NEFROTOXICIDADE INDUZIDA PELOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS

NEPHROTOXICITY INDUCED BY NONSTEROIDAL ANTI-INFLAMMATORY DRUGS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11355607


Miriellen Paiva dos Santos1;
Thays Claudia Araujo de Oliveira2;
Orientadora: Iangla Melo3


Resumo

Este artigo se propõe a revisar o uso dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), destacando sua eficácia no tratamento de processos inflamatórios, mas também alertando para os riscos de nefrotoxicidade associados a esses medicamentos. Os AINES são amplamente utilizados devido às suas propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias, proporcionando alívio sintomático em várias condições. No entanto, a evolução da profissão farmacêutica agora inclui uma abordagem mais holística, assumindo responsabilidade compartilhada com o paciente na gestão da farmacoterapia. É crucial reconhecer a importância da interação farmacêutico-paciente, especialmente diante da falta de suporte enfrentada pelos pacientes. O aumento das intoxicações medicamentosas e a necessidade de substituir medicamentos prescritos evidenciam a importância de orientação e acompanhamento adequados. Nesse contexto, o papel do farmacêutico é valorizado, pois suas intervenções podem prevenir complicações e garantir o uso seguro dos medicamentos. Do ponto de vista farmacológico, a cautela é fundamental ao tratar a inflamação, especialmente com medicamentos que podem causar efeitos nefrotóxicos. Os AINES, embora eficazes no alívio da dor e da inflamação, podem prejudicar o fluxo sanguíneo renal e agravar lesões isquêmicas devido à inibição dos prostanoides vasodilatadores. Portanto, é essencial considerar a saúde renal ao prescrever estas drogas, pois a função renal desempenha um papel crucial na excreção de medicamentos. A conscientização sobre os riscos e a adoção de práticas seguras na administração de AINES são fundamentais para minimizar a toxicidade renal e garantir o uso adequado desses medicamentos.

Palavras-chave: Nefrotoxicidade. Anti-inflamatórios. Automedicação.

Abstract

This article aims to review the use of nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs), highlighting their effectiveness in treating inflammatory processes, but also warning about the nephrotoxicity risks associated with these medications. NSAIDs are widely used due to their analgesic, antipyretic, and anti-inflammatory properties, providing symptomatic relief in various conditions. However, the evolution of the pharmaceutical profession now includes a more holistic approach, assuming shared responsibility with the patient in pharmacotherapy management. It is crucial to recognize the importance of the pharmacist-patient interaction, especially in the face of the lack of support faced by patients. The increase in drug intoxications and the need to replace prescribed medications highlight the importance of proper guidance and monitoring. In this context, the role of the pharmacist is valued, as their interventions can prevent complications and ensure the safe use of medications. From a pharmacological point of view, caution is essential when treating inflammation, especially with medications that can cause nephrotoxic effects. NSAIDs, although effective in relieving pain and inflammation, can impair renal blood flow and exacerbate ischemic injuries due to the inhibition of vasodilator prostanoids. Therefore, it is essential to consider renal health when prescribing these drugs, as renal function plays a crucial role in drug excretion. Awareness of the risks and adoption of safe practices in the administration of NSAIDs are essential to minimize renal toxicity and ensure the proper use of these medications. 

Keywords: Nephrotoxicity. Anti-inflammatory agents. Self-medication.

1. INTRODUÇÃO

A toxicidade nefrológica provocada por medicamentos é amplamente reconhecida como um fator primordial no desencadeamento da lesão renal aguda (LRA) e da doença renal crônica (DRC). A toxicidade renal causada por fármacos abrange uma variedade de processos fisiopatológicos, resultando em danos celulares em várias partes e componentes dos néfrons, induzidos por diversos mecanismos relacionados a diferentes tipos de medicamentos. É imperativo que as prescrições médicas considerem cuidadosamente as características farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos medicamentos, garantindo uma abordagem segura e eficaz para a saúde renal do paciente (Martins; Younes-IbrahiM, 2022).

Há diversos mecanismos de toxicidade renal causada por medicamentos, os quais podem variar entre diferentes medicamentos ou grupos farmacológicos, e geralmente são categorizados conforme o componente histológico do rim que é impactado (Russo, 2013).

