MAPEAMENTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO ESPORTE ADAPTADO EM BELÉM-PA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11206013


Felipe Miranda Martins1
Fernanda Rodrigues Veloso2
Delson Eduardo da Silva Mendes3


RESUMO: O presente trabalho analisa o desenvolvimento do Esporte Adaptado na Cidade de Belém-PA. A metodologia utilizada para a elaboração da pesquisa foi a abordagem qualitativa, e se configura a partir da pesquisa de campo. Sendo assim, o trabalho visa mapear e compreender a base histórica do esporte adaptado e das bases legais para o atendimento de pessoas com necessidades especiais. E assim, o objetivo foi o de historiar e descrever as instituições e a infraestrutura apresentada para o atendimento de pessoas que possuam algum tipo de deficiência. Deste modo, também foi objeto de análise recursos humanos e os materiais disponibilizados para a elaboração das atividades. Por fim, através da pesquisa foi possível obter informações dos projetos, sobre a dependência dos apoios financeiros que são necessários para a manutenção e o prosseguimento das atividades.

PALAVRAS-CHAVE: Esporte Adaptado, Instituições, Deficiência.

ABSTRACT: The present work analyzes the development of Adapted Sport in the City of Belém-PA. The methodology used for the elaboration of the research was the qualitative approach, and it is configured from the field research. Thus, the work aims to map and understand the historical basis of the adapted sport and the legal bases for the care of people with special needs. And so, the goal was to historize and describe the institutions and infrastructure presented to care for people with disabilities. In this way, human resources and the material made available for the elaboration of activities were also analyzed. Finally, through the research it was possible to obtain information about the projects, about the dependence of the financial support that is necessary for the maintenance and the continuation of the activities.

KEYWORDS: Adapted Sport, Institutions, Disability.

1 INTRODUÇÃO

O esporte, no que tange à uma escala global, é uma das maiores manifestações populares existentes, promove através de suas variadas modalidades desenvolvimento social, econômico entre outros. Entretanto, surgiu ao longo da história a necessidade de inclusão de pessoas com deficiência no âmbito esportivo, para que estas pudessem fazer parte de um grupo com pessoas nas mesmas condições e serem valorizadas por seus feitos esportivos e não apenas pela superação da deficiência. 

Em se tratando do contexto de forte marginalização enfrentado pelas pessoas com necessidades educacionais especiais (NEEs), surge, na década de 1990, o movimento em prol da inclusão dessas pessoas como alternativa à exclusão social a que eram submetidas nos âmbitos educacional, profissional e do esporte, lazer e saúde. (CHICON; PETERLE; SANTANA, 2014).

No Brasil, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/96), a inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular é obrigatória, assim como nas aulas de Educação Física, que fazem parte da grade curricular. Portanto as crianças devem participar ativamente, buscando um desenvolvimento global e o professor de Educação Física deve estar apto para receber esses alunos e suprir suas necessidades. (BARRETO et al., 2013)

Dentre as disposições legais existentes em nosso país, é oportuno relembrar o Decreto Federal 3.298/99, que, além de outros dispositivos específicos relativos à cultura, ao lazer, ao esporte e ao turismo, dispõe que a pessoa com deficiência deve ser incluída em todas as iniciativas governamentais, respeitadas as suas peculiaridades. (MAZZOTA; D’ANTINO; 2011)

No Brasil, o desenvolvimento do esporte para pessoas portadoras de deficiência física data de 1958 com a fundação do Clube dos Paraplégicos em São Paulo e do Clube do Otimismo no Rio de Janeiro. A educação física começa a se preocupar com atividade física para essas pessoas apenas, aproximadamente, no final dos anos de 1950, e o enfoque inicial para a prática dessas atividades foi o médico. Os programas eram denominados ginástica médica e tinham a finalidade de prevenir doenças, utilizando para tanto exercícios corretivos e de prevenção. (COSTA; SOUZA, 2004)

Desta forma, Costa e Silva, et al (2013) argumentam que o esporte é um fenômeno sociocultural com formas de manifestação heterogêneas. O esporte adaptado se coloca como uma destas possibilidades, sendo um objeto complexo com raízes na reabilitação de soldados no momento pós II Guerra, atualmente é um fenômeno global que desperta a atenção devido a inúmeras características particulares: possibilidade de ascensão social, oportunidade de prática em condições de igualdade, melhorias da aptidão física, e condições de saúde entre outras. 

