O IMPACTO DA INTELIGENCIA ARTIFICIAL E DO E-COMMERCE NO MERCADO DE VENDAS

THE IMPACT OF ARTIFICIAL INTELLIGENCE AND E-COMMERCE ON THE SALES MARKET ABSTRACT

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10202010


Bruna Karoline Franco Lima1
Caroline Almeida Ferreira da Silva2
João Victor Isaac Azevedo Trigueiro3
Miquele Luciano Bosco Filho4
Victor Gomes do Nascimento5
Ivo Costa Alves 6


RESUMO

Nas compras do dia a dia que abrangem tarefas e necessidade de locomoção rotineiras, percebe-se a negociação entre consumidores e vendedores. Nesta negociação têm algumas necessidades, tais como: maior praticidade nas compras, entregas mais rápidas, compras online, entres outras necessidades. Como também, as mudanças que o mercado absorve dos fatores regionais, econômicos, socioeconômicos e outros fatores que afetam o mercado.

Para ajustar estas necessidades supracitadas, entra no cenário a inteligência artificial, sendo uma tecnologia relevante como demonstrada em vários artigos científicos. A inteligência artificial avança em simulações buscando soluções para a problemática atual de mudanças do mercado e do comportamento de compras de seus consumidores.

Para tanto, a partir da revisão bibliográfica, o objetivo da pesquisa é mostrar a mudança de mercado depois da pandemia e o avanço tecnológico da Inteligência Artificial e, como ela vem impactando o E-commerce e o varejo físico atualmente, Desta maneira, mostrando não só uma mudança de preferência do consumidor para compras, mas também uma mudança no mercado e qualidade da mesma.

Como resultado deste estudo, será possível demostrar as mudanças comportamentais dos consumidores atuais e, futuramente, no mercado varejista; além dos impactos causados pela tecnologia envolvida neste contexto.

Palavraschave: E-commerce. Varejo. Inteligência Artificial. Avanço Tecnológico. Mercado

In everyday purchases that include routine tasks and the need for transportation, negotiations between consumers and sellers can be seen. In this negotiation they have some needs, such as: greater practicality in shopping, faster deliveries, online shopping, among other needs. As well as the changes that the market absorbs from regional, economic, socioeconomic and other factors that affect the market.

To adjust these aforementioned needs, artificial intelligence enters the picture, being a relevant technology as demonstrated in several scientific articles. Artificial intelligence advances in simulations seeking solutions to the current problems of changes in the market and the purchasing behavior of its consumers.

To this end, based on the literature review, the objective of the research is to show the market change after the pandemic and the technological advancement of Artificial Intelligence and how it has been impacting E-commerce and physical retail currently, In this way, showing no just a change in consumer preference for purchases, but also a change in the market and its quality.

As a result of this study, it will be possible to demonstrate behavioral changes among current consumers and, in the future, in the retail market; in addition to the impacts caused by the technology involved in this context.

Keywords: Electronic commerce. Retail. Artificial intelligence. Technological progress. Market

1. INTRODUÇÃO

O avanço exponencial da tecnologia e o crescente uso da inteligência artificial têm remodelado profundamente a paisagem do comércio varejista global. Neste contexto, o comércio eletrônico surgiu como uma força transformadora, alterando as dinâmicas tradicionais de vendas e criando novas oportunidades para os consumidores e vendedores. Antes mesmo da pandemia de COVID-19, o comércio eletrônico já vinha conquistando terreno, mas foi durante a crise global que sua importância e influência se tornaram mais evidentes. A pandemia não apenas acelerou a adoção do comércio eletrônico, mas também redefiniu as expectativas dos consumidores, impulsionando uma rápida adaptação por parte dos varejistas.

Esta pesquisa se propõe a examinar de forma abrangente o panorama do comércio eletrônico em meio às mudanças significativas no mercado de vendas, abordando as fases pré-pandemia, pandemia e pós-pandemia. Além disso, serão analisadas as vantagens e desvantagens inerentes ao comércio eletrônico, considerando seu impacto na experiência do consumidor, nos modelos de negócios varejistas e na economia em geral. Este estudo pretende contribuir para uma compreensão mais profunda das implicações variadas do comércio eletrônico impulsionado pela inteligência artificial e suas implicações no cenário pós-pandemia, oferecendo insights valiosos para os profissionais do setor, formuladores de políticas e acadêmicos interessados no futuro do comércio varejista.

2. JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos, o e-commerce se destacou no mercado, através da grande quantidade de receita gerada ao redor no mundo. Em 2019, esse mercado tornou-se mais forte, devido à pandemia do COVID-19, foi quando as pessoas precisaram se adaptar à nova realidade: não sair de casa, inicialmente, começo da obrigatoriedade do uso de máscaras e o mínimo contato físico possível. Antes disso, nem todos do mercado conheciam, trabalhavam ou utilizavam o ambiente on-line, seja para trabalhar, comprar e até mesmo para transações bancárias. Nessa época, a pandemia foi o principal e único fator que impulsionou o alto uso do ambiente virtual. Visto essa realidade, todos tiveram que se adequar desde as pessoas que já tinham o hábito de consumir os serviços on-line até aqueles que se mostravam resistentes a esse tipo de consumo.

A pandemia foi um grande desafio para todos, mas para comerciantes, varejistas e empreendedores foi um desafio maior, devido a necessidade de se reestruturar para garantir renda de alguma forma. Esse processo de reestruturação se tornou complexo, uma vez que as estratégias das empresas, em geral, eram voltadas para o foco no cliente, ou seja, as tomadas de decisões eram fundamentadas no nível de satisfação do cliente demonstrado nas lojas off-line. Partindo desse princípio, empresas começaram a investir em tecnologias que seriam capazes de fornecer informações das preferências dos clientes, com base em suas pesquisas e acessos. A Inteligência Artificial (IA), por exemplo, é uma tecnologia que se destaca através da busca inteligente nos comércios eletrônicos atuais, possibilitando a busca por cor, busca por voz, busca por imagem, busca comportamental, alta velocidade e similaridade fonética, dentre outros serviços.

