MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL JOGOS E BRINCADEIRAS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202412221402


Joana Josiane Andriotte Oliveira Lima Nyland1; Rejane Beatriz Souza Weber Cavalcante2; Geaze da Silva Santos3; Rawlinson dos Santos4; Eliana de Oliveira da Silva5; Diógenes Vale de Oliveira6; Jaqueline Cardoso da Silva Souza7; Rosimaire Ferreira Silva8; Joelma Nascimento de Castro9; Kleber Souza de Oliveira10


Resumo: Nesse artigo iremos ver como e fundamental praticar jogos e brincadeiras na educação infantil, por ser uma grande ferramenta em sala de aula, apresentar a matemática para as crianças com esse conceito fará com que a disciplina se torne prazerosa e assim se quebre paradigmas de forma lúdica e assim a transformar em uma disciplina atrativa.

Palavraschave: Matemática. Metodologia. Jogos e brincadeiras. Infância.

1. INTRODUÇÃO

Para que a matemática chegasse com maior facilidade de entendimento e para maior absorção do conhecimento pelas crianças, houve uma necessidade de que interagissem jogos e brincadeiras na educação infantil, para que trouxesse cativo a atenção das crianças e que elas tivessem maior interesse, menos dispersão e tornando assim uma forma divertida de aprender a matemática.

Através de estudos realizados por filósofos, temos como base para desenvolvermos metodologias educacionais para crianças, com esses métodos, observamos que a aprendizagem passou a ser mais recetível pelas crianças, pelo ensino ter se tornado mais agradável e satisfatório. Segundo as Diretrizes Nacionais para Educação Infantil é fundamental que o ensino de matemática seja significativo para a criança, considerando os conhecimentos prévios, que já fora construído no ambiente familiar, e nas relações que estas estabelecem com os outros.

As atividades que forem ser lecionadas no sistema educacional infantil devem ser observadas, com o intuito de diagnosticar a desenvoltura individual de cada aluno, desse modo esse meio de ensino tem a função de utilizar jogos e brincadeiras como meios de promover uma fonte maior de conhecimento.

A disciplina matemática foi, esta sendo e talvez sempre será considerada por muitas pessoas uma vilã, que não é nenhuma novidade para todos nós. O testemunho de muitos aspirantes a pedagogo correspondente a associação com a disciplina matemática tende a não ser muito entusiasmante. No entanto, para alguns, fazer uso de uma metodologia significativa, pode fazer com que essa disciplina se torne mais atraente e chamativa. É primordial realizar tais métodos já na fase inicial escolar das crianças, fazendo com que o conceito da matemática passe a ser de modo simples e natural na aprendizagem de cada pessoa.

O objetivo do presente artigo é levar as crianças, através do lúdico (jogos e brincadeiras), a uma melhor forma de entendimento da disciplina de matemática. Mostrando que a matemática pode ser uma matéria prazerosa de se aprender. Trabalhar a matemática na educação infantil por meio lúdico, irá despertar o desenvolvimento criativo e potencializar as habilidades dos alunos, formando as crianças para o meio físico, social e lógico matemático habituando-se de modo autônomo em cada etapa da diversidade educacional.

2. DESENVOLVIMENTO

Absorvemos o conteúdo matemático nas ações do nosso dia a dia, a matemática é um conteúdo que se transmite através da nossa cultura. Desse modo, concorda-se com Moura (2007) que:

A necessidade gera ações e operações que, ao serem realizadas com instrumentos, permitem o aprimoramento constante da vida humana. A Matemática é um desses instrumentos que capacitam o homem para satisfazer a necessidade de relacionar-se para resolver problemas, em que os conhecimentos produzidos a partir dos problemas colocados pela relação estabelecida entre os homens e com a natureza foram-se especificando em determinados tipos de linguagem que se classificaram como sendo matemática (MOURA, 2007, p.48).

Grandes nomes como Vygotsky (1991), Leontiev (1994) e Elkonin (1998) representaram a concepção citada à cima, que teve seu fundamento na sociedade soviética. Dias Facci (2004) era a favor desses autores e ainda afirmou que é no observar que a criança conhece o mundo, os objetos aos quais irão definir determinadas brincadeiras. Ela ainda salienta que o brincar “é influenciado pelas atividades humanas e pelas relações entre as pessoas” (DIAS FACCI, 2004; p.69).

