LIXEIRA EDUCATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.6783755


Autores:
Beatriz de Oliveira Bier
Caroline Ferreira Cavalcante
Frank Da Silva Souza
Jeane Karla Leitão de Souza
Lucas De Souza Sena
Thiago Garces Gomes Reis
Yhago Rubens Guidão Nascimento
Rubens Victor Duarte da Rocha
Alan Dos Santos Ferreira


RESUMO

A proposta do projeto em si, tem o objetivo de criar uma forma de ensinar com criatividade a descartar o lixo de forma correta nas lixeiras, através das cores e sinalizações, deixando as também acessível para qualquer tipo de pessoa, possibilitando o uso para cadeirante, deficientes visual e auditivo, mostrando que precisamos manter a limpeza e a preocupação com o meio ambiente, mostrando através desse projeto que podemos utilizar da tecnologia para ajudar a manter um local limpo e sustentável, pois através das crianças podemos manter essa conscientização.

Palavras-chave: Meio ambiente. Conscientização. Acessibilidade. Tecnologia.

ABSTRACT

The proposal of the project itself, aims to create a way of teaching with creativity to correctly dispose of garbage in the bins, through colors and signs, making them also accessible to any type of person, making it possible to use it for wheelchair users, visually and hearing impaired, showing that we need to maintain cleanliness and concern for the environment, showing through this project that we can use technology to help maintain a clean and sustainable place, because through children we can maintain this awareness.

Keywords: Environment. Awareness. Accessibility. Technology.

1. INTRODUÇÃO

A questão ambiental vem ganhando espaço, tendo como tema a preocupação com o meio ambiente e o futuro do mundo e esse assunto tem se tornado de extrema importância, por mais difícil que venha sendo, a conscientização sobre mudar de atitude e hábitos podem refletir de forma física no meio ambiente.

Segundo a revista Ambscience (2022), o lixo (também chamado de resíduo) é considerado um dos maiores problemas ambientais da nossa sociedade. A população e o consumo per capita crescem e, junto com eles, a quantidade de resíduos produzidos. Na maioria das vezes, o lixo não é descartado de maneira correta e pode resultar em diversos problemas para o meio ambiente, como contaminação da água, do solo e até mesmo do ar.

Sabemos que o homem é o único causador da destruição do planeta, com os avanços da tecnologia, fabricação e produtividade, tem levado ao aumento de consumo e descarte do que se foi consumindo de forma muitas das vezes irregular.

Cabe destacar que a consciência ambiental não deve ficar somente no campo das ideias, ela deve se transformar em ações práticas para que seja possível mudar a realidade. (AMBSCIENCE, 2022)

Quando entendemos que precisamos ter educação ambiental nas escolas é pelo simples fato de sabermos que o mundo está sendo engolido pela poluição. (CAVINHO, 2020)

Por isso, as ações educativas nos espaços escolares são extremamente importantes e representam um viés significativo para mudanças sociais, pois em muitas comunidades existe a evidente presença de impactos ambientais.

Este projeto iniciou-se com esse intuito de levar essa forma de ensino criativo e conscientização para as escolas, a lixeira educativa surgiu de ideias de alunos que se preocupam com o meio ambiente e com a educação que as crianças tem tido, a proposta e bem simples e de baixo custo, mostra como a tecnologia pode contribuir sem prejudicar o nosso ambiente, trazendo consigo a acessibilidade e educação. 

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (2004) define acessibilidade, por meio da norma NRB 9050, como a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaços, mobiliários, equipamentos urbanos e elementos” O acesso relacionado a inclusão de Pessoa com Deficiência (PcD), incluindo a conscientização ambiental. Será feito através de material com sinalizações, cores e objetos isso trará um acesso criativo e eficaz, ajudará na utilização das lixeiras, nos fará entender que há acesso para todos. (ABNT, 2004)

Implantação de uma lixeira educativa com o intuito de incentivar e ensinar a forma correta do descarte de resíduos sólidos de CLASSE II para todas as crianças da Pré-escola com ou sem necessidades especiais, trazendo para a sociedade a conscientização com o meio ambiente.

