THE ROLE OF PHYSICAL ACTIVITY IN MENTAL HEALTH: AN ANALYSIS OF THE EFFECTS IN PEOPLE WITH MENTAL DISORDERS.
EL PAPEL DE LA ACTIVIDAD FÍSICA EN LA SALUD MENTAL: UN ANÁLISIS DE LOS EFECTOS EN PERSONAS CON TRASTORNOS MENTALES.
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8160908
Érica Motta Moreira de Souza¹
Wanderson Alves Ribeiro²
Denilson Costa Soares³
Joseana Moreira Assis Ribeiro4
Rodolfo Gomes de Araujo Oliveira5
Ary Sergio Coutinho Barbosa Júnior6
Thiago Rodrigues Gonçalves7
Andréa Matias Evangelho8
Marise Palmeira de Carvalho9
Simony Ricci Coelho10
Joel Teixeira Dutra11
Resumo
Este texto discute os benefícios da atividade física na saúde mental, especialmente em indivíduos com transtornos mentais. Pesquisas mostram que a atividade física regular pode ajudar a prevenir e tratar depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outras condições de saúde mental. No entanto, a atividade física deve ser individualizada e guiada por profissionais qualificados, levando em consideração a saúde física e mental do paciente. O texto também enfatiza que o tipo e a dose de atividade física podem influenciar seus efeitos na saúde mental, e que atividades adaptadas às necessidades e preferências individuais têm mais probabilidade de serem eficazes e sustentáveis. Por fim, o texto aborda algumas das barreiras à atividade física em indivíduos com transtornos mentais, como falta de motivação e medo de julgamento, e enfatiza a importância de criar um ambiente positivo para promover a atividade física.
Palavras- Chave: Atividade física; Transtornos mentais; Depressão; Ansiedade.
Abstract
This text discusses the benefits of physical activity on mental health, especially in individuals with mental disorders. Research has shown that regular physical activity can help prevent and treat depression, anxiety, bipolar disorder, and other mental health conditions. However, physical activity should be individualized and guided by qualified professionals, taking into account the physical and mental health of the patient. The text also emphasizes that the type and dose of physical activity may influence its effects on mental health, and that activities that are tailored to individual needs and preferences are more likely to be effective and sustainable. Finally, the text addresses some of the barriers to physical activity in individuals with mental disorders, such as lack of motivation and fear of judgment, and emphasizes the importance of creating a positive environment to promote physical activity.
Keywords: Physical activity; Mental disorders; Depression; Anxiety.
Resumen
Este texto habla sobre los beneficios de la actividad física en la salud mental, especialmente en personas con trastornos mentales. La investigación ha demostrado que la actividad física regular puede ayudar a prevenir y tratar la depresión, la ansiedad, el trastorno bipolar y otras afecciones de salud mental. Sin embargo, la actividad física debe ser individualizada y guiada por profesionales calificados, teniendo en cuenta la salud física y mental del paciente. El texto también enfatiza que el tipo y la dosis de actividad física pueden influir en sus efectos en la salud mental, y que las actividades adaptadas a las necesidades y preferencias individuales son más propensas a ser efectivas y sostenibles. Finalmente, el texto aborda algunas de las barreras para la actividad física en personas con trastornos mentales, como la falta de motivación y el miedo al juicio, y enfatiza la importancia de crear un ambiente positivo para promover la actividad física.
Palavras Clave: Actividad física; Trastornos mentales; Depresión; Ansiedad.
1. Introdução
Os transtornos mentais são um grande problema de saúde pública em todo o mundo, afetando milhões de pessoas de todas as idades, gêneros e raças. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 4 pessoas no mundo sofrerá de um transtorno mental em algum momento de suas vidas (WHO, 2019). Esses transtornos podem ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas, incluindo sua saúde física e mental.