No município de Belém, da mesma forma que se apresenta em outros estados, existem inúmeros locais que proporcionam o ensino e a prática do esporte adaptado, instituições públicas, particulares ou não governamentais, muito conhecidas ou até mesmo aquelas que são projetos do governo do Estado mas é de conhecimento de poucos.

O trabalho proposto, tendo em vista a lacuna de materiais e trabalhos científicos relacionados a esta temática e a falta de informação quanto aos espaços existentes, pretende historiar e descrever as instituições que apresentam o Esporte Adaptado e a infraestrutura apresentada quanto ao atendimento especializado às pessoas que possuam algum tipo de deficiência. Além dos objetivos propostos acima nosso estudo pretende atingir as modalidades de esporte adaptado disponibilizadas pelas entidades institucionais que abarcam o esporte de recuperação e de inclusão no município de Belém.

Por meiodesta pesquisavisa-semapear e caracterizar as instituições, ONG’s ou entidades que oferecem o ensino e a prática do esporte adaptado no município de Belém-PA;atravésdaconstatação de quais instituições, ONG´s ou entidades que desenvolvem o esporte adaptado em Belém; a caracterização da infraestrutura apresentada por cada instituição localizada que apresenta os projetos de esporte adaptado; e a identificação das modalidades que são disponibilizadas pelos espaços encontrados, para se compreender como, onde e quantos espaços estão presentes no município ofertando o esporte adaptado.

Quais instituições existem em Belém proporcionando o esporte adaptado? Qual o nível de desenvolvimento estrutural das instituições que oferecem o esporte adaptado no município de Belém? De que modo está organizada a infraestrutura e os recursos humanos dessas instituições? Quais atividades são desenvolvidas nas instituições no tocante ao esporte adaptado?

2 RECURSOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa tem como objetivo a investigação histórica e geográfica dos espaços físicos direcionados ao esporte adaptado no município de Belém. Com isso, por meio de uma pesquisa de campo e descritiva fora feito o levantamento das Instituições, ONGs e outros, a infraestruturas e as atividades relacionadas ao esporte adaptado que são desenvolvidas por estas, pois, ANDRADE (2002) destaca que a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, analisa-los, classifica-los e interpretá-los, e o pesquisador não interfere neles. E quanto a pesquisa de campo, de acordo com MARCONI e LAKARTOS (2003, p.186):

Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

 A presente pesquisa aborda o caráter qualitativo, que evidencia de forma mais objetiva o estudo que estará sendo abordado, pois “a pesquisa qualitativa preocupa-se, por tanto, com aspectos que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais” (ENGEL; TOLFO, 2009, p. 32). Neste estudo, a pesquisa qualitativa será aplicada para mapear as instituições que possuam o trabalho com o Esporte Adaptado.

Prodanov (2013), “tal pesquisa observa, registra, analisa e ordena dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com outros fatos. Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas, dentre as quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e a observação”. Deste modo, para coleta de dados da pesquisa foi realizada através de um questionário semiaberto, com questões abertas e fechadas para análise posterior.

As entrevistas foram realizadas durante os meses de Setembro à Dezembro de 2018; os questionários foram aplicados com os profissionais responsáveis por cada projeto, visando levantar dados referentes à infraestrutura e o desenvolvimento das instituições e dos projetos que possuem o esporte adaptado como fator de inclusão social.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 PROCESSO DE INCLUSAO DE DEFICIENTE ATRELADO AOS ASPECTOS CULTURAIS

A compreensão e concretização da inclusão social das pessoas com deficiências se entende a partir da importância da conciliação da cultura, da educação e do lazer no desenvolvimento sociocultural, focalizando-se no desenvolvimento pessoal e social.

Nos documentos oficiais (Decreto Nº 914/93; Lei 7853/89; Programa PROJOVEM, entre outros), o conceito de inclusão compreende, segundo Oliveira (2004), um convidar a que se aproximem aqueles que estiveram historicamente excluídos ou deixado de lado. Tal conceituação, embora “bem intencionada”, deixa espaços para fragilidades. Uma das principais fragilidades centra-se na questão da autoridade para convidar os excluídos a se aproximarem. Concordando com este questionamento enfatizado por Oliveira (2004), levanta-se outros considerados ainda mais importantes: a inclusão proposta nos documentos oficiais parte de um “convite” e não de uma verdadeira intenção de inclusão (…). (PASSERINO, MONTARDO; 2007)

Mazzota e D’Antino (2011) abordam que, historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que apresentam outros transtornos de desenvolvimento.