De acordo com a ideologia de Moraes (2010), há uma afirmação que se baseia na matemática como um grupo de sinais que permitem o homem manipularem e emitir informativos relacionados ao controle de quantidade, variações das grandezas, espaço e formas. Sendo assim, organiza-se uma forma de comunicação produzida historicamente das necessidades humanas. Agregado ao conceito matemático baseou em Leontiev (1971), que nos dá um conceito de linguagem.

Para avaliar a praticidade do docente em sala de aula, prática que envolve o nível de conhecimento, verifica-se primeiramente o raciocínio de duas metodologias epistemológicas, Empirismo e Racionalismo, acerca da primazia da gênese do Conhecimento, logo após diagnosticar a perceção do professor que, através da influência dessas metodologias, direcionam suas práticas.

Pensadores, com o passar do tempo, buscaram compreender e pautar a veracidades, aonde, “episteme” = verdade, “logos” = conhecimento e “ia” = arte de. Desse modo, a Epistemologia, para os filósofos seria a “teoria do conhecimento”.

Jean Piaget, em suas teorias, usufruiu da psicologia como ferramenta para a conclusão de seus estudos acerca da evolução do conhecimento desde o seu princípio, com sua essência voltada para a Epistemologia. Pode-se dizer que ele partiu da biologia, passando pela Psicologia para chegar a Epistemologia.” (FRANCO, 1995, p.16).

Não era sua intenção criar uma metodologia educacional para os educadores, mesmo que procurasse tornar compreensível o modo de como a criança desenvolve sua capacidade fora do ambiente escolar, dentro dele, é válida a importância dessas metodologias para os educandos, pois em sua vida diária, defrontam esses planos metodológicos. Piaget iniciou o seu estudo então, com bebês, não pelo próprio interesse, mas pelo fato de achar que na medida em que surgisse uma determinada dificuldade, ela deveria ser examinada desde suas raízes.

2.1 A importância do lúdico no desenvolvimento do trabalho com a linguagem

Toda criança expressa uma progressão da literatura e da escrita de modo natural e evolutivo quando são expostas pelo educador em atividades conjuntas com o lúdico, servindo como para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. O lúdico bem elaborado e bem executado provavelmente despertará nas crianças o desenvolver de sua psicomotricidade no âmbito processual escolar.

As brincadeiras irão despertar nas crianças seu lado emotivo, de como lidar com esses tipos de emoções e equilíbrio de suas das tensões decorrente de suas culturas, fazendo com que descubra sua personalidade individual. Trabalhar com atividades lúdicas torna-se um meio de facilitar a aprendizagem, favorecendo as crianças um ambiente alfabetizador com maior comodidade, confortável e acolhedor.

O lúdico quando bem associado promove ótimos benefícios ao ser humano, relacionados à saúde física, social, psíquica e emocional independentemente da idade.

O exercício físico é umas das características benéficas à saúde que o lúdico promove, sendo uma das bases principais inseridas no cotidiano escolar das crianças. Trabalhar em equipe é outra fase benéfica social que também é despertada nas crianças pelo lúdico, o dinamismo e a cooperação vêm através dos jogos e brincadeiras ajudando as crianças a diferenciar entre o coletivo e o individualismo, ensinando importância das regras e do respeitar seu semelhante.

O beneficiamento psíquico é essencial para a vida do aluno, o lúdico vem trabalhar e contribuir com a desinibição e alta estimulação mental da criança obrigando-a a solucionar problemas de uma forma divertida e agradável.

O benefício emocional é provocado pelo lúdico quando desperta na criança a sensação de bem-estar e de querer solucionar as atividades lúdicas com sucesso, sem contar na comunhão que é estimulado entre as crianças.

2.1 Problematizando as brincadeiras e aprendendo matemática desde a educação infantil: possibilidades ao nosso alcance

Abrimos esse capítulo com uma citação de Smole, Diniz e Cândido (2000b, p.18) que fala acerca de crenças que precisam ser evitadas no ambiente dentro de um ambiente escolar:

[…] em vez de pensarmos sobre os problemas como sendo desta ou daquela operação, deveríamos considerá-los como perguntas que as crianças tentam responder pensando por si mesmas. Dessa forma, não se exige nada além das capacidades naturais que toda criança tem de se encantar por desafios.