A nefrotoxicidade causada por drogas pode ser influenciada por diversos fatores de risco. Por exemplo, pacientes mais velhos têm maior propensão à vasoconstrição devido ao aumento de substâncias como angiotensina II e endotelina, o que reduz o fluxo sanguíneo nos rins e afeta a disseminação dos fármacos. Além disso, condições como lesão hepática, síndrome nefrótica, diabetes, insuficiência cardíaca, infecções sanguíneas, hipertensão e doenças renais também estão associadas a esse risco. Alterações metabólicas e no pH sanguíneo podem desequilibrar o pH da urina, levando à formação de precipitados de fármacos nos túbulos renais (Ciraque et al., 2022).

Existem várias substâncias que têm o potencial de causar danos nos rins, podendo apresentar diferentes formas de toxicidade renal. A variedade de medicamentos com potencial nefrotóxico é vasta, no entanto, a maioria deles é considerada segura para a maioria dos pacientes. Alguns medicamentos, no entanto, têm uma ação direta nefrotóxica, sendo mais previsíveis os seus efeitos nos rins (Ciraque et al., 2022).

A crescente prevalência de doenças inflamatórias tem levado ao amplo uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) como agentes terapêuticos amplamente disponíveis é de fácil acesso. Embora estes fármacos sejam eficazes no controle da dor e inflamação, a nefrotoxicidade associada ao seu uso tem emergido como uma preocupação clínica significativa (Baltlouni, 2010).

A relação complexa entre os AINES e a função renal suscintas questionamentos cruciais sobre os riscos envolvidos, especialmente considerando o papel vital dos rins na homeostase do organismo. O tema do presente artigo propôs uma análise literária sobre o uso dos anti-inflamatórios não esteroidais AINES, visando compreender os mecanismos subjacentes e os desafios clínicos associados a essa relação farmacológica (Cavalcanti et al., 2019).

A importância deste estudo se reflete em preencher lacunas significativas no entendimento atual da nefrotoxicidade induzida pelos AINEs. Ao oferecer insights fundamentados, pretendemos subsidiar a prática clínica, capacitando profissionais de saúde a tomar decisões informadas sobre o uso desses fármacos, minimizando potenciais riscos nefrotóxicos e aprimorando a segurança dos pacientes que dependem desses agentes terapêuticos para o alívio de sintomas inflamatórios. Nesse contexto, a pesquisa bibliográfica desempenha um papel crucial na promoção da saúde renal e na otimização da qualidade de vida dos indivíduos em tratamento com AINEs ( Guedes; Carvalho; Andrade, 2019).

Portanto, os AINEs inibem de forma variável as isoformas da COX  1, 2 e 3 onde ocorre uma interação bioquímica especifica através da qual uma droga produz um efeito farmacológico. A COX-1, pode ser encontrada em vários tecidos do corpo, onde possui diversas ações fisiológicas, a fim de promover o equilíbrio. Em contrapartida, a COX-2 é uma enzima responsável pelos efeitos da inflamação, influenciando os eventos vasculares (Santos; Filho; Guedes, 2021).

Na atualidade o farmacêutico identifica-se como membro da equipe de saúde mais acessível e consiste em ser a primeira fonte de assistência e aconselhamento em cuidados relacionados a saúde, por isso destaca-se a importância do papel de promover o uso correto de medicamentos e orientar o paciente desde o perigo da automedicação em vista dos cuidados tomados para a eficácia e segurança. (CRF-SP,2013).

O objetivo do projeto foi em torno desta classe, apresentando dados farmacológicos e fisiológicos que visam lançar um alerta incisivo sobre os potenciais riscos nefropatológicos que se entrelaçam ao uso, seja ele racional ou irracional, dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).