A inclusão social tem se consagrado no mundo ocidental, especialmente a partir da década de 1980, como lema impulsionador de importantes movimentos sociais e ações políticas. Na Europa e nos Estados Unidos da América, já nos anos 1970, a inclusão social das pessoas com deficiência figurava entre os direitos sociais básicos expressos em importantes documentos legais e normativos. Gradativamente as sociedades democráticas vêm divulgando, discutindo e defendendo a inclusão como direito de todos em relação aos diversos espaços sociais. (MAZZOTA; D’ANTINO, 2011)

A forma como se “vê” o indivíduo com deficiência é modificada de acordo com os valores sociais, morais, filosóficos, éticos e religiosos adotados pelas diferentes culturas em diferentes momentos históricos. Desta forma, o preconceito relacionado à deficiência, embora muitas vezes apareça com outra configuração, ainda ocorre nos tempos atuais (…). (PACHECO; ALVES, 2007)

Considera-se inclusão, portanto, o processo estabelecido dentro de uma sociedade mais ampla que busca satisfazer necessidades relacionadas com qualidade de vida, desenvolvimento humano, autonomia de renda e equidade de oportunidades e direitos para os indivíduos e grupos sociais que em alguma etapa da sua vida encontram-se em situação de desvantagem com relação a outros membros da sociedade. Este processo eminentemente social perpassa por todas as dimensões da vida em sociedade e é permanente, embora não constante, na vida dos sujeitos, sendo que estes indivíduos ocupam posições diferenciadas de incluídos ou excluídos que podem ser concomitantes e muitas vezes não excludentes ao longo de suas vidas. (PASSERINO, MONTARDO; 2007)

Os direitos humanos como um todo são a busca incessante de superar limitações. Existem, entretanto, determinados grupos que estão mais sujeitos a fatores limitantes, sejam estes de ordem física ou social. A proteção destes grupos levou a Organização das Nações Unidas a criarem as Convenções Internacionais específicas para tratar de grupos menos favorecidos. Podemos mencionar de forma exemplificativa a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as formas de discriminação racial, Convenção sobre todas as formas de discriminação contra a Mulher, Convenção sobre os direitos da criança, Convenção Internacional sobre a proteção dos direitos de todos os trabalhadores migrantes e dos membros de suas famílias e, finalmente, a Convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência. (ARAUJO, FERRAZ; 2010)

O termo incapacidade sintetiza um grande número de diferentes limitações funcionais que se registram nas populações mundiais. Essa incapacidade pode apresentar-se sob a forma de uma deficiência física, intelectual ou sensorial; de uma doença que requeira cuidados médicos ou de uma enfermidade mental. Qualquer delas pode ser permanente ou transitória, conforme preveem as Normas e Recomendações Internacionais sobre Deficiência, do Programa Mundial para Pessoas Portadoras de Deficiência. (AZEVEDO, BARROS; 2004)    

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2012), diz que as pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.         

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 13 de dezembro de 2006, de acordo com a Resolução 61/106 da Assembléia Geral, mas somente entrou em vigor em 03 de maio de 2008. No Brasil foi aprovada com quorum qualificado tendo sido publicado o Decreto 186/2008 em Diário Oficial da União em 10/07/2008. (ARAUJO, FERRAZ; 2010)

É relevante ressaltar que as pessoas portadoras de deficiência têm garantia constitucional para o direito à educação e ao atendimento especializado. (AZEVEDO, BARROS; 2004)          

O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (MEC/SEESP, 2007).

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, no artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências; e assegura a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar. Também define, dentre as normas para a organização da educação básica, a “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado[1]” (art. 24, inciso V). (MEC/SEESP, 2007)

Em relação à pessoa com deficiência, PETTENGILL (2001) aponta que, no Brasil, enquanto a área da educação utiliza o termo “portadores de necessidades especiais”, no esporte, a partir da Constituição Federal de 1988, é utilizada a denominação “portadores de deficiência”. A legislação esportiva deste país também utiliza tal denominação, embora esteja bastante ultrapassada.

