REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202410292051
Liliane Costa dos Santos1;
Mílvio da Silva Ribeiro2
Resumo
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por um desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, e pode incluir um repertório restrito de interesses e atividades. É crucial que a escola se preocupe com a qualidade do ensino, o que requer o comprometimento coletivo de educadores e educandos, visando à formação integral da cidadania por meio da construção efetiva do conhecimento. Para compreendermos melhor o autismo dentro do contexto da escola regular e o ensino para pessoas autistas, optamos por realizar uma pesquisa bibliográfica, discutindo os fundamentos teóricos relevantes para o estudo. Ao concluir a pesquisa, observamos que o uso do lúdico como método pedagógico pode ser altamente eficaz com estudantes autistas, proporcionando uma abordagem interessante e divertida para a aquisição de aprendizado. Reconhecemos que os estudantes autistas possuem necessidades educacionais especiais que devem ser atendidas pelos professores, a fim de promover seu desenvolvimento e garantir que acompanhem o processo de ensino- aprendizagem.
Palavras-chave: Autismo. Estratégia de Aprendizagem. Lúdico na aprendizagem.
Abstract
Autism spectrum disorder (ASD) is a neurodevelopmental disorder characterized by atypical development, behavioral manifestations, deficits in communication and social interaction, repetitive and stereotyped behavior patterns, and may include a restricted repertoire of interests and activities. It is crucial that schools are concerned with the quality of education, which requires the collective commitment of educators and students, aiming at the integral formation of citizenship through the effective construction of knowledge. In order to better understand autism within the context of regular schools and education for autistic individuals, we chose to conduct a bibliographical research, discussing the theoretical foundations relevant to the study. Upon concluding the research, we observed that the use of play as a pedagogical method can be highly effective with autistic students, providing an interesting and fun approach to learning acquisition. We recognize that autistic students have special educational needs that must be met by teachers in order to promote their development and ensure that they follow the teaching-learning process.
Keywords: Autism. Learning Strategy. Playful learning.
INTRODUÇÃO
A inclusão de pessoas com deficiência em diversos aspectos da sociedade tem sido motivo de muita discussão no sistema educacional brasileiro, devido à complexidade dos fatores que precisam ser revistos para sua implementação adequada. Pois é necessário entender o autismo para poder buscar alternativas de aprendizagem que sejam eficazes para esses estudantes, pois segundo dados do Instituto Singular, (2021, p.39)
O Transtorno do Espectro Autista está relacionado ao neurodesenvolvimento e a pessoa diagnosticada com TEA possui muitas dificuldades em se comunicar, apresentando, muitas vezes, a fala repetida, o interesse delimitado e restrito por acontecimentos, objetos, e pessoas, por exemplo. Algumas ações também são repetitivas, além de gestos corporais, como balançar as mãos, movimentar o corpo para frente e para trás, deslocar objetos etc. (Instituto Singular, 2021).
Portanto, o trabalho se caracterizou como um estudo de natureza bibliográfica, por meio de bases de dados renomadas como Scielo e Google acadêmico, a fim de explanar ideias de autores que frisam sobre a ludicidade no processo de ensino aprendizagem de crianças com TEA e autores que abordam acerca da inclusão desses alunos a partir do lúdico,
O objetivo geral do trabalho é compreender a importância do lúdico para aprendizagem utilizado como método pedagógico com estudantes autistas, logo, os objetivos específicos são: Identificar na literatura a importância do lúdico por meio de metodologias ativas no ensino para autistas e entender a educação lúdica para estudantes autistas.
Assim, abordou-se a importância do ensino para estudantes autistas as quais podem ser muito úteis no que diz respeito ao aprendizado, pois através do ensino o estudante é estimulado a criar, pensar e descobrir, além disso, o estudante desenvolve noções de regras e obediência, o que mais tarde será desenvolvido pelo estudante como forma de se comportar e aceitar as regras escolares e familiares (Gonçalves, 2003).
Partindo dessa ideia é notável que ocorrem dificuldades na aprendizagem do estudante com autismo na educação, nesse sentido é preciso que haja diferentes formas de ensino que facilitem o desenvolvimento dessas estudantes, e para isso educadores do ensino regular devem utilizar estratégias de ensino, em suas aulas, através do lúdico fazendo com que se tenha um bom entendimento do ensino vivenciado.
