THE ROLE OF NURSES FOR WOMEN WHO ARE VICTIMS OF DOMESTIC VIOLENCE IN PRIMARY CARE
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11551807
Leilimara Espíndola Costa1
Nedileny Reis Fernandes2
Ramonis Antônio do Carmo Ferreira 3
Thamires de Cassia do Nascimento Reis4
Yanna de Kássia Corrêa da Silva5
Orientador: Prof.ª Jamilly Karoliny da Silva Miranda6
RESUMO
A violência doméstica contra a mulher é um problema mundial, que agrava a vida de inúmeras mulheres. A enfermagem oferece um papel importantíssimo na assistência às vítimas, além de identificar, documentar e encaminhá-las para o serviço de apoio. Objetivo: Conhecer a importância da assistência do enfermeiro perante as vítimas de violência doméstica e descrever as ações do enfermeiro em relação a mulher vítima de violência doméstica. Método: Estudo de revisão bibliográfica do tipo qualitativo, com a finalidade de revisar estudos publicados entre os anos de 2019 a 2024. Dados coletados de fontes secundárias: Medline (medical literature analysis end Retrievel system online), SciELO (scentific Electronic Library online), Literatura latino-americana e do caribe em ciências da saúde (LILACS), onde foram encontrados 55 artigos, usados 33 e 22 excluídos. Resultados: Autores abordam que a violência doméstica está relacionada ao ato de controlar e agredir a mulher, trazendo consequências severas a vítima e a sociedade. Considerações finais: A violência é um fenômeno presente no mundo todo que afeta não só o corpo, mas também ao psíquico da vítima. Diante disso, a enfermagem desempenha um papel fundamental no acolhimento dessas vítimas. É essencial que o enfermeiro esteja preparado para agir, orientar, acolher e desenvolver uma escuta qualificada, notificando casos e garantindo a segurança das vítimas.
Palavras-chave: Violência doméstica. Enfermagem. Atenção Básica.
ABSTRACT
Domestic violence against women is a worldwide problem that affects the lives of countless women. Nursing plays a very important role in the care of victims, in addition to identifying, documenting and referring them to the support servisse. Objective: Know the importance of nurses’ care for victims of domestic violence and to describe nurses’ actions in relation to women who are victims of domestic violence. Method: Qualitative literature review study, with the purpose of reviewing studies published between the years 2019 and 2024. Data were collected from secondary sources: Medline (medical literature analysis end Retrievel system online), SciELO (scentific Electronic Library online), Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), where 55 articles were found, 33 used and 22 excluded. Results: Authors address that domestic violence is related to the act of controlling and assaulting women, bringing severe consequences to the victim and society. Final considerations: Violence is a phenomenon present all over the world that affects not only the body, but also the psychic of the victim. Therefore, nursing plays a fundamental role in the reception of these victms. It is essencial that nurses are prepared to act, guide, welcome and develop qualified listening, notifying cases and ensuring the safety of victims.
Keywords: Domestic violence. Nursing. Primary Care.
1. INTRODUÇÃO
A violência contra a mulher se define como um conjunto de várias situações de violência física, psicoemocional, sexual e desrespeito aos direitos em algum momento na vida de uma mulher, sendo capaz de ser praticada por qualquer pessoa onde tenha ou não um vínculo. Dentre as diversas situações de violência onde se encontra à mulher, a violência doméstica se destaca, sendo caracterizada em todo caso como violência e conduta violenta cometida no âmbito domiciliar, executada por um elemento da família ou pessoa que conviva ou não na mesma residência. (FUSQUINE et al., 2021).
Essas violências são temas de urgência e de grandes problemáticas. Apesar do combate diário contra esses tipos de violências, as mulheres de hoje permanecem ainda sofrendo com imposições de poder em um mundo que segue comandado pelo machismo, afinal, usamos “os homens” para se referir aos seres humanos. Os dados revelam um cenário alarmante, não só no Brasil, mas em diversos países, sendo assim, devem ser abordados em diferentes espaços. Levando em consideração o “poder” que os homens acham que tem sobre a mulher, percebemos que na maioria dos casos expostos, os autores das agressões estão dentro da casa da vítima (DOS SANTOS 2023).
A violência doméstica acontece a todo momento com muitas mulheres do mundo inteiro. Mas, acreditasse que existe muitas condutas que contribuem como métodos de prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher. No entanto é válido destacar que esse enfrentamento exige um olhar mais atento voltado aos serviços de forma integral. Diante desse cenário, como acontece o acolhimento voltado as mulheres vítimas de violência doméstica nas unidades básicas? (LEITE, F.M.C. et al., 2019).
