O TESOURO DO SABER FINANCEIRO: UMA ANÁLISE DA COMPREENSÃO FINANCEIRA PESSOAL DA POPULAÇÃO DO MUNICIPIO DE LARANJAL DO JARI/AP

THE TREASURE OF FINANCIAL KNOWLEDGE: AN ANALYSIS OF THE PERSONAL FINANCIAL UNDERSTANDING OF THE POPULATION OF THE MUNICIPALITY OF LARANJAL DO JARI/AP

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10993428


Adriana Fonseca de Lima[1]
Rosecleyde do Rosario da Silva[2]
Hamilton Tavares dos Prazeres[3]


Resumo

O estudo sobre Finanças Pessoais na população de Laranjal do Jari/AP visa identificar o nível de compreensão financeira e as práticas de gestão e educação financeira pessoal nessa comunidade. A importância desse tema reside na necessidade de promover o desenvolvimento econômico e social sustentável, capacitando os indivíduos a tomarem decisões financeiras mais conscientes e eficazes. O presente estudo tem como objetivo, analisar diversos aspectos relacionados à educação financeira, como o entendimento de conceitos básicos, como controlar, investir e planejar seus gastos tanto para o presente quanto ao futuro, estimulando-os a um maior conhecimento e aplicabilidade sobre o tema no seu dia-a-dia. A escolha do município de Laranjal do Jari/AP como área de estudo se justifica pela relevância de compreender as particularidades financeiras dessa região, considerando suas características socioeconômicas e culturais específicas. Trata-se de uma pesquisa com metodologia qualitativo e quantitativo, que utilizará métodos de coleta de dados, como questionário, para obter informações detalhadas sobre a compreensão financeira dos residentes desta localidade. Com base nos resultados obtidos, serão identificadas eventuais dificuldades no entendimento financeiro da população, possibilitando o desenvolvimento de estratégias educacionais para promover educação financeira e melhores práticas de gestão de finanças pessoais. A iniciativa visa fornecer informações sobre o atual estado da educação financeira no município de Laranjal do Jari/AP, e também contribuir para a conscientização e capacitação dos cidadãos, incentivando-os a fazer escolhas financeiras mais informadas e, promovendo o bem-estar econômico e social da comunidade como um todo.

Palavras-chave: Educação. Finanças. Pessoais. Planejamento. Compreensão.

Abstract

The study on Personal Finance in the population of Laranjal do Jari/AP aims to identify the level of financial understanding and management practices and personal financial education in this community. The importance of this topic lies in the need to promote sustainable economic and social development, enabling individuals to make more conscious and effective financial decisions. The present study aims to analyze various aspects related to financial education, such as understanding basic concepts, such as controlling, investing and planning your expenses for both the present and the future, encouraging greater knowledge and applicability on the topic. in your day-to-day life. The choice of the municipality of Laranjal do Jari/AP as the study area is justified by the relevance of understanding the financial particularities of this region, considering its specific socioeconomic and cultural characteristics. This is a research with qualitative and quantitative methodology, which will use data collection methods, such as a questionnaire, to obtain detailed information about the financial understanding of the residents of this location. Based on the results obtained, possible difficulties in the population’s financial understanding will be identified, enabling the development of educational strategies to promote financial education and best personal finance management practices. The initiative aims to provide information on the current state of financial education in the municipality of Laranjal do Jari/AP, and also contribute to raising awareness and training citizens, encouraging them to make more informed financial choices and promoting economic well-being and of the community as a whole.

Keywords: Education. Finance. Personal. Planning. Understanding.

1  INTRODUÇÃO

No contexto atual, com inúmeras pressões financeiras e com as dificuldades que existem no ramo da economia, destacamos à importância crucial de uma administração financeira sólida, ressaltando o quão rico é o conhecimento adquirido, um verdadeiro tesouro nesta busca por melhor instabilidade e melhores condições financeiras, enfatizar a relevância de uma educação financeira consistente é cada vez mais claro.

Este artigo propõe uma análise aprofundada da compreensão financeira no município de Laranjal do Jari, no estado do Amapá, destacando a urgência de ampliar o conhecimento e adotar práticas financeiras mais eficazes para lidar com os desafios contemporâneos. Diante de um ambiente econômico em constante mudança, é essencial que os indivíduos estejam equipados com as habilidades necessárias para tomar decisões financeiras informadas e enfrentar os obstáculos financeiros com confiança e eficiência.