Diante disso, o trabalho enfatiza os desafios enfrentados pelo e-commerce antes, durante e pós-pandemia dando ênfase às contribuições da Inteligência Artificial para este setor. Além disso, evidencia três cenários sociais diferentes, tornando visível o quão benéfico é para a economia a utilização de tecnologias inovadores, vindas da indústria 4.0.

3.   OBJETIVOS

Essa pesquisa tem como objetivo analisar o desenvolvimento, o avanço e o impacto da Inteligência Artificial no E-commerce e no varejo físico, para tanto foi realizado um estudo de mercado olhando o cenário como um todo: Pré, Durante e Pós pandemia, além dos sistemas utilizados de recursos, como por exemplo: a Inteligência Artificial (chatbots). Ademais, ocupa-se em analisar os impactos da implementação e seu uso.

Assim, dispõe dos respectivos objetivos específicos.

Objetivos específicos:

Þ Mapear os avanços na história;

Þ Coletar os dados de utilização do público;

Þ Mapear os impactos e avanços na pandemia;

Þ Analisar os dados coletados do público;

Þ Apontamento dos impactos do avanço tecnológico.

4.  REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)

A Inteligência artificial, também conhecida como IA, é uma tecnologia que está em constante evolução, e desde a sua origem gera grandes impactos na vida das pessoas como na indústria, sendo atualmente uma tecnologia altamente relacionada aos pilares da indústria 4.0.

Nos primórdios da história da Inteligência artificial (IA), o matemático britânico Alan Turing, em 1936, criou um dispositivo chamado “Maquina de Turing”, que foi considerada a fundação da IA. Porém o termo Inteligência artificial só teve seu primeiro uso em 1956 num workshop na faculdade de Dartmouth.

Desde então a Inteligência Artificial foi evoluindo em grande escala e as aplicações cada vez mais complexas. Seguindo a linha do tempo pós a criação do termo Inteligência Artificial tivemos diversas aplicabilidades como em 1966 a criação do primeiro Chatbot, em 1972 o desenvolvimento do Ted Shortliffe para realização de diagnósticos e tratamento de doenças e a partir dos anos 2000 a mesma vem sendo aplicada na rotina das pessoas como em aplicativos de streaming de música e vídeo como Spotify e Netflix.

Atualmente a Inteligência Artificial (IA) esta dívida e teorizada em três gerações: ANI (artificial narrow intelligence), AGI (artificial general intelligence), e ASI (artificial superintelligence). Nos dias atuais ainda estamos na 1º geração da tecnologia, mais conhecida como ANI (artificial narrow intelligence), isto é, a IA realiza tarefas complexas, porém especificas e restritas, como sistemas de recomendações. A segunda geração referida como AGI (artificial general intelligence), que muitos consideram o verdadeiro tipo de Inteligência Artificial, onde esse tipo hipotético de Inteligência Artificial estaria no mesmo nível da inteligência humana, não possuindo tarefas restritas e podendo realizar e aprender. Por fim temos a terceira e última geração a ASI (artificial superintelligence) onde a IA estaria em um nível de inteligência superior ao dos seres humano, tal inteligência poderia fazer e realizar coisas inimagináveis e imprevisíveis, além de ser teoricamente imparável e resolveria tudo instantaneamente. (Haenlein & Kaplan, 2019)

Segundo Haenlein & Kaplan (2019), diante de diversos estudos a IA pode ser definida como a capacidade de um sistema simular uma inteligência similar à humana, isto é, de um sistema interpretar dados corretamente, aprender com os mesmos e utiliza-los de forma a atingir os objetivos definidos. A Inteligência Artificial utiliza informações externas obtidas através da Internet of Things (IoT) e/ou outras fontes de Big Data como uma forma de Machine Learning, ou seja, há a necessidade da aplicabilidade de métodos que contribuam para o aprendizado dos computadores sem serem especificamente programados para o feito.

A IoT, descreve a rede de objeto físicos incorporados a sensores, softwares e outras tecnologias como o objetivo de conectar, reunir e trocar dados com outros dispositivos e sistemas na rede como um todo. O Big Data é união de um conjunto de dados de origem distintas caracterizados pelos 3V´s: volume, velocidade e variedade; A capacidade de Machine Learning é fundamental para a IA, mas ao mesmo tempo isso exige condições sistêmicas para o fluxo de dados poder ser processado e utilizado.

Este tipo de tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia a dia, sendo uma tecnologia que não só irá ter impacto na nossa vida pessoal como também irá e já está transformando a forma como as empresas pensam e interagem com seus consumidores.

4.2 E-COMMERCE

O E-commerce, ou comercio virtual, é o termo utilizado quando se refere aos negócios que tem a estrutura de compra e venda na internet, sendo assim, todas as transações realizadas por meio de ferramentas online. Trata-se de um empreendimento que se diferencia pela estrutura de funcionamento, altamente relacionada ao digital, onde os termos de venda são negociados através da internet ou qualquer outro sistema, sendo o pagamento realizado ou não online, onde de acordo com ROWSOM (1998, p.104 ) e GRAHAM (2000, p.56) o e-commerce é mais que uma  simples  transação  eletrônica  de bens  e  serviços, ele inclui todos os tipos de esforços de pré-venda e pós-venda, assim como atividades auxiliares. 

Entre os anos 60 e 80 o E-commerce teve seu surgimento e primeiras tentativa, sendo uma delas o Eletronic Data Interchange, ou em tradução livre, Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI), uma modalidade que tinha por objetivo compartilhar arquivos e documentos de negócios entre empresas. No entanto essa solução requeria um acordo pré-estabelecido e de elevado esforço de implementação.

Com o passar dos anos e com o surgimento da internet junto ao sucesso dos computadores, o E-commerce começou a ganhar espaço e popularidade social e então teve sua chegada em países menos desenvolvidos. No Brasil o comercio virtual teve seu primeiro registro em 1996, após a aprovação da internet em 1995 pelo Ministério da Comunicação, tendo a Magazine Luiza como uma das pioneiras na área. 

Com os avanços tecnológicos e o aumento da economia digital, as transações eletrônicas tem abrangido todos os setores da economia, com a utilização de computadores, celulares, telecomunicações e a internet em todas as indústrias.