A prática regular de atividade física é amplamente conhecida pelos seus benefícios na saúde física, como a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, entre outras. Contudo, recentemente, a atividade física tem sido reconhecida como uma estratégia promissora para melhorar a saúde e a qualidade de vida de pessoas com transtornos mentais (Cooney et al., 2013), como a depressão, a ansiedade e o transtorno bipolar. A atividade física pode incluir qualquer tipo de exercício, como caminhada, corrida, natação, ioga, dança, entre outros. A prática regular de atividade física pode ter efeitos positivos na saúde física e mental de pessoas com transtornos mentais (Stubbs et al., 2018).
A relação entre atividade física e saúde mental tem sido investigada há algumas décadas. Em um estudo pioneiro, realizado na década de 1980, foi observado que indivíduos que se exercitavam regularmente apresentavam menos sintomas de depressão em comparação com aqueles que eram sedentários (Morgan, 1985). Desde então, diversos estudos têm corroborado a ideia de que a atividade física pode trazer benefícios para a saúde mental.
No que diz respeito aos transtornos mentais, as evidências apontam que a atividade física pode ser eficaz tanto na prevenção quanto no tratamento desses transtornos (Craft & Perna, 2004). De acordo com um estudo realizado em 2017, a prática regular de atividade física pode reduzir em até 43% o risco de desenvolver depressão em pessoas sem histórico prévio da doença (Schuch et al., 2017).
Além disso, a atividade física pode ser uma importante terapia complementar ao tratamento medicamentoso e psicoterápico. Um estudo realizado em 2018 demonstrou que a prática de atividade física pode reduzir os sintomas de ansiedade e depressão em pacientes com transtorno bipolar, além de melhorar a qualidade de vida desses pacientes (Vancampfort et al., 2018).
A atividade física também pode melhorar a qualidade de vida de pessoas com transtornos mentais. Uma revisão sistemática de 25 estudos descobriu que a atividade física foi associada a uma melhoria na qualidade de vida em pessoas com transtornos mentais (Firth et al., 2018). Além disso, a atividade física pode ajudar as pessoas com transtornos mentais a aumentar sua participação social e a melhorar a sua capacidade de realizar atividades diárias (Ashdown-Franks et al., 2021).
Por fim, é importante ressaltar que a prática de atividade física deve ser individualizada e orientada por profissionais qualificados, levando em consideração o estado de saúde física e mental do paciente.
Dados estatísticos mostram que a prevalência de transtornos mentais é alta em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo, e cerca de 264 milhões sofrem de transtornos de ansiedade (OMS, 2017). Nesse sentido, investir em estratégias de promoção da atividade física pode ser uma importante medida para a prevenção e tratamento desses transtornos.
2. Metodologia
Este artigo científico foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica de estudos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais entre os anos de 2004 e 2021. Para a seleção dos artigos, foram realizadas buscas nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando os seguintes descritores: “exercise”, “physical activity”, “mental disorders”, “mental health”, “quality of life”. Foram incluídos na revisão apenas estudos que avaliaram os efeitos da atividade física na saúde e na qualidade de vida de pessoas com transtornos mentais.
Os critérios de inclusão foram: (1) estudos publicados em periódicos científicos revisados por pares; (2) estudos que avaliaram os efeitos da atividade física em pessoas com transtornos mentais, incluindo depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outros; (3) estudos que utilizaram medidas objetivas ou subjetivas para avaliar a saúde e a qualidade de vida dos participantes; (4) estudos que utilizaram intervenções baseadas em atividade física, incluindo exercícios aeróbicos, musculação, ioga, entre outros.
Foram excluídos da revisão estudos que não atenderam aos critérios de inclusão acima mencionados, bem como estudos que não estavam disponíveis em formato eletrônico.
Os artigos selecionados foram lidos e analisados em sua totalidade, e as informações relevantes foram extraídas e organizadas em tópicos relacionados aos efeitos da atividade física na saúde e na qualidade de vida de pessoas com transtornos mentais.
