamento de unidades escolares, estudando questões específicas, sobre a experiência de professores, questões comportamentais entre alunos, falta de equipamentos, evasão escolar, falta da merenda escolar, entre tantas outras questões; muitas, continuam sem respostas; e ainda há outros questionamentos, que nos afetam de alguma forma. 

Buscar entender como o momento pandêmico foi enfrentado pelo setor em questão, sob a ótica dos pais ou demais responsáveis é criar oportunidades de reflexão, é ratificar o nosso compromisso, enquanto educadores, de nos aproximarmos das múltiplas realidades que cada aluno vivenciou ou vivencia, juntamente com seus familiares.

É, literalmente, buscar entender o outro, compreender suas dores, dificuldades, compreender as minúcias e os porquês vividos por determinado aluno/família durante aquele período de crise, quando todos precisaram parar, em algum momento, a fim de repensar o presente, visando enfrentar os obstáculos diários, almejando um futuro outro, longe de isolamento social, vírus, máscaras, lockdown e afins; um futuro quando um simples abraço pudesse ser possível.

A pandemia de COVID-19, provavelmente tenha sido um dos piores momentos enfrentados pela humanidade. Boff (2020, p. 11) cita a peste Negra e a Gripe Espanhola como momentos terríveis já enfrentados pelo ser humano; além do vírus da Covid-19, “levando milhares à morte sem, por enquanto, podermos detê-lo. Sua rápida propagação deve-se ao fato de que vivemos numa cultura globalizada com alto deslocamento de pessoas que viajam por todos os continentes e que podem ser portadores dele”.

No entanto, o enfrentamento a este terrível vírus, concedeu-nos a oportunidade de refletir sobre muitas questões, principalmente, sobre as prioridades que cada um carrega consigo. Aquilo que tem importância para um, pode não ser tão importante para outro; mas, sobreviver, era a pauta diária, e muitas histórias foram sendo escritas a partir dessa premissa.

Além de proporcionar, que as vozes de pais e responsáveis possam ser ouvidas, esta pesquisa pretende levar à comunidade acadêmica e demais atores escolares, reflexões sobre o futuro. Diz o dito popular que “o futuro a Deus pertence” e sem querer levar em conta a fé – ou não – que alguém possa ter ou não ter; o momento pandêmico expõem uma fragilidade pontual: a inexistência de um manual de crise!

Esta pesquisa não pretendeu elaborar um manual, no entanto, acreditamos que o assunto precisa ser discutido. É preciso aprender com os erros e acertos! Quais lições para o setor educacional podemos tirar daquele período? Essas e outras reflexões precisam ser encaradas de frente, ainda que em outro momento; só não podemos é fugir de nossas responsabilidades!  

2. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E OS DESAFIOS DIANTE DA PANDEMIA

Durante o momento pandêmico, a Coordenação Pedagógica esteve na mira de olhares dos membros da comunidade escolar. O ensino formal experienciou situações e momentos difíceis e foi necessário amplo esforço, a fim de se garantir o direito à Educação. 

A sala de aula convencional se modificou, quando as TDIC’s (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) passaram a fazer parte do cotidiano de alunos e professores, modificando o espaço; reduzindo o tempo de aulas e transformando relacionamentos, alterações de práticas pedagógicas e outras mudanças mais.

E uma das grandes dificuldades no início da pandemia de COVID-19, foi a falta de conhecimento das TDIC’s por parte de professores, conforme esclarecem Cruz; Gomes; Azevedo Filho (2021). “Porém, foi visto que os docentes, de forma geral, não tinham conhecimentos ou não se sentiam confortáveis na utilização das TDIC’s para criação das aulas, sejam no formato de videoaulas ou na forma de videoconferências”. E complementam:

O mesmo se deu com os alunos, que estavam acostumados com a forma presencial de ensino, onde precisaram se adequar a este novo paradigma de formato de aulas os quais não estavam habituados no seu cotidiano diário. Portanto, os docentes tiveram que se autocapacitarem e os alunos também precisaram se ajustar aos diversos aplicativos/plataformas/LMS utilizados pelas várias instituições de ensino e utilizando-se de diferentes dispositivos com diversos tamanhos de tela, sejam eles smartphones, tablets, computadores de mesa e notebooks. (CRUZ; GOMES; AZEVEDO FILHO; 2021, p. 03).

