REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202502071620
Haroldo Bezerra Cardoso1
Jefferson Fernando da Silva2
Resumo. Este artigo analisa a produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia através de uma abordagem bibliométrica, com o objetivo de mapear tendências, identificar áreas de pesquisa predominantes e lacunas no conhecimento. A Amazônia, devido à sua importância para o meio ambiente e o equilíbrio do clima, atrai grande interesse acadêmico, especialmente em relação à conservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável. A partir da análise de publicações indexadas, o estudo investiga a evolução do interesse científico, destacando as principais contribuições, redes de colaboração e oportunidades. Entre os objetivos específicos, o estudo busca mapear os principais periódicos, autores e instituições que têm contribuído de maneira significativa para a produção científica sobre o tema. Além disso, é realizada uma análise das redes de colaboração entre pesquisadores e instituições, com o intuito de identificar as parcerias mais relevantes e as regiões geográficas mais envolvidas nesses estudos. A identificação dessas redes é importante para promover o fortalecimento de novas alianças e futuras parcerias estratégicas para pesquisas. O estudo também avalia as áreas temáticas mais abordadas na literatura sobre sustentabilidade na Amazônia, enquanto identifica temas que têm recebido menos atenção, revelando possíveis lacunas de pesquisa. Dessa forma, este trabalho fornece uma base para a compreensão das principais tendências e oferece direções futuras para novas investigações, contribuindo para a preservação e o desenvolvimento sustentável da região.
Palavras-chave: Redes de Colaboração, Amazônia, Análise Bibliométrica, Desenvolvimento Sustentável, Sustentabilidade.
Abstract. This article analyzes the scientific production on sustainability in the Amazon through a bibliometric approach, aiming to map trends, identify predominant research areas, and gaps in knowledge. The Amazon, due to its importance for the environment and climate balance, attracts great academic interest, especially concerning environmental conservation and sustainable development. Based on the analysis of indexed publications, the study investigates the evolution of scientific interest, highlighting the main contributions, collaboration networks, and opportunities. Among the specific objectives, the study aims to map the main journals, authors, and institutions that have significantly contributed to the scientific production on the topic. Additionally, an analysis of the collaboration networks between researchers and institutions is conducted to identify the most relevant partnerships and the geographical regions most involved in these studies. Identifying these networks is crucial to promoting the strengthening of new alliances and future strategic partnerships for research. The study also evaluates the thematic areas most addressed in the literature on sustainability in the Amazon while identifying topics that have received less attention, revealing possible research gaps. Thus, this work provides a basis for understanding the main trends and offers future directions for new investigations, contributing to the preservation and sustainable development of the region.
Keywords: Collaboration Networks, Amazon, Bibliometric Analysis, Sustainable Development, Sustainability.
Introdução
A Amazônia, com sua imensurável biodiversidade e papel crucial na regulação climática global, tem sido alvo de inúmeras pesquisas científicas relacionadas à sustentabilidade (Sant’anna, 2021). A produção científica nesse campo tem crescido de forma significativa, abordando temas como desmatamento (Domingues et al., 2014), conservação da biodiversidade (Silva, 2015) e desenvolvimento sustentável (Lemos et al., 2022). A sustentabilidade na Amazônia é um tema de importância global, dado seu impacto direto nas mudanças climáticas e na preservação de recursos naturais.
Diante da relevância desse bioma e da crescente demanda por políticas públicas eficazes que promovam sua conservação, é essencial mapear a produção científica sobre sustentabilidade na região. Estudos bibliométricos têm se mostrado ferramentas úteis para identificar as tendências, áreas de maior concentração de pesquisas e lacunas no conhecimento (Almeida, 2021). Esse tipo de análise também possibilita avaliar redes de colaboração entre instituições e pesquisadores, facilitando a identificação de parcerias estratégicas para futuras investigações (Bastos et al., 2023).
Neste contexto, o presente artigo tem como objetivo geral analisar a produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia, utilizando a bibliometria como método. Os objetivos específicos incluem mapear a evolução temporal das publicações, identificar os principais periódicos, autores e instituições atuantes, bem como analisar as redes de colaboração entre pesquisadores e instituições. Além disso, busca-se avaliar as áreas temáticas mais abordadas e aquelas que necessitam de maior atenção por parte da comunidade científica.
