Autores:
JÉSSICA CARLA BATISTA DA CUNHA;
NATHALIA J. BATISTA DA CUNHA;
DAYANNA DA CONCEIÇÃO FALCÃO;
Coorientador:
FLÁVIO LEÃO BORGES.
Professor Orientador:
RENATA VELASQUE.
Trabalho da disciplina TCC em Fisioterapia, ministrada na Universidade Estácio de Sá – como pré-requisito para aprovação da disciplina do 10º período do curso de Fisioterapia.
Professora Orientadora: Renata Campos Velasque, CREFITTO 2 11472-F.
AGRADECIMENTO
O desenvolvimento desse trabalho de conclusão de curso contou com a ajuda de diversas pessoas, dentre as quais agradecemos:
Em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida, que nos deu saúde e forças para superarmos todos os momentos difíceis que nos deparamos ao longo dessa graduação e nos permitiu chegar até aqui com alegria e certeza que ele nunca nos abandonou.
A nossa família, em especial nossos pais e irmãos que apesar de todas as dificuldades nos apoiaram, incentivaram nesses cinco anos e nos proporcionaram a realização desse sonho.
Aos amigos e a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização da pesquisa, permitiram que essa caminhada fosse mais alegre, apoiando e ajudando durante esse período tão importante de nossas vidas.
Gratidão a nossa professora orientadora Renata Campos Velasque pelo empenho dedicado ao nosso trabalho, por todo apoio, paciência, conselhos, correções, orientações, pelo tempo disponibilizado para nos ajudar, por todo auxílio necessário na elaboração desse TCC e por acreditar em nós e no nosso trabalho.
A todos os professores do curso de Fisioterapia que com empenho se dedicam à arte de ensinar, em especial ao professor Christiano Bittencourt Machado e Flavio Leão Borges presentes na banca examinadora, pela disponibilidade para assistir a nossa apresentação.
Foi graças a todos esses incentivos recebidos ao longo desses anos que hoje podemos celebrar esse marco tão importante em nossa formação.
RESUMO
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um grupo de doenças pulmonares que causa uma resposta inflamatória do pulmão com um bloqueio do fluxo aéreo não sendo totalmente reversível, tendo como principal fator de risco o tabagismo, apresentando sintomas como tosse crônica, sibilos, produção de muco, dispnéia e comprometimentos sistêmicos. Seu diagnóstico é realizado acima de 40 anos baseado em achados clínico e confirmado pela espirometria. O tratamento objetiva aliviar os sintomas, melhorar a capacidade funcional e restituir a independência, podendo ser medicamentoso, pela Fisioterapia Respiratória ou uso da Oxigenioterapia suplementar em fases mais avançadas (estádio III ou IV) de acordo com a escala GOLD que rege o tratamento e é o embasamento para ver o estádio da DPOC em quadro de hipoxemia. O objetivo da presente pesquisa foi determinar os efeitos da Oxigenioterapia suplementar nos pacientes com DPOC descritos na literatura de 2008 a 2018, justificando-se por contribuir para o conhecimento do fisioterapeuta sobre o uso da oxigenioterapia no tratamento do paciente com DPOC, sua indicação e seus efeitos. Metodologia: A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão sistemática de literatura, com artigos publicados no período de 2008 a 2018 nas bases de dado Scielo, Pubmed e Bvs utilizando as palavras-chaves. Seleção dos artigos: Foram aplicadas as palavras chaves no período de 01/09/2019 a 30/09/2019 nas plataformas escolhidas obtendo os seguintes resultados: 4 artigos selecionados na Scielo, 4 artigos na Bvs e 3 artigos na Pubmed, totalizando 11 artigos. Os artigos selecionados fundamentaram a discussão para responder o objetivo desse trabalho. Discussão: Os estudos apresentavam características em comum na sua metodologia como coleta de dados clínicos e laboratoriais. Os pacientes tinham idade na faixa de 45 a 80 anos e diagnosticados com DPOC estádios III, III e IV, com os ambos os sexos. Foi percebida nos últimos dez anos (2008 a 2018) uma melhora na qualidade de vida relacionada à saúde, nas exacerbações, uma diminuição da hospitalização em pacientes com DPOC que fazem uso da oxigenioterapia, porém atualmente saiu uma cate line de GOLD ano 2019 que diz que a administração de oxigênio diminui a sobrevivência dos pacientes com hipoxemia crônica e o longo tempo de oxigenioterapia aumenta a mortalidade durante a hospitalização. Porém por não fazer parte dos critérios de inclusão dessa pesquisa não foi incluído no presente estudo. Considerações finais: Ficou evidenciado ao longo de várias pesquisas que o uso contínuo de oxigênio associado a outros tratamentos para controle das exacerbações, melhora a qualidade de vida do paciente, seu estado físico, mental e social, diminui hospitalizações e aumenta a sobrevida desses pacientes. Porém a nova atualiazação do GOLD 2019 diz que a administração de oxigênio diminui a sobrevivência dos pacientes com hipoxemia crônica e aumenta a mortalidade durante a hospitalização. É importante a realização de um estudo futuro usando textos pagos para que algumas perguntas possam ser respondidas.
Palavras-chaves: DPOC e Fisioterapia, Fisioterapia e oxigenoterapia e oxigenoterapia e tratamento DPOC.
ABSTRACT
Introduction: Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) is a group of pulmonary diseases that causes an inflammatory response of the lung with a blockage of airflow that is not fully reversible. Smoking is the main risk factor, presenting symptoms such as chronic cough, wheezing. , mucus production, dyspnea and systemic impairment. Its diagnosis is made over 40 years based on clinical findings and confirmed by spirometry. Treatment aims to alleviate symptoms, improve functional capacity and restore independence, which may be medicated by respiratory physiotherapy or use of supplemental oxygen therapy in more advanced stages (stage III or IV) according to the GOLD scale that governs the treatment. the baseline to see the stage of COPD in hypoxemia. The aim of the present study was to analyze the effects of supplemental oxygen therapy in patients with COPD described in the literature from 2008 to 2018, justifying to contribute to the knowledge of the physiotherapist about the use of oxygen therapy in the treatment of patients with COPD, its indication and its characteristics. effects. Methodology: The research was conducted through a systematic literature review, with articles published from 2008 to 2018 in the databases Scielo, Pubmed and Bvs using the keywords. Selection of articles: The keywords were applied from 01/09/2019 to 09/30/2019 in the chosen platforms, obtaining the following results: 4 articles selected from Scielo, 4 articles from Bvs and 3 articles from Pubmed, totaling 11 articles. The selected articles substantiated the discussion to answer the objective of this work. Discussion: The studies had characteristics in common in their methodology such as clinical and laboratory data collection. The patients were 45 to 80 years old and diagnosed with stage III, III and IV COPD, with both sexes. In the last ten years (2008 to 2018), an improvement in health-related quality of life, exacerbations, a decrease in hospitalization in COPD patients on oxygen therapy was noticed, but now there is a cate line of GOLD year 2019 that says that oxygen administration decreases survival of patients with chronic hypoxemia and long-term oxygen therapy increases mortality during hospitalization. However, as it was not part of the inclusion criteria of this research, it was not included in the present study. Final considerations: It has been evidenced throughout several studies that the continuous use of oxygen combined with other treatments to control exacerbations, improves the patient\’s quality of life, their physical, mental and social status, decreases hospitalizations and increases the survival of these patients. However, the new GOLD 2019 update says that oxygen administration decreases survival of patients with chronic hypoxemia and increases mortality during hospitalization. It is important to conduct a future study using paid texts so that some questions can be answered.