De uma hora para outra, a forma tradicional de ensino teve que ser repensada e readaptada. Este novo contexto expõem fragilidades de professores, que não conheciam as novas tecnologias e muito menos como obter resultados significativos, desses recursos. E o papel da Coordenação Pedagógica passou cada vez mais a estar em evidência.

Neste complexo cenário, equipes pedagógicas precisaram buscar compreender o cenário educacional, a fim de obter parâmetros de atuação; e estabelecer critérios para a realização do ensino remoto, visando garantir aos alunos o direito à Educação.

Ainda no meio de toda essa turbulência, foi preciso repensar as individualidades e o momento de cada aluno, professor e demais colaboradores da escola, bem como a experiência de pais e responsáveis no enfrentamento à COVID-19. As inquietações emocionais, aliadas às questões pedagógicas, eram a combinação perfeita para complicar ainda mais o cenário.

Martins; Andrade; Zandavalli (2020, p. 7) mencionaram o papel da Coordenação Pedagógica na organização do trabalho remoto, cabendo ao profissional em questão, “elaborar ações metodológicas juntamente como os professores capazes de subsidiar o momento que busca soluções digitais, e atender aos estudantes com uma proposta de recursos e ferramentas pertinentes”.

Diante dos desafios diários que se acumulavam, nunca se esperou tanto da Coordenação Pedagógica, aquele setor capaz de assumir o protagonismo, estimulando a criatividade junto à comunidade escolar, além de ampliar o trabalho colaborativo, onde todos, pudessem dar a sua parcela de contribuição, na busca por soluções no processo de ensino e aprendizagem.

O novo cenário exigiu de coordenadores pedagógicos, uma ampliação comunicacional, exigindo troca de informações e experiências com outros profissionais, demais professores e até mesmo alunos, a fim de selecionar ferramentas e implementar estratégias, que pudessem dar subsídios para que as aulas fossem realizadas.

Repensar e reorganizar a forma como o processo de ensino e aprendizagem deveria ser conduzido, não foi tarefa fácil e, enquanto pesquisadores, é preciso entender todas as dificuldades existentes, além de tentar ‘enxergar’ nas entrelinhas do contexto, experiências que extrapolaram a ambiência escolar.

Filho; Freitas; Gomes et al. (2022, p. 10) mencionam os desafios referentes ao processo de ensino e aprendizagem durante a pandemia, que vão carecer de “pesquisas a longo prazo, pois os reflexos e as análises didáticas e pedagógicas serão sentidos a médio e longo prazo”. Há muitas questões a serem colocadas em discussão, buscando reflexões que possam nos ajudar a compreender este difícil momento da história.

Enquanto pesquisadores, estamos tendo a oportunidade de ver, presenciar e experienciar este fato recente da história da humanidade, que impactou profundamente todos os setores da sociedade, incluindo, o segmento educacional. Os reflexos de todos os problemas ocasionados pela pandemia de COVID-19, provavelmente, serão observados e estudados durante as próximas décadas, na tentativa de melhor compreender os fatos.  

Dentre algumas das questões propostas nesta pesquisa, buscou-se mensurar como foi o atendimento da Coordenação Pedagógica durante o período pandêmico; além de visar entender as etapas que precederam a implementação do ensino remoto, e possíveis avaliações posteriores; observar se houve ou não feedback em relação a sugestões e críticas realizadas pelos pais ou responsáveis, junto ao setor; entre outros questionamentos mais.

O papel da Coordenação Pedagógica durante a pandemia de COVID-19 precisa ser um exercício de reflexão conjunto, levando a comunidade escolar a ponderar seus respectivos papéis, visando o amadurecimento coletivo; além de fortalecer os vínculos, somando forças em prol da Educação, que precisará sarar suas dores e cicatrizar as feridas, deixadas por este terrível momento.

E, esta análise, sob o ponto de vista de pais e responsáveis poderá se tornar um interessante ponto de partida, na tentativa de compreender os anseios, desejos e preocupações, daquela parcela da comunidade escolar, que, via de regra, é a que passa menos tempo na escola.