A realização desta análise permitirá uma visão abrangente sobre os avanços científicos e tecnológicos em prol da sustentabilidade na Amazônia, fornecendo subsídios para a formulação de políticas mais eficazes e colaborativas, fundamentais para a preservação desse ecossistema único (Perazzoni, 2021).
Materiais e Métodos Coleta de Dados
A coleta de dados foi realizada nas bases de dados acadêmicos Web of Science, Scopus e Google Scholar, amplamente reconhecidas por sua abrangência e relevância na indexação de publicações científicas. Para garantir a pertinência dos resultados, definimos um conjunto de palavras-chave específicas, relacionadas ao tema de sustentabilidade na Amazônia. As palavras-chave utilizadas incluíram: “sustentabilidade”, “Amazônia”, “desenvolvimento sustentável”, “conservação da biodiversidade”, “mudanças climáticas”, e “desmatamento”. O período de busca foi limitado a artigos publicados entre 2014 e 2024, de modo a capturar as pesquisas mais recentes sobre o tema. Após a busca inicial, os resultados foram filtrados com base na relevância para o contexto amazônico e na disponibilidade de dados completos.
Análise Bibliométrica
A análise bibliométrica foi conduzida utilizando duas ferramentas de software principais: VOSviewer e Bibliometrix. O VOSviewer permitiu a construção de mapas de redes de coautoria e cocitação, enquanto o Bibliometrix facilitou a extração de dados e a análise quantitativa de indicadores bibliométricos. Os principais indicadores analisados incluíram:
- Número de publicações por ano: para entender o crescimento e a evolução da produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia ao longo do tempo.
- Índice h dos autores: como métrica para avaliar a influência dos pesquisadores mais relevantes na área.
- Redes de coautoria: para identificar as colaborações entre autores, instituições e países, revelando a estrutura de cooperação científica.
Análise de Conteúdo
Após a análise quantitativa, realizamos uma análise de conteúdo qualitativa dos artigos coletados, com o objetivo de categorizar a produção científica em diferentes áreas temáticas. As categorias principais incluíram: conservação da biodiversidade, mudanças climáticas, desenvolvimento econômico e desmatamento. Cada artigo foi classificado de acordo com o tema central e as metodologias utilizadas, como estudos de caso, modelagem ecológica, análises econômicas e sociais, entre outros.
Além disso, as abordagens metodológicas dos estudos foram identificadas e analisadas, permitindo a comparação entre as técnicas mais utilizadas para investigar a sustentabilidade na Amazônia. Esta etapa permitiu uma visão mais profunda sobre como a comunidade científica tem abordado as complexas inter-relações entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável na região.
Interpretação dos Resultados
Os resultados obtidos na análise bibliométrica e de conteúdo foram comparados com a literatura existente sobre sustentabilidade em biomas tropicais e outras regiões florestais do mundo, identificando tendências e lacunas na pesquisa sobre a Amazônia. Discutimos as implicações dessas descobertas para futuras pesquisas, bem como para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais na Amazônia. As descobertas também destacam a necessidade de maior cooperação internacional e de investimentos em pesquisas aplicadas para lidar com os desafios ambientais e sociais que afetam a região.
Resultados e Discussão
O presente estudo visa analisar a produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia, focando na identificação de tendências, principais áreas de pesquisa e lacunas no conhecimento. Para isso, utilizamos a metodologia bibliométrica, que nos permitiu mapear a evolução temporal das publicações, identificar os principais atores (periódicos, autores e instituições), e analisar as redes de colaboração e áreas temáticas abordadas.
Evolução Temporal das Publicações
A produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia tem apresentado um crescimento significativo nas últimas duas décadas, refletindo a crescente preocupação global com questões ambientais, como desmatamento, mudanças climáticas e perda de biodiversidade. Esse aumento na quantidade de publicações está diretamente relacionado ao destaque internacional da Amazônia como um dos principais biomas em risco e à pressão por ações de conservação e desenvolvimento sustentável (Almeida, 2021).
A partir da década de 2000, observa-se um salto no volume de artigos científicos publicados sobre o tema, principalmente em resposta às discussões sobre a criação de políticas públicas para o combate ao desmatamento e ao aquecimento global. Estudos como o de Lemos et al. (2022) indicam que os esforços para implementar políticas de conservação, como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (Mello e Artaxo, 2017), incentivaram o desenvolvimento de novas pesquisas acadêmicas que investigam tanto os impactos ambientais quanto as soluções possíveis para o desenvolvimento sustentável da região.
