O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PROMOÇÃO DO CUIDADO ÀS CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

THE ROLE OF THE NURSE IN PROMOTING CARE TO CHILDREN DIAGNOSED WITH AUTISM SPECTRUM DISORDER

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11395568


Adrielly Ribeiro de Sousa1, Maria Liz do Socorro do Nascimento Silva2, Suzicleia Nascimento da Silva3, Tamylys de Cassia Amorim de Sousa4, Tânia Maria Gatinho Lima5, Jamilly Karolliny da Silva Miranda6


RESUMO

Introdução: O transtorno do espectro autista (TEA) é um grupo de distúrbios do desenvolvimento neurológico de início precoce, caracterizado por comprometimento das habilidades sociais e de comunicação, além de comportamentos estereotipados.  Abordar a criança autista exige do profissional de saúde o desenvolvimento de habilidades, conhecimento e estratégias de cuidado individualizado. A atuação do enfermeiro à criança autista é apontada como fundamental no desempenho do processo de trabalho na saúde. Objetivo: Demonstrar a atuação do enfermeiro na promoção dos cuidados dentro da área da saúde à criança com TEA. Metodologia: Revisão bibliográfica com abordagem qualitativa. A busca científica ocorrerá a partir dos dados dentro das normativas da ABNT para referências entre 2020 e 2024, por meio de pesquisas encontradas nas bases de dados online SciELO (Scientific Eletronic Library Online), PubMed (National Library of Medicine NIH), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe de informação em Ciência da Saúde), incluindo buscas manuais de artigos com base de dados científicos que tenham sido publicados no ano de 2024. Resultados esperados: Espera-se ao final deste estudo compreender a importância do enfermeiro na promoção do cuidado as crianças com TEA.

Palavras-chave: ENFERMEIRO; TEA; CRIANÇAS; CUIDADOS.

1 INTRODUÇÃO

O autismo é considerado em tempos atuais como um distúrbio do desenvolvimento, caracterizado por alterações presentes e perceptíveis precocemente. De impacto múltiplo e variável, essa condição pode afetar áreas nobres do desenvolvimento humano, como a comunicação, interação social, aprendizagem e a capacidade de adaptação com o meio em que o indivíduo está inserido. (MARQUES, 2020).

Porém, os transtornos do neurodesenvolvimento estão entre as condições que mais afetam as crianças com faixa etária entre dois a nove anos. Entre esses transtornos, destacam-se como os mais prevalentes o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e o Transtorno do Espectro do Autismo. Este último é caracterizado por afetar mais de 67 milhões de indivíduos em todo o mundo, o que destaca a importância de realizar pesquisas envolvendo a temática para o cuidado destes indivíduos na área da saúde. (DA SILVA et al,2024).

Algumas crianças diagnosticadas com o TEA apresentam atrasos relacionados ao desenvolvimento da linguagem, como ecolalias (repetição de palavras que acabou de ouvir) e problemas de entonação, podendo também apresentar comunicação não verbal.  Outro sinal, característico associada ao TEA, são movimentos estereotipados, cuja função é auxilia-los a se comunicar ou autorregular-se, como por exemplo o balançar o corpo de forma rítmica, e a sua etiologia ainda é desconhecida, no entanto é considerada como uma síndrome de origem multicausal envolvendo fatores genéticos, neurológicos e sociais da criança. (BOTTAN, 2020). 

O comprometimento da coordenação motora, como as dissimetrias na motricidade também podem estar presentes, e executar tarefas simples do cotidiano podem ser um grande desafio na vida de pessoas com TEA, podendo acarretar comprometimentos em sua autonomia. Na maioria das vezes esse processo de autonomia torna-se mais prejudicada devido à falta de conhecimentos inerentes ao autocuidado por parte de seus pais ou seus cuidadores. “A autonomia dessa criança e sua capacidade para auto cuidar-se pode ser mais comprometida quando seus pais, por falta de conhecimento e compreensão, não a estimulam precocemente, tendendo a infantilizá-la, desconhecendo suas potencialidades e as superprotegendo” (KERCHE, 2020).

No Brasil, profissionais de saúde, educação, pais e familiares são personagens que conquistaram a consecução dos direitos fundamentais da pessoa com TEA por meio de uma política especifica. A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista é instituída pela Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, e garante a pessoa com TEA o direito à vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança, lazer e a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração (MELO et al, 2022). 

Contudo, a assistência   de   enfermagem   quando implementada de maneira sistematizada pode contribuir para a melhora do enfrentamento dos problemas   vivenciados   pela área da saúde e também pela parte familiar, uma    vez    que, o    cuidado    de enfermagem   estabelece   relações   de   vínculos, mostrando-se como uma importante ferramenta para   atividades   de   promoção, prevenção   e proteção da saúde. (SILVA et al, 2024).

