MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7577261


Delânio Fagner Rodrigues de Oliveira
Orientadora: Professora Me. Mayra Meneguelli 


RESUMO 

A extensão rural no Brasil se apresentou como um projeto político vinculado ao  contexto socioeconômico que se modificou conforme as ideologias e os interesses  dos segmentos sociais em seus espaços conquistados na agenda política (COELHO,  2016). Diante dessas informações, surge a problemática: Qual o impacto da  tecnologia dentro do setor agrícola? Esta pesquisa tem como objetivo geral,  demonstrar o impacto positivo da modernização agrícola dentro da economia rural. 

Chegando a conclusão, que a ação intencionista rural foi, durante muitos anos,  caracterizada por uma assistência técnica de visão de fusionista e produtivista,  resultando na adoção de pacotes tecnológicos e na utilização de práticas intensivas  de produção que contribuíram para a degradação do meio ambiente e para o  crescimento das desigualdades socioeconômicas no meio rural.  

Palavras-Chave: Informações; Política; Rural. 

ABSTRACT: Rural extension in Brazil presented itself as a political project linked to the socioeconomic context that changed according to the ideologies and interests of social segments in their spaces conquered on the political agenda (COELHO, 2016).  Given this information, the problem arises: What is the impact of technology within the agricultural sector? This research has the general objective of demonstrating the positive impact of agricultural modernization within the rural economy. Coming to the conclusion that the rural intentional action was, for many years, characterized by technical assistance from a fusionist and productivist vision, resulting in the adoption of technological packages and the use of intensive production practices that contributed to the degradation of the environment and for the growth of socioeconomic inequalities in rural areas. 

Keywords: Information; Policy; Rural.

1. INTRODUÇÃO 

Em função da transição da economia de base agroexportadora para uma  economia urbano-industrial, a partir da crise do café em 1929 o Estado passou a  exercer forte presença no desenvolvimento econômico, por meio de políticas  macroeconômicas e desenvolvimentistas que atendiam aos interesses da oligarquia  cafeeira (HERNÁNDEZ, 2009).  

O interesse pela industrialização e o anseio em aumentar a produção nacional  resultaram no processo de modernização da agricultura brasileira nos anos de 1960,  culminando na manutenção dos problemas no campo e a existência de conflitos  localizados pela posse da terra (SCOTT, 2008). 

No Brasil, até as primeiras décadas do século XX, as muitas economias regionais estavam mais inseridas na lógica do mercado externo do que articuladas entre si em território nacional (SCOTT ET AL., 2010). 

As relações de gênero e de geração definem a divisão de trabalho nas famílias  rurais e, a partir desta, as relações de poder (SCOTT ET AL., 2010). Diante dessa  afirmação, torna-se importante destacar que o conceito de identidade sexual é  etimologicamente diferente do conceito de gênero. Enquanto a identidade sexual se  refere às características físicas e biológicas do indivíduo, a identidade de gênero se  refere à construção social do que é ser feminino e masculino (SCOTT, 2008). 

O termo gênero tem origem na percepção cultural sobre as diferenças sexuais,  uma construção social orientada em função das características biológicas, que  moldam o comportamento das pessoas baseado nessas diferenças e sobre elas  estabelecem-se as relações de poder (PISCITELLI, 2009).  

A partir da construção social das relações de gênero, as divisões dos papéis  sociais se naturalizam por meio da construção de valores, comportamentos e  símbolos que impõem uma condição desigual e desprivilegiada da mulher em relação  ao homem (HERNÁNDEZ, 2009).  

E em relação às questões de gênero, a extensão rural contribuiu para a  segregação das funções no espaço rural ao não favorecer o acesso ao conhecimento  técnico-gerencial, assim como o desenvolvimento das capacidades das agricultoras  enquanto sujeito produtivo na unidade familiar agrícola, mantendo a visibilidade do  trabalho feminino exclusivamente para as atividades domésticas. Nas diversas formas organizativas, também foi privilegiada a atuação masculina e essa hegemonia em  todos os espaços de decisão contribuiu para ampliar o quadro de desigualdade de  gênero. 

