O PAPEL DAS TICs NA EDUCAÇÃO

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10976415


Iolanda Teixeira Leal Dutra; Flávia Cristina de Oliveira; Elizete Ana Guareski Fachin; Regiane Letícia da Silva; Pedro Noberto de Paula Filho; Kleydyson Mota Domingues; Juciene Luiza de Deus; Ueudison Alves Guimarães.


RESUMO

Um dos motivos que tornaram esta pesquisa acerca do papel das TICs na Educação totalmente relevante para ser discutida e ponderada neste artigo foi a atual importância que as TICs passaram a ter em toda a sociedade mundial. Hoje, mesmo sem a pandemia que cerca todo o mundo, usar a tecnologia e a internet passou a ser imprescindível para todos. No trabalho, na escola e mesmo em casa, todos usam as TICs em seu dia a dia. Desta forma, para que este artigo aborde tal temática de forma eficaz e que traga informações fieis e de credibilidade acerca da temática proposta para a elaboração deste artigo de cunho bibliográfico, será feita uma pesquisa pela literatura nacional e por sites da Educação que abordam este tema de maneira, clara, séria e que trazem uma grande contribuição para que todos aprenda um pouco mais acerca do importante papel das TICs no meio educacional. 

Palavras-chave: TICs. Educação. Escola.

ABSTRACT

One of the reasons that made this research on the role of ICTs in Education totally relevant to be discussed and considered in this article was the current importance that ICTs have come to have throughout world society. Today, even without the pandemic that surrounds the entire world, using technology and the internet has become essential for everyone. At work, at school and even at home, everyone uses ICTs in their daily lives. Therefore, for this article to address this topic effectively and to bring faithful and credible information about the theme proposed for the preparation of this bibliographic article, a search will be carried out through national literature and Education websites that address this topic. in a clear, serious way that makes a great contribution to everyone learning a little more about the important role of ICTs in the educational environment.

Keywords: ICTs. Education. School.

INTRODUÇÃO

Diante todas as modificações que vêm incidindo em toda a sociedade mundial, pode-se ponderar que se vive hoje momentos de discussão que admitem que haja uma reflexão acerca das tecnologias de informação e de comunicação no todo da Educação a Distância, a famosa EAD.

A sociedade vigorante, marcada pela seletividade e pelo seu dualismo, pode diminuir a EAD em diversos pontos que, por meio de uma legislação particular, pode-se ser compreendida como sendo um meio totalmente voltado para a inclusão, por meio da qual ela mira, a partir de um ambiente de caráter interativo, a correspondência de saberes, por meio dos quais necessita ser potencializadas envergaduras que possam afiançar o desenvolvimento de um cidadão influente na sociedade em que está inserido.

A assimilação das mídias e das Tecnologias de Informação e de Comunicação – TICs , no panorama da EAD faz ressignificar o julgamento de conhecimento, sendo exatamente por meio das ferramentas tecnológicas, a partir de intervenções influentes que os potenciais se mostram aflorados, e o tempo e o espaço, já não se mostram mais como dificuldades, harmonizando uma educação sem extensão, sem tempo, induzindo o sistema educacional a ostentar um papel, não só de desenvolvimento de cidadãos que realmente pertencem aquele ambiente, mas a um ambiente de concepção inclusiva em uma sociedade repleta de diferenças.

Nesse entrosamento, as atuais tecnologias e técnicas de ensino, como também os estudos atualizados acerca dos procedimentos de aprendizagem, abastecem recursos mais diligentes para acolher e motivar todos os enredados no procedimento de ensino-aprendizagem. 

Entretanto, para muitos professores, esses recursos ainda se exibem como cúmplices estranhos, conquanto se reconheça que o seu emprego no procedimento está se contornando cada vez mais proeminente. 

Portanto, torna-se imprescindível a apresentação desses recursos em todos os cursos de formação de professores ou ainda como norteadores pedagógicos para potencialização de envergaduras e de desenvolturas. Essa será a discussão erguida neste artigo.

METODOLOGIA

Este artigo fundamenta-se em uma pesquisa qualitativa de natureza bibliográfica, influenciada pela problemática abordada, como definido por Kôche (2009, p.14), que a concebe como dependente de “sua natureza e situação espaço-temporal em que se encontra”. Desta forma, esta abordagem está intrinsecamente vinculada ao conhecimento e à natureza do pesquisador, permitindo uma variedade de abordagens.