Cunha (2016), apresenta o brincar como ferramenta de desenvolvimento ativa, capaz de proporcionar bem-estar e permitir a exploração de problemáticas de forma concreta através do simbolismo, porém sem rigidez e pressões presentes em outros métodos tradicionais, ainda assim trabalhando as regras, a significância dos objetos e as relações entre si mesmo e com o outros.
Quando se fala de estudante autista, outra demanda que ocorre dentro do ambiente escolar é o ensino para a pessoa autista adulta, muitas vezes a pessoa autista cresce com disparidades cognitivas em comparação aos seus pares em idade e possui atrasos idade/série, dentro dessa demanda encontra ambientes despreparados para recebê-la.
O presente artigo está organizado em tópicos, sendo que o tópico 1 visa tratar da educação para inclusão sendo que é um direito de todos e para todos. No tópico 2 traçaremos discussões sobre transtorno do espectro autista e práticas lúdicas na educação enfatizando seus limites e possibilidades. O tópico 3 vai analisar a visão de autores sobre o lúdico no aprendizado para atender as diferenças. No tópico 4 faremos algumas apontamentos e recomendações sobre a presente temática e sobre a importância de serem feitos estudos mais aprofundados, logo após, as nossas considerações finais.
1 EDUCAÇÃO PARA INCLUSÃO: UM DIREITO DE TODOS E PARA TODOS.
Todo indivíduo tem direitos e deveres por iguais, seja qual for sua opção sexual, cor, etnia, classe social, etc., e a escolas têm por obrigação receber e educar a todos. De acordo com a lei nº12.764, Lei Berenice Piana de 2012, o indivíduo com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado como pessoa com deficiência, sendo direito da mesma ter acesso à educação preferencialmente na rede regular de ensino e, se necessário, ter atendimento educacional especializado (Brasil, 2012).
Diante dessa normativa, todo estudante tem o direito de estar em uma sala apresentando ou não condições atípicas, pois os direitos são iguais perante a lei. Considerando a vivência escolar, é importante que o professor esteja consciente de seu papel e que busque promover procedimentos e atividades que eliminem as barreiras, para assim ocorrer à aprendizagem de todos os alunos.
As escolas devem estar prontas para receber os estudantes especiais junto com a colaboração da família, promovendo salas com recursos, educadores formados e capacitados. Favorecendo e desenvolvendo um aprendizado inclusivo para uma educação de qualidade a cada estudante com deficiência. Logo, é preciso construir escolas inclusivas e promover recursos para o atendimento às necessidades dos estudantes regulares (SALED, 2005).
Os avanços e os desafios da inclusão do estudante com deficiência na educação básica em todos os municípios devem estar bem organizados para garantir o direito dos estudantes à conveniência, à educação e a participação ativa na sociedade. A educação inclusiva foca nas necessidades de todos em alcançar uma educação centrada no respeito e valorização das diferenças, constituindo um novo caminho para a educação especial com transformações educacionais.
O ministério da educação destaca a política de inclusão educacional com fundamentos na educação de boa qualidade no processo de inclusão educacional, trazendo um sistema organizado e baseado em projetos que beneficiem as especificidades dos estudantes. Silva; Souza & Almeida (2021) afirmam que:
A inclusão tem o amparo do princípio de igualdade, defendido pela Constituição Federal em seu art. 5. A Lei de Diretrizes e Bases de 1996 assegura que a criança deficiente física, sensorial e mental pode e deve estudar em classes comuns. Em seu Art. 58 apreende-se que “a educação escolar deve situar-se na rede regular de ensino, de serviços de apoio especializado”. De acordo com o referencial Curricular Nacional para a educação infantil (BRASIL, 1998, v. 1).
Partindo desse pressuposto, é na escola que o estudante é introduzido no meio social. Assim o estudante com necessidades especiais não pode ser privado de frequentar a escola “A escola, para que possa ser considerada um espaço inclusivo”, precisa abordar a condição de instituição burocrática, não apenas cumpridora das normas estabelecidas pelos níveis centrais.
Para tal, deve transformar-se num espaço de decisão, ajustando-se ao seu contexto real e respondendo aos desafios que se apresentam. “O espaço escolar, hoje tem de ser visto como espaço de todos e para todos”. (GOFFREDO, 2020).
