O IMPACTO DA MAQUIAGEM CORRETIVA NA AUTOESTIMA DAS PESSOAS COM IMPERFEIÇÕES NA FACE


FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS – FIFE – FERNANDÓPOLIS/SP/BRASIL.


Autores:
Beatriz Garcia Possoni Arantes*
Luara Freitas Souza*
Maria Júlia Gallo Glerian da Silva*
Tailaina Ponciano David*
Orientadora:
Valéria Lima Munhoz**

*Graduandas do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética das Faculdades Integradas de Fernandópolis – FiFe – Fernandópolis/SP/Brasil.
**Professora do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética das Faculdades Integradas de Fernandópolis – FiFe – Fernandópolis/SP/Brasil.


RESUMO:

Ter uma boa imagem é o desejo de todos, entretanto muitas pessoas sofrem com imperfeições na face e para solucionar os diversos transtornos, muitos buscam por tratamentos estéticos ou recorrem à maquiagem corretiva, que tem custo mais acessível. Diante do exposto, o trabalho teve por finalidade analisar o impacto da maquiagem corretiva na autoestima dessas pessoas. Para isso foi uma pesquisa de campo de cunho qualitativo e quantitativo com questões de múltipla escolha. Por meio dos resultados, observou-se que uma maquiagem feita com produtos corretos e específicos para a correção de uma determinada imperfeição, bem como o visagismo de acordo com as características específicas da face, surtem efeitos positivos sobre a autoestima da pessoa.

Palavras-chave: Maquiagem corretiva. Imperfeições na face. Autoestima.

ABSTRACT:

Having a good image is everyone´s desire, however many people suffer from facial imperfections; many seek aesthetic treatments or resort to corrective makeup, which is more affordable. Given the above, this work aimed to analyze the impact of corrective makeup on these people`s self-steem. For this, a qualitative and quantitative field research was made out with multiple choice questions. Through the results, it was observed that a make up made with correct and specific products to correct a certain imperfection, as well as aimed at Gizmodo according to the characteristic of the face, have a positive effects on the person`s self-steem.

Keys Words: Corrective Makeup. Facial imperfections. Self-steem.


  1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, os padrões da mídia e exigências da sociedade por uma aparência visualmente bonita, têm levado muitas pessoas a procurarem uma forma de correção para suas imperfeições faciais, as quais podem levar a desvalorização da autoimagem, baixa autoestima e assim, trazer sérias consequências psicológicas e emocionais. (FREITAS; MEDEIROS, 2018).

Martins e Ferreira (2020) explicam que “A autoestima é o sentimento positivo ou negativo que as pessoas têm para consigo mesmas”. Martins e Ferreira (2020) aludem que esse sentimento quando é positivo, o individuo tem a autoestima elevada e consequentemente ela auto se valoriza e demonstra confiança em seus atos e julgamentos, para assim desfrutar de uma vida plena em todas as áreas de sua vida. Diante disso, a construção de uma boa imagem é fundamental tanto para a pessoa se sentir confiante, como para conseguir se sobressair em diversas  áreas de sua vida: trabalho, pessoal, sentimental, familiar.

A evolução da estética e cosmética muito contribui por meio de procedimentos corretivos para a camuflagem de imperfeições do rosto, como a maquiagem. A importância do uso dessa ferramenta se resume em melhorar a imagem pessoal e manter a autoestima elevada e autoconfiança dessas pessoas, e com isso evitar problemas de baixa autoestima e desenvolvimento de sintomas de depressão e ansiedade. (DINIZ; FERREIRA, 2020).

Segundo Oneda, Perin e Thives (2008), A maquiagem surgiu como símbolo do sentimento de vaidade no período paleolítico quando o homem deixou de ser nômade, ficou sedentário e passou a ser submetido a uma hierarquia, e até os tempos atuais ela é uma forma das pessoas se sentirem bem consigo mesmas, sendo ela usada por mera vaidade ou para fins de correções de imperfeições faciais, no entanto, será sempre vinculada á beleza estética.

Segundo Freitas e Medeiros (2018) a maquiagem para fins de correções de imperfeições vem crescendo e sendo adotada por muitas pessoas ao redor do mundo, ela age como uma ferramenta a fim de alcançar uma harmonização facial e satisfação com a imagem.

Oneda, Perin e Thives (2008), explica que uma maquiagem corretiva bem feita vai ressaltar a natural beleza da mulher, corrigindo e disfarçando a maioria das imperfeições e facilitando nas relações sociais e interpessoais.

A escolha da temática e aprofundamento na questão visa tentar compreender como as mulheres se sentem antes e depois de uma maquiagem corretiva, bem como os impactos que essa ferramenta causa na vida delas.

  1. OBJETIVO

Dessa forma, este estudo tem por objetivo coletar dados sobre o uso da maquiagem corretiva e seu impacto direto na autoestima de pessoas com imperfeições no rosto.

  1. METODOLOGIA

Pesquisa é um processo racional sistêmico que busca responder os impasses encontrados. Neste caso, sendo pesquisa exploratória o objetivo se resume em aumentar a compreensão sobre um acontecimento e examinar a existência atrás de uma maior ciência (ZANELLA, 2011) que auxilia na compreensão dos resultados finais.

Nesse processo investigativo o estudo é exploratório e utiliza-se a pesquisa qualitativa e quantitativa que se baseia no conhecimento teórico empírico a fim de levantar na literatura, fundamentação teórica para o profissional que trabalha na área de Estética e com a técnica de Visagismo, bem como em levantamentos de dados por meio de uma pesquisa de campo sobre a temática, a fim de comprovar a veracidade dos dados escritos no referencial teórico, a cerca do impacto direto positivo que a maquiagem corretiva causa na autoestima de pessoas com imperfeições no rosto.

