O REGIME DE SEGURIDADE ESPECIAL DOS PESCADORES NO ESTADO DE RONDÔNIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202504300938


Vitor Hugo Moraes Macedo1
Vera Mônica Queiroz Fernandes Aguiar2


RESUMO

O regime de seguridade especial voltado aos pescadores artesanais representa um  importante mecanismo de proteção social para comunidades tradicionais que  dependem da pesca como principal meio de subsistência. No Estado de Rondônia,  onde a atividade pesqueira desempenha relevante papel socioeconômico,  especialmente em regiões ribeirinhas, o acesso a direitos como o seguro-defeso é  essencial para garantir a dignidade desses trabalhadores durante o período de defeso.  Nesse contexto, o objetivo geral deste estudo foi investigar os desafios enfrentados  pelos pescadores rondonienses na obtenção dos benefícios do regime de seguridade  especial, propondo soluções para melhorar sua efetividade diante de barreiras legais  e socioeconômicas. O problema central investigado consistiu em compreender quais fatores dificultam o acesso dos pescadores de Rondônia aos benefícios do regime de  segurança social e assim, portanto verificar se o Estado pode atuar para tornar esse  direito mais acessível e eficiente. A metodologia utilizada baseou-se em pesquisa  qualitativa, com revisão bibliográfica e documental, analisando legislações, dados  institucionais e estudos de caso locais. Os resultados evidenciaram que, apesar da  existência de garantias legais, como a Lei nº 10.779/2003, persistem dificuldades  significativas, incluindo burocracia excessiva, falta de informação, desatualização  cadastral e ausência de políticas públicas direcionadas. Também se identificou a  necessidade de ampliar a capacitação técnica, investir em ações de educação  previdenciária e estabelecer estratégias de articulação entre os órgãos  governamentais e as associações de pescadores. Conclui-se que, para assegurar o  pleno exercício dos direitos sociais dos pescadores artesanais de Rondônia, é  indispensável promover maior integração institucional, ampliar o acesso à informação  e criar políticas públicas mais inclusivas e adaptadas à realidade amazônica. 

Palavras-chave: pescadores artesanais; seguro-defeso; seguridade social;  Rondônia; políticas públicas. 

ABSTRACT

The special social security regime aimed at artisanal fishers represents an important  mechanism of social protection for traditional communities that depend on fishing as  their main source of livelihood. In the state of Rondônia, where fishing activity plays a  relevant socioeconomic role, especially in riverside regions, access to rights such as  the seguro-defeso (closed season benefit) is essential to ensure the dignity of these workers during the fishing prohibition period. In this context, the general objective of  this study was to investigate the challenges faced by fishers in Rondônia in obtaining  the benefits of the special social security regime, proposing solutions to improve its  effectiveness in light of legal and socioeconomic barriers. The central problem  investigated was to understand which factors hinder the access of fishers in Rondônia  to the benefits of the social security system and, therefore, to assess how the State  can act to make this right more accessible and efficient. The methodology used was  based on qualitative research, with bibliographic and documentary review, analyzing  legislation, institutional data, and local case studies. The results showed that despite  the existence of legal guarantees, such as Law No. 10.779/2003, significant difficulties  persist, including excessive bureaucracy, lack of information, outdated registration  data, and the absence of targeted public policies. The study also identified the need to  expand technical training, invest in social security education initiatives, and establish  articulation strategies between government agencies and fishers’ associations. It is  concluded that, in order to ensure the full exercise of social rights for artisanal fishers  in Rondônia, it is essential to promote greater institutional integration, expand access  to information, and create more inclusive public policies adapted to the Amazonian reality. 

Keywords: artisanal fishers; seguro-defeso; social security; Rondônia; public policies. 

