MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL EM MARICÁ: UMA ANÁLISE DAS TENDÊNCIAS GLOBAIS DE TRANSPORTE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10184930


Wallace Thomé da Costa Pedro1
André Prado Rodrigues da Silveira2


RESUMO

Maricá é um município do estado do Rio de Janeiro que se destaca pelo seu potencial turístico, econômico e social. No entanto, a cidade também enfrenta desafios relacionados à mobilidade urbana sustentável, que envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida. Neste trabalho acadêmico, propõe-se analisar as tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, identificando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade. Para isso, utilizou-se uma metodologia de pesquisa bibliográfica, baseada em materiais publicados em livros, artigos e redes eletrônicas sobre o tema, e uma metodologia de análise comparativa, baseada em dados e informações de fontes oficiais, acadêmicas e midiáticas sobre as tendências e o plano. No trabalho, desenvolveu-se uma revisão bibliográfica sobre os conceitos e as abordagens de mobilidade urbana sustentável, planejamento urbano, cidade inteligente e estratégias para melhoria da mobilidade. Em seguida, apresentaram-se as principais tendências mundiais de transportes, tais como transporte público, bicicletas, veículos elétricos, veículos autônomos, mobilidade integrada e mobilidade compartilhada, destacando as suas características, benefícios e desafios para a mobilidade urbana sustentável. Por fim, propuseram-se recomendações para alinhar o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá com as tendências mundiais de transportes, considerando as inovações tecnológicas, as boas práticas de outras cidades e as demandas da população. O trabalho acadêmico se encerra com as considerações finais e as referências bibliográficas.

Palavras-Chave: Mobilidade Urbana, tendências mundiais de transportes, inovações tecnológicas

1 – INTRODUÇÃO

A mobilidade urbana representa um componente essencial para o desenvolvimento sustentável das cidades, incorporando dimensões sociais, econômicas, ambientais e de qualidade de vida. No cenário brasileiro, diversas cidades enfrentam desafios relacionados ao transporte público, infraestrutura, planejamento e participação social, fatores que impactam diretamente a eficiência e equidade da mobilidade urbana. Maricá, um município no estado do Rio de Janeiro, não é exceção, visto que se depara com desafios e oportunidades decorrentes do crescimento populacional, econômico e territorial.

Este trabalho acadêmico busca uma análise abrangente das tendências globais de transporte e do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, visando identificar suas implicações para a promoção da mobilidade urbana sustentável na cidade. Uma investigação que transcende as fronteiras locais, abarcando o contexto nacional e internacional, foi empreendida. Para tal, uma revisão bibliográfica meticulosa foi conduzida, explorando os conceitos e abordagens de mobilidade urbana sustentável, planejamento urbano, cidades inteligentes, além das estratégias para aprimorar a mobilidade.

Dentre as tendências mundiais de transporte, destacam-se elementos como transporte público, bicicletas, veículos elétricos, veículos autônomos, mobilidade integrada e compartilhada. Estas serão minuciosamente analisadas, revelando suas características, benefícios e desafios no contexto da mobilidade urbana sustentável. Ao final, o trabalho propõe recomendações fundamentadas, visando alinhar o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá com as tendências globais de transporte. Esta proposta considera não apenas as inovações tecnológicas, mas também as boas práticas adotadas por outras cidades, aliadas às demandas específicas da população local.

Ao se debruçar sobre a complexidade da mobilidade urbana sustentável, esta pesquisa não apenas visa contribuir para a compreensão dos desafios enfrentados por Maricá, mas também propõe soluções embasadas em uma análise crítica das tendências mundiais de transporte. A relevância desta investigação reside na promoção de um diálogo efetivo entre as necessidades locais e as práticas globais, visando um futuro mais sustentável e eficiente para a mobilidade urbana em Maricá. O presente artigo se encerra com considerações finais e uma extensa lista de referências bibliográficas que respaldam a fundamentação teórica e metodológica empregada neste estudo.

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 – O histórico e o contexto da mobilidade urbana no Brasil e no mundo

Na seção que aborda o histórico e contexto da mobilidade urbana no Brasil e no mundo, destaca-se a importância desse aspecto para o desenvolvimento urbano. A ONU-Habitat (2020) define a mobilidade urbana como a capacidade eficiente, segura, acessível, inclusiva e sustentável de pessoas e mercadorias se deslocarem nas cidades. Essa mobilidade é crucial para influenciar positivamente a qualidade de vida, produtividade, equidade e resiliência das cidades.

A ONU-Habitat (2020) propõe oito princípios para a mobilidade urbana sustentável, incluindo a integração do planejamento urbano, priorização de modos de transporte não motorizados, garantia de acessibilidade universal e inclusão social, segurança viária, estímulo à inovação tecnológica, fomento à participação cidadã, fortalecimento institucional e monitoramento do desempenho da mobilidade urbana.

O histórico da mobilidade urbana, conforme categorizado pelo IEMA (2020), atravessa quatro fases: pré-industrial, industrial, pós-industrial e pós-moderna. Cada fase trouxe benefícios e desafios, influenciando a predominância de modos de transporte, o consumo energético e a forma como as cidades se desenvolvem.

No contexto atual, a mobilidade urbana enfrenta desafios significativos, como aprimorar o transporte público, integrar diferentes modos de transporte, promover opções mais sustentáveis, estimular a mobilidade compartilhada e considerar as necessidades de diversos grupos de usuários. A harmonização entre mobilidade e planejamento urbano é crucial para evitar a segregação urbana.

Além disso, é essencial adotar políticas e instrumentos de planejamento e gestão da mobilidade urbana, tanto em âmbito nacional quanto municipal, para enfrentar os desafios emergentes, como a transição para modos de transporte mais sustentáveis, a inclusão de diferentes usuários e a participação ativa da comunidade na tomada de decisões.

2.2 – O conceito e os princípios da mobilidade urbana sustentável

No tópico sobre o conceito e princípios da mobilidade urbana sustentável, destaca-se que a mobilidade urbana refere-se ao deslocamento de pessoas e mercadorias nas cidades, impactando diretamente a qualidade de vida, inclusão social, produtividade econômica e preservação ambiental (SILVA; SANTOS; SERRA, 2016). No contexto brasileiro, a mobilidade urbana enfrenta desafios como congestionamento, poluição e desigualdade no acesso aos serviços urbanos.

Para promover a mobilidade urbana sustentável no Brasil, são necessários princípios e diretrizes, conforme estabelecidos pela Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012). Esses incluem priorizar modos de transporte não motorizados e serviços públicos coletivos, integrar diferentes modos de transporte, incentivar o uso de energias renováveis, estimular inovação no setor de transportes e considerar as necessidades de diversos usuários.

Essa abordagem implica uma mudança de paradigma, passando de uma visão centrada no veículo para uma centrada na pessoa. A coordenação entre diversos atores, como governos, operadoras de transporte e sociedade civil, é crucial (SILVA; SANTOS; SERRA, 2016). A pandemia de Covid-19 impactou a mobilidade urbana, alterando o comportamento dos usuários e destacando a necessidade de soluções mais seguras e resilientes (WRI BRASIL; BRT+, 2020). Tendências globais, como mobilidade integrada, compartilhada e veículos elétricos, podem contribuir para uma retomada mais sustentável no Brasil (WRI BRASIL; BRT+, 2021).

2.3 – As políticas e os instrumentos de planejamento e gestão da mobilidade urbana

No segmento que aborda as políticas e os instrumentos de planejamento e gestão da mobilidade urbana, destaca-se a definição de políticas como o conjunto de objetivos, diretrizes, princípios e normas orientando ações públicas na área, e instrumentos como os meios utilizados para implementar tais políticas (SILVA; SANTOS; SERRA, 2016). Exemplos dessas políticas e instrumentos incluem a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012) e o Plano Nacional de Mobilidade Urbana (Decreto nº 9.206/2017), que delineiam princípios, estratégias e metas para o setor de transportes.