A causa fundamental do processo de inclusão se deu para que a educação seja um direito reconhecido. Nesse sentido, a transformação das escolas que é essencial para valorizar o aspecto educativo, proporcionando uma educação geral em que todos recebam uma educação de qualidade, baseada em suas necessidades.
A situação das pessoas com deficiência somente sofreu uma mudança considerável após a promulgação da Constituição Federal de 1988 que rompeu o modelo assistencialista. O tratamento digno e igualitário há muito tempo prelecionado nas Cartas Internacionais agora está finalmente inserido no nosso ordenamento jurídico como norma genérica e cogente. A primeira norma brasileira que cuidou da conceituação das deficiências foi o Decreto n.º 3.298, de 20 de dezembro de 1999, conforme segue:
Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
I – deficiência física – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
II – Deficiência auditiva – perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;
III – deficiência visual – cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
IV – Deficiência mental – funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: a) comunicação; b) cuidado pessoal; c) habilidades sociais; d) utilização dos recursos da comunidade; e) saúde e segurança; f) habilidades acadêmicas; g) lazer; e h) trabalho;
V – Deficiência múltipla – associação de duas ou mais deficiências.
Se utilizando de termos científicos e critérios médicos internacionais, este Decreto preferiu estabelecer os conceitos de deficiência enfocando suas categorias (física, auditiva, visual, mental e múltipla), para, a partir daí, por enquadramento, identificar a pessoa com deficiência.
Pessoas com deficiências são aquelas que possuem limitações nas diferentes funções corpóreas, mental, física e social. As condições de uma pessoa com deficiência diferem-se em muitos aspectos de uma pessoa sem deficiência, contudo, ao longo da história as pessoas com deficiência sofreram estigmas, preconceito e discriminação quanto a sua condição. Sobre a questão em evidencia, Whitman (2015, p.172):
Mesmo diante da caracterização do TEA respaldada em legislação específica, não existe um perfil estático de manifestações do espectro autista, logo cada indivíduo com espectro autista é único. Nota-se que algumas características podem ser agrupadas de acordo com sua natureza, logo elas perpassam por alterações do campo comportamental, proveniente das habilidades comunicativas e interacionais; cognitivo, referente ao processamento de informações; motor, decorrente à habilidade física; e sensorial, o processamento de estímulo.
Assim, propõe-se que a pessoa com deficiência seja conceituada como o indivíduo que, em virtude de deficiência física, auditiva, visual, mental ou múltipla, encontra dificuldades para ingressar e se manter no mercado de trabalho, numa atividade inapropriada a sua condição.
Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à atividade exercida pela biologia da pessoa. Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que vivencie uma deficiência continuamente. Contudo, há que se observar que em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais restrita e refere-se às pessoas que estão sob o amparo de uma determinada legislação. (FERREIRA, 2003).
Durante muitos anos, o termo deficiência foi sendo visto de distintas maneiras pela sociedade. No século XX, era associada a uma condição ou função considerada deteriorada relativamente à situação geral de um indivíduo. O termo costumava fazer referência à deficiência física, à deficiência sensorial, à deficiência cognitiva, à deficiência intelectual, às doenças mentais e a diversos tipos de doenças crônicas (FREIRE, 2002).
O Decreto 3298/89, que regulamentou a Lei 7853/89, em seu art. 3°define deficiência como: “toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.
Em dezembro de 2006, a Organização das Nações Unidas (ONU) acordou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência para proteger e reforçar os direitos e a igualdade de oportunidades dos 650 milhões de pessoas com deficiência em todo o mundo (ONU, 2006). A acessibilidade é promovida através de certas facilidades que ajudam a contornar os obstáculos que se vão apresentando, fazendo com que as pessoas deficientes possam desempenhar as mesmas tarefas levadas a cabo por pessoas sem qualquer tipo de deficiência. Estas ajudas técnicas são, entre outras, o alfabeto Braille, a linguagem de sinais (para pessoas surdas), as cadeiras de rodas e os sinais sonoros dos semáforos (FREIRE, 2002).
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência promulgada pelo Decreto n.º 6.949, de 25 de agosto de 2008, publicado no Diário Oficial da União em 26 de agosto de 2009, Seção 1, páginas 3 a 9, assim conceitua pessoas com deficiência:
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (Art. 1)
As pessoas que apresentam algum impedimento sejam físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais, apresentam dificuldade de lidar com situações corriqueiras do dia a dia em sociedade, no entanto tais dificuldades não impedem a adaptação dessas pessoas nem sua convivência em sociedade (GUITERIO, 2016).