A violência afeta a vítima em vários aspectos na sua vida, trazendo problemas fisiopatológico e psicológico. Diante disso é fundamental que profissional de saúde saiba identificar e agir diante dessa situação. Por isso a principal justificativa para o tema no meio acadêmico é mostrar para a sociedade e principalmente para as vítimas o papel e a conduta da equipe de enfermagem (Franco JM, Lourenço RG 2022)
O objetivo geral desse artigo é conhecer a importância da assistência do enfermeiro perante as vítimas de violência doméstica. Descrevendo as ações do enfermeiro e analisando como a violência afeta a vida dessas mulheres.
Diante disso, é relevante observar as ações perante a vítima, tendo em vista o seu acolhimento, as denúncias e como agem os profissionais das equipes que fazem parte da linha de frente das redes de saúde. Apresenta-se como uma dessas redes, a Atenção primária a saúde (APS), que é a principal porta de entrada do sistema único de saúde (SUS), sendo a mais procurada e que lida com os diversos tipos de casos. Levando em consideração a importância desse dispositivo, é de suma importância que os seus profissionais aprendam e compreendam a dimensão do impacto dessas violências na vida de uma mulher, assim como ressignifiquem a importância do cuidado à vítima, garantindo sua saúde, segurança e seus direitos (MACHINESKI, 2023)
A assistência de enfermagem diante da vítima de VD é compreendida como um ato especial, que passa pela interação da vítima com o profissional, acentuada pelo cuidado e assistência em saúde. Diante da entrada da vítima, sendo ele o profissional que realiza o primeiro contato, e que tem como sua responsabilidade oferecer confiança e ações de cuidado, traçando metas de enfrentamento dessas situações de modo humanizado (GOMES et al., 2022).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO BRASIL
No Brasil, a violência doméstica e familiar é causa primordial de feminicídio. Caracterizada como dano ou acometimento a mulher em várias formas e que pode ser praticada por qualquer indivíduo, até mesmo por outra mulher que tenha ou não um vínculo afetivo ou familiar com a vítima. Diante desse contexto, existe algumas formas de violência que se manifestam de forma mais frequente, pois afetam a vida, a saúde e principalmente a integridade física das mulheres. Essas principais formas são: violência física, violência psicológica e violência sexual (SILVA et al., 2022).
Violência física é definida como qualquer ato de agressão física; correção corporal em que a força física é aplicada: socar, atirar, chutar, cortar, empurrar contra algo, puxar cabelo e atacar com faca, são umas das várias manifestações consideradas violência física, e que é manifestada propositalmente contra outra pessoa ou contra si mesmo (BONAMIGO et al., 2022).
Violência psicológica é caracterizada como toda ação que manifeste qualquer dano emocional à vítima e diminuição de sua autoestima, fazendo parte dos muitos [casos subnotificados, por serem dificilmente identificados pelas próprias vítimas (MAGALHÃES et al., 2022).
A Violência sexual é um abuso do poder que a pessoa usa sobre a vítima, por indução a práticas sexuais, com ou sem violência física. Impactando a vida dessa pessoa com doenças sexualmente transmissíveis, distúrbios psicológicos e psiquiátricos, comportamentos de medo, insegurança, vergonha, ideação suicida, dificuldades nos estabelecimentos de relações afetivas, dependência de substâncias psicoativas, dentre outros. (Broseguini GB. Igresias A 2019).
2.2 LEI MARIA DA PENHA
Popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, Lei n°11.340 de 7 de agosto de 2006, é um benefício legal do Brasil. É certificada pela ONU (Organizações das Nações Unidas), fazendo parte das três melhores legislações do mundo. Tem como objetivo enfrentar a violência de gênero, além de aumentar o autocontrole em relação a crimes de origem doméstico, pois foi elaborada para punir os autores de violência física, psicológica, patrimonial, sexual e moral praticada no ambiente familiar contra qualquer mulher. (ARAÚJO et al., 2020)
A criação da Lei é um marco muito importante para a sociedade feminista, porém passou por um longo processo de discussão nacional, onde atuou na formação de um consórcio de organizações feministas e com mulheres que reconheceram a violência doméstica e familiar como um problema de políticas públicas. (NOTHAFT,LISBOA 2021)
Essa Lei é vista como um ponto de reflexão na proteção das mulheres contra violência no país, pois, elaborou muitas inovações, instituiu medidas para prevenir, forneceu assistência social, proteção emergencial e remédios civis (com base no direito da família), além de ter sancionado penas para autores das violências domésticas. Uma das alterações mais importantes da Lei, é a criação de medidas protetivas de urgência, que atua como proibição de contato, remoção do parceiro do lar, fornecimento de alimentos e proteção policial. (MACHADO, PRADO 2021).