2. OBJETIVO DO PROJETO RELACIONADO A LIXEIRA

◉ Englobar pessoas com necessidades especiais para a forma correta dos descartes de resíduos sólidos;
◉ Propor um método de identificação de resíduos através das sinalizações, cores e instrumentos de identificação, barras de apoio, tapete tátil com intuito de realizar o descarte de forma correta de alguns resíduos sólidos, utilizando materiais de baixo custo e de fácil instalação;
◉ Distinguir os resíduos que possam ser reaproveitados e enviados para a reciclagem, aprendendo de forma criativa a interpretar as cores correspondente de cada coletor para o descarte adequado do resíduo, motivando os alunos de forma educativa a utilizar o recurso de separação, usando isso como incentivo de manter a conscientização com o meio ambiente, conforme NBR13463.

3. RESÍDUOS CLASSE II

A temática da gestão integrada e do gerenciamento de resíduos sólidos conta com um importante arcabouço legal no país. Instituída pela Lei no 12.305/2010 e regulamentada pelo Decreto no 7.404/2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece as diretrizes, responsabilidades, princípios e objetivos que norteiam os diferentes participantes na implementação da gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, sendo um dos grandes desafios à gestão ambiental urbana nos municípios brasileiros na atualidade.

O crescimento acelerado e desordenado das cidades brasileiras, associado ao consumo, em larga escala, de produtos industrializados e descartáveis, tem causado um aumento expressivo na quantidade de RSU1.

A primeira etapa de gerenciamento de resíduos sólidos propriamente dita, visto que as anteriores se referem à prevenção ou redução da geração e, portanto, das mesmas não decorrem resíduos a serem gerenciados, diz respeito à sua geração. É importante saber quais resíduos são gerados, em que volume e em quais locais. No entanto, nem todo o volume gerado é coletado, devido à insuficiência do serviço público de coleta, associada à baixa consciência sanitária e ambiental da sociedade, que ainda descarta seus resíduos de forma inadequada. Tem-se também a ausência de procedimentos sistematizados de apuração de dados de coleta capazes de indicar com precisão o volume total de geração de resíduos, que é definido por estimativa, a partir de métricas e critérios pré-definidos, com sustentação científica.

GRÁFICO 1

Fonte: (RSU, 2018)

No Brasil, a principal fração dos RSU é matéria orgânica, que corresponde a mais de 50%, e vem seguida da fração seca, que soma 32%, conforme Gráfico 2.

GRÁFICO 2

Fonte: (MMA, 2012)

Observando-se os índices de cobertura dos serviços de coleta dos municípios declarantes ao SNIS-RS, em relação à população total (urbana + rural) nas regiões brasileiras (Gráfico 4), verifica-se que, em 2018, a região Sudeste foi aquela com a maior cobertura, tendo 96,2% da população atendida por tais serviços, seguida pela região Centro-Oeste, com quase 93% de cobertura. O maior déficit foi verificado na região Norte, com 83,6% da população sendo atendida por serviço de coleta de RSU.

GRÁFICO 3

Fonte: SMS-RS 2012 A 2019

Abrangência do serviço de coleta seletiva nos municípios, por modalidade, segundo região geográfica.

TABELA 1

3.1 Manaus

Em 2021, foram recolhidas 836.906 toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos, envolvendo as modalidades de trabalho, com média diária de 2.292,9 toneladas e uma coleta per capita de 1,016 quilos por dia. Os dados são da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp, 2021).

TABELA 2

política nacional de resíduos sólidos aprovada em 2010, previa a erradicação dos lixões até agosto de 2014. Infelizmente nada foi feito. No Amazonas exceto Manaus, 100% dos municípios do interior tem lixões a céu aberto. Uma lástima”.  É o que afirma Neliton Marques, engenheiro agrônomo e professor do Programa de Pós Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPGCASA/UFAM), com foco em Gestão de Resíduos Sólidos e Planejamento de Projetos Ambientais. (NELITON, 2014).

3.2 Plano Nacional de Resíduos

A gestão de resíduos sólidos e sua correta disposição estão relacionadas também com a expansão do espaço urbano. Quando há ocupação urbana de forma não planejada, envolvendo a construção de moradias em áreas inadequadas, como margens de rios e encostas, constituindo ocupações irregulares que não são atendidas adequadamente pelos serviços de coleta, há também uma tendência de haver uma disposição de resíduos descontrolada, comprometendo o subsolo, os cursos de água superficiais, constituindo risco para a saúde pública.