Os resultados desta revisão bibliográfica indicam que a atividade física pode ser benéfica para a saúde mental, melhorando sintomas de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais, bem como melhorando a qualidade de vida em geral. Dessa forma, a atividade física deve ser considerada como uma opção terapêutica importante para pessoas que sofrem de transtornos mentais.
3. Resultados
As buscas resultaram em 100 artigos que percorreram as seguintes etapas: primeiro, 33 artigos foram excluídos por estarem duplicados. Segundo, iniciou-se a leitura dos títulos e resumos, em que 30 artigos foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão e os pesquisadores levaram em consideração alguns termos e expressões – presentes no título e/ou no resumo – como “Saúde mental”; “Estudante de enfermagem”.
Na terceira etapa, houve a leitura completa dos artigos selecionados na etapa anterior. A partir daí, restaram 37 artigos, excluindo 17 estudos após a compreensão de não atenderem o objetivo e por não trazerem respostas à questão norteadora, obteve-se uma amostra final de 20 artigos.
A priori, os transtornos mentais são considerados uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 450 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais em todo o mundo, e esse número deve continuar a crescer. Os transtornos mentais são caracterizados por uma ampla gama de sintomas que afetam o pensamento, o comportamento e as emoções de uma pessoa. Eles podem ser classificados em diferentes categorias, como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno de estresse pós-traumático.
A atividade física é um meio potencialmente eficaz para ajudar a tratar e prevenir esses transtornos mentais. As evidências científicas indicam que a atividade física pode reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, melhorar a autoestima e a saúde física em geral, além de aumentar a participação social e a capacidade de realizar atividades diárias.
Estudos indicam que a atividade física pode ter efeitos benéficos na prevenção de transtornos mentais. Em um estudo realizado por Mikkelsen et al. (2017), verificou-se que a atividade física foi associada a uma redução significativa na prevalência de sintomas depressivos. Além disso, as pessoas que participaram de atividades físicas tiveram um menor risco de desenvolver transtornos mentais, em comparação com as pessoas sedentárias.
A atividade física também pode ajudar a melhorar a saúde mental em pessoas que já têm transtornos mentais. De acordo com um estudo de Craft e Perna (2004), a atividade física foi associada a uma redução significativa nos sintomas de depressão em pacientes com transtorno bipolar. Outro estudo de Rethorst et al. (2009) descobriu que a atividade física pode melhorar a saúde física e mental em pessoas com depressão grave.
É importante ressaltar que a atividade física deve ser adaptada às necessidades e habilidades individuais e que a adesão a longo prazo é fundamental para obter os benefícios. Os profissionais de saúde devem considerar a atividade física como uma opção de tratamento complementar para pessoas com transtornos mentais, e os pacientes devem ser encorajados a adotar um estilo de vida ativo.
Apesar das evidências crescentes, ainda há uma necessidade de investimentos em pesquisas para entender melhor os mecanismos pelos quais a atividade física pode ajudar a melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas com transtornos mentais. No entanto, os resultados até o momento sugerem que a atividade física pode ser uma estratégia valiosa para melhorar a saúde física e mental e a qualidade de vida em pessoas com transtornos mentais.
Portanto, é importante que os profissionais de saúde incentivem e orientem os pacientes com transtornos mentais sobre a importância da prática regular de atividade física, respeitando sempre suas limitações e capacidades. A atividade física pode ser considerada uma ferramenta complementar importante para o tratamento e prevenção de transtornos mentais, e deve ser incorporada às intervenções terapêuticas como uma estratégia para melhorar a saúde e qualidade de vida dessas pessoas.
Além disso, a prática regular de atividade física pode ajudar a reduzir os custos do tratamento, já que muitas vezes a atividade física pode ser uma opção mais econômica e acessível do que as terapias medicamentosas e psicológicas tradicionais.