A pesquisa bibliográfica realizada para embasar este estudo teve como propósito a busca de informações provenientes de fontes como livros, artigos e trabalhos acadêmicos, incluindo teses e monografias, conforme delineado por Gil (2002). Ele destaca que essa modalidade de pesquisa abrange materiais impressos, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos, sendo uma prática comum em quase todas as pesquisas acadêmicas.

No entanto, Gil (2002) alerta para uma prática que pode comprometer a qualidade da pesquisa: o uso de fontes secundárias. O principal impacto dessas fontes está relacionado à possibilidade de coleta ou processamento equivocados de dados. Portanto, é crucial que o pesquisador assegure, como ressaltado por Gil (1999), as condições em que os dados foram obtidos, analisando minuciosamente cada informação em busca de possíveis incoerências ou contradições e utilizando fontes diversas de maneira criteriosa.

No âmbito da pesquisa qualitativa, conforme explica Gil (1999), entende-se que ela se dedica a um nível de realidade que não pode ou não deve ser quantificado. Essa abordagem concentra-se nos significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, visando compreender a complexidade de fenômenos, fatos e processos específicos e particulares.

REFERENCIAL TEÓRICO

Como funcionam as TICs?

O panorama atual da EAD vem advindo por mutações a partir de um todo de transformações de valores, por meio do qual a dessemelhança cultural é atualizada, tendo uma significação maior em toda a sua contextualização, sendo ela de saberes ou ainda de conhecimentos, adotando um papel extraordinário na sociedade vigorante, na qual a globalização provoca uma indigência de conversação e de conhecimento sem divisas.

Na EAD, a seriedade de se haver um projeto aberto a intervenções cooperativas, com estilo flexível, se faz conexa a partir de uma nova compreensão do arranjar pedagógico, comprometido com um ambiente de barganhas, por meio das quais a autonomia da edificação do conhecimento admite um papel expressivo no que se alude a uma metodologia educativa sólida e preocupada com a performance de um sujeito, completamente, crítico-reflexivo.

Perante essa realidade, necessita-se ser feita  uma assimilação das TIC’s de maneira que elas venham a ser adicionadas aos estudos até então discutidos no procedimento pedagógico, acomodando seu uso aos trabalhos e estudos dos principiantes, dando-lhes o livre-arbítrio responsável para o uso das mídias, aludindo o acréscimo da autonomia e da responsabilidade, no desenvolvimento de novas desenvolturas e na concretização dos intercâmbios com o próprio grupo e com os indivíduos de outros caminhos sociais e culturais.

Neste horizonte, a apreciação dos recursos didáticos adota um novo papel perante o nascimento de caminhos tecnológicos justapostos à educação por meio do exercício pedagógico delineado. Contudo, na realidade, o pensamento de se fazer o uso das TICs é muito mais abrangente. 

O uso dos meios de comunicação social educacionais, trabalhados de maneira conectada, vem orientar a inclusão dos indivíduos emaranhados no panorama educacional contemporâneo, como nova sociedade tecnológica, viabilizando todo o procedimento de desenvolvimento da modalidade de estudo a distância.

Para Morin (2001, p.47):

O acesso aos meios disponibilizados no espaço de EAD deve ter como princípio à atuação efetiva do sujeito envolvido no processo de ensino-aprendizagem considerando os recursos tecnológicos utilizados como meio de formação para a construção do conhecimento de um sujeito social, comprometido com o processo, ou seja, protagonista de sua própria caminhada em busca da aprendizagem, dando significado ao conhecimento construído (MORIN, 2001, p.47).

Com as TICs, vê-se propiciados novos meios de linguagens no ambiente educacional, por meio dos quais encontram-se presentes significados que se aludem ao seu potencial. Vale lembrar que tais significados abonam caminhos facilitadores, os quais necessitam permanecer conectados, caso contrário, não afiançam um caráter dialético do procedimento de edificação de uma práxis que seja comprometida como modelo formativo.

Do mesmo modo, de combinação com a aparência construtivista da aprendizagem é imaginável então arquitetar conhecimento por meio do que já se sabe e do que se é capaz de fazer, empregando os recursos de todas as novas tecnologias existentes. 

