O PROFESSOR COMO MEDIADOR DE PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12658169


Renatha Malena Tavares Passos1; Inodi Dias dos Passos1; Juliana Severina Barbosa Rodrigues2; Deusilete Peres Santana2; Adarlene Ferreira da Rocha2; Iquelini Silva Moreira2; Renata Perez2; Suelaine Pires Ribeiro Moura2; Patrícia dos Santos Alves2; Irene da Costa Cavalcante2


RESUMO

O presente artigo busca de forma clara e objetiva simples mostrar a importância do papel do professor como mediador do conhecimento no processo de ensino-aprendizagem, em que a interação professor- aluno vem se tornando muito mais dinâmica nos últimos anos, o professor tem deixado de ser um mero transmissor de conhecimento para ser mais um orientador, um estimulador de todos os processos que levem os alunos a construírem seus conceitos, seus valores e atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas e como cidadãos. Neste contexto, o artigo mostra também que quando há um trabalho voltado para a interação entre professor e aluno no processo de ensino- aprendizagem, o educando se tornará um ser capaz de ser crítico, mas que também saiba ouvir as opiniões dos demais se tornando assim cidadãos críticos interagido com a opinião do senso geral.

Palavras chaves: Professor, mediador e aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Ao iniciar o artigo do professor mediador, faz -se necessário algumas definições no que tange a educação hoje. Educar é algo que exige muito envolvimento, responsabilidade e dedicação por parte daquele que se disponibiliza em exercer tal prática.

 O educador que possui essas características se destaca ao desenvolver sua prática docente pelo fato de todas as suas ações estarem em evidência e refletirem diretamente na vida escolar de seus alunos. Mas é notório que o sistema educacional passa por um período crítico de muitas dificuldades, sendo necessária a revisão desse quadro que aponta o fracasso escolar como o problema a ser combatido em primeira ordem. Freire (1996 p.39) diz que: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Dessa forma, pode-se analisar que o sistema educacional em nosso país tem enfrentado um momento delicado de total descrédito. 

Quando o assunto é educação, a cabeça de muitos educadores parece entrar em transe, pois este fator está cada vez pior, fazendo-se necessário uma discussão entre educadores e gestão educacional em busca de uma educação de qualidade. 

No que tange ao sistema educacional brasileiro em dias atuais sabe-se que pouco ou quase nada elevou-se diante de muitas tentativas de uma educação melhor e de qualidade e essa dura realidade depende muito mais das pequenas ações do que grandiosos feitos que não funcionam porque não priorizam entender a complexidade da questão. Sobre esse aspecto Freire (1996 p.109) destaca:

 “Quando falo em educação como intervenção me refere tanto à que aspira às mudanças radicais na sociedade, no campo da economia, relações humanas, da propriedade, do direito ao trabalho, à terra, à educação, à saúde, quanto ao que, pelo contrário reaccionariamente pretende imobilizar a História e manter a ordem injusta”. (Paulo Freire, 1996, p.109)

As pequenas ações implicam em potencializar em cada indivíduo a responsabilidade as quais lhe compete a conscientização para que as mudanças aconteçam. Tal consciência possibilita entender o verdadeiro papel cabível a cada um dentro do processo que objetiva melhorar e transformar o então referido sistema educacional. 

Esse fator é um trabalho que demanda parcerias entre todos que fazem parte dessa organização, devendo cada colaborador conhecer bem qual é a sua contribuição dentro das funções que lhes representam. A escola deve primar pela parceria de pais, alunos e educadores. Para que a transformação aconteça, faz-se necessário enfrentar e confrontar os inúmeros desafios que surgirão ao longo do caminho, sem esperar por ações externas.

 Se não há vontade política ou o outro não faz o que deveria, em nada isso irá influenciar no seu comportamento, tão pouco minar ou afetar o entusiasmo no querer fazer a diferença. Se cada um tiver noção da importância do seu trabalho jamais deixará de realizá-lo, mesmo que todos os envolvidos não ajam de forma adequada e negligenciem em sua atuação como participante do processo, já que, para ser um colaborador comprometido, é necessário apenas ter vontade e iniciativa.