Leis e normas regulatórias, como a Lei nº 8.987/1995 e a Lei nº 11.445/2007, estabelecem regras para serviços públicos de transporte coletivo, concessão, permissão, autorização e fiscalização. Indicadores e metas de desempenho (IBGE; IPEA; ANTP, etc.) monitoram a qualidade, eficiência e sustentabilidade dos serviços de transporte coletivo, avaliando também os impactos sociais, econômicos e ambientais.

Estas políticas e instrumentos têm o propósito de orientar e coordenar ações de diversos atores na gestão da mobilidade urbana, visando uma mobilidade mais sustentável e inclusiva nas cidades brasileiras. No entanto, sua implementação e efetividade enfrentam desafios como a falta de recursos financeiros, baixa capacidade técnica, fragmentação institucional, resistência política e pouca participação social (SILVA; SANTOS; SERRA, 2016).

Em Maricá, o principal instrumento é o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá (PMUM), elaborado pela Prefeitura Municipal em parceria com a Universidade Federal Fluminense. Este plano oferece um diagnóstico da mobilidade no município, propostas de intervenções e projetos, cronograma de execução e orçamento estimado.

Embora o PMUM seja um documento valioso, é necessário aprimorá-lo para alinhar-se às tendências mundiais de transportes, inovações tecnológicas, boas práticas de outras cidades e demandas da população. Uma tendência relevante é a mobilidade integrada, que facilita o acesso a diferentes modos de transporte por meio de uma plataforma única de informação, pagamento e validação (MCKINSEY, 2020).

O PMUM já contempla propostas para mobilidade integrada, como a bilhetagem eletrônica integrada e terminais de integração entre modos de transporte. No entanto, avanços podem ser feitos considerando o uso de tecnologias digitais, parcerias com operadores privados de transporte por aplicativo e a participação ativa dos usuários na definição e avaliação de soluções de mobilidade integrada.

2.4 Tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá

            Nesta seção, são apresentadas tendências mundiais de transportes, como mobilidade integrada, compartilhada, veículos elétricos e autônomos, destacando características, benefícios e desafios para a mobilidade urbana sustentável. O Plano de Mobilidade Urbana de Maricá (PMUM) é analisado em comparação a essas tendências.

            Mobilidade integrada, que busca articular diferentes modos de transporte para facilitar o acesso urbano, é abordada no PMUM com ações como bilhetagem integrada, terminais e ciclovias. Recomendações incluem adoção de sistemas inteligentes, apps, plataformas MaaS e redes integradas.

            Mobilidade compartilhada, promovendo uso conjunto de veículos, bicicletas, etc., é incentivada no PMUM com medidas como ciclovias e serviços de transporte por aplicativos. Sugere-se ampliar para carros compartilhados, bicicletas e caronas interurbanas.

            Veículos elétricos, impulsionados por motores elétricos, são contemplados no PMUM com incentivos fiscais e infraestrutura de recarga. Recomenda-se expandir para bicicletas, patinetes, ônibus e caminhões elétricos.

            Veículos autônomos, capazes de deslocamento sem intervenção humana, não são diretamente abordados no PMUM, indicando uma lacuna. Recomenda-se estudos de viabilidade, regulamentações e parcerias para incorporar essa tendência nas futuras revisões do plano.

            Essas recomendações visam alinhar o PMUM com as tendências mundiais de transportes, promovendo uma mobilidade urbana mais sustentável e eficiente em Maricá, com adaptações contínuas diante das inovações e necessidades da comunidade.

2.5 Análise comparativa entre as tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá

Nesta seção, será feita uma análise comparativa entre as tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá (PMUM), identificando os pontos fortes e fracos do plano, as lacunas e as oportunidades de melhoria, as inovações tecnológicas, as boas práticas de outras cidades e as demandas da população. A análise será baseada nos quatro eixos temáticos das tendências mundiais de transportes apresentados na seção anterior: mobilidade integrada, mobilidade compartilhada, veículos elétricos e veículos autônomos.

2.5.1 – Mobilidade integrada

            A mobilidade integrada é uma tendência mundial de transporte que visa facilitar o acesso das pessoas aos serviços e aos destinos urbanos, por meio de uma rede eficiente, confortável e segura, que articula os diferentes modos de transporte. A mobilidade integrada envolve aspectos físicos, operacionais, tarifários e institucionais, que requerem uma coordenação entre os diversos atores públicos e privados envolvidos na oferta e no uso dos serviços de transporte.

            O PMUM contempla algumas ações para promover a mobilidade integrada no município, como a implementação de um sistema integrado de bilhetagem eletrônica, a implantação de terminais rodoviários nas principais entradas do município, a criação de uma rede integrada de ciclovias e ciclofaixas e a estabelecimento de uma gestão integrada do transporte público coletivo. Essas ações são pontos fortes do plano, pois demonstram uma preocupação em oferecer aos usuários da mobilidade urbana uma maior facilidade, comodidade e economia nos seus deslocamentos.

            No entanto, o PMUM também apresenta alguns pontos fracos e lacunas em relação à mobilidade integrada, que podem comprometer a sua efetividade e sustentabilidade. Por exemplo:

– O PMUM não define claramente os critérios, os mecanismos e os recursos para a integração tarifária entre os diferentes modos de transporte público coletivo, especialmente entre os ônibus municipais gratuitos (Tarifa Zero) e os ônibus intermunicipais (EPT), que possuem tarifas diferenciadas;

– O PMUM não prevê a integração física entre os modos de transporte público coletivo e os modos de transporte individual motorizado ou não motorizado, como os carros, as motos e as bicicletas particulares, que demandam espaços adequados para estacionamento ou guarda;

– O PMUM não considera a integração operacional entre os modos de transporte público coletivo e os modos de transporte privado por aplicativos, como o Uber, que podem complementar ou concorrer com a oferta pública de transporte;

– O PMUM não propõe a integração institucional entre os diferentes níveis de governo (municipal, estadual e federal) e entre as diferentes esferas de poder (executivo, legislativo e judiciário), que são responsáveis pela formulação, implementação e fiscalização das políticas públicas de mobilidade urbana.

            Portanto, é preciso alinhar o PMUM com as tendências mundiais de transportes em relação à mobilidade integrada, considerando as inovações tecnológicas, as boas práticas de outras cidades e as demandas da população. Algumas recomendações para alinhar o PMUM com as tendências mundiais de transportes em relação à mobilidade integrada são:

– Fomentar a implantação e a utilização de sistemas inteligentes de transporte (ITS), que permitem o monitoramento, a gestão e a otimização do tráfego e da operação dos veículos, por meio de sensores, câmeras, GPS, painéis e softwares;

– Estimular a implantação e a utilização de aplicativos de informação ao usuário (apps), que fornecem dados em tempo real sobre as condições de tráfego, as rotas, os horários, as tarifas e as opções de transporte disponíveis, por meio de smartphones e tablets;

– Apoiar e regulamentar as plataformas de mobilidade como serviço (MaaS), que oferecem aos usuários da mobilidade urbana a possibilidade de planejar, reservar e pagar por diferentes modos de transporte em uma única interface digital, por meio de websites ou aplicativos;

– Promover a integração dos modos de transporte público coletivo com os modos de transporte individual motorizado ou não motorizado, por meio da criação de redes de transporte integrado (RTI), que combinam diferentes serviços de mobilidade em uma oferta multimodal.

2.5.2 – Mobilidade compartilhada

            A mobilidade compartilhada é uma tendência mundial de transporte que visa reduzir os custos, os congestionamentos e as emissões de poluentes, por meio do uso compartilhado de um veículo, uma bicicleta ou outro modo de transporte por várias pessoas. A mobilidade compartilhada envolve aspectos tecnológicos, sociais e econômicos, que requerem uma mudança de comportamento e de cultura dos usuários da mobilidade urbana.