Desta forma, surgem meditações acerca do uso das tecnologias de informação como meio dinamizador da aprendizagem. Tais meditações discorrem da seguinte forma:

  • Qual seria o impacto que poderia ser causado na Educação com o uso das TICs no procedimento de ensino e de aprendizagem? 
  • Como excitar a produção de conteúdo didático para colocar no procedimento de ensino e de aprendizado o uso de ferramentas usadas por meio das TICs? 
  • Quais os fatores poderiam complicar ou ainda estimular o uso das TICs perante o aprendizado? 
  • Quais são as ferramentas das TICs que podem ser mais simplesmente aproveitadas para o procedimento educacional, perante a dinamização do aprendizado?

As TICs e a Educação

Atualmente, a Educação se mostra muito dependente das TICs, pois sem ela um aluno, por exemplo, teria muito mais dificuldades para fazer seus trabalhos ou mesmo para estudar para suas provas, sendo esse apenas um dos desafios que seriam enfrentados sem essas ferramentas na Educação.

Martinsi (2008, p.55) mostra neste sentido que:

Os desafios contemporâneos requerem um repensar da educação, diversificando os métodos de ensino utilizados, oferecendo novas alternativas para os indivíduos interagirem e se expressarem, diversificando as formas de agir, ensinar e de aprender, considerando a cultura e os meios de expressão que a permeiam (MARTINSI, 2008, p. 55). 

Para Almeida e Prado (2009), o avanço tecnológico admitiu que o acesso a todas as informações se contornasse de maneira muito mais acelerada e fácil, e ainda está contribuindo com o procedimento de ensino e aprendizagem, originando eficazes subsídios à educação presencial, como também à educação a distância. 

Segundo Almeida e Prado (2009, p. 74), a introdução de tecnologias e metodologias no contexto educacional transforma o papel tradicional do professor, que percebe ao longo do processo educativo a necessidade constante de reavaliação de sua prática pedagógica. 

Assim, compreende-se que a inovação não se prende apenas ao emprego da tecnologia, mas também à maneira como o professor utiliza esses recursos para desenvolver projetos metodológicos que suplantam a mera reprodução do conhecimento, conduzindo, em vez disso, à produção de conhecimento.

Segundo MARTINSI (2008), as TICs trazem consigo novas probabilidades para a pessoa vivenciar métodos criativos, constituindo justaposições e agregações imprevistas, juntando significações antes incoerentes e expandindo a envergadura de interlocução por meio das dessemelhantes linguagens que são propiciadas por tais recursos. 

É evidente que para acolher as questões ocasionadas pelos estudantes ao longo de toda a educação básica, nas unidades escolares da rede pública e ainda das escolas particulares, os docentes apelam aos mais variantes procedimentos de ensino e de aprendizagem para beneficiar a constituição do conhecimento. 

Levy (2008, p.7) elucida que:

Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, as próprias inteligências dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagem são capturadas por uma informática cada vez mais avançada (LÉVY, 2008, p.7). 

Desta forma, evidenciam-se imagináveis “manobras” de ensino e de aprendizagem, visto que esses recursos podem ser indicativos de procedimentos de ensino que, quando aperfeiçoados, mostram-se conexas para o uso na didática trabalhada em sala de aula. 

De acordo com Hamze (2010), a indigência empregada para que haja uso da tecnologia nas unidades escolares da atualidade agência a indigência de saber como aplicar toda a potencialidade vivente no sistema educacional, principalmente nos seus elementos pedagógicos e nos procedimentos de ensino e de aprendizagem (HAMZE, 2010). 

Moran (2000), por sua vez, afiança claramente que “Ensinar com as tecnologias da informação e comunicação será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos”.

Antunes (2010) elucida claramente que:

Os métodos de ensino convencionais não agradam os educandos, para conseguir despertar o interesse e a atenção, é preciso estar atento aos seus cotidianos e, mais, integrado com as mudanças tecnológicas (ANTUNES, 2010, p.34). 

Neste sentido, de acordo com Pereira e Freitas (2010), procurar novas táticas metodológicas é efetivo para todos os profissionais do campo educacional. Do mesmo modo, é efetivo também avaliar as probabilidades metodológicas que as metodologias tecnológicas originam para trabalhar todo o conteúdo, por meio de atividades criadoras, de um procedimento de desenvolvimento consciente e reflexivo, utilizando pedagogicamente múltiplos recursos tecnológicos, com esperança de haver uma transformadora aprendizagem escolar.