 A educação precisa de investimentos, mas muito mais de colaboradores encorajados que acreditem no seu desempenho em lutar pelo sucesso e banir o fracasso, para que se construa a educação tão idealizada.

A mediação como prática pedagógica, executada com compromisso e responsabilidade, concebe ao aluno, uma educação transformadora. A outra face e característica do professor de igual importância é ser motivador, e para um conceito básico do que seria isso, é importante compreender que a motivação é responsabilidade de todos. Nesse sentido pode-se dizer que motivação é aquilo que move as pessoas ou que a põe em ação ou a faz mudar de curso.

MEDIAÇÃO DO PROFESSOR NO ÂMBITO EDUCACIONAL

Diante das inúmeras mudanças ocorridas na educação em nosso país e ao longo da história, muito se tem discutido a respeito do processo de ensino — aprendizagem nas escolas brasileiras. Tem-se aprimorado soluções para resolver esse impasse, mas a situação piora a cada ano, como exemplos têm o aumento da violência dentro das instituições escolares, bem como a falta de respeito por parte dos alunos no âmbito escolar e em especial nas salas de aula com os adolescentes.

Por mais que alguns professores busquem fazer as aulas de forma dinâmica e prazerosa para os alunos e que contemple os anseios dos mesmos com conteúdo bem elaborados e propostas inovadoras que provoque o seu senso crítico, nem todos conseguem ter interesse no conteúdo. Agora com o uso do celular e o excesso de tela este problema tornou-se bem pior. E isto deixa os professores cada vez mais desmotivados e o ensino precário, onde se observa que os alunos chegam ao fim do ensino médio sem saber ler e até mesmo escrever.

O que torna a situação ainda mais grave no que tange ao ensino, refere-se a disciplina dos alunos a qual está diretamente ligada à maneira que o professor se propõe administrar os conteúdos. Uma vez que este, muitas vezes ignora a história de vida dos seus educandos. Fator extremamente importante para a relação entre professor e aluno, para que possa haver uma transformação social a partir da escola em parceria com a família.

 Já que os alunos são reflexos de suas casas, da escola e da sociedade, ou seja, a escola precisa buscar universitário parceria com a família para juntas buscarem mudanças e assim, transformar mesmo que de forma lenta essa educação, para que aconteça uma transformação social de fato, pois se percebe que é só após a transformação das crianças, jovens e adolescentes é que podemos mudar a realidade da educação brasileira.

Hoje, para os educadores, o processo de ensino-aprendizagem não é uma tarefa fácil, pois o professor não trabalha apenas o conhecimento, mas também aconselha, orienta e estimula todos os processos que levam os alunos a construírem seus conceitos, valores atitudes e habilidades que lhes oportunizem cresceram como pessoas, cidadãos e futuros.

Trabalhadores, desenvolvendo um papel verdadeiramente construtivo, não só para a sua vida pessoal ou profissional, mas tornando-se um ser íntegro e responsável pelos seus atos. Cabe ao professor como agente transformador desse processo, agindo como mediador no processo de ensino-aprendizagem, levar o educando a insere-se nos modelos da sociedade moderna.

Para ser  um mediador do conhecimento,  torna-se  de fundamental importância que o professor conheça o aluno, sua realidade seus anseios, suas necessidades, o contexto social em que se encontra, e também são seus conhecimentos prévios, só assim terá sucesso em seu trabalho como mediador do processo de ensino-aprendizagem e formação humana de seus alunos, pois além de dominar o conteúdo o professor deve dominar também a comunicação com seus alunos para que se tome mais fácil o processo, até porque hoje com o desenvolvimento tecnológico muito rápido o aluno questiona muito o conteúdo do professor.

O educador deve tomar muito cuidado no processo de mediação de ensino- aprendizagem, este jamais deverá se envolver demasiadamente no emocional de seus alunos, pois se isso acontecer não realizará um bom trabalho. 

Ou seja, o professor precisa ser muito equilibrado e ter um emocional forte, quando for preciso os problemas educacionais dos problemas emocionais, mas, sem deixar de ser amigo, companheiro, conselheiro, procurando evitar envolvimentos pessoais com os alunos, uma vez que este envolvimento pode ser prejudicial para o educador enquanto profissional e ao aluno em seu aprendizado pois o mesmo pode confundir a situação.

Segundo Paulo Freire (1996)’ a pratica educativa em si deve ser um testemunho de decências e de pureza, já que nela existe uma característica fundamentalmente humana que é o caráter formador do indivíduo e para isso o professor deve propiciar aos alunos em suas relações com os colegas e com os professores, de treinar experiências de ser uma pessoa social, que pensa e se comunica, tem sonhos e tem raiva e que ama que fala e que sabe ouvir, que respeita e exige respeito, este é o verdadeiro comportamento crítico em sala de aula.

O professor mediador tem com intuito ser observador e cauteloso, no aprofundamento dos estudos nota que o professor tem o objetivo de ser claro e eficaz, trazendo assim amenização dos conflitos. Professor tem que compreender seu lugar a intermediação entre a sociedade os alunos e a família, não abstendo de suas responsabilidades e de sua função, aplicando no meio social a integridade e diferir a postura de transparência.

Segundo Mario Sergio Cortella “As famílias confundem escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família.” 

É fundamental a família entende sua função dentro das escolas, compreender a suma relevância do aluno, o saber é necessário, e para facilitar esse aprendizado é importante a intermediação entre a sociedade, o aluno e o professor, onde este será a figura primordial a mediar os conflitos e as dificuldades.

Diante do processo de mediação todas as partes integrativas, entender as práticas educativas fazendo o crescimento intelectual é perceptivo, no momento que a todas as funções sejam cumpridas com responsabilidades mediação e seu processo é fundida com integridade.

 No processo de formação existe uma divisão, duas partes necessárias a escola e a família, sendo a escola é intencional e deliberada, já a família é a integração de toda a sociedade, religião, amigos, vizinhos, parentes, fazendo assim com que cria a cognição pessoal de cada aluno.

O olhar pedagógico do mediador dentro do âmbito escolar é multifacetado e envolve uma abordagem centrada no aluno, que valoriza a individualidade, a diversidade e o desenvolvimento holístico dos estudantes. 

O mediador adota uma abordagem centrada no aluno, reconhecendo que cada aluno é único, com necessidades, interesses e estilos de aprendizagem diferentes. Ele adapta sua prática pedagógica para atender às necessidades individuais de cada aluno, garantindo que todos tenham a oportunidade de aprender e prosperar, é perceptivo vislumbrar a conduta direcionado ao aluno.

O mediador abraça uma perspectiva construtivista da aprendizagem, onde os alunos são vistos como construtores ativos do conhecimento. Ele cria oportunidades para os alunos explorarem, questionarem e construírem significados através de experiências autênticas e interações sociais, construindo assim uma visão genuína. 

 O mediador busca promover a aprendizagem significativa, ajudando os alunos a relacionar novos conceitos com seu conhecimento prévio e experiências, e aplicá-los em contextos do mundo real., promovendo e aderindo a aprendizagem significativa.

Ele promove o diálogo aberto e a reflexão crítica, criando um ambiente onde os alunos se sintam seguros para expressar suas ideias, fazer perguntas e desafiar suas próprias crenças e suposições, facilitando a reflexão 

O mediador adota uma abordagem inclusiva e equitativa, reconhecendo e valorizando a diversidade dos alunos em termos de origem étnica, cultural, linguística, socioeconômica e de habilidades. Ele se esforça para criar um ambiente onde todos os alunos se sintam respeitados, incluídos e capazes de alcançar seu pleno potencial.

O mediador promove a colaboração entre os alunos, incentivando o trabalho em equipe, a cooperação e a aprendizagem entre pares. Ele reconhece o valor do aprendizado social e da construção de conhecimento coletivo.

