THE IMPACT OF ANXIETY AND INTERFERING ACTIONS ON THE IMMUNE SYSTEM
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11138258
Yale Janguiê Valgueiro Diniz1; Aline Soares de Santana Dutra2; Nicole Stephanie Silva Santos3; Guilherme Matareli Zancheta4; Francisca Samila Pinto Romão5; Antonio de Oliveira Júnior6; Francisco Neudo Rebouças Chaves7; Gisely da Silva Lobo8; João Guilherme Dorneles Ferraz9; Renan Bisi Cypriano10
Resumo
Considerado um sentimento de medo apresentado por desconforto e apreensão, a ansiedade prepara o indivíduo para autoproteção em situações de risco, seguida de uma resposta autônoma. Quando a pressão de medo e a ansiedade se manifestam, levando a perturbações comportamentais, diferentes da ansiedade fisiológica por meio de uma ação maior. Considerando assim os efeitos estimulantes ou imunodepressores, a justificativa do estudo consiste em elucidar a ocorrência do sistema imunológico sobre a ansiedade e o estado em que essa ansiedade se transforma em problema sério de saúde. Esta perspectiva sustenta a ideia de um sistema imunológico integrado com os sistemas endócrino e nervoso e sistemas nervosos. O propósito consiste em decifrar as possíveis conotações da ansiedade no sistema imunológico. O período de coleta foi de 10 de fevereiro de 2020 a 10 de abril de 2021. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 3,6% dos habitantes do planeta sofrem transtornos de ansiedade (TA) e 9,3% no Brasil, sendo 4,6% entre crianças e 5,8% entre adolescentes. Com base nos resultados da pesquisa, pode-se concluir que a ansiedade excessiva tem um efeito negativo no corpo, aumentando a produção de hormônios do estresse, como o cortisol, e prejudicando os mecanismos naturais de defesa. Isto significa que quando as pessoas estão expostas a um elevado stress emocional, o seu corpo produz mais marcadores como as interleucinas, que suprimem o sistema imunitário. Assim, deduz-se que essas moléculas químicas funcionam como imunomoduladores e também como intermediárias entre o sistema endócrino e o cérebro.
Palavras-chave: Ansiedade. Inquietação psicológica. Imunidade.
Abstract
Considered a feeling of fear presented by discomfort and apprehension, anxiety prepares the individual for self-protection in risky situations, followed by an autonomous response. When fear, pressure and anxiety manifest, leading to behavioral disturbances, different from physiological anxiety through greater action. Considering the stimulant or immunosuppressive effects, the justification for the study is to elucidate the influence of the immune system on anxiety and the state in which this anxiety becomes a serious health problem. This perspective supports the idea of an immune system integrated with the endocrine and nervous systems. The purpose is to decipher the possible connotations of anxiety on the immune system. The collection period was from February 10, 2020 to April 10, 2021. Data from the World Health Organization (WHO) indicate that around 3.6% of the planet’s inhabitants suffer from anxiety disorders (AD) and 9.3 % in Brazil, 4.6% among children and 5.8% among adolescents. Based on the research results, it can be concluded that excessive anxiety has a negative effect on the body, increasing the production of stress hormones such as cortisol and impairing natural defense mechanisms. This means that when people are exposed to high emotional stress, their body produces more markers such as interleukins, which suppress the immune system. Thus, it is deduced that these chemical molecules function as immunomodulators and also as intermediaries between the endocrine system and the brain.
Keywords: Anxiety. Psychological restlessness. Immunity.
1. INTRODUÇÃO
Ansiedade é vista como um estímulo de medo caracterizado por desconforto e apreensão, que, em situações de risco, prepara o indivíduo com o objetivo de autoproteção, apoiado por uma resposta autônoma, que tem como função alertar um perigo iminente e encorajando uma adoção de medidas para o controle de uma possível ameaça. A ansiedade ainda se manifesta de forma excessiva, causando distúrbios comportamentais e distinguindo se da ansiedade fisiológica com ação mais forte, a ansiedade torna-se patológica (Guimarães et al., 2015).