Em primeiro momento foi feita uma pesquisa de campo e aplicado um questionário contendo 20 questões via Google Forms para um público geral, no período de maio a julho de 2021.

Em segundo momento foi feito um levantamento bibliográfico por meio do banco de dados Google Acadêmico, nos quais foram elencados artigos e livros.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 AUTOESTIMA

A autoestima é vista como um conjunto de emoções e pensamentos de uma pessoa a respeito de seu próprio valor, competência e adequação, que se reflete em uma atitude, sendo positiva ou negativa em relação a si mesmo, ou seja, é quando o individuo olha pra si mesmo e enxerga seus defeitos e valores, pois nenhum olhar é indiferente, principalmente quando voltado sobre si próprio. (TEIXEIRA; MELO, 2019).

Martins e Ferreira (2020) explica que a autoestima reflete a identidade de cada pessoa, se individualiza por meio dos estágios psicológicos e emocionais. Aludem ao como nos vimos, e inteligência das emoções e crenças.

Assim, uma experiência subjetiva de cada ser humano, segundo Martins e Ferreira (2020) a autoestima é uma consequência de várias práticas e que deve ser contraída por todas as pessoas no sentido de alcançarem sempre uma melhor qualidade de vida, ou seja, a autoestima de uma pessoa está vinculada com a forma que ela enxerga e encara as situações boas e adversas da vida.

“Nós somos aquilo que repetimos diariamente”, segundo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C. apud TEIXEIRA; MELO, 2019, pág.12), portanto, é necessário repetir, pois Teixeira e Melo (2019), menciona que ter um egotismo em perfeita condições de funcionamento é uma instrumento importantíssimo para a sobrevivência e qualidade de vida. No entanto, esse processo de manter ou ter a autoestima alta não

é tão fácil, é um caminho sinuoso que segundo Martins, Ferreira (2020) envolve dificuldades a serem superadas, embora valha a pena o esforço, deve-se entender que é um processo pessoal, que envolve uma decisão íntima.

Muitas pessoas passam por dificuldades de autoaceitação e amor próprio e faz parecer maior o empecilho a ser enfrentado segundo Teixeira e Melo, (2019), e aferir se a autoestima está baixa é importante, pois ao tratá-la, estará prevenindo problemas psicológicos e evitando, assim, implicações nos relacionamentos interpessoais, desempenho acadêmico e sucesso ocupacional, e também, agressão, comportamento antissocial e delinquência na juventude.

Martins e Ferreira (2020) explica que a baixa autoestima acarreta a decadência da qualidade de vida e assim o bem-estar não é alcançado, por isso que procurar meio que ajudem a levantar a autoestima é importante para uma pessoa.

Pois um ponto positivo da autoestima elevada, é que o indivíduo passa a ter amor próprio e a opinião dos outros sobre sua imagem não importa tanto, se trata de estar bem consigo mesmo e com o mundo ao seu redor. A autoaceitação deixa a vida mais leve e a autoestima elevada, acarretando alegria na execução das tarefas. (TEIXEIRA; MELO, 2019).

Assim, a autoestima é vista como um forte indicador de saúde mental, e é uma reação de determinação de cada um trabalhar para mudar algumas crenças negativas, e tentar buscar as causas de suas insatisfações para assim alinhar suas expectativas de acordo com a sua situação atual de vida. (MARTINS; FERREIRA, 2020).

Cuidar da imagem pessoal é um fator importante para a melhora da autoestima. Teixeira, e Melo (2019), alude que a beleza não é sinônimo de perfeição, e sim concordância e valorização da estrutura física do ser humano.

Todavia Oliveira e Ferreira (2017) mencionam que a pele, principalmente do rosto, é uma das principais percepções que pessoas obtêm sobre nós ainda saibamos que há mais do que o exterior. A essência do ser humano é mais importante que a aparência, como citado pelos autores acima, todavia a maioria das pessoas e o mercado de trabalho exige que a aparência também seja bonita, dessa forma, cuidar-se é importante para sua autoimagem e para sua autoestima.

Para Levy e Emer (2012, apud FREITAS; MEDEIROS, 2018, pág.07) “pessoas com lesões visíveis, na pele sofrem com problemas de ansiedade, depressão e baixa autoestima, a maquiagem cosmética usada como terapia pode trazer resultados rápidos e significantes, amenizando estes danos psicológicos causados”.

Embora, ter imperfeições na pele do rosto contribui para a baixa da autoestima, todavia, com a ajuda da maquiagem corretiva pode se ter uma melhora da imagem pessoal e consequentemente mudança na forma de se auto enxergar e de seus pensamentos sobre si mesmo segundo Teixeira e Melo (2019).

E é demonstrada através desse comportamento que os cuidados com a saúde e aparência são uma maneira de ver como as pessoas se autovalorizam. Portanto, cultivar autoconfiança e autoestima é saudável e são eficazes para alcançar qualquer projeto pessoal. (MARTINS; FERREIRA, 2020).

4.2 HISTORIA DA MAQUIAGEM

Maquiagem, segundo o dicionário online Michaelis (2021), define-se como pintura; make-up; ato de maquiar-se; conjunto de produtos cosméticos usados para maquiar; o efeito causado por esses produtos; ato de fazer pequenas alterações em algo para tornar seu aspecto mais atrativo; ato de disfarçar alguma coisa.

Diante disso, a maquiagem é vista como uma forma de melhorar a imagem de uma pessoa, e usada desde os tempos da antiguidade por todos aqueles que desejam melhorar sua aparência, e vem, ao longo dos anos, aperfeiçoando cada dia mais, desde o Egito antigo até os dias de hoje. De acordo com a história a maquiagem é tão antiga quanto à criação do homem e seus principais registros de maquiagem que se têm são desde 3300 a.C. (TEIXEIRA; MELO, 2019).