Em resumo, a atividade física é uma estratégia promissora para melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas com transtornos mentais. Embora ainda sejam necessárias pesquisas adicionais para entender melhor os mecanismos pelos quais a atividade física exerce seus efeitos benéficos, as evidências disponíveis sugerem que a prática regular de atividade física deve ser considerada uma opção de tratamento complementar para pessoas com transtornos mentais. Profissionais de saúde e pacientes devem trabalhar juntos para desenvolver um plano de atividade física individualizado que atenda às necessidades e capacidades individuais de cada pessoa. A incorporação da atividade física na rotina diária pode levar a uma melhoria significativa na saúde e qualidade de vida das pessoas com transtornos mentais.
1. Adaptação personalizada de atividade física: o papel da dose e do tipo na promoção da saúde mental
Algumas pesquisas indicam que atividades aeróbicas de moderada a alta intensidade podem ser mais eficazes do que atividades de baixa intensidade. Além disso, a frequência e a duração da atividade física também podem influenciar seus efeitos sobre a saúde mental.
No entanto, é importante que a atividade física seja adaptada às necessidades e preferências individuais. Por exemplo, uma pessoa com uma condição médica que limite a prática de atividades físicas intensas pode se beneficiar mais de atividades de baixa intensidade, como caminhadas. Da mesma forma, pessoas com transtornos mentais podem ter preferências pessoais por determinados tipos de atividade física, como dança, ioga ou natação.
A personalização da atividade física também pode ser importante para melhorar a adesão e a continuidade da prática. Quando a atividade física é adaptada às necessidades e preferências individuais, é mais provável que as pessoas se sintam motivadas a continuar praticando, o que pode aumentar os benefícios para a saúde mental a longo prazo.
Em resumo, a dose e o tipo de atividade física podem ser importantes para a promoção da saúde mental, mas é essencial que a atividade física seja adaptada às necessidades e preferências individuais. Dessa forma, é possível personalizar as intervenções de atividade física para cada pessoa, tornando-as mais eficazes e sustentáveis.
2. Superando barreiras para a prática de atividade física em pessoas com transtornos mentais: estratégias para promover a adesão
A prática de atividade física é essencial para a promoção da saúde física e mental, mas pessoas com transtornos mentais podem enfrentar diversas barreiras para a sua adesão. No entanto, é importante superar essas barreiras para garantir que essas pessoas possam desfrutar dos benefícios da atividade física para a sua saúde mental.
Uma das principais barreiras para a prática de atividade física em pessoas com transtornos mentais é a falta de motivação. Essas pessoas podem não ver o exercício como uma atividade agradável ou não perceber os benefícios que ele pode trazer para a sua saúde mental. Nesse sentido, é importante que os profissionais de saúde e educadores físicos ajudem a criar um ambiente positivo para a prática de atividade física, mostrando os benefícios que ela pode trazer para a saúde mental e incentivando a participação em atividades que são do interesse e preferência da pessoa.
Outra barreira é o medo de julgamento. Pessoas com transtornos mentais podem se sentir inseguras em relação à sua aparência física ou desempenho durante a atividade física, o que pode gerar ansiedade e estresse. Para superar essa barreira, é importante criar um ambiente acolhedor e livre de julgamentos, promovendo a inclusão e a diversidade. Além disso, pode ser útil incentivar a prática de atividades em grupo, onde os indivíduos possam se sentir mais confortáveis e apoiados por outras pessoas que passam por situações semelhantes.
Outra barreira comum é a dificuldade em manter uma rotina de exercícios. Pessoas com transtornos mentais podem ter flutuações no seu humor e energia, o que pode dificultar a manutenção de uma rotina regular de atividade física. Nesse sentido, é importante que os profissionais de saúde e educadores físicos trabalhem em conjunto para criar um plano de atividade física que seja adaptado às necessidades individuais, com exercícios que sejam agradáveis, acessíveis e que possam ser realizados em diferentes momentos do dia, conforme as necessidades do indivíduo.