1. INTRODUÇÃO 

O regime de seguridade especial dos pescadores no estado de Rondônia  emerge como um tópico importante na discussão sobre proteção social e segurança  econômica para um segmento específico da população (Brasil, 2017). Esta análise se  insere no contexto das peculiaridades socioeconômicas e culturais da região, que  influencia diretamente a forma como os recursos e direitos são regulamentados e  garantidos. 

O tema aqui abordado faz alusão ao benefício para a pessoa que passa a  sobreviver da pesca artesanal, durante o período em que não puder concretizar as  suas atividades devido à piracema, que é considerado o período mais relevante para  a reprodução dos peixes. 

Rondônia, localizada na região norte do Brasil, apresenta uma economia  fortemente ligada à atividade pesqueira, especialmente nas áreas ribeirinhas e nas  regiões ao longo dos rios Madeira e Guaporé (Paiva e Silva, 2020). 

Denota-se que a pesca é um setor econômico de grande importância para  Rondônia, cooperando para o Produto Interno Bruto (PIB) do estado e para a dieta da  população em um todo.

A pesca, tanto comercial quanto artesanal, constitui uma parte significativa da  subsistência para muitas comunidades, sendo um dos pilares da economia local.  Entretanto, a prática pesqueira na região enfrenta desafios substanciais, que vão  desde a sustentabilidade ambiental até questões de regularização e direitos  trabalhistas dos pescadores (Embrapa, 2007). 

Infere-se, portanto, que o exercício da pesca na região encara problemas substanciais, que se dão desde a sustentabilidade ambiental até as celeumas de  normatização e também pertinentes aos direitos trabalhistas dos pescadores. 

A seguridade social para pescadores em Rondônia é uma extensão das  políticas públicas voltadas para a proteção de trabalhadores em condições peculiares.  O regime especial de seguridade social, previsto na Lei nº 10.779/2003, busca  oferecer um conjunto de benefícios específicos para pescadores profissionais,  incluindo aposentadoria, pensões e auxílios em caso de enfermidades ou acidentes (Lourenço; Henkel; Maneschy, 2006). 

Vê-se que a Lei nº 10.779, de 25/11//2003 veio dispor sobre a concessão do  benefício de seguro desemprego, durante a temporada de defeso, ao pescador  considerado profissional e que desempenha a atividade pesqueira de forma artesanal. 

O contexto histórico-social de Rondônia revela uma realidade em que a  expansão da atividade pesqueira e o crescimento das cidades ao longo dos rios têm  levado a um aumento da demanda por uma proteção social mais robusta. Em  contraste com outras regiões do Brasil, onde a pesca é uma atividade complementar,  em Rondônia, ela é fundamental para a economia e a cultura local (Cruz, 2018). 

Assim, comparando Rondônia com as outras regiões do Brasil, que consideram  a pesca uma atividade complementar, aqui em Rondônia, ela é essencial tanto para a  economia como para a cultura do lugar. 

Desse modo, levantou-se a seguinte problemática: Quais fatores dificultam o  acesso dos pescadores de Rondônia aos benefícios do regime de segurança social? Para responder este problema, o estudo objetivou Investigar os desafios  propondo soluções para a melhoria da segurança especial dos pescadores de  Rondônia, considerando as barreiras legais e socioeconômicas 

Então, especificamente, buscou analisar as particularidades legais que regem  o regime de seguridade social dos pescadores no estado de Rondônia, identificar os  desafios enfrentados pelos pescadores sem acesso aos benefícios do regime de seguridade especial e verificar possíveis soluções para melhorar a efetividade da  seguridade social dos pescadores em Rondônia, considerando a realidade  socioeconômica local. 

A escolha do tema desta pesquisa está atrelada à relevância social e  econômica que a pesca artesanal possui para milhares de famílias no Estado de  Rondônia. A atividade pesqueira desempenha um papel fundamental na subsistência  de comunidades ribeirinhas e na economia local, tornando-se um meio de vida para  grande parte da população que depende da pesca como principal fonte de renda 

O regime de seguridade social especial, previsto para os pescadores, garante  a esses trabalhadores direitos essenciais que, se não implementados de forma  eficiente, podem acarretar graves prejuízos à qualidade de vida dessas famílias (Brasil, 1991). 