É definido como um estado de aflição e inquietação em relação ao futuro. É um sentimento que está frequentemente relacionado à autopreservação e que provoca um certo desconforto, alertando o indivíduo ao risco de ajudar em algum desafio. É um fator de proteção, mas quando causa danos de alta intensidade e ocorrências frequentes, deixa de ser uma ansiedade fisiológica e passa a ser uma ansiedade patológica que compromete a qualidade de vida. Cada pessoa tem sua variação de sintomas, além de manifestações somáticas como disfagia, taquicardia, náusea, cefaleia, palpitações, diarreia, sudoreses e manifestações psicológicas como ansiedade interna, insônia, inquietação mental e dificuldade de concentração (Silva et al 2013).
Durante a adolescência, o indivíduo experimenta diversas transformações físicas e psíquicas, que podem incluir sentimentos de inquietação, incertezas e desconforto. Neste estágio, a ansiedade se descarrega, alertando-se em situações de risco. Suas manifestações incluem dores abdominais, musculosas, nas costas, fadiga e cefaleia, que podem ser acompanhadas de tonturas, sudação excessiva e desmaios. Os adolescentes podem experimentar fobias ou até mesmo ataques de pânico; portanto, é crucial identificar precocemente a identificação para prevenir consequências desfavoráveis (Ramos et al., 2015).
Quando uma ansiedade acontece como uma ocorrência normal, autolimitada, curta duração e relacionada ao estímulo momentâneo, é considerada fisiológica. Em certas situações, é sólido e não requer tratamentos, pois é natural. Também pode causar sintomas como taquicardia, que não prejudicam o indivíduo (Menezes et al., 2017).
Em contraste, há diversas manifestações de ansiedade e métodos diferentes para classificá-las. Isso ocorre quando uma ansiedade começa a se manifestar de forma exagerada e desproporcional em relação ao estímulo, impactando o diálogo do indivíduo de modo que crises em excesso são frequentes em pessoas que têm uma predisposição neurobiológica afetada (Brito 2011).
Esta modalidade de comportamento é normalmente relacionada à depressão, ao surgimento da autoimagem e ao desinteresse pela vida; o ambiente começa a parecer arriscado, o futuro é algo que causa medo e a socialização é mais complicada. As distinções entre os distúrbios são baseadas em manifestações físicas e emocionais, podendo ser transtornos mentais ou comportamentais, ou episódicos ou persistentes. Quando há preocupação excessiva e difícil de controlar, ocorrem ataques excessivos de ansiedade generalizada (Menezes et al., 2017).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 SISTEMA IMUNOLÓGICO: REDE SOFISTICADA DE INTERAÇÕES ENTRE CÉLULAS.
A rede complexa de interações entre moléculas e células presentes em todo o organismo é conhecida como sistema imunológico, cujo corpo possui capacidade biológica de importância. Estruturas moleculares específicas ou antígenos são detectadas em cada parte do corpo. Essa capacidade é utilizada para desencadear uma resposta a esses estímulos, o que provoca destruição ou inativação (Abbas et al., 2015).
Fonte: figura adaptada
Figura 1. Esquema ilustrativo do funcionamento de um cérebro de um indivíduo ansioso.
É fundamental proteger o organismo contra infecções e tumores através deste mecanismo de defesa, pois é eficiente contra patógenos que se infiltram no organismo ou contra o desenvolvimento de células malignas. Esta atividade protetora baseia-se na produção de anticorpos e na ativação de células efetoras, como linfócitos e células apresentadoras de antígenos ou moléculas. A década entre essas respostas efetoras pode, ao contrário, gerar efeitos deletérios para o organismo, gerando reações inflamatórias e danos orgânicos ou até mesmo uma supressão de suas atribuições (Montiel et al., 2014).
A ciência neurológica já mostrou que hormônios, neuropeptídios e fatores de crescimento atuam como neurotransmissores e modificam a função cerebral. Além disso, a neurociência também demonstrou a existência de uma comunicação entre o sistema imune e o sistema nervoso, que é explicada por substâncias que atuam como neurotransmissores. Essas substâncias funcionam de maneira conjunta com receptores localizados em células imunológicas e sua liberação através das fendas sinápticas nervosas sugere uma interação entre o corpo e o cérebro e o corpo (Abbas et al., 2015; Alves et al., 2007).
Os hormônios cortisol, catecolaminas e norepinefrina são liberados de forma descontrolada pelo córtex adrenal, medula adrenal e terminais nervosos (figura 2), respectivamente, quando é exposto a uma forte carga emocional. Além disso, eles atuam como mensageiros cerebrais na regulação do sistema imunológico, o papel de eliminar essa carga, podendo ser estresse ou ansiedade (Montiel et al., 2014).