O Amapá localiza-se ao norte do Brasil e faz fronteira com o Pará, Guiana Francesa, Suriname e Oceano Atlântico, tendo Macapá como capital. É caracterizado por floresta amazônica, rios e uma biodiversidade exuberante. Segundo dados do IBGE, em 2022 a população estimada era de 733.759 habitantes residentes em uma vasta área territorial que abrange aproximadamente 142.470,762 km². Essa extensão territorial inclui uma variedade de paisagens e ambientes, desde regiões urbanas densamente povoadas até áreas rurais mais remotas. Dentro desse amplo território, as comunidades desenvolvem uma diversidade de atividades econômicas, culturais e sociais, contribuindo para a riqueza e complexidade da região.

Além da dimensão demográfica e territorial, é importante considerar o aspecto econômico da região. De acordo com os dados extraídos pelo IBGE em 2023, o rendimento mensal domiciliar per capita é de R$ 1.520,00. Esse valor reflete a média dos recursos disponíveis para cada indivíduo dentro dos lares da região, indicando o nível de renda e o padrão de vida da população. É essencial entender como esse rendimento influencia o acesso a serviços básicos, como saúde, educação e moradia, assim como seu impacto no consumo e na qualidade de vida dos habitantes.

Figura 1: Divisão dos municípios do Amapá em destaque, a cidade de Macapá, capital do estado.

O município de Laranjal do Jari, fica situado no sul do estado do Amapá, é um município de relevância geográfica e econômica. Com uma população aproximada de 35.114 habitantes, conforme dados do IBGE de 2022, sua estrutura demográfica reflete uma comunidade diversificada e dinâmica. Em 2021, a média salarial registrada era de 2,3 salários mínimos, destacando-se como um indicador importante do nível socioeconômico da região. A proporção de pessoas com renda formal representava 6,01% do total de habitantes em 2021, apontando a necessidade de políticas que incentivem a formalização do trabalho e o aumento da renda disponível para a população.

Com uma área territorial de 30.782,998 km² em 2022, Laranjal do Jari é o maior município do Amapá e figura como o trigésimo em extensão territorial entre os 5.570 municípios do Brasil, conforme dados do IBGE de 2022. Essa ampla extensão territorial abriga uma variedade de ecossistemas e recursos naturais, contribuindo para a diversidade ambiental da região e potencializando oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável.

Localizado às margens do Rio Jari, o município possui uma localização estratégica que o torna um importante centro comercial e logístico na região. Além disso, faz fronteira com Monte Dourado, uma vila situada no estado do Pará, fortalecendo suas conexões regionais e ampliando suas possibilidades de integração econômica. Dados estes que só evidencia o potencial de Laranjal do Jari para o crescimento e prosperidade, especialmente quando aliado a políticas públicas que visem o desenvolvimento econômico inclusivo, a promoção da formalização do trabalho e a preservação ambiental.

Figura 2: Mapa da localização do município de Laranjal do Jari/AP.

Com sua localização estratégica, recursos naturais e importante infraestrutura industrial, Laranjal do Jari desempenha um papel vital no desenvolvimento econômico do estado do Amapá e na integração regional, contribuindo para o crescimento e prosperidade tanto do município quanto das regiões circundantes.

A economia de Laranjal do Jari é fortemente impulsionada pela indústria, com destaque para a fábrica de celulose Jari Celulose. A Jari celulose se originou através do Projeto Jari que foi uma iniciativa de Daniel Ludwing[4], que na década de 1960 iniciou as explorações na Amazônia brasileira, focando na produção de celulose e atividades agropecuárias. O que resultou no surgimento de cidades como Monte Dourado, Vitoria do Jari e Laranjal do Jari, que serviam como apoio nas operações e abrigo para os trabalhadores.

Durante seu auge de operações, a fábrica Jari Celulose empregava cerca de 2.500 colaboradores diretamente, não fazendo parte deste número os demais prestadores de serviços e terceirizados. A fábrica Jari Celulose servia como uma âncora econômica vital para a região. Seu impacto se estendia além do emprego direto, influenciando positivamente uma variedade de setores locais, desde o comércio até os serviços de infraestrutura. A redução significativa para 709 funcionários reflete os desafios enfrentados pela empresa, além de impactos mais amplos da crise econômica que se instalou na fábrica Jari Celulose.