Adicionalmente, o Brasil, como país de grandes recursos hídricos, apresenta  um cenário em que a pesca não apenas sustenta economicamente diversas  comunidades, mas também colabora com a preservação cultural dessas regiões. No  entanto, em Rondônia, a precariedade no acesso aos benefícios de seguridade social  pelos pescadores tem sido uma realidade constante.  

Em termos de relevância, esta pesquisa contribuirá para o conhecimento  científico pois trata-se de um tema pouco explorado academicamente e que envolve  diretamente a dignidade e a proteção social de trabalhadores que vivem em situação  de vulnerabilidade. Além disso, ao proporcionar uma análise crítica e atualizada sobre  o tema, a pesquisa pode subsidiar políticas públicas mais eficazes, orientando a  atuação de gestores e legisladores. 

Assim, a escolha do tema desta pesquisa é importante devido à crescente  necessidade de aprimoramento dos processos licitatórios na administração pública,  especialmente no Estado de Rondônia, onde a transparência e a eficiência são  requisitos indispensáveis para a correta aplicação dos recursos públicos. 

2. MATERIAL E MÉTODOS 

A metodologia desta pesquisa foi fundamentada em um raciocínio indutivo, com  o propósito de compreender as relações e os impactos do regime de seguridade  especial na vida dos pescadores do Estado de Rondônia, especialmente quanto ao acesso e à efetivação de direitos previdenciários e assistenciais. A pesquisa possui  natureza básica, conforme destaca Gil (2021), por buscar gerar conhecimento voltado  à compreensão de um fenômeno social e jurídico, com vistas à possível proposição  de melhorias nas políticas públicas voltadas a essa categoria de trabalhadores. 

A abordagem adotada é de caráter qualitativo, centrando-se na análise  interpretativa de dados e documentos jurídicos, permitindo uma compreensão mais  aprofundada da realidade social dos pescadores artesanais e da atuação do Estado  diante de seus direitos de seguridade. Os dados foram coletados por meio de pesquisa  bibliográfica e documental, explorando obras doutrinárias, artigos acadêmicos,  legislações, decisões judiciais e documentos institucionais que abordam o regime  previdenciário especial dos pescadores artesanais, especialmente no contexto da  Região Norte e, mais especificamente, de Rondônia. 

Os objetivos da pesquisa são tanto exploratórios quanto descritivos. O objetivo  exploratório visa mapear como o regime de seguridade especial tem sido  implementado e acessado pelos pescadores do estado, enquanto o objetivo descritivo  busca identificar e caracterizar os entraves enfrentados por esses trabalhadores na  obtenção dos benefícios garantidos por lei. 

Os procedimentos técnicos incluíram a pesquisa bibliográfica, com revisão da  literatura jurídica sobre o tema, bem como a pesquisa documental, com levantamento  de legislações pertinentes como a Lei nº 8.212/1991, Lei nº 8.213/1991 e normativas  do INSS e análise de dados disponibilizados por órgãos oficiais, como o Ministério da  Pesca e Aquicultura e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Para a coleta de dados, foram utilizadas fontes como livros, artigos  acadêmicos, publicações institucionais, normas e jurisprudências acessíveis em  bases de dados confiáveis, como o Portal de Periódicos da CAPES, SciELO, Google  Acadêmico. 

A análise dos dados foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo,  permitindo a identificação de categorias, padrões e contradições nas informações  obtidas. Essa técnica possibilitará o confronto dos dados com os objetivos propostos,  colaborando para uma reflexão crítica sobre os desafios e as possibilidades de  aperfeiçoamento do regime de seguridade para pescadores no Estado de Rondônia. 