Entre os anos de 2010 e 2020, esse crescimento se intensificou, com um número maior de publicações em resposta a eventos climáticos extremos, como as secas severas e as queimadas, além das políticas governamentais de controle do desmatamento (Domingues et al., 2014). Essa fase foi marcada por uma diversificação dos temas abordados, com um foco crescente nas interações entre atividades econômicas, como a agricultura e o uso da terra, e as consequências para o meio ambiente (Farias et al., 2018). A demanda por uma compreensão mais aprofundada da relação entre essas atividades e o desmatamento levou a um aumento na produção de artigos científicos que abordam o impacto das políticas públicas na conservação dos recursos naturais.
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O estudo de Yanai (2022), por exemplo, aponta que a geração de conhecimento sobre espécies de plantas amazônicas também se expandiu nesse período, refletindo o interesse em explorar os recursos biológicos da região de forma sustentável. Essa expansão é parcialmente atribuída a colaborações internacionais e ao desenvolvimento de tecnologias para monitoramento ambiental, como o uso de veículos não tripulados (Fontes e Pozzetti, 2016), que facilitam a coleta de dados em áreas de difícil acesso na floresta.
A evolução temporal das publicações revela picos em momentos estratégicos, como em 2015, quando o Acordo de Paris foi assinado, e em 2019, durante um dos períodos mais críticos de queimadas na Amazônia. Esses eventos geraram maior atenção da mídia e da comunidade científica internacional, estimulando um aumento expressivo nas publicações relacionadas ao impacto das mudanças climáticas e às medidas necessárias para mitigar a degradação ambiental (Lemes e Loyola, 2015).
Embora o volume de pesquisas tenha crescido ao longo dos anos, é importante destacar que algumas áreas ainda são sub-exploradas, como as abordagens interdisciplinares que integram os conhecimentos científicos e os saberes tradicionais das comunidades indígenas (Silva, 2015). Esse aspecto aponta para uma lacuna importante na literatura científica, sugerindo a necessidade de ampliar o escopo das investigações sobre sustentabilidade na Amazônia.
Conclui-se, portanto, que a evolução temporal das publicações sobre sustentabilidade na Amazônia segue uma tendência de crescimento contínuo, impulsionada por eventos climáticos globais, políticas públicas e avanços tecnológicos. No entanto, ainda há desafios a serem superados, especialmente no que diz respeito à integração entre diferentes áreas do conhecimento e à busca por soluções que contemplem tanto o desenvolvimento econômico quanto a preservação ambiental.
Principais Periódicos, Autores e Instituições
O tópico sobre “Principais Periódicos, Autores e Instituições” na produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia revela a importância de periódicos, autores e universidades no avanço do conhecimento e no debate sobre a conservação e o desenvolvimento sustentável na região.
Periódicos
Entre os periódicos mais proeminentes, destacam-se Boletim de Conjuntura e Revista Presença Geográfica, que são reconhecidos por publicarem pesquisas fundamentais sobre o desmatamento, o uso da terra e o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Esses periódicos, como observado em Bastos et al. (2023) e Domingues et al. (2014), têm servido como plataformas essenciais para a disseminação de estudos que examinam as complexas relações entre o meio ambiente e as políticas de conservação. Além disso, publicações como Mercator e Floresta e Ambiente também contribuem significativamente, com foco em questões de governança ambiental e impacto do desmatamento, especialmente em estados como Rondônia (Farias et al., 2018 e Piontekowski et al., 2014).
Outro periódico importante é a Revista de Direito e Sustentabilidade, que aborda temas legais e regulatórios relacionados ao monitoramento ambiental e às políticas públicas na Amazônia, como o uso de veículos não tripulados para monitorar o desmatamento (Fontes e Pozzetti, 2016). A publicação de estudos que tratam de inovações tecnológicas voltadas para a conservação destaca a diversidade de abordagens e áreas temáticas cobertas pelos periódicos mais influentes.