Contudo, mesmo a tecnologia enriquecendo a aula, ela não deve ser assentada à frente do conteúdo ministrado, muitos docentes, contudo, acabam fazendo do uso das tecnologias algo abusivo, tentando disfarçar a ineficiência e a falta de preparativo de suas aulas, sem ao menos entender que ferramenta nenhuma é adequada para suprir a carência de informação e de um educador preparado.

De acordo com Moraes e Varela (2006), um simples acesso a toda área tecnologia, não é o feitio que deve ser encarado como sendo o que deve ser mais importante, mas sim, a concepção de novas atmosferas para a aprendizagem e de novas dinâmicas de cunho social, por meio do uso dessas novas ferramentas.

As TICs e os seus desafios 

A Era Digital pode, com certeza, reinventar o ensino e o aprendizado, enriquecendo totalmente este processo de maneira ímpar. Mostra-se longe o tempo em que os procedimentos de ensino se abreviavam apenas em simples comentários em quadros negros ou mesmo em materiais didáticos impressos. 

Atualmente as TICs no meio educacional já se mostram como sendo uma realidade em salas de aula de todo mundo e as unidades de ensino necessitam permanecer familiarizadas com tudo que envolve essa disposição.

Os estudantes, especialmente os denominados nativos digitais, permanecem cada vez mais integrados e evidentes em procedimentos automáticos, o que pode se tornar uma dificuldade para as unidades escolares e universidades, que abonam procedimentos e ferramentas pedagógicas que não acatam a essa indigência.

Como toda inovação, entretanto, as TICs na educação originaram determinadas dificuldades e desordens de adequação, mas que podem ser aperfeiçoadas, a fim de adaptar um melhor conhecimento de exercício e um bom relacionamento entre estudantes, unidade escolar e docentes.

 Os 5 capitais desafios do uso das TICs na educação

Tendo grande frequência na educação presencial como também no ensino a distância, as tecnologias de informação e de comunicação potencializam o procedimento de constituição de todo o conhecimento do indivíduo. Para tanto, há cinco capitais desafios do uso das TICs na Educação que são:

  • Seguir os avanços do campo educacional;
  • Sustentar os estudantes engajados;
  • Inovar na ação de ensinar;
  • Abonar infraestrutura apropriada;
  • Indicar ferramentas tecnológicas apropriadas.

A escalação dessas ferramentas tecnológicas tem um grande conceito na variação digital de toda instituição, permanecendo com ela inúmeras dissoluções que estão disponíveis em todo o mercado, entretanto, nem todas se mostram correspondentes à realidade das instituições de ensino.

TICs na sala de aula: práticas e exemplos

O processo de integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação, segundo Mercado (2001), transformou significativamente a dinâmica das salas de aula contemporâneas. Desse modo, entende-se que essa transformação é evidente na forma como os professores ensinam e os alunos aprendem, marcando uma evolução da pedagogia tradicional para abordagens mais integrativas e centradas no aluno.

Dentro dessa realidade, evidencia-se que uma prática considerada bastante comum é o uso de dispositivos digitais, como tablets e laptops, que permitem acesso a uma variedade de recursos educacionais online, pois esses dispositivos facilitam a aprendizagem personalizada, onde os alunos podem progredir no seu próprio ritmo e de acordo com seus interesses e necessidades. 

Assim sendo, verifica-se que os softwares educativos e aplicativos de aprendizagem interativos são amplamente utilizados para tornar as lições mais envolventes, podendo também incluir jogos educacionais, simulações, e atividades interativas que incentivam a participação ativa dos alunos.

É importante, para Mercado (2001), destacar que a utilização de plataformas de aprendizagem online, como sistemas de gestão de aprendizagem (LMS), que oferecem um ambiente virtual onde os docentes podem postar materiais didáticos, atribuir tarefas e conduzir discussões online também é considerada uma prática bastante relevante. 

Com isso, o trabalho docente se torna mais flexível, especialmente no que tange à organização do conteúdo didático e à promoção de uma maior interação entre os alunos, permitindo discussões em fóruns online e trabalho colaborativo em projetos.