A extensão rural no Brasil se apresentou como um projeto político vinculado ao  contexto socioeconômico que se modificou conforme as ideologias e os interesses  dos segmentos sociais em seus espaços conquistados na agenda política (COELHO,  2016). Diante dessas informações, surge a problemática: Qual o impacto da  tecnologia dentro do setor agrícola? 

Esta pesquisa tem como objetivo geral, demonstrar o impacto positivo da  modernização agrícola dentro da economia rural. Tendo como objetivos específicos;  • Explicar o contexto de planejamento estratégico na zona rural; 

• Demonstrar o que é agricultura familiar; 

• Explicar o avanço tecnológico no dentro da modernização agrícola; A modernização da agricultura brasileira trouxe diferentes impactos que a literatura sobre o assunto registra. Desses, nos referiremos aos impactos socioeconômicos e ambientais.  

Não se pretende aqui, trazer uma revisão histórica da modernização e sim  enfocar impactos que marcaram a transformação capitalista da agricultura. A extensão  rural no Brasil privilegiou a difusão tecnológica de práticas intensivas de produção,  ampliando as desigualdades socioeconômicas no meio rural, especialmente as  relacionadas a gênero.  

A análise do processo de modernização enseja um debate teórico e pode ser  sintetizado em duas consequências: uma os impactos ambientais, com os problemas  mais frequentes, provocados pelo padrão de produção de monocultora foram: a  destruição das florestas e da biodiversidade genética, a erosão dos solos e a  contaminação dos recursos naturais e dos alimentos; a outra, os impactos  socioeconômicos, causadas pelas transformações rápidas e complexas da produção  agrícola, implantadas no campo, e os interesses dominantes do estilo de desenvolvimento adotado provocaram resultados sociais e econômicos. 

Estabelecendo equipes e programas internos de capacitação continuada no  tema gênero e feminismo no campo, para que seja possível a sensibilização dos  agentes e, a partir dessa sensibilização, a mudança de postura e conduta em sua  atuação. 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA  

Na visão de Rodrigues et al. (2012, pg. 125) “as entidades agrícolas são  aquelas que se destinam à produção de bens, mediante o plantio, manutenção ou  tratos culturais, colheita e comercialização de produtos agrícolas”. 

Segundo Marion (2002, pg. 56), as culturas agrícolas dividem-se em: a) Temporárias: as que se exigem a colheita, sendo seguidas de um novo  plantio; e 

b) Permanentes: aquelas que possuem duração superior a um ano ou que  proporcionam mais de uma colheita, sem a necessidade de um novo  plantio, recebendo somente manutenção no intervalo entre as colheitas. 

Frente a essa busca por uma administração mais focada em decisões que  tragam resultados positivos, o produtor rural encontra problemas gerados pela carga  tributária brasileira.  

Na visão de Crepaldi (2012) o planejamento tributário possui algumas  finalidades: 

a) Evitar incidência do tributo – adotar procedimentos que evitem a ocorrência  do fato gerador; 

b) Reduzir o montante do tributo – procedimentos que visam reduzir a base  de cálculo ou alíquota do produto; 

c) Retardar o pagamento do tributo – adoção de medidas para postergar o  pagamento do tributo, sem que haja ocorrência de multa. 

Para Crepaldi (2012) “não existe um modelo padrão para o planejamento  tributário, mas ele deve estar de acordo com as características de cada propriedade,  uma vez que cada ramo de atuação tem suas peculiaridades”. 

Segundo o artigo 148 da CF/1988, a União, mediante Lei Complementar,  poderá instituir empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias,  decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e no caso de  investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional (RIBEIRO;  PINTO, 2012). 

