MOBILIZATION WITH MOVEMENT IN SHOULDER DISORDERS: AN INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8087072
Vitória da Silva Miranda1
Guilherme Rafael Nunes de Oliveira2
Francisco Valmor Macedo Cunha3
RESUMO
INTRODUÇÃO: A dor no ombro é uma disfunção musculoesquelética que pode ser causada por lesões no cabo do bíceps, capsulite adesiva, tendinite, osteoartrose glenoumeral, lesões nervosas. OBJETIVO: Analisar a eficácia da mobilização com movimento nos distúrbios de ombro. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura que tem como título “Mobilização com movimento nos distúrbios do ombro”. O presente estudo foi realizado a partir de pesquisas realizadas nas seguintes bases de dados: Scielo, Lilacs, PubMed, Base Pedro, entre os meses de abril a junho de 2023. Foram utilizadas as subsequentes palavras-chave: “Mobilização articular” “Distúrbios do Ombro”; “Mulligan”. RESULTADOS: Foram selecionados 08 artigos para a construção deste trabalho. Na tabela 1, estão dispostas as pontuações dadas através dos critérios de construção (quadro 1) da revisão integrativa de literatura, através da Escala PEDro. No quadro 2, estão contidas as principais informações dos artigos incluídos nesta revisão de literatura. CONCLUSÃO: A abordagem fisioterapêutica que alia mobilização articular, tais como o Método Mulligan, cinesioterapia e eletroterapia tem resultados benéficos para o paciente, sobretudo no que diz respeito a diminuição do quadro álgico e aumento da amplitude de movimento.
Palavras-chave: “Mobilização articular”; “Distúrbios de ombro”; “Mulligan”.
ABSTRACT
INTRODUCTION: Shoulder pain is a musculoskeletal dysfunction that can be caused by biceps cord injuries, adhesive capsulitis, tendonitis, glenohumeral osteoarthritis, nerve injuries. OBJECTIVE: To analyze the effectiveness of mobilization with movement in shoulder disorders. METHODOLOGY: This is a literature review entitled “Mobilization with movement in shoulder disorders”. The present study was carried out based on research carried out in the following databases: Scielo, Lilacs, PubMed, Base Pedro, between the months of April and June 2023. The subsequent keywords were used: “Joint mobilization” “Articular disorders”. Shoulder”; “Mulligan”. RESULTS: 08 articles were selected for the construction of this work. Table 1 shows the scores given through the construction criteria (chart 1) of the integrative literature review, through the PEDro Scale. Chart 2 contains the main information of the articles included in this literature review. CONCLUSION: The physiotherapeutic approach that combines joint mobilization, such as the Mulligan Method, kinesiotherapy and electrotherapy has beneficial results for the patient, especially with regard to the decrease in pain and increase in range of motion.
Keywords: “Joint mobilization”; “Shoulder disorders; “Mulligan”.
1. INTRODUÇÃO
A articulação glenoumeral, também chamada de articulação do ombro, é uma articulação sinovial que une o membro superior ao esqueleto axial. É formada pela fossa glenóide(gleno) e pela cabeça do úmero (umeral) conforme explicam DIAS, el al. (2016). A estabilidade nessa articulação é conferida dos ligamentos, tendões e músculos.
A dor no ombro é uma disfunção musculoesquelética que pode ser causada por lesões no cabo do bíceps, capsulite adesiva, tendinite, osteoartrose glenoumeral, lesões nervosas. Além da dor, pode ocorrer limitação na amplitude de movimento e no desenvolvimento das atividades diárias bem como perda da função. (BENTO, et al. 2019).
De acordo com os dados apresentados em 2016 pelo Ministério da Previdência Social, no Brasil, cerca de 25% da população apresenta dores no ombro. Na mesma pesquisa evidenciaram ainda que lesões no ombro, tais como: sinovites e tenossinovites, síndrome do manguito rotador, bursite no ombro foram responsáveis 54% dos casos de afastamento do trabalho. Sendo elencadas, má postura, repetitividade e falta de ergonomia como indicadores de afastamento.
Garzedin (2020), explica que programas de exercícios direcionados para o ombro restabeleceram amplitude de movimento, diminuição da dor, aumento da força muscular e melhora na função motora. Ryösä, et al. (2017) citam a técnica desenvolvida por Mulligan na década de 1980, conhecida como Mobilização com movimento. Nela, o fisioterapeuta aplica mobilização manual sustentada na cabeça umeral juntamente com um movimento acessório conhecido por glide onde pede ao paciente que realize um movimento ativo simultâneo.
Dessa forma, as lesões estruturais que causam bloqueio de movimento, limitação e dor podem ser sanadas com a realização do glide no sentido póstero-lateral em movimentos de flexão, abdução, rotação externa inferior e movimento de rotação interna do ombro com o objetivo de reposicioná-la (articulação glenoumeral) trazendo alívio da dor, ganho na amplitude de movimento. Portanto, o presente estudo tem por objetivo analisar a eficácia da mobilização com movimento nos distúrbios de ombro.
2. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura que tem como título “Mobilização com movimento nos distúrbios do ombro”. O presente estudo foi realizado a partir de pesquisas realizadas nas seguintes bases de dados: Scielo, Lilacs, PubMed, Base Pedro, entre os meses de abril a junho de 2023. Foram utilizadas as subsequentes palavras-chave: “Mobilização articular” “Distúrbios do Ombro”; “Mulligan”.
Os seguintes critérios de inclusão foram utilizados: artigos na íntegra, com data de publicação entre 2016 e 2023, publicados nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Como critérios de exclusão foram utilizados: artigos incompletos, com data de publicação anterior à 2016, artigos publicados em outras línguas as quais não foram citadas nos critérios de inclusão.
