METODOLOGIA BIM NA GRADUAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO: UMA ANÁLISE DAS MATRIZES CURRICULARES DAS INSTITUIÇÕES PRESENCIAIS DE VITÓRIA DA CONQUISTA – BA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410240907


Maria Luísa Pereira Bastos¹;
Orientadora: Profa. Alline Maria Trancoso Ferraz Silva David


RESUMO

Este trabalho aborda a importância da introdução da metodologia BIM (Building Information Modeling) no currículo de graduação em Arquitetura e Urbanismo, considerando as contínuas transformações no setor da construção civil. Dada a necessidade crescente de adaptação às novas demandas do mercado, é imprescindível que os futuros arquitetos estejam qualificados para integrar práticas que promovam maior agilidade e eficiência no desenvolvimento de projetos. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, utilizando-se de análises bibliográficas, para demonstrar a relevância do ensino do BIM desde a formação acadêmica. O estudo destaca como essa metodologia inovadora não apenas prepara os estudantes para os desafios da profissão, mas também melhora substancialmente sua atuação no mercado de trabalho. A inclusão do BIM no ambiente educacional é apontada como um diferencial competitivo, que permite uma compreensão aprofundada das fases de projeto e execução, além de promover uma integração mais eficiente entre os diversos agentes envolvidos no processo construtivo. Assim, este estudo reforça a necessidade de uma reformulação curricular que incorpore o BIM como um componente essencial na formação de arquitetos e urbanistas.

Palavras-chave: BIM (Building Information Modeling). Arquitetura e Urbanismo. Formação profissional. Metodologia inovadora. Vitória da Conquista.

ABSTRACT

This study addresses the importance of introducing the BIM (Building Information Modeling) methodology into the Architecture and Urbanism undergraduate curriculum, considering the continuous transformations in the construction sector. Given the growing need for adaptation to new market demands, it is essential that future architects are qualified to integrate practices that promote greater agility and efficiency in project development. The research adopts a qualitative approach, using bibliographic, to demonstrate the relevance of teaching BIM from the academic stage. The study highlights how this innovative methodology not only prepares students for professional challenges but also significantly enhances their performance in the job market. The inclusion of BIM in the educational environment is identified as a competitive advantage, allowing for a deeper understanding of the design and execution phases, as well as fostering more efficient integration between the various actors involved in the construction process. Thus, this study reinforces the need for curricular reform that incorporates BIM as an essential component of the training of architects and urban planners.

Keywords: BIM (Building Information Modeling). Architecture and Urbanism. Professional training. Innovative methodology. Vitória da Conquista.

1 INTRODUÇÃO

O Building Information Modeling (BIM) é uma metodologia que oferece um conjunto abrangente de ferramentas para a criação e gestão de representações digitais das características físicas e funcionais de edificações. Além de centralizar as informações de projeto em uma única plataforma, o BIM vai além da simples representação visual, permitindo o controle detalhado de cronogramas, quantitativos de mão de obra e a otimização de custos, prevenindo desperdícios. Com a adoção dessa metodologia, os profissionais podem trabalhar de forma mais eficiente, capturando dados que beneficiam atividades de operação e manutenção, o que tem impulsionado sua crescente implementação global.

Apesar dos seus inúmeros benefícios, muitos profissionais ainda optam pelo uso do CAD (Computer Aided Design) devido à familiaridade com essa tecnologia (Weisberg, 2008). O presente trabalho tem como objetivo demonstrar como a introdução do ensino da metodologia BIM, durante a graduação, pode impactar positivamente a carreira dos futuros profissionais de Arquitetura e Urbanismo. Embora recente no Brasil, o BIM é amplamente utilizado em diversos países, destacando-se pelo seu desempenho superior. Os benefícios dessa metodologia incluem a melhoria na conexão entre equipes, nos fluxos de trabalho e na gestão de dados ao longo de todas as fases do projeto, desde a concepção até a execução, resultando em resultados significativamente mais eficazes.

Diante da previsão de uma população mundial de 9,7 bilhões de pessoas até 2050, o setor de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) enfrenta a necessidade de encontrar soluções mais inteligentes e eficazes para atender à demanda global, promovendo também a criação de espaços mais resilientes e inovadores (United Nations, 2019).

