O PROCESSO DE INCLUSÃO NAS ESCOLAS REGULARES

THE INCLUSION PROCESS IN REGULAR SCHOOLS

EL PROCESO DE INCLUSIÓN EN LAS ESCUELAS REGULARES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12737832


Marielle Cristina Pereira1,
Triscia Francisca Silva Araújo2
Orientadora: Sandra Almada


RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de descrever perante a literatura integrativa sobre a inclusão em escolas regulares, suas barreiras e desafios. O estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com base na análise de artigos publicados em revistas científicas. Foram recuperados 21 artigos e, selecionados, após leitura criteriosa, 06 deles, os quais foram obtidos e analisados na íntegra. Após a análise dos 10 artigos que compõem este trabalho, foram encontrados os seguintes temas para discussão: o que ainda pode ser mudado nas escolas, e na formação dos profissionais para uma inclusão com equidade, discutindo a educação inclusiva enquanto demanda para promover a igualdade. As discussões levaram à conclusão de que, integração de alunos especiais em escolas regulares, onde os profissionais e a equipe a cada dia estão em busca de mais recursos e para que haja respeito de educação de indivíduos com alguma deficiência e de um maior engajamento da sociedade, para que sejam respeitados os direitos dessas pessoas.

PALAVRAS-CHAVE: Processo. Escolas. Inclusão. Desafios

ABSTRACT

This work aims to describe the integrative literature on inclusion in regular schools, its barriers and challenges. The study is an integrative literature review, based on the analysis of articles published in scientific journals. 21 articles were retrieved and, after careful reading, 06 of them were selected, which were obtained and analyzed in full. After analyzing the 10 articles that make up this work, the following topics were found for discussion, which can still be changed in schools, and in the training of professionals for inclusion with equity, discussing inclusive education as a demand to promote equality. The discussions led to the conclusion that, integration of special students in regular schools, where professionals and staff are looking for more resources every day and for there to be respect for the education of individuals with some disability and greater engagement of society , so that the rights of these people are respected.

KEYWORDS: Process. Schools. Inclusion. Challenges

RESUMEN

Este trabajo tiene como objetivo describir la literatura integradora sobre la inclusión en las escuelas regulares, sus barreras y desafíos. El estudio es una revisión integradora de la literatura, basada en el análisis de artículos publicados en revistas científicas. Se recuperaron 21 artículos y, luego de una lectura atenta, se seleccionaron 06 de ellos, los cuales fueron obtenidos y analizados en su totalidad. Luego de analizar los 10 artículos que componen este trabajo, se encontraron los siguientes temas de discusión, que aún pueden ser cambiados en las escuelas, y en la formación de profesionales para la inclusión con equidad, discutiendo la educación inclusiva como una demanda para promover la igualdad. Las discusiones llevaron a la conclusión de que, la integración de los estudiantes especiales en las escuelas regulares, donde los profesionales y el personal buscan cada día más recursos y que haya respeto por la educación de las personas con alguna discapacidad y un mayor compromiso de la sociedad, para que el Se respetan los derechos de estas personas.

PALABRAS CLAVE: Proceso. Escuelas. Inclusión. Desafíos

1 INTRODUÇÃO

A educação inclusiva ainda enfrenta uma série de desafios. Entre eles, podemos citar desde questões relacionadas a preconceitos, falta de capacitação de professores, falta de estruturas. A inclusão escolar promove a diversidade no ambiente educacional, permitindo que estudantes de diferentes origens, habilidades e características compartilhem experiências. Isso ajuda a construir uma cultura de tolerância e respeito às diferenças desde cedo, preparando os alunos para viver em uma sociedade plural. Inclusão é incluir, integrar, abranger a todos, sem exceção, uma educação inclusiva integra os alunos com necessidades especiais, em escolas regulares, por meio de uma abordagem humanística, onde centra o seu estudo na particularidade de cada ser humano, na complexidade e singularidade de cada pessoa, nos seus motivos e interesses, essa visão entende que cada aluno tem suas particularidades e que elas devem ser consideradas como diversidade e não como problema.

Portanto, essa educação precisa ser compreendida como uma concepção de ensino atual, cuja finalidade é garantir o direito a todos, de forma igualitária.

É Importante destacar que a educação inclusiva “está fundamentada no direito de todos os alunos receberem uma educação de qualidade que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem e enriqueça suas vidas”. (FÁVERO et al., 2009).

A educação inclusiva demanda promover a igualdade de oportunidades, valorizando as diferenças humanas, sejam elas quais forem: raciais, culturais, intelectuais, sociais, físicas, sensoriais, de gênero, etc. Para isso, é preciso que haja uma completa transformação no ensino, das práticas e de suas políticas adotadas, para que se possa assegurar um ensino inclusivo e democrática todos.

Somente desse modo, a educação poderá ser considerada abrangente, livre de interferências preconceituosas, uma educação isonômica para todos, justa, e verdadeiramente inclusiva. A educação deve ser envolvida por fundamentos éticos, de justiça e de interesse em proporcionar educação por excelência.

O presente artigo dispõe como objetivo geral aportar o tema educação inclusiva, tendo a base na literatura pertinente, e como objetivos específicos, analisar a sua importância para a metodologia de ensino/aprendizagem, buscar justificativa precisa para implementação do tema em questão, como proposta irrecusável de um ensino inspirado nos princípios de igualdade o qual está inserida na Constituição Federal de 1988, e Declaração Universal dos Direitos Humanos, e previsto no recente Plano Nacional de Educação, acerca de resultado de reivindicações da sociedade, bem como identificar os principais entraves ainda existentes, ainda, para a plena implementação do ensino inclusivo nas escolas, no níveis educacionais.

A concepção de escola inclusiva se fundamenta no reconhecimento das diferenças humanas e na aprendizagem centrada nas potencialidades dos alunos, ao invés da imposição de rituais pedagógicos pré-estabelecidos que acabam por legitimar as desigualdades sociais e negar a diversidade. Nesta perspectiva, as escolas devem responder às necessidades educacionais especiais de seus alunos, considerando a complexidade e heterogeneidade de estilos e ritmos de aprendizagem. Para tanto é necessária uma nova estrutura organizacional, com currículos flexíveis, estratégias teóricas metodológicas eficientes, recursos e parcerias com a comunidade. Por se tratar de um assunto de extrema relevância para o ensinamento, relacionado a abrangência da educação na sua totalidade. A escolha do presente tema justifica-se. Quanto à metodologia, sustenta-se em pesquisa bibliográfica, realizada em livros e artigos eletrônicos de reconhecida cientificidade.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Metodologia

Este estudo é uma revisão de literatura, com base na análise de artigos publicados em revistas científicas. Inicialmente, escolheu-se o tema a ser abordado, depois decidiu-se o tipo de pesquisa. Na sequência, realizou-se o levantamento bibliográfico, análise e leitura dos artigos, e finalmente a produção escrita.

As buscas por artigos foram realizadas nos idiomas português e inglês, ano de publicação entre 2019-2023, nas bases de dados coletados em artigos disponíveis na íntegra e com temática relacionada a barreiras da inclusão na rede de ensino regular.

As referências duplicadas foram excluídas, em cada base de dados, ao final das pesquisas.

As estratégias de busca realizadas entre os meses de fevereiro  e março de 2024 foram definidas, previamente, determinado como critério de inclusão todos os estudos de revisão integrativa sobre a educação inclusiva pode ser vista como uma verdadeira revolução no processo de ensino, onde todos têm o dever de participar, reunindo esforços para que ela se firme gradualmente nos seus propósitos de oferecer um ensino de qualidade, permeado de princípios de igualdade, solidariedade, democracia, aniquilando as barreiras e os preconceitos na rede de ensino, publicados como artigos em revistas e periódicos científicos, entre os anos de 2019 a 2023, em língua portuguesa, e como filtros de busca foram usados “texto completo” últimos “5 anos” e em “português”.

Utilizou-se como critério de exclusão, artigos em outros idiomas, anteriores a 2019 e que não estavam relacionados ao tema. Foi realizada a leitura dos títulos e resumos dos estudos escolhidos pelas pesquisadoras que, ao observar os objetivos propostos para esta revisão, aplicaram os critérios de inclusão e exclusão.

Os artigos selecionados foram revisados e analisados de acordo com o objetivo do estudo, a amostra, as variáveis observadas, os principais resultados do estudo. Os artigos foram lidos na íntegra e fixados conforme os referidos itens e, em seguida, revisados para que a precisão da análise fosse assegurada.

2.2 Resultados

Foram recuperados 21 artigos e, selecionados 06 deles, relacionados à A evolução e a concentração das publicações sobre o tema com artigos organizados por autor, ano, objetivos, resultados e categorias estão representadas no Quadro 1.

Quadro 1 – Concentração das publicações por autor, ano, objetivos, resultados e tipos de pesquisa

Autor e AnoObjetivosResultadosTipo de estudoNúmero de amostra
2023
Suzana Trevisan   Denise Macedo Ziliotto  

https://www.scielo.br/j/ep/a/Q5QKzNfKVFPb6JnPqgWXrnd/?format=pdf&lang=pt
Analisar as políticas norteadoras para a EPT de alunos com deficiência em três institutos federais (IFs) do estado do Rio Grande do Sul em diálogo com as diretrizes nacionais vigentes relativas à Educação Especial.   Os resultados indicam que há interlocução das políticas das três instituições com a legislação nacional vigente, mas há necessidade da criação de programas para engendrar ações efetivas direcionadas aos alunos com deficiência.Pesquisa qualitativaAnálise hermenêutica, desenvolvida em três vertentes:1) ingresso; 2) aprendizagem e permanência; e 3) participação e protagonismo
2022
SILVA, E. F. E., & ELIAS, L. C. D. S.. (2022)    

https://www.scielo.br/j/edur/a/WYpDcmkRfD86Ftvwj9mgTFd/#
Verificar como está ocorrendo o processo de inclusão de alunos com deficiência intelectual, identificando recursos e dificuldades, de acordo com responsáveis e professores. Trata-se de um estudo qualitativo, de corte transversal. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 42 responsáveis e 34 professoras de 44 alunos com diagnóstico de deficiência intelectual matriculados em escolas regulares da rede pública de uma cidade do interior de Minas Gerais  As professoras apontaram dificuldades cotidianas no processo de inclusão e problemáticas na parceria família-escola. Através das entrevistas, foi possível prover indicadores de aspectos do processo de inclusão de forma a subsidiar intervenções nesse contexto.       Os resultados serão apresentados em duas partes: a primeira refere-se às análises das entrevistas com os responsáveis, e a segunda, às análises das entrevistas com professoras.InvestigativoOs dados foram analisados com auxílio do software Iramuteq e a técnica de análise de conteúdo temática. Obtiveram-se cinco classes na análise das entrevistas dos responsáveis: Contexto familiar, recursos e dificuldades dos pais; Relações com a escola, Participação na escola
2021
Rosana GLAT2 Suzanli ESTEF3
    https://www.scielo.br/j/rbee/a/C96ZQ9VXVPKRdmHjf4LSCht/?format=pdf&lang=pt
Questionar a coerência entre as políticas e as propostas educacionais e a sua materialização no espaço e no cotidiano escolar. A concepção do processo de ensino e aprendizado, a composição curricular e as práticas pedagógicas predominantes, assim como as representações sociais docentes sobre esse público, ainda são impregnadas pela cultura meritocrática e classificatória, incompatível com uma educação para diversidadeFoi constatado que alunos com deficiência intelectual, quando inseridos em espaços de escolarização ditos inclusivos, de modo geral, sofrem estigmas, discriminação e descrédito sobre suas condições de interação educacional e social. Em que pesem os dispositivos legais e as evidências científicas, não têm havido impactos significativos em uma transformação das relações sociais e das práticas pedagógicas dirigidas para esse alunado.  pesquisaUma pesquisa que analisou o cotidiano de 30 jovens e adultos com deficiência intelectual, tendo como foco suas vivências escolares. Os dados foram produzidos, em entrevistas abertas, sem roteiro pré-determinado, com base na metodologia de História de Vida. Em consonância com estudos de campo anteriores, os relatos mostraram que alunos com deficiência intelectual, de modo geral, não estão tendo experiências escolares adequadas que, de fato, garantam seu desenvolvimento, participação, aprendizagem e inclusão social
2020
    CAMARGO SPH, SILVA GLD, CRESPO RO, OLIVEIRA CRD, MAGALHÃES SL
    https://www.scielo.br/j/edur/a/6vvZKMSMczy9w5fDqfN65hd#
Investigar, em caráter exploratório, as principais dificuldades, os desafios e as barreiras enfrentadas por professores de alunos com diagnóstico médico prévio de TEA em situação de inclusão na escola comum. Especificamente, buscou-se identificar os principais desafios encontrados pelos professores no processo educativo de estudantes com autismo em situação de inclusão, no que diz respeito ao atendimento das necessidades educacionais especiais desses alunos, e a promoção de habilidades acadêmicas, sociais, comportamentais e de comunicaçãoOs dados obtidos foram organizados em três grandes categorias e suas respectivas subcategorias para auxiliar na compreensão e análise. Essas categorias, apresentadas na sequência, foram definidas e organizadas a partir das falas das professoras de acordo com as dificuldades encontradas, as estratégias adotadas para lidar com estas dificuldades e outros aspectos relevantes, tais como a formação e o preparo para ensinar crianças com TEA e os subsídios que julgam necessários para essa tarefa.InvestigativoParticiparam do estudo 19 professores da rede pública municipal de ensino do Município de Pelotas/RS. Para participação no estudo, deveria cumprir o critério de ser professor de pelo menos um aluno com diagnóstico médico prévio de Transtornos do Espectro Autista (TEA) na sala de aula do ensino comum. Os participantes tinham entre 30 e 60 anos e eram todos do sexo feminino. Das 19 professoras participantes, 14 eram graduadas em Pedagogia e cinco eram formadas somente no magistério. Oito professoras tinham especialização, sendo Psicopedagogia e Educação Especial as mais recorrentes. Três participantes eram professoras da educação infantil e 16 professoras do ensino fundamental, todas dos anos iniciais. Somente cinco professoras terminaram a graduação depois de 2008, ou seja, após a elaboração e publicação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.  
BEZERRA, Giovani Ferreira    

https://www.scielo.br/j/rbee/a/B8T8rMXW8BzMJnNq5JBsXqK/?format=pdf&lang=pt
Retomar e analisar a caracterização desse profissional com base nas orientações governamentais e nos documentos legais emanados logo após a publicação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a fim de compreender o que se espera desse agente e de sua formação no contexto da Educação Especial inclusiva delineado pela citada políticaPôde-se constatar que o profissional de apoio à inclusão escolar, cuja designação não é unívoca, tem funções específicas de cuidado e de monitoria dos alunos público-alvo da Educação Especial, considerada a legislação e diretrizes oficiais, não sendo de sua competência questões curriculares e didático-pedagógicas.Pesquisa bibliográfica e documental.Por meio dos mecanismos de pesquisa possibilitados pelo site Google, de forma que tiveram um caráter preliminar e não se deram por via parametrizada ou bibliométrica. Nesses termos, o foco não era estabelecer uma revisão de literatura, não tendo a pretensão de esgotar o assunto, mas, sim, de encontrar indícios suficientes para abordar a questão pesquisada com base nas ocorrências principais fornecidas pelo conhecido buscador online  
2019
Andiara Cristina de Souza   Guilherme Henrique Gomes da Silva  
    https://www.scielo.br/j/bolema/a/WXbRNkkncggMBx8F5xLzSKv/?format=pdf&lang=pt  
Buscando combater essa visão e apresentar alternativas que possam contribuir para que o estudante com TEA tenha acesso pleno ao currículo escolar, o presente artigo discute resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi compreender as contribuições das Tecnologias Digitais Educacionais para a aprendizagem matemática de estudantes com TEA.  Indícios de contribuições para o desenvolvimento dos estudantes em relação à atenção compartilhada e no que tange à construção do conceito de adição. Além disso, os resultados indicam que o uso de recursos tecnológicos pode representar uma alternativa pedagógica no trabalho com esses estudantes, pois o envolvimento deles com atividades informatizadas possibilitou a construção de conceitos matemáticos que anteriormente não conseguiam em um ambiente não digital.Abordagem qualitativaDesenvolvida a partir da metodologia do estudo de caso, em consonância com as ideias de Creswell (2013), que a entende como uma estratégia de pesquisa. Em particular, neste estudo, esse processo gira em torno do trabalho com dois estudantes com TEA, por meio de ambientes de aprendizagem baseados nas TDE, visando à construção de seus conhecimentos matemáticos e também no que tange ao enfrentamento das micro exclusões  

As publicações foram selecionadas a partir de 2019 e tiveram maior concentração no ano de 2023. Percebe-se um aumento exponencial, por ano, de resultados de pesquisas realizadas na temática. Quantitativamente, observou-se o mesmo número de estudos em função das categorias definidas.

Diante os dados, nota se que a inclusão é um desafio, que ao ser devidamente enfrentado pela escola comum, provoca a melhoria da qualidade da Educação, pois para que os alunos com e sem deficiência possam exercer o direito à educação em sua plenitude, é indispensável que essa escola aprimore suas práticas, a fim de atender às diferenças. 

A transformação da escola não é, portanto, uma mera exigência da inclusão escolar de pessoas com deficiência e/ou dificuldades de aprendizado. Assim sendo, ela deve ser encarada como um compromisso inadiável das escolas, que terá a inclusão como consequência. Mudar essa concepção é enfrentar uma tarefa que exige trabalho em muitas frentes.

2.3 Discussão

Os estudos analisados abordaram diversos temas ligados as barreiras da inclusão na rede de ensino regular, a inclusão não implica no desenvolvimento de um ensino individualizado para os alunos que apresentam déficits intelectuais, problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar.

Na visão inclusiva, não se segregam os atendimentos escolares, seja dentro ou fora das salas de aula e, portanto, nenhum aluno é encaminhado a salas de reforço ou aprende a partir de currículos adaptados. Na verdade, é o aluno que se adapta ao novo conhecimento e só ele é capaz de regular o seu processo de construção intelectual.

A inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência, mas sim recursos, ferramentas que podem auxiliar os processos de ensino e de aprendizagem. Os alunos aprendem até o limite em que conseguem chegar, se o ensino for de qualidade, isto é, se o professor considerar possibilidades de desenvolvimento de cada aluno e explorar sua capacidade de aprender. 

Esse é um grande desafio a ser enfrentado pelas escolas regulares tradicionais, cujo modelo é baseado na transmissão dos conhecimentos.

Os modos de avaliar a aprendizagem são outro entrave à implementação da inclusão. Por isso, é urgente substituir o caráter classificatório da avaliação escolar, através de notas e provas, por um processo que deverá ser contínuo e qualitativo, visando depurar o ensino e torná-lo cada vez mais adequado e eficiente à aprendizagem de todos os alunos. Essa medida já diminuiria substancialmente o número de crianças que são indevidamente avaliadas, encaminhadas e categorizadas como deficientes nas escolas regulares.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão é a equiparação das oportunidades de desenvolvimento de todos os indivíduos da sociedade, garantindo acesso igualitário em todos os campos da vida, proporcionando relações de acolhimento e aceitação das diferenças. A inclusão escolar é parte integrante desse processo e deve oferecer educação de qualidade para todos, desconsiderando qualquer tipo de discriminação, se fazendo necessária a cada dia, com ela o desafio de garantir uma educação de qualidade para todos. É de suma importância, refletir sobre o desafio da educação inclusiva em sala de aula com alunos inclusos e comuns, bem como as dificuldades encontradas pelos professores frente essa problemática, ministrar aulas na perspectiva da educação inclusiva, sem a capacitação em serviço.

Observa-se a necessidade de que a educação inclusiva ainda seja um desafio, diante a implantação de medidas e práticas inclusivas, é normal que problemas apareçam, afinal, essa é uma prática nova dentro da educação. Aproximar alunos que possuem deficiência de alunos de turmas regulares, possibilita que haja uma inclusão com mais objetividade e bem sucedida. No entanto, além das limitações já existentes para esses alunos, existe a limitação da instituição de ensino, por não possuir em seu quadro de professores, profissionais que sejam especializados na área educacional inclusiva. E por este motivo os mesmos não são capazes de oferecer o suporte necessário. Em outras situações o que dificulta a educação inclusiva é a falta de recursos para possibilitar o crescimento e desenvolvimento educacional.

A inclusão do aluno com deficiência é um processo que possui garantia legal. Tal inclusão exige investimento financeiro e atuação dos gestores educacionais na implementação das ações necessárias para que a mesma de fato aconteça.

A inclusão em sua totalidade deve abranger a adaptação de espaços físicos de acordo com os perfis de alunos que a instituição de ensino possui, preparação constante de professores e profissionais de educação através de formação permanente de capacitação continuada.  Promover a inclusão envolve a participação de todos os atores da comunidade escolar, de forma que exclusão não ocorra em nenhuma de suas formas seja educacional, social e financeira

4 REFERÊNCIAS

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FERREIRA, F. Educação Inclusiva: quais os pilares e o que a escola precisa fazer. PROESC. 2018 Disponível em: https://www.proesc.com/blog/educacao-inclusiva-o-que-aescola-precisa-fazer. acesso em 06 de  abril de 2024

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MACIEL. Maria REGINA CAZZANIGA. Portadores de Deficiência a questão da inclusão social. São Paulo Perspec. vol.14 no.2 São Paulo Apr./June 2019.

NEVES, Renan Bezerra. A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO REGULAR. São Paulo. 2020.

OLIVEIRA, Rosane de Machado. A Importância da Formação Continuada dos Educadores no Contexto Educacional Inclusivo e a Influência da Mediação no Ensino-Aprendizagem na Educação Especial. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 02, Ed. 01, Vol. 16. pp. 522-545, março de 2017. ISSN:2448-0959.

RENATA, Patrícia Edí. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS)NO CONTEXTO ESCOLAR. São Paulo 2014.

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SARTORETTO, Mara Lúcia. BERSCH, Rita. Assistiva Tecnologia e Educação. Porto Alegre 2021


1Graduada em Pedagogia pela Unopar-Pós pela IFMG -Educação Básica: teoria e prática marielcris93@gmail.com

2Graduada em Pedagogia pela Unopar-Pós pela IFMG-Educação Básica: teoria e prática trisciasilva@gmail.com