REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411161023
Ayrton Senna Paixão da Silva¹;
Fábio Coelho Pinto².
RESUMO
Um bem cultural não é preservado só pelo seu valor estético, arquitetônico ou histórico, mas por ter significação para o ambiente em que está inserido. Desse modo, os objetos e expressões culturais são referências observáveis que proporcionam a obtenção de respostas sobre o passado, na medida em que atestam experiências anteriores e são vestígios para compreender o presente. Neste viés, objetivando a manutenção das matrizes estéticas e culturais da dança Afro, busca-se compreender a cultura como lugar de observação na realização da oficina, enxergar o corpo e a etnia, como um lugar de experimentação e sensibilização, por meio de técnicas associadas a uma nova linguagem de ensinar e/ou aprender. Com a demanda da lei 10639/03 contemplar a história do povo negro nos estabelecimentos de ensino, também vai ao encontro, da educação das relações étnicas e raciais. Dessa forma, pretende-se, com este trabalho, materializar de forma didática o aspecto lúdico, através da exploração histórica dos ritmos, sons e adereços nos mais variados públicos, além da curiosidade, da aceitação e da valorização das riquezas afro culturais, socializando e praticando de formas expressiva e dinâmica com representações estéticas, transformadoras e significantes para todos os níveis e modalidades da educação.
Palavras-chave: Matrizes. Cultura. Educação. Ludicidade. Etnia.
ABSTRAT
Cultural property is not preserved only for their aesthetic value, architectural or historical, but have significance for the environment in which it appears. Thus, the objects and cultural expressions are observable references that provide answers to obtain the past, to the extent that previous experiments and are attest to understand the present traces. In order to maintain the aesthetic and cultural headquarters of African dance, understand the group as a place of observation in the realization of the workshop, exaggerate the body and ethnicity, as a place of experimentation and awareness, through techniques related to a new linguaguem of teaching. With the demand of the law 10639/03 contemplate the history of black people in schools, also meets, education of ethnic and race relations. In conclusion we intend to materialize in a didactic way the playful practicing expressive and dynamic forms these aesthetic representations, manufacturing and significant for all levels and types of education.
Keywords: Mothers. Culture. Education. Playfulness. Ethnicity.
INTRODUÇÃO
O artigo trata de uma oficina de danças afro, focalizando a dança como atividade lúdica e cultural. O objetivo aqui é descortinar a educação cultural, visando dar sensibilidade à sociedade sobre a importância da cultura, despertando atitudes e valores, enfatizando o domínio afetivo na aprendizagem dos saberes, isto porque esta herança e o meio ambiente histórico em que está inserida oportunizam um despertar de sentimentos de surpresa, curiosidade, pertencimento, instigando um conhecimento mais aprimorado sobre a relevante contribuição da cultura no processo ensino-aprendizado. Um bem cultural, expressado através da dança, não é preservado só pelo seu valor estético, arquitetônico ou histórico, mas por ter significação para a comunidade que dele tira proveito enquanto campo de pesquisa, extensão dos saberes, fonte de renda. Neste caso, é preciso saber se a preservação contribui para a melhoria da qualidade de vida e para construção da identidade local, caso contrário toda e qualquer iniciativa educacional se tornará vaga, vã e dispendiosa.
Este processo educacional que valoriza a riqueza afro é conceituado como “um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no patrimônio cultural como fonte primária de conhecimento e de enriquecimento individual e coletivo”. (HORTA, 1999, p.6). Desse modo, os objetos e expressões culturais são referências observáveis que proporcionam a obtenção de respostas sobre o passado, na medida em que os bens culturais materiais e imateriais atestam experiências anteriores e são vestígios para compreender o presente.
Eis o motivo pelo qual devemos preservar e propagar nossas expressões culturais, pois são impregnadas de valores históricos, arquitetônicos, arqueológicos, paisagísticos, artísticos, afetivos, etnográficos e bibliográficos características que contribuem para a expressividade da práxis cultural de nossa diversidade, proporcionando ao ser humano um conhecimento de si e do ambiente que o cerca.
A DANÇA AFRO NA PRÁTICA EDUCATIVA
Ensinar história, cultura afro-brasileira e africana não é mais uma questão de vontade pessoal e de interesse particular, mas sim uma questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar e sociedade. Diante de tal pressuposto, as leis de número 10639/03 e 11645/08 aparecem com o intuito de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto á pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e garantir respeito aos seus direitos legais e contribuir para a valorização da identidade cultural brasileira e africana.
Tratar de política curricular, fundamentada em dimensões históricas, sociais, antropológicas provenientes da realidade brasileira é buscar combater o racismo e as discriminações que atingem os negros. Portanto, a lei propõe a divulgação e produção de conhecimentos, formação de atitudes, posturas, valores que eduquem cidadãos orgulhosos de sua cultura étnico-racial, de modo a interagindo na cultura do país. Desta forma, a dança no ensino, propicia aos educandos a oportunidade de “traçar relações múltiplas e críticas entre a arte, a educação e a sociedade” (MARQUES, 2001, p. 118).
Dessa forma, cabe ao professor, repassar o conteúdo sobre etnia e raça, demonstrando o seu compromisso e responsabilidade no resgate dos valores étnicos do ser humano, tomando uma postura diferente em suas aulas, pois estará mostrando respeito às diferenças étnicas do ser. Além disso, o material didático também deve ser um grande aliado do professor, pois deve conter conteúdos ligados à cultura afro-brasileira e africana, levantando questões importantes para contribuir na formação de grandes cidadãos.
A presença da dança no ensino escolar ganhou espaço em pesquisas de autores como Isabel Marques (2007), Márcia Strazzacappa (2001), Ida Freire (2001) entre outros, as quais buscam evidenciar como se dá a prática da dança na educação formal. O que tem se mostrado é que a dança permanece como um grande desafio ao ser ainda pouco compreendida em suas potencialidades educativas e pelos sujeitos da escola, como professores e alunos. O que questionam essas autoras é o fato da dança ser vista superficialmente dentro dos espaços escolares, o que tem por consequência a permanência da ideia de que a dança na escola é boa somente “para relaxar”, para “soltar emoções”, “expressar-se espontaneamente” (MARQUES, 2007, p.23) de forma que o único espaço destinado a ela, ainda em sua maioria, tem sido nas datas comemorativas, ocasiões festivas, shows de talentos, onde é oferecido às crianças um tempo do período escolar (geralmente Educação Física) para o ensaio de uma determinada coreografia, geralmente representativa de determinada cultura.
Laban (1998) sistematizou um modelo para a dança no ensino denominada no Brasil de “Dança Educativa Moderna”, lançado em livro, em língua inglesa em 1948, e no Brasil em 1988. Neste livro o autor se propôs a elencar objetivos a partir dos elementos da própria dança: peso, espaço, tempo e fluência, organizados através de dezesseis temas de movimentos básicos, onde tinha como objetivo conscientizar a criança da fluidez dos seus movimentos, exercitando-as em suas capacidades criativas e cultivando a expressão artística na arte do movimento. Para Gehres (2008, p.28), Laban:
Abriu caminho para que o movimento se tornasse um meio para a liberação das possibilidades expressivas/comunicativas do individuo. A dança transformou-se, assim, não em um objeto a ser ensinado, mas sim um projeto expressivo a ser construído mediante a experiência de manipulação do movimento.
1.1 – ASPECTOS CULTURAIS DA DANÇA
A dança propicia o aprofundamento ou ampliação do contexto cultural e histórico dos alunos ao trazer para dentro da escola diferentes povos e/ou momentos históricos do país (países). Tal perspectiva, mesmo importante para a formação dos educandos, tem sido desconsiderada em seu caráter educativo ao ser praticada fora de um contexto, sem atribuir significados ao aprendizado. Nesse sentido, o que se omite é a potencialidade que está inscrita na forma de se trabalhar elementos da linguagem que permite ampliar o conhecimento do corpo em movimento e da construção sociocultural e histórica da sociedade. Marques (2007) fala da presença da dança nos Parâmetros Curriculares Nacionais, explicitando-o como momento ‘tão esperado’ por significar o reconhecimento da dança pela educação como conteúdo estruturante das áreas de conhecimento de Arte e Educação Física. As Diretrizes Curriculares Nacionais (1998) também contemplam o ensino da dança, além de oferecer subsídios teóricos aos professores. Sobre o princípio da diversidade cultural, Carvalho (2004, p.37) aponta que:
A inclusão da temática “diversidade cultural” nos PCN’s pode ser interpretada como um indicativo de assimilação do debate instaurado em diversas agendas educacionais internacionais, das reivindicações dos movimentos sociais de educação no Brasil em torno do direito à diferença e das pesquisas nesse campo. O que se constata é que, pela primeira vez, explicitamente, a diversidade cultural está colocada no cerne do currículo nacional numa perspectiva de cidadania multicultural normalizada.
A cultura é um diferencial na construção de uma resposta aos desafios da sustentabilidade nos âmbitos global, nacional e local. A contribuição da cultura é indispensável para o desenvolvimento sustentável, perpassando os pilares social, econômico e ambiental. É a dimensão onde são reconhecidos os significados e sentidos das ações que podem transformar sociedades. Nesse contexto, são fundamentais a consolidação dos direitos culturais como parte dos direitos humanos, o acesso à cultura, a garantia da diversidade cultural e o reconhecimento dos saberes dos povos originários e tradicionais.
Por isso a dança está presente, tanto no cotidiano quanto nos corpos das pessoas, principalmente, na atualidade, por convivermos com múltiplas expressões de danças que se inovam a cada dia, pois,
[…] a dança está envolvida em praticamente toda experiência importante da vida, tanto dos indivíduos, quanto do coletivo social. Existem danças de nascimento, de morte, de passagem para a maioridade, de corte e casamento, de fertilidade, de guerra […] (MARTIN, 2007, apud STRAZZACAPPA, 2007, p.19).
Por isso em cada vivência e etapa da vida do homem, existe alguma forma de dança e até mesmo para os que dizem não gostar dela, mas que sem perceber, batem ritmicamente os pés ao som de alguma música. É certo que toda pessoa é capaz de criar um tipo de dança que lhe permita falar por meio de seus movimentos sua história, sua alegria, sua tristeza, sua conquista (…), pois a dança, sendo uma linguagem corporal, emprega à individualidade dentro da coletividade um “eu” psicologicamente ora estruturado ora desestruturado sócio-politico-cultural.
A DANÇA E O LÚDICO
A dança se move de acordo com o tempo e espaço, desde os tempos imemoriais e, ao longo da história, vem sofrendo modificações, especialmente quando incluída nos diversos contextos sociais, como no escolar ou no âmbito do lazer. Segundo Sarto e Marcellino (2006), a dança é uma das manifestações humanas que mais engloba componentes lúdicos da cultura. Matvéiev (1986) ressaltou que o prazer e a espontaneidade são elementos importantes no que tange ao desenvolvimento da parte técnica, porém, torna-se importante que todos os recursos didático e pedagógicos sejam explorados, inclusive com a inserção do elemento lúdico, o qual, pode ser um excelente coadjuvante no processo motivacional, pelas qualidades inerentes à sua característica.
Numa tentativa de definição dos significados do lúdico, Feijó (1992) acredita que o lúdico é como uma necessidade básica da personalidade do ser humano, além de fazer parte das atividades essenciais da dinâmica. Campos (1986), discorre que o elemento lúdico pode ser uma ligação no sentido de facilitar a aprendizagem, relacionando a utilização desse elemento lúdico como um agente motivacional de qualquer tipo de aula.
A importância das atividades lúdicas tem sido reconhecida por muitos na esfera educacional, como instrumento para o desenvolvimento em níveis físico, emocional, social e intelectual, inserindo, neste conceito, o sentimento, a emoção e a imaginação do indivíduo.
Segundo Almeida (1998), a educação lúdica na formação global do indivíduo, pode vir a favorecer relações reflexivas, criadoras, inteligentes e socializadoras, tornando o ato de educar em um compromisso consciente, permeado pelo prazer e pela satisfação individual.
Para Santos e Kocian (2006), o lúdico é educativo e apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana, sendo que, na idade infantil e na adolescência, a finalidade é essencialmente pedagógica.
Freire e Schwartz (2006) ressaltam que o elemento lúdico associado a aspectos afetivos contribui para a aquisição de habilidades específicas, privilegiando não só a construção do conhecimento motor e técnico, mas uma dimensão mais afetiva, criativa e humana. Além disso, o lúdico é capaz de ampliar a gama de possibilidades pedagógicas, ao criar uma diversidade de ações motoras básicas motivadas pela satisfação das expectativas e pelo respeito às limitações e potencialidades. (FREIRE; SCHWARTZ, 2005).
Por ser a dança uma das mais antigas formas de arte, onde se expressam emoções por meio de gestos e movimentos significativos, os movimentos corporais possibilitam às pessoas se comunicarem, aprenderem, sentirem o mundo e se fazerem percebidas, transcendendo, assim, o poder das palavras.
À dança pode-se associar também um caráter inclusivo, ao trazer uma bagagem que possibilita uma forma de inserir o individuo na sociedade, criando possibilidades de transformá-lo em pessoa e a pessoa em cidadão, expressando a intensidade dos seus sentimentos e emoções. Assim, a dança é capaz de desenvolver no indivíduo aspectos sociais, cognitivos e motores, associados à sensações de prazer, o que justifica o interesse, neste artigo, em relação à importância de se associar as linguagens artísticas, estética e, especificamente, as lúdicas.
A dança potencializa experiências capazes de oportunizar o encontro do ser humano consigo e com seu próximo de forma sensível, espontânea e lúdica, o que é de inegável importância para os indivíduos que têm como objetivo fugir de suas rotinas diárias ou se livrarem do estresse que o seu cotidiano de trabalho proporciona (GASPARI; SCHWARTZ, 2007).
Sob o aspecto do conteúdo artístico do lazer, a dança está amplamente inserida, posto que busca expressar um desejo, uma necessidade e representando um dos meios de expressão mais acessíveis às diversas classes sociais e às diferentes cidades. Para quem a vivencia, é um dos grandes prazeres que se pode desfrutar, principalmente para aquele que atinge sensações de alegria, poder, euforia e, principalmente, quando se atinge a superação dos limites do movimento, o que pode ser exemplificado pela atividade proposta neste artigo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim pode-se inferir que, dessa construção discursiva emergem, nas situações de ensino e aprendizagem, formas de formação e disciplinamento do corpo através das técnicas e das práticas em oficinas, tomando “o movimento observável como objeto, tornando o corpo um instrumento a ser refinado e afinado para fins de eficiência e eficácia rítmico-cinestésica, entendida como essencial para a construção do corpo que dança” (GEHRES, 2008, p. 89).
Para tanto, é necessário que a escola abandone paradigmas que compreendem a dança apenas como necessária às datas festivas, desconstruindo uma visão baseada no senso comum onde a dança aparece “desprovida de conteúdos e/ou de mensagens culturais”, como consideram os Parâmetros Curriculares Nacionais ao apontar como relevante que a escola seja capaz de:
(…) desempenhar papel importante na educação dos corpos e do processo interpretativo e criativo [em] dança, pois dará aos alunos subsídios para melhor compreender, desvelar, desconstruir, revelar e, se for o caso, transformar as relações que se estabelecem entre corpo, dança e sociedade. (BRASIL, 1998, p.70).
Sendo assim, ao trabalhar a dança através de oficinas ou de qualquer outra forma metodológica na escola, deve-se levar em contar os conhecimentos e os repertórios de diferentes ritmos que os alunos já possuem, respeitando suas opções por determinadas danças e ao mesmo tempo contextualizando as demais em suas dimensões culturais e históricas.
Portanto, dançar, representar e atuar nada mais é do que fazer história e se (re)descobrir num horizonte infinito de características etnográficas a ponto de (re)escrevê-las descortinando a imagem de que “o caboclo é hoje o mesmo negro ou mesmo índio marginalizado de ontem”¹
¹MACIEL, Antônio Francisco. A Literatura do Carimbó II. O Liberal, Belém, 13 abr. 1986. 1º Caderno. Col. Danças folclóricas, p. 18.
REFERENCIAS
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