Ao introduzir a metodologia BIM desde o início da formação acadêmica, as instituições de ensino capacitam os futuros profissionais para ingressarem no mercado de trabalho com maior preparo técnico e agilidade, possibilitando a entrega de projetos mais elaborados e sustentáveis. Consequentemente, é fundamental que arquitetos e estudantes estejam atentos às mudanças tecnológicas e às novas demandas da sociedade. O uso do BIM, que integra e centraliza as informações do projeto em um único ambiente digital, apresenta-se como uma vantagem significativa tanto para os profissionais quanto para os clientes (Besné et al., 2021).

Diferentemente do CAD, que permite a criação de desenhos em duas ou três dimensões sem distinguir elementos, o BIM incorpora dados em múltiplas dimensões, facilitando a gestão inteligente das informações ao longo de todo o ciclo de vida do projeto, desde o detalhamento até a análise, logística de construção, operação e manutenção.

Conforme Leusin (2010), o uso do BIM pode aumentar a produtividade das equipes entre 25% e 50%, reduzir prazos em até 25% e diminuir os custos em aproximadamente 5%. Uma pesquisa conduzida pelo National Building Specification (NBS), do Reino Unido, revelou que, em regiões onde o BIM é amplamente adotado, houve um aumento significativo na velocidade de entrega de projetos, conforme relatado por 55% dos profissionais que utilizam a metodologia. Portanto, é crucial disseminar o uso do BIM no Brasil, de modo a garantir a execução de projetos com maior rapidez e qualidade.

Dessa forma, o objetivo geral deste trabalho é avaliar a importância da disseminação da metodologia BIM no curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo nas instituições presenciais de ensino superior da cidade de Vitória da Conquista – BA. Já os objetivos específicos são:

  • Descrever o surgimento do BIM no Brasil e no Mundo;
  • Conceituar e diferenciar a plataforma BIM de outros tipos de softwares comumente utilizados;
  • Demonstrar a importância do ensino do BIM na graduação como parte integrante da formação do futuro profissional de Arquitetura e Urbanismo; e
  • Realizar uma análise das Matrizes Curriculares e dos Planos de Ensino nas instituições de ensino presencial de Arquitetura e Urbanismo da cidade de Vitória da Conquista – BA.

Com isso, o presente trabalho busca responder à seguinte problematização: as Matrizes Curriculares e os Planos de Ensino de Arquitetura e Urbanismo da cidade de Vitória da Conquista preveem o ensino da metodologia BIM?

2 METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, utilizando-se uma abordagem qualitativa. O principal objetivo é proporcionar maior familiaridade com o tema abordado, buscando torná-lo mais claro e, consequentemente, contribuindo para a formulação de hipóteses. O estudo exploratório é especialmente adequado quando há escassez de informações consolidadas sobre o assunto, como é o caso deste artigo.

Dessa forma, a investigação apoia-se em referências teóricas pertinentes, como livros, artigos científicos e teses, além da análise das Matrizes Curriculares e dos Planos de Ensino de duas instituições de ensino superior da cidade de Vitória da Conquista – BA, que oferecem o curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo na modalidade presencial. Essa análise visa coletar informações necessárias para atingir o objetivo geral do trabalho.

A escolha da abordagem qualitativa se justifica pela sua capacidade de proporcionar uma compreensão mais aprofundada do tema, utilizando o raciocínio lógico para se chegar a conclusões fundamentadas. A pesquisa qualitativa, frequentemente, apresenta a vantagem de suscitar sugestões para estudos futuros, que emergem ao longo do processo de investigação (Kates, 1998). Assim, a coleta de dados, pautada em uma sólida fundamentação teórica, é essencial para sustentar o trabalho científico, possibilitando uma análise aprofundada de realidades e contextos específicos.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Este tópico apresenta informações sobre o tema, com base em pesquisas bibliográficas realizadas por outros autores sobre a metodologia BIM. Logo, serve como embasamento e articulação para o assunto discorrido.

3.1 SURGIMENTO DO BIM NO BRASIL E NO MUNDO

O surgimento do Building Information Modeling (BIM) está intrinsecamente ligado às inovações tecnológicas ocorridas no século XX, especialmente no campo da automação e modelagem por computador. Na década de 1960, o uso de computadores começou a ser explorado por empresas automobilísticas para otimizar o desenvolvimento de traçados e a resolução de problemas geométricos. Esse período foi marcado pelo início da digitalização industrial, o que favoreceu o surgimento de diversas tecnologias. Em 1968, o engenheiro francês Pierre Bézier, da Renault, criou a ferramenta UNISURF, que foi pioneira no desenho de peças automotivas assistido por computador. Essa tecnologia é considerada uma precursora do CAD (Computer-Aided Design), que revolucionou não apenas a indústria automobilística, mas também o setor de design e engenharia (Chaves, 2021).