Oneda, Perin e Thives (2008) retratam em seu artigo que o primeiro passo que levou o ser humano a se maquiar, foi o sentimento de vaidade que surgiu ainda no período paleolítico, onde o homem deixa de ser nômade e passa a se reunirem grupos, fixando-se em territórios, e assim ficando mais sedentário e começando a formar as primeiras hierarquias e desperta, assim, o desejo de se tornar belo.

Logo surgi às primeiras pinturas de guerra, nas quais se pode dizer que eram os primeiros “uniformes” tribais. Todavia, os primeiros produtos de maquiagem à base de carvão, henna e outras substâncias naturais foram criados na Mesopotâmia, mas o hábito da maquiagem tornou-se um ritual diário no antigo Egito, onde os faraós maquiavam seus olhos com uma mistura de metais pesados e usavam perucas coloridas e, o que não deixava de ser uma forma de proteger seus olhos da intensa luz do sol naquela região. (ONEDA; PERIN; THIVES, 2008).

Em aproximadamente a 150 a.C foi criado o primeiro produto para o rosto. Galeno (chefe dos médicos dos gladiadores e depois médico do imperador romano) ousou e criou o primeiro creme facial do mundo, composto de cera de abelhas, óleo de oliva e água. (SOUZA, 2008).

Souza (2008) também fala de Popéia, esposa do imperador romano Nero, a autora escreve que ela espalhou a moda de banhar-se em leite de jumenta e usar no rosto máscaras noturnas com substâncias como farinha de favas e miolo de pão, com o objetivo de tornar a pele cada vez mais alva.

No entanto, descoberta da época considerada relevante segundo Oneda, Perin e Thives (2008), foi o alvaiade, um derivado de chumbo, que misturado a pastas de vinagre, claras de ovos e outras, as mulheres deixavam suas peles com aspecto mais claro.

De acordo com Oneda, Perin e Thives (2008) o alvaiade, nos dias de hoje, considerado como tóxico para uso humano, na renascença italiana era usado durante o dia como clareador e maquiagem para as imperfeições do rosto, mas, à noite essas mulheres cobriam as faces com emplastros de vitelo cru molhado no leite, o que minimizava os efeitos nocivos causados pelo produto.

Souza (2008) ressaltam que no inicio do século XX as mulheres eram super discretas e não mostravam o corpo, mas a aparência física tinha um papel importante perante a sociedade. Ainda salientam que a utilização da maquiagem como recurso de embelezamento passou a ter características diferentes a cada década, mas sempre com o mesmo objetivo, de melhorar a imagem pessoal, através da moda, estilo e tendências.

Teixeira e Melo (2019) registra que existem alguns fatores contributivos para o crescimento e popularidade da maquiagem. Salienta que de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC (2017), o aumento do consumo de produtos voltados a maquiagem tem crescido muito pois o crescente ingresso das mulheres no mercado de trabalho tem exigido o contínuo lançamento desses produtos que abrangem cada vez mais as necessidades dessas mulheres, a fim de ser tornar cada vez mais belas e atrativas ao sair de suas casas.

Portanto, além de embelezar a face e destacar as qualidades já existentes em uma pessoa, a maquiagem tem o poder de camuflar as imperfeições indesejadas e assim melhorar a autoestima.

4.2.1 MAQUIAGEM CORRETIVA

Freitas e Medeiros (2018) aludem em suas pesquisas que na época da segunda guerra mundial, houve muitas queimaduras severas em pilotos, principalmente da face, e como um procedimento médico a maquiagem cosmética foi inserida com sucesso e ajudou muitos pilotos no processo de reabilitação.

Realmente a maquiagem cosmética usada para correção da pele, contribui muito para a cobertura das imperfeições do rosto e consequentemente aumento da autoestima, pois melhora significativamente a qualidade de vida social de pessoas com lesões inestéticas. Freitas e Medeiros (2018) aludem que os produtos e as técnicas de camuflagens das imperfeições da pele são um avanço na ciência e dessa forma, melhoram a qualidade de vida e a alegria pessoal dos indivíduos que têm alguma desordem.

Sendo uma forma de camuflagem a maquiagem corretiva surge como uma alternativa ao tratamento clínico, que “ajuda a aliviar o incômodo causado por alguma disfunção estética de pele, em casos onde o indivíduo não obteve sucesso no tratamento clinico, porém precisa conviver com a aparência inestética do problema”. (FREITA; MEDEIROS, 2018).

Teixeira e Melo (2019) registra que a maquiagem, sendo corretiva, torna possível o sonho de a pessoa ter o rosto transformado se revertendo a baixa autoestima em alta autoestima, pois além da maquiagem oferecer adequação de variadas formas de beleza pode também trazer a proposta de melhor adaptar elementos levando em conta a beleza e a proporção da face.

Ainda Teixeira e Melo (2019), faz alusão às transformações obtidas através da maquiagem corretiva, o autor descreve que as possibilidades são infinitas, indo desde a afinação de um nariz á ocultação de cicatrizes e á pigmentações cutâneas.

Vale ressaltar que na aplicação da técnica de maquiagem corretiva Freitas e Medeiros (2018) aconselham o acompanhamento de um profissional dotado de habilidades artísticas de um maquiador, e que tenha o conhecimento de um profissional formado em Cosmetologia.

Segundo Parada e Teixeira (2010) não basta apenas maquiar é necessário ter um conhecimento mesmo que seja básico sobre a pele, rosto, e formato, além de saber qual tipo de produtos se irão usar, tais detalhes fazem toda a diferença. Existem tipos de lesões na pele que são bem visíveis e mais difíceis de esconder, por isso a escolha de um produto considerado bom, no qual ajude a ocultar a imperfeição é muito importante, deve-se levar em consideração também o profissional, este deve ter o entendimento das estratégias e conhecer as técnicas do visagismo assim valorizando a beleza de um rosto pela concepção harmônica.