3. RESULTADOS

A pesquisa revelou que o Regime de Seguridade Especial destinado aos  pescadores artesanais no Estado de Rondônia desempenha um papel crucial na  manutenção da subsistência dessas comunidades. O Seguro-Defeso, benefício  concedido durante o período de reprodução das espécies aquáticas, é fundamental  para assegurar a renda dos pescadores.  

Torres (2021) passa a destacar que o Seguro-Defeso não apenas compensa a  perda temporária de renda, mas também contribui para a conservação dos recursos  pesqueiros, promovendo a sustentabilidade da atividade.  

É importante frisar que a pesca sustentável se trata de uma atividade que  culmina em asseverar a perenidade dos recursos pesqueiros e a manutenção da  biodiversidade necessária a todos os seres humanos. 

Entretanto, o estudo identificou desafios significativos no acesso e na  efetivação desses benefícios. Leite et al. (2018) apontam que a baixa escolaridade  entre os pescadores artesanais do Vale do Guaporé, em Rondônia, compromete a  compreensão e o cumprimento dos requisitos burocráticos necessários para a  obtenção dos benefícios previdenciários.  

Por demais, toda essa limitação educacional resulta em grandes dificuldades  na formalização da atividade pesqueira e no acesso às políticas públicas que estão  disponíveis em nosso ordenamento jurídico. 

Além disso, a pesquisa evidenciou uma discriminação indireta de gênero no  acesso ao Seguro-Defeso. Mulheres pescadoras frequentemente enfrentam  obstáculos adicionais devido à divisão sexual do trabalho e à invisibilidade de suas  funções nas políticas públicas. Essa realidade reforça a necessidade de revisão das  normativas vigentes para garantir a equidade de gênero no acesso aos direitos  previdenciários.  

Outro aspecto relevante identificado foi a importância das colônias de  pescadores na organização e representação da categoria. Matos et al. (2024) relatam  o caso de uma pescadora que, ao assumir a presidência de uma colônia no norte de  Mato Grosso, demonstrou o potencial de liderança feminina e a relevância dessas  entidades na luta por direitos e na implementação de políticas públicas eficazes.  

Em suma, os resultados indicam que, embora o Regime de Seguridade  Especial seja essencial para a proteção social dos pescadores artesanais em  Rondônia, há desafios significativos relacionados à educação, equidade de gênero e organização coletiva que precisam ser enfrentados para a plena efetivação desses  direitos. 

4. DISCUSSÃO 

A pesca artesanal desempenha um papel importante no sustento de inúmeras  famílias ribeirinhas em Rondônia. De acordo com o Censo Agropecuário de 2017,  realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado  registrava 2.488 estabelecimentos agropecuários que declararam a pesca como  atividade principal ou secundária. Esses números evidenciam a relevância da  atividade pesqueira para a economia local e para a segurança alimentar das  comunidades envolvidas. 

Entretanto, apesar da existência de políticas públicas destinadas a apoiar  esses trabalhadores, como o seguro-defeso benefício concedido durante o período de  reprodução das espécies para compensar a proibição temporária da pesca, muitos  pescadores artesanais enfrentam dificuldades significativas para acessar esses  auxílios.  

Assim, segundo o Informe nº 012, de 13 de julho de 2023, do Ministério da  Cidadania, o seguro-defeso é um benefício no valor de um salário-mínimo mensal,  pago enquanto durar o período de defeso, que pode variar de 2 a 5 meses.  

Contudo, a legislação brasileira proíbe o acúmulo do seguro-defeso com outros  programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa restrição tem  levado à suspensão temporária dos benefícios para famílias que recebem  simultaneamente o seguro-defeso e o Bolsa Família.  

Ademais, o Informe nº 23, de 2023, do Ministério da Cidadania, detalha que,  nesses casos, aplica-se uma suspensão parcial do valor do Bolsa Família, com um  desconto máximo de 30% do valor do benefício a cada mês. 