Este estudo tem como objetivo conhecer as ações de promoção dos cuidados de enfermagem direcionados as crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista.

2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 CONHECENDO O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Autismo é um transtorno de desenvolvimento que afeta geralmente crianças antes dos três anos de idade, o comportamento restrito e repetitivo são algumas características, e o comprometimento de todo o desenvolvimento psiconeurológico e motor, dificultando a cognição, comunicação, linguagem e interação social da criança. Ainda que a sua etiologia seja desconhecida, alguns fatores podem estar incluídos no seu desenvolvimento como influências genéticas, toxinas, vírus, intolerância imunológica, desordens metabólicas, ou falha no desenvolvimento de estruturas e funções cerebrais (DE JESUS FREITAS, 2023).

Dessa maneira o Transtorno do Espectro Autista interfere em crianças com intensidade diferentes no qual pode ser desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger em que não há comprometimento de inteligência e fala, até formas mais graves, onde o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental (DUMS, 2024).

As características do transtorno são descritas em tríades de comportamentos muito específicos: interações sociais com deficiências graves, dificuldades críticas na comunicação verbal e não verbal, e ausência de atividades criativas, com a presença de comportamentos repetidos e estereotipados (VIEIRA et al, 2023).

Pesquisas biomédicas e genéticas mostram que são poucos os métodos desenvolvidos para a realização do diagnóstico sobre o autismo, desse modo é feito por meio de observações clínicas através da anamnese, observação comportamental e testes criados para este meio (BARROS et al, 2023).

Com o diagnóstico precoce do autismo existe a capacidade de uma intervenção mais imediata, resultando em um melhor e benéfico prognóstico para a criança.  Tem se mostrado que, quanto mais cedo à criança for diagnosticada e iniciar o tratamento, maiores serão as chances de seu desenvolvimento dentro de suas capacidades físicas e mentais, incluindo maior aprendizagem na aquisição da linguagem, fluência nos diferentes processos adaptativos e no desenvolvimento da interação social, aumentando sua chance de implantação em diferentes âmbitos sociais (DOS SANTOS et al, 2023).

2.2 NÍVEIS DO AUTISMO

O Transtorno do Espectro Autista leva a dificuldades na interação social, uma das características assim como, na comunicação e no comportamento, que variam em quadros mais leves ao mais grave. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico (2024) de Transtorno mentais, o autismo pode ser classificado da seguinte forma:

 O autismo nível 1 apresenta um quadro leve do transtorno, exigindo suporte. A criança apresenta dificuldades sociais que atrapalham o funcionamento independente. No Nível 2 temos um quadro moderado, exigindo apoio substancial. Déficits acentuados na comunicação e na interação social, que limitam a capacidade de se relacionar com os outros. Já no nível 3 temos um quadro mais severo, exigindo apoio muito substancial. Déficits graves na comunicação e na interação social, que impedem o desenvolvimento de relacionamentos.

Para cada nível de suporte, há particularidades com relação ao comprometimento comportamental, cognitivo e a possíveis atrasos do desenvolvimento, que por sua vez podem ocasionar atrasos maiores na comunicação quando comparados a níveis anteriores (GAIATO et al; 2024).

As questões comportamentais apresentadas pelos pacientes com TEA (Transtorno do Espectro Autista), devem ser identificadas por profissionais especialistas na área para que seja iniciado o processo de intervenção precoce personalizado, a fim de que, com um tratamento substancial, o paciente possa evoluir gradativamente e alcançar novos patamares de desenvolvimento (RIBEIRO et al., 2023).

2.3 A IMPORTÂNIA DA FAMÍLIA NA PROMOÇÃO DO CUIDADO A CRIANÇA AUTISTA

A família é o primeiro elemento socializador do ser humano, é uma força social que influencia na formação da personalidade de seus filhos. É comum, pais com filhos inseridos em grupos com alguma deficiência, após recebimento do diagnóstico, demorarem mais tempo até assimilar a real situação do que está acontecendo em suas vidas, pois se trata de uma mudança inesperada, novas metas, planos e expectativas terão que ser reordenados na vida dos mesmos. (BOTELHO et al; 2023).

De acordo com Freitas (2023), Pessoas com TEA e seus familiares sofrem preconceito e são estigmatizados pela sociedade, pois a síndrome compromete o desenvolvimento cognitivo e comportamental da pessoa afetada, interferindo principalmente em sua relação com o outro e na adaptação com o meio.  Dessa forma, a falta de informação acaba por reproduzir ideias preconcebidas acerca do autismo, e a importância da prestação de cuidados por parte da enfermagem acaba sendo suprimida.