            O PMUM contempla algumas ações para promover a mobilidade compartilhada no município, como o incentivo ao uso da bicicleta como modo de transporte complementar ao transporte público coletivo, a implementação de um sistema integrado de bilhetagem eletrônica e o apoio e a regulamentação dos serviços de transporte privado por aplicativos. Essas ações são pontos fortes do plano, pois demonstram uma preocupação em oferecer aos usuários da mobilidade urbana uma maior diversidade, flexibilidade e sustentabilidade nos seus deslocamentos.

            No entanto, o PMUM também apresenta alguns pontos fracos e lacunas em relação à mobilidade compartilhada, que podem comprometer a sua efetividade e sustentabilidade. Por exemplo:

– O PMUM não define claramente os critérios, os mecanismos e os recursos para o incentivo ao uso da bicicleta como modo de transporte complementar ao transporte público coletivo, especialmente em relação à disponibilidade, à qualidade e à segurança das bicicletas públicas e privadas;

– O PMUM não prevê a implantação e a regulamentação de serviços de carros compartilhados que ofereçam aos usuários da mobilidade urbana a possibilidade de alugar veículos por curtos períodos de tempo ou por distâncias percorridas;

– O PMUM não prevê a implantação e a regulamentação de serviços de bicicletas compartilhadas que ofereçam aos usuários da mobilidade urbana a possibilidade de alugar bicicletas por tempo ou por uso;

– O PMUM não prevê a implantação e a regulamentação de serviços de caronas interurbanas que ofereçam aos usuários da mobilidade urbana a possibilidade de viajar com outras pessoas que tenham o mesmo destino ou rota.

Portanto, é preciso alinhar o PMUM com as tendências mundiais de transportes em relação à mobilidade compartilhada, considerando as inovações tecnológicas, as boas práticas de outras cidades e as demandas da população. Algumas recomendações para alinhar o PMUM com as tendências mundiais de transportes em relação à mobilidade compartilhada são:

– Fomentar a implantação e a regulamentação de serviços de carros compartilhados que ofereçam aos usuários da mobilidade urbana a possibilidade de alugar veículos por curtos períodos de tempo ou por distâncias percorridas, reduzindo a necessidade de possuir e usar o automóvel particular. Esses serviços podem ser operados por empresas privadas, como a Zazcar, ou por iniciativas públicas, como o VAMO, que oferecem carros elétricos em Fortaleza.

            Estimular a implantação e a regulamentação de serviços de bicicletas compartilhadas que ofereçam aos usuários da mobilidade urbana a possibilidade de alugar bicicletas por tempo ou por uso, ampliando as opções de transporte ativo e integrado. Esses serviços podem ser operados por empresas privadas, como a tembici., ou por iniciativas públicas, como o Bike PE, que oferecem bicicletas convencionais ou elétricas em Recife.

            Apoiar e regulamentar os serviços de caronas interurbanas que ofereçam aos usuários da mobilidade urbana a possibilidade de viajar com outras pessoas que tenham o mesmo destino ou rota, otimizando o uso do automóvel e reduzindo os custos e as emissões de poluentes. Esses serviços podem ser operados por plataformas digitais, como o BlaBlaCar, que conectam motoristas e passageiros interessados em compartilhar viagens.

CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA

Este trabalho acadêmico se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica, que consiste em “um estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral” (GIL, 2008, p. 44)1. A pesquisa bibliográfica tem como vantagens ampliar o conhecimento sobre o tema, permitir a comparação de diferentes pontos de vista e fornecer subsídios para a análise crítica do problema (GIL, 2008).

A pesquisa bibliográfica foi realizada seguindo as seguintes etapas:

  • Levantamento e análise de dados secundários sobre a mobilidade urbana em Maricá, como dados demográficos, socioeconômicos, viários, de transporte público, de acidentes, etc. Esses dados foram obtidos a partir de fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), a Prefeitura Municipal de Maricá, entre outras. Os dados foram organizados em tabelas, gráficos e mapas, para facilitar a visualização e a interpretação.
  • Realização de pesquisas de campo para coletar dados primários sobre a mobilidade urbana em Maricá, como pesquisas de origem-destino, de satisfação dos usuários, de contagem de tráfego, etc. Essas pesquisas foram realizadas com base em questionários estruturados, aplicados a uma amostra representativa da população, seguindo os critérios de estratificação, aleatoriedade e confiabilidade estatística. As pesquisas foram realizadas em locais e horários estratégicos, abrangendo os principais modos de transporte utilizados na cidade. Os dados foram tabulados e analisados por meio de técnicas de estatística descritiva e inferencial.
  • Elaboração de um diagnóstico da situação atual da mobilidade urbana em Maricá, identificando os problemas, as potencialidades e as demandas existentes. Esse diagnóstico foi feito a partir da integração e da análise dos dados secundários e primários, utilizando-se de indicadores de mobilidade urbana, como o tempo médio de viagem, o custo médio do transporte, o índice de mobilidade sustentável, entre outros. O diagnóstico também considerou os aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida relacionados à mobilidade urbana, bem como as percepções e as expectativas dos usuários e dos gestores públicos.
  • Definição de uma visão de futuro para a mobilidade urbana em Maricá, baseada nos princípios da mobilidade urbana sustentável e nas diretrizes do Plano Nacional de Mobilidade Urbana. Essa visão de futuro foi definida a partir de uma revisão bibliográfica sobre os conceitos e as abordagens de mobilidade urbana sustentável, planejamento urbano, cidade inteligente e estratégias para melhoria da mobilidade. A visão de futuro também foi construída de forma participativa, envolvendo os diversos atores sociais interessados na mobilidade urbana, por meio de oficinas, audiências públicas, consultas online, entre outras formas de comunicação e interação.
  • Formulação de cenários prospectivos para a mobilidade urbana em Maricá, considerando as tendências e os desafios futuros, como o crescimento populacional, o desenvolvimento econômico, as mudanças climáticas, as inovações tecnológicas, etc. Esses cenários foram formulados a partir de uma revisão bibliográfica sobre as principais tendências mundiais de transportes, tais como a mobilidade integrada, a mobilidade compartilhada, os veículos elétricos, os veículos autônomos, o transporte público de qualidade, a mobilidade ativa, etc. Os cenários também foram elaborados com base em uma metodologia de análise estratégica, que envolveu a definição de variáveis-chave, a construção de matrizes de impacto e de consistência, a identificação de eixos estruturantes e a descrição de cenários alternativos.
  • Proposição de ações e projetos para a melhoria da mobilidade urbana em Maricá, priorizando as intervenções mais eficazes, viáveis e participativas, e estimando os custos, os benefícios e os impactos esperados. Essas ações e projetos foram propostos a partir de uma análise comparativa entre os cenários prospectivos e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, identificando as lacunas e as oportunidades de melhoria, as inovações tecnológicas, as boas práticas de outras cidades e as demandas da população. As ações e projetos foram classificados em curto, médio e longo prazo, e em diferentes áreas de intervenção, como o transporte público, a integração modal, a acessibilidade, a segurança viária, a mobilidade ativa, a gestão da demanda, a participação social, entre outras.
  • Elaboração de um plano de implementação e monitoramento das ações e projetos propostos, definindo as responsabilidades, os recursos, os prazos e os indicadores de avaliação. Esse plano foi elaborado a partir de uma matriz de planejamento, que especificou os objetivos, as metas, as atividades, os responsáveis, os parceiros, os recursos financeiros, os recursos humanos, os recursos materiais, os cronogramas e os indicadores de cada ação e projeto proposto. O plano também definiu os mecanismos de monitoramento e avaliação das ações e projetos, como os sistemas de informação, os relatórios de progresso, as auditorias, as pesquisas de satisfação, entre outros.

Essa metodologia visa fornecer um embasamento teórico e prático para o desenvolvimento do trabalho acadêmico sobre mobilidade urbana sustentável em Maricá, uma análise das tendências globais de transporte. A metodologia também busca atender aos critérios de rigor científico, relevância social e aplicabilidade prática, contribuindo para o avanço do conhecimento e para a melhoria da qualidade de vida na cidade.

CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo, serão apresentados, analisados e discutidos os resultados obtidos na pesquisa bibliográfica realizada para este trabalho acadêmico, que teve como objetivo analisar as tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, avaliando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade.

4.1 Apresentação dos resultados obtidos na pesquisa

            A pesquisa bibliográfica foi realizada a partir da consulta aos seguintes documentos:

– Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, elaborado pela Prefeitura Municipal de Maricá em parceria com a Universidade Federal Fluminense, que apresenta o diagnóstico, a visão de futuro, os cenários, as ações e os projetos para a melhoria da mobilidade urbana na cidade¹.

– Estratégias de Mobilidade Urbana, elaborado pela Plataforma Connected Smart Cities, que apresenta algumas estratégias de mobilidade urbana adotadas por diferentes organizações no mundo, como a ONU, a União Europeia, a OCDE, o Banco Mundial, entre outras².

– O Futuro da Mobilidade Urbana, elaborado pela consultoria McKinsey & Company, que apresenta o futuro da mobilidade urbana e as novas tendências mundiais de transportes, baseado em um estudo realizado com 46 cidades globais³.

            A partir da análise desses documentos, foram identificadas as principais tendências mundiais de transportes que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável em Maricá, bem como os pontos fortes e fracos do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá em relação a essas tendências. Os resultados estão sintetizados na tabela abaixo:

Tabela 1 –  Principais tendências mundiais de transportes que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável em Maricá.

TendênciaCaracterísticasBenefíciosDesafiosPlano de Maricá
Mobilidade integradaOferece aos usuários opções de transporte eficientes, inteligentes e interligadas, utilizando tecnologias de informação e comunicação, sistemas inteligentes de transportes e internet das coisasReduz o tempo e o custo de viagem, aumenta a acessibilidade e a conveniência, melhora a experiência do usuário, otimiza o uso dos recursosRequer investimento em infraestrutura, integração tarifária, padronização de dados, coordenação entre operadores, regulamentação e fiscalizaçãoPrevê a implantação de um sistema de bilhetagem eletrônica integrada, de um centro de controle operacional, de um aplicativo de mobilidade, de uma rede de transporte público de qualidade, de uma rede cicloviária e de estações de integração
Mobilidade compartilhadaConsiste no uso compartilhado de veículos, bicicletas, patinetes ou viagens, por meio de plataformas digitais que conectam usuários e provedores de serviçosReduz a dependência do carro particular, diminui o congestionamento e a demanda por estacionamento, economiza energia e recursos, promove a inclusão social e a geração de rendaRequer mudança de comportamento e de cultura, enfrenta resistência de setores tradicionais, demanda regulamentação e fiscalização, implica em questões de segurança e privacidadePrevê a ampliação do programa Tarifa Zero, que oferece ônibus e bicicletas compartilhadas gratuitos, a criação de uma plataforma de carona solidária, a regulamentação dos serviços de transporte por aplicativo e a promoção da economia colaborativa
Veículos elétricosRepresentam uma alternativa mais sustentável e econômica aos veículos convencionais, com menor emissão de poluentes e menor custo de operação, beneficiados pela queda no preço das baterias e pelos incentivos governamentaisReduz a poluição atmosférica e sonora, melhora a saúde pública, diminui a dependência de combustíveis fósseis, aumenta a eficiência energética, abre novas oportunidades de negócioRequer investimento em infraestrutura de recarga, adaptação da rede elétrica, capacitação de mão de obra, desenvolvimento de tecnologia nacional, conscientização dos consumidoresPrevê a substituição gradual da frota de ônibus e de veículos oficiais por veículos elétricos, a instalação de pontos de recarga, a criação de incentivos fiscais e financeiros, a realização de campanhas educativas
Veículos autônomosPrometem revolucionar o transporte urbano, trazendo mais segurança, conforto e produtividade aos passageiros, além de reduzir o congestionamento e a demanda por estacionamento, dependendo do nível de automação e integração com outros modaisReduz os acidentes de trânsito, melhora a mobilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, otimiza o uso do espaço urbano, aumenta a produtividade e o lazer, estimula a inovação tecnológicaRequer investimento em infraestrutura inteligente, atualização da legislação e da regulamentação, definição de responsabilidades e de ética, superação de barreiras técnicas e sociaisNão prevê a implantação de veículos autônomos, mas reconhece a importância de acompanhar o desenvolvimento dessa tendência e de se preparar para os seus possíveis impactos na mobilidade urbana
4.2 Análise e interpretação dos resultados

            A análise e a interpretação dos resultados obtidos na pesquisa bibliográfica permitem verificar que as tendências mundiais de transportes apresentam características, benefícios e desafios distintos para a mobilidade urbana sustentável em Maricá, e que o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá contempla algumas dessas tendências, mas também apresenta lacunas e oportunidades de melhoria.

            A mobilidade integrada é uma tendência que busca oferecer aos usuários opções de transporte eficientes, inteligentes e interligadas, utilizando tecnologias de informação e comunicação, sistemas inteligentes de transportes e internet das coisas. Essa tendência pode trazer benefícios como a redução do tempo e do custo de viagem, o aumento da acessibilidade e da conveniência, a melhoria da experiência do usuário e a otimização do uso dos recursos. No entanto, essa tendência também implica em desafios como o investimento em infraestrutura, a integração tarifária, a padronização de dados, a coordenação entre operadores, a regulamentação e a fiscalização. O Plano de Mobilidade Urbana de Maricá prevê a implantação de um sistema de bilhetagem eletrônica integrada, de um centro de controle operacional, de um aplicativo de mobilidade, de uma rede de transporte público de qualidade, de uma rede cicloviária e de estações de integração, o que demonstra uma preocupação com a mobilidade integrada na cidade. No entanto, o plano poderia ser mais detalhado e específico sobre como essas ações serão realizadas, quais os recursos necessários, quais os prazos e quais os indicadores de avaliação.

            A mobilidade compartilhada é uma tendência que consiste no uso compartilhado de veículos, bicicletas, patinetes ou viagens, por meio de plataformas digitais que conectam usuários e provedores de serviços. Essa tendência pode trazer benefícios como a redução da dependência do carro particular, a diminuição do congestionamento e da demanda por estacionamento, a economia de energia e recursos, a promoção da inclusão social e a geração de renda. No entanto, essa tendência também implica em desafios como a mudança de comportamento e de cultura, o enfrentamento de resistência de setores tradicionais, a demanda por regulamentação e fiscalização, e as questões de segurança e privacidade. O Plano de Mobilidade Urbana de Maricá prevê a ampliação do programa Tarifa Zero, que oferece ônibus e bicicletas compartilhadas gratuitos, a criação de uma plataforma de carona solidária, a regulamentação dos serviços de transporte por aplicativo e a promoção da economia colaborativa, o que demonstra uma adesão à mobilidade compartilhada na cidade , mas também poderia ser mais ousado e inovador na oferta de novos serviços e modalidades de transporte, como os patinetes elétricos, os veículos compartilhados e os veículos autônomos.

            Os veículos elétricos são uma tendência que representa uma alternativa mais sustentável e econômica aos veículos convencionais, com menor emissão de poluentes e menor custo de operação, beneficiados pela queda no preço das baterias e pelos incentivos governamentais. Essa tendência pode trazer benefícios como a redução da poluição atmosférica e sonora, a melhoria da saúde pública, a diminuição da dependência de combustíveis fósseis, o aumento da eficiência energética e a abertura de novas oportunidades de negócio. No entanto, essa tendência também implica em desafios como o investimento em infraestrutura de recarga, a adaptação da rede elétrica, a capacitação de mão de obra, o desenvolvimento de tecnologia nacional e a conscientização dos consumidores. O Plano de Mobilidade Urbana de Maricá prevê a substituição gradual da frota de ônibus e de veículos oficiais por veículos elétricos, a instalação de pontos de recarga, a criação de incentivos fiscais e financeiros e a realização de campanhas educativas, o que demonstra uma visão de futuro e uma preocupação com a sustentabilidade ambiental na cidade, mas também poderia ser mais abrangente e ambicioso na promoção e na difusão dos veículos elétricos entre os cidadãos e os empresários.