O conceito da Convenção, além de ser um avanço, é norma superior ao Decreto 3298/89 com alterações do Decreto 5.296/2004, e é este que deve ser utilizado quando da interpretação de todas as normas que buscam garantir direitos às pessoas com deficiência.
Dessa forma, isto representa uma grande mudança e passa a garantir direitos a várias pessoas que não os teriam se considerássemos o conceito do Decreto 3298/89 com alterações do Decreto 5.296/2004. A Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, foi promulgada pelo Decreto n.º 3.956, de 8 de outubro de 2001, em seu artigo I, apresenta o seguinte conceito de deficiência:
O termo “deficiência” significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social.
A legislação brasileira consagrou as normas já consolidadas nos ordenamentos jurídicos de outros países e está em harmonia com os preceitos insculpidos nos Tratados Internacionais.
2. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E PRÁTICAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO: LIMITES E POSSIBILIDADES.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um tipo de transtorno que vem crescendo em números de diagnósticos exponencialmente e este crescimento pode ser atribuído a vários fatores: Nos últimos anos, houve um aumento significativo na conscientização sobre o TEA e na capacidade de diagnosticá-lo corretamente. Profissionais de saúde, educadores e pais estão mais informados sobre os sinais precoces do TEA, o que leva a diagnósticos mais frequentes. As revisões nos critérios diagnósticos do TEA ao longo dos anos também contribuíram para um diagnóstico mais amplo e preciso. Isso permite que mais indivíduos sejam identificados como dentro do espectro.
Sendo assim, com o avanço da medicina e da psicologia, os profissionais estão mais bem equipados para diagnosticar o TEA de maneira eficaz. Logo à medida que mais crianças e adultos são diagnosticados com TEA, a prevalência percebida do transtorno também aumenta. Embora o impacto desses fatores ainda seja objeto de estudo, há sugestões de que mudanças ambientais e certos fatores genéticos possam desempenhar um papel na prevalência do TEA (GOFFREDO, 2020).
Em suma, o crescimento do número de casos diagnosticados de TEA reflete uma combinação de melhorias no diagnóstico, aumento na conscientização e possíveis mudanças nos fatores ambientais e genéticos. Minetto (2008) afirma que essa tendência destaca a importância de continuar a pesquisa e a educação sobre o TEA para melhorar o suporte e os serviços disponíveis para indivíduos afetados.
O termo autismo foi utilizado por Plouller, em 1906, quando estudava pacientes que tinham diagnóstico de demência precoce, esquizofrenia. Porém, o termo só foi difundido em 1911 por Bleuler, definindo-o como perda de contato com a realidade, ocasionado pela dificuldade ou impossibilidade de comunicação interpessoal, caracterizando-o como um transtorno básico da esquizofrenia (JUNIOR ET AL, 2005 apud GUITERIO, 2016, p.18).
Sabe-se que o autismo existe há vários anos e que antigamente muitas pessoas desconheciam esse termo pelo fato de não terem conhecimento, deixando algumas famílias abaladas por não saberem o tratamento adequado para os filhos que tinham essa deficiência. Segundo Guiterio (2016, p. 10), o diagnóstico do autismo é clínico, devido ao desconhecimento de sua etiologia, não havendo, portanto, como diagnosticar por meio de exames laboratoriais.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é detectado ainda na infância, porém em alguns casos obtém o resultado em idade um pouco avançada, no entanto são nos anos iniciais que se têm algumas determinações que facilitam as intervenções feitas por profissionais. Durante esse período todos nós adquirimos habilidades e aprendemos coisas novas que vão refletir para o resto da vida. Bispo (2020), relata que para estudantes autistas não é diferente e é fundamental que eles possam ter acompanhamento médico de imediato sendo necessário entender quais são as características do autismo para facilitar essa observação.
Dentro dessa realidade Liberalesso e Lacerda (2020). Defendem que:
É um problema premente de saúde pública, que atinge milhões de pessoas e deixou de ser considerada condição rara. Todas as pessoas com TEA (também chamadas de autistas) tem a necessidade de suporte ou apoio de outrem, o nível de suporte pode variar: nível 1 (pouca necessidade de apoio, maior autonomia e funcionalidade); nível 2 de suporte (mediana necessidade de apoio, autonomia e funcionalidade) e nível 3 de suporte (muita necessidade de apoio, baixa autonomia e pouca funcionalidade).