Um bom profissional tem de ousar e experimentar diversas maneiras para explorar o conhecimento. Desse modo devemos experimentar uma forma de metodologia eficaz no desenvolvimento matemático, no caso os jogos e brincadeiras.

Pode até ser um desafio a princípio, mas é um meio onde se encontra a trabalhar com maior facilidade métodos de ensino, por apresentar uma metodologia em que aprender matemática passa a ser agradável no aspecto de prender a atenção das crianças, levando um ensino a um nível em que todos o participante possa compreender de acordo com a capacidade mental, física e emocional, onde o brincar, tornar-se parte da vida em meio à aprendizagem.

Vale destacar propostas de autoras de como deve ser organizado o ambiente em sala de aula para o desenvolvimento desta perspectiva metodológica. Buscando apresentar para as crianças de como pode ser divertido aprender matemática brincando e mostrando que a matemática não é nenhum bicho de sete cabeças, além do mais, podemos registar informações dadas pelas crianças, ressaltando os tipos de avaliações estes nos permitem fazer.

A partir dessas aplicações, serviremos também como exemplo e assim no aspecto da expansão de objetivos que asseguram a aprendizagem da matemática em outros grupos no desenvolver de seguintes brincadeiras: coelhinho sai da toca, jogo da memória, na colaboração com outros educadores.

O objetivo dessas brincadeiras é vivenciar situações teóricas e práticas, no intuito de debater princípios básicos para aprimoramento do ensino da matemática em questão, possibilitando na execução das brincadeiras, a elaboração de uma um método pedagógico, realizar a função de resolução de problemas e a sua contribuição para o ensino da matemática

3. COMO TRABALHAR OS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Através de jogos de tabuleiro, voltado para a educação infantil, no qual contenha números. Esses jogos podem ser confeccionados através das próprias crianças com a intervenção de adulto.

Ao fazermos um passeio com um grupo de crianças em um estabelecimento de compras, podem-se mostrar as crianças que na para os alunos que nas prateleiras, peças contem valores/números e ao mostrar esses números, mostrar que a matemática está presente no nosso dia a dia.

Trabalhar jogos na educação infantil é algo divertido e prazeroso. Ao fazermos um jogo da memória, podemos inserir os alunos na confecção, através do colorir, colar, enfeitar, depois é só se deixar levar na criatividade e diversão que esse jogo pode proporcionar.

Durante a rodinha de rotina, conversar sobre os números com as crianças, perguntando em quais ações realizadas por elas no dia a dia a matemática está presente, despertar a atenção para observar a presença dos conhecimentos que envolvem a matemática nas ações mais simples do cotidiano. Ao cantarolar as músicas infantis, explorar as que apresentam números, formas etc.

Escolher uma criança para fazer a contagem dos colegas, colocando no quadro meninas de um lado e meninos do outro, representar com desenhos, por exemplo: Desenhar flores para as meninas e bolas para os meninos, colocar na vertical no quadro e pedir para eles falarem qual tem mais, eles irão visualizar e comparar qual está maior e dizer que tem mais. Fazer o mural com calendário, datas comemorativas, aniversariantes. Explorar o calendário, dia, mês, ano, aniversariante, datas comemorativas.

3.1 Tipos de jogos e brincadeiras

3.1.1 Coelhinho sai da toca

Levar as crianças para o pátio, sentar em roda e explicar a brincadeira e as regras. Cada toca só pode ter um coelhinho, quem ficar sem toca sai da brincadeira, vence quem conseguir fica até o final. Não pode empurrar os colegas, tem de esperar o sinal do professor para ir para as tocas juntos.

Contar quantas crianças tem, nessa brincadeira o professor pode usar bambolês, para serem as tocas. Organizar para que cada criança ocupe uma toca, e uma fique no centro, o professor irá pedir para as crianças contarem até dez, quando chegar aos dez todas as crianças tem de trocar de toca. Quem ficar sem toca sai da brincadeira, e retirado um bambolê, pedir que as crianças contem quantos bambolês ficaram a cada rodada da brincadeira.

Repetir a contagem até todos saírem e ficar o vencedor, as crianças que forem saindo continua participando da brincadeira realizando a contagem e torcendo pelos colegas, para que fiquem envolvidas até o final na brincadeira.

3.1.2 Jogo da memória

Apresentar o material a ser usado como cartelas do jogo, para as crianças deixar que façam a exploração manuseando de forma livre, para que possam perceber que existem cartelas iguais, e a quantidades de cada figura. Em seguida fazer a exploração dirigida com a presença do professor, nomear o jogo, estimular as crianças a falarem sobre o material exposto, auxiliá-las a perceberem que existem cartelas iguais.