Keywords: COPD and Physiotherapy, Physiotherapy and oxygen therapy and Oxygen therapy and COPD treatment.
1- INTRODUÇÃO
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um grupo de doenças pulmonares que causa uma resposta inflamatória do pulmão com um bloqueio do fluxo aéreo não sendo totalmente reversível. Esse processo pode produzir uma alteração nos brônquios e gerar uma bronquite crônica ou uma destruição do parênquima pulmonar com diminuição da elasticidade dos pulmões que resulta o enfisema, o que causa um aprisionamento de ar na expiração, uma hiperinsulflação e dificulta a respiração (PEREIRA et al, 2011).(1)
Mattos et al (2009)(2) menciona em seu trabalho que as alterações fisiopatológicas citadas acima, nos estágios iniciais da doença (estágio I ou II), não ocasionam modificações suficientes que sejam tão relevantes para fechar o diagnóstico, porém nos estágios mais avançados (estádio III ou IV) há vários sinais como a hiperinsuflação permanente e as modificações na mecânica respiratória sendo descritas e percebidas no exame físico.
Embora essa afecção comprometa a função dos pulmões, existem diversos comprometimentos sistêmicos que podem causar danos e disfunções ao paciente, como a intolerância ao exercício físico, disfunção muscular periférica, alterações nutricionais, atrapalhando suas atividades de vida diária e podendo levá-lo a hospitalização e com isso modificar seu prognóstico (LORENZO et al 2010). (3)
A DPOC é considerada um problema grave de saúde pública, gerando altos custos anuais em todo o mundo, sendo considerada a quarta principal causa de mortalidade na população podendo ocupar o terceiro lugar até 2020 por causa do envelhecimento da população e de uma exposição exagerada aos fatores de risco para o desenvolvimento da doença (BETOLAZA et al, 2018).(4)
O principal fator de risco para essa afecção é o tabagismo, entretanto existem outros fatores que podem contribuir para o fechamento do diagnóstico como as infecções respiratórias graves na infância, exposições ocupacionais exageradas a irritantes químicos, poeiras e a hiper-responsividade brônquica (BETOLAZA et al, 2018).(4)
Torres et al (2018)(5) em seu estudo enfatizam que por mais que o tabagismo seja o principal fator dessa disfunção está ocorrendo um declínio no percentual de fumantes do sexo masculino, levando assim a uma diminuição nas taxas de mortalidade por essa patologia nos homens ao longo dos anos, porém há uma tendência de aumento de mortalidade no sexo feminino, pois as mulheres jovens passaram a fumar mais a partir da segunda metade do século XX. Essa mudança está sendo influenciada pelo fato da mulher ver o fumo como forma de “Status” e independência na sociedade.
Como sintomas, podem citar a tosse crônica com presença de sibilos, produção de muco e um cansaço que se torna intenso e surge até nos pequenos esforços. Em fases mais avançadas, há presença de dispnéia até em repouso levando a alterações funcionais que caracterizam a doença. Essa patologia também deixa consequências sistêmicas significativas para o sistema muscular com o enfraquecimento das musculaturas, causado por desuso, além de comprometimentos cardiovasculares (MADEIRAS et al, 2015).(6)
Essa patologia causa uma limitação na capacidade funcional dos pacientes, que acabam não conseguindo realizar atividades de vida diária como vestir-se, deambular pequenas distâncias, realizarem tarefas como levantar e sentar sem ficar cansado, subir uma rampa leve, amarrar o cadarço do sapato além de gerar problemas emocionais e sociais como o isolamento, a depressão e a ansiedade (LANGER et al 2009).(7)
Torres et al (2018)(5) destacam em seu trabalho que a faixa etária onde o diagnóstico é realizado é acima dos 40 anos, e normalmente, os critérios de investigação são clínicos e baseados em achados na anamnese como tosse e dispnéia, sendo confirmado por dados obtidos pelo teste de função pulmonar (espirometria).
A gravidade da obstrução brônquica é determinada pela medida do Volume expiratório forçado no primeiro minuto (VEF1) pós broncodilatador (pósBD), combinada com o grau de dispnéia classificado de 0 a 4, mensurada através da escala de dispnéia do “Medical Research Council” modificada (MRCm) considerando-se os graus 0e 1 como leve, 2 moderada, 3 grave, 4 muito grave e
com o número de exacerbações da doença verificada no ano anterior definem a severidade da DPOC (RUFINO et al, 2018).(8)
Murahovschi et al (2013)(9) escrevem que para definir a melhor conduta terapêutica, deve-se avaliar a gravidade da doença, considerando-se o nível de comprometimento da função pulmonar, a intensidade dos sintomas e da incapacidade, a frequência das exacerbações e a presença de complicações como insuficiência ventilatória hipercápnica e cor pulmonale.
Segundo Laizo (2009)(10), os estágios da doença com base na espirometria compreendem: Estádio I: leve- VEF1=normal, VEF1/CVF (Capacidade vital forçada) menor que (<)70, caracterizando a grande maioria dos pacientes com DPOC; Estádio II: moderada- VEF1 <80 e maior que (>)50%, VEF1/CVF<70%sendo percebida a redução da capacidade física e a dispnéia; Estádio III: grave- VEF1 <50 e >30%, VEF1/CVF<70% ou pacientes com hipoxemia intensa, fase estável com dispnéia grau 2 ou 3 e com sintomas respiratórios frequentes; Estádio IV: muito grave- VEF1 <30% VEF1/CVF<70% ou com hipercapnia e dispnéia grau 4 que o incapacite de realizar as atividades diárias.
Fernandes et al (2017)(11) citam que o tratamento do DPOC vem se tornando cada dia mais eficaz, porém é muito importante que sejam implantadas medidas que envolvam o conhecimento sobre a doença e seu curso, orientação ao paciente sobre mudanças em seu estilo de vida, a redução aos fatores causadores, o conhecimento sobre diferentes formas de tratamento permitindo ao profissional oferecer uma terapêutica personalizada e efetiva e ao paciente a melhor adaptação ao que lhe é oferecido.