3.2 O ESPORTE ADAPTADO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL

O esporte é um dos mais importantes fenômenos socioculturais na contemporaneidade, o que é possível ser observado pelo crescente interesse da sociedade pelas práticas esportivas corporais, de acordo com Bento (2006). (apud PAES; REVERDITO; SCAGLIA, 2009)

O esporte moderno resultou de um processo de modificação, poderíamos dizer, de esportivização de elemento da cultura corporal de movimentos das classes populares inglesas, como os jogos populares inglesas, como os jogos populares, cujos exemplos mais citados são os inúmeros jogos com bola, e também, de elementos da cultura corporal de movimento da nobreza inglesa. Este processo inicia-se em meados do século XVIII e se intensifica no final do século XIX e início do XX. (BRACHT, pág. 13 e 14)

O desporto é um fenômeno humano e, por consequência, as tramas que são desencadeadas no universo das relações sociais são caracterizadas em um contexto político vinculado irrefutavelmente ao curso da história. Os papéis desempenhados pelos autores podem estar caracterizados pela emancipação e autonomia ou por relações de dependência e submissão, alicerçados pelo sistema axiológico. E assim, ao vislumbrarmos o desporto como uma das formas de compreensão da realidade e do contexto das relações humanas, o desempenho dos papéis sócias é orientado por critérios éticos baseados nos conflitos entre o humanismo e o autoritarismo. (VARGAS, p. 13, 2001)

E assim, Guttmann (1979, p. 14 apud BRACHT), no seu desenvolvimento consequente no interior desta cultura, o esporte assumiu suas características básicas, que podem ser sumariamente resumidas em: competição, rendimento físico-técnico, record, racionalização e cientifização do treinamento.

Para Viana (1994) (apud VARGAS), o desporto brasileiro, desde os primórdios de sua organização, desde as primeiras manifestações naturais consuetudinárias do nosso sistema embrionário direito desportivo, apresentou estrutura de poder própria e individualizada, irradiada em princípio não só de origens costumeiras, da capacidade criadora, mas também decorrente dos ditames das normas internacionais a que obrigatoriamente adere.

Diante da necessidade e obrigação de se inserir pessoas com deficiência na sociedade, o esporte adaptado surge como uma opção. Os autores, ao comparar as idealizações feitas a partir da denominação “Esporte Adaptado”, designam as variadas formas de inserir as pessoas com necessidades especiais a partir das modificações das práticas esportivas.

A história do desporto para as pessoas portadoras de necessidades especiais começou na cidade de Aylesbury, Inglaterra. A pedido do governo britânico, o neurologista Ludwig Guttmann criou o Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville, destinado a tratar homens e mulheres do exército inglês feridos na Segunda Guerra Mundial (COSTA; SOUZA; 2004). Nessa direção, a defesa do esporte adaptado caminha em duas direções:

Segundo Araujo (1997), a partir desse momento surgem duas correntes de pensamento, uma delas, a já mencionada, com enfoque médico, apresentada por Guttmann, utiliza o esporte como auxílio na reabilitação de seus pacientes buscando amenizar também os problemas psicológicos advindos principalmente do ócio no hospital. O trabalho de reabilitação buscou no esporte não só o valor terapêutico, mas o poder de suscitar novas possibilidades, o que resultou em maior interação dessas pessoas. Através do esporte “reabilitação” estava devolvendo à comunidade um deficiente, capaz de ser “eficiente” pelo menos no esporte. (apud COSTA e SOUZA, 1994)

Segundo Winnick (2004, apud, REBOUÇAS, GARCIA E OSMAR 2017), o esporte adaptado designa o esporte modificado ou criado para suprir as necessidades especiais dos portadores de deficiência. Pode ser praticado em ambientes integrados, em que os portadores de deficiência interagem com não-portadores de deficiência, ou em ambientes segregados nos quais a participação esportiva envolve apenas portadores de deficiência.  

De acordo com Duarte e Werner (1995, p. 530 apud DERNARDIN, 2011), o desporto adaptado surgiu como um importante meio na reabilitação física, psicológica e social para pessoas com algum tipo de deficiência, consiste em adaptações e modificações em regras, materiais, locais para as atividades possibilitando a participação das pessoas com deficiências nas diversas modalidades esportivas.

Cada vez mais observa-se a prática de atividades desportivas por pessoas com deficiência, a busca da melhoria da qualidade de vida nos últimos anos fez com que uma grande quantidade de pessoas com deficiência buscasse esta prática, visando estimular suas potencialidades e possibilidades, em prol de seu bem-estar físico e psicológico. (CARDOSO, 2011)

O foco da prática pedagógica deve ser na pessoa que pratica a atividade, portanto ao lidar com o atleta com deficiência, é importante considerar as especificidades que cercam o sujeito, como tempo de lesão, a funcionalidade e as experiências motoras prévias. Dessa forma, o profissional deve controlar o ambiente e os objetivos de acordo com o indivíduo, para que a prática seja benéfica. (SILVA et al., 2013)

De acordo com Brazuna e Castro (2001), no campo do esporte adaptado de alto rendimento, parece que os benefícios ainda têm sido mais frequentes do que possíveis efeitos negativos. Uma das principais evidências é o evento da Paraolimpíada. Atletas paraolímpicos se tornam exemplos a serem seguidos por seus pares portadores de deficiência que ainda se encontram em diferentes estágios de sedentarismo.