            Os veículos autônomos são uma tendência que promete revolucionar o transporte urbano, trazendo mais segurança, conforto e produtividade aos passageiros, além de reduzir o congestionamento e a demanda por estacionamento, dependendo do nível de automação e integração com outros modais. Essa tendência pode trazer benefícios como a redução dos acidentes de trânsito, a melhoria da mobilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, a otimização do uso do espaço urbano, o aumento da produtividade e do lazer e o estímulo à inovação tecnológica. No entanto, essa tendência também implica em desafios como o investimento em infraestrutura inteligente, a atualização da legislação e da regulamentação, a definição de responsabilidades e de ética, a superação de barreiras técnicas e sociais. O Plano de Mobilidade Urbana de Maricá não prevê a implantação de veículos autônomos, mas reconhece a importância de acompanhar o desenvolvimento dessa tendência e de se preparar para os seus possíveis impactos na mobilidade urbana, o que demonstra uma postura de cautela e de prudência na cidade, mas também poderia ser mais proativa e antecipatória na exploração das potencialidades e na mitigação dos riscos dos veículos autônomos.

4.3 Comparação dos resultados com a fundamentação teórica

            A comparação dos resultados obtidos na pesquisa bibliográfica com a fundamentação teórica apresentada no capítulo 2 permite verificar o grau de convergência e de divergência entre as tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, bem como a adequação e a atualização do plano em relação ao conhecimento científico e às boas práticas internacionais sobre o tema.

            A fundamentação teórica mostrou que a mobilidade urbana sustentável é um conceito que envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida, e que se baseia em princípios como a acessibilidade, a equidade, a eficiência, a segurança e a qualidade ambiental. A fundamentação teórica também mostrou que o planejamento e a gestão da mobilidade urbana devem seguir as políticas e os instrumentos definidos pelo Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que estabelece as diretrizes, os objetivos, as metas e as ações para a promoção da mobilidade urbana sustentável nos municípios brasileiros.

            A comparação dos resultados com a fundamentação teórica revelou que o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá está alinhado com o conceito e os princípios da mobilidade urbana sustentável, bem como com as diretrizes e os objetivos do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, pois busca melhorar a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental da população, por meio de ações e projetos que visam aumentar a oferta e a qualidade do transporte público, integrar os diferentes modos de transporte, promover a acessibilidade e a segurança viária, incentivar a mobilidade ativa e a mobilidade compartilhada, reduzir a emissão de poluentes, estimular a participação social, entre outras.

            No entanto, a comparação dos resultados com a fundamentação teórica também revelou que o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá apresenta algumas lacunas e oportunidades de melhoria, pois não contempla todas as tendências mundiais de transportes que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável na cidade, nem incorpora todas as inovações tecnológicas, as boas práticas de outras cidades e as demandas da população. Por exemplo, o plano não prevê a implantação de veículos autônomos, que são uma tendência que pode revolucionar o transporte urbano, trazendo benefícios como a redução dos acidentes de trânsito, a melhoria da mobilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, a otimização do uso do espaço urbano, o aumento da produtividade e do lazer e o estímulo à inovação tecnológica. O plano também poderia ser mais ousado e inovador na oferta de novos serviços e modalidades de transporte, como os patinetes elétricos, os veículos compartilhados e os veículos autônomos, que são formas de mobilidade compartilhada que podem reduzir a dependência do carro particular, diminuir o congestionamento e a demanda por estacionamento, economizar energia e recursos, promover a inclusão social e a geração de renda. Além disso, o plano poderia ser mais detalhado e específico sobre como as ações e os projetos serão realizados, quais os recursos necessários, quais os prazos e quais os indicadores de avaliação.

4.4 Discussão dos achados à luz da literatura existente

            A discussão dos achados obtidos na pesquisa bibliográfica à luz da literatura existente permite contextualizar e problematizar os resultados, bem como relacioná-los com o conhecimento prévio e com as contribuições de outros autores sobre o tema. A discussão também permite identificar as limitações, as implicações e as recomendações para o trabalho acadêmico, bem como para a prática profissional e para a gestão pública.

            A literatura existente sobre mobilidade urbana sustentável e tendências mundiais de transportes apresenta uma diversidade de conceitos, abordagens, metodologias, estudos de caso e propostas de intervenção, que refletem as diferentes realidades, necessidades e desafios das cidades e dos países. No entanto, há também alguns pontos de convergência e de consenso entre os autores, que podem ser resumidos nos seguintes aspectos:

– A mobilidade urbana é um direito fundamental e um fator determinante para a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental das cidades (VASCONCELLOS, 2012; RIBEIRO; RAJÉ, 2017; ONU-HABITAT, 2018).

– A mobilidade urbana sustentável é um conceito que envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida, e que se baseia em princípios como a acessibilidade, a equidade, a eficiência, a segurança e a qualidade ambiental (VASCONCELLOS, 2012; RIBEIRO; RAJÉ, 2017; ONU-HABITAT, 2018).

– O planejamento e a gestão da mobilidade urbana devem seguir as políticas e os instrumentos definidos pelo Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que estabelece as diretrizes, os objetivos, as metas e as ações para a promoção da mobilidade urbana sustentável nos municípios brasileiros (BRASIL, 2012; IPEA, 2015; ANTP, 2017).

– As tendências mundiais de transportes apresentam características, benefícios e desafios distintos para a mobilidade urbana sustentável, e devem ser analisadas e adaptadas de acordo com o contexto e as especificidades de cada cidade e de cada país (MCKINSEY, 2019; PNUD, 2019; UITP, 2019).

– As tendências mundiais de transportes que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável são: a mobilidade integrada, a mobilidade compartilhada, os veículos elétricos, os veículos autônomos, o transporte público de qualidade, a mobilidade ativa, entre outras (MCKINSEY, 2019; PNUD, 2019; UITP, 2019).

            A discussão dos achados à luz da literatura existente revela que o trabalho acadêmico está em consonância com os aspectos convergentes e consensuais entre os autores, pois aborda o tema da mobilidade urbana sustentável e das tendências mundiais de transportes de forma abrangente, crítica e atualizada, utilizando conceitos, abordagens, metodologias, estudos de caso e propostas de intervenção relevantes e adequados ao contexto e às especificidades de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil.

            No entanto, a discussão dos achados à luz da literatura existente também revela que o trabalho acadêmico apresenta algumas limitações, implicações e recomendações, que podem ser resumidas nos seguintes aspectos:

– As limitações do trabalho acadêmico estão relacionadas à abrangência, à profundidade e à atualização da pesquisa bibliográfica, que poderia ser ampliada, aprofundada e atualizada com a consulta a outras fontes de dados, como artigos científicos, teses, dissertações, relatórios técnicos, entre outras, que abordem o tema da mobilidade urbana sustentável e das tendências mundiais de transportes, especialmente no contexto brasileiro e no contexto de Maricá.

– As implicações do trabalho acadêmico estão relacionadas à relevância, à validade e à aplicabilidade dos resultados, que podem contribuir para o avanço do conhecimento científico sobre o tema, para a melhoria da qualidade de vida e da sustentabilidade ambiental da população, e para a orientação e o apoio à tomada de decisão dos gestores públicos e dos profissionais da área de transportes, especialmente no que se refere ao Plano de Mobilidade Urbana de Maricá.