Com o avanço da automação, o final da década de 1970 foi marcado pelo desenvolvimento de softwares de modelagem CAD, entre eles os desenvolvidos pela Dassault Systèmes e pela Autodesk. Essas empresas foram pioneiras no desenvolvimento de programas que permitiram aos profissionais das áreas de engenharia e design trabalhar com mais precisão e eficiência. Nesse contexto, o uso do CAD passou a ser incorporado no dia a dia das empresas desenvolvedoras de produtos, promovendo uma verdadeira transformação na forma como os projetos eram desenhados e executados.

No entanto, o termo BIM surgiu na mesma década, quando o educador Charles Eastman e sua equipe criaram o método Building Description System (BDS), ou Sistema de Descrição da Construção. Essa inovação proporcionou diversas discussões sobre novas tecnologias aplicadas ao setor da construção civil. Eastman foi um dos precursores da aplicação de sistemas de modelagem assistida por computador no setor de edificações, embora, na época, a tecnologia ainda fosse limitada pelas capacidades dos computadores disponíveis. Segundo Gaspar e Ruschel (2017), o conceito BIM foi formalizado apenas em 1986, quando o termo Building Information Modeling foi empregado pela primeira vez para descrever a associação de dados de todo o ciclo de vida de um empreendimento, desde o planejamento até a operação.

De acordo com Eastman et al. (2014), o BIM tem suas raízes nessas pesquisas pioneiras, mas ainda hoje não possui uma definição única e amplamente aceita. Para o autor, o BIM pode ser entendido como “uma tecnologia de modelagem e um conjunto associado de processos para produzir, comunicar e analisar modelos de construção”. Essa definição reflete a amplitude da metodologia, que abrange não apenas a criação de modelos tridimensionais, mas também o gerenciamento das informações ao longo de todo o ciclo de vida de um projeto.

Na década de 1980, o surgimento dos primeiros softwares de modelagem 3D aplicados à construção civil, como os baseados em CAD, foi considerado um grande avanço. Contudo, naquela época, as limitações tecnológicas ainda eram significativas. Os computadores disponíveis não tinham a capacidade de processamento necessária para gerenciar grandes volumes de dados, e os softwares eram extremamente caros. Muitos profissionais preferiam continuar projetando em 2D, uma vez que o 3D era visto como uma tecnologia distante e pouco acessível. O lançamento da primeira versão do AutoCAD, em 1982, foi um marco, pois tornou a modelagem assistida por computador mais acessível. Esse software viria a ser, mais tarde, o precursor do uso do BIM pela Autodesk, uma das empresas mais importantes na disseminação dessa metodologia (Blanco; Chen, 2014).

No Brasil, a chegada do BIM ocorreu de forma mais tardia, ganhando força a partir dos anos 2000, especialmente no setor da construção civil. Foi apenas em 2010, após a aprovação e publicação do Decreto BIM, que a metodologia começou a ganhar notoriedade no país. A implementação do Decreto incentivou a adoção do BIM, e as buscas pelo termo na internet aumentaram drasticamente, conforme demonstrado por pesquisas realizadas naquele ano (Farias, 2021).

O estabelecimento da Estratégia Nacional de Disseminação do BIM (END-BIM), em 2018, foi um passo crucial para a difusão da metodologia no Brasil. A estratégia visa não apenas promover a adoção do BIM, mas também aumentar a competitividade da indústria da construção brasileira. Ela estabeleceu diretrizes para a implementação do BIM em projetos públicos e privados, com o objetivo de melhorar a eficiência, a qualidade e a inovação nos projetos de construção (END-BIM, 2018).

Nos últimos anos, o número de empresas e profissionais que adotaram o BIM no Brasil cresceu consideravelmente. O país sediou diversos eventos e conferências sobre o tema, e muitas universidades passaram a incluir o ensino do BIM em seus currículos de arquitetura e engenharia. Essas iniciativas posicionaram o Brasil como um dos líderes regionais na adoção da metodologia na América Latina. No entanto, ainda existem desafios relacionados à sua implementação. Segundo a equipe SPBIM, os maiores obstáculos estão relacionados a três fatores principais: a tecnologia, os processos e as pessoas (SPBIM, 2023).