2.3 O ENFERMEIRO FRENTE AOS CUIDADOS A VITÍMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
A promoção de políticas públicas em níveis sociais, culturais, familiares e institucionais, são uma das ferramentas essenciais que impulsionam e modificam realidades de vítimas que sofrem a violência doméstica, bem como alteram a legislação e serviços onde oferecem atenção exclusiva a essas mulheres (OLIVEIRA 2022).
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) tem como princípios norteadores a integridade e a promoção da saúde, tendo em vista que seu objetivo é combater a VDCM através de estratégias que promovam atenção as vítimas organizando as redes de apoio integrada e desenvolvendo ações de prevenção (GOMES, OLIVEIRA 2020).
As equipes que fazem parte da Estratégia e Saúde da Família (ESF) também são protagonistas na detecção, acolhimento e assistência dessas vítimas, necessitando que estejam qualificados para o atendimento de qualidade e eficácia, efetuando consultas de enfermagem e realizando orientações adequadas para cada caso (DE OLIVEIRA et al., 2024).
Diante do que já foi falado, podemos observar a importância dos serviços de saúde diante dos diversos casos de violência doméstica, e como são essenciais no combate ao enfrentamento, já que são quase que exclusivamente o primeiro lugar que as vítimas procuram e que é ofertado de imediato o atendimento e/ou cuidado (GALVÃO et al., 2021).
Existe outras ferramentas essenciais no acolhimento a mulher vítima de violência doméstica, são as ações que englobam o acolhimento clínico e não clínico. O clínico inclui as condutas e técnicas de enfermagem, ou seja, que são voltadas aos cuidados das lesões resultantes das agressões e administração de medicamentos, enquanto, o não clínico, está relacionado a escuta qualificada, um ambiente adequado para que a vítima se sinta conformável, sendo assim, o profissional precisa demonstrar interesse pela fala da vítima, suprindo as expectativas da mesma. Ambas as ações, são fundamentais para a prática do profissional de enfermagem, uma vez que se complementam (Amarijo CL et al 2020)
O primeiro contato é o que possibilita a identificação de sinais de alerta, sendo a ferramenta principal para a formação de um vínculo em um atendimento as vítimas e é de responsabilidade do enfermeiro da atenção primária. Também cabe a esse profissional trazer a suposição da enfermagem para fundamentar e direcionar uma assistência que leve em consideração a integridade da saúde física, psicológica, sexual e social (LEITE et al., 2022).
Tendo em vista que a enfermagem assume um papel de acolher e possibilitar o apoio por partes das equipes multidisciplinares, portanto, para garantir uma assistência de qualidade a essas vítimas de violência é preciso conhecimento e capacitação daqueles que assistem com alcance de ações resolutivas e efetuais (COSTA et al., 2019).
Os efeitos da violência contra mulher implicam na busca da vítima por um serviço de saúde, o que permite que o enfermeiro identifique e estabeleça um vínculo com essa mulher com o objetivo de investigar as possíveis causas, além de trabalhar na prevenção de novos episódios, bem como no tratamento de suas queixas (DELMORO, VILELA 2022).
O acolhimento de enfermagem voltado as vítimas de violência doméstica precisa ser praticado de forma respeitosa, não havendo nenhum tipo de julgamento, nenhum ato de exposição da vítima ou constrangimento, tendo como objetivo esclarecer seus direitos e reforçar que ela pode e deve fazer as denúncias, explicar como funciona a medida protetiva, acionar o serviço social e estabelecer uma relação de confiança entre a vítima e o profissional (RIBEIRO, BALDOINO 2021).
E é nesse momento do acolhimento que o enfermeiro utiliza seus saberes para instruir a mulher, autorizando-a a acessar a verdade. Esse momento se dá como oportuno para que ela receba instruções e conselhos sobre seus direitos e autocuidado, sendo um ambiente de escuta essencialmente voltado a saúde da mulher, conduzido pela empatia. Diante disso, o acolhimento, como instrumento assistencial necessita que envolva a mulher de modo a torná-la participante ativa no desenvolvimento da sua saúde e no processo de saída do ambiente violento (AMARIJO CL et al., 2021).