1.1. Problema 

A utilização generalizada de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) como agentes terapêuticos no alívio da dor e inflamação é uma prática prevalente por quem busca esta alternativa farmacológica. Contudo emergem uma preocupação crescente quanto á nefrotoxicidade associada a esses medicamentos. Embora a necessidade de compreender a profundidade, mecanismos e as variáveis que contribuem para a nefrotoxicidade induzida, temos em vista que estabelecer a importância de desenvolver estratégias de identificação dos riscos renais, o impacto significativo desses medicamentos na saúde renal requer uma análise crítica para informar as práticas clínicas mais seguras e promover o desenvolvimento de alternativas terapêuticas que visam preservar este impacto.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Identificar as formas viáveis de orientação farmacêutica que venha contribuir para a qualidade de vida do paciente que faz o uso de medicamento prolongado minimizando os riscos que o uso incoerente e irracional pode acarretar. 

1.2.2 Objetivos específicos  

  • Realizar uma revisão abrangente da literatura científica sobre a ação dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e sua relação com a nefrotoxicidade, elucidando os mecanismos fisiopatológicos.
  • Explorar os mecanismos pelos quais os AINES impedem o efeito vasodilatador das prostaglandinas, levando à vasoconstrição renal e à redução da taxa de filtração glomerular, potencialmente resultando em necrose tubular aguda.
  •  Avaliar o impacto dos AINES na permeabilidade capilar e sua relação com a proteinúria, considerando a alteração da barreira de filtração glomerular como um possível mecanismo.

1.3 Justificativa

A investigação da nefrotoxicidade induzida pelos anti-inflamatorios não esteroidais (AINEs) se justifica diante da amplitude de seu uso clínico e das implicações substanciais para a saúde renal dos pacientes. Os AINEs, comumente empregados para gerenciar condições inflamatórias, apresentam uma interação complexa com o sistema renal, podendo resultar em efeitos adversos que variam em gravidade. Esta pesquisa estabelece uma forma imperativa pelos seguintes motivos, ampla utilização clínica, considerando a frequência com que esses medicamentos são administrados, riscos associados identificando pacientes em risco e implementar estratégias preventivas, variação de resposta individual tornando essencial para a investigação de fatores que influenciam essa variabilidade e reavaliando formas de segurança. 

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES)

Os AINES evidenciam particularidades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. São os fármacos de primeira escolha como método terapêutico para doenças reumáticas e não-reumáticas como, artrite reumatoide, osteoartrite e artrite psoriática, assim como nas sequelas de traumas e contusões e ainda nos pós-operatórios. É o principal tratamento para a dor leve e moderada devido as suas características analgésicas prolongadas pois reduzem a temperatura corporal elevada sem provocar dependência química (Muri; De Mello Sposito; Metsavaht, 2009).

Os AINES individuais possuem graus variados a serem utilizados, são divididos em COX 1 e COX 2 portanto são utilizados em doses equivalentes, onde seu perfil de segurança estão  estabelecidos individualmente, mas em relação a eficácia há pouca diferença entre eles, há vários tipos de antiinflamatórios portanto a diferença entre eles está na potência de cada um, e seus respectivos efeitos colaterais, nos quais apresentam mecanismos de ação semelhantes, mas os aspectos entre eles são os semelhantes (Leal, 2022).

A resposta inflamatória é desencadeada por um estímulo estressor que promove a produção da enzima fosfolipase A2. Esta enzima, por sua vez, catalisa a metabolização de fosfolipídios, liberando ácido araquidônico. Em seguida, o ácido araquidônico serve como substrato para a síntese de prostaglandinas (PGE), sob a influência das enzimas ciclooxigenase 1 e 2 (COX-1 e COX-2). As prostaglandinas resultantes são posteriormente degradadas em tromboxano A2 pela ação da enzima tromboxano sintetase. Vale ressaltar que essa via é a principal alvo de inibição pelos AINEs  (Marques et al; 2022).

Figura 1: Famílias dos anti-inflamatórios não esteroides

(Adaptado de Díaz-González and Sánchez-Madrid,2015).

2.2 Mecanismo de ação e farmacologia 

O mecanismo de ação da inflamação está relacionado a defesa que o organismo estabelece em eliminar a causa inicial da lesão tecidual e suas consequências, atuando como resposta vascular e celular a algo estranho que nosso corpo identifica. Caso o corpo apresentar dor, inchaço, edema, e perda de função, será necessário a intervenção farmacológica com anti-inflamatório. (Paz; Ralph, 2020). 