No entanto como a principal caracterização do E-commerce se baseia na natureza do comprador e do vendedor e sua posição na cadeia de valor comercial foram surgindo tipos de relações, onde atualmente possui 10 tipos, mas o E-commerce se subdivide em 4 tipo principais, são eles: Business to Business (B2B), é o comercio eletrônico relacionado a transações entre duas empresas ; Business to Consumer(B2C), é o comercio eletrônico envolvendo uma empresa e o consumidor final ;Consumer to Consumer (C2C),engloba o comercio eletrônico entre consumidores individuais , através de plataformas de terceiros; e Consumer to Business (C2B), acontece quando um consumidor publica um produto que posteriormente será comprado ou leiloado pelas empresas.

Atualmente, pós pandemia, o uso e o avanço tecnológico vem crescendo entre as pessoas e as ferramentas vem ficando cada vez mais inovadoras para facilitar o trabalho e as atividades do dia a dia, dentre elas está a Inteligência Artificial que vem sendo utilizada para impulsionar ainda mais o E-commerce e o impacto no varejo físico vem crescendo a cada dia. Porém segundo BARWISE (1997, p.95), CLARK (1998, p.  117) e WEBER e ROEHL (1999, p. 291) a falta de segurança nas transações on-line têm sido preocupação para consumidores e empresas que fazem compras na Web o que ainda gera um retardo no avanço direto para um comercio digital.

4.3 MUDADNÇAS NO MERCADO E VENDAS

Com o andamento da tecnologia e o agravamento do isolamento devido a pandemia, as tendencias mudaram quase que da noite para o dia e o consumidor passou a ser mais “exigente” quanto ao seu deslocamento e as preferencias de exclusividade de produtos que já eram altas só aumentaram.

Durante o estudo e a pesquisa, o mercado foi analisado como um todo no período entre 2018 e os dias atuais, visando trazer um comparativo de evolução dele.

4.3.1 PRÉ PANDEMIA

Para começar a falar do mercado pré-pandemia, vamos falar sobre o varejo, que é a ação de vender o produto ou serviço diretamente para o consumidor final sem intermediações. Segundo Kotler e Armstrong (2014), varejo são todas as atividades de vendas de bens e/ou serviços diretamente para os consumidores finais, destinadas a uso pessoal e não para negócios. É possível também, que fabricantes e atacadistas realizam varejo.

Antigamente, neste modelo de negócio essas transações seriam possíveis, apenas, em pontos de vendas físicos, isto é, offline. Consequentemente, só seria possível despertar o interesse e o desejo de compra do consumidor caso ele se locomovesse até o espaço físico. Vale lembrar que o varejo é de extrema importância para a economia, visto a grande geração de receita ocasionada pela alta oferta de empregos, garantia de renda e crédito.

No Brasil, o comércio varejista começa a tomar força no século XVIII, marcado pela exploração do ouro, Cidades começaram a surgir, o desenvolvimento cultural e comercial estava em alta, os processos de trocas e o surgimento da moeda naquela época, contribuíram para o aparecimento da economia. Com o passar do tempo, após a revolução industrial XVIII, as lojas foram tomando forma e se modernizando de acordo com as transformações e inovações que vinham surgindo.

Atualmente, considera-se como Brandão principal dos comerciantes o “foco no cliente”, isto é, estipular estratégias focado totalmente no cliente, garantir a boa experiência e qualidade. E já em 1995 não foi diferente, com a liberação da internet do Ministério Público para a utilização da internet para fins lucrativos, grandes empresas muito conhecidas nos dias atuais se conectaram a internet e deram origem às primeiras lojas virtuais. A partir desse marco, inicia-se o e-commerce no Brasil, ou seja, o varejo deixa de ser feito apenas de forma offline, sendo possível ser realizado sem a existência de uma loja como é no caso do e-commerce.

Com as mudanças e alterações que o mercado vinha sofrendo, era essencial que desde aquela época os varejistas perceberam que o nível de satisfação dos consumidores com relação aos serviços prestados e ou produtos oferecidos, já seriam o ponto focal para suas estratégias, visto as altas concorrências que surgiriam. Assim como, em artigo sobre as tendências do varejo, Barrizzelli (1998, p. 23) “defendeu que os varejistas devem mudar o foco de seus negócios das mercadorias vendidas para seus clientes”, uma vez que, hodiernamente, as pessoas estariam comprando menos produtos materiais e cada vez mais satisfação, pelo que os administradores de marketing deveriam procurar montar um mix de serviços que atingissem o consumidor por seu estilo de vida. De acordo com o autor, as novas tendências do varejo apontam que muitos consumidores procuram em sua experiência de compra entretenimento, prazer estético ou relaxamento.

Dentre essas empresas, temos como exemplo conhecido a Magazine Luiza, uma marca que se tornou destaque e exemplo de e-commerce, segundo Laurindo (2008), foi a Magazine Luiza no seu processo de digitalizar a empresa por meio da criação do site para compras. O pioneirismo em “Lojas Virtuais” da mesma, foi lançado pela em 1992, num modelo de estabelecimento sem a formação de estoque.

Em 2002, as suas lojas virtuais somavam em 34 e respondiam por um faturamento de R$48 milhões total. Buscando se destacar, e ao mesmo tempo se arriscando, devido a estratégia contrária de outras lojas de varejo, a Magazine Luiza teve como objetivo fazer com que suas lojas físicas se integrassem com as lojas virtuais, sem que houvesse uma separação entre dois ambientes. Como estratégia, a internet a seu favor, a empresa buscou expandir suas redes online em locais onde não havia a existência de lojas físicas, mas que houvesse demanda por seus produtos.

Em entrevista realizada em maio de 2020, com investidores, o presidente do Magazine confirmou que as lojas físicas aguentariam até dois anos com as portas fechadas, porém ainda seguindo com operações no online, isso porque no primeiro trimestre de 2020, o faturamento de seu e-commerce cresceu 203% comparado ao ano de 2019. De acordo com o presidente, “Graças aos investimentos em logística, tecnologia e à expansão das lojas físicas, 64% das entregas do trimestre foram realizadas em até 48 horas”.