Com isso a prática pedagógica aos estudantes autistas da Educação precisa de cuidados que estejam ligados através do ensino lúdico que estimulem o ensino nessa modalidade e o desenvolvimento destes estudantes. É grande o desafio que encontramos nas escolas, pois requer compreensão de acordo com as relações do estudante autista.
O lúdico tem sido muito comentado e estudado atualmente na área da educação, devido sua grande influência no desenvolvimento. O lúdico é uma atividade tão corriqueira na vida de qualquer estudante, e que muitas vezes passam despercebidos e muitos adultos nem imaginam a grande importância que o lúdico pode exercer na vida futura do estudante. Pois através do lúdico o estudante terá a oportunidade de passar por várias experiências que irão contribuir para o desenvolvimento tanto social como pessoal. De acordo com Gomes; Reis & Sass (2023, P.78):
Nesse sentindo, o professor deve pensar novas estratégias de ensino e aprendizagem para os educandos com Transtorno do Espectro Autista, sempre visando a interação entre os alunos, pois os laços afetivos entre as crianças são saudáveis para a formação delas. Assim sendo, trabalhar com o lúdico pode beneficiar esse processo de ensino e aprendizagem, pois a criança sente prazer ao brincar e assim, consequentemente, aprende.
Assim, o ensino lúdico é de grande importância para auxiliar na aprendizagem do estudante. No lúdico com outras pessoas o estudante aprende a viver socialmente, respeitando regras, cumprindo normas, esperando a sua vez e interagindo de uma forma mais organizada. Assim como mencionam Gomes; Reis & Sass (2023, P.78):
O lúdico permite a interação com os outros colegas, permite que a criança exercite o seu raciocínio, a sua coordenação motora, a fala e os gestos. Assim sendo, as práticas metodologias precisam acompanhar essa evolução para que as crianças sintam o desejo de aprender e principalmente aprender com significado, aprender com vontade, aprender para a vida.
Mas, para que esse processo ocorra de forma positiva e consiga mudar a realidade desses alunos Agnol (2023, p. 45), afirma que:
[…] é de suma importância um planejamento que inclua os jogos e as brincadeiras de forma positiva para a aprendizagem, pois são suportes essenciais para se ter propostas que vão ao encontro de um ensino dinâmico, atrativo e satisfatório para seus alunos, e não aulas com conteúdos prontos que são despejados sem sentido para as crianças.
Dentro dessa perspectiva o ensino lúdico vai evoluindo na medida em que os estudantes vão crescendo e se desenvolvendo cognitivamente, motoramente e socialmente, como citado por Almeida (2000) e Dutra (2005). Inicialmente com o faz-de-conta o estudante começa a trabalhar sua imaginação, podendo criar ou resolver alguns problemas. No segundo momento o ponto forte é o brinquedo, e quase sempre o ensino lúdico ocorre com a participação de outras pessoas, esse momento serve para o estudante futuramente quando colocará em prática as noções de convivência, ética, respeito às regras e solidariedade que adquiriu através do lúdico com outras pessoas.
Já na próxima fase, através do jogo, o estudante se desenvolve intelectualmente, desenvolve sua agilidade e aprende com as regras, e é claro que tudo isso que ela aprendeu nessa fase lhe servirá para resolver problemas de forma lógica e prática
A participação no ensino lúdico representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para o estudante e um estímulo para o desenvolvimento de seu raciocínio lógico. Para mencionam Gomes; Reis & Sass (2023, P.78):
Existem vários brinquedos que contribuem para que essas crianças possam se aproximar mais da brincadeira, entender as regras e entender que em uma atividade ou jogo ela pode ganhar ou perder, acertar ou errar, existem os dois lados, ela precisa saber lidar com seus sentimentos e controlar os seus medos.
Partindo desse entendimento, o lúdico possibilita ao estudante formas de desenvolvimento, pois através dele o estudante pode experimentar, descobrir, inventar, aprender, conferir habilidades, estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia. Além de o lúdico ser indispensável à saúde física, emocional e intelectual do estudante. Para Vigotsky (1988, p.110): “lúdico propicia o desenvolvimento de aspectos específicos de personalidade, como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade”.