3. METODOLOGIA
Este artigo é uma revisão bibliográfica do tipo qualitativo, com a finalidade de revisar e simplificar artigos já publicados.
Segundo Cavalcante e Oliveira (2020), o estudo de revisão bibliográfica configura-se pelo uso e estudo de documentos de dominação cientifica, como livros, teses, dissertações e artigos científicos; sem investigar diretamente os fatos. A análise bibliográfica aproveita-se fontes segundarias, usando das contribuições de autores sobre o tema.
Diante disso foi coletado artigos de fontes secundárias como: Medline (medical literature analysis end Retrievel system online), SciELO (scentific Electronic Library online), literatura latino-americana e do caribe em ciências da saúde (LILACS), onde foram encontrados 55 artigos, esses artigos passaram por leitura minuciosa onde apenas 33 incluíram-se na temática abordada e 22 foram excluídos. Como critérios de inclusão foram utilizados 33 artigos dos anos de 2019 a 2024 que abordam a violência contra a mulher, papel do enfermeiro, assistência de enfermagem na atenção básica. Critérios de exclusão artigos que não retratam a temática abordada e materiais que são da temática, porém não são dos anos utilizados.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para os resultados e discussões foi selecionado 9 artigos científicos, os dados obtidos dos artigos selecionados são compreendidos e apresentados por meio de um quadro resumo onde são descritos os seguintes pontos: título, autor, ano, método, objetivo e suas respectivas ideias.
AUTOR/ANO | TÍTULO | BASE DE DADOS | OBJETIVO |
Oliveira, Ferigato 2019 | A atenção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar: a construção de tecnologias de cuidado da terapia ocupacional na atenção básica | SciELO | Identificar e analisar práticas e tecnologias de intervenção terapêuticas ocupacionais na atenção a essas mulheres |
Carneiro et al 2021 | Condições que interferem no cuidado às mulheres em situação de violência conjugal | SciELO | Conhecer as condições que interferem no cuidado às mulheres vítimas de violência conjugal |
Ferreira PC et al 2020 | Caracterização dos casos de violência contra mulheres | BVS | Descrever os casos de violência contra mulher |
Silva ASB et al 2021 | Percepção dos profissionais da atenção primária à saúde sobre violência contra a mulher | BVS | Identificar a percepção dos profissionais que trabalham na atenção primária à saúde acerca da violência contra mulher |
Lira, Castro 2022 | Percepção de profissionais de saúde sobre violência contra a mulher | SciELO | Descrever e analisar a postura dos profissionais de saúde perante casos de violência contra a mulher |
Melo et al 2022 | Mulheres em situação de violência: reflexões sobre a atuação da enfermagem | BVS | Debater a partir da análise reflexiva, a função dos enfermeiros na assistência à mulher em situação de violência doméstica |
Sobral et al 2023 | Desafios enfrentados pelo enfermeiro no atendimento à pessoa idosa vítima de violência doméstica: uma abordagem qualitativa | Lilacs | Descrever os desafios enfrentados pelos enfermeiros em detectar e cuidar de idosas vítimas de violência doméstica |
Busatto LS et al 2024 | Atenção à saúde da mulher na atenção primária: percepções sobre as práticas de enfermagem | BVS | Identificar práticas da enfermagem direcionadas ao atendimento à saúde da mulher no âmbito da atenção primária à saúde (APS) |
Mota AR et al 2020 | Práticas de cuidado da (o) enfermeira (o) à mulher em situação de violência conjugal | BVS | Identificar a concepção de cuidado da mulher em situação de violência conjugal para os enfermeiros da estratégia da família |
Fonte: Os autores, 2024.
Segundo as autoras Carneiro et al., (2021), a violência doméstica ou conjugal se caracteriza como violência física, psicológica e sexual, tornando-se um problema mundial de saúde pública, levando em consideração sua alta incidência na sociedade e suas consequências na vida e na saúde da mulher. Mesmo diante dos avanços das políticas públicas que combate esse agravo, é possível observar que as taxas permanecem preocupantes, o que indica a fragilidade do cuidado oferecido à mulher, principalmente, na Rede de Enfrentamento da violência contra a mulher, onde inclui a Atenção Primária à Saúde (APS). De acordo com os dados obtidos, esse agravo de saúde pública no Brasil, permanece preocupante visto que, durante os primeiros meses de 2021, foram registradas por meio das centrais telefônicas, disque 100 e/ou ligue 180, 25.331 denúncias por mulheres vítimas de violência, cometida por seu atual parceiro ou ex-parceiro íntimo, tornando-se parte de uma média, acerca de 169 ligações por dia.