Segundo Freitas (2020), os canais digitais da empresa equivalem 53% das vendas totais, incluindo o site, aplicativo, marketplace e todos os outros meios de comércio online da Magazine Luiza. Através da combinação de vendas em lojas físicas e vendas digitais, a Magazine Luiza conseguiu realizar pesquisas de mercado para adquirir informações e opiniões de seus clientes.

Diante do cenário relatado acima, vale ressaltar que, as tecnologias que foram surgindo com o passar dos anos, além de possibilitar grandes fins lucrativos para as empresas, tornaram possível o estreitamento do contato consumidor-empresa, enviando mensagens e obtendo retorno com facilidade. Fato este que se torna cômodo para ambos os lados.

4.3.2 PANDEMIA

Na época da pandemia do COVID 19, que podemos considerar que durou de março de 2020 até o dia 05 de maio de 2023, com base no artigo “OMS declara fim da emergência de saúde pública de importância internacional referente à COVID-19 (OPAS (2023), que foi quando a OMS decretou o fim da pandemia, em Genebra na Suíça, tivemos alguns momentos e fases, e dentre eles o começo da pandemia que foi o principal fator responsável por um crescimento exponencial dentro do e-commerce, visto que em praticamente todo lugar do mundo e do Brasil, havia lockdown, ou seja, as pessoas não podiam sair de casa para fazer coisas como: compras, passeios, alimentação, etc. de acordo com o estudo “o comportamento do consumidor pós-covid 2022” feito pela agência Marco, apontou que durante a pandemia tivemos uma expansão exponencial do comportamento digital, levando muitos consumidores a obterem o hábito de compras online, ou seja, nos e-commerce.

Para muitos, não é novidade que a pandemia da covid-19, que durou cerca de 3 anos, impactou significativamente o mundo. E aqui falamos muito em específico sobre o comportamento do consumidor no mundo. Onde essa crise sanitária, nos períodos de maior restrição, impactou diretamente a circulação de pessoas na rua e a abertura de todos os estabelecimentos comerciais, visto que só coisas consideradas de extrema necessidade ficavam abertas, como: farmácias, hospitais, mercados, postos de gasolina.

Segundo o estudo “O comportamento do consumidor pós-covid 2022”, feito pela agência Marco (2022), apontou que 98% dos brasileiros passaram a comprar mais no e-commerce, se comparado com o início da pandemia. Sabemos que isso se dá diretamente pelo fator de que a internet se tornou o único meio de compras como: roupa, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, smartphones etc. visto que tudo o que não era essencial precisava permanecer fechado. Esse estudo foi feito em 14 países diferentes, e mostra que o aumento da frequência do uso do e-commerce é maior no brasil do que em outros países da América Latina. Para se ter uma ideia, entre os colombianos e mexicanos, os percentuais de consumidores que comprar mais pela internet são de 88% e 80% respectivamente. A média entre os países europeus pesquisados, é de apenas 67%.

A pandemia trouxe com ela diversas mudanças para a sociedade quanto para a economia. Empresas tiveram que se reinventar para poderem continuar existindo, vendendo e faturando. E abordando a economia como um todo, tiveram setores que o ponto foi positivo e outros que foram negativos.

De acordo com a HCC (2022), por exemplo no varejo, setor de eventos e turismo, foi o setor mais impactado de forma negativa. Isso por conta de que a população era instruída a estabelecer um isolamento social para tentar controlar a disseminação do vírus da covid-19. Dessa forma, foram proibidos viagens, shows, eventos, visto que também não poderia haver aglomerações de pessoas em locais, tanto públicos como privados.

Assim as idas a supermercados, shoppings e lojas foram substituídas por muitos consumidores, por compras em carrinhos virtuais, em sites e aplicativos. E aí que entram o e-commerce e seu crescimento durante toda a pandemia. Para você ter noção, numa pesquisa de campo feita __ de __ pessoas, falaram que durante os momentos de lockdowns da pandemia da covid, faziam compras apenas online por aplicativos e sites.

Uma pesquisa que foi feita pela EBIT|NIELSEN (2022) indica que entre janeiro e março de 2020 houve um aumento de 32% no número de pessoas que realizaram as suas primeiras compras online. Durante o mesmo período em 2019, esse número foi quase a metade, 17%. Ou seja, significa que mais gente experimentou esse tipo de consumo, mesmo aquelas pessoas que ainda eram muito resistentes e temorosas as compras online. O e-commerce no Brasil, de acordo com a empresa, ganhou 13 milhões de novos consumidores.

Também de acordo com a EBIT|NIELSEN (2022) indica que quando falamos de números totais, o e-commerce cresceu mais de 48% apenas no Brasil. No mês de abril de 2020, o e-commerce vendeu 81% a mais do que no mesmo período em 2019, movimentando o equivalente a R$ 9.4 bilhões.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) (2022), outra coisa que chamou muito atenção foi o número de lojas online que abriram durante a pandemia, foi um boom e um crescimento de 400%, visto que em 2019 a média foi de 10mil lojas por mês, após o início do isolamento social, o número chegou a ser de 50mil lojas por mês. Analisando os fatos apresentados, temos a plena convicção de que a pandemia ajudou e muito o desenvolvimento e o crescimento do e-commerce, em números extremamente expressivos se comparado aos anos anteriores.

De acordo com o Jornal Estado de Minas (2022), os números só foram crescendo conforme os anos foram passando, o e-commerce brasileiro registrou um faturamento recorde em 2021, totalizando R$ 161 bilhões, um crescimento de 26,9% em relação ao ano anterior. O número de pedidos aumentou 16,9%, com 353 milhões de entregas, segundo o levantamento da NEOTRUST (2022), empresa responsável pelo monitoramento do e-commerce brasileiro. O valor médio por compra também teve um aumento de 8,6% em relação a 2020, atingindo a médica de R$ 455,00, NEOTRUST (2022)

No balanço trimestral, um dos destaques é o aumento no número de pedidos do primeiro trimestre, que passou de 49,9 milhões em 2020 para 78,5 milhões em 2021, de acordo com o Jornal Estado de Minas (2022).