Por fim, é importante que as estratégias para promover a adesão à atividade física em pessoas com transtornos mentais sejam personalizadas e adaptadas a cada indivíduo. Cada pessoa tem necessidades e preferências únicas, e é importante considerar esses fatores na elaboração de estratégias para a promoção da atividade física. Com a ajuda dos profissionais de saúde e educadores físicos, é possível superar essas barreiras e promover a prática de atividade física em pessoas com transtornos mentais, contribuindo para a sua saúde mental e qualidade de vida.
3. Efeitos da atividade física na saúde mental em diferentes grupos populacionais: a importância da personalização das intervenções
A personalização das intervenções é um fator crucial para garantir que a saúde mental, através da atividade física, seja alcançada em diferentes grupos populacionais.
Em relação à idade, pesquisas têm sugerido que os efeitos da atividade física na saúde mental podem variar. Por exemplo, um estudo conduzido com idosos mostrou que a prática de atividades físicas de intensidade moderada a alta estava associada a menores níveis de depressão. Já em adolescentes, a prática de atividade física regular foi associada a uma melhora na qualidade de vida relacionada à saúde mental.
O gênero também pode ser um fator relevante na personalização das intervenções. Em mulheres, por exemplo, o exercício físico pode ser particularmente eficaz na redução dos sintomas de ansiedade. Já em homens, a atividade física foi associada a um aumento da autoestima e da percepção de bem-estar.
Outro fator importante a ser considerado é o diagnóstico psiquiátrico. Estudos têm mostrado que a prática de atividade física pode ser benéfica para pessoas com diferentes transtornos mentais, como depressão, ansiedade, esquizofrenia e transtorno bipolar. No entanto, é importante personalizar as intervenções de acordo com as necessidades e especificidades de cada grupo.
Além disso, o nível de atividade física prévio pode influenciar os efeitos da atividade física na saúde mental. Por exemplo, um estudo mostrou que pessoas com baixo nível de atividade física prévia tiveram uma redução maior nos sintomas de ansiedade e depressão após um programa de atividade física em comparação com pessoas com alto nível de atividade física prévia.
Dessa forma, a personalização das intervenções de atividade física é essencial para garantir que os benefícios na saúde mental sejam alcançados em diferentes grupos populacionais. Isso envolve considerar fatores como idade, gênero, diagnóstico psiquiátrico e nível de atividade física prévio, além de adaptar a dose e o tipo de atividade física às necessidades e preferências individuais.
4. Prescrição ética de atividade física em saúde mental: considerações para a prática clínica
A prescrição de atividade física para pessoas com transtornos mentais é uma prática cada vez mais comum, devido aos inúmeros benefícios que a atividade física pode trazer para a saúde mental. No entanto, é importante que os profissionais de saúde mental tenham em mente questões éticas que envolvem essa prática, garantindo a autonomia do paciente, o consentimento informado, a privacidade e a confidencialidade.
Um dos principais aspectos éticos a ser considerado na prescrição de atividade física em saúde mental é a autonomia do paciente. É essencial que o paciente seja informado sobre os benefícios e possíveis riscos da atividade física, além de ter a liberdade de escolher se deseja ou não participar das atividades prescritas.
Além disso, é importante que o profissional de saúde mental obtenha o consentimento informado do paciente, explicando claramente o objetivo da atividade física e quais serão os procedimentos envolvidos.
Outro aspecto ético a ser considerado é a privacidade e a confidencialidade. O paciente deve ter a garantia de que as informações relacionadas à sua saúde mental não serão compartilhadas com terceiros sem a sua autorização, incluindo informações sobre a sua participação em atividades físicas.
A prescrição de atividade física em saúde mental também deve levar em conta a individualidade do paciente, incluindo fatores como idade, condição física, nível de atividade física prévio e preferências pessoais. A adaptação das atividades físicas às necessidades e preferências individuais pode aumentar a adesão e os benefícios da atividade física para a saúde mental.