O tratamento medicamentoso para pacientes acometidos com essa doença objetiva aliviar as sintomatologias através de fármacos como broncodilatadores inalatórios, beta (B2)-agonistas de longa e curta duração, antocolinérgicos (brometo de ipratrópio e brometo de tiotrópio), corticóides inalatórios, corticóides sistêmicos e a cessação do tabagismo para um melhor prognóstico (BEHRSIN, 2009).(12)
A Fisioterapia Respiratória surge nesse contexto como forma de melhorar a capacidade funcional do paciente acometido por essa doença e restituir sua independência. As condutas utilizadas pelo fisioterapeuta podem ser variadas, como manobras de higiene brônquica (drenagem postural e estímulo de tosse), treinamentos dos músculos inspiratórios com “Threshold”, e a cinesioterapia que dispõe de exercícios que visam à readequação do complexo toracopulmonar, com treinamentos ativos de tronco, membros superiores e inferiores associados à reeducação diafragmática (RODRIGUES et al, 2012).(13)
A oxigenioterapia inserida na abordagem do fisioterapeuta consiste em administrações de oxigênio (O2) superiores as encontradas no ar ambientes (21%) com a intenção de corrigir os danos causados pela hipoxemia que é a baixa concentração de O2 no sangue arterial, aumentar ou manter a oximetria de pulso (SaO2), deixando-a igual ou superior a 90%, e com isso demonstrando aumentar a sobrevida dos pacientes com DPOC (CODINARDO et al, 2016).(14)
Guerreiro (2016)(15) afirma que a oxigenioterapia existe como recurso no tratamento dessa patologia há aproximadamente 50 anos a partir de observações feitas pelo Doutor Cotes, porém só a partir dos anos 70 é que se confirmou que esse recurso melhora a qualidade de vida de pacientes com DPOC. Como benefícios o autor destaca um aumento da tolerância do exercício, diminuição do número de internamentos e melhoria do estado neuropsíquico nos pacientes que se beneficiam desse tratamento terapêutico continuamente.
Esse recurso geralmente é indicado a pacientes que se encontrem em fases mais avançadas da doença (estádio III ou IV) com quadro de hipoxemia. Porém o maior desafio é convencer o paciente a fazer uso desse oxigênio continuamente, pois ao tomar essa decisão ele passa a se ver como muito doente por ter chegado ao ponto de usar oxigênio continuamente, e começa a pensar no incomodo causado pelo cateter e pelo equipamento. Porém os que aceitam o uso vão manter-se aderentes ao perceberem uma repercussão imediata, principalmente o alívio dos sintomas (FERREIRA et al 2006).(16)
Os pacientes que atendem o critério de inclusão para a utilização da oxigenioterapia no tratamento do DPOC são aqueles que apresentam pressão parcial de oxigênio (PaO2) menor que (<) 55mmHg (milímetros de mercúrio) ou SaO2 < 88% com ou sem hipercapnia (aumento do gás carbônico no sangue arterial),
objetivando aumentar a PaO2 para um nível basal de pelo menos 60mmHg em repouso ao nível do mar e uma SaO2 de pelo menos 90%. Estes níveis preservam as funções orgânicas vitais, garantindo uma adequada oferta de oxigênio (BARTHOLO et al, 2009).(17)
Portanto esse trabalho tem o objetivo de determinar os efeitos da oxigenioterapia suplementar em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) descritos na literatura de 2008 a 2018 através de uma revisão sistemática, descrevendo os tratamentos conhecidos para o DPOC, definindo DPOC, seu quadro clínico e os critérios e o uso da oxigenioterapia. Justifica-se por contribuir para o conhecimento do fisioterapeuta sobre o uso da oxigenioterapia no tratamento do paciente com DPOC, seus efeitos e suas indicações.
2- MATERIAIS E MÉTODOS:
2.1- Tipo de estudo:
O presente estudo se caracteriza por uma revisão bibliográfica do tipo sistemática. A revisão sistemática da literatura refere-se a um tipo de estudo secundário com foco em uma questão bem definida, visando à identificação, selecionando, avaliando e sintetizando as evidências relevantes disponíveis reunindo-o quando possível a uma análise estatística, a metanálise. Esse tipo de estudo traz informações gerais sobre o tema em questão de forma ampla, sendo comuns em livros-texto. Os tipos mais comuns são revisões narrativas ou tradicionais (amplas e trazem informações gerais do tema em questão), integrativas (utiliza diferente delineamento na mesma investigação e expressão a opinião do próprio autor) (GALVÃO et al, 2014).(18)
Gomes e Caminha (2014)(19) descreveram orientações que serão utilizadas para a elaboração dessa revisão sistemática, sendo elas: a formulação da pergunta, localização e seleção dos estudos, avaliação crítica dos estudos, analise a apresentação dos dados, interpretação dos dados, aprimoramento e atualização da revisão.
2.2- Seleção dos estudos:
Foi realizada uma busca nas seguintes plataformas: SCIELO, PUBMED e BVS, utilizando as seguintes palavras-chaves: “DPOC and Fisioterapia”, “Fisioterapia and oxigenoterapia” e “oxigenoterapia and tratamento DPOC”. O processo de busca foi realizado no período de 01 de setembro de 2019 a 30 de setembro de 2019.
A primeira etapa para a seleção dos artigos se referiu a aplicação dos filtros (resumo, idioma (português e inglês), ano de publicação (2008 a 2018) e tipo de artigo) sobre as palavras chaves em todas as plataformas, após aplicar todos os filtros foram excluídas as duplicatas e os que não se enquadravam nos critérios de inclusão e submetidos à leitura os que se encaixavam nos critérios de inclusão para analisar a possibilidade de inclusão do artigo na pesquisa. A análise dos estudos foi realizada através das seguintes variáveis: tipo de estudo, amostra, resultado, tipo de abordagem e faixa etária.
2.3- Critérios de inclusão:
Os artigos selecionados seguiram os seguintes critérios: apresentavam textos nos idioma português e inglês, publicados com no máximo 10 anos (2008 a 2018), com palavras chaves no título ou no resumo, textos disponíveis para leitura, que abordassem adultos acima dos 18 anos, com os seguintes tipos de estudo: estudo tranversal, estudo observacional, estudos randomizados.
2.4- Critérios de exclusão:
Foram excluídos desse estudo artigos que não atenderam aos critérios de inclusão, como: trabalhos que falavam de crianças, em que os descritores não se encontravam no resumo e no título, trabalhos com textos pagos, publicados fora do período definido, que não atendessem aos idiomas escolhidos, e os seguintes tipos de estudo: revisão bibliográfica de literatura, trabalhos de tese e dissertação.
2.5- Seleção dos artigos:
Na plataforma Scielo as buscas resultaram os seguintes resultados: “DPOC and Fisioterapia” (75 artigos), “oxigenioterapia and tratamento DPOC” (5 artigos) e “Fisioterapia and oxigenioterapia” (11 artigos) e ao ser aplicados todos os filtros,
excluídos os que não se enquadravam nos critérios de inclusão e excluídos as duplicatas foram selecionados apenas 4 artigos.