3.2 DIFERENÇAS ENTRE A METODOLOGIA BIM E O MÉTODO CAD

A comparação entre o CAD (Desenho Auxiliado por Computador) e o BIM (Modelagem da Informação da Construção) é recorrente, especialmente devido às suas diferenças fundamentais. Embora ambos sejam amplamente utilizados na indústria da construção e em áreas relacionadas, suas características os posicionam de maneiras distintas. O CAD, como o nome indica, é uma tecnologia que permite a criação de desenhos técnicos em 2D e 3D. Ele foi desenvolvido para substituir as pranchetas de desenho tradicionais, facilitando a produção de projetos com maior precisão e rapidez (Costa et al., 2015).

Por outro lado, o BIM é mais do que uma simples tecnologia de desenho. Trata-se de uma metodologia que utiliza a modelagem 3D como base, mas vai além, integrando dados e informações de diversas fases do projeto, desde o planejamento até a execução e manutenção. Assim, o BIM permite que os profissionais tenham uma visão completa e integrada de todo o ciclo de vida de um empreendimento, o que proporciona maior eficiência na tomada de decisões.

No CAD, as representações gráficas são baseadas em coordenadas que formam elementos de desenho, e qualquer alteração nos elementos requer modificações manuais. Isso significa que o CAD oferece flexibilidade limitada no gerenciamento de alterações ao longo do desenvolvimento do projeto. Já no BIM, os modelos são paramétricos, o que significa que qualquer alteração em uma parte do modelo atualiza automaticamente as demais partes relacionadas, proporcionando uma consistência maior e reduzindo o retrabalho (Coelho; Mattar; Novaes, 2008).

Outra grande diferença está no fato de que o AutoCAD, um software CAD amplamente utilizado, é uma ferramenta de desenho técnico geral, enquanto o BIM é uma metodologia que suporta todas as fases de um projeto de construção. Entre os softwares que utilizam o conceito BIM, o Revit se destaca. Desenvolvido pela Autodesk, o Revit é amplamente utilizado para coordenar a entrada de dados de diferentes disciplinas (como arquitetura, engenharia estrutural, elétrica, hidráulica, etc.) e gerar resultados integrados. Na prática, muitas empresas utilizam tanto o AutoCAD quanto o Revit de maneira complementar, com profissionais especializados em CAD e BIM trabalhando em diferentes aspectos de um projeto (Autodesk, 2021).

O BIM apresenta diversas vantagens em relação ao CAD. A primeira delas é a capacidade de integrar informações detalhadas sobre os componentes do edifício, como geometria, materiais, custos e cronogramas. Essa integração facilita o planejamento e a gestão dos recursos, promovendo a redução de erros e a otimização do tempo de execução dos projetos. Outra vantagem é a colaboração entre profissionais de diferentes áreas, uma vez que o BIM permite que todos os envolvidos no projeto trabalhem de maneira integrada e sincronizada, compartilhando dados em tempo real.

Por fim, o BIM também se destaca pela sua capacidade de automatizar tarefas repetitivas e permitir a reutilização de informações, o que aumenta a produtividade e a eficiência. Embora o CAD ainda seja amplamente utilizado e continue a ser uma ferramenta valiosa, especialmente para projetos menos complexos, o BIM oferece uma abordagem mais avançada e integrada para o design e a construção de edificações e infraestrutura. Essa diferença coloca o BIM em uma posição de destaque no mercado da construção civil, especialmente em projetos de grande escala.

3..3 ENSINO DA METODOLOGIA BIM NAS UNIVERSIDADES

Com o crescente uso do BIM na construção civil e em outras áreas relacionadas, tornou-se essencial a sua inserção nos currículos acadêmicos. A metodologia BIM representa um avanço significativo em termos de tecnologia de modelagem e gestão de informações, o que tem impulsionado sua adoção tanto no Brasil quanto no mundo. No Brasil, o movimento de incorporação do BIM nas universidades vem crescendo, refletindo a necessidade de formar profissionais que estejam capacitados para lidar com as novas exigências do mercado (Agência CBIC, 2020).