As intervenções frente a criança diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista são variáveis e necessitam da mediação dos pais ou cuidadores, estando também relacionadas com a idade da criança, a quantidade de horas semanais em que ocorrem as intervenções, e mesmo, os ambientes onde ocorrem, ou seja, de alguma forma o ambiente também transforma e induz muito do comportamento da criança, principalmente pois eles criam rotina. (ANTUNES et al;2023).  

Os pais são parceiros fundamentais no desenvolvimento da criança com espectro autista, cada um com seu papel a desempenhar, no processo de triangulação que pode não ser fácil, mas se houver apoio necessário pelo Estado e município, entre de prestação direta local , por meio de um programa de intervenção precoce em famílias com filho deficiente, isso poderá auxiliar significativamente na adaptação dos pais que sentir-se-ão apoiados, e consequentemente terão menos stress emocional, ansiedade e depressão. (OLIVEIRA et al;2024).

Desse modo, a família, além de ser o meio primário que propicia as primeiras e elementares noções de convivência social, ela é também, o meio que possibilitará o desenvolvimento de todas as faculdades físicas, psíquicas, morais e espirituais da criança e do adolescente, no sentido de que, por mais que muitos desses conteúdos (sociais, morais, intelectuais e espirituais) advenham do contato com outras instituições, a família é a responsável, por assim dizer, pelo cultivo da terra onde as sementes serão lançadas. (DA SILVA SIMÃO et al;2023)

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa trata-se de um estudo bibliográfico com abordagem qualitativa. De acordo com Nascimento et al (2023) de maneira analítica buscou-se encontrar o melhor entendimento sobre o tema abordado. Embasando-se em estudos anteriores, foi possível executá-lo em etapas subsequentes como por exemplo: A identificação do tema; identificação do problema; seleção de literaturas; categorização dos estudos selecionado; análise e resultados e conclusão da revisão.

As buscas pelos materiais utilizados no desenvolvimento deste artigo foram realizadas nas seguintes plataformas de bases de dados: LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciência da Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) considerando as palavras chaves: Enfermeiro, TEA, crianças, cuidados.

Os critérios utilizados para inclusão de artigos neste estudo foram:  dispor de artigo completo para consulta de forma gratuita e particular; publicação ser em português; pesquisas que abordassem informações relevantes ao objetivo do estudo em desenvolvimento, como estudos sobre o TEA em crianças e cuidados de enfermagem, sendo publicadas em um tempo recorte de 2020 a 2024. Os artigos indisponíveis no idioma português e incompletos, artigos em duplicidades e indisponíveis de forma integra gratuitamente foram excluídos dessa revisão de literatura, assim como estudos sobre o TEA em adultos e com tempo recorte de publicação acima de 5 anos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para chegar aos resultados desta pesquisa, foram selecionados alguns estudos de autores que discorrem sobre os cuidados de enfermagem a criança com TEA. Em cima dessas publicações encontradas é possível perceber o ponto de vista de cada autor o que nos possibilitou chegar à discussão sobre o tema. Abaixo segue a tabela 1 apresentando todos os estudos selecionados para desenvolvimento deste tópico.

Quadro 1: Seleção dos estudos para obtenção dos resultados

Ana Júlia Rodrigues Santana Bastos2023A sistematização da assistência de enfermagem no acompanhamento do paciente com transtorno do espectro autista: revisão integrativa da literatura.Acompanhamento e assistência da enfermagem para pacientes com TEA.
Barbosa da Silva, Patrícia Aparecida Nunes2023A relação entre o enfermeiro e a criança com transtorno do espectro do autismo. Múltiplos acessos.Aplicar o processo de enfermagem da teoria do autocuidado nos múltiplos acessos para o cuidado.
Claudia Camila de Farias Nascimento Santana2023Atuação do enfermeiro nos cuidados à criança autista: revisão integrativa da literaturaO enfermeiro e a compreensão dos cuidados com crianças com TEA
Delma Aurelia da Silva Simão2023Evidências sobre a assistência à criança com transtorno do espectro do autismo na atenção primária à saúde: Revisão integrativa.Assistência e intervenção correta para crianças com TEA na atenção primária.
Juliana Macêdo Magalhães2023Diagnósticos e intervenções de enfermagem em crianças com transtorno do espectro autista: perspectiva para o autocuidadoAutocuidado e a perspectiva do diagnóstico do TEA em crianças.
Lorrany Oliveira2023O Papel Da Enfermagem No Cuidado Com Crianças Do Aspectro AutistaO enfermeiro como suporte de cuidado na saúde para crianças com TEA.
 Malom Bhenson Tavares Barbosa2020Atuação dos profissionais enfermeiros no transtorno do espectro autista.Atuação do enfermeiro com o TEA.
Samara de Jesus Freitas2023A atuação do enfermeiro na assistência ao membro familiar e a criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA): Uma revisão de literaturaA enfermagem como um centro de importância para a rede familiar de crianças com TEA.
Tatiane Garcia Zuchi Jerônimo2023Assistência do enfermeiro (a) a crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista.Definição e comportamento do TEA em crianças.
Fonte: Autoras da pesquisa