Em suma, a prescrição ética de atividade física em saúde mental envolve a garantia da autonomia do paciente, o consentimento informado, a privacidade e a confidencialidade, bem como a personalização das atividades físicas. É importante que os profissionais de saúde mental estejam cientes dessas questões éticas e sigam as melhores práticas na prescrição de atividade física para essa população.
5. Considerações Finais
Este texto discute os benefícios da atividade física na saúde mental, especialmente em indivíduos com transtornos mentais. Pesquisas mostram que a atividade física regular pode ajudar a prevenir e tratar depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outras condições de saúde mental. No entanto, a atividade física deve ser individualizada e guiada por profissionais qualificados, levando em consideração a saúde física e mental do paciente. O texto também enfatiza que o tipo e a dose de atividade física podem influenciar seus efeitos na saúde mental, e que atividades adaptadas às necessidades e preferências individuais têm mais probabilidade de serem eficazes e sustentáveis. Por fim, o texto aborda algumas das barreiras à atividade física em indivíduos com transtornos mentais, como falta de motivação e medo de julgamento, e enfatiza a importância de criar um ambiente positivo para promover a atividade física.
Um planejamento de uma nova rotina, regulação do sono, boa alimentação, exercícios físicos, e resiliência contribuem para o bom desenvolvimento da saúde mental, o sono e a alimentação são vistos em inúmeras literaturas como um dos fatores mais importantes para a saúde mental, estes fatores interferem diretamente na manutenção e desempenho do funcionamento biológico.
Em conclusão, a prática regular de atividade física tem sido amplamente reconhecida como uma estratégia promissora para melhorar a saúde física e mental e a qualidade de vida de pessoas com transtornos mentais. As evidências científicas indicam que a atividade física pode reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, melhorar a autoestima e a saúde física em geral, além de aumentar a participação social e a capacidade de realizar atividades diárias.
Os profissionais de saúde devem considerar a atividade física como uma opção de tratamento complementar para pessoas com transtornos mentais, e os pacientes devem ser encorajados a adotar um estilo de vida ativo. É importante ressaltar que a atividade física deve ser adaptada às necessidades e habilidades individuais e que a adesão a longo prazo é fundamental para obter os benefícios.
Apesar das evidências crescentes, ainda há uma necessidade de investimentos em pesquisas para entender melhor os mecanismos pelos quais a atividade física pode ajudar a melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas com transtornos mentais. No entanto, os resultados até o momento sugerem que a atividade física pode ser uma estratégia valiosa para melhorar a saúde física e mental e a qualidade de vida em pessoas com transtornos mentais.
Pode-se assim concluir que o presente trabalho será capaz de contribuir para novos estudos relacionados a presente temática, fazendo-se refletir sobre os inúmeros impactos causados aos pela atividade física na saúde mental.
Referências
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1 Acadêmico do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Iguaçu. E-mail: ericam_moreira@hotmail.com. https://orcid.org/0000-0002-8611-2892;
2 Enfermeiro. Mestre e Doutorando pelo PACCS/EEAAC/UFF; Acadêmico de medicina da Universidade Iguaçu. E-mail: enf.wandersonribeiro@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-8655-3789
3 Graduado em Educação Física pela Universidade Iguaçu, Pós-graduado em Dança e Educação pela Universidade Castelo Branco, Mestre em Ciências Ambientais – Universidade Veiga de Almeida, Coordenador e Docente da Universidade Iguaçu dos Cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física (Presencial e EAD) Coordenador e Docente dos cursos de Pós-graduação presencial em Educação Física Escolar e Bases Teóricas e Práticas para Treinamento em Musculação da Universidade Iguaçu, Coordenador e Docente dos cursos de Pós-graduação EAD em Gestão de Eventos Esportivos e Culturais, Professor e Coreografo de Danças Urbanas. E-mail denilsondmx@hotmail.com https://orcid.org/0000-0003-3722-4211
4 Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Pará (2001). Professora do curso de Nutrição do CESUPA, ESMAC, ESAMAZ e ESTÁCIO,
Especialização em Nutrição e Atividade Física.