Quadro 1- Seleção dos artigos na plataforma SCIELO:
PALAVRA CHAVE | RESUMO | IDIOMA (Português e inglês) | ANO DE PUBLICAÇÃO (2008 A 2018) | TIPO DE ARTIGO | TOTAL |
DPOC and Fisioterapia | 75 artigos | 26 artigos | 24 artigos | 16 artigos | 2 artigos |
Oxigenioterapia and tratamento DPOC | 5 artigos | 5 artigos | 5 artigos | 3 artigos | 1 artigos |
Fisioterapia and oxigenioterapia | 11 artigo | 9 artigo | 9 artigo | 7 artigo | 1 artigo |
Na Bvs foram utilizadas as mesmas palavras chaves: “DPOC and Fisioterapia” (239 artigos), “oxigenioterapia and tratamento DPOC” (923 artigos) e “Fisioterapia and oxigenioterapia” (127 artigos) após serem aplicados todos os filtros, 10 artigos se enquadravam nos critérios de inclusão, porém 6 estavam em duplicata e foram excluídos, com isso selecionados apenas 4 artigos.
Quadro 2- Seleção dos artigos na plataforma BVS:
PALAVRA CHAVE | RESUMO | TEXTO DISPONÍVEL | IDIOMA (Português e inglês) | ANO DE PUBLICAÇÃO (2008 A 2018) | TIPO DE ARTIGO | TOTAL |
DPOC and Fisioterapia | 239 artigos | 152 artigos | 143 artigos | 128 artigos | 11 artigos | 2 artigos |
Oxigenioterapia and tratamento DPOC | 923 artigos | 434 artigos | 381 artigos | 348 artigos | 34 artigos | 1 artigos |
Fisioterapia and oxigenioterapia | 127 artigos | 30 artigos | 23 artigos | 23 artigos | 10 artigos | 1 artigos |
Na plataforma PUBMED foram utilizadas as mesmas palavras chaves só que em inglês para aumentar a quantidade de artigos encontrados, obtendo os seguintes resultados: “COPD and physiotherapy” (187 artigos), “oxigentherapy and tratament COPD” (1072) e “Physiotherapy and oxygentherapy” (66 artigos) após serem aplicados os filtros, 11 artigos se enquadravam nos critérios de inclusão, porém 8 estavam em duplicata e foram excluídos, com isso foram selecionados apenas 3 artigos.
Quadro 3- Seleção dos artigos na plataforma PUBMED:
PALAVRA CHAVE | RESUMO | TEXTO DISPONÍVEL | ANO DE PUBLICAÇÃO (2008 A 2018) | IDIOMA (Português e inglês) | TIPO DE ARTIGO | TOTAL |
DPOC and Fisioterapia | 187 artigos | 71 artigos | 57 artigos | 50 artigos | 16 artigos | 1 artigos |
Oxigenioterapia and tratamento DPOC | 1072 artigos | 402 artigos | 268 artigos | 252 artigos | 70 artigos | 1 artigos |
Fisioterapia and oxigenioterapia | 66 artigos | 17 artigos | 10 artigos | 8 artigos | 5 artigos | 1artigos |
Os artigos selecionados a partir da busca fundamentaram a discussão para responder o objetivo desse trabalho. Os dados extraídos dos artigos selecionados foram descritos de forma resumida em tabelas disponíveis ao longo da discussão, nas quais, estão inclusos os autores, o método, a amostra, o tipo de abordagem e os resultados.
- DISCUSSÃO
Foram selecionados 11 artigos que abordavam tratamento e uso da oxigenioterapia na DPOC em pacientes com todos os estádios da doença de acordo com o relatório (GOLD) – “Global initiative for Chronic Obstructive lung disease” que funciona na prática como uma diretriz da doença, além de pacientes hipoxemicos e hipercapnicos, com idade média de 45 a 80 anos.
Os estudos analisados apresentavam algumas características em comum nas suas metodologias, como o uso do critério de GOOD para selecionar pacientes diagnosticados com DPOC, entrevista para coleta de dados clínicos, sociodemográficos (gênero, idade, escolaridade, situação conjugal e renda per capita) e laboratorial ( tempo e fluxo de oxigênio e índice de massa corpórea IMC, índice de Katz, hemoglobina, valores espirométricos VEF1 e VEF1 /CVF e valores gasométricos PaO2, PaCO2 e SaO2). Em todos os estudos, os pacientes foram monitorados por um fisioterapeuta experiente. Usaram também o questionário do hospital Saint George na doença respiratória (SGRQ) para avaliar a qualidade de vida dos portadores da patologia e a escala de dispnéia modificada (MmRC) para avaliar o grau de dispnéia.
Nos estudos, a amostra apresentava as seguintes características: idade na faixa de 45 a 80 anos e diagnosticados com DPOC estádios III, IV e V (moderado, grave e muito grave), com os ambos os sexos, porém uma maior prevalência do sexo feminino foi observada nos estudos de Cedano et al (2012), Coleta et al (2011), Ahmadi et al (2016).
Beekman et. al (2014), Coleta et al (2011), Cedano et al (2012), Silva et al (2013), Baumann et. al (2012) descreveram como limitações em comum nos estudos algumas questões, como por exemplo, a taxa de conclusão, os pacientes não comparecerem a nenhuma avaliação de acompanhamento, a mortalidade durante a realização dos estudos, a falta de renda impossibilitando a continuação, falta de dados sobre a utilização diária real de oxigênio e o fato de não poder avaliar a cronicidade da insuficiência respiratória.