Mercado (2001) ainda explica que as TICs também possibilitam a implementação de metodologias de ensino inovadoras, como a sala de aula invertida. Portanto, neste modelo, os alunos são introduzidos ao conteúdo em casa, através de vídeos ou leituras, e a sala de aula é utilizada para atividades práticas, discussões em grupo e esclarecimento de dúvidas, possibilitando que o tempo em sala seja mais interativo e centrado no aluno, com o docente atuando como um facilitador do processo de ensino-aprendizagem.

Assim, para Mercado (2001), compreende-se que elas também são evidentes exemplos de uso de realidade aumentada (RA) e realidade virtual (VR) para proporcionar experiências imersivas e interativas. 

Nas aulas de ciências, por exemplo, os alunos podem utilizar óculos de VR para explorar ambientes virtuais, como o interior de uma célula ou a superfície de um planeta distante. Do mesmo modo, a RA pode ser utilizada para sobrepor informações digitais a objetos reais, enriquecendo o material didático com interatividade e profundidade.

No entanto, cabe ressaltar que o sucesso das TICs na sala de aula depende tanto da disponibilidade de tecnologia quanto de uma abordagem pedagógica bem planejada e do treinamento adequado dos docentes. 

Desse modo, entende-se que a tecnologia, quando integrada de forma eficaz, pode enriquecer significativamente a experiência de aprendizagem, tornando-a mais relevante, personalizada e envolvente para os alunos.

Impacto das TICS no desempenho dos alunos

O advento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) trouxe consigo, segundo Santiago (2006), uma revolução na maneira como a educação é conduzida, afetando diretamente o desempenho dos alunos em diversos contextos educacionais. Assim sendo, verifica-se que este impacto pode ser observado tanto em aspectos quantitativos, como melhorias nas notas e taxas de aprovação, quanto qualitativos, como o desenvolvimento de habilidades essenciais para o século XXI.

Dentro dessa perspectiva, revela-se que um dos principais impactos das TICs é a personalização da aprendizagem, pois com o auxílio de recursos como softwares educativos adaptativos e plataformas de aprendizagem online, os alunos podem aprender em um ritmo que se adapta às suas necessidades individuais. 

Assim, elucida-se que essa flexibilidade é particularmente benéfica para alunos que podem necessitar de mais tempo para assimilar conceitos, bem como para aqueles que estão prontos para avançar mais rapidamente. 

Desse modo, percebe-se que a capacidade de ajustar o ritmo e o estilo de aprendizagem tem mostrado melhorias significativas no desempenho dos alunos, pois atende às suas necessidades educacionais específicas.

Ademais, para Santiago (2006), a utilização das TICs no processo de ensino-aprendizagem facilita o acesso a uma série diversificada de recursos e materiais didáticos, os quais enriquecem o processo de aprendizagem, proporcionando aos alunos múltiplas perspectivas e fontes de informação. 

Nesse sentido, entende-se que com a internet, bibliotecas digitais e recursos educacionais abertos, os alunos têm à disposição uma variedade de materiais de aprendizagem que podem complementar e aprofundar o conteúdo abordado em sala de aula, além de melhorar a compreensão e a retenção de conhecimentos, resultando em um desempenho acadêmico aprimorado.

O uso de TICs na educação, de acordo com os apontamentos de Santiago (2006), não apenas prepara os alunos para o uso competente de tecnologias digitais, mas também promove habilidades de pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas. 

Afinal, essas habilidades são consideradas essenciais no mundo moderno, e o domínio delas tem um impacto positivo tanto no desempenho acadêmico quanto na preparação dos alunos para futuras carreiras e desafios da vida.

Portanto, é fundamental reconhecer que o impacto positivo das TICs depende de vários fatores, como a qualidade do conteúdo digital, a eficácia pedagógica na integração da tecnologia no currículo e a formação adequada dos professores. 

Além disso, acrescenta-se que desafios como a desigualdade no acesso às TICs podem criar discrepâncias no desempenho entre diferentes grupos de alunos. Desse modo, entende-se que enquanto as TICs oferecem potencial significativo para melhorar o desempenho dos alunos, sua implementação eficaz e igualitária é essencial para assegurar que todos os alunos se beneficiem dessa revolução educacional.