Universidade do Estado do Pará, UEPA, Brasil. Especialização em Fisiologia do Exercício Avançada.
Universidade Veiga de Almeida, UVA/RJ, Especialização em Emagrecimento e Estética.
Universidade Veiga de Almeida, UVA/RJ, Especialização em Engenharia Corporal.
Universidade Veiga de Almeida, UVA/RJ, Especialização em Exercício e Bem – Estar.
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Marabá, FACIMAB,
Especialização em MBA Executivo em Gestão de Negócios em Gastronomia.
Faculdade UniBF, UNIBF, Especialização em Metodologias Ativas e Prática Docente.
Faculdade UniBF, UNIBF, Mestrado em Saúde Pública.
Faculdade Interamericana de Ciencias Sociales, FICS, Paraguai. Doutorado em Saúde Pública.
Faculdade Interamericana de Ciencias Sociales, FICS, Paraguai. E MAIL: joseanaassis@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-9795-5476
5 Graduado em Educação Física, Mestrando em Novas Tecnologias Digitais Aplicadas à Educação Especialização em Desporto de Quadra e Campo – Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, especialização em desporto de quadra e campo – SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO e professor assistente da Universidade Iguaçu. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: terceira idade, exercício físico, qualidade de vida, gestor esportivo e atividades recreativas. https://orcid.org/0000-0001-8555-3939
6 Licenciado em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) formado em 2015, onde atuou como aluno-monitor da disciplina Metodologia do Treinamento Desportivo. Bacharel em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (2019) Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – Instituto Multidisciplinar – Campus Nova Iguaçu – RJ (2017). Durante a graduação de Economia esteve envolvido num projeto de iniciação científica chamado Boletim de Conjuntura Econômica do Grupo de Pesquisa em Políticas Econômicas (GPPE) da UFRRJ, além de ter atuado como monitor da disciplina Macroeconomia. Licenciado em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (2022) Pós graduado Lato Sensu em Administração, Orientação Educacional, Supervisão Escolar e Pedagógica pela Universidade Iguaçu (UNIG) (2018) Pós graduado Lato Sensu em Especialização em Educação Física Escolar pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) (2022) Mestre pelo do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte do Instituto de Educação Física e Desportos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGCEE-UERJ) vinculado à abordagem Psicossociocultural do Exercício Físico.https://orcid.org/0000-0002-3712-0044
7 Pós-doutorado em Ciências pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Escola de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestre em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui graduação em licenciatura plena em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é graduando em Filosofia pela Universidade Paranaense (Unipar). Atualmente é docente do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro ISERJ/FAETEC pelo curso de Pedagogia e da Universidade Iguaçu (UNIG) pelo curso de Educação Física (Licenciatura e Bacharelado) sendo líder do grupo de Pesquisa em Ciências do Desempenho e Promoção da Saúde. Tem experiência na área de Educação Física, Educação, Filosofia e Saúde com ênfase em Promoção da saúde, Metodologia da Pesquisa, Filosofia da Ciência e Pesquisa atuando principalmente nos seguintes temas: exercício físico, envelhecimento, modulação autonômica cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca, treinamento dos músculos respiratório e qualidade de vida. https://orcid.org/0000-0003-4514-7308