Foi realizada uma análise de títulos e resumos para obtenção de artigos relevantes a este estudo.
3. RESULTADOS
Foram selecionados 08 artigos para a construção deste trabalho. Na tabela 1, estão dispostas as pontuações dadas através dos critérios de construção (quadro 1) da revisão integrativa de literatura, através da Escala PEDro. No quadro 2, estão contidas as principais informações dos artigos incluídos nesta revisão de literatura.
Tabela 1 – Pontuação na escala PEDro para os estudos incluídos na Revisão Integrativa de Literatura
(1) = elegibilidade; (2) = Alocação randomizada; (3) = Atribuição mascarada; (4) = Similaridade no início do tratamento; (5) = assuntos cegos; (6) = terapeutas cegos; (7) = avaliadores cegos; (8) = acompanhamento apropriado; (9) = análise por intuito de tratar; (10) = correlações intergrupos; (11) = uso de medidas de precisão e variabilidade. (S) = sim; (N) = não
Quadro 2 – Principais informações dos artigos incluídos nesta revisão sobre Mulligan nas afecções de ombro.
4. DISCUSSÃO
Paiva, et al. (2023) explica que para tratar uma lesão traumática de ombro é necessário que seja traçado um plano de tratamento antes. Os autores citam algumas abordagens que podem ser realizadas para melhora do paciente, tais como: mobilização articular (utilizando o Método Maitland e Mulligan), eletroterapia, cinesioterapia. Ao final dos atendimentos foi constatada redução no quadro álgico, aumento da amplitude de movimento e melhora da força muscular.
Batista, et al. (2022) realizaram 15 atendimentos fisioterapêuticos com o paciente participante do estudo. Após 3 meses, paciente foi reavaliado, apresentando melhora no quadro álgico, aumento considerável da amplitude de movimento do ombro esquerdo, sugerindo que o tratamento por meio de mobilização articular e cinesioterapia trouxeram benefícios ao paciente que apresentava tendinite do supraespinhal e síndrome do impacto do ombro. Bomfim, et al. (2017) também comprovam que após a realização dos 20 atendimentos houve melhora no quadro álgico, amplitude de movimento onde houve aumento de 47,5º em todos os movimentos avaliados (flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa).
Para Dias, et al. (2017) dor no ombro é a queixa mais comum nos atendimentos de fisioterapia. No estudo avaliado por eles, 103 pacientes foram avaliados e diagnosticados com dor no ombro secundária à síndrome do manguito rotador. Tendo frequência maior em pacientes com idade acima de 47 anos. 71% dos casos estudados eram mulheres, e os autores citam que é possível que as mulheres apresentem uma vulnerabilidade maior devido a questões hormonais, dupla jornada de trabalho, afazeres domésticos e também por possuírem menos massa muscular que os homens. Serenza, et al. (2017) também realizaram um estudo com mulheres e concordam com o estudo de Dias, et al. (2017) quando citam que após os atendimentos fisioterapêuticos houve diminuição de dor e aumento na amplitude de movimento.
O estudo de Höglund, et al. (2021) objetivava investigar a importância do sensor IMU na execução de tarefas de membros superiores em pacientes com ruptura do plexo braquial. Os resultados mostraram que o sensor possui um efeito considerável na medição de movimento. As medições diminuem no sensor IMU à medida que as tarefas se tornam mais complexas. Diferindo também entre as articulações analisadas globalmente mais elevados para ombro e cotovelo quando comparados a escapula.
No início do estudo de Satpute (2015) não foi encontrada nenhuma diferença significativa nas medidas entre os grupos estudados, no entanto, a amostra com pacientes que recebeu mobilização Mulligan com movimento mostrou melhora maior que o grupo que recebeu exercícios e compressas quentes. Isso fornece evidências de que aliar o método Mulligan combinado com exercícios é eficaz no tratamento de pacientes com dor, incapacidade e limitação da amplitude de movimento do ombro. Visto que essa técnica aliada a exercícios atua na melhora da função articular, como também, nos estabilizadores da articulação escapular e glenoumeral e extensibilidade dos tecidos ligamentares e capsulares encurtados.
O método Mulligan também foi abordado por Romero, et al. (2015) em seu estudo, onde a intervenção consistia no mesmo protocolo padrão de fisioterapia e mobilizações acessórias ativas na epífise proximal usando o método Mulligan. Os participantes foram instruídos a movimentarem o ombro até onde não houvesse dor e interromper o movimento se sentissem alguma dor. Mas os autores chamam atenção para uma questão: a dificuldade que os pacientes de seu estudo tem de alcançar o alinhamento adequado da articulação nas falhas oposicionais em ombros de pessoas idosas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem fisioterapêutica que alia mobilização articular, tais como o Método Mulligan, cinesioterapia e eletroterapia tem resultados benéficos para o paciente, sobretudo no que diz respeito a diminuição do quadro álgico e aumento da amplitude de movimento. Para conhecer cada patologia e como a mesma afeta cada paciente é necessário que seja feita uma avaliação minuciosa pois mesmo em casos com a mesma patologia podem atingir de maneira distinta cada patologia.
REFERÊNCIAS
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SERENZA, F. S.; FONSECA, M. C. R.; CESÁRIO, M. D., et al. Eficácia de um protocolo de reabilitação no tratamento de tendinopatias de ombro. 2017
1Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Uninovafapi Instituição: Centro Universitário Uninovafapi
E-mail: vitoria_miranda18@outlook.com
2Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário Uninovafapi Instituição: Centro Universitário Uninovafapi
E-mail:gui_gla@hotmail.com
3Doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) Instituição: Centro Universitário Uninovafapi
E-mail: francisco.cunha@uninovafapi.edu.br