Além dos aspectos específicos de personalidade citadas por Vygotsky, encontra-se também o estímulo à percepção, as capacidades sensório-motor, condutas e comportamentos significativos nas ações. Nesse contexto Agnol (2023, p. 33) ressalta que:
[…] o desenvolvimento físico juntamente com o motor, podem ser instigados com brincadeiras que envolvam jogos de corrida, de pega-pega e de esconder, por exemplo. “Já para desenvolver a linguagem, as brincadeiras propostas são as que envolvam grupos e adivinhação. As questões sociais podem ser realizadas por brincadeiras que envolvam atividades de faz de conta e práticas de desporto”.
Dentro dessa análise, entende-se que as atividades embasadas na ludicidade pelo professor, proporciona ao estudante a oportunidade de se expressa livremente, sem culpa e sem medo, assim no lúdico ele se expressa da forma que ela quiser. E o ensino lúdico pode proporciona ao estudante sentimentos de alegria, realizações de seus desejos e outros.
Através do lúdico o estudante vivencia muitos dos conflitos sociais dos adultos, e assim, ela pode aos poucos aprender a viver e interagir socialmente. Dessa forma o estudante vai conhecendo e criando sua própria realidade. Segundo Gomes; Reis & Sass (2023, P.78):
Os autistas vivem em constante luta por se adequar aos mais variados métodos de aprendizagem, de certa forma o professor busca entender cada aluno, sabendo que nem todos os autistas são iguais e agem da mesma maneira. É importante tentar sempre incluir esse aluno para que ocorra interação e socialização com os colegas. Assim, ele verá suas conquistas em grupo e também poderá mostrar suas habilidades e formas de brincar ou participar de uma atividade.
Nesse sentido, quando os estudantes brincam, elas têm a possibilidade de interagir com outros estudantes, de desenvolver sua imaginação, de compreender como devem ser respeitadas as regras e de criar suas próprias regras, além de ser um método muito eficaz para a aprendizagem do estudante.
O lúdico para o estudante, não se trata de um mero passatempo, mas, sim de uma possibilidade para ele se socializar, fazer descobertas e construir seu conhecimento sobre o mundo. Ao lúdico o estudante aprende a lidar com as tensões e aprender a conviver com as adversidades provenientes da vida (CUNHA, 2016).
A escola regular pode se remodelar e torna-se a escola das diferenças ou pela pedagogia da diversidade ser capaz de organizar situações de ensino e gerar espaço em sala de aula capaz de incluir, com a intenção de tornar os espaços escolares, as oportunidades educacionais e sociais acessíveis a todos os estudantes sem diferenças.
A inclusão só será bem-sucedida nos locais onde houver de fato uma mudança no modo de organizar pedagogicamente o processo escolar para todos os estudantes. Onde não houver essas mudanças, mas apenas o acesso de estudantes com deficiências e/ ou dificuldades de aprender, a inclusão não acontecerá. Pois, a inclusão trata-se de adotar novas medidas para atender as diferenças de todos.
O lúdico desempenha um papel crucial na educação escolar, pois oferece uma abordagem dinâmica e envolvente para o processo de aprendizagem. Ao incorporar elementos lúdicos no ambiente educacional, os educadores podem criar experiências de aprendizagem mais significativas e estimulantes para os estudantes (GOFFREDO, 2020).
Através de atividades lúdicas, como jogos, brincadeiras e atividades artísticas, os estudantes têm a oportunidade de explorar e experimentar o mundo ao seu redor de forma ativa e criativa. Isso estimula não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas também o desenvolvimento emocional, social e motor das crianças (GUITERIO, 2016).
Além disso, o aspecto lúdico na educação torna o processo de aprendizagem mais acessível e inclusivo. Ao envolver os estudantes em atividades divertidas e interessantes, os educadores podem despertar sua curiosidade e motivação intrínseca para aprender. Isso é especialmente importante em um contexto em que a atenção e o engajamento dos estudantes estão cada vez mais desafiados por distrações digitais e outras formas de estímulo (BISPO, 2020).
O lúdico facilita a compreensão e a retenção do conhecimento. Quando os estudantes estão envolvidos em atividades lúdicas, eles tendem a se concentrar mais, a assimilar informações de forma mais eficaz e a lembrar do que aprenderam por mais tempo. Isso ocorre porque o aspecto divertido e interativo das atividades lúdicas ativas diferentes áreas do cérebro, tornando a aprendizagem mais eficiente e duradoura (DUTRA, 2005).