O desporto paraolímpico no Brasil é hoje uma realidade incontestável, contudo, além das dificuldades encontradas no que diz respeito a infraestrutura dos clubes e associações de esportes, para o desenvolvimento da prática esportiva, podemos citar ainda problemas tais como: locais não apropriados, materiais e equipamentos inadequados, além da pouca conscientização das próprias pessoas com deficiência e sua família sobre a importância do esporte como fator preponderante no auxílio à sua na vida social, a falta de profissionais habilitados e adequadamente preparados para atuarem com essas pessoas nos esportes específicos, principalmente, no que diz respeito a avaliação e metodologia do treinamento esportivo com bases científicas. (COSTA, s.d).

3.3 INSTITUIÇÕES E SEUS MAPEAMENTOS HISTÓRICOS E GEOGRAFICOS

Historicamente, a situação das pessoas com deficiência passou por diferentes formas: do abandono à própria sorte ao isolamento em instituições especializadas e a segregação em classes especiais, criadas nas escolas regulares, as quais tiveram grande ampliação na década de 1970. (SANTOS; MENDONÇA; OLIVEIRA, 2014)

Conforme Bueno (2004), a institucionalização da educação voltada às pessoas com deficiência ocorreu no final do império com a criação do Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, atualmente, denominado Instituto Nacional de Educação para Surdos (INES) e o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atualmente, Instituto Benjamin Constant, ambos no Rio de Janeiro.

A Educação Especial brasileira, ao longo de seu processo de constituição, apresenta algumas características específicas que consolidaram seu distanciamento do sistema comum de ensino. Dentre elas, podemos destacar o afastamento do Estado em relação às questões educacionais da pessoa com deficiência e a legitimação de instituições especiais como o âmbito educacional mais adequado para educá-la. Ocorre a transferência da responsabilidade da educação desta população para o setor privado, especialmente para aquele de caráter filantrópico, financiada pelo Estado e com sustentação na legislação. (MELETTI; MARQUES; OLIVEIRA, 2013)

Assim, na ampliação do setor privado e no afastamento do Estado de questões relacionadas à educação e à assistência social, temos a consolidação de um campo fértil para criação das instituições especiais privadas de cunho filantrópico como a instância social responsável pelo atendimento à pessoa com deficiência mental em nossa sociedade. O que ficará evidente a partir da década de 1950, com a necessidade de ampliação do serviço educacional especializado, que passa a atender, inclusive, as deficiências mais leves e menos evidentes, devido ao aparecimento da excepcionalidade nas escolas regulares. (JANNUZZI, 1992).

De acordo com o artigo 227 da Legislação Brasileira sobre Pessoas com Deficiência (2013) “O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas (…).

É possível, observar, por meio, da Constituição do Estado do Pará, através do Artigo 276 e a LEI Nº 9.394 que está associada à qualificação profissional para o atendimento educacional para as pessoas que possuem algum tipo de deficiência que, o atendimento educacional será especializado para os superdotados e para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, inclusive com educação para o trabalho, ministrado, preferencialmente, na rede regular de ensino, nos diferentes níveis, resguardadas as necessidades de acompanhamentos e adaptação e garantidos materiais e equipamentos de adequados. (PARÁ, 2011).

4 ANALISE DE DADOS

A coleta de dados desta pesquisa foi realizada durante o segundo semestre do ano de 2018, e a partir da busca pela cidade de Belém, foram encontradas as seguintes instituições: 