De acordo com a NEOTRUST (2022) pode-se notar que mesmo após a flexibilização de algumas coisas durante a pandemia, o varejo on-line continuou crescendo. No quarto tri de 2021 foram realizados 101,6 milhões de pedidos contra 86,6 milhões em 2020. O faturamento atingiu R$ 46,4 bi em 2021, contra R$ 38,7 bi em 2020. Onde as categorias tops 3 com mais pedidos fora: moda, beleza e perfumaria, e saúde (que apresentou crescimento de 87% no faturamento de venda de remédios pela internet).

De acordo com o e-commerce Brasil (2022) Celulares, eletrodomésticos e eletroeletrônicos foram os segmentos com maior faturamento no ano passado. As regiões de maior destaque são o Sudeste, que concentrou 62,3% das encomendas de 2021, e o Nordeste, com 15,1% – o equivalente a 3,5 pontos percentuais a mais que em 2020 para a região.

Os resultados por gênero indicam que as mulheres respondem por 58,9% dos pedidos, frente a 41,1% dos homens. O ticket médio feminino, porém, é menor que o masculino: R$ 387 contra R$ 552, respectivamente. 

O índice por idade demonstra que as compras on-line vêm predominantemente da faixa etária dos 36 a 50 anos, representando 34,9%, e dos 26 a 35 anos, representando 32,1% do volume total. Já as compras feitas por pessoas com mais de 51 anos passaram de 15,5% em 2020 para 16,6% em 2021.

De acordo com a SMARTHINT (2022), quando trazemos ainda mais para a atualidade, no ano passado, 2022 temos números ainda mais expressivos, no qual um levantamento da empresa, onde foram levadas em contas mais de mil empresas, revelou que na comparação com o período pré-pandemia, os cinco primeiros meses de 2022 apresentaram um aumento no faturamento do e-commerce de incríveis 785%, o que ratifica o crescimento exponencial do comércio online nos últimos anos. Esse levantamento também mostrou que o setor de modas e acessórios foi o mais procurado no e-commerce brasileiro durante os cinco primeiros meses de 2022, com mais de 683 mil pedidos feitos. Outros segmentos que se destacaram foram: perfumaria e cosméticos, com mais de 170 mil pedidos, e o de Casa, Jardim e Decoração, com mais de 50 mil.

Para o diretor de negócios da SMARTHINT (2022), podemos notar claramente que os números em crescimento são um reflexo total dos novos consumidores, que acabaram se adaptando e gostando da experiência de comprar pela internet. “Antes da pandemia muitos tinham receio de fazer compras em lojas online, a maioria pela falta de confiança de que seus pedidos chegariam de acordo e outros por não se sentirem seguros em compartilhar dados. No entanto, a realidade obrigou que todos se adaptassem a isso e, afinal, descobrissem que também é possível ter uma boa, e até melhor, experiência de compra pela internet”, comenta o executivo.

De acordo com o Meio&Mensagem (2022) uma curiosidade legal de se trazer é que a publicidade online é a que mais influencia a escolha dos consumidores do Brasil, conforme 83% dos entrevistados. Artigos na internet (77%) e as recomendações de influenciadores digitais (72%) aparecem logo em seguida entre os canais mais relevantes. Atualmente, 89% dos brasileiros disseram já ter comprado alguma coisa com base em recomendações nas redes sociais.

De acordo com o artigo “A tecnologia a serviço do e-commerce e a utilização da inteligência artificial no negócio” (e-commerce Brasil, 2022), dentro deste “boom” do e-commerce durante a pandemia, surge junto também a rápida evolução da IA (inteligência artificial), que de forma muito sútil foi entrando em nossas vidas cotidianas, como por exemplo em vitrines personalizadas, sugestões de compras, dentre outras coisas, pois através da IA é onde temos a análise de dados do usuário, sendo assim, conseguindo fazer com que você veja somente coisas que interessam ao seu consumo. Além disso a IA também ajudou muito a evoluir a segurança do e-commerce, armazenando seus dados cadastrais, cartões de créditos, e sempre lutando para que não houvesse de forma alguma hackers invadindo sistemas para roubarem seus dados sigilosos.

4.3.3 PÓS PANDEMIA

De acordo com uma publicação feita por Isabel Litza, uma pesquisa realizada pela especialista em marketing digital Criteo mostrou que 56% dos consumidores brasileiros começaram a fazer compras online em 2020, e 67% deles pretendiam manter esse hábito após o fim da pandemia.

Com decretos em todo o país exigindo o fechamento da maioria das empresas, os lojistas estão procurando novas abordagens. Vender online não é mais uma escolha de canal de vendas, mas a única.

O número de lojas adaptadas ao e-commerce no Brasil aumentou 400% ao mês durante a quarentena (50 mil lojas abertas), superando a média anterior de 10 mil lojas abertas por mês.

A maior preocupação dos comerciantes era que a procura não acompanhasse o crescimento de novos negócios e a mudança das cotações físicas para o mundo online, mas no final, não foi desta forma. O NuvemShop realizou um estudo que mostra o desenvolvimento do e-commerce na pandemia e, a busca por lojas online teve um aumento excepcional de 64% nas principais plataformas de e-commerce.

Essa porcentagem não se refere apenas a consumidores que fazem buscas online, também representa os colaboradores que perderam seus empregos e empresas que ainda não faziam o uso de canais online.

Os setores que mais cresceram durante a pandemia foram:

Calçados – 99,44%;

Bebidas – 78,90%;

Eletrodomésticos – 49,29%;

Autopeças – 44,64%;

Supermercado – 38,92%;

Artigos Esportivos – 25,75%;

Móveis e Decoração – 23,61%;

Moda (18,38%).

De acordo com uma pesquisa feita por Dinalva Fernandes, um levantamento recente da SmartHint mostrou que a receita do comércio eletrônico aumentou 785% nos primeiros cinco meses deste ano em comparação com antes da epidemia, o que confirma o crescimento acelerado do comércio eletrônico nos últimos dois anos.