Tabela 1- Estudos Randomizados selecionados de Beekman et al (2014)(20), Blackstock et al (2013)(21) e Baumann et al (2012)(22) relacionados a tratamento:
Autores | Amostra | Faixa etária | Tipo de estudo | Tipo de abordagem | Resultados |
BEEKMAN et. al (2014) (Holanda) | 300 pacientes com DPOC estágio 2 a 4. | Acima de 18 anos. | Estudo prospectivo randomizado controlado por coorte e aninhado (grupo experimental e grupo controle). | Período de intervenção 12 meses e acompanhamento 24 meses.Grupo experimental: programa de 1 h, 2 vezes por semana, durante 1 ano. Exercícios: Treinamento físico de alta intensidade e força muscular periférica. Grupo controle: exercícios de baixa ou nenhuma intensidade por 1 ano, 30 min., 1 vez por semana. | Não houve diferença significativa entre os grupos. Foi percebida uma diminuição de exacerbações nos grupos de treinamento de baixa intensidade. |
BLACKSTOCK et. al (2013)(Austrália) | 267 pessoas com DPOC moderadas a grave do gênero feminino e masculino. | 72 a 79 anos. | Estudo controlado randomizado. (Grupo de intervenção de treinamento físico (ET)e grupo de intervenção para treinamento e educação em exercícios (ET + ED). | Grupo de treinamento submetido a um programa de intervenção de treinamento físico por 8 semanas, 2 vezes na semana. 30 min. de resistência dos MMII com intensidade moderada. Uso da oxigenioterapia para alcance de SpaO2 >88%. Receberam orientações para concluir o mesmo programa de exercício em casa. O grupo de intervenção educacional com educação específica para a doença concluiu programa educacional com 16 sessões de 45 minutos. | Ambos os modelos de reabilitação pulmonar com ou sem componente educacional foi efetiva. Não houve benefícios observados com a adição da atividade educacional para exercer treinamento em reabilitação. |
BAUMANN et. al (2012) (Hamburgo) | 100 pacientes com DPOC estágio II e IV. | 50 a 80 anos | O estudo foi randomizado, prospectivo, controlado, estudo multicêntrico intervencionista. (Grupo de treinamento – 50 participantes e grupo controle de atendimento padrão – 50 participantes). | Grupo controle: não participou de nenhum componente do programa de reabilitação, apenas educacional. Grupo de treinamento: treinamento físico usando cadeiras, elásticos, paus e pesos de mão. Nas primeiras 8 sessões de | 44 indivíduos no grupo controle e 37 indivíduos no grupo de treinamento completaram o estudo. Foram alcançadas melhorias clinicamente significativas em termos de capacidades físicas e QVRS. |
BAUMANN et. al (2012) (Hamburgo) | 100 pacientes com DPOC estágio II e IV. | 50 a 80 anos | O estudo foi randomizado, prospectivo, controlado, estudo multicêntrico intervencionista. (Grupo de treinamento – 50 participantes e grupo controle de atendimento padrão – 50 participantes). | Grupo controle: não participou de nenhum componente do programa de reabilitação, apenas educacional. Grupo de treinamento: treinamento físico usando cadeiras, elásticos, paus e pesos de mão. Nas primeiras 8 sessões de 20 minutos foram ensinados elementos e técnicas de respiração. As 18 sessões de 60 min. foram realizadas em grupos com treino de resistência, força e coordenação em um nível submáximo (dispnéia grau 4 a 6). Orientações específicas para realizar os exercícios em casa mais meta de treinamento. | 44 indivíduos no grupo controle e 37 indivíduos no grupo de treinamento completaram o estudo. Foram alcançadas melhorias clinicamente significativas em termos de capacidades físicas e QVRS. |
Blackstock et. al (2013) submeteu duzentas e sessenta e sete pessoas a dois programas de tratamento para pacientes com DPOC moderada a grave, num período de 12 meses. Um grupo realizou apenas reabilitação pulmonar e treinamento físico de resistência de membro inferior (MMII) em intensidade moderada, usando esteira para realizar teste de caminhada de seis minutos (TC6) e ciclismo estacionário por 30 minutos, duas vezes por semana, durante oito semanas, e outro grupo que foi submetido à reabilitação pulmonar e programa educacional durante dezesseis sessões de 45 minutos para mudar aspectos em seu estilo de vida.
Baumann et al (2012) selecionou em seu estudo com pacientes com DPOC moderada a muito grave e dividiu em dois grupos, aplicando programas de tratamento diferentes. O primeiro grupo foi submetido a TC6 por cinqüenta metros e cicloergômetro até exaustão, além de treinamento de força, resistência, coordenação, estímulo de tosse, técnicas de respiração e relaxamento muscular usando cadeiras, elásticos, paus e pesos de mãos com baixa intensidade em longo prazo, mais educação sobre DPOC, uma hora, durante vinte s seis semanas. O Segundo grupo participou apenas de componentes educacionais sobre a patologia usando folder com informações psicossocias, nutricionais e sociais.
Beekman et al (2014) utilizou uma amostra de trezentos pacientes com DPOC de moderada a muito grave, num período de um ano. Em seu estudo, ele aplicou programas de tratamento diferenciado em dois grupos, porém todos os participantes receberam sessões de medicamentos, questionários periódicos, cuidados habituais e multidisciplinares da DPOC e orientação física. O primeiro grupo foi submetido a treinamento físico de resistência e força muscular de MMII em alta intensidade, duas vezes por semana, durante doze meses e o outro grupo realizou tratamento simulado com exercício de baixa ou nenhuma intensidade, trinta minutos, uma vez na semana, durante doze meses.
Blackstock et. al (2013) e Baumann et. al (2012) e Beekman et. al (2014) concordam que a reabilitação pulmonar melhora a capacidade de exercício e a qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) na DPOC, em contrapartida os estudos que combinaram treinamento físico com componente educacional demonstraram melhorias significativas semelhante.
Beekman et. al (2014) fala que a curto prazo programas de maior intensidade e frequência produzem melhores resultados em termos de capacidade de exercícios. Contudo, Baumann et. al (2012) em seu estudo discorda e afirma que a reabilitação pulmonar a longo prazo com intensidade de treinamento baixa alcança melhores resultados com melhorias clinicas em termos de capacidade física.
Baumann et. al (2012) confirma em seu trabalho que o desfecho da reabilitação será diferente em cada cenário, seja ele domiciliar, internação ou ambulatorial, dependendo do tempo de longo ou curto prazo e da alta ou baixa intensidade de exercício.
Tabela 2: Estudos randomizados selecionado de Storgaard et al (2018)(23) e Nasilowski et al (2008)(24) relacionados a oxigenioterapia:
Autores | Amostra | Faixa etária | Tipo de estudo | Tipo de abordagem | Resultados |
STORGAARD et al (2018) | 200 pacientes. | – | Estudo randomizado. | Dois grupos designados para LTOT com um fluxo de 1,5 – 1,7l/min. (controle) e LTOT mais HFNC tratamento domiciliar com um fluxo de 20l/min. Utilizou como teste o mMRC, SGRQ, VEF1, tc6, PaCO2 utilizado por no mínimo 8h/dia. Também foi realizado a espirometria e aferição dos sinais vitais. O estudo foi realizado durante 12 meses. | O uso consistente de HFNC reduziu significativamente a exacerbação e hospitalização, a pontuação no mMRC e preservou o SGRQ e DTC6, enquanto as medidas do grupo controle se deterioraram. Uma redução na PaCO2 foi observado em pacientes tratados com HFNC. |
Tabela 2: Continuação:
NASILOWSKI et al (2008) | 15 pacientes com DPOC e insuficiência respiratória. | 66 anos. | Ensaio clínico randomizado. | Todos os pacientes foram submetidos ao TC6 em um corredor de 30 m. Nas 2 primeiras sessões os pacientes respiravam ar ambiente e transportavam 3,5 kg equivalente ao peso do cilindro. Nas ultimas 3 sessões de TC6 os pacientes usavam um dos 3 dispositivos: POC 3l/min, cilindro LO 3l/min ou cilindro com ar comprimido (CA) com fluxo de 3l/min. Ajustado. Os sinais vitais eram anotados antes, durante e depois dos testes. | 13 pacientes terminaram o estudo. Melhores resultados dos testes foram observados em pacientes em uso de LO ou POC, no entanto, diferença entre oxigênio e respiração aérea não foram significativos. O nível de dispnéia foi semelhante. Falta de ar no exercício foi menor em usuários de oxigênio do que em ar ambiente. Ambos os dispositivos de oxigênio garantiram boa oxigenação em repouso. |
Storgaard et al (2018) submeteram duzentos pacientes divididos em dois grupos e designados a uso de oxigenioterapia a longo prazo (LTOT) com um fluxo de 1,5 a 1,7 l/min., ou LTOT mais oxigênio umidificado através de cânula nasal de auto fluxo (HFNC) em tratamento domiciliar com fluxo de 20l/min., no mínimo oito horas no dia, durante um ano. Os pacientes foram submetidos a testes como o TC6, mMRC, avaliação da qualidade de vida através do questionário (SGRQ), espirometria e coleta de sinais vitais. Ao longo do estudo foram realizadas reavaliações dos pacientes após três ou seis meses de tratamento.