Dessa forma, os tipos de produtos usados na maquiagem corretiva são variáveis de pessoa para pessoa, pois Teixeira e Melo (2019) também aludem que, principalmente, a base deve ser escolhida exatamente na mesma tonalidade da pele pode ser usada sob o tom básico assim deixando um efeito mais corretivo no rosto. O intuito da base constitui em formar uma tela protetora que prepara a pele para receber outros produtos , como o próprio nome já diz, é à base de tudo. Atualmente encontramos diversos tipos de base com finalidades distintas que protegem a pele ou favorecem a maquiagem dentro de cada necessidade.

Oneda, Perin e Thives (2008) também descreve que é importante saber que ao escolher um tipo de maquiagem, este deve estar de acordo com a necessidade de cada cliente, pois agentes externos agem como inimigos da pele e alguns fatores prejudicam a saúde e a beleza do rosto, por isso é importante conhecer e estudar o tipo de maquiagem na sua cliente assim tendo um resultado positivo e incrível. Combinar as cores certas é a peça chave para um resultado incrível de uma make, mas deve haver certo cuidado e atenção, ás vezes combinações que ficam bem em uma pessoa, podem não ter o mesmo resultado em outra, isso tudo depende também do tom de pele e dos produtos utilizados. Podemos usar como exemplo os corretivos coloridos que ajudam a esconder as manchas na pele, cada cor tem seu objetivo com finalidade de disfarçar imperfeições.

Tendo em vista as considerações acima, analisa-se que dependendo da lesão ou imperfeição é necessário o uso de um cosmético mais específico e com características mais específicas de correção. (TEIXEIRA; MELO, 2019).

Existe uma diferença entre maquiagem regular e a camuflagem cosmética, sendo essa, uma formulação bem mais especifica e com texturas densas, devido às altas concentrações de dióxido de titânio nos produtos, na qual busca uma melhor cobertura nas imperfeições da pele. (FREITAS; MEDEIROS, 2018).

4.2.2 TÉCNICAS DE MAQUIAGEM CORRETIVA

Oneda, Perin e Thives (2008) afirmam que a maquiagem cosmética tem uma função importante na autoestima das pessoas, ela veio para destacar os   detalhes   mais harmoniosos da face, além de corrigir imperfeições e valorizar a imagem pessoal, e logo aumentando a estima do consumidor fazendo com que ele se sinta mais bonito e valorizado. Salienta que cada produto cosmético tem uma formulação e indicação específica e são criados com o objetivo de atender as necessidades básicas e gostos de cada um.

Conhecido como visagismo, termo que deriva do francês visage, que significa “rosto”, essa técnica tem por objetivo analisar os componentes e especificações em cada rosto especificamente, e criar, assim, uma maquiagem que deixe o rosto harmônico e adequado à personalidade do indivíduo. Resumindo-se em acentuar o que é belo e disfarçar o que não é, no caso as imperfeições indesejadas. (FISCHER; PHILLIPI; MACEDO, 2010).

As técnicas de disfarce e camuflagem são várias e podem definir o estilo de cada pessoa e a evidenciar suas características, portanto as técnicas de maquiagem corretiva são muito apreciadas, por ter a finalidade de disfarçar imperfeições que deixam o indivíduo desconfortável e também realçar pontos estratégicos e favoritos do rosto. (SILVA; FERREIRA, 2020).

Dutra e Pontes (2018) explica que a técnica usada ao maquiar uma pessoa deve buscar a valorização das formas do rosto e jamais apagar os traços particulares. A maquiagem deve ter caráter subjetivo, ou seja, a intenção deve ser apenas de amenizar, ou realçar os traços já existentes em cada rosto.

Dutra e Pontes (2018), baseados ainda em arquetípicos analisados pelo psicanalista CARL JUNG (1977), no livro „‟O homem e seus símbolos‟‟ citam que existem símbolos embutidos no rosto humano que têm significados análogos em diferentes culturas e tempos. Esses símbolos se despontam no subconsciente trazendo sensações e reações emocionais: “a testa representa o intelecto, os olhos e sobrancelhas remetem às emoções, o nariz diz respeito à ação e ritmo, a boca demonstra intuição, comunicação e sensualidade, o queixo reflete a força, estabilidade e determinação”.

4.2.2.1 CORREÇÃO DO ROSTO

Para uma cobertura perfeita das imperfeições do rosto é necessário escolher um corretivo e uma base que atenda a necessidade da pele maquiada. Hoje em dia existem diversos produtos com texturas, cores e cobertura diferente. O ideal para corrigir, acentuar ou atenuar certos defeitos é utilizar maquiagem cremosa ou compacta, e deve ser feita usando contrastes dos tons claros e escuros. Os corretivos coloridos ou base de alta cobertura são os mais indicados dependendo do grau da imperfeição e de sua colocarão. (ARAÚJO, 2009).

As técnicas de contortos são para realçar determinadas partes do rosto levando em conta o seu formato. Cores mais claras são usadas nas regiões como a zona T, maxilar. O iluminador usa-se também a fim de realçar e dar mais glamour para pele. As cores escuras são usadas para dar profundidade ou disfarçar imperfeições. Usa-se como contorno da testa, nariz e abaixo do osso zigomático, afinando e contornando o rosto. (ONEDA; PERIN; THIVES, 2008).

A maquiagem tem o poder de camuflar o imperfeito e assim, modificar o formato de um rosto e valorizar pontos positivos e minimizar pontos que não são favoráveis, e proporcionar beleza e harmonia nos traços da fisionomia. (FISCHER; PHILLIPI; MACEDO, 2010).