Organizar as crianças na roda e conversar sobre o jogo, perguntar se alguém conhece e já brincou, questionar como é o jogo, como se brinca. Explicaras regras e os combinados do jogo. Explicar que quando acabar as cartelas o jogo acaba. Convidar as crianças a participar do jogo junto com o professor e os outros ficaram observando.

O jogo pode ser de desenhos de animais, gravuras, formas, cores, ou com fotos das próprias crianças. Organizar as gravuras viradas com as imagens para cima e pedir que as crianças observem os pares. Em seguida virar todas para baixo e começar o jogo. Cada participante tem de encontrar o par da carta virada.

Deixar o jogo disponível durante uma semana durante as atividades diversificadas. Quando as crianças se apropriarem de as regras introduzirem alguns desafios. Estimular as crianças a coordenarem o jogo, sinalizar quando for à vez dos colegas, pontuarem o início e o fim do jogo. Construir com a turma diferentes jogos de memória, repetir essa atividade durante o ano. Enviar atividade para casa, pedir que façam a construção do jogo e brinquem com a família.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após analisar todo o processo para o desenvolvimento do projeto, conclui que, atuar como pedagogo encontro diversas maneiras de como executar um bom método disciplinar no ambiente de trabalho, que futuramente será bem mais aprimorada e desenvolvida.

Sendo assim posso dizer que a maior expectativa é desenvolver na área da educação infantil meios que possibilitam uma aprendizagem com maior facilidade de absorção do conhecimento por todos os alunos. Com isso minhas expectativas aumentam por conciliar a brincadeira com o ensino/aprendizagem.

Dentro desse estudo conseguimos nos orientar sobre todas as ações e da importância de trabalhar como educador infantil. Sei que encontraremos algumas dificuldades por cada aluno ter sua particularidade pessoal, onde a todo o momento mostraremos a suma importância de realizar todas as ações propostas para garantir uma aprendizagem de qualidade.

Acreditamos que como educador cada dia mais irei adquirindo maior conhecimento na área, e com isso me aperfeiçoarei com técnicas teóricas e práticas. Como um profissional preciso enxergar além, ser concorrente comigo mesmo, acima de tudo ser persistente sempre. É de direito a todo cidadão o conhecimento.

REFERÊNCIAS

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ANTUNE, Celso. Jogos para Estimulação das Múltiplas Inteligências. Petrópolis: Vozes, 1998

BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela alfabetização na idade certa: Organização do trabalho pedagógico, Diretora de Apoio á Gestão Educacional. -Brasília: MEC. SEB. 2014.

EDUCAÇÃO INFANTIL – LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO. Disponível em: www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/letramento_e_alfabetizacao/educ acao_infantil.aspx Acesso em 31 out. 2024.

JOGOS E BRINCADEIRAS QUE ENVOLVAM MATEMÁTICA. Disponível em: www.escolaeducacao.com.br/jogos-e-brincadeiras-que-envolvam-matematica/ Acesso em 31 out. 2024.

KISHIMOTO, Ttikuso Morchiba O jogo e a educação infantil. São Paulo Pioneira Tomson Learnig, 2002.

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O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Disponível em: www.meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/o-ensino-matematica-atraves- ludico-na-educacao-infantil.htm/ Acesso em 31 out. 2024.

VERTUAN, Rodolfo Eduardo, Ensino da matemática: Pedagogia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

SUZUKI, Juliana Telles Faria. Ludicidade e Educação. Pedagogia. São Paulo: Pearson Prendice Education do Brasil, 2012.


1Especialização em Neuropsicopedagogia – Universidade Federal de Rio Grande

2Graduação em Pedagogia – Universidade Federal do Mato Grosso

3Mestrado Profissional em Ensino de Física – UNIVASF

4Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional – Universidade Federal do Tocantins

5Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia – UNOPAR

6Graduação em Licenciatura em Filosofia – Instituto de Ciências  Sociais e Humanas

7Especialista em Educação Infantil – Faculdade de Educação de Tangará da Serra

8Graduação em Pedagogia – Universidade Federal do Piauí

9Graduação em Ciências – Fundação de Ensino Superior de Olinda

10Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física – UESC