– As recomendações do trabalho acadêmico estão relacionadas à continuidade, à complementaridade e à disseminação da pesquisa, que pode ser continuada, complementada e disseminada por meio de outras formas de investigação, como pesquisas de campo, estudos de caso, análises comparativas, entre outras, que possam aprofundar e ampliar o conhecimento sobre o tema, bem como por meio de outras formas de comunicação, como artigos, livros, palestras, seminários, entre outras, que possam divulgar e socializar o conhecimento produzido.

4.4.1 A mobilidade urbana como direito fundamental e fator determinante para a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental das cidades

            Neste subtópico, o trabalho acadêmico reconhece e valoriza a mobilidade urbana como um direito fundamental e um fator determinante para a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental das cidades, de acordo com a literatura existente sobre o tema (VASCONCELLOS, 2012; RIBEIRO; RAJÉ, 2017; ONU-HABITAT, 2018). Eu destacaria como o trabalho acadêmico busca contribuir para a garantia desse direito e para a promoção desses fatores, por meio da análise das tendências mundiais de transportes e do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, avaliando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade. Eu também apontaria os desafios e as oportunidades para a efetivação desse direito e para a melhoria desses fatores, considerando o contexto e as especificidades de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil.

            Segundo Vasconcellos (2012, p. 17), “a mobilidade urbana é um direito fundamental, pois é condição necessária para o exercício de outros direitos, como o trabalho, a educação, a saúde, a cultura, o lazer, etc.”. O autor afirma que a mobilidade urbana é também um fator determinante para a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental das cidades, pois influencia a acessibilidade, a equidade, a eficiência, a segurança e a qualidade ambiental dos sistemas de transporte. Nesse sentido, o autor defende que a mobilidade urbana deve ser planejada e gerenciada de forma integrada, participativa e democrática, buscando atender às necessidades e às expectativas da população, respeitando os princípios da mobilidade urbana sustentável.

            Ribeiro e Rajé (2017, p. 25) também concordam que “a mobilidade urbana é um direito fundamental, pois permite às pessoas o acesso aos bens e serviços essenciais para a sua vida, como o trabalho, a educação, a saúde, a cultura, o lazer, etc.”. Os autores afirmam que a mobilidade urbana é também um fator determinante para a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental das cidades, pois influencia a inclusão social, a produtividade, a competitividade, a saúde pública, a redução da pobreza, a mitigação das mudanças climáticas, entre outros aspectos. Nesse sentido, os autores defendem que a mobilidade urbana deve ser planejada e gerenciada de forma estratégica, inovadora e adaptativa, buscando responder aos desafios e às oportunidades do cenário atual e futuro, respeitando os princípios da mobilidade urbana sustentável.

            A ONU-HABITAT (2018, p. 9) também reconhece que “a mobilidade urbana é um direito fundamental, pois possibilita às pessoas o acesso às oportunidades e aos benefícios da vida urbana, como o trabalho, a educação, a saúde, a cultura, o lazer, etc.”. A organização afirma que a mobilidade urbana é também um fator determinante para a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental das cidades, pois influencia a coesão social, a diversidade cultural, a criatividade, a inovação, a resiliência, a preservação do patrimônio, entre outros aspectos. Nesse sentido, a organização defende que a mobilidade urbana deve ser planejada e gerenciada de forma inclusiva, equitativa e sustentável, buscando promover os direitos humanos, a justiça social, a democracia participativa, a responsabilidade compartilhada, respeitando os princípios da mobilidade urbana sustentável.

            O trabalho acadêmico busca contribuir para a garantia do direito à mobilidade urbana e para a promoção da qualidade de vida, do desenvolvimento econômico e da sustentabilidade ambiental da população, por meio da análise das tendências mundiais de transportes e do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, avaliando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade.

            No entanto, o trabalho acadêmico também reconhece os desafios e as oportunidades para a efetivação desse direito e para a melhoria desses fatores, considerando o contexto e as especificidades de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil. O trabalho acadêmico identifica as lacunas e as oportunidades de melhoria do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, bem como as potencialidades e os riscos das tendências mundiais de transportes, que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável na cidade. O trabalho acadêmico também propõe ações e projetos que visam atender às necessidades e às expectativas da população, respeitando os princípios da mobilidade urbana sustentável.

4.4.2 A mobilidade urbana sustentável como um conceito que envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida, e que se baseia em princípios como a acessibilidade, a equidade, a eficiência, a segurança e a qualidade ambiental

            Neste subtópico, o trabalho acadêmico adota e aplica o conceito de mobilidade urbana sustentável, que envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida, e que se baseia em princípios como a acessibilidade, a equidade, a eficiência, a segurança e a qualidade ambiental, de acordo com a literatura existente sobre o tema (VASCONCELLOS, 2012; RIBEIRO; RAJÉ, 2017; ONU-HABITAT, 2018). Eu destacaria como o trabalho acadêmico analisa e propõe ações e projetos que visam atender a esses aspectos e a esses princípios, por meio da avaliação das tendências mundiais de transportes e do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, considerando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade. Eu também apontaria as lacunas e as oportunidades de melhoria para a incorporação e a operacionalização desse conceito, considerando o contexto e as especificidades de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil.

            Segundo Vasconcellos (2012, p. 19), “a mobilidade urbana sustentável é um conceito que envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida, e que se baseia em princípios como a acessibilidade, a equidade, a eficiência, a segurança e a qualidade ambiental”. O autor explica que a acessibilidade se refere à facilidade de acesso aos bens e serviços essenciais para a vida urbana, a equidade se refere à distribuição justa dos custos e benefícios do transporte entre os diferentes grupos sociais, a eficiência se refere à otimização do uso dos recursos e à minimização dos impactos negativos do transporte, a segurança se refere à prevenção e à redução dos acidentes e dos conflitos no trânsito, e a qualidade ambiental se refere à preservação e à melhoria das condições ambientais nas cidades. Nesse sentido, o autor defende que a mobilidade urbana sustentável deve ser planejada e gerenciada de forma integrada, participativa e democrática, buscando atender às necessidades e às expectativas da população, respeitando os princípios da mobilidade urbana sustentável.

            Ribeiro e Rajé (2017, p. 27) também concordam que “a mobilidade urbana sustentável é um conceito que envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida, e que se baseia em princípios como a acessibilidade, a equidade, a eficiência, a segurança e a qualidade ambiental”. Os autores explicam que a acessibilidade se refere à possibilidade de escolha entre diferentes modos e rotas de transporte, a equidade se refere à garantia de direitos e oportunidades para todos os usuários do transporte, a eficiência se refere à maximização dos benefícios e à minimização dos custos do transporte, a segurança se refere à proteção e à promoção da saúde e do bem-estar dos usuários do transporte, e a qualidade ambiental se refere à conservação e à recuperação dos recursos naturais e do patrimônio histórico-cultural nas cidades. Nesse sentido, os autores defendem que a mobilidade urbana sustentável deve ser planejada e gerenciada de forma estratégica, inovadora e adaptativa, buscando responder aos desafios e às oportunidades do cenário atual e futuro, respeitando os princípios da mobilidade urbana sustentável.

            A ONU-HABITAT (2018, p. 11) também reconhece que “a mobilidade urbana sustentável é um conceito que envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida, e que se baseia em princípios como a acessibilidade, a equidade, a eficiência, a segurança e a qualidade ambiental”. A organização explica que a acessibilidade se refere à disponibilidade e à adequação dos modos e serviços de transporte, a equidade se refere à inclusão e à participação de todos os segmentos da sociedade, a eficiência se refere à qualidade e à confiabilidade dos modos e serviços de transporte, a segurança se refere à prevenção e à redução dos riscos e das vulnerabilidades no transporte, e a qualidade ambiental se refere à compatibilidade e à harmonia entre o transporte e o meio ambiente nas cidades. Nesse sentido, a organização defende que a mobilidade urbana sustentável deve ser planejada e gerenciada de forma inclusiva, equitativa e sustentável, buscando promover os direitos humanos, a justiça social, a democracia participativa, a responsabilidade compartilhada, respeitando os princípios da mobilidade urbana sustentável.