Nasilowski et al (2008) selecionou uma amostra de quinze pacientes com DPOC e insuficiência respiratória e elegeu para uso de LTOT aqueles pacientes que apresentassem PaO2 56-60 mmHg ou evidências radiográficas de hipertensão pulmonar. Todos os estudados realizaram o TC6 em um corredor de 30 metros em ar ambiente carregando um peso equivalente a um cilindro. Logo após os mesmos foram submetidos ao mesmo teste e mesma distância, porém fazendo uso de concentrador de oxigênio portátil (POC) 3l/min., cilindro de oxigênio líquido (LO) 3l/min ou o cilindro com ar comprimido (CA) com um fluxo equivalente a 3l/min.
Nasilowski et al (2008) e Storgaard et al (2018) concordam que a oxigenioterapia a longo prazo é um dos poucos procedimentos que prolongam a vida de pacientes com insuficiência respiratória, hipoxemia grave em repouso, se administrado de forma ideal.
Storgaard et al (2018) afirma que o uso consistente de LTOT mais HFNC reduz as exacerbações e hospitalizações, alem da pontuação mMRC, preservando o TC6 e o SGRQ, sendo observada também uma redução na PaCO2 em pacientes tratados com HFNC. Enquanto Nasilowski et al (2008) observou que não houve diferença na oxigenação entre POC e LO portáteis, porém a falta de ar no exercício foi menor nos usuários de oxigênio do que de ar ambiente, porém o nível de dispnéia foi semelhante em ambos os grupos.
Tabela 3: Estudo Observacional selecionado de Ahmadi et al (2016)(25), Coleta et al (2011)(26) e Kim et al (2011)(27) relacionados a oxigenioterapia:
Autores | Amostra | Faixa etária | Tipo de estudo | Tipo de abordagem | Resultados |
AHMADI et al (2016) (Suécia) | 2.249 pacientes, sendo 59% mulheres com DPOC estádio III e IV. | – | Estudo observacional prospectivo, e de base populacional. | Pacientes acompanhados prospectivamente até o primeiro momento de abstinência de LTOT, morte ou término do estudo num total de 1 anos. Na análise primária foi realizada em todos os pacientes com a duração diária prescrita do LTOT analisada como variável contínua (h/dia). Em uma análise secundária foi realizada uma comparação do LTOT prescrito por 24 h/dia (539 pacientes) versus 15 a 16 h/dia incluindo apenas pacientes com prescrição LTOT (1770). | Os pacientes com LTOT 24 h/dia apresentaram pior estado funcional. A duração diária mais longa de LTOT não foi associada a melhor tempo de sobrevida. As taxas de mortalidade foram semelhantes para mortes em todas as causas. |
COLETA et al (2011) (São Paulo) | 97 pacientes. (51 homens e 46 mulheres) com DPOC muito grave. | 65 anos (idade média), 53% do sexo masculino. | Estudo observacional prospectivo. | 12 meses de abordagem. Todos os pacientes foram atendidos na clínica de oxigenioterapia. Procedimentos de avaliação: histórico de tabagismo, peso corporal e estatura e calculo do IMC. A espirometria foi realizada. Determinamos os valores de VEF1 e CVF e estes foram expressos em litros e como porcentagens dos valores de referência nquanto o paciente estava em repousor. O estado de saúde dos pacientes no início do estudo e após 6 e 12 meses foi avaliado pelo (SGRQ), A gravidade da dispnéia foi avaliada pelo (IDB). A oxigenoterapia foi prescrita por no mínimo 18h / dia, utilizando cânula nasal. | Nos dois grupos, não foram identificadas diferenças em relação ao IMC, troca gasosa, hemograma, estado de saúde ou sensação de dispnéia no momento da inclusão. houve melhora na pontuação total obtida no SGRQ após 6 meses de tratamento com LTOT e no domínio dos sintomas no acompanhaento de 6 meses que continuou aos 12 meses. Os homens apresentaram uma pontuação total estável no SGRQ, a pontuação da atividade foi menor nos homens. A comparação entre homens e mulheres demonstrou resultados semelhantes para todos os domínios do questionário no período basal e aos 6 meses; no entanto, após 12 meses, os homens apresentaram pior escore de atividade. |
Tabela 3: Continuação:
KIM et al (2011) | 2500 pacientes com DPOC GOLD estádio II ou mais. | 45 e 80 anos. | Estudo observacional multicentrico. | Foram recrutados casos de DPOC e controle de tabagismo que eram brancos, não hispânicos, com histórico de fumantes pelo menos 10 maços/ano. Foi realizado espirometria após inalação de medicamento, respondido questionário sociodemografico (SGRQ). Avaliados sinais vitais com Indivíduos em posição sentada em repouso por 5 min. O tempo de uso e a duração média da oxigenioterapia suplementar foi determinada pelo questionário. Foram submetidos a uma TC insp. e expiratória. Considerando hipoxemia grave SpO2 <88%. | Os autores falam que sexo feminino, altitude elevada e diminuição da função pulmonar contribuíram para a presença de hipoxemia grave nos pacientes do estudo. Tanto a dispnéia quanto capacidade de exercício foram preditores significativos para o uso contínuo de oxigênio. A TC do tórax não é um bom indicador na avaliação do estado hipoxêmico da DPOC pacientes em repouso. |
Ahmadi et al (2016) realizou seu estudo com uma amostra de dois mil, duzentos e quarenta e nove pacientes, com uma prevalência maior do sexo feminino apresentando DPOC de moderada a muito grave, durante um período de doze meses. Os pacientes foram divididos em dois grupos com propostas de tratamento diferente. O primeiro grupo fazia uso de LTOT 15 a 16 h/dia e o segundo grupo usava mais de 24 h/dia.
Coleta et al (2011) submeteu noventa e sete pacientes com DPOC muito grave, prevalecendo o sexo masculino ao uso de oxigenioterapia (LTOT) por no mínimo 18 h/dia utilizando cânula nasal, com um fluxo necessário para a obtenção de SpO2 maior que 90%, sendo reajustada a cada três meses.