Este é um debate em constante construção, que expõe dores e cicatrizes que necessitam ser mencionadas. Sarar essas dores ou encobrir as cicatrizes, provavelmente, isso nunca será possível; no entanto, confrontar os difíceis momentos experienciados devido ao período pandêmico, certamente deixará a comunidade escolar mais forte e resiliente, equacionando derrotas e vitórias, preparando-nos para enfrentar momentos difíceis, durante a jornada escolar.

3. METODOLOGIA

Pensar em uma metodologia visando realizar uma pesquisa científica, pressupõe buscar caminhos que facilitem o processo de investigação, atravessando passagens que conduzam a respostas, para questionamentos previamente elaborados. Ou seja, é preciso ter método, a fim de buscar os objetivos pretendidos.

Segundo Demo (1985, p. 19), a metodologia é simplesmente uma preocupação instrumental. “Trata das formas de se fazer ciência. Cuida dos procedimentos, das ferramentas, dos caminhos. A finalidade da ciência é tratar a realidade teórica, praticamente para atingirmos tal finalidade, colocando-se vários caminhos”.

Severino (2007, p.102), reforça dizendo que a ciência necessita utilizar um método próprio, o método científico, sendo o elemento “fundamental do processo do conhecimento realizado pela ciência para diferenciá-la não só do conhecimento comum, mas também das demais modalidades de expressão da subjetividade humana”.

Dessa forma, podemos perceber a existência de algumas definições de “método” na literatura e, conforme destaca Minayo (1996, p. 46), “cada autor tem peculiaridades em sua forma teórica de concepção e análise da realidade”.

Em um primeiro momento, realizou-se pesquisa bibliográfica, intencionando buscar elucidações para os questionamentos propostos, baseando-se em referências teóricas, visando analisar as contribuições científicas sobre a temática proposta. 

Fonseca (2002, p. 32), reforça a necessidade de a pesquisa ser realizada através do levantamento de referências teóricas que já foram publicadas, seja por meios eletrônicos ou escritos, como livros e artigos, até mesmo publicações na Internet. “Qualquer trabalho científico, inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto”.

Assim que os primeiros passos em direção à pesquisa foram dados, seguiu-se o caminho metodológico da pesquisa exploratória, utilizando-se a formulação de questionário, a fim de coletar informações junto a pais ou demais responsáveis, sobre o processo de ensino e aprendizagem durante a pandemia de COVID-19, bem como suas respectivas experiências diante do ensino remoto. 

Objetivou-se compreender situações e momentos específicos entre essa significativa parcela da comunidade escolar. Para Queiróz (1992, p. 13), o estudo exploratório, “tem por objetivo conhecer a variável de estudo tal como se apresenta, seu significado e o contexto onde ela se insere”. O autor ainda acrescenta que o comportamento humano, no contexto social ao qual está inserido, facilita a compreensão.

De acordo com Prodanov e Freitas (2013, p. 51-52), a pesquisa exploratória visa “proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses”, ou ainda, segundo os autores, descobrir uma nova abordagem sobre o assunto investigado.

Sendo assim, dirigimo-nos à Secretaria Municipal de Educação de Itaperuna, com o intuito de implementarmos nossa pesquisa, junto a pais e responsáveis por alunos da Rede Municipal de Ensino, daquele município. Para esta pesquisa foi estabelecida uma meta, objetivando ouvir cerca de 200 a 300 participantes. No dia 05 de dezembro de 2023, o questionário estava disponível, com 15 perguntas, sendo dois questionamentos abertos.

O questionário da pesquisa ficou aberto para obtenção de respostas até o dia 30 de dezembro de 2023. Ao final, 261 pessoas responderam aos questionamentos. É importante destacar que para este artigo, apenas os dados das questões fechadas serão analisados, devido à necessidade de espaço delimitado no que se refere ao número de páginas. Posteriormente, um outro artigo analisando as questões abertas, será publicado.  

Feitos os devidos esclarecimentos, sequenciamos a nossa metodologia ratificando que a pesquisa realizada é considerada de natureza exploratória, quando na oportunidade, utilizou-se de questionários para coleta e análise de dados, experiências e opiniões de pais e demais responsáveis, sobre suas respectivas visões em relação a atuação do setor de Coordenação Pedagógica durante o período da pandemia de COVID-19.