A maquiagem é vista como uma arte, de embelezar. O profissional permeia entre artista, consultor e executor de uma estética alheia, determinada pelo cliente e sempre busca uma ordem no rosto como já mencionava Aristóteles “A beleza – será a de um ser vivo, seja de qualquer coisa que se componha de partes – não só deve ter estas partes ordenadas, mas também uma grandeza que obedece a certas condições”. (DUTRA; PONTES, 2018).

4.2.2.2 CORREÇÃO DOS OLHOS

Dutra e Pontes (2018) aludem que a maquiagem na área dos olhos exerce a função de evidenciar as emoções. E Romano (2018) explica que para maquiar um olho e harmoniza-lo, melhorando ou disfarçando as qualidades e defeitos, precisa-se entender que existe vários tipos e formatos.

Vale lembrar que para a perfeita correção desta região, devem-se utilizar sombras, delineadores e cílios postiços que realçam e disfarçam imperfeições. (SILVEIRA, 2016).

Oneda, Perin e Thives (2008) esclarecem que para os olhos pequenos sempre é bom usar cores mais claras e cintilantes, principalmente nos cantos internos, fazendo realçar e abrir o olhar e o uso de lápis claros na linha d´agua, já para os olhos grandes o uso de cores mais escuras e mais opacas, para olhos mais caídos usa-se sombras mais escuras no sentido diagonal e bem esfumadas no canto externo, fazendo, assim, uma assimetria. Portanto cada tipo de olho exigirá do profissional uma técnica, e deste modo, atingirá o objetivo do cliente.

4.2.2.3 CORREÇÃO DE NARIZ

Quando o nariz não parece harmônico com o rosto, pedem-se ajustes para tentar corrigi-lo com técnicas práticas. (ONEDA; PERIN; THIVES, 2008).

Para iniciar a correção do nariz tem-se que avaliar qual seu defeito e utilizar a técnica de iluminação correta, não se recomenda aplicar iluminador em áreas que irão realçar o defeito. A técnica mais comum de correção é a afinação, na qual é fazer o contorno nas laterais e ponta do nariz com pó corretivo em tons mais escuros, e aplicação na região central de tons mais claros, e finalizar com um iluminador na ponta. (SILVEIRA, 2016).

4.2.2.4 CORREÇÃO DOS LÁBIOS

Para a correção dos lábios, é recomendável o uso do jogo de cores e tonalidades para chegar a um resultado gratificante. (SILVEIRA, 2016).

Na boca para dar assimetria, aumentar ou diminuir vai depender do contorto que se dará para o lábio. (ROMANO, 2018).

Para o inicio de uma correção labial é necessário que faça uma técnica de apagar a cor natural da boca com uma camada bem fina de base, logo se aplica o contorno com um lápis para boca da cor do batom escolhido, o contorno deverá exceder, sem excesso, os parâmetros naturais da boca. Logo aplicar o batom e se desejar ter um aspecto de lábio mais “carnudo”, pode-se aplicar uma tonalidade mais clara de batom no centro da boca, além de utilizar também, batons cintilantes ou gloss. (ONEDA; PERIN; THIVES, 2008).

Portanto, maquiagem não é apenas para o embelezamento físico, é um acessório que ajuda a reforçar a personalidade e estilo do indivíduo. (TEIXEIRA, MELO, 2019).

4.3 O PAPEL DA MAQUIAGEM CORRETIVA NA AUTOESTIMA

Nos dias de hoje está sendo quase impossível atingir o nível de exigências impostas pela sociedade quanto à beleza, e isso vem causando a baixa autoestima de muitas pessoas que se sentem insatisfeitas com sua aparência, e como consequência dessa rejeição de si próprio os sentimentos são afetados e doenças psíquicas aparecem. A imagem que constrói de si mesmo está vinculada naquilo que se vê e cria-se a respeito do corpo, assim, um defeito indesejado vira uma fonte de sofrimento. (FREITAS; MEDEIROS, 2018).

Dessa forma, existe uma grande procura por tratamentos estéticos voltados para a face. As pessoas buscam por meio de tratamento clínico imediato suavizar ou extinguir imperfeições indesejadas. Quando o procedimento escolhido não atinge o seu objetivo ou se torna caro, a maioria dos pacientes busca a segunda alternativa, a camuflagem por meio da maquiagem corretiva, pois estar feliz com a aparência e livre de imperfeições, mesmo que por algumas horas, eleva a autoestima do individuo, pois o rosto é o espelho da alma, e é a primeira coisa que os outros percebem de nós. (MARTINS; FERREIRA, 2020).

Freitas e Medeiros (2018) explica que as lesões da pele da face podem ter alterações diversas dependendo da causa ou doença, assim, a maquiagem corretiva deve ser aplicada de acordo com a necessidade do cliente. Podem ter uma alteração muito discreta na textura e apenas se deve mudar a coloração, ou podem ser alterações medias e ser cobertas com uma simples base, com ou sem correção da cor, ou ser lesões desfigurantes e mais severas, nas quais requerem total apagamento, com uso de cremes mais opacos e espessos.

Ainda existe certo preconceito por parte de algumas pessoas quanto ao uso da maquiagem que acompanha a humanidade desde os primórdios, segundo elas, é uma pratica fútil e sem importância, todavia, vê-se que a maquiagem tem a função de embelezar e consequentemente aumentar a autoestima. Porque todas as transformações que o ser humano consegue fazer quanto ao seu visual gera uma sensação de bem estar. Dessa forma, dedicar-se ao cuidado de si, mimar-se e embelezar-se é um cuidado pessoal que melhora muitos aspectos dos dias. De certa forma, a maquiagem auxilia a manter uma vida ativa. Uma boa aparência instiga o individuo a se expor, e assim, sair e socializar-se é uma consequência da autoestima elevada. (SILVA; FERREIRA, 2020).

