MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO ACADÊMICO: A INFLUÊNCIA DOS RECURSOS MOTIVACIONAIS NO CONTEXTO INSTITUCIONAL DE ENSINO

MOTIVATION AND ACADEMIC PERFORMANCE: THE INFLUENCE OF MOTIVATIONAL RESOURCES IN THE INSTITUTIONAL CONTEXT OF TEACHING

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8247291


Everton Carlos Farias Gaia1
Silvio Augusto de Almeida Hingel2
Mílvio da Silva Ribeiro3


Resumo

O pensamento produtivo sempre resulta de um aprendizado. Assim, para aprender, o indivíduo precisa estar motivado no sentido de interessar-se por aquilo que aprende. O desempenho global do indivíduo nas diversas atividades que desenvolve é consequência de seu nível de conhecimento acerca da tarefa e, simultaneamente, da motivação que o leva a agir de certa forma. A motivação apresenta-se como o problema em apreço na presente pesquisa, a qual figura com extrema importância prática nos mais variados campos da atividade humana, sendo atualmente condição sine quo non a um aprendizado de qualidade. A tríade motivação, aprendizagem e desempenho forma a base do êxito do educando.

Palavras-Chave: Motivação. Aprendizagem. Desempenho.

Abstract

Productive thinking always results from learning. Thus, to learn, the individual needs to be motivated in the sense of being interested in what he learns. The overall performance of the individual in the various activities he develops is a consequence of his level of knowledge about the task and, simultaneously, of the motivation that leads him to act in a certain way. Motivation is presented as the problem under consideration in this research, which figures with extreme practical importance in the most varied fields of human activity, being currently a sine quo non condition for quality learning. The triad of motivation, learning and performance forms the basis of the learner’s success.

Keywords: Motivation. Apprenticeship. Performance.

1. INTRODUÇÃO

O tema desta pesquisa são os  recursos motivacionais e sua relação com a aprendizagem e desempenho no contexto institucional de ensino. A contextualização se dá nas observações assistemáticas revelam uma realidade carente e incipiente de recursos motivacionais capazes de impulsionar a motivação necessária para otimizar a aprendizagem e o desempenho dos estudantes em instituições de ensino. Diante desse cenário, torna-se relevante compreender a interação entre motivação, aprendizagem e desempenho no contexto educacional.

Observa-se que uma das lacunas a serem preenchidas neste tema é que a  vivência das atividades pedagógicas e a observação assistemática destacam uma carência significativa de recursos motivacionais, os quais podem ser elementos cruciais para melhorar a efetividade do processo de aprendizagem e o desempenho dos alunos. No entanto, a compreensão da relação entre esses recursos e os produtos da aprendizagem ainda é uma lacuna a ser explorada.

Diante disso, a situação-problema formulada para esta pesquisa foi: existe uma relação significativa entre recursos motivacionais e os produtos da aprendizagem no contexto institucional de ensino?

A presente pesquisa se justifica pela necessidade de fornecer dados que contribuam para uma melhor compreensão do fenômeno da motivação-aprendizagem-desempenho no ambiente educacional. O estudo busca preencher a lacuna identificada, oferecendo insights sobre a importância dos recursos motivacionais na capacidade de desempenho dos indivíduos na instituição de ensino.

Neste sentido o objetivo principal desta pesquisa é investigar e avaliar em que medida os recursos motivacionais estão efetivamente relacionados com o processo de aprendizagem e o desempenho dos alunos em instituições de ensino. Para alcançar esse objetivo, pretende-se abordar diversas hipóteses acerca da motivação e aprendizagem, de forma objetiva e clara, a fim de identificar o papel fundamental desses fatores no desenvolvimento educacional. Os resultados esperados contribuirão para a criação de estratégias mais eficazes de motivação dos alunos e, assim, aprimorar seu desempenho acadêmico.

2. IMPLICAÇÕES REFERENTE AO PROBLEMA DA MOTIVAÇÃO X APRENDIZAGEM X DESEMPENHO NA ESCOLA

Aborda-se a questão do motivo da realização, enfatizando que as pessoas altamente motivadas para a realização são persistentes em seu comportamento e têm um forte desejo de buscar sucesso na escola (Angelini, 1973). Nesse contexto, os padrões de excelência podem estar relacionados a conquistas como obter altas notas.