De acordo com o setor de estatísticas da Secretaria Municipal de Educação de Itaperuna, em 2020 haviam 8.476 alunos matriculados na Rede Municipal de Ensino, e um total de 36 escolas. O procedimento adotado pela pesquisa realizou a aplicação de questionário, quando na oportunidade foram entrevistadas 261 pessoas. Foi disponibilizado o seguinte link de acesso https://forms.gle/BrAbUkgMzPTiFn7b6 com uma mensagem explicativa, em anexo, sobre a sua finalidade e demais informações pertinentes à pesquisa. 

Das 36 escolas, obtivemos respostas de responsáveis por alunos que estudam em 21 escolas, sendo elas, Águas Claras, Bezerra de Menezes, CIEP Brizolão 264 Henriett Morineau, CIEP Brizolão 467 Henriett Amado, Comendador Venâncio Garcia, Coronel José Cardoso, Dr. Auto de Oliveira Pinto, Joaquim de Oliveira Câmara, Francisco de Mattos Ligiéro, Humberto de Campos, José de Paula Nogueira, José Ferreira Sales, Lincoln Barbosa de Castro, Maria Madalena Magacho, Nossa Senhora das Graças, Oscar Jerônimo, São José, Sítio São Benedito, Theodomiro de Souza Coelho, Valão das Folhas II e Vereador Elzo Galvão da França.

No entanto, em 15 escolas (14 da zona rural e 1 de distrito) não obtivemos a resposta de sequer um único representante, sendo elas: Chorão, Fazenda Cachoeira, São José da Pracinha, Emilia Gazal Bussade, Presidente Vargas, Córrego da Chica, Capelinha, Hermenegildo Torres Pessoa, Adelino Garcia Bastos, São Sebastião da Boa Vista, Córrego Seco, Bernardino Alves Teixeira, Córrego do Óleo, Valão da Folhas – Aré, Santa Paz.      

Os participantes da pesquisa ficaram cientes sobre o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), conforme a Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016 do CONEP, dando ciência aos mesmos, dos procedimentos da pesquisa, bem como as informações sobre o caráter voluntário da pesquisa.

O questionário foi elaborado no Google Forms, por possuir múltiplas ferramentas que se destacam consideravelmente, permitindo a facilitação da coleta de informações, devido a uma interface simples, direta e objetiva. Além disso, é possível apurar os resultados de forma prática, tendo à disposição, gráficos, tabelas e outras ferramentas, que facilitam a compreensão e a apresentação dos resultados obtidos. 

Durante as análises, pretendeu-se identificar situações e problemas ocorridos durante o período pesquisado em questão, assim como a atuação do setor de Coordenação Pedagógica, diante dos desafios encontrados na implementação do ensino remoto.     

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta fase da pesquisa exploratória são apresentados os resultados e discussões sobre a percepção de pais ou algum outro responsável, por estudante da Rede Municipal de Ensino de Itaperuna/RJ, durante o período de pandemia de Covid-19, quando foram entrevistadas 261 pessoas.

1ª Análise – Dados pessoais dos entrevistados

A primeira análise teve como objetivo identificar se o entrevistado era pai ou mãe de aluno da Rede Municipal de Ensino, ou algum outro parente responsável pelo estudante; como revela o Gráfico 4.

Gráfico 4 – Fonte: próprio autor

Perfil dos entrevistados

Observe que a maioria dos entrevistados é composto pelas mães, 80,5%; logo em seguida, 11,1% dos entrevistados de pais; e por fim, 8,4% de algum outro responsável.

Em seguida, buscou-se identificar em qual série o estudante estava durante o momento pandêmico, Educação Infantil, Fundamental I (1º ao 5º ano) ou Fundamental II (6º ao 9º ano), de acordo com o Gráfico 5.

Gráfico 5 – Fonte: próprio autor

Série dos estudantes, durante o momento pandêmico de Covid-19

Durante o momento de pandemia, 64,4% dos alunos estavam cursando o Fundamental I; 31% estavam na Educação Infantil e apenas 4,6% dos entrevistados informaram que o aluno estava no Fundamental II.