Diante desse cenário, é fundamental que sejam implementadas medidas que  visem à melhoria da disseminação de informações e ao fortalecimento das políticas  públicas voltadas para os pescadores artesanais em Rondônia. Garantir que esses  trabalhadores tenham pleno acesso aos seus direitos é essencial para promover a  sustentabilidade da pesca artesanal e assegurar a dignidade das comunidades  ribeirinhas que dependem dessa atividade para sua subsistência.

4.1 A Importância da Pesca Artesanal para o Desenvolvimento Socioeconômico  de Rondônia 

O Estado de Rondônia foi instituído pela Lei Complementar nº 41, de 22 de  dezembro de 1981. Localizado na Região Norte do Brasil, possui uma área total de  238.512,8 km², o que equivale a 6,19% da extensão territorial da região e 2,80% da  superfície nacional. Faz fronteira com os Estados do Mato Grosso, ao leste;  Amazonas, ao norte; Acre, a oeste; e com a República da Bolívia, que delimita suas  regiões oeste e sul (Brasil, 1981). 

Dessa forma, Rondônia ocupa a posição de terceira maior economia da  Região Norte do Brasil, ficando atrás apenas do Pará e do Amazonas em termos de  Produto Interno Bruto (PIB). Entre os setores econômicos mais expressivos do estado,  destaca-se o agropecuário, no qual a pesca artesanal desempenha papel significativo (Brasil, 2021). 

Assim, a pesca artesanal em Rondônia é uma atividade de grande relevância,  não apenas como fonte de subsistência para inúmeras famílias, mas também como  elemento central na identidade cultural das comunidades ribeirinhas. De acordo com  Lima, Souza e Moura (2018), a formação educacional dos pescadores artesanais no  Vale do Guaporé influencia diretamente suas práticas e a sustentabilidade da pesca  na região. 

Então, compreende-se que a educação permite que os pescadores  compreendam os impactos ecológicos de suas práticas, promovendo uma gestão  mais consciente dos recursos naturais e favorecendo a adoção de técnicas que  respeitam os períodos de reprodução das espécies, como o defeso. Além disso, a  escolarização contribui para o fortalecimento da cidadania desses trabalhadores,  ampliando seu acesso às políticas públicas, como o regime de seguridade especial, e  reduzindo sua vulnerabilidade diante da burocracia e das exigências legais. Assim,  investir na formação educacional dessas comunidades não só promove a preservação  ambiental, mas também reforça a inclusão social e econômica dos pescadores  artesanais. 

Apesar da importância e da dimensão que a pesca artesanal possui em  Rondônia, a quantidade de estudos acadêmicos voltados para essa temática ainda é  bastante limitada. Nesse sentido, esta pesquisa busca contribuir para a ampliação do  conhecimento científico sobre o setor pesqueiro no estado, analisando a cadeia produtiva da pesca artesanal em Rondônia e evidenciando sua relevância  socioeconômica e sua contribuição para o desenvolvimento regional (Machado, 2020). Observa-se que a pesca artesanal consiste em uma atividade econômica  primoridal para o desenvolvimento regional, notadamente em comunidades costeiras  e ribeirinhas. Gera, portanto, empregos e renda, contribuindo para a segurança  alimentar e preservando a cultura pesqueira. 

4. 2 O Regime de Seguridade Especial dos Pescadores Artesanais: Desafios e  Direitos na Concessão do Seguro-Defeso em Rondônia 

O regime de segurança especial dos pescadores artesanais no Brasil,  regulamentado principalmente pela Lei nº 10.779/2003 foi criado com o intuito de  proteger essa classe trabalhadora que enfrenta diversas adversidades (Brasil, 2003). 

De acordo com o Aguiar (2012) o regime de seguridade especial inclui a  concessão de seguro-defeso, que garante um auxílio financeiro durante o período de  defeso, quando a pesca foi proibida para a preservação das espécies.  