Kim et al (2011) estudou duas mil e quinhentas pessoas com DPOC estádio moderado a muito grave. Todas faziam uso de oxigênio suplementar contínuo (em repouso) ou intermitente (apenas durante exercício ou sono), o tempo de uso e a duração média da oxigenioterapia foram determinadas com questionário sobre o uso do oxigênio. Todos os pacientes fizeram espirometria, coleta de sinais vitais em repouso e tomografia computadorizada inspiratória e expiratória de tórax.
Ahmadi et al (2016), Coleta et al (2011) e Kim et al (2011), concordam que a oxigenioterapia a longo prazo LTOT melhora o tempo de sobrevida em pacientes com DPOC hipoxêmicos quando administrado em 15 h/dia ou mais, porém falam que são necessárias estratégias para melhorar o prognóstico desses doentes.
Quanto à indicação da oxigenioterapia, Coleta et al (2011) afirma que a recomendação atual do LTOT é para mulheres e idosos com multimorbidades e sobrevida mediana menor que dois anos. Ahmadi et al (2016) concorda e explica que isto está ocorrendo pelo fato de as mulheres representarem uma proporção crescente de pacientes com DPOC, por conta do aumento no uso do tabaco, o envelhecimento da população feminina e a maior influência da fumaça do cigarro sobre o sexo, o que também foi observado no estudo de Kim et al (2011), onde ele conclui que mulheres contribuem em maior número para a presença de hipoxemia na patologia.
No estudo de Ahmadi et al (2016), a duração diária e a dose da LTOT prescrita foram definidas de acordo com as tradições locais e com base em acordos médico- paciente a fim de aumentar a adesão, atender as necessidades especiais e preferências de cada doente.Enquanto que Kim et al (2011) descreveu que a duração e a dose seguiu a necessidade do paciente de forma a manter a saturação acima de 90% e a PaO2 de pelo menos 60 mmHg, além de melhorar suas atividades de vida diária.
Kim et al (2011), Coleta et al (2011) e Ahmadi et al (2016) observaram que com a adesão da oxigenioterapia suplementar houve uma melhora dos sintomas tanto no sexo feminino quanto no sexo masculino. Porém, na avaliação da qualidade de vida (SGRQ), Ahmadi et al (2016) observaram que após seis meses as mulheres apresentaram uma melhora enquanto os homens uma piora, e Coleta et al (2011) discordaram e disseram que ambos os sexos apresentaram melhoras que se prolongou após doze meses.
Ahmadi et al (2016) falaram que a LTOT 24h/dia pode representar uma carga desnecessária para muitos pacientes e uma piora no estado funcional em comparação com o tratamento 15 h/dia onde eles podem ficar desconectados da máquina por nove horas, na estando associado a um melhor tempo de sobrevida.
Tabela 4: Estudo transversal selecionado de Cedano et al (2012) (28) relacionado a tratamento em uso de oxigenioterapia:
Autores | Amostra | Faixa etária | Tipo de estudo | Tipo de abordagem | Resultados |
CEDANO et al (2012) (São Paulo) | 80 pacientes com DPOC. | 69 anos (idade média). 51% do sexo feminino. | Estudo transversal analítico. | Foram selecionados pacientes com diagnóstico de DPOC em acompanhamento ambulatorial no mínimo a 3 meses. Todos os pacientes foram submetidos à entrevista coleta de dados sociodemográficos clínicos e laboratoriais. Avaliação da QV. Avaliação do nível de dependência. Todos os pacientes utilizavam ODP. | Não houve predominância significante de gênero entre os pacientes. Baixo nível escolar. A maioria era hipoxêmica, com capacidade pulmonar reduzida, e necessitava permanecer ligada à fonte de oxigênio por longos períodos. Os pacientes apresentavam baixo nível de dependência para as AVD. Houve um comprometimento em todos os domínios do SF-36, sendo que os piores valores médios foram observados nos domínios capacidade funcionais e função física. |
Cedano et al (2012) realizaram seu estudo com uma amostra de oitenta pacientes com DPOC grave a muito grave fazendo uso de oxigenioterapia domiciliar prolongada (ODP) acompanhados a no mínimo três meses, e uma prevalência do sexo feminino. Todos os pacientes foram submetidos à coleta de dados, avaliação da qualidade de vida (QV) através do “Medical Outcomes Study 36-item Short-form Health Sutvey (SF-36)” que avalia aspectos gerais da vida dos pacientes. O índice de dependência foi avaliado através do índice de Katz, desenvolvido para avaliar as funcionalidades nas atividades de vida diária (AVD).
A maioria dos pacientes estudados por Cedano et al (2012) eram casadas, com baixo nível escolar, baixa renda, hipoxemicas, com capacidade pulmonar reduzida e necessitava permanecer na fonte de oxigênio por longos períodos, apresentavam baixo nível de dependência nas AVD’S, a maioria apresentava sobrepeso. Foi observado um comprometimento em todos os domínios do SF-36, sendo que os piores valores médios foram nos domínios capacidade funcional e função física.
A amostra da pesquisa de Cedano et al (2012) foi de acordo com o estudo de Coleta et al (2011) e Hamadi et al (2016) que demonstram uma prevalência de DPOC no sexo feminino explicado pelas mudanças nos padrões do tabagismo, e em pessoas idosas, influenciando o domínio vitalidade e função física, mostrando que quanto mais avançada for a idade, maior é a limitação nas AVD e pior é o nível de energia.
Segundo Cedano et al (2012) a dose de oxigênio a ser administrada deve ser estabelecida individualmente através da titulação do fluxo de oxigênio necessário para se obter uma PaO2 de pelo menos 60 mmHg ou uma SaO2 maior que 90%, com o paciente em repouso, os mesmos dados obtidos e aceitos por Kim et al (2011) em seu estudo.
Cedano et al (2012) fala que oferecer oxigenioterapia contínua é um dos instrumentos utilizados para se tratar a hipoxemia crônica, o que não impede que esses pacientes sejam dependentes em algum grau para a realização das atividades de vida diária, devida a extensa limitação do fluxo aéreo e a restrição dos movimentos impostos pelo uso de oxigênio atrapalhando a qualidade de vida.