2ª Análise – Participação dos entrevistados junto à escola; demandas e feedbacks

O Gráfico 6 apresenta uma importante informação sobre a participação e interação dos responsáveis, junto à escola. O questionamento visa identificar se em algum momento durante o período pandêmico, o entrevistado foi convidado a participar com ideias e sugestões sobre como contribuir com o desenvolvimento das aulas.

Gráfico 6 – Fonte: próprio autor

Participação dos responsáveis com ideias e sugestões, junto à escola

As respostas dos entrevistados demonstram uma situação equilibrada, afinal, segundo 56,7% dos entrevistados houve uma participação ativa junto à escola. No entanto, para 43,3% dos entrevistados não foi possível contribuir com ideias e sugestões durante o período de Covid-19.

No Gráfico 7, demonstramos que uma das funções da Coordenação Pedagógica é atender a comunidade escolar em circunstâncias diversas. E durante a pandemia de Covid-19 a comunicação era utilizada por WhatsApp, redes sociais etc. Quando questionados se o setor respondia aos questionamentos e tiravam dúvidas, os entrevistados responderam da seguinte forma:

Gráfico 7 – Fonte: próprio autor

Referente a respostas do setor, junto a pais e responsáveis

Mais de 90% dos pais e responsáveis afirmaram que os respectivos coordenadores pedagógicos atendiam às demandas solicitadas, respondendo os seus questionamentos e tirando dúvidas; enquanto 6,9% disseram não ter suas demandas respondidas através do setor. Outro dado relevante que diz respeito ao feedback de demandas apontadas pelos responsáveis, como pode ser constatado no Gráfico 8.

Gráfico 8 – Fonte: próprio autor

Índice de satisfação referente a feedback

83,2% dos entrevistados se demonstraram muito satisfeitos referentes às respostas fornecidas pela Coordenação Pedagógica, diante de dúvidas e questionamentos. Enquanto 7,6% dos entrevistados disseram ter ficado pouco satisfeitos; e 9,2% preferiram a média 3.

3ª Análise – Coordenação Pedagógica sob a ótica dos responsáveis

No Gráfico 9 é possível observar que no início da pandemia de Covid-19, o coordenador pedagógico se fez presente, demonstrando que seria o elo de ligação entre o entrevistado e a escola; segundo o grupo pesquisado.

Gráfico 9 – Fonte: próprio autor

O coordenador como elo de ligação entre escola e responsáveis

De acordo com 89,3% dos entrevistados, o setor cumpriu com o seu papel de proporcionar esse elo de ligação entre a escola e os demais responsáveis. Os outros 10,7% afirmam que o profissional não se fez presente, como deveria.

Já no Gráfico 10, quando convidados a fazerem uma análise do trabalho da Coordenação Pedagógica durante todo o período da pandemia de Covid-19, os entrevistados avaliaram da seguinte forma:

Gráfico 10 – Fonte: próprio autor

Análise da atuação do setor durante a pandemia de Covid-19

Numa escala linear de 1 a 5, 11,1% dos entrevistados atribuíram as notas 1, 2, avaliando o trabalho do setor como pouco eficiente. 11,5% atribuíram a média 3; enquanto 75,6% dos entrevistados atribuíram as notas 4 e 5, avaliando-o como muito eficiente.

4ª Análise – Impressões de pais e responsáveis sobre a avaliação do processo remoto

Nesta quarta análise, observou-se as impressões de pais e demais responsáveis, sobre a avaliação do processo de ensino e aprendizagem de forma remota, durante o período de pandemia de Covid-19.

Aqui, vale ressaltar que, quando questionados sobre se no início ou durante o processo de implementação do ensino remoto, houve uma ou mais reuniões, com os responsáveis, para explicar como as aulas seriam ministradas durante a pandemia, os resultados foram os seguintes: 25,3% disseram que não houve reunião; 29,1% disseram ter tido apenas uma reunião; enquanto que 45,6% disseram ter existido duas ou mais reuniões. Ou seja, segundo 74,7% dos entrevistados, em algum momento eles tiveram algum tipo de informação sobre como seria a implementação do ensino remoto.

No Gráfico 11, foi questionado se em algum momento a Coordenação Pedagógica havia realizada avaliação sobre a eficiência ou não, do processo de ensino e aprendizagem através das aulas remotas.