A pesquisa mostra ainda que nos primeiros cinco meses de 2022, a indústria de acessórios de moda é a indústria mais popular entre o e-commerce brasileiro, com mais de 683 mil pedidos registrados. Outros segmentos que se destacaram pela alta demanda foram Fragrâncias & Cosméticos (mais de 170 mil pedidos) e Casa, Jardim & Decoração (mais de 50 mil pedidos).

São Paulo foi o estado com maior número de solicitações nesse período – o total foi calculado em cerca de 924 mil. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro com 331 mil, seguido por Santa Catarina com 279 mil.

De acordo com Ana Paula Castro da TV Globo, o comércio eletrônico brasileiro gerou receitas de aproximadamente 450 bilhões de reais entre 2019 e 2022, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Esse valor considera as vendas online no Brasil por meio da emissão de nota fiscal eletrônica. Segundo avaliação da secretaria, o aumento ocorreu neste período devido à pandemia de Covid-19 iniciada em março de 2020.

“A pandemia da Covid-19 impulsionou as vendas online, permitindo que o comércio eletrônico brasileiro desse um salto, com as operações de compras e vendas atingindo 450 bilhões de reais em vendas nos últimos três anos”, explicou o ministério.

Os fluxos totais foram mais do dobro dos valores registados nos anos pré-pandemia combinados. A receita acumulada de 2016 a 2019 foi de R$ 178,06 bilhões.

Os produtos mais comprados pela internet durante a pandemia, considerando o valor das transações, foram:

  • Celulares (incluindo smartphones);
  • Televisores;
  • Livros;
  • Notebooks e tablets;
  • Geladeiras e freezers.

4.3.3.1 Vantagens e Desvantagens do E-commerce

De acordo com João G Einsemann, essas são algumas das vantagens e desvantagens do E-commerce:

4.3.3.1.1 Vantagens:

  • Redução das fronteiras geométricas;
  • Disponível para compra 24/7
  • Preços atrativos e competitivos;
  • Aumento da receita, fluxo e visibilidade das lojas físicas por meio dos canais de venda online e offline, ou seja, ominichannel;
  • Rastreamento do comportamento dos visitantes no site, coletando dados para anúncios e aumento de receita;
  • Facilidade no gerenciamento de lojas, pois algumas tarefas como: cobrança, remessa e pedidos ficam mais fáceis de gerenciar;
  • Redução dos custos indiretos;
  • Capacidade de alcance de um público mais amplo;
  • Custos fixos reduzidos;

4.3.3.1.2 Desvantagens:

  • Aumento da concorrência;
  • Falta de contato físico com o produto;
  • Falta de assistentes de loja;
  • Tempo de entrega e custos podem ser empecilhos (por isso, muitas empresas estão organizando serviços como o Click & Collect).
  • Ameaças potenciais a segurança;
  • Problemas de TI;
  • Falta de interação com o cliente;

4.3.3.1.3 Benefícios do e-commerce para os clientes:

  • Facilidade de comparação dos produtos;
  • Compra independentemente da localização;
  • Permite acesso às informações do produto;
  • Economia de tempo;

A inteligência artificial tem sido aplicada em diversas áreas-chave do comércio eletrônico por meio de algoritmos avançados e aprendizado de máquina. Um deles é a personalização da experiência do usuário. Ao analisar dados sobre compras anteriores e comportamento de navegação, a IA pode fornecer a cada cliente recomendações de produtos altamente relevantes. Esse nível de personalização cria uma conexão mais profunda entre a empresa e o consumidor, aumentando a satisfação e a fidelidade à marca.

Outro aspecto impactante é a melhoria do atendimento ao cliente por meio da inteligência artificial. Chatbots e assistentes virtuais estão mudando a forma como você interage com os consumidores, fornecendo respostas instantâneas e suporte 24 horas por dia, 7 dias por semana. Essa eficiência no atendimento agiliza o processo de resolução de problemas e fortalece o relacionamento entre a empresa e seus clientes.

O gerenciamento de estoque também se beneficia muito da inteligência artificial.

A inteligência artificial ajuda as empresas a prever a demanda com mais precisão e a evitar a escassez de produtos e o excesso de estoque. Com uma gestão de estoques mais eficiente, as empresas podem reduzir custos operacionais e otimizar suas operações logísticas.

Olhando para o futuro, as tendências indicam que a inteligência artificial será cada vez mais utilizada no comércio eletrônico. Tecnologias emergentes, como realidade aumentada e realidade virtual, têm o potencial de transformar a experiência do consumidor, permitindo que os clientes interajam virtualmente com os produtos antes de comprar. Espera-se que essa interação impulsione ainda mais as vendas online e melhore a experiência de compra.

No entanto, é importante considerar as implicações éticas do uso da inteligência artificial no comércio eletrônico. As empresas precisam abordar de forma responsável as questões relacionadas à privacidade de dados e ao viés algorítmico, com regulamentação adequada para garantir a confiança do consumidor.

Em conclusão, a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, está desempenhando um papel vital no avanço do e-commerce. As aplicações da IA, desde a personalização da experiência do usuário até a gestão de inventário e o atendimento ao cliente, estão moldando o futuro desse setor.

É fundamental que as empresas abracem essa revolução tecnológica de forma ética e responsável, aproveitando as vantagens da inteligência artificial para melhorar a eficiência operacional e proporcionar experiências de compra mais gratificantes para os consumidores. O futuro do e-commerce é promissor, e aqueles que souberem utilizar a tecnologia a seu favor estarão na vanguarda de um mercado em constante evolução.

4.3.4 IMPACTO

De acordo com o estudo de Deloitte intitulado “Perspectivas do Varejo”, publicado em seu site oficial, é possível verificar que o mercado físico e o online estão atravessando uma transformação significativa devido a uma variedade de fatores, incluindo avanços tecnológicos e mudanças nas preferências dos consumidores. Conforme descrito no estudo, observa-se uma mudança no panorama do varejo físico, com uma adoção significativa de inovações tecnológicas que buscam melhorar a experiência do cliente. Essas adaptações incluem a implementação de terminais de autoatendimento, tecnologias de realidade aumentada e inteligência artificial, com o objetivo de aprimorar a conveniência e a interatividade durante o processo de compra, conforme ressaltado em análise conjunta com a Forbes, no artigo: “Coronavírus acelera migração para e-commerce no Brasil”.