Compreende-se que o profissional enfermeiro tem como principal ação diante do TEA, o cuidar, tendo assim a atenção focada não só para o autismo, mas também ao que ele representa para a família ou cuidador, principalmente a mãe da criança, o enfermeiro deverá tentar suavizar através do contato com a família o medo do preconceito diante da sociedade e o sentimento de inferioridade perante o transtorno do filho que é visto com preconceito. Muitas vezes os pais de crianças autistas enfrentam na descoberta do transtorno o sofrimento psicológico, onde passam por sentimento de tristeza, culpa e depressão, muitos não acreditam que isso está a acontecer com eles, à criança tão esperada com um transtorno que irá requerer total atenção e cuidado (BARBOSA et al.,2020).

Para Magalhães et al (2023) a enfermagem tem como papel a característica do cuidado, este que  também atua na promoção da saúde às crianças com diagnóstico de transtorno do espectro autista, que oferece às pessoas em seus diferentes quadros clínicos o diagnóstico para firmarem juntos uma aliança na promoção do cuidado para estes pacientes, nisso  a  Teoria  do  Cuidado  Humano  é  uma  ciência  que  considera  a  individualidade  de  cada  pessoa  na  promoção  da assistência  com  qualidade,  dignidade  e  personalizada. No caso do tratamento de criança com autismo, considera-se que para cada uma os transtornos se apresentam manifestam de uma maneira diferente, cabe ao profissional de enfermagem estar preparado com uma visão humanística e identificar as principais queixas de cada paciente.

Silva (2023) diz em seu estudo que o enfermeiro, trabalha e atua também como agente terapêutico, intervém no sofrimento dos pacientes com diagnóstico de TEA, realiza atendimentos aos familiares, trabalha com a aceitação do diagnóstico, que traz uma mudança do estilo de vida da família e de todo o ambiente familiar, e a atuação dos profissionais de enfermagem não somente em hospitais, nos postos de saúde, mais também em consultórios tem respaldo técnico e legal. Realizar consulta de Enfermagem é uma competência do profissional enfermeiro, prevista na Lei 7.498/86, art. 11, inciso I, alínea “i”, pelo Decreto 94.406/87, art. 8º, inciso I, alínea “e”, pelo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, e normatizada pela Resolução COFEN 358/2009. A Resolução 568/2018 regulamenta a atuação dos consultórios, trazendo mais segurança aos profissionais.

Jerônimo et al (2023) relata ainda em seus estudos que os profissionais capacitados podem contribuir com identificação de sinais e sintomas do TEA bem como realizar intervenções e encaminhamentos pertinentes necessários, assim, enfatiza-se a prática do(a) Enfermeiro(a) no cuidado especializado como de muitas por exemplo, as atividades de orientação de familiares/cuidadores, outra subcategoria da assistência que também atuam no cuidado,  apresenta a preocupação e a atenção dos(as) Enfermeiros(as) com a continuidade da assistência por meio do fortalecimento do trabalho dos mesmos para com as crianças com TEA.

Oliveira et al (2024) abordam em seu estudo que a enfermagem também tem papel de grande importância com pais e filhos, dando suporte necessário e de maneira correta a essa família, auxiliando-os nos cuidados com a criança e no reforço do autocuidado dela, fornecendo assim informações importantes para um melhor entendimento sobre o transtorno e dando encorajamento aos pais no cuidado com o seu filho.  Assim evitando problemas psicológicos e colaborando para o desenvolvimento do filho e da família.

Jesus (2023) aborda que a enfermagem é extremamente atuante dentro da atenção primaria, sendo assim, exerce um papel primordial na promoção da saúde por meio da educação em saúde. Essa atribuição da enfermagem auxilia as pessoas a tornarem-se indivíduos ativos na construção de sua vida e de sua independência, e existem poucos artigos que aborda a importância do profissional enfermeiro no enfrentamento aos cuidados da criança com TEA, ou mesmo que indiquem terapias complementares para auxiliar no tratamento de crianças com autismo, refletindo um aspecto negativo na captação precoce de pessoas acometidas com o diagnóstico.