INSTITUIÇÕES
A – Associação Clube Esporte Adaptado em Belém (ACEAB), 2013: Atende 130 alunos com deficiências física, intelectual, visual, cadeirantes e com paralisia cerebral.
B – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), 1962: Indefinido o número total de alunos, que possuem Síndrome de down, Autismo, Hidrocefalia Hiperatividade.
C – Associação Souza Filho de Artes Marciais (ASFAM), 2010: Atende 150 alunos com deficiência visual, paralisia cerebral, síndrome de down, autismo, D-Pac, hiperatividade e +DH.
D – Clube dos Deficientes Físicos All Star Roda Belém-Pará; 1999: Atende 120 alunos com deficiências física, intelectual e paralisia cerebral.
E – Unidade Educacional Especializada: José Álvares de Azevedo/Seduc/Pa, 2006: Atende 120 alunos com deficiências física, intelectual e visual.
F – Instituto Felipe Smaldoni, 1972: Atende 100 alunos com deficiência auditiva, surdez associada a outros comprometimentos, autismo, comprometimento motor e baixa visão.
G – Núcleo de Esporte e lazer (NEL) – Seduc, 2012: Indefinido o número total de alunos, que possuem deficiências física, intelectual, visual.
H – Centro de Atendimento Especializado – Fundação Pestalozzi (CAFE), 1955: Atende cerca de 300 alunos, com déficit cognitivo, de atenção, TEA, síndrome de down e/ou com muitos comprometimentos.

Figura 1: Localização das Instituições na Cidade de Belém-PA

 Fonte 1: My Maps

As instituições que estão presentes na pesquisa estão localizadas nos bairros: APAE, Felipe Smaldoni, NEL E ASFAM (Umarizal), ACEAB e Pestalozzi (Souza), ALL Stars Rodas (Nazaré), José Alvarés de Azevedo (Batista Campos).

Diante das instituições encontradas, foram obtidas informações afim de verificar a atual infraestrutura destes locais.  

InstituiçõesGovernamentalNão GovernamentalObjetivosApoio financeiro
  ACEAB    X  RendimentoTuna Luso Brasileira
ALL STAR RODAS   XRendimento e Inclusão socialBanco da Amazônia
ÁLVARES DE AZEVEDOX Rendimento, Recreativo e Educacional  Não possui
    APAEX Rendimento, Recreativo, Educacional e Reabilitação  Governo e outros auxílios
ASFAM X  Rendimento, Recreativo e Educacional  Não possui
  FELIPE SMALDONIX   Recreativo e ReabilitaçãoGovernos Municipais, Estaduais e Federais
  NEL  X Rendimento, Recreativo e ReabilitaçãoComitê Paralímpico e Governo
  PESTALOZZI   XEducacional e Inclusão Social  Governo

Através dos dados coletados durante o estudo que pode ser observado, tendo como referência as instituições que fazem parte da pesquisa, a qual se tratando no quesito das Instituições Públicas e Não Governamentais. E assim, demonstram a mesma quantidade de seguimento

Como é possível analisar através da tabela acima, tendo como referência as instituições que desenvolvem o esporte adaptado na Cidade de Belém-PA, apresentam as seguintes propostas: Rendimento, Inclusão Social, Recreativo, Educacional e de Reabilitação. E assim, partindo desse pressuposto da análise a qual a maioria das instituições tem como objetivo promover o Esporte de Rendimento.

Tendo em vista os projetos que compõe a tabela, a qual verificou-se as informações referentes aos apoios financeiros que são recebidos para a manutenção dos mesmos através do Governo, Tuna Luso Brasileira, Banco da Amazônia, Comitê Paralímpico, alguns não possuem apoio e outros possuem outras contribuições. A partir dessas informações, é percebido que a maioria destes projetos possuem o auxílio do Governo. Contudo, algumas instituições apresentam uma realidade diferente das demais, ou seja, não possuem auxílio financeiro, tornando a manutenção do projeto difícil de ser realizada.

