O DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA EM PACIENTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (APS) E OS BENEFÍCIOS NA QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES. UMA REVISÃO DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11185688


Geovanna De Paula Lima; Me. Thais Helena Da Costa Correa; Me. Angelita Giovana Caldeira; Orientador: Prof Dr. João de Sousa Pinheiro Barbosa.


Resumo:

O câncer de mama é um problema de saúde pública em especial na população feminina, causando em 2019,18.068 óbitos só no Brasil. Os agravos causados por esse mal, pode gerar impacto na autoimagem da mulher, levando a depressão, ansiedade, baixa autoestima, e outros fatores. A Atenção Primária em Saúde, é a porta de entrada para rastreabilidade, diagnóstico e tratamento. O diagnóstico precoce favorece a qualidade de vida para a mesma, e contribui para a sobrevida, pois o processo que a paciente se submete causam danos, sendo eles psicológico, sexual, social e financeiro. Nesse aspecto objetivo do trabalho é demonstrar o papel do enfermeiro na atenção ao diagnóstico precoce do câncer de mama na atenção primária em saúde e sua relação com a qualidade de vida das mulheres acometidas por essa comorbidade. É uma revisão integrativa da literatura, a pesquisa será realizada através Descritores em Saúde (DeCS)/ Medical Subject Headings (MeSH): combinado com o operador booleano AND e OR: das palavras chaves que foram definidas usando os “cânceres de mama”, “enfermagem”, “diagnóstico”, “qualidade de vida” Nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed Central®. Como resultado foi observado que o apoio da família e do profissional de saúde no decorrer desse processo é fundamental para o enfrentamento durante o período de intervenção. O profissional da APS esclarece dúvidas, tranquiliza, mobiliza a paciente, e faz o acompanhamento o tempo que for necessário, para dar todo suporte que for preciso. Conclui-se que o tratamento e o desfecho da doença estão relacionados ao diagnóstico precoce, impactando positivamente na qualidade de vida da paciente, da família e nas relações interpessoais.

Palavras-chave: Câncer de mama; enfermagem; diagnóstico, qualidade de vida.

Abstract:

Breast cancer is a public health problem, especially among women, causing 18,068 deaths in Brazil in 2019. The damage caused by this disease can have an impact on women’s self-image, leading to depression, anxiety, low self-esteem and other factors. Primary Health Care is is the gateway to traceability, diagnosis and treatment. Early diagnosis favors the quality of life for the patient and contributes to survival, as the process that the patient undergoes causes psychological, sexual, social and financial damage. In this aspect, the objective of this study is to demonstrate the role of nurses in the early diagnosis of breast cancer in primary health care and its relationship with the quality of life of women affected by this comorbidity. It is an integrative review of the literature, the research will be carried out using Health Descriptors (DeCS)/ Medical Subject Headings (MeSH): combined with the Boolean operator AND and OR: of the key words that were defined using “breast cancer”, “nursing”, “diagnosis”, “quality of life” In the databases: Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed Central®. As a result, it was observed that the support of the family and health professionals during this process is essencial for coping during the intervention period. The PHC professional clarifies doubts, reassures and mobilizes the patient, and follows up for as long as necessary to provide all the support needed. The conclusion is that the treatment and outcome of the disease are related to early diagnosis, positively impacting on the quality of life of the patient, the family and interpersonal relationships.

Keywords: Breast cancer; nursing; diagnosis; quality of life.

1 INTRODUÇÃO

O câncer de mama é um problema de saúde pública, e é a condição de saúde que mais afeta as mulheres em todo o mundo, em especial em países em desenvolvimento como o Brasil (KAMIŃSKA et al., 2015). O acometimento desse problema de saúde não se restringe a uma região, e nem a uma determinada faixa etária. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, por ano aproximadamente 60 mil mulheres brasileiras são diagnosticadas com câncer de mama (JOMAR et al., 2023). 

O Instituto Nacional de Câncer traz que, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais comum na população feminina de todas as regiões. E que no ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos (BATISTA; JOANNA, 2023). Em 2019, foram registrados 18.068 óbitos por câncer de mama feminina, somente no Brasil. É projetado para 21,6 milhões de pacientes por ano até 2030 em todo o mundo, pois a incidência tem sido cada vez mais crescente (SILVA et al., 2024)

A vigilância realizada na Atenção Primária de Saúde envolve ações como o rastreamento, e a detecção precoce por meio de exames como mamografia, que é a principal estratégia adotada de forma periódica em mulheres assintomáticas (LOYOLA et al., 2022). É observado na literatura científica que a qualidade das ações para a população feminina é o resultado que a mamografia contribui para reduzir a incidência de mortalidade por câncer de mama (MIGOWSKI et al., 2023). O câncer de mama pode ser procurado com o autoexame, que pode ser realizado por profissionais capacitados como enfermeiros na Atenção Básica em Saúde, e a mamografia, que é a melhor opção (LOURENÇO; MAUAD; VIEIRA, 2013).

O sistema Único de Saúde oferece a mamografia para mulheres principalmente na idade entre 50-69 anos a cada dois anos de intervalo, a fim de reduzir a incidência e a mortalidade por câncer de mama (INCA, 2015). Assim, a maioria dos países adotaram esse meio de rastreio para a população abrangente. O profissional de saúde deve instruir sobre os riscos e benefícios do exame para a paciente, e orientar sobre a importância do mesmo (EBELL et al., 2018). 

A enfermagem atua na seleção de mulheres, no diagnóstico, no tratamento, e na educação do câncer de mama. Com a criação do vínculo entre a paciente, o enfermeiro é capaz de tranquilizá-la sobre possíveis receios que possam ocorrer (TEIXEIRA et al., 2017). O profissional atua quando a paciente comparece para realizar o exame preventivo, com domínio do conhecimento científico realiza o exame nas mamas da paciente, e orientá-la a também fazê-lo por si só (LOYOLA et al., 2013).

A Lei Federal 12.732/2012 define que o paciente com câncer tem direito a ser submetido ao tratamento no SUS até 60 dias após a confirmação do diagnóstico (BRASIL, 2012). A escolha terapêutica mais utilizada para tratar o CM é a cirurgia, que na maioria dos casos tem resultado positivo de cura (CAMPOS et al., 2022). Mas há tratamentos adjuvantes como a radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e a imunoterapia, que diminui o risco do reaparecimento do câncer de mama e o risco de morte por essa morbidade (NASCIMENTO et al., 2019).

Esses tratamentos têm uma carga de efeitos colaterais muito agressivos à paciente submetida, envolvendo aspectos psicológicos e sociais, além do dano físico que pode ser causado (SUZUKI; TOI, 2007). Encontra-se relatos que mais de 30% das pacientes submetidas aos tratamentos continuam tendo queixas relacionadas ao tratamento que foram submetidas, mesmo 6 anos depois (NICOLUSSI; SAWADA, 2011).

O tempo elevado entre o diagnóstico e o início do tratamento são associados à má qualidade de vida, consequentemente alto risco de óbito e diminuição da sobrevida (WILLIAMS, 2015). A mulher que faz tratamento, tem um quadro agudo de dores, cansaço intenso, ausência de motivação, e principalmente a perda da autoconfiança. A obesidade é um quadro que também se desenvolve durante o processo (COSTA; VARELLA; GIGLIO, 2002).

Assim, profissionais têm visto a importância de aumentar tratamentos com foco não somente relacionados à cura, mas também na redução dos efeitos causados pela terapia sistêmica e invasiva, que o paciente é submetido (FREIRE et al., 2014).

Desse modo, o objetivo desse estudo é demonstrar o papel do enfermeiro na atenção ao diagnóstico precoce do câncer de mama na atenção primária em saúde e sua relação com a qualidade de vida das mulheres acometidas por essa comorbidade.

2 MÉTODOS

Este estudo é uma revisão integrativa da literatura que é um método que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada e abrangente. É denominada integrativa porque fornece informações mais amplas sobre um assunto, constituindo, assim, um corpo de conhecimento. Deste modo, o revisor pode elaborar uma revisão integrativa com diferentes finalidades, podendo ser direcionada para a definição de conceitos, revisão de teorias ou análise metodológica dos estudos incluídos de um tópico particular (GALVÃO, SAWADA E MENDES, 2003).

O desenho do estudo, uma pesquisa não clínica, conforme descrito por Brun, foi integrado aplicando-se estratégia PICO (acrônimo para P: população/pacientes; I: intervenção; C: comparação/controle; O: desfecho/outcome). PICO (acrônimo para P: população/pacientes; I: intervenção; C: comparação/controle; O: desfecho/outcome).

A pesquisa será realizada através Descritores em Saúde (DeCS)/ Medical Subject Headings (MeSH): combinado com o operador booleano AND e OR: das palavras chaves que foram definidas usando os “cânceres de mama”, “enfermagem”, “diagnóstico”, “qualidade de vida” Nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed Central®. 

Para inclusão os seguintes critérios foram utilizados: artigos publicados entre os anos de 2015 até 2023, artigos escritos em língua portuguesa, artigos escritos em inglês, artigos escritos em língua espanhola, artigos publicados em revistas, artigos originais, artigos se enquadra nessa pesquisa, artigos que fala sobre simulação realística aplicada na formação de profissionais de saúde.

Com os critérios para exclusão: artigos de revisão, artigos publicados fora da temporalidade estabelecido, tese de doutorado, dissertação de mestrado, trabalho de conclusão de curso, artigos escritos em outras línguas sem ser a portuguesa, turco e inglês, artigos que não fossem originais, artigos que não abordasse sobre o tema da pesquisa.

Para análises dos artigos serão através de leitura dos resumos e títulos foi importante para excluir os estudos que não atendem objetivo do estudo levando em consideração os critérios de inclusão e exclusão do trabalho.

Para elaboração dos resultados foram avaliadas as seguintes variáveis dos estudos selecionados: Local, Base de dados/Periódico, Autor (es) do artigo/ Ano, objetivo, Nível de Evidência. Para classificação da qualidade metodológica das pesquisas selecionadas foi conforme os seis níveis de categorias da Oxford Centre for Evidence-based medicine.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

As neoplasias malignas têm se tornado comuns em todo o mundo, sendo considerada a causa proeminente de óbito na sociedade geral (LIN et al., 2019). Com base em estudos científicos, observa-se a incidência de neoplasias malignas relacionadas ao hábito de vida urbano (COUTO et al., 2018). O câncer de mama é extremamente relevante nesse contexto por ser mais incidente e a principal causa de óbitos em mulheres no mundo em 2020 (SUNG et al., 2021).

O câncer é um conjunto de doenças que se define pelo crescimento de células podendo disseminar pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, e acometer outros órgãos (FLORIANO et al., 2017). Essas células se desenvolvem com rapidez e formam uma massa celular chamada de tumor (ANDRADE; SAWADA; BARICHELLO, 2013). O aumento se deve ao envelhecimento populacional e a prevalência dos fatores de risco para câncer (SANTOS; FRANCO; VASCONCELOS, 2017).

O câncer de mama é a neoplasia que acomete em sua maioria as mulheres. Devido a sua incidência e morbimortalidade se tornou um problema de saúde pública (INCA, 2019). É caracterizado pelo desenvolvimento de células cancerígenas de forma desordenada, determinando a formação de tumores malignos, podendo causar alterações físicas, sociais e psicológicas (BRASIL, 2023).

Se tratando do CM prioriza-se ações de promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento oportuno e cuidados paliativos integrados e continuados pelos serviços da rede primária de saúde, para garantir a qualidade de vida (BOCCOLINI; JUNIOR, 2016). O conhecimento dessa comorbidade como um problema de saúde serviu de parâmetro para debates sobre a doença, e o desenvolvimento das áreas da saúde que auxiliou para o mapeamento do estilo de vida da paciente (ARONOWITZ, 2015). 

Dentre os fatores de risco estão eles idade avançada na primeira gravidez, baixa paridade e curta duração da amamentação, e são menos respectivas as intervenções para cura (DUARTE et al., 2020). Outros fatores de risco são consumo de álcool, excesso de peso, e sedentarismo principalmente após a menopausa, excluindo o tabagismo como fator relacionado (INCA, 2015). A detecção e tratamento prévio são meios eficazes de reduzir a mortalidade por cancro de mama e aumentar a expectativa de vida da mulher que foi diagnosticada com esse mal (MIGOWSKI et al., 2018).

Mais da metade dos casos de CM feminino começaram a tratar em prazo superior a 60 dias após serem diagnosticadas em 2019 e 2020, que viola a Lei nº 12.732/12. Essa situação é ainda pior na faixa etária mais avançada (TOMAZELLI; SILVA; SILVA, 2018). As taxas de mortalidade por câncer de mama se mantêm elevadas, devido ao diagnóstico ocorrer em estágio avançado da doença (BRASIL, 2014).

A melhor forma de diminuir a mortalidade está relacionada ao diagnóstico precoce mediante a prevenção secundária, onde é feito maior parte das ações preventivas como Exame Clínico da Mama (ECM) e a Mamografia (MMG) (GONÇALVES et al., 2017). O rastreamento deve iniciar aos 40 anos, sendo a população alvo para MMG mulheres de 50-69 anos com intervalo máximo de 2 anos, e o público de risco deve começar o rastreio aos 35 anos com ECM e com a MMG (Sociedade Brasileira de Mastologia, 2017). 

O principal meio de rastreio das neoplasias de mama é o exame radiológico, a mamografia, que consegue identificar lesões subclínicas (RUIZ; JUNIOR, 2015). As diretrizes de detecção precoce do CM no Brasil, orientam sobre o encaminhamento prioritário de casos com sinais e sintomas suspeitos (MIGOWSKI et al., 2023). Em países de elevado nível econômico que realizaram rastreamento do câncer de mama por meio da MMG reduziram a mortalidade cerca de até 50% em uma década (DUFFY et al., 2020). No Brasil, mesmo com 70% de rastreio por MMG a mortalidade continua em ascensão. Fatores socioeconômicos, renda, escolaridade, plano de saúde, estão relacionados a esse resultado (MAHMUD; ALJUNID, 2018).

O enfermeiro atua como educador, pois o propósito é contribuir para o sucesso do tratamento. Durante a consulta de enfermagem, seu papel é dialogar com a família (LOPES; SHMEIL, 2017). Recomendar no acompanhamento do paciente, orientar sobre os quimioterápicos e outros medicamentos associados ao tratamento e advertir sobre as possíveis reações adversas (FRANCO et al., 2022).

O enfermeiro da atenção primária deve ter conhecimento sobre a importância dos exames para detecção do CM, e orientar a paciente (RIBEIRO; CORREA; MIGOWSKI, 2022). A falta da capacitação para realizar o encaminhamento, executar o exame de toque nas mamas e a ausência do mamógrafo, leva ao diagnóstico tardio e aumenta o número de mortalidade por essa doença (BARBOSA et al., 2019). E impacta no diagnóstico precoce e influência na mortalidade por essa comorbidade (RAMOS et al., 2018).

A carência de consulta médica frequente indica dificuldade de acesso e falta de autocuidado com a saúde. Assim, aumentar a ida às consultas pode ter um impacto positivo na detecção precoce do cancro da mama (RODRIGUES; CRUZ; PAIXÃO, 2015).

Estudos apontam que o maior tempo para submissão ao primeiro tratamento no país está diretamente ligado à ausência de estratégias organizacionais na atenção à saúde, devido ao fluxo de atendimento da atenção básica (MIGOWSKI et al., 2018). Dessa forma, é relevante a importância dos cuidados na atenção primária para promoção da prevenção precoce desse agravo. Assim, o profissional deve estar apto a atuar diante das diversidades individuais de cada paciente (BORGES et al., 2016).

Essas ações acontecem na atenção primária à saúde, que tem a Estratégia de Saúde da Família como principal modelo de atenção, e é porta de entrada preferencial do SUS, onde resolve a maioria dos problemas da população (INCA, 2015). A atuação do enfermeiro na detecção do câncer de mama na APS é essencial para estimular a participação da mulher (Brasil, 2012). Deve ser aproveitadas as oportunidades nos atendimentos realizados nas UBS, destacando seu papel como agente de mudança, e criando proximidade com as usuárias (MARQUES; FIGUEIREDO; GUTIÉRREZ, 2015).

O enfermeiro é um dos profissionais que mais pode oferecer informações sobre os efeitos e benefícios das terapias complementares ao tratamento oncológico (COFEN, 2015). Tendo em vista que ele possui contato direto e duradouro com o paciente durante o processo de tratamento da doença. O que traz a oportunidade de prestar o cuidado mais centrado nas necessidades do sujeito em questão (SANTANA et al., 2023). 

Em destaque as atribuições do enfermeiro no controle do CM tem-se: realizar consulta de enfermagem, o ECM de acordo com a idade e quadro clínico, analisar os sintomas relacionados à neoplasia (Brasil, 2013). Além de, solicitar e avaliar exames, realizar o encaminhamento nos serviços de referência para diagnóstico e tratamento, e participar das atividades de educação permanente que são propostas (INCA, 2015). Apesar deste último ter desfalque em relação ao conhecimento por profissionais da área, segundo apontam estudos (SIU, 2016).

O tratamento do câncer de mama é multimodal e varia de acordo com fatores como estadiamento ao diagnóstico, características biológicas do tumor, e fatores sobre o paciente (BRASIL, 2023). As modalidades de tratamento são cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, e terapia biológica. As quais se adequam a cada caso, e necessidade da paciente (BONTEMPO et al., 2021).

A radioterapia entra como adjuvante ao tratamento cirúrgico da neoplasia da mama, pois diminui as chances de recorrência naquela área, aumentando a sobrevida local (SINGH et al., 2016). A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais locais, por meio de feixes de radiações ionizantes (BEZERRA et al., 2012). A radioterapia afeta a qualidade de vida da paciente, haja vista que causa inúmeros danos, entre eles a toxicidade cutânea (MARQUES et al., 2021).

Outro contribuinte é a ressonância magnética que tem sido utilizada para detectar CM, e apresenta maior sensibilidade que a mamografia, com taxa de detecção superior a 90% (MIGOWSKI et al., 2018). As vantagens no diagnóstico de lesões que o grau das células cancerígenas é elevado (BONTEMPO et al., 2021). Em contrapartida, a desvantagem é o alto custo se comparado a outros métodos, pouca disponibilidade no Brasil (KESLEMAN, 2019). 

Pode ser utilizada como rastreamento ou complementando a mamografia ou ultrassonografia para esclarecimento diagnóstico. No Brasil são poucos os dados sobre a RM, que mostra a falta de avanço no país (URBAN et al., 2017).

A quimioterapia é a estratégia mais frequente e eficaz para o manejo da doença oncológica. Elimina as células cancerígenas e também afeta células normais, e é considerada uma terapêutica com elevado efeito colateral (LA NASA et al., 2020). O tratamento interfere na qualidade de vida do paciente, como condições físicas. Causa insônia, náusea, fadiga, perda de apetite, alopecia e interfere na capacidade de realizar atividades diárias, afetando a autonomia (KESLEMAN, 2019). Afeta também as relações interpessoais e a forma que a paciente vê a si mesmo, causando desequilíbrio emocional e psicológico, prejudicando sua qualidade de vida (FERREIRA et al., 2015).

A qualidade de vida se define como percepção em relação a sua vida, baseado nas suas metas, expectativas, padrões e preocupações. Assim, se relaciona com a satisfação sobre vida familiar, amorosa e social (ZHAO et al., 2022). O tratamento provoca dificuldades financeiras na maioria das pacientes, que já lidam com sintomas como depressão, baixa autoestima, e até a perda de emprego. Fatores relacionados à ausência da qualidade de vida do paciente (LA NASA, 2020).

Estudos apontam que diagnóstico e tratamento do câncer de mama trazem deterioração para a vida da mulher. Em aspectos psicossociais como medo da morte, disfunções sexuais, e alteração no estilo de vida (BARBOSA et al., 2017). A insatisfação na qualidade da relação sexual, após quimioterapia e mastectomia, são relatados pela maioria das pacientes (MICHELS; LATORRE; MACIEL, 2013).

Profissionais de saúde entendem que o ponto de vista está conectado ao impacto da doença, da deficiência e das intervenções terapêuticas no contexto de qualidade de vida (GUERRA et al., 2015). Mulheres em tratamento apresentam efeito negativo da sexualidade. Falta de interesse sexual, lubrificação vaginal e dor na penetração são comuns após o tratamento com quimioterápicos, e tendem a piorar com o tempo (FERREIRA et al., 2013). A mama tem significado cultural na sexualidade feminina, a ameaça a sua integridade é encarada com sofrimento, e sentimentos de inferioridade, rejeição e perda da autoestima (BARBOSA et al., 2017).

A mutilação cirúrgica causa grande impacto na imagem corporal e na sexualidade da mulher. Mesmo que a reconstrução mamária seja benéfica para a qualidade de vida da mulher, esse fator não é uma realidade no SUS (GARCIA et al., 2015). A Lei 12.802, exige de forma legal a plástica reconstrutiva de mama após a retirada decorrente do câncer (BRASIL, 2013). Os tratamentos convencionais estão ligados aos efeitos colaterais que causam grande impacto na QV dos pacientes. E os fazem buscar recursos que auxiliam no controle e previnem esses sintomas (BAHALL, 2017).

As terapias complementares são técnicas que não anulam os tratamentos convencionais prescritos. São utilizadas junto com eles para aliviar os sintomas causados pelo recurso escolhido (TAO et al., 2016). Como a redução da dor, oferecendo conforto físico e psicológico ao paciente, e são extremamente importantes para o processo de reabilitação do mesmo (CHEN et al., 2015). A terapia mente e corpo associada ao tratamento convencional possibilita que o paciente seja mais ativo na resposta ao combate à doença e corrobora com o processo curativo (COSTA; REIS, 2014).

4 RESULTADOS

ANOAUTORESPERIÓDICOOBJETIVORESULTADOSCONCLUSÃO
2021Bontempo. et alRev. Escola de Enfermagem da USPEstimar a incidência e distribuição do grau de radiodermatite em pacientes oncológicos submetidos à radioterapia nas regiões de cabeça e pescoço, mama e pelve.Este estudo incluiu 112 pacientes. A incidência de radiodermatite foi de 100% entre aquelas cuja região de cabeça e pescoço foi irradiada, seguida de 98% para mama e 48% para região pélvica. Nos três grupos, o tempo médio da primeira ocorrência de radiodermatite foi de aproximadamente onze dias.A incidência de radiodermatite nos grupos estudados foi elevada, o que reforça a necessidade de realizar a mesma avaliação em todo o país. Isto apoiaria a criação e padronização de protocolos e recomendações para um manejo adequado da radiodermatite, especialmente no que diz respeito à sua prevenção
2023Batista. et al Rev. Ciência & Saúde ColetivaO objetivo deste artigo é avaliar a efetividade em estudo de vida real do trastuzumabe adjuvante em mulheres com câncer de mama inicial HER-2 positivo na sobrevida global e livre de recidiva. Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva em mulheres com câncer de mama inicial HER-2 positivo atendidas no SUS, desde a incorporação da medicação. Trata-se de uma coorte retrospectiva com mulheres com câncer de mama HER-2 positivo, que foram tratadas entre julho de 2012 e maio de 2017 com seguimento até julho de 2021.Foram incluídas na coorte 92 mulheres com diagnóstico de câncer de mama e status HER-2 positivo (com receptores hormonais positivos ou negativos) admitidas para tratamento na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre de julho de 2012 a maio de 2017. Destas, duas pacientes foram perdidas por óbito antes de iniciar o tratamento com o trastuzumabe, sendo a amostra final composta por 90 mulheres. Todas fizeram uso do trastuzumabe por um ano, de acordo com protocolo de esquema estendido de 52 semanas8: quimioterapia do câncer de mama HER-2 positivo, confirmado por exame molecular, com alto risco de recidiva, em terapia adjuvante ou neoadjuvante.O presente estudo mostrou com dados do mundo real, que as pacientes com câncer de mama inicial ou localmente avançado HER-2 positivo, que receberam trastuzumabe adjuvante ou neoadjuvante, no SUS, apresentaram taxas de sobrevida global e livre de recidiva da doença similares às observadas em ensaios clínicos internacionais.
2022Campos. et alRev. Arquivos Brasileiros de CardiologiaO presente estudo teve como objetivo demonstrar a importância da pratica de atividade física, antes, durante e após o tratamento para câncer de mama, assim combatendo o sedentarismo do paciente e outros agravos em sua saúde.Os resultados dos estudos pré-clínicos indicam que esses efeitos moleculares resultantes de cada sessão de EF se sobrepõem aos controles dos fatores hormonais e insulínicos.20 Durante a execução dos EF, esses fatores exercem ação imediata no metabolismo tumoral, e o treinamento de longo prazo leva a adaptações metabólicas e imunogênicas que contribuem para lentificar a progressão do tumorA prática regular de exercício físico/atividade física deve ser estimulada, visando a prevenção primária do câncer de mama, melhoria da qualidade de vida e redução da mortalidade nas sobreviventes, mas os estudos não apresentam força de evidência no controle da doença. É importante ressaltar também o importante papel dos EF na redução da incidência das DCV, tornando-se fundamental o incentivo às mulheres se tornarem ativas. A observação de algumas especificidades na prescrição dos EF é necessária nas pacientes com câncer de mama, mas em linhas gerais, é semelhante à realizada para a população em geral. 
2020Duarte et alCiencia e saúde coletiva.Analisar a mortalidade por CAM nas microrregiões de saúde de Minas Gerais (MG), de 2013 a 2017 e sua possível associação com a desigualdade social.De 2013 a 2017, ocorreram em MG 7.571 óbitos por CAM. As microrregiões com maior mortalidade estão localizadas no Centro e Leste e, com menor, no Norte e Nordeste. A maioria das variáveis apresentaram alto coeficiente de variação e foram significativas no modelo de regressão linear simples. Nos modelos múltiplos distal e proximais, somente o grau de urbanização foi significativa. Todas as variáveis apresentaram autocorrelação espacial significativa e dependência espacial.Altas taxas de mortalidade nas microrregiões mais urbanizadas podem ser explicadas por fatores reprodutivos, comportamentais e distribuição dos recursos de saúde, presentes nos grandes centros urbanos.
2020Duffy et alAmerican Cancer SocietyO objetivo desse estudo é avaliar o impacto da participação no rastreio organizado do serviço de mamografia, independentemente das mudanças no tratamento do cancro da mama. Isto pode ser feito medindo a incidência de cancro da mama fatal, que se baseia na data do diagnóstico e não na data da morte.As mulheres que participaram do rastreamento mamográfico tiveram uma redução estatisticamente significativa de 41% no risco de morrer de câncer de mama em 10 anos (risco relativo, 0,59; IC de 95%, 0,51-0,68 [P < 0,001]) e uma redução de 25% redução na taxa de câncer de mama avançado (risco relativo, 0,75; IC 95%, 0,66-0,84 [P < 0,001]).Reduções substanciais na taxa de incidência de câncer de mama que foram fatais dentro de 10 anos após o diagnóstico e na taxa de câncer de mama avançado foram encontradas nesta comparação contemporânea de mulheres participantes versus aquelas que não participaram do rastreamento. Estes benefícios pareciam ser independentes das mudanças recentes nos regimes de tratamento.
2022Franco et alEscola Anna NeryO objetivo deste estudo foi descrever as necessidades de aprendizagem dos familiares de crianças e adolescentes com câncer quanto ao tratamento com quimioterapias antineoplásicas orais.  Entre os temas que exigem aprendizado dos familiares estão a administração oral, armazenamento e manuseio de quimioterápicos orais, além de efeitos adversos e emergências que necessitam de atendimento hospitalar.No tratamento com quimioterapia oral, as necessidades de aprendizagem das famílias de crianças e adolescentes precisam ser problematizadas em práticas educativas dialógicas, a fim de promover a segurança, adesão e eficácia do tratamento.
2022RIBEIRO, Caroline; CORREA, Flávia; MIGOWSKIEpidemiologia e Serviços de Saúde.Analisar efeitos de curto prazo da pandemia de COVID-19 no rastreamento, investigação diagnóstica e tratamento de câncer no Brasil.Em 2020, houve redução de 3.767.686 (-44,6%) exames citopatológicos, 1.624.056 (-42,6%) mamografias, 257.697 (-35,3%) biópsias, 25.172 cirurgias oncológicas (-15,7%) e 552 (-0,7%) procedimentos de radioterapia, comparando-se a 2019. Os intervalos de tempo para realização de exames de rastreamento de câncer do colo uterino e mama foram pouco afetados.Ações de controle do câncer foram afetadas pela pandemia, sendo necessárias estratégias para mitigar efeitos dos atrasos no diagnóstico e tratamento.
2023Jomar et alCiência e saúde coletiva.O objetivo foi investigar fatores associados ao tempo para submissão ao primeiro tratamento do CM em estabelecimentos de saúde habilitados para a alta complexidade em oncologia no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no RJ, uma vez que a Lei Federal 12.732/2012 estabelece que o paciente com câncer tem direito de, em até 60 dias após a confirmação diagnóstica, ser submetido ao primeiro tratamento no SUS.Atenderam aos critérios de elegibilidade do estudo 12.100 casos de CM com média de idade igual a 57,2 anos (desvio-padrão=12,9), dos quais a maior parte recebeu quimioterapia (49,7%) ou cirurgia (42,7%) como primeiro tratamento num dos 20 estabelecimentos de saúde habilitados para a alta complexidade em oncologia que alimentaram o IntegradorRHC no período investigado. No que concerne à natureza jurídica desses estabelecimentos, 10 eram da administração pública, sete eram entidades sem fins lucrativos e três eram entidades empresariais. Quanto à sua localização, 14 situavam-se na Região Metropolitana do RJ, estando 10 deles na capital.Conclui-se que a necessidade de os gestores do SUS planejarem ações que confiram maior celeridade aos encaminhamentos dos casos de CM para submissão ao primeiro tratamento em estabelecimentos de saúde habilitados para a alta complexidade em oncologia no RJ com vistas a cumprir o prazo estabelecido pela Lei 12.732/2012 e, dessa forma, melhor assistir os casos mais vulneráveis ao início do tratamento em tempo >60 dias, quais sejam: (i) os sem histórico de diagnóstico anterior com estadiamento clínico I e II tratados em estabelecimentos de saúde fora da capital e (ii) os com histórico de diagnóstico anterior de idade ≥50 anos, raça/cor da pele não branca e estadiamento clínico I
2023 Santana et al Revista Brasileira de Enfermagem  Avaliar o efeito do relaxamento com imagem guiada por realidade virtual na ansiedade em mulheres com câncer cervical submetidas à radioquimioterapia.No grupo experimental, as mulheres apresentavam traços de ansiedade significativos (p=0,010) antes da intervenção. Entre a 4ª e 12ª semana de seguimento, houve redução no estado de ansiedade, sem significância estatística.A técnica de relaxamento por imagem guiada por realidade virtual forneceu evidências de redução da ansiedade em mulheres com câncer cervical em tratamento com radioquimioterapia e pode contribuir na prática clínica. 
2021 Sung et alAmerican Cancer SocietyFornecer uma atualização sobre a carga global do câncer usando as estimativas GLOBOCAN 2020 de incidência e mortalidade por câncer produzidas pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. Houve uma estimativa de 19,3 milhões de novos casos (18,1 milhões excluindo CPNM, exceto carcinoma basocelular) e 10 milhões de mortes por câncer (9,9 milhões excluindo CPNM, exceto carcinoma basocelular) em todo o mundo em 2020. Apresenta a distribuição da incidência e mortalidade de todos os tipos de cancro de acordo com a região mundial para ambos os sexos combinados e separadamente para homens e mulheres.As estimativas do GLOBOCAN 2020 apresentadas neste estudo indicam que ocorreram 19,3 milhões de novos casos de câncer e quase 10 milhões de mortes por câncer em 2020. A doença é um importante causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo, em todas as regiões do mundo, e independentemente do nível. do desenvolvimento humano
2022Zhao et alBMJ JournalsOs objetivos desta revisão sistemática foram avaliar o impacto da quimioterapia neoadjuvante (NAC) na qualidade de vida (QV) de pacientes com câncer de mama (CM), comparar os diferentes regimes de NAC na QV de pacientes com CM, comparar NAC versus quimioterapia adjuvante na QV dos pacientes com CM e para identificar preditores de QV em pacientes com CM recebendo NAC.Não houve diferença significativa na QV do CM antes e depois da NAC, mas os pacientes apresentaram reações adversas e depressão durante a quimioterapia. Diferentes regimes de NAC têm efeitos diferentes na qualidade de vida dos pacientes. Pacientes com NAC apresentaram desconforto físico mais grave do que aqueles com quimioterapia adjuvante. No entanto, a QV dos pacientes com CM pode ser melhorada intervindo no apoio social ou familiar, sendo estes preditores, incluindo o cronótipo, a QV antes da NAC e a depressão.Mais pesquisas originais são necessárias no futuro para compreender o perfil e os preditores de QV em pacientes com CM em uso de NAC, o que ajudará médicos e pacientes a tomar decisões e a lidar com questões relacionadas a NAC.
2019Nascimento et alRev. Arquivos do Mudi.O principal tratamento é a cirurgia, porém tratamentos adjuvantes como a quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal e a imunoterapia reduzem o risco de recidiva do câncer de mama e o risco de morte por essa doença. Geralmente, estas terapias são indicadas após a cirurgia, como um complemento ao tratamento. Este trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre os principais métodos de tratamento do câncer de mama, suas implicações e resultados.O câncer de mama é uma doença heterogênea. Entretanto, grande parte de toda essa diversidade biológica proveniente de alterações do DNA e proteínas pode ser agrupada pelos 4 principais subtipos de câncer de mama. Para pacientes com câncer de mama “HER2-positivo” a recomendação é de terapia hormonal, quimioterapia, além de terapia-alvo anti-HER2, enquanto para a maioria dos pacientes com doença “triplo-negativa”, é recomendada quimioterapiaO tratamento a ser seguido com base nos subtipos de câncer de mama simplifica muito a definição das indicações terapêuticas. As recomendações gerais indicam essencialmente terapia hormonal isolada e terapia hormonal acompanhada de quimioterapia.
2021Marques et alRev. Brasileira de Geriatria e Gerontologia  Investigar o comprometimento do apetite em pessoas idosas hospitalizadas com câncer e sua associação com estado nutricional e presença de caquexia.Houve predomínio de indivíduos do sexo masculino (56,7%), autodeclarados não brancos (56,7%), com tumores localizados no trato gastrointestinal (75,6%) e mediana de idade de 67 anos. 75,6% dos indivíduos apresentaram comprometimento do apetite, 57,8% suspeita de desnutrição ou desnutrição de algum grau, 54,4% caquexia e 92,2% necessidade de intervenção nutricional. Houve associação entre as categorias do CASQ com estado nutricional (p=0,001) e presença de caquexia (p=0,050). Após análise de regressão logística, a desnutrição permaneceu associada ao comprometimento do apetite.A presença de desnutrição aumentou as chances de comprometimento do apetite, o que reforça a necessidade da triagem e intervenção nutricional precoces, a fim de reduzir e/ou evitar os agravos nutricionais.
2022Loyola et alActa Paulista de Enfermagem  Analisar as práticas no controle do câncer de mama identificadas pelos gerentes da Atenção Primária à Saúde.Com relação às ações de controle de neoplasias mamárias, todos os gerentes, 24 (100%), afirmaram estabelecer prioridade no encaminhamento de mulheres com mamografia e Exame Clínico das Mamas alterados, e solicitação de mamografia para mulheres do grupo de alto risco. Quanto aos entraves na execução dessas ações, a maioria,13 (54,2%), dos gerentes apontaram dificuldades enfrentadas pelos serviços com predomínio de falta de profissionais de saúde e demanda excessiva.As Unidades de Saúde da Atenção Primária têm realizado ações para o controle do câncer de mama, mas existem condutas que não estão em conformidades com as propostas do Ministério da Saúde. Existe a necessidade de maior implantação de ações educativas, pois o enfoque é curativo. Também, são necessários maiores investimentos para incrementar as medidas preventivas e potencializar o acesso aos exames de rastreio.
2019Lin et alJournal of Hematology & OncologyEste estudo teve como objetivo estimar quantitativamente a mortalidade, morbidade e analisar as tendências de 29 grupos de câncer em 195 países/regiões entre 1990 e 2017.Em 2017, a população global de mortes causadas por cancro atingiu 9 milhões, o que foi quase o dobro do número de 1990. A ASDR e a ASIR do cancro nos homens foram cerca de 1,5 vezes as das mulheres. O cancro da mama apresentou a maior taxa de mortalidade no sexo feminino em 2017. Indivíduos com mais de 50 anos correm alto risco de desenvolver cancro e o número de casos e mortes nesta faixa etária foi responsável por mais de 80% de todos os cancros em todas as faixas etárias.As análises destes dados forneceram base para futuras investigações sobre os fatores etiológicos comuns, levando à ocorrência de diferentes cancros, ao desenvolvimento de estratégias de prevenção baseadas em características locais, condições socioeconómicas e outras, e à formulação de intervenções mais direcionadas.

5 DISCUSSÃO

As neoplasias malignas, conhecidas como câncer, são causas proeminente de óbito na sociedade geral (LIN et al., 2019).) O câncer é um conjunto de doenças que é definido pelo crescimento desordenado de células que se disseminam na corrente sanguínea, ou no sistema linfático, e se espalha para outros órgãos (FLORIANO et al., 2017). O câncer de mama é atualmente um problema de saúde pública por ser a condição de saúde que mais afeta as mulheres em todo mundo, não se restringindo somente a uma população específica (KAMIŃSKA et al., 2015). O CM é o mais comum na população feminina de todas as regiões, e no ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos (BATISTA; JOANNA, 2023).

Fatores como idade avançada, curta duração da amamentação, consumo de álcool, excesso de peso e sedentarismo principalmente após a menopausa são citados como precedentes de risco, sendo excluído o tabagismo como motivo relacionado (DUARTE et al., 2020). Quando se trata do CM ações como promoção de saúde, prevenção, detecção precoce, tratamento contínuo, e cuidados paliativos, são priorizados pelos serviços da Rede Primaria de Saúde para garantir a qualidade de vida (BOCCOLINI; JUNIOR, 2016).

Estudos revelam que mais da metade dos casos de câncer feminino começaram a ser tratados em prazo superior a 60 dias, o que viola a Lei n° 12.732/2012, esse número ainda aumenta quando se trata do público em idades mais avançadas (TOMAZELLI; SILVA; SILVA, 2018). Na Atenção Primaria de Saúde medidas como rastreamento, e detecção precoce através da mamografia é a principal estratégia em mulheres assintomáticas (LOYOLA et al., 2022). A demora para submissão ao primeiro tratamento no país está relacionada a ausência de estratégias na atenção à saúde (MIGOWSKI et al., 2018). Assim, a importância dos cuidados na atenção primaria para prevenção desse agravo (BORGES et al., 2016). As ações que acontecem na APS têm a estratégia de saúde da família como modelo de atenção, e é porta de entrada para detecção do câncer de mama (MARQUES; FIGUEIREDO; GUTIÉRREZ, 2015).

Pesquisas revelam que a mamografia reduz a incidência de mortalidade por câncer de mama, que pode ser rastreado pelo autoexame, realizado por profissionais como o enfermeiro na Atenção Básica em Saúde (LOURENÇO; MAUAD; VIEIRA, 2013). Graças ao Sistema Único de Saúde a mamografia é ofertada gratuitamente para população de risco, sendo a primeira opção de tratamento para mulheres na idade entre 50 a 69 anos (EBELL et al., 2018). E cabe ao profissional de saúde instruir sobre os riscos, benefícios e importância do mesmo. A enfermagem atua na seleção do público alvo, na realização do rastreio e na orientação ao paciente (CAMPOS et al., 2022).  

O enfermeiro tem relação direta com o paciente e seus familiares, para orientar e retirar todo medo que possa existir, tendo em vista a relação duradoura que desenvolvem no decorrer do tratamento (SANTANA et al., 2023). O enfermeiro exerce funções como realizar consulta de enfermagem, ECM, analisar os sintomas, avaliar os exames e encaminhar para os serviços de referência para diagnostico final e tratamento (SIU, 2016).

A escolha mais utilizada e altamente eficaz para o tratamento é a cirurgia, que em sua maioria tem resultado positivo de cura. Há também opções de tratamentos adjuvantes como radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e a imunoterapia (NASCIMENTO et al., 2019). Estudos indicam que os tratamentos possuem efeitos colaterais que são agressivos à paciente submetida ao mesmo, não só com danos físicos, mas a problemas psicológicos sobre aceitação, problemas sociais e sexuais (SUZUKI; TOI, 2007).  

 A mutilação cirúrgica causa impacto na imagem corporal e na sexualidade da mulher. A lei n° 12.732/2012 exige a plástica reconstrutivas de mama após a retirada decorrente do câncer para auxílio em sua autoimagem (BAHALL, 2017). O tempo de demora entre o diagnóstico e início de tratamento leva à diminuição da qualidade de vida, e o aumento do risco de óbitos, como é mostrado em estatísticas (COSTA; REIS, 2014). Durante o tratamento mulheres relatam quadro elevado de dores, cansaço, ausencia de motivação e perda da autoconfiança. A qualidade de vida é definida como percepção em relação a si mesma e ao ambiente (GARCIA et al., 2015).  Baseado nas suas metas, expectativas, padrões e preocupações. Portanto está relacionada a satisfação sobre a existência (ZHAO et al., 2022).

O tratamento além dos danos citados, geram danos financeiros na maioria das pacientes, devido aos gastos com transporte, medicações e outros custos necessários (LA NASA et al., 2020). O tratamento pro CM varia de acordo com as características biológicas do tumor e fatores sobre o paciente. As modalidades são cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (BONTEMPO et al., 2021). Outra opção são as terapias complementares que não anulam o tratamento convencional, mas são utilizados para aliviar os sintomas causados (TAO et al., 2016). A escolha da terapia entre mente e corpo associada ao tratamento, tem se tornado primeira escolha para quem está em processo de intervenção. Assim, viabiliza aumentar a chance do processo de cura (CHEN et al., 2015).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A autoimagem é um fator significativo na vida de uma mulher. No enfrentamento do câncer de mama, a paciente passa por várias dificuldades internas e externas. Dessa forma, a Atenção Primaria, que é o serviço de referência e contra referência para o diagnóstico precoce, exames, acompanhamento e encaminhamento para tratamentos e cirurgia, exerce importante função para minimizar o agravo desse mal. O reconhecimento precoce é sempre a melhor opção. Assim, a AP é um importante serviço para esse tipo de abordagem, e a atuação do profissional de enfermagem frente ao diagnóstico precoce contribui para diminuição de óbitos entre mulheres com câncer de mama, e oferta qualidade de vida para aquelas em tratamentos adjuvantes ou não.

O enfermeiro deve estar capacitado para orientar e abordar a paciente da melhor forma, haja vista que surgem muitas incertezas, depressão, dor, problemas sociais, e financeiros. E cabe ao mesmo estar em acompanhamento durante todo processo, esclarecendo duvidas e ofertando tratamentos paliativos para amenizar os danos causados.

REFERENCIAS

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