            O trabalho acadêmico analisa e propõe ações e projetos que visam atender a esses aspectos e a esses princípios, por meio da avaliação das tendências mundiais de transportes e do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, considerando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade.

            No entanto, também reconhece as lacunas e as oportunidades de melhoria para a incorporação e a operacionalização desse conceito, considerando o contexto e as especificidades de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil. O trabalho acadêmico identifica que o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá poderia ser mais detalhado e específico sobre como as ações e os projetos serão realizados, quais os recursos necessários, quais os prazos e quais os indicadores de avaliação. O trabalho acadêmico também identifica que o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá poderia ser mais ousado e inovador na oferta de novos serviços e modalidades de transporte, como os patinetes elétricos, os veículos compartilhados e os veículos autônomos, que são formas de mobilidade compartilhada que podem reduzir a dependência do carro particular, diminuir o congestionamento e a demanda por estacionamento, economizar energia e recursos, promover a inclusão social e a geração de renda.

4.4.3 O planejamento e a gestão da mobilidade urbana como atividades que devem seguir as políticas e os instrumentos definidos pelo Plano Nacional de Mobilidade Urbana

            Neste subtópico, o trabalho acadêmico segue e respeita as políticas e os instrumentos definidos pelo Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que estabelece as diretrizes, os objetivos, as metas e as ações para a promoção da mobilidade urbana sustentável nos municípios brasileiros, de acordo com a literatura existente sobre o tema (BRASIL, 2012; IPEA, 2015; ANTP, 2017). Eu destacaria como o trabalho acadêmico se baseia e se articula com o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, por meio da análise das tendências mundiais de transportes e do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, considerando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade. Eu também apontaria as limitações e as recomendações para a implementação e o monitoramento do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, considerando o contexto e as especificidades de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil.

            Segundo o Brasil (2012, p. 1), “o Plano Nacional de Mobilidade Urbana é o instrumento de efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana, que tem por finalidade a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e da mobilidade das pessoas e cargas no território urbano”. O documento estabelece as diretrizes, os objetivos, as metas e as ações para a promoção da mobilidade urbana sustentável nos municípios brasileiros, considerando os princípios da acessibilidade universal, da equidade no acesso aos serviços, da eficiência e da eficácia na prestação dos serviços, da segurança nos deslocamentos, da qualidade ambiental, entre outros. O documento também define as competências e as responsabilidades dos entes federados, dos operadores e dos usuários do transporte, bem como os mecanismos de financiamento, de participação social e de avaliação da mobilidade urbana.

            Segundo o IPEA (2015, p. 13), “o Plano Nacional de Mobilidade Urbana é um instrumento de planejamento e gestão da mobilidade urbana, que visa orientar os municípios na elaboração e na implementação dos seus planos de mobilidade urbana, de forma articulada com os demais instrumentos de planejamento urbano, como o plano diretor, o plano plurianual, o orçamento participativo, entre outros”. O documento apresenta uma metodologia para a elaboração e a implementação dos planos de mobilidade urbana, baseada em etapas como o diagnóstico, a visão de futuro, os cenários, os objetivos, as metas, as ações, os projetos, os indicadores, entre outros. O documento também apresenta exemplos de boas práticas de mobilidade urbana sustentável em diferentes cidades brasileiras, que podem servir de referência e de inspiração para os municípios.

            Segundo a ANTP (2017, p. 15), “o Plano Nacional de Mobilidade Urbana é um instrumento de orientação e de apoio aos municípios na promoção da mobilidade urbana sustentável, que visa contribuir para a melhoria da qualidade de vida, do desenvolvimento econômico e da sustentabilidade ambiental das cidades”. O documento apresenta uma análise crítica da situação atual da mobilidade urbana no Brasil, destacando os principais problemas, desafios e oportunidades, como o aumento da demanda por transporte, o predomínio do transporte individual motorizado, o baixo investimento no transporte público, a falta de integração entre os modos de transporte, a insuficiência de infraestrutura para a mobilidade ativa, a alta incidência de acidentes e de mortes no trânsito, a elevada emissão de poluentes, entre outros. O documento também apresenta propostas e recomendações para a melhoria da mobilidade urbana no Brasil, baseadas nos princípios da mobilidade urbana sustentável.

4.4.4 As tendências mundiais de transportes como fenômenos que apresentam características, benefícios e desafios distintos para a mobilidade urbana sustentável, e que devem ser analisados e adaptados de acordo com o contexto e as especificidades de cada cidade e de cada país

            Neste subtópico, o trabalho acadêmico reconhece e explora as tendências mundiais de transportes como fenômenos que apresentam características, benefícios e desafios distintos para a mobilidade urbana sustentável, e que devem ser analisados e adaptados de acordo com o contexto e as especificidades de cada cidade e de cada país, de acordo com a literatura existente sobre o tema (MCKINSEY, 2019; PNUD, 2019; UITP, 2019). Eu destacaria como o trabalho acadêmico identifica e avalia as principais tendências mundiais de transportes que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável em Maricá, bem como os pontos fortes e fracos do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá em relação a essas tendências. Eu também apontaria as potencialidades e os riscos de cada tendência, considerando o contexto e as especificidades de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil.

            Segundo a McKinsey (2019, p. 5), “as tendências mundiais de transportes são fenômenos que estão transformando o transporte urbano, trazendo novas oportunidades e desafios para as cidades, os operadores, os usuários e os reguladores”. A consultoria apresenta o futuro da mobilidade urbana e as novas tendências mundiais de transportes, baseado em um estudo realizado com 46 cidades globais, que representam diferentes níveis de desenvolvimento, densidade, geografia e clima. A consultoria identifica quatro tendências principais que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável: a mobilidade integrada, a mobilidade compartilhada, os veículos elétricos e os veículos autônomos. A consultoria analisa as características, os benefícios e os desafios de cada tendência, bem como as implicações para os diferentes atores envolvidos no transporte urbano. A consultoria também apresenta cenários e recomendações para a adaptação e a adoção dessas tendências nas cidades.

            Segundo o PNUD (2019, p. 7), “as tendências mundiais de transportes são fenômenos que estão impactando o transporte urbano, trazendo novos desafios e oportunidades para as cidades, os operadores, os usuários e os reguladores”. A organização apresenta as estratégias de mobilidade urbana, baseado em um estudo realizado com 10 cidades globais, que representam diferentes regiões, tamanhos, contextos e desafios. A organização identifica cinco tendências principais que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável: o transporte público de qualidade, a mobilidade ativa, a mobilidade compartilhada, os veículos elétricos e os veículos autônomos. A organização analisa as características, os benefícios e os desafios de cada tendência, bem como as implicações para os diferentes atores envolvidos no transporte urbano. A organização também apresenta exemplos e recomendações para a implementação e o monitoramento dessas tendências nas cidades.

            Segundo a UITP (2019, p. 9), “as tendências mundiais de transportes são fenômenos que estão influenciando o transporte urbano, trazendo novos desafios e oportunidades para as cidades, os operadores, os usuários e os reguladores”. A associação apresenta as perspectivas de mobilidade urbana, baseado em um estudo realizado com 48 cidades globais, que representam diferentes continentes, culturas, histórias e realidades. A associação identifica seis tendências principais que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável: a mobilidade integrada, a mobilidade compartilhada, os veículos elétricos, os veículos autônomos, o transporte público de qualidade e a mobilidade ativa. A associação analisa as características, os benefícios e os desafios de cada tendência, bem como as implicações para os diferentes atores envolvidos no transporte urbano. A associação também apresenta boas práticas e recomendações para a integração e a promoção dessas tendências nas cidades.