O olhar pedagógico do mediador dentro do âmbito escolar é orientado para o aluno, construtivista, promotor da aprendizagem significativa, inclusivo, equitativo, reflexivo e colaborativo. Ele busca criar um ambiente de aprendizagem que seja estimulante, envolvente e capacitador para todos os alunos.

A relação professor e aluno se faz numa correção fundamental para o processo ensino- aprendizagem onde destaca a importância do papel do professor enquanto agente mediador do conhecimento e de transformação de aprendizagem. Esse fator exige habilidade e competência do profissional. 

Muitas são as teorias e práticas, mas, é conjunto de ações que envolvem o aluno e o professor. Como base fonte de conhecimento o papel do professor é de mediador e facilitador do processo de ensino-aprendizagem.

“A escola é a reprodução dos comportamentos da sociedade, tendo o professor como mediador intelectual, uma espécie espiritual como ponte para o conhecimento. O professor é um instrumento evolutivo na construção crítica do evoluir e o compreender dos anseios sociais, e o acadêmico não deve permanecer na perspectiva apenas da repetição. Faz-se necessário a criticidade para o contínuo da aprendizagem.” Amauri Valim

Cabe ao professor a função de coordenar a interação entre pratica e teoria. Cada atividade que os alunos desenvolvem propicia uma aprendizagem significativa e diversificada. O educador não deve preocupar-se somente com o conhecimento através de informações, mas também pelo processo de construção de cidadania do aluno.

A construção de um saber junto aos alunos contribuindo para a sua transformação, depende da importância que o educador dá a parte social, a comunidade a qual ele trabalha para conseguir aproximar os contextos, como afirma Paulo Freire (1996) “Educar não é só transferir conhecimento, mas também criar possibilidades para a sua produção, onde quem ensina aprende do ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

Daí a importância do papel do educador em sua tarefa docente, à qual não é somente ensinar conteúdos, mas principalmente ensinar o educando a pensar e agir de maneira critica em sala de aula e na sociedade. Mas, a crítica não consiste apenas em colocar defeito em tudo o que vê e o que ouve, mas também saber refletir, dar a sua opinião, bem como respeitar a do outro.

“Aos velhos e jovens professores, aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz. Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes.” Gabriel Chalita

Muitas vezes a indisciplina dos alunos em sala de aula ocorre  em virtude da postura do professor, pôs estes muitas vezes acreditam que por ser um professor é o senhor absoluto dentro e fora de sala, não dando oportunidade aos alunos de ter as suas próprias opiniões sobre questionamento que surgem e isso não pode acontecer, pois é na interação entre professor e aluno que acontecerá o processo ensino-aprendizagem e o respeito mútuo, contribuindo para o interesse do aluno e consequentemente a melhoria do seu comportamento. 

Como afirma Paulo Freire (1996, p.42) “A solidariedade social e política de que precisamos para construir a sociedade menos feia e menos amistosa em que podemos ser mais nós mesmos, tem na formação democrática uma pratica de real importância “Idem, p.22.

Na pesquisa realizada com a entrevistadas: “Os alunos são o reflexo de suas casas e da sociedade, ou seja, se os pais são participativos os alunos serão participativos, mas se os pais não são como é que vou exigir que o meu aluno seja!” (Professora A) Idem, p.42 

“Está critico, muito crítico a cada dia nos surpreendemos mais com certas atitudes que dá margem à violência”. (Professora B)

Como reflexão aos professores tradicionais em sala de aula, não aceitando questionamentos Paulo Freire (1996) nos afirma ainda que:

“Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor. O que pode um gesto aparentemente insignificante valer como força formadora ou como contribuição à do educando por si mesmo. (FREIRE, 1996, p. 47).

Para esses professores é necessário que percebam que como mediador do conhecimento ele tanto ensina como aprende. Portanto, todos têm a sua importância dentro de sala de aula, e que só por meio das experiências informais que o aluno traz consigo para a escola é que acontecerá um aprendizado cheio de significações, deixando bem claro que a tarefa do educador não é só de ensinar e transferir conhecimento, mas também de possibilitar as indagações e curiosidades dos alunos. Só assim, este poderá melhorar o seu conhecimento e caráter.