Barreiras na implementação das TICs

A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação, de acordo com Lazarini (2010), enfrenta diversas barreiras, que podem comprometer a eficácia dessa integração. Assim, descobre-se que essas barreiras, variando desde limitações de infraestrutura até questões de formação docente e resistência à mudança, são desafios significativos que precisam ser superados para garantir a efetiva incorporação das TICs no processo educativo.

Para Lazarini (2010), levando em consideração que as barreiras são inúmeras, a infraestrutura inadequada está entre as principais, uma vez que em diversa instituições, especialmente em áreas menos desenvolvidas, a falta de equipamentos tecnológicos atualizados e de acesso confiável à internet limita seriamente a capacidade de integrar as TICs na educação. 

Diante dessa realidade, revela-se que a carência de recursos tecnológicos necessários, torna-se desafiador para docentes e alunos aproveitarem plenamente os benefícios das ferramentas digitais.

Para a implementação bem-sucedida das TICs é necessário que os educadores não apenas sejam proficientes no uso da tecnologia, mas também que possam integrar eficazmente essas ferramentas em suas práticas pedagógicas. 

Em contrapartida, não se deve negar que muitos docentes podem se sentir desafiados pela necessidade de adaptar seus métodos de ensino ou por não terem recebido a formação adequada para utilizar as TICs de maneira eficiente.

Além disso, segundo Lazarini (2010), a resistência à mudança é uma barreira psicológica significativa, pois acredita-se que tanto educadores quanto alunos podem estar acostumados a métodos tradicionais de ensino e aprendizagem, e a introdução de novas tecnologias pode ser vista com ceticismo ou apreensão. 

Desse modo, ressalta-se que essa resistência ocorre devido ao medo do desconhecido, à falta de confiança nas próprias habilidades tecnológicas ou à percepção de que as novas ferramentas são mais complicadas ou menos eficazes do que os métodos tradicionais.

Nesse contexto, Lazarini (2010) salienta que a questão da igualdade também se apresenta como uma barreira substancial, visto que a implementação das TICs pode ampliar as disparidades existentes entre alunos de diferentes contextos socioeconômicos. 

Assim sendo, os alunos de famílias com menos recursos podem não ter acesso a dispositivos tecnológicos ou à internet em casa, o que pode limitar suas oportunidades de aprendizagem em comparação com seus colegas mais abastados.

É relevante destacar, neste sentido, que a integração efetiva das TICs requer um planejamento cuidadoso, que inclua a manutenção e atualização contínuas dos recursos tecnológicos, bem como a avaliação e adaptação constantes das estratégias pedagógicas. Por essa ótica, salienta-se que a falta de uma visão clara, recursos financeiros insuficientes ou apoio administrativo inadequado podem prejudicar a implementação efetiva das TICs.

Todavia, objetivando superar essas barreiras, é necessário um esforço coordenado que envolva investimento em infraestrutura, formação contínua de professores, estratégias de gestão eficazes e medidas para garantir a equidade no acesso às tecnologias, pois somente assim as TICs poderão ser plenamente integradas no ambiente educativo, maximizando seus benefícios para o ensino e a aprendizagem.

Formação docente para o uso das TICs

O processo de formação docente voltado para o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) é entendido, para Santiago (2006), como um aspecto decisivo para a integração favorável dessas tecnologias no processo educativo. 

Assim sendo, compreende-se que este desafio não se limita apenas ao trabalho de familiarizar os docentes com o uso básico de dispositivos e softwares; trata-se de uma abordagem mais ampla que visa integrar as TICs de forma eficaz e pedagogicamente significativa no ensino.

Desse modo, entende-se que um dos pontos centrais na formação docente é o desenvolvimento de competências digitais, que envolve não somente habilidades técnicas, como a operação de softwares e a navegação na internet, mas também a capacidade de selecionar, avaliar e utilizar recursos digitais adequados para fins educacionais. 

Ademais, é necessário acrescentar que os docentes precisam estar capacitados para entender como a tecnologia pode ser usada para facilitar metodologias de ensino inovadoras, como a aprendizagem baseada em projetos, a gamificação e a sala de aula invertida.