Essas dinâmicas apontam para a necessidade de uma abordagem integrada de gestão de RSU, embora reconhecido nos Princípios Fundamentais pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, nenhuma aplicação facilmente encontrada nas práticas de gerenciamento e gerenciamento existentes. Colocar em prática os princípios da gestão integrada significa reduzir os impactos negativos e buscar soluções que gerem externalidades positivas (ou seja, benefícios) dentro do setor ou âmbito do comportamento humano direta ou indiretamente relacionado à geração de resíduos sólidos, (GOUVEIA, 2012).

De acordo com Maiello, Britto e Valle (2017) existem problemas diferentes quanto a efetiva aplicação da Lei Federal nº 12.305/2010 responsável pela instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), destacando-se entre esses problemas o âmbito orçamentário, havendo uma baixa disponibilidade de orçamento como também, por parte dos municípios brasileiros, uma fraca capacidade institucional e de gerenciamento. Como uma forma de resolver esses problemas, existe nela Lei diretrizes de gestão compartilhada e nos âmbitos intermunicipais a formação de consórcios referentes ao gerenciamento dos resíduos sólidos.

Outra causa da poluição do ar relacionada aos resíduos sólidos é a queima por falta de conscientização das pessoas, eles são descartados sem tratamento a céu aberto, com base na perda de vegetação, o solo é erodido, causando danos e questões ambientais (VALLE, 2009).

Ainda de acordo com esses autores, a proteção da saúde humana e a sustentabilidade são princípios norteadores da PNRS o que envolve todas ações o governo nesse setor, tendo como foco, como metas a erradicação de lixões e fomentando soluções ambientalmente adequadas.

De acordo com Rauber (2011), ao salientar sobre a Lei n. 12.305/2010 destaca que essa lei vem trazer mais alento e respaldo a luta pela sustentabilidade, visando garantir maior equilíbrio entre o desenvolvimento social, econômico e social por meio da preconização de mecanismos. Foi após 21 anos de tramitação no Congresso Nacional que essa lei foi sancionada no dia 02 de agosto de 2010, sendo de acordo com o Presidente da República daquela época, Luiz Inácio Lula da Silva “uma revolução em termos ambientais no Brasil.

Os objetivos da PNRS encontram-se no art. 7º sendo eles: a não geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos, disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, diminuição do uso os recursos naturais (água e energia, por exemplo) no processo de produção de novos produtos, intensificação de ações de educação ambiental, articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos, aumento da reciclagem no país, promoção da inclusão social, geração de emprego e renda para catadores de materiais recicláveis.  (RAUBER, 2011, p.10).

Sobre os instrumentos da PNRS, estes constam no art. 8º, destacando-se:

◉ Os planos de resíduos sólidos;
◉ Os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos;
◉ Coleta Seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
◉ Incentivo a instituição e funcionamento de cooperativas de catadores;
◉ Monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária, Cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos;
◉ Educação ambiental. (Rauber, 2011, p.10-11).

O artigo 25º salienta sobre das responsabilidades dos geradores e do poder público, destacando que tanto o poder público, empresarial e a coletividade são responsáveis em efetivas as ações voltadas para assegurar a observância da PNRS como também das demais diretrizes e determinações estabelecidas nesta Lei em seu regulamento. (Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 da CF/1988).

Existem outros artigos inseridos na Lei 12.305 da PNRS de bastante relevância para que se possa desenvolver ações que de fato consigam avançar no âmbito de fiscalizações e ações mais eficientes para que possa amenizar os danos causados pela destinação de resíduos sólidos de forma inadequada, situação que causa problemas não apenas ambientais, mais sociais. Essa política deve se desenvolver forma integrada, articulada com os responsáveis por sua gestão para que assim todos os seus objetivos e diretrizes sejam desenvolvidos.