Autores
Em relação aos autores, pesquisadores como Jeane Macelino Galves, Diná Almeida de Oliveira e Kelly Bárbara dos Santos Correia têm se destacado nas discussões sobre bioprospecção e o uso sustentável dos recursos biológicos da Amazônia (GALVES, et al., 2021). Suas contribuições são valiosas para a compreensão do potencial econômico da biodiversidade amazônica e da necessidade de políticas que equilibrem exploração e conservação. Esses autores frequentemente são citados por sua expertise em recursos naturais e biotecnologia, refletindo o crescente interesse por essa área de pesquisa.
Além disso, pesquisadores como Aline Lessa Souza et al. (2018) têm examinado o impacto dos assentamentos rurais na degradação ambiental da Amazônia. Suas pesquisas sobre a relação entre a ocupação territorial e o desmatamento são amplamente citadas, especialmente em estudos que discutem a governança do uso da terra e suas implicações para a sustentabilidade ambiental. Outro autor de relevância é Miguel Joaquim Sant’Anna (2021), que analisa a infraestrutura de pesquisa e a produção científica sobre a biodiversidade na Amazônia, oferecendo uma visão crítica sobre as áreas de pesquisa mais promissoras e aquelas que precisam de mais investimento.
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Instituições
As principais instituições responsáveis pela produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia incluem a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Ambas são responsáveis por um volume expressivo de publicações, especialmente nas áreas de desenvolvimento regional, políticas públicas e conservação ambiental (Neves et al., 2024 e Amaral, 2018). A UFPA, em particular, é reconhecida por sua contribuição para o avanço do conhecimento sobre o desmatamento e o impacto socioambiental das políticas públicas.
Além dessas, a Fundação Universidade Federal do Amazonas (UFAM) também se destaca por suas pesquisas sobre sustentabilidade, como observado por Umetsu (2021), que analisa a produção científica dos programas de pós-graduação em Ciências Ambientais da região Norte. A colaboração entre essas instituições é fundamental para o desenvolvimento de soluções sustentáveis adaptadas às especificidades da Amazônia.
Esses periódicos, autores e instituições são cruciais para o entendimento dos desafios e oportunidades que a sustentabilidade na Amazônia oferece, sendo essenciais para o avanço das políticas e práticas de conservação da maior floresta tropical do mundo.
Redes de Colaboração
As redes de colaboração entre pesquisadores e instituições desempenham um papel fundamental na produção científica sobre a sustentabilidade na Amazônia, proporcionando a troca de conhecimento e o desenvolvimento de abordagens interdisciplinares. A análise bibliométrica das redes de cooperação indica uma concentração significativa de parcerias entre instituições brasileiras e universidades internacionais, especialmente dos Estados Unidos e Europa, onde as preocupações globais com a conservação da Amazônia têm gerado projetos conjuntos (Souza et al., 2018 e Farias et al., 2018).
Universidades como a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal de Rondônia (UNIR) estão entre as instituições mais ativas na produção científica sobre a Amazônia, destacando-se não apenas pela quantidade de publicações, mas também pela capacidade de estabelecer parcerias internacionais (Neves et al., 2024 e Amaral, 2018). Esse intercâmbio científico reflete a crescente globalização dos debates ambientais e a necessidade de esforços coordenados para lidar com os desafios da sustentabilidade. Conforme identificado por Souza et al. (2018), o aumento do desmatamento e os impactos das mudanças climáticas na Amazônia tornaram-se temas de interesse global, estimulando parcerias que buscam soluções viáveis e sustentáveis.
No entanto, apesar dessas colaborações, há uma lacuna perceptível na integração entre instituições locais e regionais dentro da Amazônia Legal. Embora existam esforços colaborativos entre algumas universidades, como a UFPA e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a análise das redes de cooperação revela que as instituições localizadas em diferentes estados da Amazônia ainda mantêm uma colaboração limitada. Estudos de Santos e Nunes (2021) mostram que a ausência de uma rede de cooperação mais consolidada entre essas instituições pode reduzir o impacto e a abrangência das pesquisas, limitando o potencial para o desenvolvimento de soluções específicas e adaptadas às necessidades locais.
Adicionalmente, o fortalecimento das redes de colaboração entre pesquisadores e organizações não governamentais (ONGs) que atuam na região é essencial para a ampliação do conhecimento sobre práticas sustentáveis. Organizações como o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) desempenham papéis importantes na pesquisa sobre a Amazônia, mas ainda existem desafios na consolidação de colaborações entre ONGs e universidades. Esse tipo de cooperação é essencial para a integração do conhecimento científico com as práticas de conservação implementadas em campo, conforme observado por Calandino et al. (2018), que destacam o valor da participação social na conservação da biodiversidade.