A implementação do BIM no ambiente acadêmico tem sido um fator determinante para preparar profissionais mais qualificados, aptos a enfrentar os desafios da modernização do setor da construção civil. Ao integrar o BIM nas disciplinas dos cursos de arquitetura, engenharia e áreas afins, as universidades estão contribuindo para que seus alunos desenvolvam habilidades que vão além do simples desenho técnico, abrangendo o desenvolvimento de projetos de forma colaborativa e integrada.

Um exemplo da importância do ensino do BIM pode ser observado na Universidade de Austin, no Texas (EUA), onde foi realizada uma pesquisa sobre as taxas de empregabilidade dos alunos formados antes e depois da inclusão do BIM no currículo. Os resultados mostraram que, após a implementação do BIM no curso, as taxas de emprego aumentaram significativamente, passando de 84% para 95% entre os alunos formados após 2012, e chegando a 100% em 2013. Esses dados demonstram que o BIM é uma competência valorizada no mercado de trabalho, o que ressalta a importância de sua adoção no ensino superior.

No Brasil, o estudo de Basto e Júnior (2016) avaliou a adoção do BIM nas universidades brasileiras. A pesquisa, realizada com 48 professores de instituições públicas e privadas, revelou que apenas 27% dos docentes já haviam utilizado o BIM em suas aulas, sendo que a maioria deles ainda tratava o tema de forma introdutória. Isso indica que, apesar da crescente adoção do BIM no mercado, ainda há um longo caminho a percorrer para que ele seja plenamente integrado ao ensino acadêmico no país.

O ensino do BIM nas universidades requer uma abordagem organizada e cuidadosa, especialmente porque representa uma mudança de paradigma no mercado de trabalho. O BIM não é apenas uma ferramenta técnica, mas uma metodologia que exige uma nova forma de pensar e planejar projetos. Embora a tecnologia BIM tenha evoluído significativamente nos últimos anos, ainda existe uma escassez de profissionais capacitados para utilizá-la de forma plena. Isso reforça a importância de que as instituições de ensino invistam no treinamento de seus docentes e na atualização de seus currículos, de modo a preparar melhor os alunos para as demandas do mercado (Leite; Brooks, 2020).

O ensino do BIM nas universidades também promove uma maior colaboração entre as diferentes disciplinas envolvidas na construção civil, uma vez que a metodologia permite a integração de dados de diversas áreas, como arquitetura, engenharia estrutural, elétrica, hidráulica, entre outras. Essa abordagem colaborativa é fundamental para garantir que os projetos sejam desenvolvidos de maneira eficiente, com menos erros e retrabalhos, além de promover a sustentabilidade e a redução de custos.

Por fim, a adoção do BIM no ensino superior oferece aos alunos uma vantagem competitiva no mercado de trabalho, já que muitas empresas de arquitetura, engenharia e construção estão em busca de profissionais que dominem essa metodologia. O BIM proporciona uma visão holística do processo de design e construção, integrando aspectos como eficiência energética, sustentabilidade e acessibilidade, desde as fases iniciais do projeto até a sua conclusão. Isso prepara os futuros arquitetos e engenheiros para enfrentar os desafios contemporâneos da indústria e contribuir para o desenvolvimento de ambientes construídos mais eficientes, seguros e sustentáveis.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base no objetivo geral e nos objetivos específicos deste trabalho, foi realizada uma análise detalhada das Matrizes Curriculares e Planos de Ensino das duas únicas instituições de ensino superior que oferecem o curso presencial de Arquitetura e Urbanismo localizadas em Vitória da Conquista – BA: a Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR) e o Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU).

A FAINOR oferece um curso de Arquitetura e Urbanismo de excelência, integrando conhecimentos técnicos, humanísticos e artísticos, e formando profissionais para atuar em áreas planejadas como construção civil, planejamento urbano e arquitetura de interiores. Abordando temas contemporâneos como sustentabilidade e cidades inteligentes, o curso capacita os alunos para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, oferecendo uma formação completa para coordenar equipes multidisciplinares e desenvolver soluções inovadoras e criativas, ampliando suas oportunidades de trabalho.