Para os autores Oliveira M.T, Ferigato S.H (2019), os conhecimentos acerca das dificuldades, necessidades e demandas da saúde na Atenção Primária, mesmo oferecendo às mulheres um espaço voltado ao cuidado, ampliação da rede social com suporte e ações estratégicas, não tem sido suficiente para os profissionais construírem ferramentas e estratégias assistenciais. Para suprir essas demandas, os profissionais precisam estar aptos para apresentarem uma prática assistencial humanizada, pois, para o profissional detectar a violência ele precisa de recursos internos, sensibilidade e disponibilidade para ouvir o outro.
Os autores Ferreira PC et al., (2020) enfatizam que a violência praticada por parceiros íntimos as mulheres traz consequência não só a vítima, mas para toda sociedade. Evidência a desigualdade de gênero e o domínio do homem sobre as mulheres em relacionamentos, que por vezes é encoberta pela sociedade e pelas vítimas, ocasionando sofrimentos e mortes. Constatou-se que os casos de violência predominam na faixa etária de 20 a 30 anos, este índice pode ser atribuído às conquistas que a mulher vem obtendo nos últimos períodos de mantenedora do lar, consequentemente sua independência e autonomia.
A fala da maioria das participantes revela uma visão da violência contra a mulher associada sobretudo ao ato de controlar e agredir a mulher, ignorando outras formas de manifestações como a violência psicológica. A violência física foi predominantemente referida como mais fácil de ser reconhecida e resolvida, sendo que a intervenção está centrada no tratamento das lesões corporais. Trata-se de uma percepção restrita da violência contra a mulher, que condiciona seu reconhecimento e intervenção às evidências de danos corporais e, de certa forma, isenta o profissional de investigar outras queixas comuns que se apresentam na atenção primaria a saúde, mascarando outras formas de violência. Contudo, os profissionais nem sempre atuam nessas situações por medo de serem reconhecidas ou porque a mulher tem receio de fazer a denúncia. (Silva ASB et al., 2021).
Diante desse cenário, os autores Lira, Castro (2022), revelam que o fenômeno da violência contra a mulher no âmbito da saúde vem ganhando uma grande evidência. Tendo em vista que ela é a porta de entrada fundamental para reconhecer, notificar e encaminhar esses casos de violência. Mas, diante do aumento de casos registrados, ainda é possível observar um grande número de casos que ainda passam despercebidos pelos profissionais, o que acaba ocasionando o que chamam de subnotificação de casos. Por isso é notório a importância de os/as profissionais saberem o que é violência contra a mulher, para poder atendê-las adequadamente. Ainda segundo os autores, os números de casos de violência no âmbito da saúde tendem a ser maiores do que em outro dispositivo, onde mulheres em situações de violência procuram esse serviço com maior periodicidade, sendo 25% a 50% acolhidas que podem sofrer ou já terem sofrido qualquer violência, especialmente cometida pelo seu parceiro, o que dificulta ainda mais a identificação e notificação dos casos, pelo fato de que dificilmente elas conseguem denunciar o agressor.
Os autores Melo et al., (2022), concordam com os autores Lira, Castro (2022) quando falam da dificuldade da mulher vítima de violência doméstica cometida pelo seu parceiro em denunciar a agressão. Melo et al., (2022) afirmam que a maior parte das mulheres em situação de violência por parceiro íntimo, manifestam certo grau de transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade e depressão, com risco crescente para o suicídio, essas razões também podem impedir o rompimento do vínculo violento. Diante disso a enfermagem efetua ação de acolhimento, escuta qualificada, rastreamento e prevenção de danos provocados pela agressão. O profissional que recebe as mulheres vítimas de violência necessita manter um comportamento acolhedor, visto que existe vários motivos que dificultam a separação da vítima com o agressor, como, sentimentos que envolvem a expectativas do parceiro mudar de atitude, o temor de julgamentos pelos familiares e comunidade, ameaças e a dependência emocional e patrimonial.