“É comum no período que antecede o início das aulas tem as crianças uma certa expectativa, um certo desejo, antecipando o que será a escola. Têm, as crianças, a tendencia de gostar do professor. É o gosto das novidades, do que não conhecem – É a aventura do saber.” Gabriel Chalita 

Mas de nada adianta só a participação a mediação do professor para a melhoria do comportamento e aprendizagem de seus alunos se a família não trabalhar junto para a formação do educando, pois é na família que se forma as primeiras noções de caráter, e a Escola junto com os professores só conseguirá realizar um bom trabalho com os seus alunos se tiver a participação familiar. Mesmo porque, por mais capacitados que os professores se encontram jamais irá superar a carência causada pela família ausente, em virtude disso todos têm que trabalhar em conjunto para a formação do caráter e dos valores do educando.

O professor desempenha um papel ativo no processo de educação e está sempre pronto a refletir sobre sua metodologia, sua postura em sala de aula a fim de estimular a aprendizagem dos seus alunos de modo que cada um deles seja um ser ativo.

É necessário que o professor desperte a curiosidade dos alunos nas soluções das tarefas, no entanto o papel deve de ser um facilitador de aprendizagem que provoca no aluno o conhecimento ideal que transforma em cidadão. É na escola que a criança e o adolescente procuram o atendimento algumas necessidades afetivas. Por isso é importante que na relação entre professor-aluno sejam levados em consideração tanto aspectos cognitivos quanto aspectos afetivos desta relação.

“É mais fácil governar uma cidade ou um país o do que educar uma criança. É mais fácil dirigir uma empresa com mulheres de funcionários do que formar um pensador. É mais fácil consertar milhares de máquinas supercomplexas do que transformar um ser humano impulsivo e impaciente em alguém tolerante e calmo.” Augusto Cury

Os laços afetivos que constituem a interação professor-aluno são necessário á aprendizagem, pois são fatores como estes que garantem uma boa relação, fundamentando uma melhoria no processo de ensino-aprendizagem.

“E quando voltarmos ao prédio da escola não será preciso estar todos os dias no prédio da escola, porque nós aprendemos em qualquer lugar, desde que haja: um projeto de vida, um professor/mediador, um roteiro de estudo para pesquisa, desde que haja avaliação, porque uma prova não é avaliação e não prova nada.” José Pacheco

A escola é parte integrante da formação social do educando para a participação ativa na sociedade. O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontando com o saber sistematizado, o professor é uma autoridade competente que direciona o processo ensinoaprendizagem, é o mediador entre conteúdos e alunos. Os conhecimentos são construídos pela experiência pessoal.

De acordo com Chalita (2001, p.12) “Falar sobre educação é expressar sobre a única alternativa política e social para que este país encontre a dimensão de sua grandeza e para que o povo que aqui vive encontre a dignidade”, ou seja é só através da educação que o nosso país terá uma mudança de fato e o professor é o grande responsável por essa mudança.

“A educação em todas as dimensões é um grande desafio para o professor, e a família seja ela tradicional ou contemporânea é a grande aliada do professor e da escola nesse processo, onde crianças jovens e adolescentes formarão seus valore éticos e morais para viverem em sociedade.” Como afirma Chalita (2001, p.1)

Não se experimentou para a educação informal   nenhuma célula social melhor do que a família. É nela que se forma o caráter. Qualquer projeto educacional sério depende da participação familiar, em alguns momentos apenas incentivos, outros de uma participação afetiva no aprendizado, ao pesquisar, ao discutir, ao valorizar a preocupação que o filho traz da escola.