Desta feita, apesar de a legislação ter sido aprovada para fornecer segurança  aos pescadores, a realidade vivida por muitos deles, especialmente nas comunidades  ribeirinhas de Rondônia, é caracterizada por desafios significativos no alcance desses  benefícios. 

O regime de segurança especial para pescadores artesanais é um conjunto  de medidas que visa garantir a dignidade e a proteção social dessa categoria. A  principal legislação que fundamenta esse regime é a Lei nº 10.779/2003, que institui  o seguro-defeso, um benefício que busca compensar a perda de renda dos  pescadores durante o período em que a pesca é proibida. 

Para ter direito a esse benefício, é necessário que o trabalhador esteja  registrado como pescador artesanal e que tenha contribuído para o sistema de  segurança social. O seguro-defeso é destinado a pescadores que melhoram sua  atividade pesqueira e que dependem dessa prática para sua subsistência. Isso inclui  não apenas os pescadores que atuam diretamente na captura de peixes, mas também  aqueles que trabalham em atividades complementares, como o beneficiamento e a  comercialização do pescado.

Os direitos dos pescadores estão embasados em diversos dispositivos legais,  além da Lei nº 10.779/2003. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 201,  estabelece que a segurança social deve garantir aos trabalhadores a proteção em  casos de desemprego, doença, invalidez e morte, sendo aplicável aos pescadores  artesanais (Brasil, 1988). 

Além disso, a Lei nº 8.212/1991 e a Lei nº 8.213/1991 também tratam dos  direitos dos trabalhadores em geral, incluindo os pescadores. Os pescadores  artesanais que têm direito ao seguro-defeso são aqueles que se dedicam à atividade  pesqueira de forma habitual, ou seja, que utilizam a pesca como sua principal fonte  de renda. Isso inclui não apenas os pescadores que atuam diretamente na captura de  peixes, mas também aqueles que trabalham em atividades complementares, como o  beneficiamento e a comercialização do pescado. 

Apesar de existirem dispositivos legais que garantem os direitos dos  pescadores, há muitas dificuldades significativas na concessão do seguro-defeso. De  acordo com Meirinho (2018) um dos principais obstáculos é a burocracia envolvida no  processo de solicitação do benefício, muitos pescadores não possuem acesso à  informação adequada sobre os requisitos necessários para obter a segurança, o que  gera confusão e desmotivação.  

Além disso, a necessidade de documentação, como a prova de que o  pescador é um trabalhador formal, muitas vezes se torna um entrave. Muitos  pescadores, especialmente os que atuam nas comunidades ribeirinhas de Rondônia,  não possuem a documentação necessária, como a carteira de pescador, o que dificulta ainda mais o acesso ao benefício. A falta de orientação e apoio nas etapas de  solicitação do seguro é um fator que contribui para o baixo número de concessões. 

Outro ponto que merece destaque é a limitação de recursos destinados à  segurança-defeso. De acordo com Aragão (2013) algumas regiões, a exigência de  benefício é muito maior do que a quantidade de recursos disponíveis, resultando em  cortes e na não concessão do seguro a um número significativo de pescadores que  se enquadram nos critérios estabelecidos pela legislação.  

Denota-se do estudo que as comunidades consideradas carentes,  principalmente as ribeirinhas de Rondônia, são as mais afetadas pelos problemas  atinentes à concessão do seguro-defeso.

4.3 Desafios e Perspectivas da Proteção Social para Comunidades Ribeirinhas:  O Acesso ao Seguro-Defeso e a Realidade dos Pescadores Artesanais em  Rondônia 

A população ribeirinha geralmente depende da pesca como sua principal fonte  de renda e, portanto, a proibição de atividade durante o período de defeso impacta  diretamente em suas condições de vida. Os ribeirinhos, que habitam ao longo dos rios  e utilizam águas para sua subsistência, muitas vezes enfrentam uma realidade de  pobreza e vulnerabilidade social. Além da dificuldade de acesso a informações sobre  seus direitos, essas comunidades frequentemente lidam com a escassez de serviços  públicos básicos, como saúde e educação, o que agrava ainda mais sua situação. 