Além disso, o lúdico promove habilidades importantes para a vida, como trabalho em equipe, resolução de problemas, pensamento crítico e criatividade. Através de jogos e atividades colaborativas, os estudantes aprendem a se comunicar, colaborar e negociar com os outros, habilidades essenciais para o sucesso em uma sociedade cada vez mais interconectada e colaborativa (FIGUEIREDO, 2007).
Sendo assim, o estudante com TEA pode ter a oportunidade de desempenhar um papel fundamental na educação escolar, proporcionando uma abordagem dinâmica, envolvente e eficaz para o processo de aprendizagem. Ao incorporar elementos lúdicos no currículo escolar, os educadores podem criar um ambiente de aprendizagem estimulante e inclusivo, onde os estudantes podem prosperar e desenvolver todo o seu potencial (KISHIMOTO, 1996).
3. O LÚDICO NO APRENDIZADO PARA ATENDER AS DIFERENÇAS
Alguns dos pensadores da educação como os pedagogos Froebel, Montessori e Decroly elaboraram pesquisas embasadas nas premissas de que o lúdico pode auxiliar no processo de ensinar. Segundo Piaget (1969 apud Almeida (1998, p.25):
“O lúdico implica uma dimensão evolutiva. Estudantes de diferentes idades, com características específicas, têm formas diferenciadas de lúdico. Como equacionar tais estudos? Existem diversos tipos de ensino lúdicos tradicionais, faz-de-conta, construção, motoras com regras. Enfim a variedade de modalidades do lúdico está à disposição dos educadores?” Piaget (1969) apud Almeida (1998, p.25).
Pode-se perceber que de acordo com os autores o ensino lúdico varia de acordo com a idade do estudante, e de acordo com o tipo de ensino lúdico pode-se utilizá-la para ensinar os estudantes de forma mais fácil e prazerosa visto que as atividades baseadas nas atividades lúdicas requerem materiais didáticos apropriados. Neste sentido, segundo Macedo & Macedo (2018):
Os instrumentos tradicionais (livro, giz, quadro-negro) já não são suficientes para prender a atenção dos alunos durante a aula, por isso é necessário que o professor seja criativo e lance mão de recursos didáticos diversificados que enriqueçam o conteúdo a ser ensinado, possibilitando melhor rendimento e maior probabilidade de sucesso no processo de ensino-aprendizagem.
A partir dessa visão e da utilização desses recursos de forma lúdica, o estudante com TEA é capaz de aprender quase tudo que lhe é ensinado por meio de um ensino lúdico. Para esses estudantes, o aprendizado lúdico é coisa séria, e eles prestam muita atenção às atividades lúdicas, absorvendo mais rapidamente as regras e conceitos apresentados. O ensino lúdico pode se tornar uma fonte de alegria e prazer, além de se adaptar a realidade do estudante enriquecendo sua experiência de aprendizado.
O trabalho do professor deve ser comprometido com as competências e concepções exigidas, levando em consideração os conhecimentos que o estudante traz consigo, além disso, levar em consideração suas limitações. Dessa forma ao se trabalhar com a ludicidade com estudantes autistas esperasse que o professor faça um planejamento direcionado a realidade desse estudante (GOFFREDO, 2020).
Há uma luta constante dos estudantes autistas nas escolas das séries regulares de ensino. Algumas escolas não estão preparadas para atender estudantes com essa deficiência por não ter profissionais habilitados e até mesmo por não saber utilizar metodologias que favoreçam o desenvolvimento do estudante (CUNHA, 2016).
Considerando que os alunos precisam de estímulos diferentes e criativos que prendam a sua atenção e que despertem o seu interesse em aprender, os recursos didáticos trazem uma nova experiência para as aulas de Matemática, pois dinamizam os métodos tradicionais de ensino, atraindo os alunos e despertando neles a vontade de participar ativamente das aulas e de interagir com o professor, consequentemente, possibilitando um aprendizado mais eficiente.
4 APONTAMENTOS E SUGESTÕES
É partindo dessa visão dos objetivos dessa pesquisa que os autores tecem uma análise e discussões sobre o lúdico como proposta estratégica para o ensino, aprendizagem e desenvolvimento de estudantes autistas.