Além disso, a tecnologia tem possibilitado novas formas de colaboração. Ferramentas digitais e plataformas de compartilhamento de dados estão facilitando o intercâmbio entre pesquisadores de diversas partes do mundo, potencializando o alcance das pesquisas e promovendo colaborações que, anteriormente, seriam mais difíceis de estabelecer. Um exemplo disso é o uso de sistemas de monitoramento ambiental por veículos não tripulados, uma área em expansão que depende de parcerias tecnológicas e científicas entre universidades e centros de pesquisa (Fontes e Pozzetti, 2016).
No entanto, para que essas redes de colaboração se fortaleçam, é necessário superar desafios como a falta de financiamento contínuo e o incentivo à formação de redes locais de pesquisadores na própria Amazônia. Galves et al. (2021) ressaltam a importância de ampliar a cooperação entre as instituições amazônicas para garantir que o conhecimento gerado seja mais profundamente enraizado nas realidades e necessidades da região. A integração de pesquisadores locais com o restante da comunidade científica global é fundamental para desenvolver soluções eficazes que considerem a complexidade ambiental, social e econômica da Amazônia.
Portanto, as redes de colaboração, embora fundamentais, precisam ser ampliadas e melhor integradas. A criação de uma rede mais densa e interdisciplinar, que inclua instituições locais, regionais, nacionais e internacionais, é crucial para promover um desenvolvimento sustentável eficaz na Amazônia.
Temáticas
A produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia abrange uma variedade de áreas temáticas, sendo algumas amplamente investigadas e outras ainda sub exploradas. Entre as mais estudadas, destacam-se temas como desmatamento, mudanças climáticas, e conservação da biodiversidade, que estão diretamente ligados à proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável na região (Sant’anna, 2021; Lemes e Loyola, 2015).
O desmatamento é o tema central em grande parte das pesquisas. Isso se deve à sua relação direta com a destruição da floresta amazônica, cujos efeitos se refletem tanto no nível local quanto global. Estudos como o de Domingues et al. (2014) mostram a estreita conexão entre o avanço da produção agrícola, particularmente da soja, e a devastação florestal. A produção de commodities é frequentemente apontada como um dos maiores fatores de pressão sobre a Amazônia, levando ao aumento do desmatamento para fins econômicos. Da mesma forma, Piontekowski et al. (2014) destacam a expansão de áreas desmatadas em estados como Rondônia, o que coloca em evidência a necessidade de políticas de uso sustentável da terra.
Outro tema central é o impacto das mudanças climáticas sobre a floresta. Estudos de Lemes e Loyola (2015) sublinham a vulnerabilidade da Amazônia frente às mudanças climáticas, que afetam a dinâmica dos ecossistemas e a biodiversidade. As políticas para a mitigação de tais impactos, como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (Mello e Artaxo, 2017), são frequentemente analisadas em termos de sua eficácia em reduzir as emissões de carbono e preservar os recursos naturais da floresta.
No campo da conservação da biodiversidade, as pesquisas se concentram no potencial econômico da bioprospecção e no uso sustentável dos recursos naturais. Galves, Oliveira e Correia (2021) enfatizam a importância da biodiversidade da Amazônia, tanto para a conservação quanto para a exploração sustentável de seus recursos genéticos. A bioprospecção, que visa descobrir novos produtos medicinais ou industriais a partir da biodiversidade, é uma área de crescente interesse, embora ainda sub explorada. Esse campo oferece grande potencial para o desenvolvimento de soluções sustentáveis que conciliem a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico.
Apesar dessas áreas bem consolidadas, há temas que permanecem menos explorados, como o papel das populações indígenas na gestão e conservação dos recursos naturais. A inclusão dos saberes tradicionais dessas comunidades no manejo sustentável é pouco abordada na literatura científica, o que representa uma importante lacuna (Silva, 2015). As populações locais, com seu conhecimento ancestral, poderiam desempenhar um papel crucial na criação de modelos de uso sustentável adaptados às condições regionais, mas suas contribuições ainda são marginalizadas.