  Instituições  Modalidades Esportivas  Profissionais Atuantes  Espaços Físicos Disponibilizados  Infraestrutura e Materiais
            ACEABAtletismo, Bocha, Esgrima em Cadeira de Rodas, Futebol de 5, Futebol de 7, Natação, Tênis De Mesa, Voleibol Sentado    Professor de Educação Física, Assistente Social, Fisioterapeuta    Piscina Pista de Atletismo Quadra Poliesportiva Campo de Futebol    Necessidade de apoio profissional e materiais insuficientes
APAE  Basquete Judô Karatê FutsalProfessor de Educação Física, Fisioterapeuta, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, Nutricionista  Piscina Quadra Poliesportiva  Sala de MusculaçãoSuficientes
  ASFAMJudô e Jiu JitsuProfessor de Educação Física, Fisioterapeuta, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, Dentista, Traumatologista, Cardiologista, Oculista, OtorrinolaringologistaTatameSuficientes
ALL STAR RODASAtletismo, Basquetebol em Cadeira de Rodas, Tênis de Quadra, Bocha, Natação, Badminton, Dança Olímpica    Professor de Educação Física    Piscina Pista de Atletismo Quadra Poliesportiva AcademiaDificuldade com transporte, tempo curto para necessidades dos alunos e materiais insuficientes
  ALVARES DE AZEVEDOAtletismo, Futebol de 5, Goalball, Judô e NataçãoProfessor de Educação Física Fisioterapeuta  Piscina Pista de Atletismo Quadra PoliesportivaFalta de tatame e Kimonos para Judô
FELIPE SMALDONI    Atletismo Natação Futsal DançaProfessor de Educação Física, Psicólogo, Fonoaudiologia, Serviço Social, Pedagogo, Serviços Médicos, Odontólogo  Piscina Quadra Poliesportiva Sala de Dança Psicomotricidade  Suficientes
NELBocha, Atletismo, Natação, Goalball, Tênis de Mesa, Judô, Futebol de 7, Voleibol Sentado  Professor de Educação Física   Fisioterapeuta,   Psicólogo  Piscina   Pista de Atletismo   Quadra PoliesportivaFalta de espaço para Natação e carência de materiais devido alto custo
    PESTALOZZI  Natação, Futebol Adaptado, Ritmo, Dança    Professor de Educação Física  Piscina Quadra Campo de Futebol Área Livre Sala de DançaInstalações precisam de melhorias, materiais suficientes

Perante o exposto, é possível perceber que são variadas as modalidades trabalhadas pelas oito instituições encontradas, dentre elas, dez são modalidades paralímpicas. Dentre as instituições, cinco delas apresentam sete modalidades que não são paraolímpicas, duas delas são consideras parte de conteúdo das artes.    

Em relação aos profissionais atuantes nos projetos para esporte adaptado, nota-se que todas as oito instituições possuem professor de Educação Física para ministrar as aulas. É multiprofissional a equipe de cinco dos projetos, um deles apresenta, além do professor, fisioterapeuta, e dois apresentam apenas professor de Educação Física.

No que se trata dos espaços disponibilizados, as oito instituições possuem nove diferentes tipos de espaços para disponibilidade dos profissionais dos projetos. Todas possuem espaços adequados para a prática de cada modalidade que se propõem a ensinar e também espaços para desenvolvimento e manutenção física dos alunos.

Em se tratando da questão de infraestrutura e materiais, fora relatado por três dos responsáveis pelos projetos que os espaços e materiais disponíveis para trabalho são suficientes. De acordo com os responsáveis pelos outros cinco projetos, faz-se necessário o apoio de mais profissionais, as instalações apresentadas por alguns espaços precisam de melhorias, falta vestimenta necessária para modalidades específicas, e são insuficientes os materiais para a demanda de alunos, devido, segundo relatos, o alto custo de alguns destes.

5 CONCLUSÃO

Através desta pesquisa foi possível compreender melhor como se organiza atualmente a disponibilidade da pratica e ensino do esporte adaptado no município de Belém. Tornou-se visível o conhecimento histórico e legal das questões que se referem à educação, inclusão, deficiência, e ao mundo do esporte, esporte adaptado, e principalmente na perspectiva institucional a que se remeteu o tema da pesquisa.

Esta pesquisa proporcionou um maior entendimento, para um público em geral, com relação aos espaços que se apresentam na cidade de Belém que oferecem o ensino e a prática do esporte adaptado para públicos de todas as idades. Desta forma, encontrou-se, a partir de investigação de campo, instituições e projetos que trabalham o esporte adaptado, todas estas encontradas possuem objetivos diferentes e que podem beneficiar não somente pessoas com deficiência, mas também pessoas interessadas nesse ramo do esporte e principalmente estudantes de áreas que abordam a questão das pessoas com deficiência.

Concluiu-se através desta pesquisa que dentre todos os locais encontrados, alguns são ONG’s, instituições, entidades e fundações que são igualmente divididas entre projetos governamentais e não governamentais. Deste modo também se foi possível perceber que algumas não possuem apoio financeiro, outras dependem de contribuições, outras contam até mesmo com o apoio do comitê paralímpico, e a maioria delas conta com o apoio financeiro do Estado. Estas apresentam muitos propósitos como rendimento, inclusão social, recreativo, educacional e de reabilitação, mas o principal é o de promover o Esporte de Rendimento.