A motivação é tratada no âmbito do motivo de realização, que impulsiona os indivíduos a competirem com um padrão de excelência. Um alto motivo de realização é revelado por um sujeito que, de forma contínua, através de palavras ou ações, demonstra seu interesse em alcançar com êxito um padrão de excelência, que se caracteriza por um elevado nível de desempenho em comparação com outros indivíduos. Nesse sentido, a competição e o sucesso em relação a padrões sociais acompanham um sentimento de realização no vencedor, enquanto o indivíduo com alta motivação indica claramente seu interesse em alcançar esse patamar de excelência.

Essa motivação para a realização impulsiona os indivíduos a se esforçarem e superarem desafios, buscando atingir um alto padrão de desempenho, seja comparado a outras pessoas ou medido por critérios sociais. É importante ressaltar que a competição não se limita apenas à superação dos outros, mas também pode envolver a superação de si mesmo, buscando aprimoramento constante e superação de seus próprios limites.

Dessa forma, a motivação para a realização é um fator fundamental na busca pelo sucesso acadêmico e no desenvolvimento pessoal. Ela impulsiona os indivíduos a se destacarem e a se empenharem nas atividades escolares, alimentando o desejo de alcançar e manter um alto padrão de desempenho, tanto no âmbito acadêmico quanto em outras esferas da vida.

Muitas vezes, este motivo se remarca pelo desejo de construir algo único, que demanda sucesso pessoal ou indica realização a longo prazo. Alcançar o sucesso será, portanto, uma maneira de atender à necessidade criada por esse motivo, enquanto que fracassar na realização será uma forma de aprofundar ainda mais essa necessidade. Por isso, situações que envolvem sucesso ou fracasso têm sido provocadas experimentalmente, com intensidades diferentes do motivo de realização.

E na escola, campo fértil para experimentações, é fácil verificar que os alunos de séries iniciais com alto motivo de realização competem com seus colegas, com o objetivo de obterem padrão de excelência em notas, mas as suas metas não ultrapassam estes limites. À medida que o nível de escolaridade se eleva, os alunos vão definindo lentamente a sua personalidade e compreendem que sua aprendizagem lhe servirá para concretizar efetivamente projetos vitais e a nota, antes tão importante por si mesma, passa a ser a medida de seu desempenho e a perspectiva de realizações futuras no campo prático. Na universidade, espera-se que o aluno já esteja totalmente consciente de suas efetivas possibilidades e que tenha optado por um curso compatível com suas aptidões, interesses e características de personalidade, pois somente o entrecruzar de todos estes aspectos poderá assegurar-lhe, em certa medida, um bom desempenho em um mundo de trabalho altamente competitivo.

Com base no acima descrito, qualquer medida de nível de desempenho somente é válida quando considerada competitivamente, ainda que esta competição seja feita tomando-se por base o indivíduo em face de si mesmo.

É claro que um aluno inteligente poderá assimilar facilmente conhecimentos matemáticos. Mas que não quer significar que estará assegurado seu sucesso no campo da engenharia, se o seu motivo de realização estiver voltado para o campo da literatura ou da história, por exemplo. Ao passo que ele como engenheiro – mesmo que exercendo a profissão com certa competência – provavelmente não ultrapasse um nível mais ou menos medíocre, em relação a outros tão inteligentes quanto ele que gostem do ofício. No campo da literatura ou da história poderá, com maiores chances, sobressair-se e, com o decorrer dos anos, alcançar níveis de desempenho tão elevados que o torne único, com um estilo inconfundível pelo leitor, mesmo quando o seu nome não aparecer na obra.

Condição importante para despertar o motivo de realização é a presença de certas situações frente às quais o indivíduo poderá vencer ou malograr, desempenhar bem ou sofrível uma atividade.

Acresce, ainda, a circunstância de certos indivíduos responderem a essas situações motivadoras da realização com intensa motivação (como é o caso dos alunos exuberantes), enquanto outros apresentam respostas de menor energia (como as dos alunos dependentes), ou mesmo ausência de resposta (como abúlicos).

Trata-se, aqui, das diferenças individuais de intensidade do motivo, que , como as situações que o despertam, diferem efetivamente de indivíduo para indivíduo.

As situações que apelam para o motivo de realização variam, por outro lado, em função da cultura, de vez que o padrão de excelência é, quase sempre, definido culturalmente.