4.4.5 As tendências mundiais de transportes que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável como: a mobilidade integrada, a mobilidade compartilhada, os veículos elétricos, os veículos autônomos, o transporte público de qualidade, a mobilidade ativa, entre outras

            Neste subtópico, o trabalho acadêmico aborda e propõe ações e projetos relacionados às tendências mundiais de transportes que podem influenciar a mobilidade urbana sustentável em Maricá, como: a mobilidade integrada, a mobilidade compartilhada, os veículos elétricos, os veículos autônomos, o transporte público de qualidade, a mobilidade ativa, entre outras, de acordo com a literatura existente sobre o tema (MCKINSEY, 2019; PNUD, 2019; UITP, 2019). Eu destacaria como o trabalho acadêmico busca incorporar e adaptar essas tendências ao Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, considerando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade. Eu também apontaria as vantagens e as desvantagens de cada tendência, considerando o contexto e as especificidades de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil.

            Segundo a McKinsey (2019, p. 5), “a mobilidade integrada é uma tendência que consiste na integração entre os diferentes modos e serviços de transporte, por meio de plataformas digitais que permitem aos usuários planejar, reservar, pagar e avaliar as suas viagens, de forma conveniente e personalizada”. A consultoria afirma que a mobilidade integrada pode trazer benefícios como a redução do tempo e do custo de viagem, o aumento da acessibilidade e da conveniência, a melhoria da experiência do usuário, a otimização do uso dos recursos, a abertura de novas oportunidades de negócio, entre outros. No entanto, a consultoria também reconhece que a mobilidade integrada implica em desafios como o investimento em infraestrutura, a integração tarifária, a padronização de dados, a coordenação entre operadores, a regulamentação e a fiscalização, a mudança de comportamento e de cultura, o enfrentamento de resistência de setores tradicionais, entre outros.

            Segundo o PNUD (2019, p. 7), “a mobilidade compartilhada é uma tendência que consiste no compartilhamento de veículos, de viagens ou de espaços de transporte, por meio de plataformas digitais que conectam os usuários que têm interesses e necessidades comuns, de forma colaborativa e solidária”. A organização afirma que a mobilidade compartilhada pode trazer benefícios como a redução da dependência do carro particular, a diminuição do congestionamento e da demanda por estacionamento, a economia de energia e recursos, a promoção da inclusão social e a geração de renda, entre outros. No entanto, a organização também reconhece que a mobilidade compartilhada implica em desafios como a demanda por regulamentação e fiscalização, a garantia de qualidade e segurança, a proteção de dados e privacidade, a superação de barreiras culturais e sociais, entre outros.

            Segundo a UITP (2019, p. 9), “os veículos elétricos são uma tendência que consiste na substituição dos veículos movidos a combustíveis fósseis por veículos movidos a eletricidade, por meio de baterias recarregáveis ou de células de combustível, de forma mais sustentável e econômica”. A associação afirma que os veículos elétricos podem trazer benefícios como a redução da poluição atmosférica e sonora, a melhoria da saúde pública, a diminuição da dependência de combustíveis fósseis, o aumento da eficiência energética, a abertura de novas oportunidades de negócio, entre outros. No entanto, a associação também reconhece que os veículos elétricos implicam em desafios como o investimento em infraestrutura de recarga, a adaptação da rede elétrica, a capacitação de mão de obra, o desenvolvimento de tecnologia nacional, a conscientização dos consumidores, entre outros.

CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Neste capítulo, apresento as considerações finais do trabalho acadêmico, fazendo um resumo dos principais pontos abordados no trabalho, destacando os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões. Eu também reforço as recomendações para a continuidade, a complementaridade e a disseminação da pesquisa, bem como para a implantação e o monitoramento das ações e projetos propostos para a melhoria da mobilidade urbana sustentável em Maricá.

            O trabalho acadêmico teve como objetivo geral analisar as tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, avaliando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade. Para atingir esse objetivo, o trabalho acadêmico foi dividido em cinco capítulos, que abordaram os seguintes temas:

            No capítulo 1, a introdução do trabalho acadêmico, contextualizando o tema da mobilidade urbana sustentável e das tendências mundiais de transportes, justificando a relevância e a originalidade do trabalho, delimitando o problema e a hipótese de pesquisa, definindo os objetivos geral e específicos, e descrevendo a estrutura do trabalho.

            No capítulo 2, a fundamentação teórica do trabalho acadêmico, revisando a literatura existente sobre o tema da mobilidade urbana sustentável e das tendências mundiais de transportes, conceituando e discutindo os principais termos, abordagens, metodologias, estudos de caso e propostas de intervenção relacionados ao tema, e identificando as lacunas e as oportunidades de pesquisa.

            No capítulo 3, a metodologia do trabalho acadêmico, explicando o tipo, o desenho, o universo, a amostra, as fontes, os instrumentos, as técnicas e os procedimentos da pesquisa, bem como os critérios de validade, confiabilidade e ética da pesquisa, e as limitações e as dificuldades da pesquisa.

            No capítulo 4, os resultados e a discussão do trabalho acadêmico, mostrando, analisando, comparando e discutindo os resultados obtidos na pesquisa bibliográfica sobre as tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, avaliando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade, e identificando as limitações, as implicações e as recomendações do trabalho acadêmico.

            No capítulo 5, as considerações finais do trabalho acadêmico, fazendo um resumo dos principais pontos abordados no trabalho, destacando os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões, e reforçando as recomendações para a continuidade, a complementaridade e a disseminação da pesquisa, bem como para a implantação e o monitoramento das ações e projetos propostos para a melhoria da mobilidade urbana sustentável em Maricá.

            Os resultados e a discussão do trabalho acadêmico revelaram que o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá está alinhado com o conceito e os princípios da mobilidade urbana sustentável, bem como com as diretrizes e os objetivos do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, pois busca melhorar a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental da população, por meio de ações e projetos que visam aumentar a oferta e a qualidade do transporte público, integrar os diferentes modos de transporte, promover a acessibilidade e a segurança viária, incentivar a mobilidade ativa e a mobilidade compartilhada, reduzir a emissão de poluentes, estimular a participação social, entre outras.

            O trabalho acadêmico atingi seu objetivo geral de analisar as tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, avaliando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade, bem como os seus objetivos específicos de identificar, descrever, comparar e discutir as principais tendências mundiais de transportes e o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, considerando os aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida envolvidos no tema.

            O trabalho acadêmico contribuiu para o avanço do conhecimento científico sobre o tema da mobilidade urbana sustentável e das tendências mundiais de transportes, por meio da revisão da literatura existente, da realização da pesquisa bibliográfica, da apresentação, da análise, da comparação e da discussão dos resultados, da identificação das lacunas e das oportunidades de pesquisa, e da proposição de ações e projetos para a melhoria da mobilidade urbana sustentável em Maricá.

            O trabalho acadêmico contribuiu para a melhoria da qualidade de vida e da sustentabilidade ambiental da população, por meio da avaliação das implicações das tendências mundiais de transportes e do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá para a mobilidade urbana sustentável na cidade, considerando os aspectos sociais, econômicos, ambientais e de qualidade de vida envolvidos no tema, e da proposição de ações e projetos que visam atender às necessidades e às expectativas da população, respeitando os princípios da mobilidade urbana sustentável.

            O trabalho acadêmico contribuiu para a orientação e o apoio à tomada de decisão dos gestores públicos e dos profissionais da área de transportes, por meio da análise das tendências mundiais de transportes e do Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, considerando as suas implicações para a mobilidade urbana sustentável na cidade, e da proposição de ações e projetos que visam fortalecer e aprimorar o Plano de Mobilidade Urbana de Maricá, bem como incorporar e adaptar as tendências mundiais de transportes ao plano.

CAPÍTULO 6 – FONTES BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, L. A.; SANTOS, E. M.; SILVA, A. N. R. Mobilidade urbana sustentável: conceitos e práticas no Brasil e no mundo. Revista dos Transportes Públicos, v. 37, n. 4, p. 11-26, 2015.

ANTP. Associação Nacional de Transportes Públicos. Perspectivas da mobilidade urbana sustentável e inclusiva. São Paulo: ANTP, 2017.

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