A Jari Celulose atualmente enfrenta uma crise devido a pressões ambientais, problemas econômicos e desafios de gestão. Críticas ambientais por seu impacto na Amazônia, juntamente com a pandemia de COVID-19 e instabilidades econômicas, têm afetado sua rentabilidade. Internamente, questões de eficiência e governança também têm sido apontadas. Isso resultou em uma redução na produção e preocupações sobre o futuro da empresa, gerando incerteza entre funcionários e colaboradores. 

O declínio no emprego na fábrica se propaga por toda a comunidade, afetando a estabilidade financeira das famílias locais, o consumo e até mesmo o crescimento econômico regional. Assim, a situação atual da Jari Celulose não é apenas um indicador da saúde econômica da empresa, mas também um barômetro da resiliência da economia local e da necessidade de medidas para revitalizar e fortalecer a base industrial da região.

Figura 3: Fabrica Jari Celulose

Destaca-se também a agricultura e a pesca como atividades econômicas significativas em Laranjal do Jari, impulsionadas indiretamente pelas operações industriais presentes na região, como a Jari Celulose e KaMinCADAM[5] aproveitando os recursos naturais abundantes da região.

Outra notável fonte econômica reside na extração de castanha, estabelecida por meio de uma colaboração entre a empresa Natura e a Cooperativa Mista dos Produtores e Extrativistas do Rio Iratapuru (Comaru). Este empreendimento foi iniciado no ano de 2000 e atualmente engloba sessenta famílias residentes na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, que fornecem óleo de castanha e resina de Breu Branco. Localizada em Laranjal do Jari, no estado do Amapá, a cooperativa Comaru desempenha um papel crucial na promoção da sustentabilidade e no fomento da economia local, destacando-se como um modelo exemplar de cooperação e desenvolvimento socioeconômico regional.

Figura 4: Cooperados da Cooperativa Mista dos Produtores e Extrativistas do Rio Iratapuru (Comaru)

O município é dotado de uma variedade de instituições financeiras, incluindo o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, um posto do Bradesco e, mais recentemente, passou a contar com o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi). A Sicredi, como uma rede de cooperativas de crédito, desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico local.

Essas instituições financeiras além de ofertarem serviços bancários básicos, também desempenham um papel fundamental no fornecimento de crédito, investimento e suporte financeiro para indivíduos, empresas e empreendedores locais. A Sicredi, em particular, destaca-se por sua estrutura cooperativa, que promove a participação dos membros da comunidade nas decisões financeiras e no compartilhamento dos resultados.

A presença da Sicredi no município fortalece o sistema financeiro local, e contribui para o crescimento econômico sustentável, incentivando o investimento e o empreendedorismo. Ao fornecer acesso a serviços financeiros acessíveis e orientação financeira, a Sicredi ajuda a impulsionar o desenvolvimento econômico, promovendo a inclusão financeira e o fortalecimento da comunidade como um todo.

Mesmo o município contado com o apoio dessas instituições financeiras, há desafios constantes no que diz respeito à gestão financeira, pois há lacunas que não são superadas. A educação financeira é uma ferramenta essencial para capacitar os indivíduos a tomarem decisões informadas e assertivas em relação ao seu dinheiro, permitindo-lhes alcançar estabilidade financeira e bem-estar econômico.

Sobre os desafios enfrentados na gestão de gastos podemos destacar:

O desafio mais difícil de todos é resistir aos velhos hábitos que podem estar causando nossos problemas financeiros. Encontrar maneiras de se motivar para o orçamento. Você precisa ter um excelente motivo para economizar dinheiro. Você deve pensar em como se tornar eficiente com seu dinheiro. Você precisa examinar sua situação e se perguntar por que precisa começar a fazer o orçamento (RIGTERS, 2019, p. 14).

Este estudo busca além de examinar o conhecimento teórico sobre conceitos financeiros, também compreender as práticas financeiras do dia a dia e as atitudes em relação às finanças pessoais da população de Laranjal do Jari. A análise abrangente desses aspectos nos proporcionará aprendizados valiosos sobre os desafios específicos enfrentados pela comunidade em termos de gestão financeira.