8 Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Salgado de Oliveira (2001), graduação em Estética e Cosmética pela Universidade Salgado de Oliveira (2014), graduação em Programa Especial de Formação de Docente pela Universidade Salgado de Oliveira (2002) e graduação em Educação Física pela Universidade Salgado de Oliveira (2008). Atualmente é professora da Universidade Iguaçu. https://orcid.org/0009-0002-9597-4846
9 Graduada em Educação Física pela Universidade Castelo Branco (1979). Especialização em Natação e Hidroginástica pela Universidade Iguaçu (UNIG). Mestrado Profissional em Educação Física, Saúde e Qualidade de vida, na área de Ginástica Rítmica e Psicomotricidade, pela Universidade Iguaçu. Formada em Música pelo Conservatório Brasileiro de Música. Atualmente é Professora titular da Universidade Iguaçu. Professora no curso de Licenciatura em Educação Física e Pedagogia na Universidade Iguaçu. Professora titular do Instituto de Educação Santo Antônio. Professora e Coordenadora do Curso de Pós-graduação em Psicomotricidade na Universidade Iguaçu. Professora do curso de Pós-Graduação Instituto Meta Produções. Tem experiência na área de Pedagogia e Educação Física, com ênfase em Psicomotricidade, Recreação e Lazer, Educação Física Escolar, Dança Escolar, Ginástica Rítmica, Prática Pedagógica, Jogos Tradicionais e Hidroginástica. https://orcid.org/0009-0001-0063-0470
10 Doutora do Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes da Universidade UNIGRANRIO. Mestre em Letras e Ciências Humanas(2011- UNIGRANRIO). Pós- graduada Lato-sensu em Administração, Orientação Educacional, Supervisão Escolar e Pedagógica (2015 – UNIG) Pós- graduada lato-sensu em Administração Escolar pela Universidade Salgado Oliveira, Pós-graduada Lato -sensu em Literatura Brasileira e Contemporânea pela Universidade Iguaçu. Graduada em Bacharel em Direito pela Universidade Iguaçu (1995) Graduada em Letras pela Universidade Iguaçu (2003) Atualmente é professora Adjunta da Universidade Iguaçu das disciplinas Prática Pedagógica, Língua Portuguesa, Metodologia do Ensino Básico , Políticas Públicas Educacionais e Língua Portuguesa na modalidade EaD. . Coordenadora do Estágio Supervisionado, Professora Visitante nos cursos de Pós-Graduação lato-sensu em Gestão (UNIG) . Professora do Município de Queimados na Baixada Fluminense no Estado do Rio de Janeiro. . Técnica da Meta 12 do Plano Municipal de Educação de Nova Iguaçu. 2015/2025 Integrante do Grupo de Pesquisa em Gestão Escolar e Políticas Públicas- GEPP na Universidade Iguaçu. Coordenadora e Implementadora da BNCC/Currículo Municipal Nova Iguaçu/RJ. Coordenadora de àrea do PIBID- Coordenadora do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu = Língua Portuguesa- UCP/IPETEC. Área de atuação em Língua Portuguesa, Formação de Professores, Diversidade, Relações Étnico-Raciais https://orcid.org/0000-0002-1981-7905
11 Graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998), Mestrando em novas tecnologias educacionais (UNicarioca), pós graduado em desporto escolar pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2005). -Curso técnico em Natação, Hidroginástica e Ginastica Gerontológica (AXE 1997) – Curso de Hidroginástica pela UFRJ (2001) – Curso de handebol com Técnico da Seleção Brasileira de handebol Jordi Ribera (2006, 2013 e 2014). – Experiência na área de natação e Hidroginástica (1994 a 2008), – Técnico da seleção carioca de handebol (2010 e 2011), – Auxiliar técnico da seleção brasileira junior de handebol (2015 a 2017) sendo bi-campeão Pan Americano em Foz de Iguaçu (2015) e Assunção (2017).. – Professor de educação física das redes estadual (desde de 2001) e municipal de ensino do RJ (desde de 2012). – Diretor geral do C.E. Antônio da Silva (desde 2017) – Professor da Universidade Iguaçu (desde de 2013) nas disciplinas (Natação, Handebol, prática profissional I e II), email joeltdhand@gmail.com