Por mais que uma escola seja eficiente no ensino e os professores qualificados se a família não for presente na vida do aluno, jamais realizará um trabalho completo, daí a importância da parceria entre escola e a família para a formação social e integral do aluno. Mesmo porque as crianças são o reflexo da família e consequentemente de seus professores ao ingressarem na escola e por isso a capacidade que o aluno tem de aprender vai depender basicamente da família e do professor. Para Chalita (2001, p.58)

“Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes, mesmo que não germinem no tempo certo… Mesmo que pareçam frágeis frente às intempéries… Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas. O espírito de um mestre nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis como desafios a serem vencidos.” Gabriel Chalita

A educação não pode ser mero instrumento para fins de competitividade. A educação não pode ser reducionista em nenhum aspecto, deve ser ampla na detecção da formação de seres humanos completos, críticos e participativos, na direção da construção cidadania.

“Precisamos de representantes discentes que não tenham medo de professores arrogantes e autoritários. Que enfrentem com conhecimento de causa e por princípios. Precisamos de Coordenadores de curso, chefes de Departamento que tenham convicção, tenham fundamento filosófico para o que compreendem ser a educação superior, a administração, o ensino e o serviço público. Que marquem posição em toda a reunião em que estiverem. Não se amedrontem ao menor peido de burocratas, pretensiosamente superiores. Isso é liderança. Personalidade com conhecimento. Anda em falta, embora justificado pelo medo que impera em regimes onde a liberdade, acostumou-se a andar sem ela. Que surjam mais líderes, menos chefes, menos coordenadores, menos diretores…” Acir da Cruz Camargo

O papel do professor mediador é fundamental na sala de aula contemporânea. Ele atua como um facilitador do processo de aprendizagem, criando um ambiente onde os alunos são incentivados a explorar, questionar e construir conhecimento de forma ativa.

“Enquanto ensino continuo buscando, procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, contatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.” Paulo Freire 

O professor mediador não apenas transmite informações, mas também facilita a compreensão dos alunos, ajudando-os a conectar novos conceitos com seu conhecimento prévio e experiências, com intuito de facilitar todo o enredo. Ele estimula a autonomia dos alunos, encorajando-os a assumir responsabilidade por seu próprio aprendizado, definindo metas, fazendo escolhas e avaliando seu progresso, sendo assim promovendo a autonomia.  

“A educação do mundo todo está em crise. Estamos formando repetidores de informações e não pensadores. Até entre mestres e doutores raramente encontramos pensadores brilhantes, criadores de ideias originais. A falência da educação exaltou a psiquiatria. Sempre houve transtornos emocionais na história, mas nunca nos níveis e na intensidade a que estamos assistindo.” Augusto Cury

Criando um ambiente de aprendizagem inclusivo o professor mediador promove um ambiente de aprendizado inclusivo, onde todos os alunos se sintam valorizados e capazes de contribuir, independentemente de suas habilidades, origens ou estilos de aprendizado. Estimular o pensamento crítico o professorincentiva os alunos a pensar criticamente, questionar preconceitos e examinar diferentes perspectivas, desenvolvendo assim habilidades de pensamento crítico essenciais para a vida.

“Educar é ensinar os outros a viver; é iluminar caminhos alheios; é amparar debilitados, transformando-os em fortes; é mostrar as veredas, apontar as escaladas, possibilitando avançar, sem muletas e sem tropeços; é transportar, às almas que o Senhor nos confiar, a força insuperável da fé.” Antonieta Barros

Facilitando a Colaboração do professor mediador promove a colaboração entre os alunos, criando oportunidades para o trabalho em equipe, discussões em grupo e projetos colaborativos que ajudam a desenvolver habilidades sociais e emocionais. Avaliando o formativo em vez de focar apenas em avaliações somativas, o professor mediador usa a avaliação formativa para monitorar o progresso dos alunos ao longo do tempo, identificar áreas de melhoria e fornecer feedback construtivo que os ajude a aprender e crescer.

“Sem educação não se encontra libertação. Sem escola não se abre horizontes
Professor com formação retrata sim, busca a antemão novos saberes. Sem escola sem sonhos o Brasil tão varonil, não retrata aos brasileiros. Com sonhos inovadores e ideais sem devaneios.” Elenice Manfroi

O papel do professor mediador é criar um ambiente de aprendizagem dinâmico e estimulante, onde os alunos possam se envolver ativamente na construção do conhecimento e desenvolver habilidades que os preparem para o sucesso acadêmico e pessoal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como já foi mencionado desde o seu título, o presente artigo procurou elencar as principais ideias baseadas em estudos em sala de aula e pesquisas teóricas sobre a importância do papel do professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem de seus alunos, bem como a necessidade da participação da família para que este processo tenha um resultado satisfatório nas aprendizagens do aluno. 

É nesse cenário que o professor terá o importante papel de transformador, pensando sempre em buscar alternativas que façam a diferença, acreditando sempre que cada indivíduo é capaz de manifestar suas habilidades, competências e inteligência, e, acima de tudo considerá-las.

O professor precisa ter perante a sua didática, uma atitude crítica e sempre propor, analisar, discutir, promover, planejar, favorecer e principalmente intervir elaborando tarefas que mobilize e dinamizem as operações cognitivas.

 O educador deve ser um estrategista da educação que irá utilizar o seu tempo criando condições favoráveis para a prática do ensinar, estimulando a curiosidade inerente de todo ser humano, promovendo por meio da mediação e motivação, uma docência dinâmica e ativa que viabilizem a comunicação entre o desejo e emoções capazes de transformar seus alunos em indivíduos cheios de capacidades, contradizendo em todos os aspectos essa imagem construída ao longo da história, de que a escola é uma instituição fracassada, por meio da realização dele e de seus educandos.

Entender que todo o processo de mediação de ensino-aprendizagem é um meio e não um fim em si mesmo, defendemos a necessidade que o aluno tem na construção onde este deve se tornar um sujeito de sua própria aprendizagem, se apropriando de conhecimentos significativos, criativos e duradouros, tornando-se assim cidadãos capazes de exercer a cidadania em todos os aspectos de maneira pro positiva e democrática, ante os desafios da atualidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

‘ FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saber das necessidades á prática educativa. 37.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

‘ Acadêmicas do curso de Pedagogia do UNIVAG — Centro Universitário.

‘ Professora Orientadora Mestre em Filosofia na Educação do curso de Pedagogia do UNIVAG

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saber’ das necessidades a prática educacionais a. 37.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

‘ CHALITA, G. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001.


¹Graduada em Recursos Humanos – Faculdade Sensu. Especializada em Gestão em Segurança Pública e Privada – Faculdade Sensu. Acadêmica em Pedagogia – Faculdade Sensu. Acadêmica em Direito– UNIVAR. Email-renathamalena16@gmail.conm.

¹Licenciada em Pedagogia – UNEMAT – Especializada em Educação Básica – UNIVAR. Email inodipassinhos@hotmail.com.

²Licenciada em Pedagogia – UNIVAR. Especializada em Educação Infantil, Letramento e Alfabetização – AJES. Email – julianaisabg@gmail.com.

²Licenciada em Pedagogia – UNIVAR. Especializada em Psicopedagogia Clínica Institucional – UNIVAR. Email – deusilete.ps.bg@gmail.com.

²Licenciada em Pedagogia – UNIVAR. Especializada em Educação infantil com Ênfase em Educação Especial – UNOPAR. Email – adarlene_ferreira2017@outlook.com.

²Licenciada em Pedagogia – Faculdade UNOPAR. Especializada em Educação Infantil e Especial -FACIPAN. Email – iquelinimoreira@gmail.com.

²Licenciada em Pedagogia – Faculdade UNIVAR. Especializada em Psicopedagogia – FACIPAN. Email – renata.jrp83@gmail.com.

²Licenciada em Pedagogia – Faculdade Anhanguera. Especializada em Educação Infantil e Letramento – Faculdade Afirmativo – Email – suelainemoura60@gmail.com.

²Licenciada em Pedagogia – Faculdade Univar. Especializada em Interdisciplinaridade na Educação – FIAVEC. Email – patriciasa636@gmail.com.

²Licenciada em Pedagogia – UNOPAR. Especializada em Psicopedagogia Institucional, Clinica e TEA – Faculdade Dom Alberto. Email – irenecavalcante-18@hotmail.com.