Outro campo emergente, mas com potencial significativo, é o uso de tecnologias inovadoras para monitorar a floresta. O estudo de Fontes e Pozzetti (2016) sobre o uso de veículos aéreos não tripulados (VANTs) no monitoramento ambiental exemplifica como novas ferramentas tecnológicas podem ser aplicadas para melhorar a fiscalização e a gestão de áreas protegidas. No entanto, essa é uma área que ainda não recebeu a devida atenção no contexto amazônico, apesar de seu potencial de ampliar a eficiência das políticas de conservação.
Em suma, as áreas temáticas mais abordadas sobre a sustentabilidade na Amazônia focam nas questões ambientais mais urgentes, como o desmatamento e a conservação da biodiversidade. Contudo, temas relacionados à tecnologia, bioprospecção e o papel das comunidades tradicionais ainda são subexplorados e representam oportunidades promissoras para pesquisas futuras.
Lacunas no Conhecimento
A análise bibliométrica da produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia revelou importantes lacunas no conhecimento, que limitam o avanço de estratégias eficazes para o desenvolvimento sustentável da região. Embora haja um aumento significativo na quantidade de pesquisas, muitos estudos permanecem restritos a temas tradicionais, como o desmatamento e a conservação da biodiversidade, enquanto questões sociais, econômicas e culturais ainda são insuficientemente exploradas (Silva et al., 2022).
Uma das principais lacunas observadas está na abordagem interdisciplinar. Grande parte da literatura foca predominantemente em aspectos ambientais, deixando de lado a integração com dimensões sociais e econômicas, essenciais para a sustentabilidade a longo prazo. Por exemplo, as populações indígenas e tradicionais, que desempenham um papel crucial na gestão sustentável dos recursos naturais da Amazônia, recebem pouca atenção em estudos científicos. De acordo com Galves, Oliveira e Correia (2021), a bioprospecção de recursos biológicos na Amazônia possui grande potencial, mas a falta de pesquisas sobre o envolvimento das comunidades locais nesse processo limita o desenvolvimento de abordagens mais inclusivas e sustentáveis. Além disso, Santos e Nunes (2021) destacam que o mapeamento da cobertura da terra na Amazônia muitas vezes não leva em conta os conhecimentos tradicionais dessas populações, resultando em propostas de manejo florestal que podem ser inadequadas para as realidades locais.
Outra lacuna importante está relacionada ao impacto de projetos de infraestrutura e exploração de recursos naturais na sustentabilidade da Amazônia. Embora a produção agrícola, especialmente a soja, seja amplamente discutida em relação ao desmatamento (Domingues et al., 2014), outros setores, como a mineração e a construção de grandes hidrelétricas, ainda são sub-explorados na literatura científica. Esses projetos têm impactos socioambientais profundos e duradouros, e a falta de estudos atualizados sobre essas questões prejudica a formulação de políticas públicas adequadas. Perazzoni (2021) ressalta a necessidade de integrar ferramentas de geointeligência para avaliar de forma mais precisa o impacto dessas atividades no uso da terra e na sustentabilidade dos ecossistemas florestais.
Adicionalmente, a inovação tecnológica, especialmente no que diz respeito ao monitoramento e controle ambiental, também apresenta uma lacuna importante. Embora veículos não tripulados e outras tecnologias avançadas tenham sido utilizados em estudos preliminares para o monitoramento da Amazônia (Fontes e Pozzetti, 2016), o uso dessas ferramentas ainda é limitado e pouco abordado em publicações científicas. O desenvolvimento de tecnologias mais acessíveis e sua implementação em escala pode contribuir significativamente para a mitigação do desmatamento e outras formas de degradação ambiental, mas para isso é necessário um aumento na quantidade de estudos que explorem o potencial dessas inovações.
Além disso, a falta de colaboração robusta entre instituições de pesquisa regionais representa um obstáculo importante. Enquanto universidades da região Norte, como a UFPA e a UNIR, têm se destacado na produção científica sobre sustentabilidade (Neves et al., 2024 e Amaral, 2018), a integração com outras instituições da Amazônia Legal ainda é limitada. O fortalecimento de redes de pesquisa locais e regionais é essencial para ampliar o escopo e a relevância dos estudos sobre sustentabilidade na região, permitindo uma abordagem mais holística e adaptada às particularidades amazônicas.