Não seletivos, essas substâncias têm a capacidade de inibir tanto a COX-1 quanto a COX-2. Entre os exemplos estão o ácido acetilsalicílico (aspirina), ibuprofeno, naproxeno e diclofenaco. A inibição da COX-1 pode resultar em efeitos adversos no sistema gastrointestinal, incluindo a formação de úlceras, devido ao papel protetor desempenhado pela COX-1 na mucosa gástrica. Seletivos para COX-2, essas terapias visam principalmente prevenir a ação da COX-2, preservando a COX-1. Essa abordagem busca diminuir a probabilidade de efeitos indesejados no sistema gastrointestinal, porém, pode incrementar o risco de complicações cardiovasculares. O Celecoxib é um exemplo desse tipo de medicamento (Oliveira; Andrade, 2023).

2.3 Aspectos nefrotóxicos induzidos pelos AINES 

O rim é reconhecido como um órgão com atividade metabólica intensa. Portanto, alguns pacientes podem ficar expostos à nefrotoxicidade de medicamentos como os AINES. Os rins são órgãos vitais para a função excretora do corpo, pois recebem aproximadamente 25% do débito cardíaco. Para desempenhar eficientemente sua função de filtragem, eles possuem mecanismos regulatórios, como a síntese de prostaglandinas, que ajudam a manter a taxa de filtração glomerular (TFG) e a homeostase renal (Nobre et al.,2018).

Os AINES exercem efeitos adversos sobre a função renal através da inibição da produção de prostaglandinas, resultando em vasoconstrição renal e potencialmente contribuindo para a necrose tubular aguda. (Patrono; Pierucci, 1986).

Os AINES têm características de diminuir a síntese da PG. As PGs são importantes reguladores fisiológicos na regulação do tônus vascular e no equilíbrio hídrico, estão presentes na absorção de sódio e água pelos túbulos renais, onde protegem o fluxo sanguíneo renal e a filtração glomerular. Esta classe farmacológica tem a capacidade de desenvolver danos renais como nefrite aguda e síndrome nefrótica, porém estas complicações renais são reversíveis no ato da interrupção do tratamento medicamentoso. Em pacientes que se encontram em condições adversas, onde já possuem uma pré-disposição a doença renal, podem estimular uma disfunção renal aguda e necrose papilar renal (Junior; Uhlmann, 2021).

2.4 Alteração hemodinâmica renal

As prostaglandinas, como a prostaciclina, PGE2 e PGD2, são convertidas pela COX-1 em diferentes regiões dos rins, promovendo a vasodilatação e aumentando a perfusão renal. Isso expande o fluxo sanguíneo do córtex renal para os nefros na região intramedular. No entanto, a ação dos anti-inflamatórios inibe esses mecanismos, reduzindo a perfusão renal total através de efeitos vasoconstritores, o que pode levar a uma condição de insuficiência renal pré-renal, com isquemia medular e, em certos casos, resultar em insuficiência renal aguda (Azevedo et al., 2020).

As prostaglandinas desempenham um papel crucial ao promover a dilatação compensatória da vasculatura renal para manter um fluxo sanguíneo adequado e prevenir a disfunção renal aguda. Além disso, essas prostaglandinas ajudam a diminuir a liberação de noradrenalina, contribuindo para a vasodilatação. É principalmente devido à interferência nesses mecanismos contrarregulatórios mediados pelas prostaglandinas que os AINEs comprometem a função renal, especialmente em pacientes de alto risco, que já apresentam redução da perfusão renal (Sakata; Gomes; 2014).

O paracetamol é considerado eficaz e seguro quando administrado em doses de até 90mg por quilograma de peso corporal ou até 4g por dia. No entanto, doses elevadas, como 150mg por quilograma de peso corporal ou entre 5 e 30g por dia, podem causar hepatotoxicidade. Essa lesão hepática ocorre devido à depleção dos estoques de glutationa, levando ao acúmulo de metabólitos tóxicos dentro do hepatócito, resultando em necrose centrolobular conforme observado em achados histopatológicos (Chun et al; 2009).