O autor fala sobre a importância do gerenciamento de finanças:

O gerenciamento de finanças pessoais é a chave para criar o avanço de que você precisa em suas finanças. Ele cobre todas as áreas, incluindo gastos, receitas, investimentos e economias, para garantir que viva uma vida melhor. Adotar as estratégias de gerenciamento de dinheiro pessoal é crucial para se livrar de seus maus hábitos de gastos (RIGTERS, 2019, p. 3).

Ao compreendermos melhor o nível de educação financeira nesta comunidade, podemos identificar áreas de melhoria e desenvolver estratégias eficazes para promover uma cultura financeira mais saudável e sustentável. Além disso, ao destacarmos os desafios específicos enfrentados pela população de Laranjal do Jari, podemos direcionar recursos e programas educacionais de forma mais precisa e eficiente.

Este estudo fornece uma análise detalhada do estado atual da educação financeira em Laranjal do Jari, e ainda serve como um ponto de partida para futuras pesquisas e iniciativas destinadas a fortalecer os conhecimentos financeiros e as habilidades de gestão de dinheiro nesta comunidade e em outras regiões semelhantes. Acreditamos firmemente que uma população financeiramente instruída é fundamental para o avanço econômico e social de qualquer comunidade, e esta pesquisa busca contribuir para este objetivo vital.

2  REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Administração Financeira 

A Administração Financeira é uma ferramenta crucial para o desenvolvimento econômico e o bem-estar individual. No contexto específico do município de Laranjal do Jari, Amapá, a aplicação de conhecimentos financeiros se torna ainda mais relevante, considerando as particularidades locais e a importância de capacitar a população para lidar eficientemente com suas finanças. Refletindo sobre a realidade local, o autor Gustavo Cerbasi[6] destaca a importância da educação financeira como um caminho para a prosperidade individual e coletiva (CERBASI, 2022). 

Entender as próprias finanças é o primeiro passo para o sucesso financeiro. Em palavras simples, é como traçar um mapa do dinheiro que entra e sai, permitindo que os moradores de Laranjal do Jari tenham maior controle sobre seus recursos. A elaboração de orçamentos é uma prática fundamental na Administração Financeira. Em nível pessoal, os habitantes podem aprender a criar orçamentos familiares, enquanto em nível comunitário, pode-se planejar e gerenciar orçamentos para projetos locais que beneficiem a população. Bem como reconhecer o que coloca dinheiro no bolso (ativos) e o que retira (passivos) (KIYOSAKI, 2000). Aplicar esse conhecimento ajuda na tomada de decisões financeiras mais conscientes.

2.2    Finanças Pessoais 

As finanças pessoais são como uma jornada em que cada indivíduo é o capitão do seu próprio barco. Para compreendermos essa viagem, é fundamental explorar alguns conceitos e contextos essenciais que orientarão a gestão inteligente dos recursos financeiros. Administrar as finanças pessoais é um desafio que requer uma abordagem estruturada, sendo o orçamento a ferramenta fundamental nesse processo. 

Conforme preconizado por Alves (2018), o orçamento funciona como uma bússola, delineando de forma clara os caminhos dos ganhos e gastos. Ele é comparável a um mapa que guia a alocação de recursos, proporcionando um controle efetivo sobre as receitas e despesas. Um orçamento bem elaborado, como destacado por Porto (2020), estabelece um alicerce sólido para decisões financeiras conscientes, fortalecendo a capacidade de gerenciar eficientemente os recursos financeiros. A educação financeira, segundo Cerbasi (2019), desempenha o papel crucial de ser a bússola que orienta a navegação nas águas turbulentas das finanças pessoais. De acordo com o autor de “Dinheiro: Os Segredos de Quem Tem”, a educação financeira instruem os indivíduos a compreenderem as correntes financeiras e a tomarem decisões informadas. Investir na própria educação financeira, como defendido por Cerbasi, é investir no sucesso da jornada pessoal, possibilitando uma navegação mais segura e assertiva nas complexidades do cenário financeiro. 