Diniz e Ferreira (2020) aludem que se a pessoa se sente bem, ela pode fortalecer sua posição e mostrar confiança em como ela se apresenta para outras. Quando ela se sente e parece bem organizada, os que a veem acreditam que ela se preocupa consigo mesma. Assim, aumentam as suas chances de participação em grupos diversos da sociedade, além de aumentar também, as chances do mercado a de trabalho.

Entretanto, a autoestima baixa faz o individuo se esconder das demais pessoas, a não se olhar no espelho e até ter o desejo de ser outra pessoa, e maquiagem corretiva veio para revolucionar e ajudar as pessoas que precisam camuflar as suas imperfeições, pois a maquiagem de forma geral terá um efeito positivo no rosto, independente da textura ou características físicas. Todos os seres humanos têm detalhes que, se destacados corretamente, vão mudar o visual e dar um toque especial ao rosto que será significativo para cada indivíduo. Portanto ficar bonito com maquiagem pode se tornar uma filosofia de vida, porque usá-la faz com que o individuo se sinta melhor consigo mesmo. (SILVA; FERREIRA, 2020).

Segundo Freitas e Medeiros (2018) os produtos para camuflagem vem mostrando grande evolução e se tornando cada vez mais eficazes no processo de camuflagem de imperfeições na pele, pois eles fornecem uma solução estética rápida. Técnicas inovadoras de visagismo são desenvolvidas por profissionais da área, que vão desde o conhecimento do profissional quanto à fisiologia da pele do cliente, a análise da lesão desfigurante de acordo com a forma, tamanho, cor e localização e avaliação da característica da pele também deve ser determinada de acordo com a textura, hidratação, cor e oleosidade, além do uso de produtos específicos com altas concentrações de dióxido de titânio em suas formulações.

A maquiagem tem muitos objetivos entre os quais: realçar as características do rosto, e não ocluir as qualidades únicas do indivíduo, podendo melhorar a aparência. É vista como um acessório sofisticado a serviço da beleza, podendo ser usada com diversas finalidades, embelezando, realçando e disfarçando a face. A maquiagem e a autoestima andam juntas, pois ela auxilia no processo de recuperação do amor próprio. (VICENTE; VIEIRA; MEDEIROS, 2019).

Portanto, é verdade que os produtos para uso de maquiagem corretiva mudaram e modernizaram ao longo dos anos, e a tecnologia está sendo uma grande aliada dessa evolução. Hoje as transformações e os benefícios da maquiagem são ilimitados, tornando-se um produto essencial para a vida de todos que desejarem usar. (TEIXEIRA; MELO, 2019).

  1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esse estudo buscou compreender por meio de uma pesquisa de campo o impacto que a maquiagem corretiva causa na autoestima de pessoas com imperfeições no rosto. Explicitaremos a seguir os caminhos seguidos no processo de investigação, os interlocutores do processo e os resultados obtidos no trabalho de campo.

Por meio da pesquisa de campo obteve-se acesso a maneira como as pessoas, que tem ou não alguma imperfeição no rosto, se veem e se sentem diante dos outros e de si mesma. A pesquisa foi o utensílio usado na interlocução com os sujeitos, sendo 152 participantes, geral, na maioria, mulheres.

Passaremos agora a apresentar as questões respondidas nos questionários e os resultados destas:

Gráfico 1: idade dos participantes da pesquisa.

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 2: tipos de lesões.

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Fonte: acervo próprio.

Os gráficos acima mostram a idade dos participantes, onde se observa que 48% correspondem à idade de 17 a 22 anos, 20,4% entre 23 a 28 anos, 10,5% entre 29 a 34 anos e 20,4 % acima de 35 anos. Observa-se que a maioria das pessoas que participaram da pesquisa foram jovens, gráfico 1, e que sofrem com imperfeições na pele, sendo a maioria, marcas devido à acne e olheiras, gráfico 2.

Gráfico 3: transtorno emocional causado pela presença de lesões.

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 4: situação de constrangimento pela condição da pele do rosto.

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Fonte: acervo próprio.

Quanto ao transtorno emocional causado por lesões na face (gráfico 3) 63,8% disseram que sofrem e 36,2% disseram que as lesões não causam desconforto.

Mediante ao constrangimento em público devido à condição da pele, 54,6% disseram que ficam envergonhados e 45,4% não se importam.

Diante disso, observa-se que lesões na pele podem causar prejuízos a autoestima das pessoas.

Gráfico 5: reclusão social devido à lesão localizada na face.

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 6: sofrimento por discriminação devido à desordem cutânea localizada na face.

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Fonte: acervo próprio.

Como apontado no gráfico 5, a maioria das pessoas com lesões na pele deixam de realizar alguma tarefa, na vida, devido as lesões. O gráfico aponta que 69,7% já praticaram a reclusão social, contra 30,3% que não se importam com a condição da pele.

Quanto à discriminação, os números são mais alarmantes, como mostra no gráfico 6, cerca de 80,3% já sofreram bullying e somente cerca de 19,7% alegam não terem sofrido qualquer forma de discriminação.

Diante desses resultados, nota-se que a discriminação sofrida devido à condição de sua pele acarreta a reclusão social e por consequência sentimentos de inferioridade como apontam os gráficos 7 e 8, abaixo.

Gráfico 7: condição da pele e interferência no relacionamento com outras pessoas.

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Gráfico 8: aparência da pele e sentimento de feiura.

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Fonte: acervo próprio.

Ter uma pele com imperfeições causa desconforto e pode interferir ou não no relacionamento com demais pessoas. O gráfico 7 mostra que 27,6% já sofreu interferência em seus relacionamentos devido às lesões e 72,4% afirmam que não sofrem qualquer influência.

No gráfico 8, podemos observar que as lesões afloram um sentimento de feiura em 56,6%, enquanto 43,4% não se sentem menos atraente devido essa condição.