Nas atividades escolares, o motivo de realizações, tal como foi conceituado, tem uma importância muito grande. Fácil é reconhecer, neste setor, situações de competição com padrões de excelência, como vimos: a obtenção de notas; o esforço envidado para alcançar níveis de desempenho ambicionados; a conquista do prestígio; a liderança no grupo; o sucesso em função das expectativas dos professores, dos pais, dos companheiros, dentre outros. Estes são alguns exemplos onde atua o motivo da realização. “O conhecimento mais aprofundado desse motivo e a sua avaliação tem, pois, um significado muito grande para o trabalho escolar, assim como o tem as possibilidades de se criarem situações que apelem para o motivo da causa” (Angelini, 1973, p.39).

Assim sendo, seria de máxima valia para o professor saber que, em determinadas circunstâncias, alguns motivos adquirem predominância sobre os outros, de modo a orientar o educando para certos objetivos; que certos motivos são mais intensos em indivíduos com determinado tipo de personalidade; que indivíduos diferentes podem realizar a mesma tarefa, animados por motivos diferentes.

3. A MOTIVAÇÃO NA APRENDIZAGEM E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE O DESEMPENHO ESCOLAR

Quando se supunha que a aprendizagem fosse um processo estático, passivo, resultante de simples repetição, ainda que imposta ao educando, para os educadores não haveria qualquer significação estudar a motivação.   

Contudo, na atualidade, diante dos novos conceitos acerca do processo de aprendizagem, a motivação passou a ser o núcleo de interesse de todo o processo educativo.

Nos dias de hoje, sabe-se que a aprendizagem é um processo de atividade pessoal, reflexivo e sistemático, dependente do acionamento de todas as potencialidades dos educandos, sob a orientação do educador, para que os conduza a um ajustamento pessoal e sociocultural adequado.

Desta forma, a aprendizagem não mais é vista como a mera memorização de conteúdos programáticos e o currículo não mais se concebe com o rol de matérias incluídas no programa escolar, a serem transmitidas por um professor austero a uma plateia estática de alunos. Muito pelo contrário, a aprendizagem é, agora, concebida como modificação de comportamento, que tende a perdurar, integrando-se em todo o sistema de ajustamento individual. O currículo torna-se dinâmico, sendo encarado como a totalidade de experiências oferecidas ao educando sob os auspícios da escola, favorecedoras das mudanças comportamentais no sentido desejado. Ganha o ensino, assim, um caráter eminentemente prático, impulsionando o aluno à ação.

A aprendizagem sistemática da cultura e do saber especializado, tal como a exigem os ensinos médio e superior, não é um divertimento ou passatempo. É acima de tudo, uma atividade eminentemente pessoal, intensiva e persistente, de caráter reflexivo que demanda do aluno tempo considerável, atenção, esforço, autodisciplina e perseverança. Exige também do professor a necessidade de despertar a atenção do aluno criando nele interesse pelo estudo, além de motivar a aprendizagem do educando, uma vez que não basta explicar bem a matéria que ensina, deve ele exigir que o aluno a aprenda, sempre cultivando neste o gosto pelo trabalho escolar.

Considerando-se os resultados das pesquisas realizadas no sentido de demonstrar e explicar o fenômeno da motivação, parece inexistirem dúvidas sobre seus efeitos na dinamização do comportamento humano, fundamental no processamento da aprendizagem e na procura de alcançar padrões ótimos de desempenho.

Sendo o homem um organismo altamente complexo, os motivos que o conduzem à ação são forçosamente, diversos e peculiares a cada indivíduo. Contudo, sendo a espécie humana como todas as demais espécies, caracterizada por uma série de semelhanças entre os indivíduos que a compõem, é possível afirmar que alguns motivos são mais eficazes de que outros para a motivação e no campo da aprendizagem escolar eles são molas propulsoras da ação, no sentido de promover o desejo de melhores desempenhos.

Infelizmente, a experiência tem demonstrado que raros são os alunos que se apresentam com características inconfundíveis do educando automotivado, sequioso por aprender e vivamente interessado nas austeras novidades que as disciplinas especializadas lhes podem oferecer.

De qualquer maneira, a par dos fatores motivacionais de que o professor lance mão, sua atuação docente somente será benéfica se ele atentar cuidadosamente para os grandes problemas que constitui o respeito às diferenças individuais dos seus educandos.