3.3 Impacto ambiental geral e local

I – RECICLAGEM

Segundo Dionísio e Dionísio (2010), a reciclagem é um conjunto de Tecnologias projetadas para receber os resíduos e reutilizá-los em um ciclo produzido. Os materiais que se tornaram lixo ou estão no lixo são usados como matéria-prima após a separação, coleta e processamento na fabricação de novos produtos. Reciclagem de um material para fazer outro.

Através da reciclagem podemos reutilizar vários tipos de materiais, transformando-os em outros, a fim de economizar matéria prima e minimizar os impactos causados ao meio ambiente. (Singer, 2002).

Os principais materiais recicláveis que são encontrados nos RSU são metais, aço, papel, papelão, plástico e vidro. Estes podem ser aproveitados e transformados em outros materiais e em outros produtos, podendo voltar ao mercado e desta forma, evitando o uso e a extração da matéria prima na natureza. (SEMA, 2005). Eles são identificados por cores distintas, como estão dispostas na figura abaixo:

II – TECNOLOGIA ASSISTIVA

A tecnologia assistiva refere-se a “produtos assistivos e sistemas e serviços relacionados, projetados para promover o bem-estar, mantendo ou melhorando o funcionamento das pessoas”. Possibilita que pessoas com deficiência tenham uma vida saudável, produtiva, independente e digna, participando da educação, do mercado de trabalho e da vida social.

De acordo com Mrech (1998, p. 2), a educação inclusiva é compreendida como sendo o “processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os graus”.

Bersch (2013a) categoriza a Tecnologia Assistiva em 12 (doze) segmentos como sendo auxílios para a vida diária e vida prática; Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA); Recursos de Acessibilidade ao Computador; Sistemas de Controle de Ambiente, Projetos Arquitetônicos para Acessibilidade; Órteses e Próteses; Adequação Postural; Auxílios de mobilidade; Auxílios para pessoas com Surdez ou com Déficit Auditivo; Mobilidade em Veículos e Esporte Lazer.

III – TIPOS COMUNS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

Os dispositivos assistivos variam de dispositivos simples e de baixa tecnologia (por exemplo, bengalas ou copos adaptados) a dispositivos complexos de alta tecnologia (por exemplo, software/hardware especializado ou cadeiras de rodas motorizadas). Categorias: 

● Produtos de mobilidade : Os dispositivos de mobilidade ajudam as pessoas a andar ou se mover e podem incluir: Auxiliares de caminhada, rampas portáteis e barras de apoio

● Produtos de visão/visão : A baixa visão ou a cegueira têm um grande impacto na capacidade de uma pessoa realizar atividades importantes da vida. Uma variedade de dispositivos (simples a complexos) pode ser usada para maximizar a participação e a independência, incluindo óculos de leitura, lupas, players de áudio, relógios falantes e/ou táteis, bengalas brancas, sistemas braille para leitura e escrita de dispositivos de áudio, por exemplo, rádios, livros, telefones celulares leitores de tela para computadores, por exemplo, JAWS (Job Access with Speech) é um programa de leitura de tela, (EDUCADORES, 2022).

● Produtos Auditivos : A perda auditiva afeta a capacidade de uma pessoa se comunicar e interagir com outras; pode impactar em muitas áreas de desenvolvimento, por exemplo, fala e linguagem e restringe oportunidades educacionais e de emprego, resultando em discriminação social e isolamento. Os dispositivos incluem: aparelhos auditivos e sinalizadores de alarme que usam luz, som e vibração, (EDUCADORES, 2022).

● Produtos de Comunicação : Dispositivos de comunicação aumentativa e alternativa podem auxiliar indivíduos com dificuldade de compreensão e produção de fala. Eles são fornecidos para apoiar a fala (aumentativa) ou para compensar a fala (alternativa). Os dispositivos incluem: placas de comunicação, livros e cartão, (EDUCADORES, 2022).

● Produtos de Cognição : Cognição (e lembrar) é a capacidade de entender e processar informações. Refere-se às funções mentais do cérebro, como memória, planejamento e resolução de problemas. Lesões cerebrais, deficiência intelectual, demência e doença mental são algumas das muitas condições que podem afetar a capacidade cognitiva de um indivíduo. Os seguintes dispositivos cognitivos podem ajudar os indivíduos a lembrar de tarefas/eventos importantes, gerenciar seu tempo e se preparar para atividades: organizadores de pílulas e quadros brancos para lembrar de coisas, (EDUCADORES, 2022).