A disciplina e o planejamento estratégico, conforme ressaltado por Silva (2021), são aliados poderosos na jornada das finanças pessoais. A disciplina proporciona a constância necessária para seguir o caminho estabelecido pelo orçamento, enquanto o planejamento estratégico capacita as pessoas a antecipar e enfrentar desafios inesperados. Essa abordagem, de acordo com Silva, não apenas ajuda na superação de obstáculos, mas também permite prosperar ao longo do tempo, construindo um futuro financeiro mais sólido e seguro. 

2.3 Educação Financeira 

A Educação Financeira desempenha um papel crucial na capacitação das pessoas para tomar decisões informadas sobre seus recursos financeiros. De acordo com Alves (2018), a falta de conhecimento financeiro pode levar a escolhas desfavoráveis e, consequentemente, a dificuldades financeiras. Portanto, a educação financeira é essencial para promover uma compreensão abrangente dos princípios financeiros básicos. Um aspecto fundamental da Educação Financeira é a compreensão do orçamento pessoal. Conforme destacado pelo Banco Central do Brasil (BACEN, 2020), a elaboração de um orçamento eficiente é uma habilidade crucial para o gerenciamento financeiro. A educação financeira proporciona as ferramentas necessárias para criar e manter um orçamento realista, permitindo que as pessoas aloquem seus recursos de maneira estratégica, evitando o endividamento excessivo. Ao investir na própria educação financeira, as pessoas estão equipadas para enfrentar os desafios financeiros com confiança e construir um futuro sólido e próspero. 

2.4 Atitude Financeira 

A Atitude Financeira é um conjunto de comportamentos e decisões que impactam diretamente a saúde financeira de uma pessoa. É mais do que apenas ter conhecimento teórico, trata-se de agir de maneira consciente e alinhada com metas financeiras sustentáveis. Um exemplo claro de Atitude Financeira positiva é a prática de poupar regularmente. Ao adotar a atitude de poupar, uma pessoa está construindo uma base sólida para enfrentar imprevistos e alcançar objetivos de longo prazo. Isso pode ser exemplificado através do hábito de reservar uma porcentagem fixa do salário mensal para uma conta de poupança. Essa prática não apenas cria uma rede de segurança financeira, mas também estabelece uma mentalidade de planejamento e previsão. Outro aspecto fundamental da Atitude Financeira é o controle de gastos. A elaboração de um orçamento consciente, como defendido por diversos especialistas, incluindo Banco Central do Brasil (BACEN, 2020), é uma ação que reflete uma atitude financeira responsável. Ao conhecer e monitorar os gastos, as pessoas conseguem identificar áreas onde podem economizar, evitando o desperdício e garantindo uma gestão financeira mais eficiente. A atitude financeira envolve ações concretas que refletem escolhas deliberadas em relação ao dinheiro. Poupar regularmente, controlar gastos, gerir dívidas de maneira inteligente e investir com sabedoria são exemplos tangíveis dessa postura. 

2.5  Planejamento Financeiro 

O Planejamento Financeiro, segundo Oliveira (2022) é a bússola que guia uma jornada econômica segura. Consiste em antecipar metas, criar estratégias e estabelecer um mapa para a gestão eficiente dos recursos. Ao desenvolver um plano financeiro sólido, as pessoas podem alinhar suas receitas e despesas de maneira consciente, evitando surpresas desagradáveis e construindo uma base financeira estável. A elaboração de orçamentos, a definição de metas de economia e a identificação de oportunidades de investimento são práticas essenciais no processo de planejamento financeiro. Essa abordagem proativa aperfeiçoa o uso do dinheiro no presente e prepara o terreno para um futuro financeiro mais seguro e próspero.

O planejamento financeiro é essencial para alcançar estabilidade e segurança econômica, adaptando as mudanças financeiras e garantindo que as metas estabelecidas sejam atingidas, sendo assim um bom planejamento financeiro envolvem aperfeiçoar necessidades imediatas e futuras, evitando endividamento e promovendo uma maior independência e bem estar financeiro.

3 METODOLOGIA 

O estudo adota uma abordagem descritiva, com o propósito de descrever as características da população ou fenômeno em análise, conforme apontado por Gil (2002).

Busca-se identificar e analisar o comportamento da população em relação ao tema abordado, valendo-se de técnicas como a pesquisa bibliográfica e o levantamento. A pesquisa bibliográfica utiliza dados de fontes pré-existentes, como livros e artigos científicos, enquanto o levantamento é realizado por meio de questionários aplicados à população-alvo, com o auxílio da plataforma Google Forms, conforme orientação de Severino (2014).