Gráfico 11 – Fonte: próprio autor

Avaliação sobre o processo de ensino e aprendizagem, via aula remota

De acordo com 69% das pessoas entrevistadas, sim, em algum momento o setor fez uma avaliação sobre a eficácia ou não do processo remoto de ensino. Enquanto que 31% dos demais, afirmaram não ter existido tal avaliação. E quando questionados sobre o índice de satisfação referente à postura da Coordenação em verificar e eficiência das aulas remotas, as respostas ficaram da seguinte forma, de acordo com o Gráfico 12:

Gráfico 12 – Fonte: próprio autor

Índice de satisfação sobre a postura do setor em verificar a eficiência do processo remoto

Numa escala de 1 a 5, 11,5% dos entrevistados atribuíram a nota 1; 4,6% a nota 2; demonstrando pouca satisfação. 12,6% preferiram a média 3. E 71,3% se demonstraram muito satisfeitos com a postura do setor, em verificar a eficiência ou não das aulas remotas.

E por fim, como revela o Gráfico 13, perguntou-se aos entrevistados como eles classificariam o processo de ensino remoto durante a pandemia.

Gráfico 13 – Fonte: próprio autor

Classificação do processo remoto de ensino e aprendizagem

Para 11,5% dos entrevistados a avaliação do processo de ensino remoto mereceu a nota 1; enquanto 7,7% a nota 2; afirmando que o processo remoto durante a pandemia foi pouco eficiente. 11,9% dos entrevistados preferiram optar pela média 3. Já 23,8% atribuíram a nota 4; e 45,2% a nota 5; ou seja, para 69% dos entrevistados o processo de ensino remoto durante o momento pandêmico, foi muito eficiente.

Diante da análise dos gráficos expostos é possível analisar que o grupo de entrevistados pesquisado, ficou basicamente dividido quando o assunto foi referente à participação ativa na escola, podendo contribuir ou não, com ideias e sugestões; afinal, para 56,7% dos entrevistados foi possível participar de forma ativa, enquanto os outros 43,3% disseram que não.

Já em relação à eficácia do setor sobre questionamentos e dúvidas dos responsáveis, a Coordenação Pedagógica foi bem avaliada. Mais de 90% dos pais e responsáveis afirmaram que os coordenadores atendiam às demandas solicitadas; e outro dado que corrobora esta afirmativa, demonstra que 83,2% dos entrevistados ficaram satisfeitos com as respostas fornecidas pelo setor.

Bruno e Christov (2015, p. 88) nos apresentaram o coordenador pedagógico como “leitor”, aquele com aptidão para fazer uma leitura de mundo, sobre fatos e acontecimentos que se desenrolaram durante a pandemia, reforçando a importância deste profissional, principalmente, durante o momento de crise. “[…] leitor de seus professores, dos estudantes, da comunidade na qual está inserida a escola, da cidade, do país, do mundo contemporâneo”. 

E dessa forma, analisando as questões fechadas da aplicação do questionário aos pais e responsáveis, percebemos que o setor de Coordenação Pedagógica, conseguiu fazer uma leitura mais próxima da realidade, ainda que momentânea, que pudesse atender às necessidades de pais e responsáveis. 

Para 89,3% dos entrevistados, o setor cumpriu com o seu papel de proporcionar o elo de ligação entre a escola e os pais e demais responsáveis. No entanto, no que diz respeito à qualidade do trabalho executado, percebemos que as notas indicadas pela escala linear de 1 a 5 ficaram variadas, apresentando resultados diversificados como, 22,6% dos entrevistados atribuíram as notas 1, 2 e 3; enquanto 18,8% dos entrevistados atribuíram a nota 4; e 56,8% a maior nota, 5.

Por fim, sobre a avaliação do processo de ensino remoto, 69% dos entrevistados disseram que em algum momento o setor fez alguma avaliação. E 71,3% dos entrevistados avaliaram positivamente a postura do setor, em verificar a eficiência ou não das aulas remotas.

Os números mantêm uma coerência, quando os entrevistados avaliam de 1 a 5, classificando como foi o processo de ensino remoto durante a pandemia; sendo que 23,8% atribuíram a nota 4; e 45,2% a nota 5. Ou seja, para 69% dos entrevistados o processo de ensino remoto durante o momento pandêmico, foi classificado como eficiente.

Vale lembrar que, o estudo de Anjos e Francisco (2021, p.128), revela que durante a pandemia de COVID-19 as TDIC’s foram um “[…] suporte de comunicação e manutenção de vínculos entre as famílias e as instituições educacionais”. E durante todo este trabalho, foi possível observar junto ao grupo de entrevistados, a necessidade do ensino remoto durante aquele difícil momento, mesmo com todas as ressalvas que esta modalidade de ensino possa ter.

Outro fator interessante que precisa ser mencionado, diz respeito à rotina das escolas, que procuraram se organizar, mesmo durante o afastamento social, como mencionam Barbosa e Soares (2021). 

Ao afastar-se dos diferentes lócus de interação, os indivíduos são solicitados a assumir uma atitude solidária e coletiva, em que se mantém convivências com limites e cuidados consigo mesmo e com outras pessoas próximas e distantes, exigindo dos diferentes sujeitos que assumam e compreendam o seu lugar no mundo e constituam uma consciência sócio política e de classe (BARBOSA; SOARES, 2021, p.38).

E durante nossa trajetória nos deparamos com muitos relatos referentes a experiências que ratificam as palavras de Barbosa e Soares (2021), demonstrando uma movimentação positiva; escolas, coordenadores, professores e demais profissionais querendo fazer acontecer, mesmo diante dos obstáculos que surgiam diariamente. 

Ainda foi possível perceber que essa colaboração, segundo Diniz e Moraes (2024), trouxe aspectos positivos: 

Trouxe aspectos positivos para o desenvolvimento profissional dos docentes e saberes e fazeres dos coordenadores pedagógicos. Assim, notou-se que sem o diálogo e o incentivo recorrente entre a coordenação pedagógica e os professores, a tecnologia sozinha não pode garantir a aprendizagem dos alunos. Deste modo, é fundamental discutir o quanto o desenvolvimento profissional docente também pode ser um aliado diante das perspectivas futuras deixadas pela pandemia, especialmente no que se refere ao uso das tecnologias, pois ainda é necessário que os educadores se apropriem das ferramentas tecnológicas, com qualidade e criticidade. (DINIZ E MORAES, 2024, p. 15).

Aspectos positivos, experiências negativas, olhares outros e diversos foram detectados durante este trabalho de pesquisa. Se durante as análises das questões fechadas tivemos uma percepção mais positiva do que negativa; não podemos desconsiderar as minúcias e detalhes, apresentadas pelas questões abertas (que serão analisadas, a posteriori, em outro artigo), quando os responsáveis por alunos da Rede Municipal de Ensino de Itaperuna, foram mais enfáticos ao relatarem a ineficiência e/ou a falta de preparo na condução remota do processo de ensino e aprendizagem.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Buscar entender o papel da Coordenação Pedagógica durante a pandemia de COVID-19, sob o olhar de pais e responsáveis por alunos da Rede Municipal de Ensino de Itaperuna foi um trabalho complexo, que respondem a alguns questionamentos propostos. Entretanto, revelam outros pontos, que merecem ser apreciados sob novos ângulos e perspectivas, em estudos futuros, afinal, esta pesquisa não pretende em nenhum momento esgotar o assunto, bem como não tem a pretensão de encerrar as discussões e reflexões sobre a temática proposta.

Outro fato que precisa ser pontuado diz respeito ao grupo específico de pais e responsáveis entrevistados. Em um universo de 8.476 alunos matriculados na rede no ano de 2020, obtivemos respostas de 261 entrevistados; além disso, em 15 escolas não tivemos nenhuma contribuição de pais ou algum outro responsável.

Já em relação à questão problema proposta, se “durante a pandemia de COVID-19, houve uma má comunicação entre a Coordenação Pedagógica e os pais (ou responsáveis) por alunos da Rede Municipal de Ensino de Itaperuna/RJ?”, os entrevistados – em sua maioria – entenderam que não, alegando que o setor cumpriu com suas funções durante o momento pandêmico.

Entretanto, vale salientar que sob o ponto de vista de outros responsáveis, em diversos momentos e circunstâncias, esta parcela de entrevistados se sentiu sozinha, sem saber como proceder durante o ensino remoto, ou em outras situações. Este fato detectado pelo estudo também precisa ser evidenciado.