A UNINASSAU, por meio de seu curso de Arquitetura e Urbanismo, busca formar profissionais altamente capacitados para atuar nas diversas áreas da arquitetura, com foco na integração harmoniosa entre os espaços edificados e o ambiente urbano e social. O curso estimula a criatividade na organização dos espaços, aprofunda a compreensão dos fundamentos culturais, históricos e socioeconômicos da profissão, e fornece sólidos conhecimentos técnicos, fundamentais para a prática projetiva. Dessa forma, os egressos estão aptos a desenvolver projetos de arquitetura de interiores, industrial, paisagismo, edificação, luminotécnica, restauração de edifícios e urbanismo, desempenhando um papel essencial na concepção e transformação dos espaços urbanos e edificados, sempre respeitando as normas técnicas e os valores estéticos.

Vale destacar que Vitória da Conquista se destaca como um importante polo educacional do sudoeste da Bahia, reconhecida por sua infraestrutura acadêmica e pela diversidade de cursos oferecidos, atraindo estudantes de várias regiões do estado e do país. A análise visa compreender as particularidades e contribuições de cada instituição na formação de profissionais de Arquitetura, com foco no ensino da metodologia BIM.

Com base na Matriz Curricular e no Plano de Ensino disponíveis para análise, observa-se que a FAINOR, que conta com 56 matérias obrigatórias e 1 optativa no decorrer de 10 semestres, prezando pela modernização e excelência na formação de profissionais do campo da Arquitetura, implementou a disciplina “Aplicação da Plataforma BIM”, com carga horária de 30 horas de prática e 30 horas de teoria, no curso de Arquitetura e Urbanismo, a partir do 5º semestre, tendo como pré-requisito ter cursado as matérias de Computação Gráfica I e II anteriormente. A matéria Computação Gráfica I é uma introdução ao desenho assistido por computador 2D, com programas do tipo CAD (Computer Aided Design) específico para Arquitetura. Já a matéria Computação Gráfica II é a utilização de softwares específicos para apresentações avançadas, modelagem virtual e animação, como desenho e projetos em 3D (maquetes virtuais). Tal iniciativa tem como objetivo proporcionar aos estudantes uma imersão nas ferramentas e técnicas mais recentes utilizadas no mercado da construção civil, preparando-os para os desafios de um ambiente profissional cada vez mais integrado e colaborativo.

O BIM é amplamente reconhecido como uma metodologia inovadora no desenvolvimento de projetos de edificações, pois envolve a criação de um modelo digital tridimensional que abrange todas as fases do ciclo de vida de uma construção, desde o planejamento inicial até uma eventual demolição. Desse modo, o processo de ensino torna-se mais dinâmico, oferecendo aos alunos a oportunidade de visualizar, analisar e corrigir possíveis inconsistências no projeto antes mesmo de sua execução.

A ementa da disciplina oferecida pela FAINOR segue uma abordagem estruturada em cinco módulos, os quais abordam os principais aspectos da metodologia BIM. O conteúdo programático inclui os seguintes tópicos:

  1. Introdução ao conceito BIM: Apresenta os fundamentos do BIM, suas vantagens e aplicações no campo da arquitetura e urbanismo. Os alunos compreendem como o BIM difere dos métodos tradicionais de projeto, explorando o potencial de integração entre diferentes disciplinas e etapas do projeto.
  2. Estrutura de navegação do projeto: Nesta fase, os estudantes aprendem a navegar em modelos tridimensionais, compreendendo a hierarquia e a organização dos elementos dentro do ambiente BIM.
  3. Criação de elementos arquitetônicos, estruturais e sistemas prediais: Os alunos são introduzidos à criação e manipulação de componentes arquitetônicos, estruturais e prediais, como paredes, lajes, vigas, pilares, sistemas hidráulicos e elétricos, utilizando o software BIM escolhido pelo docente.
  4. Famílias, tipos e instâncias: São abordados conceitos essenciais sobre “famílias” no BIM, que permitem a criação de elementos reutilizáveis e parametrizáveis. Além disso, os alunos estudam as diferenças entre “tipos” e “instâncias” e como essas categorias são utilizadas para otimizar o projeto.
  5. Parametrização do projeto: Nesta etapa, os alunos são introduzidos à parametrização, permitindo a criação de projetos flexíveis e dinâmicos que podem ser ajustados automaticamente com base em mudanças nos parâmetros predefinidos.
  6. Conectividade dos componentes em metodologias BIM: Sendo uma das grandes vantagens do BIM, é fundamental que os estudantes compreendam a interconexão entre os diversos componentes do projeto. É destacada a importância da conectividade entre sistemas arquitetônicos, estruturais e prediais para garantir a integridade e funcionalidade do projeto como um todo.
  7. Composições volumétricas: Exploração da modelagem volumétrica e seu impacto nas composições arquitetônicas, permitindo aos alunos desenvolverem estudos de forma e espaço com base nas condicionantes do projeto.
  8. Estudo de unidades construtivas e condicionantes dimensionais: Nesta fase, realiza-se uma análise detalhada das unidades construtivas e das limitações e condicionantes dimensionais que influenciam o processo de concepção e execução de projetos arquitetônicos.
  9. Logística gráfica dos componentes construtivos: Organização e gestão gráfica dos elementos construtivos dentro do projeto, permitindo aos alunos uma visualização clara e objetiva de todos os componentes e suas interações.
  10. Organização da documentação: Estruturação e organização da documentação necessária para o desenvolvimento do projeto, incluindo plantas, cortes, fachadas e demais documentos técnicos que acompanham o modelo BIM.
  11. Interoperabilidade entre softwares BIM e componentes construtivos: Por ser o BIM uma metodologia relativamente nova no Brasil, é importante que os alunos compreendam a capacidade de integração entre diferentes softwares BIM e a troca de informações entre eles, garantindo a continuidade e integridade dos dados do projeto em diferentes plataformas.
  12. Integração da documentação gráfica com o modelo 3D: Abordagem sobre a convergência entre a documentação gráfica e o modelo tridimensional, permitindo a geração automática de plantas e cortes a partir do modelo 3D.
  13. Detalhamento, listas de materiais e quantitativos: Ferramentas para o detalhamento do projeto, geração de listas de materiais e levantamento de quantitativos, auxiliando no planejamento e controle de custos da obra.
  14. Colaboração entre projetistas: Um dos principais pilares do BIM é a colaboração. Nesta fase, os alunos aprendem como projetistas de diferentes áreas (arquitetura, engenharia estrutural, elétrica, hidráulica, entre outras) podem trabalhar de forma integrada, compartilhando informações em tempo real e garantindo a coesão do projeto.

Ao oferecer esses conteúdos, essa abordagem didática visa capacitar os estudantes a dominarem o uso da metodologia BIM como uma ferramenta central no desenvolvimento de projetos arquitetônicos, permitindo uma melhor visualização do produto final, redução de erros durante a construção e otimização dos recursos. Ao concluir o curso, os futuros arquitetos estarão aptos a utilizar o BIM de forma eficiente, participando de projetos colaborativos e atendendo às exigências do mercado profissional, destacando-se nesse contexto.

A implementação do BIM na graduação de Arquitetura e Urbanismo da FAINOR coloca a instituição na vanguarda do ensino de metodologias inovadoras, oferecendo aos seus alunos uma formação que alia teoria e prática com o que há de mais avançado em termos de tecnologia aplicada à construção civil.

Assim como a FAINOR, a UNINASSAU também localizada em Vitória da Conquista e que oferece o curso de Arquitetura e Urbanismo, com base nos documentos obtidos foi possível analisar o Plano de Ensino e a Matriz Curricular. A UNINASSAU, uma rede de instituições de ensino superior reconhecida pela qualidade de ensino e infraestrutura moderna, oferece aos seus alunos uma formação focada nas necessidades do mercado atual. Entre as disciplinas que compõem a grade curricular, onde consta 63 matérias obrigatórias e 4 matérias optativas, destaca-se a disciplina “Desenho Assistido por Computador 3D” com 40 horas práticas presenciais e 20 horas teóricas EAD, destinada aos alunos do 4º semestre.

De acordo com a ementa, essa disciplina tem como objetivo proporcionar aos alunos um estudo teórico e prático de softwares gráficos baseados em tecnologia CAD, permitindo a criação de representações gráficas tridimensionais de projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo e paisagismo. O conteúdo é planejado de forma a fornecer aos alunos o conhecimento necessário para desenvolver habilidades fundamentais na elaboração, análise e interpretação de projetos arquitetônicos. O aprendizado é essencial para garantir que os futuros arquitetos possam traduzir suas ideias em representações visuais detalhadas, claras e precisas, utilizando tecnologia de ponta.