Em resumo, as lacunas no conhecimento científico sobre sustentabilidade na Amazônia abrangem a falta de abordagens interdisciplinares, a escassez de estudos sobre o impacto de grandes projetos de infraestrutura e a necessidade de maior exploração das inovações tecnológicas. Superar essas deficiências é crucial para desenvolver estratégias eficazes de conservação e desenvolvimento sustentável na Amazônia, promovendo um equilíbrio entre a preservação dos ecossistemas e o bem-estar socioeconômico das populações locais.
Conclusão
A análise bibliométrica realizada sobre a produção científica relacionada à sustentabilidade na Amazônia evidenciou uma trajetória de crescimento consistente, especialmente após 2010, à medida que as preocupações globais com as questões ambientais ganharam destaque. O aumento das publicações reflete o interesse crescente da comunidade acadêmica em entender e propor soluções para os desafios ambientais e sociais enfrentados pela região. No entanto, o estudo também revelou a existência de lacunas importantes que precisam ser abordadas para garantir que o conhecimento produzido seja mais abrangente e efetivo.
O mapeamento da evolução temporal das publicações mostrou que os temas centrais abordados, como desmatamento, mudanças climáticas e conservação da biodiversidade, dominam a produção científica (Mello et al, 2017 e Lemes et al, 2015). Esses tópicos estão diretamente relacionados aos principais desafios enfrentados pela Amazônia e têm sido objeto de amplos debates acadêmicos e políticos. No entanto, as questões sociais e econômicas, que são essenciais para um desenvolvimento sustentável integral da região, têm recebido menos atenção nas publicações científicas. Esta constatação reflete uma lacuna importante, uma vez que a sustentabilidade vai além da preservação ambiental, exigindo uma abordagem que integre aspectos sociais, econômicos e culturais (Silva et al, 2022).
A análise das redes de colaboração entre autores e instituições revelou uma concentração de parcerias entre universidades brasileiras e estrangeiras, o que demonstra o interesse internacional na preservação da Amazônia (Souza et al., 2018). Entretanto, foi possível observar que as redes de colaboração entre instituições locais ainda são frágeis. Essa falta de integração limita o potencial para o desenvolvimento de soluções adaptadas às especificidades regionais, sendo uma oportunidade para fortalecer a cooperação entre pesquisadores locais e regionais (Neves et al, 2024). Um aumento nas parcerias intra- regionais poderia promover uma troca de conhecimento mais rica e diversificada, essencial para enfrentar os desafios complexos da sustentabilidade amazônica.
Adicionalmente, os periódicos mais influentes, como o Boletim de Conjuntura e a Revista Presença Geográfica, têm desempenhado um papel central na disseminação de pesquisas sobre o desmatamento e as políticas públicas voltadas para a preservação da Amazônia (Domingues et al., 2014 e Bastos et al., 2023). Entretanto, foi identificado que, embora esses veículos contribuam significativamente para o avanço do conhecimento, existe uma concentração temática, com menos atenção sendo dada a áreas emergentes como o uso de novas tecnologias para o monitoramento ambiental e a bioprospecção (Fontes et al, 2016 e Galves et al., 2021).
Outra importante lacuna identificada foi a falta de estudos sobre o papel das populações tradicionais e indígenas na gestão sustentável dos recursos naturais. A literatura atual ainda não reflete de forma adequada a contribuição desses grupos para a sustentabilidade da região, o que é um ponto crítico, uma vez que muitas dessas comunidades têm desempenhado um papel crucial na preservação da floresta e na manutenção de práticas sustentáveis ao longo dos séculos (Souza et al., 2018). Estudos futuros que se concentrem nessas populações podem fornecer insights valiosos para a formulação de políticas públicas que promovam tanto a conservação ambiental quanto o desenvolvimento social.
Portanto, conclui-se que, embora a produção científica sobre sustentabilidade na Amazônia tenha avançado consideravelmente, ainda existem lacunas significativas no conhecimento. É fundamental que as futuras pesquisas adotem uma abordagem mais interdisciplinar, integrando dimensões sociais, econômicas e culturais à discussão sobre sustentabilidade. Além disso, o fortalecimento das redes de colaboração entre instituições locais e regionais e a diversificação dos temas abordados são passos essenciais para o avanço do conhecimento e para o desenvolvimento de soluções mais eficazes para os complexos desafios da Amazônia.
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1Aluno do curso de Mestrado em Economia da UFAM
2Aluno do curso de Mestrado em Economia da UFAM