2.5 Automedicação  

A automedicação pode ocasionar riscos, devido a sua venda livre, onde pessoas autodiagnosticadas podem tomar doses inadequadas, onde se caracteriza por um ato de desfrutar de medicamentos de venda livre, e reutilizar medicamentos já prescritos anteriormente como forma de aliviar os sintomas de algumas doenças sem nenhuma supervisão médica (Ruiz, 2022).

No entanto, para que esse benefício se concretize, é necessário que o indivíduo faça um autodiagnóstico preciso e escolha a terapêutica correta. Isso implica na seleção adequada da substância ativa, na dosagem apropriada e na administração pelo período mínimo necessário (Vilela, 2019).

O uso de AINES (anti-inflamatórios não esteroides) em intervenções farmacológicas requer atenção à quantidade e duração do tratamento, aumentando o risco de efeitos adversos nos rins. A necessidade de acompanhamento farmacoterapêutico é crucial, especialmente em casos de desidratação crônica ou doença renal pré-existente, devido à maior probabilidade de impacto negativo na função renal (Andeade et al., 2023).

O uso de AINE em idosos deve ser cauteloso devido ao aumento do risco de sangramento gastrointestinal e perfurações, que podem ser fatais. Em gestantes, os AINEs não são recomendados, mas se necessários, o ácido acetilsalicílico em baixas doses é considerado mais seguro, embora necessite ser suspenso antes do parto para evitar complicações, como trabalho de parto prolongado e fechamento prematuro do ducto arterioso ou até mesmo hemorragia (Silva; Medonça; Partata, 2014).

A prescrição destas classes de medicação deve-se ter uma cautela diante das reações adversas que elas podem causar, em pacientes considerados com alto risco de desenvolver uma lesão renal, idosos, hipertensos, diabéticos, hipovolêmicos ou em uso de diuréticos, que são suscetíveis ao risco desta nefrotoxicidade (Silva; Medonça; Partata, 2014).

2.6 Responsabilidades do farmacêutico na dispensação dos anti-inflamatórios 

O Código de Ética da Profissão Farmacêutica, aprovado pela Resolução nº 417/04 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), destaca que o farmacêutico, enquanto profissional de saúde, deve realizar suas atividades de maneira a contribuir para a proteção da saúde pública. Além disso, ele é incentivado a participar ativamente em ações educativas voltadas para a comunidade, visando a promoção da saúde (CRF-SP, 2013).

A atenção farmacêutica durante a dispensação de medicamentos é crucial, pois é nesse momento que os pacientes recebem informações essenciais sobre o uso adequado dos medicamentos, incluindo doses apropriadas, duração do tratamento e os riscos e benefícios associados (Guimarães; Andrade, 2022).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Iniciando a análise final, é importante enfatizar que esta literatura cientifica proporcionou conhecimentos significativos sobre compreender a composição de benefícios e malefícios que os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) podem oferecer, amplamente consumidos no Brasil e globalmente. A pesquisa destaca a peculiaridade do consumo deste medicamento, que tanto é prescrito pelos médicos quanto adquirido livremente nas farmácias. Outro ponto a ser considerado é o impacto deste estudo na prática devido ao consumo excessivo pelos pacientes que tem comorbidades crônicas que são grupos que devem evitar este tipo de medicação pelos danos que eles causam a saúde. Em resumo, esta pesquisa proporcionou uma visão abrangente e fundamentada sobre a nefrotoxicidade induzida pelos anti-inflamatórios não esteroidais, fica evidenciado a importância do farmacêutico na assistência para orientar os riscos e os efeitos indesejados. 

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1Graduanda de Farmácia generalista. Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos-UNITPAC. Av. Filadélfia, 568, Setor Oeste, CEP:77.816-540, Araguaína – TO. E-mail: mira.paiva@outlook.pt, m;
2Graduanda de Farmácia generalista. Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos-UNITPAC. Av. Filadélfia, 568, Setor Oeste, CEP:77.816-540, Araguaína – TO. E-mail: thaysadeo@gmail.com;
3Mestre, Professora do de Farmácia generalista. Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos-UNITPAC Av. Filadélfia, 568, Setor Oeste, CEP:77.816-540, Araguaína – TO. E-mail: iangla@hotmail.com