Além disso, de acordo com o artigo”Físico e Digital: O futuro do comércio é online-to-offline” na Forbes, é destacado que as lojas físicas estão cada vez mais focadas em proporcionar experiências mais imersivas aos consumidores, por meio da criação de espaços interativos, demonstrações de produtos ao vivo e eventos exclusivos, com o objetivo de estimular um ambiente de compra mais atrativo e exclusivo. Isso reflete a busca contínua para aprimorar a fidelidade do cliente e fornecer uma experiência única.

No que diz respeito ao mercado online, o estudo da Deloitte aponta que o comércio eletrônico continua a crescer em função de sua conveniência, diversidade de produtos e capacidade de comparação de preços rápida e eficiente. O relatório observa que melhorias na experiência do usuário, como aprimoramentos na interface e navegação mais intuitiva, estão contribuindo para atrair mais consumidores para o ambiente de compras online, conforme enfatizado em um estudo mencionado no portal E-commerce Brasil.

A pesquisa da Deloitte também ressalta o crescimento das compras por meio de dispositivos móveis, impulsionando empresas a investirem em soluções amigáveis para esses dispositivos, conforme revelado em um artigo no portal Zoop. Além disso, o estudo indica que o foco na melhoria da logística resultou em entregas mais rápidas e eficientes, juntamente com opções flexíveis de entrega e devolução, para atender às expectativas dos consumidores em termos de conveniência e eficiência, como destacado no artigo do Sebrae.

A pesquisa também destaca a crescente presença da Inteligência Artificial (IA) no mercado físico e online, com aplicações que vão desde o aprimoramento da experiência do cliente até a otimização de processos de negócios, conforme discutido em detalhes no artigo publicado no site da Deloitte. A IA está sendo utilizada para análise de dados, personalização aprimorada, recomendações direcionadas e automação de tarefas administrativas e operacionais, como apontado no estudo mencionado no portal da Deloitte.

Diante desse cenário de transformação, tanto o mercado físico quanto o comércio online estão trabalhando para integrar estratégias omnichannel, visando oferecer uma experiência de compra mais abrangente e satisfatória para os consumidores, onde é destacado nos estudos da Deloitte e da Forbes. Esse movimento demonstra um compromisso contínuo do mercado em se adaptar às necessidades em constante evolução e oferecer soluções inovadoras que atendam às expectativas dos consumidores modernos, como ressaltado em artigos no portal E-commerce Brasil e Sebrae.

E, ainda, os estudos ressaltam a importância crescente da segurança e da responsabilidade social corporativa, com muitas empresas adotando práticas ecológicas e éticas para atender às demandas dos consumidores conscientes, refletindo uma mudança mais ampla em direção a práticas de negócios responsáveis e ecologicamente sustentáveis, de acordo com a análise da Deloitte e Sebrae.

No que diz respeito ao uso de dados e análises, as empresas estão cada vez mais aproveitando os insights gerados para personalizar a experiência do usuário, oferecendo recomendações de produtos e serviços com base no histórico de compras e preferências individuais dos consumidores, como evidenciado em pesquisas de campo citadas ao longo dos estudos.

Em relação à segurança das transações online, os estudos destacam a implementação e atualização contínua de medidas de segurança, como criptografia de dados e protocolos de pagamento seguros, com o objetivo de proteger as informações sensíveis dos consumidores. Apesar de preocupações persistentes em relação à segurança cibernética, os esforços contínuos visam garantir a proteção dos dados dos clientes, conforme discutido em artigos presentes no site do Zoop e em relatórios destacados pela Deloitte.

Dessa forma, a busca contínua de estratégias e tecnologias entre o mercado físico e online, juntamente com o constante foco na segurança, na personalização e na conveniência do consumidor, reflete a adaptação contínua do setor de varejo para atender às necessidades em constante evolução e fornecer experiências de compra mais aprimoradas e satisfatórias para os consumidores modernos.

5.  METODOLOGIA

A metodologia aplicada neste trabalho é a revisão bibliográfica, cujo embasamento teórico e aporte sobre o tema O impacto da inteligência artificial e do e-commerce no mercado de vendas fundamenta-se em artigos acadêmicos de sites de domínio público no período de 2018 a 2023. Para tanto, foram utilizados repositórios com Google acadêmico, cuja buscas foram selecionadas palavras chave como “Inteligência artificial”, “E-Commerce”, “Varejo físico x Varejo Online”, onde foram aplicados filtros para seleção dos temas pertinentes à fundamentação desse trabalho.

6.   RESULTADOS E DISCUSSÃO

Feita uma pesquisa de campo, tivemos alguns resultados sobre algumas características do e-commerce, onde podemos falar que o e-commerce permite para os usuários:

  • Acessibilidade global: onde o e-commerce possibilita o alcance de mercados globais, permitindo que empresas de países X, atinjam o público do país Y. Como por exemplo acontece hoje no Brasil, no caso da Shopee ou da Shein, onde de acordo com uma pesquisa de campo feita 98 % de 102 pessoas fazem compras mensais em alguns desses comércios digitais, onde a fabricação de suas roupas vem da China e entram no Brasil como forma produtos importados. (E-commerce Vs varejo físico – google forms).
  • Disponibilidade a todo tempo: as lojas virtuais são “vitrines” que ficam expostas 24/7, ou melhor, 24 horas por dia, 7 dias por semana, oferecendo flexibilidade para realizar compras a qualquer momento. De acordo com a pesquisa de campo feita, 95,1% pessoas de 102, já fizeram compras num horário “não convencional”, ou seja, em horários que lojas físicas estão com as portas fechadas. (E-commerce Vs varejo físico – google forms).
  • Facilidade de comparação de preços: os consumidores podem comparar facilmente preços e características de produtos online, facilitando tomada de decisão antes de realmente realizar a sua compra, como por exemplo, quando você decide efetuar a compra de um PlayStation 5 e vê o preço em uma loja, você pode imediatamente ir até um mecanismo de busca e pesquisa, como o Google, e comparar preços de diversas lojas e então tomar uma decisão totalmente assertiva com o melhor preço, o melhor serviço de entrega, o menor tempo para chegar até sua casa, condições de pagamentos diferentes, dentre tantas outras coisas. E de acordo com uma pesquisa de campo onde 102 pessoas responderam, 91,1% tem o costume de antes de finalizar uma compra online, pesquisar e comparar as condições para só então tomarem a sua decisão. (E-commerce Vs varejo físico – google forms).
  • Personalização e recomendação: quem nunca abriu uma loja virtual e viu logo na primeira página tudo aquilo que você havia procurado nos últimos tempos? De acordo com a nossa pesquisa de campo 99% de 102 pessoas, já passaram por essa situação. Isso se dá por conta da análise de dados da inteligência artificial que são frequentemente utilizadas para personalizar a experiência do usuário, oferecendo recomendações de produtos e serviços com base no seu histórico de compras, preferências, ou até mesmo de pesquisa. Hoje em dia é comum de se ver até mesmo propagandas digitais no Instagram, YouTube, Facebook, relacionadas com o seu histórico de pesquisa atual. (E-commerce Vs varejo físico – google forms).
  • Segurança de dados: medidas de segurança, como criptografia de dados e protocolos de pagamentos seguros, são implementadas para proteger informações sensíveis dos consumidores. Apesar de muitas pessoas ainda terem medo e receio de fazerem compras online com medo de um cartão de crédito ser clonado, ou terem seus dados vazados. E com o avanço da tecnologia isso vem ficando cada dia mais seguro, evitando ataques cibernéticos, roubos de dados, invasões, onde apesar dos crimes cibernéticos evoluírem, as proteções e barreiras evoluem no mesmo ritmo, de acordo com o artigo “O Básico da Segurança de Dados e o Essencial da Proteção de Dados”. Onde regulações legais são extremamente severas no caso de vazamento de dados. Temos o exemplo do Facebook com que recentemente, de acordo com a CNN, por conta de vazamento de dados, a empresa foi condenada a pagar R$ 20 milhões por conta deste erro. De acordo com a pesquisa de campo 91,1% de 102 pessoas, acreditam que seus dados estão cada vez mais seguros em sistemas ligados ao e-commerce. (E-commerce Vs varejo físico – google forms).
  • Dentro desta pesquisa também podemos destacar que 58.8% das 102 pessoas entrevistadas tem o costume de fazer compras on-line pelo menos 2 vezes por mês, e isso é uma prática que tende a subir cada vez mais a sua porcentagem. (E-commerce Vs varejo físico – google forms).
7.     CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos considerar que o e-commerce tem ganhado muita força nestes últimos anos, e muito disto se deu por conta da pandemia do COVID-19, onde na pesquisa de campo que foi feita, ao menos 44,7% de pessoas começaram com o costume de comprar coisas online durante a pandemia e 15,3% após a pandemia, fazendo com que o varejo físico perdesse bastante no seu poderio de vendas. A tendência que conforme o tempo for se passando, o e-commerce ganhe ainda mais força por conta do avanço tecnológico e da nova geração que está muito acostumada a ter tudo de casa. De acordo com a pesquisa feita, 80% das pessoas que tem a preferência por compras em lojas físicas possuem mais de 25 anos, e somente 20% possuem menos. Com o passar dos anos podemos falar que o e-commerce estará se fortalecendo a cada dia mais, enquanto o futuro do varejo físico fica meio incerto.

8.      REFERÊNCIAS 
  • Guilherme Matos Passarini . Os três estágios de desenvolvimento da InteligênciaArtificial. iaexpert.academy.2022. Disponívelem: https://iaexpert.academy/2022/03/05/os-tres-estagios-de-desenvolvimento-da-inteligencia-artificial/?doing_wp_cron=1699479950.2757849693298339843750. Acesso em: 9 out. 2023.
  • INDUSTRIALL.AI. Entenda a história da IA: afinal, desde quando ela existe? industriall.ai.16 de setembro de 2022. Disponível em: https://industriall.ai/blog/historia-inteligenciaartificial#:~:text=1936%3A%20A%20M%C3%A1quina%20de%20Turing, que%20conhecemos%20hoje%20como%20IA. Acesso em: 10 out. 2023.
  • Haenlein, M. & Kaplan, A. (2019). A Brief History of Artificial Intelligence: On the Past, Present and Future of Artificial Intelligence. California Management Review 61 (4), 5-14.
  • Melissa Cruz Cossetti. O que é inteligência artificial?. tecnoblog. 2023. Disponível em: https://tecnoblog.net/responde/o-que-e-inteligencia-artificial/. Acesso em: 9 out. 2023.
  • ANA CATARINA DE FARIA BLANC FÉLIX MATIAS. A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO E-COMMERCE: O USO DOS CHATBOTS. repository.utl. Portugal, 2020. 45p. Disponível em: https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/20957/1/DM-ACFBFM-2020.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.
  • Daniel Sampaio. O que é E-commerce? Tudo o que você precisa saber para ter uma loja virtual de sucesso!. rockcontent. 2009. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/e-commerce-guia/. Acesso em: 8 out. 2023.
  • agenciafg. Conheça a história do E-commerce! agenciafg. 2021. Disponível em: https://agenciafg.com.br/blog/historiadoecommerce/#:~:text=Como%20citamos%20logo%20no%20come%C3%A7o,solicitar%20determinado%20produto%20para%20compra. Acesso em: 8 out. 2023.
  • Herbert Garcia de Mendonça. E-ommerce. periodicos.uninove. 2016. 12 p. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/iptec/article/view/9361/pdf_49. Acesso em: 10 out. 2023.
  • MENDONÇA, Herbert Garcia. E-commerce. IPTEC – Revista de inovação, projetos e tecnologias. Rio de Janeiro, 2016.
  • KOTLER, P. Administração de Marketing. 12. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.

______. ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 15. ed. Rio de Janeiro:           Prentice Hall do Brasil, 2014.


1,2,3,4,5 Discente UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
6 ORIENTADOR: Prof. Me. UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU ENGENHARIA DE PRODUÇÃO