É permitido apurar o resultado pela forma contábil. Devendo ser efetuados os  lançamentos em livros próprios de contabilidade. No caso da exploração de uma  unidade rural por mais de uma pessoa física, cada produtor rural deve escriturar as parcelas de receita, despesa, custeio, investimentos e dos demais valores que lhe  caibam (CREPALDI, 2012). 

Na atividade rural encontram-se duas formas jurídicas possíveis de exploração,  com bastante frequência: pessoa física e pessoa jurídica (MARION, 2002). Segundo Rodrigues (2012, p. 38) “produtor rural é a pessoa física ou jurídica,  proprietária ou não, que desenvolve, em área urbana ou rural, a atividade  agropecuária, pesqueira ou silvicultura, bem como a extração de produtos primários,  vegetais ou animais, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por  intermédio de propostos”. 

Com todos esses processos visualiza aos recursos humanos a uma parceria  com a certificar a um processo de resultados positivos.  

2.1. MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA 

O processo de modernização da agricultura no Paraná ocorreu entre fins da  década de 1960 e início dos anos de 1970. Nesse momento, a economia cafeeira  estava em crise em função do excesso de oferta desse produto no mercado  internacional, além da concorrência sofrida com as produções cafeeiras da África e da  Colômbia. Contribuíram ainda para a queda da produção as pragas e alterações  climáticas, como a ferrugem e as geadas, que marcaram a crise do café nesse  momento. 

Até meados da década de 1970, o café era o principal produto da economia paranaense. A produção cafeeira no Estado correspondia à metade da produção nacional e à terça parte da produção mundial. Boa parte desses cafeeiros estava localizada nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, locais onde o processo de modernização aplicou-se de maneira mais intensa (MORO, 2000). 

Já na década de 1960, quando o mercado cafeeiro dava sinais de crise, foi  criado, pelo Governo Federal, o Grupo Executivo de Racionalização da Agricultura.  Essa iniciativa tinha por objetivos erradicar e renovar as plantações de café a fim de  racionalizar e tornar sua produção mais eficiente. Além disso, também propôs a  diversificação de produtos agrícolas, estimulando, principalmente, a produção de  oleaginosas, bem como a integração dessa produção com o setor agroindustrial.

Diante desse cenário de transformações, o processo de modernização agrícola  no Estado do Paraná se tornou mais evidente. Houve uma significativa mudança no  processo de transformação técnica para a produção agrícola “através dos seguintes  aspectos: mecanização, eletrificação, irrigação e conservação do solo, uso de  fertilizantes e agrotóxicos, além de outros peculiares a certas culturas” (MORO, 2000, p. 30). 

Alguns números que envolvem atividades ligadas à agricultura nos dão uma dimensão da modernização técnica e produtiva que ocorreu no Paraná, sobretudo na década de 1970. O número de tratores, por exemplo sofreu uma  alteração de 338,3% entre os anos de 1970 e 1980. Da mesma forma, houve elevação em outras atividades, como “no número de arados de tração mecânica (379,4%), no número de estabelecimentos com uso de força mecânica (1.134,9%), no consumo de óleo diesel (604,9%), no consumo de  energia elétrica (47,0% e 687,6% no período de 1980 a 1985)” (MELO, 2011, p. 68).  

Em termos sociais, o aumento do número e utilização de tratores, além de  outros implementos e insumos agrícolas, eliminou muitos empregos no campo e  engrossou as migrações para as cidades.  

Houve nesse momento uma intensificação do êxodo rural, com uma população  excluída se direcionando para cidades de maior porte na região, para São Paulo, para  a região metropolitana de Curitiba, além das regiões de fronteira. 

A agricultura familiar é composta por microempreendedores, que sobrevivem  do fruto do seu suor, realizam todos os procedimentos, desde a plantação, até a  venda. Diversos dos alimentos que chegam à nossa mesa, é plantado e cultivado por  agricultores, que sobrevivem da agricultura familiar (SOUZA, 2012). 