Em relação ao número de entrevistados, a pesquisa conseguiu atingir o número de responsáveis proposto, que era ouvir entre 200 a 300 pessoas; conseguindo atingir o número de 261 participantes. Já em relação aos objetivos, o trabalho primou por cumprir com todas as propostas. Sobre o objetivo geral, de analisar o papel da Coordenação Pedagógica, da Rede Municipal de Ensino do município de Itaperuna/RJ, durante a pandemia de COVID-19, sob a perspectivas de pais e responsáveis; buscou evidenciar pontos importantes, como por exemplo:

Referente ao coordenador pedagógico, que se fez presente durante aquele difícil período, respondendo aos questionamentos e dúvidas; entre os outros quesitos já analisados. Também houve encontros para explicar como seriam as aulas remotas e até mesmo, uma avaliação sobre o processo remoto de ensino e aprendizagem, sendo assim, é possível dizer que o grupo de entrevistados, em sua maioria, aprovou a atuação do setor, durante a pandemia de COVID-19.

Em relação aos objetivos específicos foram apresentadas coleta de dados e informações de pais e responsáveis, sobre a percepção do trabalho desempenhado pela Coordenação Pedagógica, durante a pandemia. Percebemos que a abordagem contribuiu para o avanço da pesquisa, podendo ser melhor estruturada em pesquisas futuras.

Em relação a possíveis ruídos na comunicação entre pais ou responsáveis e a escola; o grupo pesquisado entendeu que não houve problema na comunicação, ao considerarmos a opinião da maioria dos entrevistados. Os gráficos revelam uma atuação positiva do setor no quesito comunicação durante aquele momento específico, com algumas ressalvas já pontuadas.

E aqui cabem algumas reflexões que precisam ser compartilhadas, a fim de que possam reverberar, para que possamos nos lembrar daqueles dias difíceis e tirar algum proveito de tudo que foi experienciado:

Como podemos melhor utilizar as TDIC’s em sala de aula? Como o coordenador pedagógico pode melhorar o elo de comunicação entre a escola e responsáveis? Seria possível um trabalho de qualificação, junto aos professores, referentes a novas tecnologias? O que fazer com alunos sem acesso a essas tecnologias? O que fazer para tentar minimizar o abismo sócio educacional existente entre aqueles que têm acesso às TDIC’s e os que não tem? A escola estaria preparada para um outro momento pandêmico?     

Diante do exposto, espera-se que as análises e reflexões tratadas no decorrer deste trabalho se configurem como possibilidades de avançarmos no quesito ‘comunicação’, entre a escola e os responsáveis, tendo o setor de Coordenação Pedagógica como elo eficiente, principalmente em momentos de crises.

E, pensando nos desdobramentos que este estudo poderá avistar, acredita-se que seja irrefutável continuar as análises sobre a atuação da Coordenação Pedagógica durante o período de COVID-19. Como proposta futura, cabe a ideia de realizar uma ampla avaliação de todas as medidas e ações, que funcionaram durante a pandemia, em todas as escolas da Rede Municipal de Ensino, visando identificar o melhor que cada unidade escolar conseguiu fazer durante aquele período. 

Posteriormente, de posse de todos esses dados, tanto os negativos, quanto os positivos; elaborar um manual de crise detalhado, envolvendo não só questões relacionadas ao processo de ensino remoto de ensino e aprendizagem, bem como questões que envolvam a distribuição de merenda escolar, higienização do espaço, rede de apoio, comunicação interna eficaz, entre outras questões.

Assim sendo, a Rede Municipal de Ensino de Itaperuna teria um manual a seguir, caso algum outro tipo de crise viesse a acontecer. A pandemia de COVID-19 mostrou a todos, o quanto a informação é valiosa em momentos difíceis; e saber o que fazer, pode ser crucial não só pela sobrevivência da Educação, mas, pela própria vida.    

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1Mestre em Ensino, Universidade Federal Fluminense, UFF, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0009-0003-2614-4491. E-mail: euzebio_dornelas@id.uff.b
2Doutora em Informática, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0907-9838. E-mail: georgiagomes@id.uff.br