Fonte: figura adaptada
Figura 2. Hormônios da glândula adrenal.
Esquema rotulado com os tipos de hormônios.
As citocinas são mediadoras das respostas inflamatórias e servem também como mediadores entre os sistemas neuroendócrino e imunológico. Dessa forma, pró-inflamatórios e drogas estimulam o sistema nervoso central ativando o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que faz com que a glândula adrenal produz corticosteroides. De acordo com a Figura 3. A resposta ao estresse, quando não é necessária para o meio de uma resposta imune, regula o sistema imunológico nessa situação, ajudando, no entanto, a resistência a doenças autoimunes, infecciosas, inflamatórias e alérgicas (Abbas et al., 2015; Alves et al., 2007).
Fonte: figura autoria própria
Figura 3. Diagrama ilustrativo do processo saúde-doença, ilustrando as interações entres os sistemas nervoso, endócrino e imunológico.
2.2 EPIDEMIOLOGIA DA ANSIEDADE
Enquanto se trata de condições psiquiátricas, os transtornos de ansiedade são os mais frequentes ao redor do mundo, com o Brasil ocupando o 4° lugar em relação a este status, uma posição que é superior entre os países (Mangolini et al., 2019).
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 3,6% dos habitantes do planeta sofrem transtornos de ansiedade (TA). E 9,3% no Brasil, sendo 4,6% entre crianças e 5,8% entre adolescentes. Aproximadamente 615 para 12.818 nos anos entre 2004 e 2013, eles são reflexos de comportamentos da sociedade moderna e tecnológica, são encarregados do crescimento na concessão dos benefícios (Fernandes et al., 2018).
De acordo com os mais recentes levantamentos de dados realizados pelo projeto Carga Global das Doenças (Carga Global das Doenças) em 2017, houve um aumento notável no impacto dos transtornos de saúde mental na sociedade (Guimarães, 2018).
A ansiedade foi identificada entre esses transtornos como um grupo frequente e de início precoce. Durante os últimos 25 anos, o transtorno de ansiedade (TA) manteve-se estável, variando entre a 17° e 18° posição nos países mais desenvolvidos, quando comparado com as demais enfermidades mentais e físicas (Fernandes et al., 2018).
Por outro lado, houve um resultado de variação entre 29° e 25° nos países com menor no com menor renda. O perfil epidemiológico de um país como o Brasil é comparado ao de nações mais desenvolvidas (Mangolini et al., 2019).
2.3 SAÚDE MENTAL SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 970 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de problemas de saúde mental. Mas, engana-se a ideia de que a saúde mental é somente caracterizada pela ausência de transtornos ou enfermidades mentais. É uma ideia muito mais vasta. Em relação a um assunto não resolvido, o abuso mental não é sinal de fraqueza ou inferioridade. Assim, é crucial ter cuidado com a saúde mental como com a saúde física. “Mente sã, corpo são” é o provérbio latino que os dois andam de mão dada. Nenhuma pessoa pode afirmar que seu estado mental não está em equilíbrio, mesmo sem ter qualquer enfermidade ou doença física. As duas vertentes indissociáveis da saúde são a saúde mental e saúde física (OMS, 2024).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, recentemente, o maior relatório sobre saúde mental desde o início do século. Em 2019, quase mil milhões de pessoas, incluindo 22% de crianças e jovens entre os 5 e os 19 anos (figura 4), viviam com algum tipo de problema de saúde mental (OMS, 2024).
Fonte: figura autoria própria
Figura 4. Infografia dos principais dados estatísticos de saúde mental de acordo com o relatório da (OMS).
3. OBJETIVO
Determinar os possíveis efeitos da ansiedade no sistema imunológico.
4. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
A abordagem sobre a interação entre os sistemas imunes, nervosos e endócrinos foi realizada nesta revisão. Consideramos diversos dados científicos que demonstram uma interdependência desses sistemas quando o organismo se mostra afetado por características emocionais fundamentais. Considerada a doença do século, a ansiedade afeta a saúde da maioria das pessoas.
A justificativa do estudo consiste em elucidar a ocorrência do sistema imunológico sobre uma ansiedade e o estado em que essa ansiedade se transforma em problema sério de saúde, examinando assim os efeitos estimulatórios ou imunodepressores, começando de uma perspectiva do sistema imunológico integrado com os sistemas endócrinos e nervosos.