A agricultura familiar brasileira contempla grande diversidade cultural, social e  econômica, variando desde o campesinato tradicional até a pequena produção  modernizada. No entanto, este segmento produtivo da agricultura foi negligenciado  na formulação de políticas públicas para o setor até o final do século (SOUZA, 2012).  

A política agrícola brasileira, sobretudo no período pós-guerra, foi orientada  para conduzir à modernização de sua estrutura de produção agropecuária, tendo  como foco o aumento da produtividade a partir da incorporação de avanços  tecnológicos, e como público-alvo a empresa rural capitalizável, caracterizada por  grandes extensões de terra, com acesso garantido a abundantes subsídios fiscais e  creditícios (FERREIRA, SILVEIRA e GARCIA, 2001).

O crescimento como sinônimo de desenvolvimento, é caracterizada pela  realidade empírica, entende que o crescimento é condição indispensável para o  desenvolvimento, porém não é condição suficiente (SOUZA, 2012). 

A agricultura familiar, pode ser desenvolvida de várias formas, como por  exemplo na atividade rural, onde desenvolvem todas as atividades, dentro do campo  da agricultura com a família. 

A atividade rural alcança a receita operacional proveniente do giro normal da  empresa em decorrência do exercício das seguintes atividades:  

a) Agricultura; 

b) Pecuária;

c) Extração e exploração vegetal e animal; 

d) Exploração da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericultura,  piscicultura e outras explorações zootécnicas.  

e) Transformação de produtos agrícolas ou pecuários, sem que sejam alteradas  a composição e as características do produto in natura e sem que se configure  procedimento industrial; a transformação é feita pelo próprio agricultor ou  criador, com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas  atividades rurais, utilizando exclusivamente matérias primas nas áreas rurais  exploradas. 

A atividade rural segundo Crepaldi (2011) representa toda a atividade de  exploração da terra, seja ela o cultivo de lavouras e florestas ou a criação de animais,  com vistas à obtenção de produtos que venham a satisfazer às necessidades  humanas. Na empresa rural são exercidas atividades que dizem respeito a culturas  agrícolas, criação de gado ou culturas florestais, com o objetivo de obtenção de renda  (CREPALDI, 2011). 

Para Marion (2002, pg. 48) “a atividade rural pode ser dividida em: culturas  hortícola e forrageira; e arboricultura”. As atividades hortícolas, é a arte de plantar  frutas, já a forrageira, está interligada a cultivação de abelhas, para a produção de mel  e a arboricultura, é a arborização, cuidar das árvores, entre outros. 

Na visão de Rodrigues et al. (2012, pg. 125) “as entidades agrícolas são  aquelas que se destinam à produção de bens, mediante o plantio, manutenção ou  tratos culturais, colheita e comercialização de produtos agrícolas”. Segundo Marion (2002, pg. 56), as culturas agrícolas dividem-se em:

c) Temporárias: as que se exigem a colheita, sendo seguidas de um novo  plantio; e 

d) Permanentes: aquelas que possuem duração superior a um ano ou que  proporcionam mais de uma colheita, sem a necessidade de um novo  plantio, recebendo somente manutenção no intervalo entre as colheitas. 

As entidades agrícolas estão associadas ao produto rural, aquele que  representa todas as atividades realizadas no campo, independentemente do que se  cultiva, toda e qualquer produção agrícola se interliga ao produtor rural. 

O autor Rodrigues et al. (2012, p. 38) define o produtor rural pessoa física como  sendo: 

a) Segurado especial: é a pessoa física residente em imóvel rural ou em  aglomerado rural ou urbano próximo a ele que, individualmente ou em  regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros  a título de mútua colaboração, na condição de: 

b) Produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou  meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore  atividade: 

− Agropecuária em área contínua de até 4 módulos fiscais; ou 

−De seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo  sustentável, de recursos naturais renováveis, e tenha como essa  atividade o principal meio de vida; 

− Pescador artesanal ou assemelhado, que tenha pesca como profissão  habitual ou principal meio de vida; e 

− Companheiro ou cônjuge, assim como filho maior de 16 anos de idade  ou a este equiparado, do segurado de que tratam as letras “b” e “c”  apresentadas anteriormente, que, comprovadamente, tenham  participação nas atividades rurais; 

− Pessoa física, proprietária ou não, que faz exploração da atividade  agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário,  em área superior a 4 módulos fiscais; ou, quando em área igual ou  inferior a 4 módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com  auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 9° do art. 10 da Instrução Normativa RFB nº  971/2009. 

O Brasil possui a maioria de seus agricultores composta por trabalhadores  rurais que produzem diversas culturas onde as propriedades carecem de tecnologias  (RODRIGUES et al., 2012). 

Por causa dessa carência de tecnologia as produções são de baixa  produtividade devido à falta de incentivo por parte do governo que não disponibiliza  linhas de crédito, consultoria técnica e subsídios aos produtores rurais (RODRIGUES  et al., 2012). 

Apesar das dificuldades, os pequenos produtores têm parcela significativa no  fornecimento de alimentos no mercado interno (RODRIGUES, 2012). Segundo Rodrigues (2012, p. 38) “produtor rural é a pessoa física ou jurídica,  proprietária ou não, que desenvolve, em área urbana ou rural, a atividade  agropecuária, pesqueira ou silvicultura, bem como a extração de produtos primários,  vegetais ou animais, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por  intermédio de propostos”. 

Segundo Crepaldi (2012), a atividade rural é beneficiada por incentivos que  podem ser utilizados somente pela pessoa jurídica que for tributada com base no  Lucro Real, tendo como regra geral de apuração do lucro trimestralmente.  

3. METODOLOGIA/MATERIAIS 

A característica principal da pesquisa bibliográfica é a de possibilitar ao  pesquisador uma bagagem teórica variada, contribuindo para ampliar o conhecimento,  de forma a fazer da pesquisa um material rico sobre o assunto, fundamentando do  ponto de vista teórico o material a ser analisado.  

No primeiro momento, foi realizada a escolha do tema, a fim de ter uma  compreensão melhor sobre o assunto, onde foi realizado uma pesquisa  bibliográfica e documental, a fim de se ter um embasamento teórico com pesquisas já  realizadas anteriormente sobre o mesmo assunto. 

No segundo momento, foi realizado uma entrevista, com um empresário X,  referente ao tema proposto, a fim de apresentar uma intervenção, demonstrando a importância do mesmo para o desenvolvimento dentro do setor agrícola. Onde foram  aplicadas as seguintes perguntas: 

O que você compreende por modernização agrícola? E quais as  vantagens e as desvantagens que a mesma traz para o setor? R. O processo de modernização e evolução no meio rural, ou seja, campo e  corresponde na aquisição de novas máquinas e implantação de sistemas afim de  obter novas técnicas de evolução no campo. Provocando também uma transformação  no que se refere ao espaço geográfico agropecuário, a fim de obter melhores  desempenhos, gerando assim mais lucros.  

Sabemos que a agricultura é responsável pela maior parte do PIB, ajudando o  País a se desenvolver e criando um grande volume de empregos, baixando assim o  custo dos produtos aqui produzidos, com ajuda do estado e assim, fazendo com que  os mesmos sejam oferecidos também à aqueles que possuem baixa renda em um  valor mais acessível.  

Ao mesmo tempo, porém, a agricultura também se destaca como uma área da  economia bastante poluente e que pode ser muito prejudicial ao meio ambiente, alto  índice de fertilizantes, inseticidas e pesticidas, como assim também, o desmatamento  que nos leva a um grande risco a nossa saúde. 

Quais são as consequências da modernização da agricultura? R. Podemos citar alguns impactos causados pela modernização agrícola, tais  como êxodo rural, diferenças estruturais, processo de especialização, concentração  fundiária, concentração de renda, exploração da mão-de-obra, problemas ambientais,  entre outros, a destruição das florestas e da biodiversidade genética, a erosão dos  solos e a contaminação por meio dos agrotóxicos, como também a diminuição da  biodiversidade que, muitas vezes, são pulverizados por aviões, aeronaves que  atingem as áreas vizinhas, matando, assim, animais e plantas, e também o  desmatamento que está contribuindo para a diminuição da biodiversidade, da forma  que na maioria da vezes aplicamos certos tipos de venenos para proteger as nossas  plantações, esses mesmos venenos fazem a destruição do que resta da natureza.

Na sua opinião, a modernização num contexto geral, contribui de forma  direta para com a economia brasileira? 

R. No contexto geral, a modernização trouxe um considerável aumento na  produção agrícola, acentuando a exportação e contribuindo para um crescimento da  economia nacional, como também o aumento de produção de máquinas agrícolas no  nosso país, trazendo assim o aumento de empregos no cenário nacional, de certa  forma, trouxe diretamente, o aumento de empregos nas fazendas, com os operadores  de máquinas, deu-se também nos postos de gasolinas que além disso, trazendo  assim uma melhor forma de vida para os brasileiros, sem contar na exportação dos  produtos, na comercialização de baixo custo interno.  

Hoje posso destacar que diretamente em umas das nossas fazendas temos 48  máquinas agrícolas, sem contar com os caminhões que fazem o transporte dos graus,  temos também pessoas capacitadas para fazer muitos serviços que antigamente não  necessitariam que fossem feitos ali. A geração de emprego é levada desde o cara que  faz acerca, passando pelo motorista, operador, cozinheira, o cara que monta o  secador, a secretaria, o mecânico, o comprador e assim sucessivamente. 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES  

Com relação à estratégia na empresa buscando todos os processos e um  plano nas relações entre o cliente. Hoje na atualidade a economia aberta e  globalizada, a competitividade somente pode ser alcançada através do uso efetivo de  técnicas e conhecimentos de administração empresarial, como o enfoque sistêmico e  a gestão do conhecimento ou aprendizagem continuada, além da administração  empresarial (RODRIGUES, 2012). 

O foco no consumidor final e na segurança e na qualidade que traz a  importância com a crescente internacionalização do comércio e o produtor rural  (CREPALDI, 2011). 

Esse sistema vai permitir ao empresário brasileiro estar preparado e levando  conhecimentos com sua organização a ser apto a participar do mercado externo e  interno, com a vantagem de produzir com custos menores. Atividade econômica que  cria valores e fornece benefícios aos clientes num momento e local especifica, tendo  por base um desejo mudanças com a percepção ao produto e serviço (MORO, 2000). 

Já no segundo artigo analisado: Estudo comparativo da tributação do produtor  rural pessoa física e jurídica na venda de “pinto de um dia”, convém destacar que a obrigação tributária nascerá pelo fato de existir a disponibilidade econômica de  intervenção no imóvel como proprietário ou a possibilidade de atuação como assim o  fosse pouco importando que o terreno esteja edificado ou não (RODRIGUES, 2012). 

A extrafiscal idade ocorre justamente quando o tributo assume função diversa  da simples arrecadação, ou seja, quando o tributo assumiu uma função ou de  fomentação de uma determinada atividade, como no caso da exigência da de que a  propriedade execute sua função social, como no caso do IPTU progressivo  (RODRIGUES, 2012). 

A progressividade é considerada como um subprincípio da capacidade  contributiva e ocorre quando o imposto tem sua alíquota aumentada em virtude da  elevação da base de cálculo, o subprincípio da progressividade significa que o imposto  deve ser cobrado por alíquotas maiores na medida em que se alargar a base de cálculo  (MORO, 2000). 

O ordenamento jurídico brasileiro, principalmente a Constituição Federal da  República Federativa do Brasil de 1988, reserva tratamento especial à propriedade e  à sua garantia, conforme as condições sociais, políticas e econômicas da atualidade  (CREPALDI, 2011). 

A função social da propriedade está diretamente ligada com a concretização  dos princípios fundamentais, em especial da dignidade da pessoa humana e da justiça  social em nossa sociedade (MORO, 2000). 

O planejamento, através do Plano Diretor, é um importante e fundamental  instrumento para orientar os rumos da cidade, condicionando o cumprimento da  função social da propriedade através do atendimento das condições nele  estabelecidas, de forma a garantir o direito de propriedade em toda a sua plenitude  (MORO, 2000). 

Para a escolha de um bom arranjo de plantas deve-se utilizar de diferentes meios, dentre eles a cultivar a ser utilizada, objetivos que o produtor terá, o nível em tecnologia que será possível utilizar, época a ser implantada a cultura, dentre outros métodos de avaliação (ARGENTA; SILVA; SANGOI, 2001). 

Segundo Cruz et al (2010), a época de semeadura possui grandes influências no desenvolvimento e crescimento do milho, pois precisa da combinação de dois fatores para obter bons resultados, sendo um destes a etapa de preenchimento de grãos com elevada disponibilidade de radiação solar, ocorrendo redução no rendimento de grãos, onde alguns estudos realizados no Estado do Rio Grande do Sul, a época de semeadura nos meses de agosto e setembro, foram realizadas mais cedo, obtiveram maiores rendimentos, em relação aos outros meses do ano. Para a cultura do milho atingir o seu maior potencial da capacidade de produção de biomassa, será fundamental que a planta apresente uma apropriada estrutura de interceptação solar disponível, pois para ser obtida terá de ter 85-90% de sua área foliar máxima (DEPARIS. G. A., 2006). 

Diferentes variações de plantas podem ocorrer de acordo com a época em que é realizada a semeadura, vigor da semente utilizada, a precisão no momento da semeadura, pois semeaduras realizadas em períodos considerado cedo associado a sementes com um percentual de vigor menor, variação da profundidade da semeadura, aumentam a variabilidade entre plantas, por ter uma influência na velocidade de emergência das plântulas, pela ocorrência de menores temperaturas no solo (ARGENTA et al., 2001). 

Quando utilizado sistemas de manejo do solo, o objetivo de reverter processos de degradação, tem proporcionado ganhos ambientais, ganhos em aumentos de produtividade, fazendo com que o plantio direto tenha um papel fundamental, aumentando a água armazenada no perfil do solo, ocorra uma menor lixiviação dos nutrientes e um maior acréscimo no teor de matéria orgânica (BORGHI; MELLO; CRUSCIOL, 2004). 

Bem como, conforme Trogello et al. (2013) o uso de incremento de alguma palhada é de real necessidade para o uso da semeadura direta, mas surgem dificuldades para a realização de uma semeadura apropriada pela grande quantidade de cobertura vegetal, deste modo.  

Deste modo, a força necessária para realizar a semeadura de milho em sistema  plantio direto deverá ser superior do que quando implantado sob sistema  convencional, muitas vezes causando o embuchamento de máquinas, depositando a  semente sobre a superfície da palha, consequentemente ocorrendo falhas (FRABETTI  et al., 2011). 

Do mesmo modo que, formas de manejo ambiental podem obter resultados significativos, como a disposição em que as plantas são distribuídas a uma determinada densidade, assim direcionando as linhas de maneira geral em sentido Norte-Sul, obtendo uma maior interceptação solar, tendo um maior ganho do que sendo implantado em sentido Leste-Oeste (DEPARIS. G. A., 2006).

O espaçamento entre linhas ideal, é função de variáveis como: característica genética das cultivares, fertilidade do solo, nível de adubação, fatores climáticos, tratos  culturais e métodos de colheita, logo, considerando e analisando a interação de todas  essas variáveis, deve-se utilizar o espaçamento de acordo com cada realidade (CARNEIRO & GERAGE, 1991). 

Onde para obter uma maior produção de grãos de milho e número de plantas  em área, diminuir o espaçamento entre linhas é uma escolha ideal no momento da  semeadura (GROSS; PINHO; BRITO, 2005). 

Além disso, avaliar novas cultivares no mercado usando diferentes espaçamentos entre linhas e densidade de plantas é importante, pois são plantas que possuem um porte menor e uma área foliar mais ereta em relação a cultivares mais antigas, com isso a planta é favorecida através de uma distribuição mais homogênea na área, tendo um aumento na produtividade (ALVARES; PINHO; BORGES, 2004). 

Porém algumas vantagens em relação à diminuição do espaçamento são  claras, quando utiliza-se densidades de semeaduras mais elevadas, o aumento em rendimento de grãos pelo motivo de uma melhor distribuição de plantas na área, obtém  um melhor aproveitamento da radiação solar, água e nutrientes, um melhor controle  de plantas daninhas pelo motivo do fechamento mais rápido dos espaços, sendo  menos favoráveis à infestação (FORNASIERI FILHO, 2016). 

Segundo estudos realizados por Argenta et al. (2001), ao utilizar a redução do espaçamento entre linhas, possui uma diferença pela escolha da cultivar de híbridos e pela população de plantas, ocorrendo um maior ganho em função de uma melhor distribuição de plantas. Já a utilização de espaçamento reduzido faz com que melhore a distribuição de sementes e adubo no sulco de semeadura, diminuindo os riscos em relação a danos mecânicos que possam ocorrer à semente em virtude da menor quantidade de sementes por metro linear (SANGOI & SILVA, 2016). 

De fato, o menor espaçamento apresenta uma redução na energia repassada  às plantas através da superfície do solo, pelo motivo de suceder um maior  sombreamento de plantas, assim fazendo com que ocorra uma diminuição da  evaporação da água, sendo disponível um maior índice de energia luminosa para que  aconteça a fotossíntese, somando com diferentes fatores, uma ocorrência de maior  rendimento (FILHO; CRUZ; KARAM, 2013). 

Para o uso de maior população e menor espaçamento vários fatores têm contribuído, como a implantação de novos híbridos simples obtendo um maior valor produtivo, um maior uso de fertilizantes no campo, um controle mais adequado e correto de plantas daninhas e também por maiores avanços no manejo da cultura do milho, já com o uso de menor espaçamento possui uma dificuldade em realizar diferentes tratos culturais feitos em pós emergência na cultura do milho (ARGENTA et al., 2001). 

Bem como, Argenta et al., (2001) afirma que para um bom rendimento de grãos de milho um menor espaçamento entre as linhas irá variar de acordo com o híbrido a ser utilizado e por diferente densidade populacional de plantas, onde o uso de um menor espaçamento entre linhas pode acrescentar em uma maior produtividade de grãos, fazendo com que tenha uma melhor distribuição espacial de plantas e maior interceptação de radiação solar (ARGENTA et al., 2001). 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS  

É importante reconhecer que a transferência da população do campo para a  cidade não foi um fenômeno provocado apenas pela modernização agrícola. A  substituição do café por culturas oleaginosas diminuiu significativamente a utilização  de mão de obra no meio rural, já que a soja e o trigo, por exemplo, não eram  plantações permanentes, pois estavam inclusas no sistema de rotação de culturas,  além de contarem com um elevado nível de mecanização, dispensando a utilização  de grande quantidade de mão de obra. 

Diante dessas mudanças, somos levados a pensar a mecanização em um espaço mais amplo, não apenas no aspecto rural. Nesse sentido, podemos afirmar que o processo industrial gerou a modernização e a produção de uma nova gama de produtos.  

A busca pelo lucro se tornou constante e as novas tecnologias passaram a  surgir a cada dia mais. 

REFERÊNCIAS 

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CINTRÃO, R., & SILIPRANDI, E. O progresso das mulheres rurais. In L. L. Barsted  & J. Pitanguy (Orgs.), O progresso das mulheres no Brasil 2003-2010 (436 p). Brasília:  Onu Mulheres. 2011. 

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