Neste contexto, adotam-se tanto abordagens tanto qualitativas, quanto quantitativas, envolvendo a seleção de amostras, elaboração de instrumentos de coleta de dados, e análise dos resultados obtidos. A amostragem será realizada por conglomerados, especialmente adequada quando não é possível identificar todos os elementos da pesquisa, como no caso dos habitantes de um município específico. A análise e interpretação dos dados serão conduzidas por meio de procedimentos estatísticos, como codificação de dados, tabulação e cálculos estatísticos, conforme diretrizes estabelecidas por Gil (2002).

Além disso, é importante ressaltar que a aplicação de técnicas estatísticas na análise dos dados permite uma compreensão mais aprofundada das relações e padrões identificados, fornecendo subsídios valiosos para a tomada de decisões e o desenvolvimento de estratégias. A adoção de procedimentos criteriosos, como codificação de dados e tabulação, reforça a confiabilidade e a validade dos resultados obtidos, contribuindo para a veracidade e a credibilidade do estudo. Dessa forma, a combinação de métodos e técnicas rigorosas de pesquisa promove uma abordagem abrangente e fundamentada, capaz de gerar informações relevantes e subsidiar avanços significativos no campo de estudo.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

A amostra do estudo é formada pela população de Laranjal do Jari/AP, onde o perfil dos entrevistos pode ser observado na tabela abaixo.

Tabela 1: Perfil da população de Laranjal do Jari/AP

A partir dos dados apresentados na tabela 1, notamos que a maioria dos entrevistados está entre a faixa etária de 26 a 35 anos e 36 a 45 anos, juntos correspondem a 63,4% do total dos entrevistados. Já o público que corresponde à faixa etária acima de 46 anos foi descrita, correspondendo apenas a 10,4% do publico abordado. Quando analisamos o publico pela distinção de sexo, notamos que o publico feminino participou com o total de 115 entrevistados, correspondendo a 56,9%, enquanto o publico masculino ficou com 87 entrevistados, correspondendo a 43,1% do publico alvo. Demostrando que houve certo equilíbrio na participação de ambos os sexos.

Além das características destacadas na tabela 1, é importante ressaltar que a distribuição equilibrada entre os diferentes grupos etários e sexos contribui para uma representação mais ampla e abrangente da população de Laranjal do Jari/AP. A concentração significativa de entrevistados nas faixas etárias mais jovens, especialmente entre 26 e 45 anos, pode refletir padrões de comportamento e preferências que são relevantes para o escopo do estudo em questão. Por outro lado, embora a participação dos entrevistados com mais de 46 anos seja menor, essa parcela da população ainda oferece resultados valiosos, especialmente considerando a sua potencial experiência e perspectivas únicas. Ao considerar a representação equilibrada de ambos os sexos na pesquisa, é possível mitigar possíveis vieses e garantir uma análise mais completa e precisa dos resultados obtidos. Essa diversidade na amostra permite uma compreensão mais completa das questões investigadas e fortalece a validade e a aplicabilidade dos achados do estudo para a comunidade de Laranjal do Jari/AP.

Com relação à renda mensal percebe-se que é predominante a faixa até 1,5 salários mínimos, correspondendo a 61,4%, demonstrando que a grande parte da população possui uma renda considerada baixa, se em comparação com os últimos dados apontados pelo IBGE em 2021 que destacava que a renda média salarial era de 2,3 salários mínimos, isso muito reflexo da atual situação que o município vem enfrentando com a crise instalada da fabrica Jari Celulose. Essa concentração de renda em níveis mais baixos pode impactar diversos aspectos da vida dos habitantes locais, desde o acesso a serviços básicos até oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Em contra partida evidenciamos que apenas 03 entrevistados recebem rendimentos acima de 5 salários mínimos, correspondendo a 1,5%. Destacando a disparidade econômica existente na região, evidenciando a necessidade de políticas e ações que promovam a inclusão social e o desenvolvimento econômico sustentável para toda a comunidade. Conforme visto no gráfico abaixo:

Gráfico 1: Renda Mensal da população de Laranjal do Jari/AP

A análise da distribuição da renda da população entrevistada revela uma realidade preocupante em relação à capacidade de gerenciamento financeiro e à falta de reserva para situações emergenciais ou investimentos futuros. A maioria expressiva, representando 60,9% dos entrevistados, relatou que seus ganhos são suficientes para cobrir as despesas mensais básicas, porém não dispõem de reservas financeiras ou investimentos. Por outro lado 21,8% dos entrevistados enfrentam dificuldades financeiras, não conseguindo arcar totalmente com suas despesas mensais e, consequentemente, recorrendo a outras fontes de financiamento, como empréstimos e limite de cheque especial. Essa situação ressalta a fragilidade da estabilidade financeira de uma parte significativa da população entrevistada. Por fim, aproximadamente 17,3% dos entrevistados conseguem tanto equilibrar suas despesas mensais quanto investir, sendo a poupança a aplicação mais comum, conforme citado pelos entrevistados. Esses dados evidenciam a necessidade de políticas e programas que visem à educação financeira e o acesso a serviços financeiros adequados para promover a segurança e o bem-estar financeiro da população de Laranjal do Jari/AP. Conforme no gráfico 2.

Gráfico2: Distribuição da Renda Mensal da população de Laranjal do Jari/AP

Ao examinarmos a Tabela 2 identificamos os seguintes dados apresentados:

Exploramos as respostas dos entrevistados sobre investimentos, fica evidente que uma parcela significativa, correspondendo a 55,4%, não adota nenhum tipo de controle financeiro ou estabelece objetivos de longo prazo para suas finanças. Essa falta de acompanhamento pode ser atribuída à escassez de tempo ou à falta de conhecimento e habilidades necessárias para realizar tal controle de maneira eficaz. Em contrapartida, aproximadamente 30,7% dos entrevistados realizam um orçamento de forma periódica, embora superficialmente, apenas registrando gastos sem um domínio completo sobre como fazê-lo de maneira mais precisa e objetiva. Já 13,9% dos entrevistados demonstram um engajamento mais aprofundado com o controle financeiro, realizando-o de forma contínua e detalhada, com o propósito de planejar ações concretas para aprimorar seu bem-estar e o de suas famílias.

Verificamos que 52,5% da população abordada não possui o hábito de discutir finanças no contexto familiar. Isso pode ser atribuído à falta de conhecimento adequado para iniciar a conversa ou à correria do dia a dia, que muitas vezes não permite tempo para abordar esse assunto. Por outro lado, 23,3% indicam que há uma pessoa responsável na família pela gestão dos recursos, embora sem grandes habilidades, assumindo tal papel por ser o provedor financeiro da família. Por fim, 24,3% afirmam sempre discutir com seus familiares sobre educação financeira, estabelecendo metas e objetivos a serem alcançados, demonstrando um conhecimento mais aprofundado na área.

No que diz respeito ao planejamento da aposentadoria, é evidente a falta de controle e objetivos futuros, visto que 27,7% dos entrevistados não possuem qualquer tipo de planejamento de aposentadoria, não contribuindo nem com a previdência social nem com a complementar. Enquanto isso, 57,4% contribui apenas com a previdência social, e uma minoria de 14,9% contribui também com a previdência privada, visando garantir uma situação financeira mais tranquila na velhice. Esses resultados destacam a importância da educação financeira e do planejamento de longo prazo para assegurar a estabilidade financeira pessoal e familiar ao longo da vida.

Tabela 2: Comportamento financeiro e planejamento previdência da população de Laranjal do Jari/AP

Ao abordar a possibilidade de um imprevisto que pudesse afetar sua situação financeira atual, a maioria esmagadora dos entrevistados, representando 69,8%, indicou que não seria capaz de arcar com suas despesas nem mesmo por alguns meses. Esse dado alarmante ressalta a fragilidade da situação financeira de grande parte da população entrevistada e a ausência de reservas financeiras para enfrentar adversidades inesperadas. Por outro lado, 27,2% dos entrevistados afirmaram que conseguiriam manter suas despesas por até um ano em caso de imprevisto, demonstrando uma ligeira melhora em relação ao grupo anterior, mas ainda assim evidenciando uma falta de preparação para enfrentar crises financeiras de maior duração. Por fim, uma pequena minoria, equivalente a apenas 3% dos entrevistados, ou seja, seis pessoas, afirmou que conseguiriam manter o mesmo padrão de vida por um período de 10 anos, o que representa uma parcela extremamente reduzida da amostra e sugere uma situação financeira mais confortável e uma capacidade considerável de planejamento e preparação para adversidades de longo prazo. Especificado no gráfico baixo.

Gráfico3: Impacto da perda da Renda Mensal da população de Laranjal do Jari/AP

Fonte: Dados da Pesquisa

Os dados revelados enfatizam a urgência de promover uma cultura de educação financeira que capacite as pessoas a enfrentar imprevistos com mais resiliência. A maioria esmagadora dos entrevistados parece estar à beira de uma situação financeira precária, com pouca ou nenhuma reserva para contingências. Essa vulnerabilidade expõe a necessidade de políticas e programas que incentivem a poupança e o planejamento financeiro, visando mitigar os impactos adversos de crises econômicas e pessoais. A capacidade de uma pequena minoria de manter um padrão de vida estável por uma década destaca não apenas a importância do planejamento em longo prazo, mas também sugere que a estabilidade financeira não é inatingível, desde que haja um compromisso firme com hábitos financeiros saudáveis.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados desta pesquisa revelam uma situação preocupante em relação à educação financeira na população de Laranjal do Jari, a análise da compreensão financeira pessoal, destaca a urgente necessidade de uma educação financeira consistente, diante das demandas e das complexidades econômicas atuais. Este estudo ressalta a importância crucial de capacitar os indivíduos com conhecimentos e práticas financeiras adequadas para enfrentar os desafios contemporâneos.

Ao investigar a compreensão financeira na comunidade, evidenciamos a necessidade de medidas educativas e práticas que habilitem as pessoas a tomar decisões financeiras informadas e eficazes. Além da gestão do dinheiro, a educação financeira abrange a compreensão de conceitos econômicos mais amplos e o desenvolvimento de habilidades para responder às mudanças econômicas não apenas locais mais também globais.

Investir na educação financeira beneficia os indivíduos em nível pessoal, além de contribui para o crescimento econômico e a estabilidade social. Portanto, é fundamental que governos, instituições educacionais e setor privado trabalhem juntos para promover uma cultura de educação financeira abrangente e acessível. Somente através do fortalecimento da compreensão financeira pessoal podemos capacitar as pessoas a tomar decisões financeiras mais conscientes e construir um futuro mais seguro e próspero para si mesmas e para as gerações futuras.

Portanto, investir em iniciativas de educação financeira é fundamental para o desenvolvimento individual dos habitantes de Laranjal do Jari, e também para o crescimento econômico e social sustentável da região como um todo. Ao abordar as lacunas identificadas neste estudo, podemos ajudar a construir uma comunidade mais resiliente e próspera, capaz de enfrentar os desafios econômicos com confiança e segurança.

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[1] Discente do Curso Superior de Bacharelado em Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá- Ifap, Campus Laranjal do Jari/AP e-mail: adrianalima.al13@gmail.com.

[2] Discente do Curso Superior de Bacharelado em Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá- Ifap, Campus Laranjal do Jari/AP e-mail: rosecleyde15@gmail.com.

[3] Docente do Curso Superior de Bacharel em Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá- Ifap, Campus Laranjal do Jari/AP e-mail: hamilton.prazeres@ifap.edu.br.

[4] Daniel Keith Ludwig, magnata estadunidense, é lembrado pelo ambicioso Projeto Jari, voltado para a produção de celulose na Amazônia. Apesar de sua proeminência nos negócios, evitava os holofotes desde a década de 1950, enquanto presidia a maior companhia armadora dos EUA e a terceira maior globalmente.

[5] Duas empresas líderes na produção de caulim, a KaMin LLC e a CADAM SA criaram uma das maiores empresas do mundo que é focada exclusivamente em mineral de caulim, particularmente em caulim fino e ultrafino.

[6] Gustavo Cerbasi emerge como uma figura de destaque no processo de transformação de inúmeras pessoas e famílias no Brasil, incentivando a cultura da poupança e do investimento. Através de sua abordagem didática, ele capacita e direciona indivíduos em busca de uma gestão financeira mais sólida e eficaz, promovendo uma melhoria significativa em suas vidas financeiras.