Por tanto, diante de todos os fatos expostos, Sobral et al., (2023) diz que existe diversas ferramentas que podem ser utilizadas nas buscas ativas pelas vítimas de violência, uma delas é a visita domiciliar, uma vez que existe casos em que muitas mulheres não procuram ajuda. Sendo assim, quando se tem uma suspeita, é de responsabilidade dos profissionais de saúde realizar essa busca por essa vítima, garantindo sempre uma condição adequada e humanizada, para que a vítima se sinta, principalmente segura; segura para expor as situações vivenciadas e com o devido sigilo. Ainda segundo ele, a assistência de enfermagem deve ser 100% humanizada, demostrando a vítima sua sensibilidade e respeito; adotando atitudes positivas e traçando metas para encorajá-la a tomar suas próprias decisões e sempre atuar de forma simultânea com a equipe. São essas as condutas que facilitam a primeira etapa dos casos que são detectados.
Para os autores Mota AR, et al., (2020), os profissionais enfermeiros no Brasil, se destacam como sendo os profissionais que agem direta ou indiretamente na linha de frente na gestão do sistema único de saúde (SUS) e em programas ministeriais, onde se insere a equipe da ESF. De acordo com esse contexto, o cuidado desses profissionais necessita de um maior destaque, pois, diante de inúmeros casos de violência, o cuidado proativo e qualidade desses profissionais que atuam no ESF é a chave para se firmar um vínculo de confiança com a vítima e para assistência livre de qualquer preconceito e julgamento.
De acordo com os autores Busatto LS et al., (2024), o serviço do enfermeiro na APS é referido na política nacional de Atenção básica e na lei n°7.498/86, como a lei do exercício profissional (cofen), onde se inclui as funções para o enfermeiro, realizar visitas domiciliares, consulta de enfermagem, solicitação de exames, atividade em grupo e dentre outras. A autonomia desse profissional, se apresenta como peça importantíssima para cada vez mais aperfeiçoar as demandas da APS. Ainda de acordo com eles, se observa que no documento da OPAS, que trabalha na ampliação do papel dos enfermeiros, na Atenção Primária à saúde, diz que explorar as condutas de enfermagem pode modificar o modelo de Atenção Primária. Diante disso, é notório a importância da atuação desse profissional na saúde da mulher, que se mostra como vitrine para a valorização do seu próprio trabalho.
5. CONCLUSÃO
A violência é vista como um fenômeno presente na sociedade do mundo todo, se apresenta em inúmeras formas e uma das mais relevantes, atuais e dolorosa é a violência doméstica. Esse tipo de violência não afeta apenas a dignidade da vítima, mas também provoca sérios problemas em sua saúde, além de serem submetidas ao risco de assassinato pelos seus parceiros íntimos (feminicídio).
Diante do que foi exposto na literatura, mulheres que sofreram e sofrem violência doméstica tem uma grande probabilidade de apresentar sérios problemas psicológicos, como depressão, fobias, ataques de pânico e ansiedade. As mesmas têm níveis de estresse elevado, e correm o risco de tirar sua própria vida (suicídio).
A atenção primária a saúde é a porta de entrada para o SUS e é vista como o ambiente responsável por oferecer acolhimento às vítimas e com isso ser considerada a principal ferramenta contra esse tipo de violência, pois muitas mulheres buscam os serviços médicos e de enfermagem, mas não tem coragem suficiente para denunciar o seu agressor, levando-as a serem julgadas e não acolhidas.
Sendo assim, a enfermagem desempenha um papel significativo no acolhimento dessas vítimas por meio da escuta qualificada, além de participarem integralmente da equipe multidisciplinar. Ademais, o enfermeiro segue sendo o responsável pelas buscas por vítimas e notificação de casos, contribuindo na construção do mapa epidemiológico desse problema de saúde pública.
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1Discente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN Campos Bragança/PA. E-mail: Leilimaraespindola@gmail.com
2Discente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto Centro Universitário Planalto do
Distrito Federal – UNIPLAN Campos Bragança/PA. E-mail: nedilenyreiss@gmail.com
3Discente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto Centro Universitário Planalto doDistrito Federal – UNIPLAN Campos Bragança/PA. E-mail: ramonisferreira3108@gmail.com
4Discente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN Campos Bragança/PA. E-mail: thamiresreis519@gmail.com
5Discente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN Campos Bragança/PA. Email: yannakassia2003@gmail.com
6Docente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto Centro Universitário Planalto doDistrito Federal – UNIPLAN Campos Bragança/PA. E-mail: Jamillymiranda854@gmail.com