Acredita-se que as pessoas criam uma exigência pessoal devido a influencia dos outros e por meio da mídia em ser perfeito, todavia a autoaceitação de sua própria imagem é que interfere em maior constância na vida desses jovens como mostra nos gráficos.

Gráfico 9: aparência da pele e sentimento de inferioridade.

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 10: aparência da pele e senso de liberdade.

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Fonte: acervo próprio

Manter a autoestima elevada é primordial para se ter sucesso na vida pessoal, profissional e em diversas outras áreas da vida. E o gráfico 9 aponta de 62,5% não se sente menos importante contra 37,5% que possui o sentimento de inferioridade.

Já no gráfico 10, 60,5% afirmam que o senso de liberdade não é afetado devido à condição de sua pele e somente 39,5% afirmam sofrer com sua condição.

Portanto, mesmo os números de negação serem inferiores aos positivos, é preciso ter atenção ao sentimento de inferioridade, pois é devastador e leva a pessoa a diversos distúrbios psicossomáticos e interferência na vida profissional como mostra no gráfico 11, abaixo.

Gráfico 11: imperfeições no rosto e vida profissional.

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Fonte: acervo próprio.

Neste gráfico, observa-se que os dados nos gráficos 9 e 10, quando positivos, causam intervenção na vida das pessoas. Cerca de 75,7% afirmam sofrerem prejuízos na vida profissional contra 24,3% que afirmam não sofrerem nenhuma ocorrência.

Gráfico 12: conhecem maquiagem corretiva?

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 13: uso de maquiagem corretiva no dia a dia.

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Fonte: acervo próprio.

Como recurso para as imperfeições na face, já apresentamos ao longo do trabalho a maquiagem corretiva como ferramenta de camuflagem das imperfeições e por meio do gráfico 12, observou-se que 74,3% já conhecem essa modalidade de maquiagem e somente 25,7% desconhecem, no entanto no gráfico 13, nos apresenta somente 36,8% que usam essa ferramenta em seu dia, e 63,2% ignoram esse recurso.

Gráfico 14: a maquiagem corretiva e sua interferência na autoestima.

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 15: maquiagem corretiva e as chances no mercado de trabalho.

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Fonte: acervo próprio.

Em decorrência da elevação da autoestima devido à maquiagem corretiva, como mostra o gráfico 14, 98,7% acreditam que esse recurso pode contribuir muito com a autoaceitação e até aumentar as chances no mercado de trabalho como mostra o gráfico 15, onde 89,5% afirmam positivamente.

Gráfico 16: rotina de camuflagem de lesões.

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 17: procedimentos de rotina para camuflagem das lesões no rosto.

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Fonte: acervo próprio.

Quando se tem uma imperfeição no rosto e a opção que a pessoa tem é a maquiagem corretiva, ela precisa ter disciplina e rotina, pois todos os dias serão necessários refazê-la. E o gráfico 16 nos mostra que somente 39,8% contra 61,2%, prezam por essa rotina.

Se caso a pessoa opte por camuflar a lesão, existem no mercado diversos produtos e procedimentos que auxiliam na melhora da aparência. No gráfico 17, as participantes relataram as formas e produtos de utilizam para se sentirem mais bonitas, como: skincare, bases, cremes, maquiagem, corretivos, dormem bem, protetor solar com base.

Gráfico 18: orientação quanto ao uso da maquiagem corretiva.

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Fonte: acervo próprio.

Ao se tratar de maquiagem corretiva, logo temos que analisar que existem técnicas para utilizá-la, e de acordo com o gráfico 18, somente 14,5% contra 85,5% conhecem essa informação. Diante disso, a maioria das pessoas não utiliza a maquiagem corretiva, por falta de conhecimento.

Gráfico 19: tratamentos da lesão.

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 20: respostas negativas quanto ao tratamento de lesões na face.

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Fonte: acervo próprio.

Gráfico 21: respostas positivas quanto ao tratamento de lesões na face.

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Fonte: acervo próprio.

A maioria das pessoas, em alguma época da sua vida já procurou tratamento para a imperfeição que tem em sua pele, como mostra o gráfico 19, no entanto, muitos não podem efetuá-lo devido ao alto custo ou por falta de informação como mostra no gráfico 20 e quando efetuam o tratamento, o gráfico 21 mostra que 51,5% versus 48,5% não obtiveram resultados satisfatórios.

Gráfico 22: após uso da maquiagem corretiva como se sente em relação a sua autoestima.

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Fonte: acervo próprio.

Ao observar o gráfico 22, concluímos que a maquiagem corretiva tem um poder regenerador e interfere positivamente na autoestima e autoaceitação da pessoa.

  1. CONCLUSÃO

A exigência de uma imagem bela e sem imperfeições imposta pela mídia e a sociedade, tem levado muitas pessoas com imperfeições na face, perderem a autoconfiança, dessa forma, o texto trata sobre a questão da aparência insatisfatória e indesejável por causa de lesões faciais, acarretando em

baixa da autoestima. O texto também discute a questão do papel da maquiagem corretiva na autoaceitação e elevação da autoestima. Além de frisar a importância de como as pessoas podem elevar sua própria autoestima, melhorar a imagem pessoal e até mesmo a confiança para encarar a vida em todas as áreas com um simples ato de se automaquiar.

Dessa forma, o trabalho se propôs a fazer uma análise referente à insatisfação da autoimagem de pessoas com lesões em alguma parte da face, e mostrar que a maquiagem corretiva pode mudar ou não a autoaceitação e a autoestima. E os resultados obtidos foram importantes para o trabalho, pois por meio deles pode-se inferir que a maquiagem corretiva colabora de forma positiva na autoestima e no aumento da autoconfiança.

Com isso, acredita-se que esta pesquisa se configure não só em um instrumento de conhecimento e reflexão, mas também de estímulo a outros trabalhos.