A ausência de políticas públicas eficazes que atendam às necessidades  específicas das comunidades pesqueiras artesanais contribui significativamente para  a dificuldade de acesso ao seguro-defeso. Sem um suporte governamental adequado,  os pescadores artesanais se sentem desprotegidos e desamparados, mesmo tendo  seus direitos garantidos pela legislação. Para melhorar a situação dos pescadores  artesanais em Rondônia, é essencial que haja uma conscientização tanto por parte  dos trabalhadores quanto por parte do governo.  

Conforme destacado por Anjos e Santos (2023), a suspensão da pesca  artesanal durante o período de defeso implica em intervenção estatal que afeta uma  coletividade vulnerável, impactando o sustento de famílias e a garantia da dignidade. 

A educação e a informação são fundamentais e necessárias para que os  pescadores passem a compreender os seus direitos e os procedimentos que são necessários para a solicitação do seguro-defeso. 

Além disso, é necessário que o governo promova campanhas de orientação  e capacitação para os pescadores, facilitando o acesso à informação e oferecendo  suporte nas etapas de solicitação do benefício (FAO, 2021).  

Assim, a criação de núcleos de atendimento nas comunidades ribeirinhas  pode ser uma estratégia eficaz para garantir que os pescadores tenham acesso às  informações e serviços que lhes são de direito. 

Em conformidade com o tema Oliveira Filha et al., (2022) citam que as medidas  importantes seriam o fortalecimento das políticas públicas externas para a pesca e para o desenvolvimento sustentável das comunidades ribeirinhas. Investimentos em  infraestrutura, como a melhoria das estradas e o acesso à internet, podem facilitar a comunicação e o acesso à informação, ajudando os pescadores a se organizarem e  a reivindicarem seus direitos. 

O regime de segurança especial dos pescadores no estado de Rondônia é  uma importante ferramenta para garantir a proteção social dessa categoria, mas  enfrenta desafios importantes que dificultam o acesso aos benefícios. A burocracia, a  falta de informação e a vulnerabilidade das comunidades ribeirinhas são fatores que  apontam para essa realidade.  

É fundamental que haja um esforço conjunto entre o governo, as organizações  não governamentais e as próprias comunidades para superar essas barreiras e  garantir que os pescadores tenham acesso aos seus direitos. Só assim será possível  garantir a dignidade e a segurança social dos pescadores artesanais, que  desempenham um papel importante na economia e na cultura das regiões ribeirinhas  do Brasil. 

Os pescadores artesanais representam uma parte significativa da população  que vive nas margens dos rios e lagos, e sua subsistência está intimamente ligada ao  que esses corpos d’água oferecem. Em Rondônia, como em muitas regiões da  Amazônia, a pesca artesanal é mais do que uma atividade econômica; é uma forma  de vida e um aspecto cultural profundo.  

No entanto, uma pressão crescente sobre os recursos pesqueiros, combinada  com a falta de regulamentação e fiscalização adequada, tem contribuído para a  restrição das condições de vida desses trabalhadores. A gestão ambiental,  impulsionada pelo desmatamento, poluição e práticas de pesca predatória, não afeta  apenas a disponibilidade de peixes, mas também a saúde das comunidades que  dependem desse recurso. 

Além das questões ambientais, as comunidades ribeirinhas enfrentam  dificuldades de acesso à saúde e educação, que são serviços essenciais para o  desenvolvimento humano. Muitas vezes, essas comunidades estão localizadas em  áreas remotas, longe dos centros urbanos, o que limita sua capacidade de acesso a  serviços básicos. A falta de transporte adequado e de infraestrutura também é um  fator que agrava essa situação, tornando difícil para os pescadores e suas famílias  buscarem atendimento médico ou escolarização adequada.

Além disso, o contexto socioeconômico em que essas comunidades estão  inseridas exige a implementação de políticas públicas que considerem as  particularidades da pesca artesanal (FAO, 2021). 

Portanto, o fortalecimento da pesca sustentável, que respeite os ciclos  naturais e garanta a reprodução das espécies, é fundamental para garantir a  continuidade dessa atividade e a segurança alimentar das ribeirinhas. Iniciativas que  promovem a capacitação dos pescadores em técnicas de pesca sustentável e a  importância da conservação ambiental podem ser um caminho para garantir a  sobrevivência dessa prática tradicional. 

Em conformidade, Vieira (2023) afirma que no âmbito da proteção social, a  criação de redes de apoio e cooperação entre pescadores pode ser uma estratégia  eficaz para fortalecer a luta por direitos.  

Torna-se de bom alvitre elucidar que as organizações de pescadores e  associações comunitárias têm o potencial de operar como mediadoras entre os  trabalhadores e as autoridades, gerando a reclamação dos seus direitos e facilitando  o acesso aos benefícios disponíveis. O fortalecimento da voz da comunidade é basilar para que as demandas sejam ouvidas e atendidas pelas esferas governamentais. 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O presente estudo teve como objetivo geral investigar os desafios enfrentados  no âmbito da seguridade especial dos pescadores artesanais em Rondônia, propondo  soluções voltadas à melhoria do acesso e à efetividade desse regime, considerando  as barreiras legais e socioeconômicas vivenciadas por essa categoria. Com base nas  análises realizadas ao longo do trabalho, é possível afirmar que o objetivo proposto  foi plenamente alcançado. 

A pesquisa foi estruturada a partir de uma abordagem qualitativa e bibliográfica,  conforme descrito no tópico 2 Materiais e Métodos, permitindo a construção de uma  compreensão aprofundada sobre o tema. No tópico 3 Resultados, foram apresentados  dados que evidenciam as condições de vulnerabilidade dos pescadores artesanais,  bem como os entraves burocráticos e estruturais que dificultam o acesso ao seguro defeso. A seguir, no tópico 4 Discussão, a análise foi organizada em três subtemas  centrais.

Em 4.1, discutiu-se a importância da pesca artesanal para o desenvolvimento  socioeconômico de Rondônia, destacando o papel fundamental dessa atividade para  a subsistência de inúmeras famílias ribeirinhas e sua relevância cultural e econômica  para o estado. No subitem 4.2, abordou-se o regime de seguridade especial dos  pescadores artesanais, enfatizando os desafios legais e institucionais enfrentados  para a concessão do seguro-defeso, apesar da existência de marcos normativos como  a Lei nº 10.779/2003.  

Por fim, em 4.3, foram discutidos os desafios e perspectivas da proteção social  nas comunidades ribeirinhas, evidenciando as dificuldades de acesso à informação, à  documentação e aos serviços públicos básicos que comprometem a efetivação dos  direitos sociais dos pescadores. 

Dessa forma, o estudo apontou a necessidade de ações integradas entre o  poder público, as organizações da sociedade civil e as próprias comunidades de  pescadores, com foco na implementação de políticas públicas efetivas, em  campanhas de orientação e na criação de mecanismos acessíveis de solicitação do  seguro-defeso. Conclui-se que, para além da legislação existente, é fundamental  fortalecer as redes de apoio local, a educação e a capacitação dos pescadores,  promovendo justiça social e assegurando o desenvolvimento sustentável das  comunidades ribeirinhas de Rondônia. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

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1Acadêmica de Direito. Email. Artigo apresentado à UniSapiens, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Direito, Porto Velho/RO, 2024.
2Professora Orientadora. Professora Doutora do curso de Direito. E-mail: vera.aguiar@gruposapiens.com.br.