Tabela 5: Estudos transversais, selecionados de Silva et al (2013)(29), Santos et al (2013) (30) relacionados a tratamento:
Autores | Amostra | Faixa etária | Tipo de estudo | Tipo de abordagem | Resultados |
SILVA et al (2013) (Santa Catarina) | 25 portadores de DPOC muito grave (11 mulheres e 14 homens). | 71 anos (idade média). | Pesquisa de campo, descritiva com desenho transversal. | Foram realizados os seguintes testes: teste de equilíbrio com os pés juntos, um pé parcialmente à frente e um pé à frente, mantendo-se por 10 segundos em cada uma dela. Teste de velocidade da marcha numa distância de 4 M. e o teste de levantar-se da cadeira de 44cm 5 vezes consecutiva o mais rápido possível. Todos os testes foram realizados num tempo de 10 a 15 minutos e atribuída uma pontuação de o a 4. Para avaliação da gravidade da DPOC foi utilizado o índice de BODE. | Dos 54 portadores de DPOC, 22 foram excluídos. Em relação às variáveis clínicas estudadas, o teste SPPB e o índice BODE De gravidade multidimensional da DPOC não apresentaram diferença estatística significativa entre os gêneros. As correlações encontradas entre as variáveis de estudo sugerem que quanto pior o desempenho funcional dos membros inferiores no teste SPPB, menor o espaço percorrido no TC6, maior a dispnéia em AVD, e, consequentemente, maior o índice BODE de gravidade da DPOC. |
SANTOS et al (2013) | 32 pacientes com DPOC moderada a muito grave (23 homens e 10 mulheres) | 66 anos (idade média) | Estudo observacional, transversal, com amostra de conveniência. | Foram incluídos pacientes com DPOC confirmado pela espirometria, clinicamente estáveis nos dois meses anteriores ao estudo e que estavam realizando reabilitação pulmonar (RP) por no mínimo 8 semanas. Na RP realizavam alongamentos, treinamento aeróbico, de força de MMSS e MMII e relaxamento. Todos os pacientes foram submetidos a seguinte avaliação: coleta de dados antropométricos, aplicação de questionário CAT, escala Mmrc e LCADL, além da realização do teste TC6 sendo calculado o índice de BODE. | Dos 32 pacientes na amostra, apenas 7 apresentaram pontuação do questionário CAT menor que 10 com baixo impacto da Dpoc no estado de saúde. Não foi encontrada relação da pontuação do questionário CAT e a pontuação do Índice BODE, ou seja, pacientes com maior risco de mortalidade não são aqueles que percebem maior impacto da DPOC no estado de saúde. A percepção da dispneia relatada nas AVD apresenta relação com o impacto da DPOC no estado de saúde dos pacientes com DPOC moderada a muito grave em RP, entretanto isso não ocorre necessariamente em relação a medidas objetivas de grau de obstrução, capacidade funcional e prognóstica da doença. Desta forma, somente o nível de dispneia nas AVD, mas não o prognóstico de mortalidade, pode nos dizer quanto ao estado de saúde desses pacientes. |
Silva et al (2013) analisou uma amostra de vinte e cinco portadores de DPOC muito grave usuários de ODP, com maior prevalência no sexo masculino. Foram realizados testes de equilíbrio bípede com os pés juntos, um pé parcialmente à frente e um pé a frente por dez segundos em cada posição, teste de velocidade da marcha numa distância de quatro metros e teste de levantar-se da cadeira cinco vezes consecutivas o mais rápido possível (SPPB), todos com pontuação de até quatro pontos. A gravidade do DPOC foi avaliada através do índice de BODE.
Santos et al (2013) estudou trinta e dois pacientes com DPOC de moderada a muito grave, prevalecendo o sexo masculino. Realizou na sua amostra avaliação com coleta de dados, aplicação do teste de avaliação do DPOC relacionado a estado de saúde (CAT), escala de grau de dispnéia (mMRC), teste de caminhada de seis minutos (TC6), escala de sensação de dispnéia nas AVD’s (LCADL), cálculo do índice de massa corporal (IMC) e logo após calculado o índice de BODE.
Foi percebido que Silva et al (2013) analisou um perfil predominante do sexo masculino e falou que a prevalência do DPOC era maior em homens, enquanto Santos et al (2013) que também analisou uma amostra parecida com um número elevado de homens não relatou a incidência no sexo. Mas foram totalmente discordantes dos estudos Cedano et al (2012), Ahmadi et al (2016), Coleta et al (2011) que afirmam uma maior prevalência no sexo feminino, concordando apenas que a prevalência aumenta em relação a idade.
No estudo de Silva et al (2013) o teste equilíbrio e o índice de gravidade da DPOC (BODE) não apresentaram diferença estatística entre os gêneros, a pontuação total do SPPB correlacionou-se com as variáveis, com o índice BODE e com o espaço percorrido no TC6. Já Santos et al (2013) encontrou correlações positivas estatisticamente significativas entre a pontuação total da CAT com mMRC.
Dos trinta e dois pacientes estudados por Santos et al (2013) apenas sete apresentaram baixo impacto da DPOC no estado de saúde. Ele afirma que pacientes podem ajustar seu estilo de vida com a progressão da doença, realizando em menor intensidade atividades que provoquem a dispnéia. Silva et al (2013) discorda e afirma que a incapacidade leva a hospitalização, mortalidade e morbidade de idosos, levando a dependência e acarretando prejuízos na qualidade de vida.
Ao longo dessa discussão foi percebida nos últimos dez anos (2008 a 2018) uma melhora na qualidade de vida relacionada à saúde, nas exacerbações, uma diminuição da hospitalização em pacientes com DPOC que fazem uso da oxigenioterapia, porém atualmente saiu uma cate line de GOLD ano 2019 que diz que a administração de oxigênio diminui a sobrevivência dos pacientes com hipoxemia crônica e o longo tempo de oxigenioterapia aumenta a mortalidade durante a hospitalização. Porém por não fazer parte dos critérios de inclusão dessa pesquisa não foi incluído no presente estudo.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos da oxigenioterapia suplementar para pacientes com DPOC. Ao longo de várias pesquisas, o uso
contínuo de oxigênio associado a tratamentos para controle da exacerbação como os medicamentos, a reabilitação pulmonar, intervenção fisioterapêutica de fortalecimento muscular, além da cessação do tabagismo e diminuição da exposição aos fatores de risco, trata a insuficiência respiratória, a dispnéia, a hipoxemia, a hipercapnia, melhora a qualidade de vida do paciente, seu estado físico, mental e social, diminui hospitalizações, exacerbações e aumenta a sobrevida desses doentes. Esse estudo foi importante, pois, apesar da oxigenioterapia ser descrita e usada por bastante tempo, tem sido alvo de muitos estudos atuais, a fim de esclarecer dúvidas sobre seu correto manejo, o tempo de duração e indicação.
Podemos concluir que a suplementação de oxigênio seja uma estratégia interessante para ser usada em pacientes estádios III e IV da doença, com sintomas clássicos em repouso ou durantes suas atividades, durante as intervenções clínicas na realização de seus exercícios físicos, ofertando a esses pacientes qualidade de vida relacionada à saúde e independência em seu dia a dia. Porém foi observado num cate line GOLD no ano de 2019 que a oxigenioterapia diminui a sobrevivência dos pacientes com hipoxemia crônica e aumenta a mortalidade durante a hospitalização.
No entanto, se torna importante à realização de um estudo futuro incluindo textos pagos para responder informações importantes que não foram lavadas em consideração no atual estudo, pois não havia acesso a esse material, como tempo de indicação ideal, visto que nos estudos selecionados os autores utilizaram 24h/dia, 15-16 h/dia, 18h/dia, o litro ideal de oxigênio de acordo com a necessidade do doente, o tipo de cilindro e cateter que atenderá melhor as necessidades do acometido por essa patologia e principalmente sobre as respostas relacionadas a melhoras apresentadas por esses pacientes.
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