  1. REFERÊNCIAS

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DINIZ, Ana Carla Alves Evangelista. FERREIRA, Zamia Aline Barros. A Influência da Maquiagem para o Resgate da Auto Estima em Mulheres. 2020. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2875/4540. Acesso em: 05 jun. 2021.

DUTRA, Jéssica Krauss da Silva. PONTES, Siegried. MAQUIAGEM: UM RECURSO PARA PROMOVER A AUTOESTIMA. 2018. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/7932/1/corre%C3%A7%C3%A3o%20do%2 0tcc%20final.pdf. Acesso em: 06 jun. 2021.

FREITAS, Norma Nelson Gonçalves. MEDEIROS, Fabiana Durante de. USO DA MAQUIAGEM COSMÉTICA, PARA CAMUFLAR LESÕES NA FACE, CAUSADAS POR: MELASMA; ROSÁCEA E ACNE. 2018. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/7839/1/TRABALHO%20DE%20CONCLUS AO%20DE%20CURSO%202018%20REUNI.pdf. Acesso em: 15 maio 2021.

FISCHER, Ana Flavia. PHILLIPI, Karine. MACEDO, Caroline A. de. A importância do visagismo para a construção da imagem pessoal. 2010. Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Flavia%20Fischer,%20Karine%20Phillipi.pdf. Acesso em: 15 maio 2021.

MARTINS, Roseneide da Silva Gusmão. FERREIRA, Zamia Aline Barros Ferreira. A Importância dos Procedimentos Estéticos na Autoestima da Mulher. 2020. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2807/4571. Acesso em: 05 jun. 2021.

OLIVEIRA, Raiane Aparecida Gontijo. FERREIRA, Lilian Abreu. OS EFEITOS DA CAMUFLAGEM COSMÉTICA NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM ACNE. 2017. Disponível em: http://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/105/109. Acesso em: 16 maio 2021.

ONEDA, Luana Lays. PERIN, Mariana. THIVES, Fabiana. A influência da maquiagem na imagem pessoal. 2008. Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Luana%20Lays%20Oneda%20e%20Mariana%20Perin.pdf. Acesso em: 16 maio 2021.

SILVA, Heloísa Azevedo Silva. FERREIRA, Zamia Aline Barros. O Poder da Maquiagem na Autoestima de Mulheres com Acne. 2020. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/viewFile/2819/4557. Acesso em: 05 jun. 2021.

SILVEIRA, Natália Maia Braz. AUTOMAQUIAGEM COMO EXERCÍCIO CÊNICO. 2016. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/13162/1/2016_NataliaMaiaBrazSilveira.pdf. Acesso em: 05 de jun. de 2021.

SOUZA, Nilcea Marques de. A história da beleza através dos tempos. 2008. Disponível em: http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/K206393.pdf. Acesso em: 05 jun. 2021.

TEIXEIRA, Francine Rosa. MELO, Vitória de Estefani. O IMPACTO DA MAQUIAGEM NA AUTOESTIMA DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA. 2019. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/7944. Acesso em: 15 maio 2021.

VICENTE, Ana Clara Lopes. VIEIRA, Clara Nascimento. MEDEIROS, Fabiana Durante de. A INFLUÊNCIA DA MAQUIAGEM NA AUTOESTIMA DE MULHERES SEPARADAS. 2019. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/7890. Acesso em: 05 jun. 2021.


ANEXO 1

QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS

Dados demográficos:

Idade: ( ) 17 a 20 anos; ( ) 21 a 23 anos; ( ) 24 a 26 anos

Tipo de lesão: ( ) Melasma; ( ) Olheiras; ( ) Acne; ( ) Vitiligo; ( ) Cicatriz por acidente; ( ) Outros;

A presença das lesões na face já lhe causou algum tipo de transtorno emocional? ( )sim ( )não

Já passou por alguma situação de constrangimento pela condição de sua pele? ( )sim ( )não

Já deixou de realizar alguma atividade devido à lesão cutânea localizada na face? ( )sim ( )não

Já se sentiu discriminado(a) devido à desordem cutânea localizada na face? ( )sim ( )não

A condição da sua pele já interferiu no relacionamento com outras pessoas? (por ex: interações com a família, amigos, relacionamentos íntimos etc) ( )sim ( )não

A aparência da sua pele faz você não se sentir atraente para os outros? ( )sim ( )não

A aparência da sua pele faz você se sentir menos importante ou produtivo? ( )sim ( )não

A aparência da sua pele afeta o seu senso de liberdade? ( )sim ( )não

Você acredita que a imperfeição no rosto pode prejudicar a vida profissional de uma pessoa? ( )sim ( )não

Você sabe o que é “maquiagem corretiva”? ( )sim ( )não

Faz uso de “maquiagem corretiva” no seu dia a dia? ( )sim ( )não

Você acredita que a “maquiagem corretiva” pode contribuir na elevação da autoestima de uma pessoa com imperfeições no rosto? ( )sim ( )não

Você acredita que a “maquiagem corretiva”, para uma pessoa com imperfeições no rosto, contribui para o aumento de chances no mercado de trabalho? ( )sim ( )não

Possui alguma rotina para tentar camuflar os problemas cutâneos? ( )sim ( )não

Caso a resposta anterior seja “sim”, quais:

Já procurou algum profissional para orientação de como usar a maquiagem cosmética para camuflagem? ( )sim ( )não

Já realizou algum tipo de tratamento para seu tipo de lesão? ( )sim ( )não

Caso a resposta seja, não, por que: ( ) Falta de orientação ( ) Preço elevado ( ) Outros

Tratamento foi satisfatório: ( )sim ( )não

Após ter a lesão camuflada com a maquiagem cosmética, descreva em uma palavra como você se sente em relação a sua autoestima: