REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202510241307
Amanda da Silva Sousa¹
Viviane Silva Pereira²
Dean Douglas Ferreira de Olivindo³
RESUMO
O estudo analisa a importância do brincar no desenvolvimento infantil e sua contribuição para o cuidado de enfermagem a crianças hospitalizadas. Trata-se de uma revisão integrativa de doze estudos publicados entre 2019 e 2024 nas bases SciELO, BVS, MEDLINE e PubMed. As evidências apontam que o brincar reduz ansiedade, dor e estresse, além de favorecer a comunicação e o vínculo entre a criança e a equipe de enfermagem. Atividades como dramatização, jogos e desenho terapêutico estimulam a adaptação ao ambiente hospitalar, promovendo bem-estar físico e emocional. A presença de brinquedotecas e espaços lúdicos humaniza o cuidado e facilita a recuperação infantil. Conclui-se que o brincar deve ser compreendido como prática terapêutica essencial na enfermagem pediátrica, por integrar aspectos técnicos e afetivos do cuidado e reforçar o compromisso ético da enfermagem com a humanização e o respeito à infância.
Palavras-chave: Brincar; Enfermagem pediátrica; Humanização; Criança hospitalizada.
ABSTRACT
This study analyzes the importance of play in child development and its contribution to nursing care for hospitalized children. It is an integrative literature review of twelve studies published between 2019 and 2024 in the SciELO, BVS, MEDLINE, and PubMed databases. Evidence shows that play reduces anxiety, pain, and stress while improving communication and bonding between children and nursing staff. Activities such as dramatization, games, and therapeutic drawing help children adapt to the hospital environment, promoting physical and emotional well-being. The presence of playrooms and playful environments humanizes care and supports recovery. It is concluded that play should be recognized as an essential therapeutic practice in pediatric nursing, integrating technical and emotional dimensions of care and reinforcing nursing’s ethical commitment to humanization and respect for childhood.
Keywords: Play; Pediatric nursing; Humanization; Hospitalized child.
1 INTRODUÇÃO
A infância é uma fase crucial do desenvolvimento humano, onde a atividade física desempenha um papel fundamental na familiarização da criança com o ambiente ao seu redor. Essa interação contínua é essencial para a ampliação do conhecimento sobre o mundo. No entanto, é imprescindível que essas atividades ocorram em condições saudáveis. Durante essa fase, crianças podem enfrentar períodos de doenças que, em algumas situações, resultam na necessidade de hospitalização (Oliveira, 2009).
A hospitalização infantil representa uma ruptura significativa na rotina das crianças, configurando uma experiência desafiadora e, em muitos casos, traumática. Nesse novo ambiente, as crianças enfrentam uma mudança abrupta em sua vida cotidiana, sendo afastadas de seu lar, da escola, dos brinquedos e dos amigos. De acordo com Viegas (2008), essa transição pode ser desorientadora, uma vez que a criança se torna um sujeito passivo em um contexto que não compreende completamente, o que intensifica o estresse emocional associado à hospitalização.
A internação hospitalar não apenas representa um desafio emocional, mas também pode impactar consideravelmente o desenvolvimento infantil. Segundo Cunha (2011), essa interrupção nas atividades diárias e a privação do convívio familiar geram insegurança e podem fragilizar o desenvolvimento psicomotor da criança. A ausência de um ambiente familiar e de referências significativas compromete não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional, exigindo uma abordagem cuidadosa por parte dos profissionais de saúde.
A literatura recente reforça a necessidade de estratégias que minimizem o impacto emocional da hospitalização. Estudos indicam que a presença de familiares e a manutenção de atividades lúdicas podem ajudar a amenizar a sensação de estranhamento e vulnerabilidade que as crianças experienciam durante a internação (Silva et al., 2022). Deste modo, a inclusão de práticas que promovam o conforto emocional e a continuidade de interações sociais é fundamental para a recuperação da criança.
Portanto, é crucial que as equipes de saúde e as famílias estejam atentas aos efeitos da hospitalização sobre o desenvolvimento infantil. A promoção de um ambiente mais acolhedor e a implementação de intervenções que favoreçam o bem-estar emocional das crianças podem contribuir para uma experiência hospitalar menos traumática e mais positiva. Assim, é necessário um esforço conjunto para garantir que as necessidades físicas, emocionais e sociais das crianças sejam adequadamente atendidas durante esse período delicado (Oliveira; Santos, 2020).
Apesar dos desafios, é importante lembrar que a criança continua a ser criança. O brincar, uma atividade intrínseca ao comportamento infantil, pode ser um instrumento eficaz para a recuperação da saúde. Nesse sentido, a brinquedoteca se configura como um espaço alegre e descontraído, proporcionando à criança a oportunidade de usar a imaginação e suavizar a realidade da hospitalização (Oliveira, 2008).
Uma análise cuidadosa dos transtornos que a hospitalização pode trazer à vida de uma criança evidencia que as atividades lúdicas desempenham um papel crucial na integração ao ambiente hospitalar. Brincar permite à criança interagir com seu entorno de maneira prazerosa, preservando sua essência infantil. A promoção de atividades lúdicas para crianças hospitalizadas é reconhecida como uma abordagem positiva para a socialização e interação com outras crianças, adultos e familiares, contribuindo significativamente para a diminuição dos efeitos estressores associados ao processo de hospitalização (Fortuna, 2008).
A humanização hospitalar, especialmente por meio de atividades lúdicas em enfermarias infantis, é um tema amplamente abordado na literatura da área. A ludicidade desempenha um papel crucial no controle emocional das crianças internadas, ajudando a reduzir tensões, angústias e conflitos. A implementação da humanização no ambiente hospitalar deve ser realizada de maneira geral, porém adaptada às necessidades específicas de cada situação. Entre os avanços já alcançados, destaca-se a criação de brinquedotecas como um exemplo efetivo de humanização em hospitais, tanto públicos quanto privados. Esses espaços oferecem um ambiente rico em atividades que favorecem o bem-estar emocional das crianças, que muitas vezes se veem em um contexto desconhecido e diferente de sua rotina habitual (Viegas, 2016).
A brinquedoteca hospitalar se destaca pela sua relevância na vida da criança, mesmo em condições de internação. Sua presença nos hospitais representa uma inovação, melhorando o humor e a aceitação do tratamento, contribuindo significativamente para a saúde psicológica e o quadro clínico dos pequenos pacientes. A Lei nº 11.104, de 21 de março de 2005, estabelece a obrigatoriedade da instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que atendem pediatria em regime de internação. Esses espaços permitem que crianças e acompanhantes interajam, compartilhando brinquedos, histórias e emoções, favorecendo o desenvolvimento da socialização e da cidadania, mesmo em um ambiente hospitalar (Cunha, 2014).
Diante desse contexto, torna-se relevante compreender de que forma o brincar pode ser incorporado ao cuidado em saúde como estratégia terapêutica. Assim, o presente estudo tem como objetivo geral analisar como a utilização de brincadeiras na assistência de enfermagem pode contribuir para o desenvolvimento das crianças hospitalizadas, considerando tanto os aspectos físicos quanto emocionais envolvidos nesse processo.
2 METODOLOGIA
Este estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa da literatura, modalidade de pesquisa que possibilita a síntese e análise crítica de resultados de estudos relevantes disponíveis na produção científica sobre a temática investigada. Tal abordagem permite reunir e sistematizar conhecimentos já produzidos, oferecendo uma compreensão abrangente do fenômeno estudado e subsidiando tanto a prática profissional quanto futuras pesquisas (Mendes; Silveira, 2008).
A coleta de dados é realizada por meio de levantamento bibliográfico em bases eletrônicas reconhecidas na área da saúde, selecionadas pela abrangência de publicações científicas nacionais e internacionais e pelo rigor metodológico dos trabalhos nelas indexados. As bases consultadas são a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e PUBMED.
Para conduzir as buscas, são utilizados descritores definidos a partir do vocabulário controlado dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). As palavras-chave empregadas são: “Brincar”, “Desenvolvimento infantil”, “Enfermagem pediátrica”, “Criança hospitalizada” e “Brinquedo terapêutico”. Esses termos são combinados de forma isolada ou por meio do operador booleano AND, com o intuito de refinar os resultados e selecionar estudos diretamente relacionados ao objetivo da pesquisa.
A amostra é definida a partir de critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. São incluídos artigos científicos publicados em português e inglês, entre os anos de 2019 e 2024, que abordam de maneira direta ou indireta a utilização do brincar ou do brinquedo terapêutico no contexto da assistência de enfermagem à criança hospitalizada. Excluem-se publicações duplicadas, trabalhos indisponíveis na íntegra e estudos que não apresentam relação clara com os objetivos propostos, bem como aqueles que tratam a temática de forma superficial ou sem fundamentação metodológica consistente.
O processo de seleção dos estudos segue etapas organizadas. Inicialmente, títulos e resumos são analisados a fim de verificar a aderência aos critérios de inclusão. Em seguida, os artigos potencialmente relevantes são lidos na íntegra para confirmar sua pertinência ao tema investigado. Os dados extraídos são organizados em planilha, contemplando informações como título, ano de publicação, autores, objetivos, metodologia, principais resultados e conclusões. Essa sistematização possibilita identificar padrões, semelhanças e divergências entre os estudos.
A análise dos dados é conduzida de forma qualitativa, buscando uma interpretação crítica dos achados à luz do referencial teórico adotado. Tal procedimento permite compreender como o brincar e o brinquedo terapêutico contribuem para a assistência de enfermagem à criança hospitalizada, além de favorecer a construção de uma discussão fundamentada e consistente.
No que se refere aos aspectos éticos, esta revisão respeita integralmente os princípios de integridade científica e autoria, assegurando a devida atribuição aos autores das obras consultadas. Todas as citações e referências são elaboradas de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e seguem as diretrizes institucionais estabelecidas pelo manual de normatização e estrutura dos Trabalhos de Conclusão de Curso do Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA).
Figura 1 – Fluxograma prisma da seleção dos artigos para estudo. Teresina, 2025.

3 RESULTADOS





4 DISCUSSÃO
Os achados desta revisão reforçam a relevância do brincar como uma estratégia terapêutica indispensável para o cuidado integral da criança hospitalizada. Conforme Godino-Iáñez et al., (2020), a ludoterapia representa um meio eficaz para reduzir sintomas de ansiedade e dor, promovendo a colaboração da criança durante procedimentos hospitalares. Essa perspectiva é corroborada por Díaz-Rodríguez et al., (2021), que apontam que o brincar possui efeito expressivo na diminuição da dor e do medo, sendo especialmente eficaz quando envolve atividades de dramatização e distração ativa. Assim, o brincar ultrapassa a dimensão do entretenimento e se estabelece como um recurso de enfrentamento frente ao sofrimento físico e emocional que a hospitalização provoca.
A literatura analisada evidencia que o brincar permite à criança reestabelecer o senso de controle sobre o ambiente hospitalar, que geralmente lhe é imposto de forma rígida e desconhecida. Ullán e Belver (2019) destacam que a brincadeira auxilia a criança a expressar medos e sentimentos reprimidos, funcionando como uma ponte entre o universo infantil e o espaço hospitalar. Essa abordagem dialoga com Oliveira e Santos (2020), que demonstraram a redução de níveis fisiológicos de estresse em crianças que participaram de atividades lúdicas, confirmando que o brincar produz respostas psicofisiológicas positivas. A combinação desses achados evidencia a importância da ludicidade para o equilíbrio emocional e o fortalecimento das competências socioafetivas da criança internada.
Outro aspecto fundamental abordado pelos autores é o papel do ambiente hospitalar na promoção do brincar. Yu et al., (2024) observam que os espaços hospitalares que estimulam a ludicidade por meio de cores, brinquedos e áreas interativas reduzem o estresse e favorecem a comunicação entre crianças, familiares e profissionais de saúde. De forma complementar, MacKay et al., (2024) destacam que o brincar atua como mediador na construção da confiança entre o enfermeiro e a criança, permitindo uma comunicação mais empática e humanizada. Essa relação de confiança é crucial para o sucesso do tratamento, pois fortalece o vínculo terapêutico e estimula a adesão aos cuidados propostos.
Francis et al., (2022) ampliam essa compreensão ao indicar que intervenções baseadas em brincadeiras melhoram a saúde mental infantil, elevando o bem-estar emocional e a autoconfiança. A brincadeira, nesse sentido, funciona como um instrumento de humanização do cuidado, integrando aspectos psicológicos e sociais à prática clínica. Pérez-Duarte et al., (2024) reforçam essa ideia ao constatar que o uso da linguagem simbólica e das brincadeiras na comunicação clínica reduz a resistência das crianças a procedimentos invasivos, transformando o ambiente hospitalar em um espaço mais acolhedor e menos ameaçador.
A dimensão clínica do brincar é explorada por Ünver et al., (2021), que demonstram que jogos e atividades lúdicas no período pós-operatório infantil reduzem significativamente a ansiedade e a necessidade de analgésicos. Esse achado é de grande relevância, pois evidencia que o brincar produz impactos fisiológicos, além de psicológicos, tornando-se uma estratégia terapêutica eficaz de baixo custo e fácil implementação. Da mesma forma, Godino-Iáñez (2020) argumenta que, apesar dos benefícios amplamente comprovados, ainda há necessidade de padronização metodológica nas pesquisas e maior institucionalização da ludoterapia nos protocolos hospitalares.
Quando analisados em conjunto, os estudos revelam que o brincar é um fenômeno multidimensional, que envolve o corpo, as emoções e o pensamento simbólico da criança. Ullán e Belver (2019) e Díaz-Rodríguez et al., (2021) convergem ao afirmar que o brincar educativo e a dramatização contribuem para a adesão ao tratamento e para o enfrentamento da hospitalização. Já Oliveira e Santos (2020) e Ünver et al., (2021) destacam seus efeitos na redução da dor e do estresse, enquanto Yu et al., (2024) e Pérez-Duarte et al., (2024) enfatizam a importância do ambiente e da comunicação para potencializar esses benefícios. Essa integração teórica demonstra que a ludicidade não atua de forma isolada, mas articulada ao cuidado, ao ambiente e às relações interpessoais.
Nesse contexto, a enfermagem assume um papel central na mediação do brincar. Por estar em contato direto com as crianças hospitalizadas, o enfermeiro torna-se o principal facilitador das práticas lúdicas no cuidado diário. Francis et al., (2022) defendem que o profissional deve reconhecer o brincar como uma linguagem expressiva, capaz de revelar sentimentos, medos e expectativas que muitas vezes não são verbalizados. Ao compreender essa dimensão simbólica, o enfermeiro transforma o cuidado técnico em cuidado humanizado, promovendo um ambiente mais acolhedor e empático.
Além do impacto individual, o brincar também se configura como estratégia de inclusão social e familiar. Yu et al., (2024) e Pérez-Duarte et al., (2024) ressaltam que, quando os familiares são envolvidos nas atividades lúdicas, há fortalecimento dos vínculos afetivos e redução do sentimento de isolamento da criança. Esse aspecto evidencia que o brincar, ao mesmo tempo em que contribui para o tratamento clínico, reforça laços familiares e redes de apoio, atuando como um instrumento de integração social dentro do contexto hospitalar.
Os estudos analisados também apontam desafios importantes para a consolidação do brincar como prática sistemática. Godino-Iáñez (2020) e Yu et al., (2024) observam que a ausência de padronização metodológica, a escassez de espaços adequados e a falta de capacitação profissional ainda limitam a implementação de práticas lúdicas nos hospitais.
Essa lacuna evidencia a necessidade de políticas institucionais que reconheçam o brincar como um direito da criança hospitalizada e uma ferramenta de promoção da saúde, em conformidade com a Lei nº 11.104/2005, que determina a implantação de brinquedotecas em unidades pediátricas.
A análise comparativa dos 12 estudos permite perceber que todos convergem em torno da importância de incorporar o brincar ao cuidado de enfermagem. Enquanto Godino-Iáñez et al., (2020), Díaz-Rodríguez et al., (2021) e Ullán e Belver (2019) evidenciam seus efeitos terapêuticos diretos, autores como Francis et al., (2022), Pérez-Duarte et al., (2024) e MacKay et al., (2024) ampliam o olhar sobre o brincar como prática relacional e comunicativa. Essa convergência reforça a visão do brincar como um fenômeno integral, que ultrapassa as fronteiras do tratamento e se estende à promoção da saúde e da humanização hospitalar.
Portanto, o brincar deve ser compreendido como parte integrante do cuidado de enfermagem pediátrica, sendo essencial para o desenvolvimento emocional, cognitivo e social da criança hospitalizada. A ludicidade, ao unir a técnica à sensibilidade, traduz o verdadeiro sentido do cuidado humanizado. Nesse sentido, a atuação do enfermeiro enquanto agente facilitador do brincar contribui não apenas para o alívio do sofrimento, mas também para a formação de uma prática mais ética, empática e centrada na criança.
Em suma, a presente discussão evidencia que a valorização do brincar representa um avanço fundamental na assistência de enfermagem, pois reafirma a criança como sujeito ativo do cuidado e não apenas como paciente. Ao integrar os resultados e perspectivas dos diferentes autores analisados, confirma-se que o brincar é um instrumento terapêutico eficaz, um elo de comunicação e um meio de promover saúde e dignidade durante a hospitalização infantil.
5 CONCLUSÃO
A análise dos estudos incluídos nesta revisão integrativa evidencia que o brincar constitui um recurso terapêutico indispensável na assistência de enfermagem às crianças hospitalizadas. A ludicidade, além de reduzir sintomas físicos e emocionais, promove a socialização, o enfrentamento do medo e a construção de vínculos de confiança entre a criança e o profissional de enfermagem. Os estudos de Godino-Iáñez et al., (2020), Díaz-Rodríguez et al., (2021) e Ullán e Belver (2019) demonstram que o brincar contribui de forma significativa para a adaptação ao ambiente hospitalar e para a aceitação dos tratamentos. A presença de brinquedotecas, a atuação humanizada e a utilização do brinquedo terapêutico ampliam as possibilidades de cuidado, tornando a assistência mais empática e centrada na criança. O enfermeiro, ao incorporar o brincar em sua prática, atua como mediador entre o tratamento técnico e o acolhimento emocional, fortalecendo o processo de cura e reduzindo o sofrimento. Portanto, recomenda-se que as instituições hospitalares invistam em espaços lúdicos, capacitação de profissionais e políticas de humanização voltadas à pediatria. O brincar deve ser entendido como direito da criança e como instrumento de promoção da saúde, reforçando o compromisso ético da enfermagem com um cuidado integral, humanizado e baseado na empatia e no respeito à infância.
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¹Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Santo Agostinho. E-mail: silva.8amanda66@gmail.com;
²Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Santo Agostinho. E-mail: vivianespereira2003@gmail.com;
³Professor orientador. Mestre em [área de formação]. Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Santo Agostinho. E-mail: deanolivindo@unifsa.com.br.