Durante o curso da disciplina, os alunos aprendem a manipular softwares de modelagem 3D, essenciais no mercado de arquitetura contemporânea, onde a visualização tridimensional é uma exigência crescente. Além disso, a prática constante com essas ferramentas ajuda os estudantes a compreenderem melhor as relações espaciais, as proporções e os detalhes construtivos dos projetos, aprimorando sua capacidade de análise crítica e comunicação visual.

Apesar de a UNINASSAU oferecer uma disciplina sólida e bem estruturada voltada para o uso da tecnologia CAD na modelagem tridimensional, sua grade curricular não contempla uma disciplina específica sobre a metodologia BIM, que tem se tornado uma ferramenta amplamente utilizada em escritórios de arquitetura e empresas da construção civil. O BIM se diferencia do CAD tradicional ao integrar, além das dimensões físicas dos projetos, informações detalhadas sobre materiais, custos, tempo de execução e outros elementos que permeiam todas as fases de um projeto arquitetônico.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como sabe-se, nos últimos anos, os arquitetos passaram por mudanças significativas em relação aos softwares e metodologias de trabalho. Sendo essas mudanças um impacto na forma como os projetos são concebidos, desenvolvidos e executados. Logo, é possível concluir que a introdução da metodologia Building Information Modeling (BIM) na graduação de Arquitetura e Urbanismo representa um avanço significativo na formação de futuros profissionais. Este estudo destaca a importância da incorporação do BIM nos currículos acadêmicos, ressaltando seus benefícios não apenas em termos de eficiência e precisão na criação de projetos, mas também no desenvolvimento de habilidades colaborativas e multidisciplinares essenciais para o mercado de trabalho contemporâneo.

A adoção do BIM permite aos estudantes uma compreensão mais profunda e integrada dos processos de construção, promovendo uma abordagem holística ao design e planejamento. Ao simular cenários reais de projeto e construção, os futuros arquitetos ganham experiência prática que os prepara melhor para enfrentar os desafios da indústria. Além disso, o BIM incentiva a inovação e a sustentabilidade, ao possibilitar análises mais detalhadas e precisas desde as fases iniciais do projeto.

Portanto, a implementação do BIM na educação de arquitetos não só eleva a qualidade do ensino e das competências adquiridas, mas também alinha a formação acadêmica com as demandas e tendências do setor. A formação de profissionais proficientes em BIM é crucial para a evolução da arquitetura e da construção, garantindo que os graduados estejam prontos para liderar e inovar em um ambiente cada vez mais tecnológico e integrado. Em suma, o BIM na graduação é um investimento indispensável para o futuro da profissão, contribuindo para o desenvolvimento de arquitetos mais capacitados, eficientes e conscientes de seu papel na construção de um ambiente construído mais sustentável e inteligente.

Em conclusão, a análise das Matrizes Curriculares da FAINOR e da UNINASSAU revelam diferenças importantes na abordagem ao ensino de metodologias modernas. A FAINOR, por exemplo, já incorporou o BIM como parte essencial de sua formação acadêmica, dedicando uma maior carga horária a essa metodologia. Em contrapartida, a UNINASSAU ainda não oferece o BIM de forma obrigatória em uma disciplina específica, o que limita o potencial de inovação na formação de seus alunos, que permanecem focados majoritariamente no CAD 3D. Embora o CAD 3D seja uma competência importante no mercado, o BIM fornece uma abordagem mais aprofundada e alinhada com as demandas atuais da indústria da construção.

Nesse sentido, seria válido que a UNINASSAU incorporasse o BIM como disciplina obrigatória, além de ajustar a carga horária para garantir uma formação mais completa. Além disso, tanto a FAINOR quanto a UNINASSAU poderiam incentivar o desenvolvimento de novos projetos acadêmicos que aplicassem o BIM de maneira prática, enriquecendo a vida dos seus acadêmicos.

A realização deste estudo na cidade também reforça a relevância da pesquisa, uma vez que a disseminação do BIM desde a graduação contribui diretamente para a melhoria das práticas arquitetônicas locais. Os benefícios trazidos pelo uso do BIM durante a formação acadêmica são evidentes, pois permitem aos futuros profissionais um melhor preparo para enfrentar as demandas do mercado de trabalho, aumentando sua competitividade e qualificando-os para um cenário em constante transformação.

REFERÊNCIAS

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¹Discente do Curso Superior de Arquitetura e Urbanismo do Instituto FAINOR Campus Vitória da Conquista-Ba, e-mail: mluisapbastos@gmail.com