5. METODOLOGIA
Este estudo foi realizado por meio de uma revisão bibliográfica narrativa, onde os artigos foram consultados nos principais bancos de periódicos, tais como BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), PubMED, Portal Capes e livros, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).
Essa revisão foi realizada entre 10 de fevereiro de 2020 e 10 de abril de 2021. Após análise dos artigos, como estratégia para incluir a relevância do tema abordado na seleção das informações foram: publicações em português e inglês entre os anos de 2000 e 2020. Dos 75 itens destacados, 20 foram selecionados.
Como critérios de inclusão foram: os artigos publicados nos últimos anos que atendem ao conteúdo proposto. Ansiedade, inquietação psicológica e imunidade foram os descritores norteadores em saúde utilizados.
Como critérios de exclusão foram: os artigos que não atendiam o tema em questão.
6. RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS
Margis et al, afirmaram em 2003 que os níveis de estresse e ansiedade são fundamentados nas reações de retorno às agressões do ambiente, causando alterações cardiovasculares como hipertensão, taquicardia, vasoconstrição na pele e nas vísceras, e vasodilatação nos músculos estriados. Após uma estimulação adrenal, o hipotálamo libera corticotrofina (CRF), vasopressina e outros neuropeptídeos, o que leva à secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e faz com que o eixo adrenal-hipotálamo libera cortisol, o hipotálamo libera corticotrofina (CRF), vasopressina e outros neuropeptídeos, o que leva à secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e faz com que o eixo adrenal – hipotálamo libera cortisol (Margis et al., 2003).
Além das propriedades catabólicas, o cortisol tem um impacto anti-inflamatório devido à diminuição da síntese de lipocortina, que prejudica a produção de interleucina-2 (IL 2), proporcionando destaque ao controle de linfócitos T, histaminas e serotonina. Assim, há uma supressão da resposta imune (Silva, 2013).
De acordo com Soravia et al, em 2006, uma ansiedade antecipatória é o que ativa o eixo simpático-adrenal e o eixo hipotélamo-pituitário-adrenal (HPA). No caso de ansiedade crônica, a ativação do eixo HPA é adaptativa, pois os corticóides dificultam os mecanismos de resiliência no hipocampo. No entanto, uma ativação do eixo HPA de longo prazo pode se tornar prejudicial (Soraiva et al., 2006).
Para Graeff, os corticóides suprimem a sensibilidade dos receptores 5-HT1A, um subtipo de 5-HT que liga aos neurotransmissores serotoninérgicos endógenos na região do hipocampo, prejudicando a capacidade do organismo de lidar com o estresse e a ansiedade. Todavia, a regulação prejudicada do feedback do nível de cortisol sanguíneo provoca altos níveis de cortisol circulante (Graeff et al., 2007).
Como Silva, mencionou anteriormente, o cortisol atua também na redução da síntese de lipocortina, o que bloqueia a produção de IL -2 e diminui a deficiência de linfócitos T. Como resultado, a quantidade sérica de histamina e serotonina causada, causando um impacto anti-inflamatório na cadeia de eventos, resulta na supressão da resposta imune (Silva, 2013).
Em 2010, Donovan et al, fizeram um estudo analítico em Dublin, Irlanda, com uma amostragem de 27 participantes com escores de ansiedade hospitalar, com uma idade média de 35 anos, e outro grupo de 29 participantes (grupo controle, não ansioso), com uma média de 30 anos. Os dados dos laboratórios revelaram que os indivíduos clinicamente ansiosos apresentavam níveis de cortisol matinal mais baixos e níveis de citocina pró-inflamatória, ou IL-6, mais elevados (Donavan et al., 2015).
A constante liberação de IL-6 provoca uma resposta aguda, mas, bem mais, é carregada da regulação positiva dos principais mediadores anti-inflamatórios, tais como prostaglandina (PG), E2, IL-10 e fator de crescimento transformador (TGF), o que tem por objetivo imunossupressão (Menger et al., 2004).
Em 2012, Pires et al, declararam que uma das consequências mais graves da privação de sono é uma ansiedade. Observando que algumas comorbidades neurocomportamentais encontradas em indivíduos privados do sono REM, foi possível concluir que o transtorno de ansiedade generalizada é uma consequência importante da privação do sono (Pires et al., 2012).