Nesse contexto, Santiago (2006) explica que esse processo de formação docente precisa ser contínuo, afinal, a tecnologia está em constante evolução, e os educadores precisam se manter atualizados com as últimas tendências e ferramentas disponíveis. 

Para tanto, revela-se que os programas de desenvolvimento profissional contínuo, workshops, seminários online e comunidades de prática são essenciais para manter os docentes engajados e informados sobre as novas possibilidades que as TICs oferecem.

Para Santiago (2006), o processo de formação precisa, acima de tudo, suplantar a capacitação técnica, buscando abordar as atitudes e percepções dos docentes em relação às TICs, pois muitas vezes, a resistência apresentada por eles em relação ao uso de novas tecnologias pode ser um obstáculo significativo. 

Contudo, salienta-se que a formação deve também focar em mudar percepções, demonstrando como as TICs podem enriquecer o processo de ensino e aprendizagem e ajudar os educadores a atenderem melhor às necessidades de seus alunos.

Quando se pensa numa formação docente efetiva para o uso das TICs, segundo Santiago (2006), é fundamental que se inclua estratégias de planejamento e gestão da sala de aula, como por exemplo, o uso de tecnologia para organizar o conteúdo do curso, gerenciar a participação dos alunos, avaliar o desempenho e proporcionar feedback. 

No entanto, para que isso ocorra de maneira efetiva, espera-se que os docentes estejam qualificados para enfrentar desafios como a distração dos alunos com a tecnologia e para garantir que o uso das TICs seja inclusivo e acessível a todos os alunos, apesar de suas condições socioeconômicas ou habilidades.

Assim sendo, percebe-se que a formação docente voltada para o uso das TICs deve ser vista como um processo contínuo e integrado, que leva em consideração o contexto individual de cada educador, suas experiências anteriores e necessidades específicas. 

Com isso, descobre-se que mediante uma abordagem universal e adaptativa, é possível preparar os docentes para explorar o potencial completo das TICs, promovendo um ambiente de aprendizagem enriquecedor, dinâmico e adaptado às exigências da sociedade contemporânea.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio da leitura deste artigo, apreende-se que atualmente vive-se em um mundo totalmente globalizado e, neste horizonte, a grade curricular educacional básica necessita ponderar acerca deste novo perfil não apenas visando a Educação nas universidades, como também uma formação para a vida. 

Antes, o professor se atinha exclusivamente a determinados procedimentos e recursos para ensinar seus conteúdos aos seus alunos, atualmente, esse mesmo professor necessita estar cada vez mais se aperfeiçoando e se inovando, melhorando o seu material de aula, organizando atividades diferentes, mais chamativas e ainda estabelecendo ambientes que harmonizem um desenvolvimento escolar aceitável e que se mostra profícuo em seu acolhimento. 

Perante isso, é necessário procurar por configurações didáticas que sejam inovadoras, pois o meio educacional configura-se cada vez mais intrincado, estabelecendo ao educador um aprimoramento constante, que irá ajudá-lo a se aperfeiçoar efetivamente, cooperando para que haja um ensino dentro da sala de aula com mais qualidade. 

Nesse todo, todas as tecnologias como, por exemplo, o computador, comumente usados como complementação da aprendizagem, mostra-se como sendo um meio que estimula o estudante a querer estudar, agenciando um contentamento tanto para o docente quanto para o estudante. 

Tal recurso tecnológico acarreta uma série de inovações, pois, com o uso desse recurso, tudo se contornar de maneira mais acelerada e simplificada, colaborando para um melhor comportamento escolar e servindo como recurso pedagógico que apoiará perfeitamente o educador e o educando no processo de ensino e aprendizagem. 

Desta forma, é capital que haja atualmente uma grade curricular com múltiplas probabilidades de acomodamentos, otimizando o andamento das atividades em sala de aula, beneficiando assim a permuta de conhecimentos, expandindo a conexão entre o docente e o estudante para conseguir uma educação com qualidade e sem falhas. 

Assim, conclui-se após a leitura deste artigo, que, por meio do uso das tecnologias de comunicação e de informação no ensino, o educador passará a ter um grande desafio em sua frente, pois, para trabalhar com a tecnologia, ele precisará de especialização e de apoio da unidade escolar na qual trabalha, a qual terá que fornece materiais tecnológicos de qualidade para que o seu trabalho se torna profícuo.

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