Nessa perspectiva o estudo em questão está pautado na análise da legislação vigente que assegura o ensino para pessoas com deficiência, em especial os que tem TEA, que segundo os dados coletados é um dos maiores desafios da educação na atualidade, pois além de preservar o direito a inclusão escolar promove um desenvolvimento familiar e social dos mesmos.
Seguindo essa linha de pesquisa os autores reforçam a importância da formação continuada e da valorização de metodologias voltadas à problemática de se trabalhar com novas estratégias metodológicas. Como é o caso do ensino pautado na ludicidade para o desenvolvimento desses alunos, pois segundo os autores analisados nessa pesquisa, ao utilizar o ensino lúdico na sala de aula, o professor aproxima o estudante com autismo da disciplina a qual ele está lecionando. Visto que o estudante sempre se interessa pelo jogo, ou ensino lúdico, e dessa forma ela começa a aprender sem se dar conta que está aprendendo e além do mais sem a pressão que o estudante recebe na sua aprendizagem convencional.
O ensino lúdico pode além de ser uma forma de divertimento para o estudante com TEA, ser também uma forma pedagógica que pode ser usada na educação como um auxílio pedagógico na sala de aula, para incentivar o estudante a aprender de forma prazerosa e divertida.
Concluímos assim, novos estudos devem ser feitos e aprofundados em relação a utilização de novas estratégias de ensino para alunos com autismo, pois essa metodologia tem se mostrado uma importante ferramenta de construção de conhecimento para o processo de ensino-aprendizagem, pois estimula os alunos com autismo a aprenderem, uma vez que propicia um ambiente favorável ao estudo e ao aprendizado.
Essa metodologia educacional vem contribuindo positivamente para uma formação mais consistente desses alunos, dando-lhes condições para o desenvolvimento de suas capacidades tão importantes não só para o ambiente escolar, bem como para a vida em sociedade, sendo que ficou comprovado que através do ensino lúdico o estudante explora o meio em que vive e aprende mais sobre os objetos da cultura humana, visto que o ensino baseado no lúdico leva o estudante a internaliza regras e papeis sociais e passa a ser apto a viver em sociedade.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É fundamental que educadores de estudantes autistas procurem conhecê-los melhor, a fim de conhecerem seus interesses e formas de aprender. Ter acesso aos seus responsáveis, histórico escolar e especialistas que os acompanham costuma ser bastante útil neste sentido.
É preciso ter um novo olhar na aprendizagem das estudantes autistas, utilizando adequadamente os jogos, desenvolvendo atividades lúdicas ativando a aprendizagem, beneficiando o desenvolvimento dos mesmos, reduzindo as dificuldades nas diferentes áreas e desenvolvendo habilidades necessárias de modo atrativo para essas estudantes, obtenham como resultado mais aprendizagem significativa, melhorando a sua qualidade de vida.
O lúdico é um recurso importante para auxiliar na aprendizagem dos estudantes da Educação, além de contribuir no ensino aprendizagem, através das regras, possibilita a exploração dos conteúdos e do ambiente em sua volta possibilitando aprendizagem de maneira significativa. Para o estudante autista a atividade lúdica funciona como um elo entre vários aspectos, onde estudante desenvolve sua aprendizagem, através do desenvolvimento, cultural e social contribuindo para uma vida saudável física e mental, representando um meio criativo e comunicativo através da espontaneidade.
A aprendizagem deve ser configurada num ambiente estimulador de interação com os outros colegas, assim a ludicidade consegue favorecer essa interação no qual o estudante é um ser que constrói e descobre seu próprio conhecimento.
Para atender o estudante autista, são necessários métodos e técnicas adaptadas para que a inclusão aconteça, um planejamento sistematizado em que as ensino lúdicos e jogos sejam aplicados constantemente ajudando os estudantes com TEA a reconhecerem o mundo ao seu redor; que favoreça a interação entre todos envolvidos.
Logo, percebendo que educação é ferramenta da sociedade, tem se buscado de maneira gradativa favorecer a educação inclusiva, com embasamento legal levando em consideração educação de qualidade para todos. As escolas devem estar prontas para receber os estudantes autistas junto com a colaboração da família, promovendo salas com recursos, educadores formados e capacitados, favorecendo e desenvolvendo um aprendizado para uma boa educação de cada estudante autista.
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2Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Pará – PPGEO/UFPA. Professor na Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel – FATEFIG, Pedagogo; Geógrafo, E-mail: milvio.geo@gmail.com, Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1118-7152.