Assim como o proposto pela pesquisa, descobriu-se que os projetos promovem inúmeras modalidades de esporte adaptado, muitas delas fazem parte do quadro de modalidades paralimpicas, indicando possibilidade de formação de atletas de rendimento. O professor de Educação Física está presente em todos os projetos, mas muitos destes possuem profissionais de várias áreas que podem contribuir de forma muito importante e que só tedem a promover o desenvolvimento daqueles que se utilizam dos projetos. Verificou-se que todas as instituições apresentam espaços diversos para o ensino das modalidades, entretanto, nem todos são completamente apropriados, outros não são suficientes, e outros precisam de melhorias para suprir as necessidades daqueles que utilizam os serviços destas instituições. Através do mapeamento final percebeu-se também a localização das instituições na região central do município, podendo dificultar o acesso de pessoas de bairros distantes.             

Assim sendo, o esporte adaptado considerado como elemento inovador e transformador nas relações sociais e aos poucos, se insere com uma enorme notoriedade. É necessário, um aprofundamento e a construção dos saberes científicos, sociais e das organizações institucionais para dar prossegmento neste processo. Tornando-se essenciais para o andamento desta evolução do esporte adaptado.     

É indiscutível, os benefícios que o esporte adaptado é capaz de promover em suas diferentes dimensões. Tornando algo subjetivo, pois, estão envolvidos seres humanos que possuem alguma incapacidade, dificuldade ou limitação de caráter físico, social ou psicológico. É válido ressaltar, a importância da garantia dos direitos de todos. Dessa forma, será possível desenvolver uma sociedade transformadora, a partir de um envolvimento e do desenvolvimento para um bem comum, através de uma organização social, que envolva, entre inúmeros fatores, a educação, cultura e esporte.

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APÊNDICE

Informações para o(a) participante voluntário(a): Você está convidado(a) a responder este questionário anônimo que faz parte da coleta de dados da pesquisa Mapeamento Histórico e Geográfico do Esporte Adaptado em Belém-PA”, sob responsabilidade dos pesquisadores Felipe Miranda Martins e Fernanda Rodrigues Veloso; Universidade do Estado do Pará. Caso você concorde em participar da pesquisa, leia com atenção os seguintes pontos: a) você é livre para, a qualquer momento, recusar-se a responder às perguntas que lhe ocasionem constrangimento de qualquer natureza; b) você pode deixar de participar da pesquisa e não precisa apresentar justificativas para isso; c) sua identidade será mantida em sigilo; d) caso você queira, poderá ser informado(a) de todos os resultados obtidos com a pesquisa, independentemente do fato de mudar seu consentimento em participar da pesquisa.

NOME:_________________________________________________________

INSTITUIÇÃO:__________________________________________________________________________________________________________________

CARGO:________________________________________________________

FORMAÇÃO PROFISSIONAL:___________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

QUESTIONÁRIO

1– Qual a data de fundação do projeto?

_______________________________________________________________

2– O projeto faz parte de que tipo de instituição?

( ) Pública

( ) Particular

( ) Não-governamental       

( ) Outros ________________________________________________________________________________________________________________

3– O projeto recebe apoio financeiro? Se sim, de que forma?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4– Qual o objetivo do projeto quanto a prática esportiva?

( ) Rendimento

( ) Recreativo*

( ) Ambos

( ) Outros

________________________________________________________________________________________________________________

5– Quais as modalidades esportivas oferecidas pelo projeto?

( ) Bocha

( ) Basquete

( ) Atletismo

( ) Natação

( ) Outros

________________________________________________________________________________________________________________

6– Quais os profissionais fazem parte do projeto? (Equipe Multiprofissional?)

( ) Professores de Educação Física

( ) Fisioterapeuta

( ) Terapeuta Ocupacional

( ) Outros

________________________________________________________________________________________________________________

7– Quais os espaços disponibilizados para a realização das práticas esportivas?

( ) Piscina

( ) Pista de Atletismo

( ) Quadra Poliesportiva

( ) Outros

________________________________________________________________________________________________________________

8– Quantos alunos fazem parte do projeto?

________________________________________________________________________________________________________________

9– Quais os tipos de “deficiência” possuem os alunos do projeto?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10– A frequência dos alunos é regular?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11– A infraestrutura apresentada é o suficiente para a demanda alunos?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12– Os materiais disponibilizados são suficientes e adequados para a realização das práticas esportivas?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


[1] Oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames” (art. 37).


1Acadêmico concluinte do CEDF/UEPA
 felipe.miranda12@hotmail.com

2Acadêmica concluinte do CEDF/UEPA
velosofernandar@hotmail.com

3delsonmendes01@gmail.com