4. METODOLOGIA

O enfoque adotado na abordagem é qualitativo, combinada com uma revisão de literatura para dar entendimento sobre a relação entre recursos motivacionais e o desempenho acadêmico no contexto de uma instituição de ensino brasileira. Assim, fez-se uma revisão sistemática da literatura científica brasileira sobre o tema, buscando artigos de autores nacionais que discutem Autonomia e motivação na aprendizagem e Motivação para aprender. Feita a revisão de literatura, e desenvolveu-se um referencial teórico que norteou a análise dos dados e a discussão dos resultados.

A análise de Dados foi feita com foco na literatura explorada. E, na discussão e conclusões, integrou-se os resultados da revisão de literatura, a fim de desenvolver conclusões sobre a relação entre recursos motivacionais e desempenho acadêmico no contexto da instituição de ensino brasileira em estudo.

5. ANÁLISE DOS DADOS

A relação entre motivação, aprendizagem e desempenho na escola tem sido objeto de estudo e reflexão ao longo dos anos, revelando-se um tema fundamental para o desenvolvimento educacional. Nesse contexto, o presente texto destaca a importância da motivação como fator impulsionador de uma aprendizagem eficaz e do alto desempenho dos alunos.

A motivação é apresentada como uma força orientadora, intrinsecamente ligada à personalidade do indivíduo, que direciona seus esforços em busca de metas. Os motivos ou propósitos desempenham um papel crucial na formação das atitudes e comportamentos humanos, influenciando significativamente o desempenho no ambiente escolar.

No que tange aos alunos, eles podem ser classificados em diferentes grupos com base em seu potencial motivador. Há os alunos exuberantes, que demonstram entusiasmo e automotivação, os alunos conscientes e esforçados, que se dedicam com afinco ao aprendizado, os alunos dependentes, que precisam de incentivos externos para se engajarem, os alunos hesitantes e inconscientes, que apresentam dificuldade em manter um interesse duradouro, e os alunos, que aparentam desinteresse e resistência à motivação.

Nesse cenário, a aprendizagem é reconhecida como um processo de atividade pessoal, reflexiva e sistemática, exigindo dos alunos esforço, atenção e autodisciplina. Nesse sentido, o papel do professor é fundamental, pois cabe a ele criar condições psicológicas e ambientais que favoreçam uma aprendizagem autêntica e motivada.

A motivação é apontada como um elemento propulsor para o alto desempenho dos alunos. Alunos motivados tendem a assimilar os conteúdos de maneira mais significativa e transformá-los em comportamentos concretos. Dessa forma, a motivação desempenha um papel essencial para alcançar padrões ótimos de desempenho acadêmico.

Todavia, é importante reconhecer as diferenças individuais dos alunos, pois cada um possui motivações distintas. O professor deve estar atento a essas peculiaridades ao planejar o processo de ensino-aprendizagem, buscando adaptar suas estratégias para estimular o interesse e a motivação dos estudantes.

Um dos enfoques principais é a valorização do interesse do aluno. O ensino não deve se pautar apenas na quantidade de conteúdos apresentados, mas sim em como os alunos aprendem e para quais propósitos. É essencial que os alunos percebam sentido e significado nas atividades escolares, tornando-as atrativas e estimulantes.

A motivação também é vista como fator determinante para o aprendizado significativo. Quando os alunos estão motivados, são capazes de aplicar o conhecimento adquirido de forma original e criativa em novos contextos. A aprendizagem se torna mais profunda e duradoura, contribuindo para a formação de indivíduos críticos e capazes de enfrentar desafios.

A maturidade dos alunos está intrinsecamente relacionada ao grau de motivação. Alunos que encontram satisfação nas atividades escolares tendem a desenvolver maior maturidade intelectual e emocional, estando mais propensos a alcançar resultados satisfatórios em seus estudos.

Assim, a análise e discussões presentes no texto reforçam a importância da motivação como elemento crucial para o sucesso no ambiente escolar. O incentivo ao interesse do aluno, o respeito às diferenças individuais e a promoção de uma aprendizagem autêntica são elementos fundamentais para impulsionar a excelência educacional. Ao compreender e aplicar tais princípios, educadores e instituições educacionais estarão capacitados a formar indivíduos motivados, engajados e preparados para enfrentar os desafios da vida acadêmica e profissional com sucesso.

6. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em consonância com as colocações feitas no corpo deste trabalho, parece haver ficado patente que os alunos aprendem mais e melhor quando o processo de ensino-aprendizagem tem lugar em um ambiente favorável, onde o professor leva em conta os interesses, as aptidões e as necessidades dos educandos, ou seja, quando a ação docente trabalha efetivamente com e sobre as diferenças individuais.

A aprendizagem, tal como concebida hoje, não é considerada à luz do quanto o aluno aprendeu, mas se funda sobre os alicerces de como e para que ele aprendeu. Isto significa que a aprendizagem somente se realiza quando o aluno é  capaz de transformar os conteúdos assimilados em comportamentos. E quando o aluno está motivado para aprender determinado comportamento, é viável esperar-se que seu desempenho se eleve a níveis excelentes, e confronto como os resultados obtidos por outros alunos cujo desinteresse pelas atividades escolares é inegável.

Por conseguinte, a base da motivação da aprendizagem está no respeito que o professor demonstra pelos interesses, aptidões e necessidades dos próprios alunos. Sem desprezar, por óbvio, os conteúdos programáticos que a experiência docente indica serem indispensáveis para a construção de metas educacionais primordiais, o professor deve conduzir as suas aulas muito mais preocupado em atender as expectativas dos alunos, e muito menos como o mero cumprimento de extensos programas predeterminados pela escola ou pelo sistema de ensino. É melhor que o programa não seja totalmente cumprido e que os alunos assimilem bem os conteúdos ministrados, do que fazer dos educandos meros receptáculos de conhecimentos que, para eles, não fazem nenhum sentido, e, por isso mesmo, lhes avultam como desinteressantes e enfadonhos.

As investigações bibliográficas efetuadas para a construção da fundamentação teórica e as respostas atingidas para as questões levantadas, conduzem a considerar como comprovada a hipótese de que existe significante relação entre recursos motivacionais e produtos da aprendizagem.

Desta forma, o aluno aprende mais e melhor quando o processo de ensino-aprendizagem se desenvolve em um ambiente favorável, que leva em consideração seus interesses, aptidões e necessidade. Ao invés de educadores que possuem como meta absoluta o cumprimento, a qualquer custo, de um programa de ensino previamente ditado por terceiros.

O pensamento produtivo significativo, origina-se quando o indivíduo consegue aplicar a problemas novos, de maneira original, o conhecimento anterior. Então, tem sentido afirmar-se que quase todo comportamento humano resulta de um aprendizado e que o desempenho de cada um tem relação com a qualidade deste aprendizado.

Assim, o objetivo fundamental do ensino não deve centralizar-se exclusivamente na quantidade dos fatos aprendidos, mas nas espécies de motivos que os alunos aprenderam. É claro que, quando os estudantes começam a gostar das atividades escolares e a desejá-las sem segundas intenções, é porque  alcançaram um avançado grau de maturidade. E somente quando a escola oferecer atividades que satisfaçam a todos os alunos terá atingido este tão almejado objetivo.

REFERÊNCIAS

ANGELINI, A. L. Motivação humana: o motivo de realização. 1ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.

JESSUP, G. & JESSUP, H. Seleção e avaliação no trabalho. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

KELLY, W.A. Psicologia educacional. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Agir, 1969.

MANNING, S.A. O desenvolvimento da criança e do adolescente. São Paulo: Cultrix, 1981.

MARANHÃO, D.N.M.M. Ensinar brincando: a aprendizagem pode ser uma grande brincadeira. Rio de Janeiro: WAK, 2001.


1 Formado em Administração de Empresas. Licenciatura em História. Licenciatura em Geografia. Especialista em: Africanidades e Cultura Afro-brasileira; Metodologia em Ensino da História. E, mestre em Ciências da Educação pela Faculdad Interamericana de Sociais Sociales – FICS. e-mail: everton.farias.gaia@chris

2 Bacharel em Química Industrial. Licenciado em Química. Mestre em Ciências da Educação pela Faculdad Interamericana de Sociais Sociales  – FICS. Doutorando em Educação pela FICS.  Silviohingel@gmail.com

3[1] Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Educação, da Faculdad Interamericana de Sociais Sociales – FICS. Professor da Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciência Humanas, Gamaliel-  Pedagogo; Geógrafo, Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia – PPGEO/UFPA – UFPA. E-mail: milvio.geo@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1118-7152