Os níveis plasmáticos de cortisol e ACTH são elevados justamente durante o período entre 22 horas e 2 horas da manhã, sem apresentar nenhuma alteração no padrão circadiano, mas com um achatamento de amplitude, conforme relatado por Palma et al. Em relação à relação entre imunologia e alterações de doenças crônicas, foi demonstrado que pacientes com doenças crônicas apresentam diminuição dos níveis de células CD3+, CD4+ e CD8+, e o aumento da liberação de cortisol representa um mecanismo regulatório significativo que fornece um ciclo de feedback negativo em resposta à produção de morte celular (Palma et al., 2007).
Em 2017, Fernandes et al, realizaram um estudo estudo de observação através de uma entrevista dirigida com 20 pacientes com idade entre 24 e 71 anos atendidos em um ambulatório de saúde mental. A metodologia observou predomínio de sintomas de ansiedade, e todos os pacientes relataram que, entre outros sintomas, apresentavam insônia (Fernandes et al., 2017).
De acordo com a pesquisa de Palma et al, as insones elevam os níveis de cortisol e ACTH, o que resulta na imunodepressão por meio da depleção de células T, principalmente Tcd4 (Palma et al., 2007).
O estudo de Guimarães, revela que as psicopatias alteram o sistema imunológico, afetando as funções neurológicas e que o estresse oxidativo causa danos em doenças humanas, principalmente nas neurodegenerativas. Teorias sugerem que o estresse oxidativo contribui também para transtornos de ansiedade ao produzir espécies reativas de oxigênio e causar inflamação crônica, impulsionada por mediadores pró-inflamatórios (Guimarães, 2018).
As pesquisas em bancos de dados eletrônicos revelaram falta de artigos diretos sobre a ligação entre ansiedade e alterações no sistema imunológico. A maioria dos autores destacou a complexa relação entre ansiedade e estresse, com o sistema endócrino e nervoso influenciando suas ações através de hormônios como ACTH e cortisol. Guimarães, apesar de não ter ido ao encontro com a maior parte dos trabalhos estudados, foi significativamente eficaz, com um efeito contrário em uma alteração positiva, estimulando o sistema imunológico e aumentando a produção de substâncias pró-inflamatórias.
7. CONCLUSÃO
As emoções estão intimamente ligadas ao sistema neuronal, que controla as ações endócrinas. O eixo HPA modula a resposta imune através de estímulos nervosos como a ansiedade, envolvendo o sistema imunológico e a recuperação da homeostase.
A ansiedade excessiva aumenta a produção hormonal, vinculando as funções de defesa do corpo e leva à imunossupressão. Assim, conclui-se que essas moléculas químicas funcionam como imunomoduladores e também como intermediárias entre o sistema endócrino e o cérebro.
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1Graduanda em Medicina – UNINASSAU. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9914-7907. Email: yalejanguie@gmail.com
2Bióloga – UFRPE. Orcid: https://orcid.org/0009-0007-4996-7000. Email: alinesantanabiologa@gmail.com
3Graduanda em Enfermagem – Universidade Tiradentes – UNIT. Email: nicolester123@gmail.com
4Graduando em Medicina – Universidade Nove de Julho – Bauru. Email: guimzacheta5611@uni9.edu.br
5Enfermeira – Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Email: samilaromao@gmail.com
6Médico -Graduado na Uninassau; Pós-graduado em Psiquiatria pelo Instituto Israelita Albert Einstein-SP; Email: antonio.ojr@hotmail.com Orcid: https://orcid.org/0009-0007-9664-4132
7Graduando em Medicina – Universidade Federal de Rondônia. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6384-345X. Email: neudomed@gmail.com
8Farmacêutica – Pós-graduada em Microbiologia Clínica, Ambiental e de Alimentos/ Pós-graduada em Farmácia Hospitalar com ênfase em clínica/ Pós-graduada em docência em química/ Pós-graduada em Bacteriologia Clinica Faculdade de Medicina de Campos.
9Médico – Funorte – ICS. Orcid: https://orcid.org/0009-0006-1447-4567. Email: josydorneles@yahoo.com.br
10Especialista em Imunologia e Biologia molecular – Centro universitário Celso Lisboa. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4920-9721. Email: gravidwore@outlook.com