Contudo, Bastos et al (2023) relata que os profissionais têm medo do desconhecido, estreitar o relacionamento com a família da criança com TEA. Por isso é necessário que o enfermeiro realize o levantamento de dados precisos, levantar fonte importante para os diagnósticos de enfermagem e prescrever as necessárias intervenções.

Neste cenário, a equipe de enfermagem pode formular estratégias para promoção de cuidados e orientar as famílias sobre o entendimento do autismo e como criar um vínculo de afeto e cuidados com as crianças, tornando-as mais capazes e independentes. Isso contribui a evitar o cansaço físico e psicológico de pais, que não sabem como lidar com determinados tipos de comportamento dos seus filhos (SANTANA et al, 2023).

Sendo assim, o enfermeiro deverá assistir e se conscientizar dos sentimentos enfrentados pela família, mostrando que eles não são culpados pelo transtorno, e que estão expostos a vivenciarem estresse, depressão, culpa e tristeza. Cabe ao profissional criar formas de implementação de melhor cuidado e tratamento da criança autista, encaminhando-os a uma equipe multiprofissional, conseguindo assim melhor assistência de forma humanizada e adquirindo a confiança da família e do autista (BARBOSA et al.,2020).

5 CONCLUSÃO

Neste estudo foi possível observar a relevância do papel do Enfermeiro   na promoção do cuidado às crianças com diagnóstico de transtorno do espectro autista, porém, ainda não está totalmente colocado em seu dia a dia, pois há vários fatores complicados que podem somar em seu trabalho junto as equipes multidisciplinares na detecção e análise do tratamento dos pacientes.

A perspicácia dos profissionais sobre o TEA ainda estimula estereótipos. São necessários mais cursos, treinamentos e ampliação de ações que mudem os métodos hoje usados na rede de atenção básica para intervenções mais precisas na assistência de crianças com TEA.

A Enfermagem praticada da maneira correta pode contribuir para a qualidade de vida de pacientes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com Cleide Oliveira 2024, à frente do primeiro consultório de Enfermagem brasileiro dedicado ao atendimento de pessoas com o TEA e suas famílias, além de contribuir para o diagnóstico precoce com aplicação de instrumentos padronizados, os enfermeiros dedicados à saúde mental prescrevem cuidados para melhorar o cotidiano e a convivência em todos os ambientes pelos quais circula o paciente (NASCIMENTO et al, 2024).

Sendo assim, é importante abordar um respaldo da enfermagem a criança com TEA e o seu cuidador, desenvolvendo habilidades de cuidado integral e de visão holística, desse modo, visando bem-estar do paciente como um todo, que venham a contribuir de forma relevante e agregar mais ao conhecimento atual. De toda forma O papel fundamental do profissional de enfermagem no contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é primordial para garantir cuidados de saúde adaptados, monitorar o desenvolvimento, apoiar a família e desenvolver habilidades de comunicação.

Portanto, a definição de autismo e a assistência de enfermagem tem direção específica para esse tipo de pesquisa, ainda se apresenta de forma geral, devido as várias formas de explicação/conceituação sobre o tema, não se tem em si uma ideia permanente e puramente clara sobre o que vem a ser o autismo e como o profissional deve atuar diante dessa criança em desenvolvimento afetados. Apesar do vasto roteiro de atuação apresentado no decorrer do documento, a assistência de enfermagem possui muitos espaços de conhecimento e muitos estigmas a serem complementados antes de chegar em definitivo à uma assistência completamente satisfatória.

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1Discente do Curso Superior de enfermagem do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal- UNIPLAN-Campus: Bragança-Pa. e-mail: adriellyribeiro1410@gmail.com

2Discente do Curso Superior de enfermagem do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal- UNIPLAN-Campus: Bragança-Pa. e-mail: marializsilva@hotmail.com

3Discente do Curso Superior de enfermagem do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal- UNIPLAN-Campus: Bragança-Pa. e-mail: suzicleianascimento@gmail.com

4Discente do Curso Superior de enfermagem do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal- UNIPLAN-Campus: Bragança-Pa. e-mail: tamylysdecassia@gmail.com

5Discente do Curso Superior de enfermagem do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal- UNIPLAN-Campus: Bragança-Pa. e-mail: tanialima667@gmail.com

6Docente do Curso Superior de enfermagem do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal- UNIPLAN-Campus: Bragança-Pa. e-mail: jamillymiranda854@gmail.com