● Produtos de autocuidado e meio ambiente: Pessoas com deficiência física muitas vezes têm dificuldade em manter boas posições deitadas, em pé ou sentadas para atividades funcionais e correm o risco de desenvolver deformidades devido ao posicionamento inadequado. Os dispositivos a seguir podem ajudar a superar algumas dessas dificuldades e permitir que as pessoas com deficiência completem as atividades da vida diária (por exemplo, comer, tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, cuidar da casa).  Existem muitos exemplos desses dispositivos, incluindo: cadeiras de banheiro e chuveiro, panos absorventes.

IV – ACESSIBILIDADE

Quando falamos de acessibilidade, entendemos que precisamos do acesso a alguma coisa, a algo a alguém, e isso inclui o ser humano, é de se observar locais que ainda não entenderam à necessidade de inclusão, em algumas vias podemos ver a dificuldade que cadeirantes sofrem para ter acesso em algumas áreas de Manaus, assim também com a dificuldade de um deficiente visual tem para tentar encontrar locais que não há escritas adaptadas para eles, iluminação adequada para deficiente auditivos, inúmeras coisas que podem ser melhoradas, adaptadas e resolvidas, porém a uma falta de posicionamento dos responsáveis por essas áreas.

Neste século, mundialmente, o tema da acessibilidade se tornou uma importante diretriz para os governos e as instituições a fim de assegurar os direitos das pessoas com deficiência (PcD) à educação, trabalho, cultura e lazer, e melhorar sua qualidade de vida e participação nos espaços comuns. (SILVA,2014).

● Deficiente físico: O artigo 9 fala sobre a acessibilidade, 2008.  Onde intensifica a importância de um deficiente físico viver de forma independe e participar de todos os aspectos da vida, os estados tem colaborado assegurando que pessoas com deficiência tenha acessos, com igualdade e oportunidades com as demais pessoas, no meio físico, ao transporte a informação e comunicação, incluindo também aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, tendo em vista como identificar e acabar com as barreiras que aparecerão futuramente para essas pessoas.

Segundo DECRETO LEGISLATIVO No 186, 2008: v) Reconhecendo a importância da acessibilidade aos meios físico, social, econômico e cultural, à saúde, à educação e à informação e comunicação, para possibilitar às pessoas com deficiência o pleno gozo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.

● Deficiente visual: (Seção II Das Condições Específicas, 2008) § 3o As botoeiras e demais sistemas de acionamento dos terminais de autoatendimento de produtos e serviços e outros equipamentos em que haja interação com o público devem estar localizados em altura que possibilite o manuseio por pessoas em cadeira de rodas e possuir mecanismos para utilização autônoma por pessoas portadoras de deficiência visual e auditiva, conforme padrões estabelecidos nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

● Deficiente auditivo:
Comunicação” abrange as línguas, a visualização de textos, o braile a comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos de multimídia acessível, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizada e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, inclusive a tecnologia da informação e comunicação acessíveis” (Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008, pág. 140).

A Associação Brasileira de Normas Técnicas, define acessibilidade, por meio da norma NRB 9050, como a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaços, mobiliários, equipamentos urbanos e elementos” O acesso relacionado a inclusão de Pessoa com Deficiência (PcD), incluindo a conscientização ambiental. Será feito através de material com sinalizações, cores e objetos isso trará um acesso criativo e eficaz, ajudará na utilização das lixeiras, nos fará entender que há acesso para todos, (ABNT,2004)

Pontos principais do cronograma:

Através dessa sequência podemos identificar alguns pontos principais e o método de montagem da lixeira

Iniciamos com a acessibilidade como: Altura, seguimentos, cores, estrutura, local, posicionamento, identificação.

Tendo como referências básicas a LF 10.098/2000, a NBR9050 da ABNT e está Instrução Normativa, as soluções adotadas para a eliminação, redução ou superação de barreiras na promoção da acessibilidade aos bens culturais imóveis devem compatibilizar-se com a sua preservação e, em cada caso específico, assegurar condições de acesso, de trânsito, de orientação e de comunicação, facilitando a utilização desses bens e a compreensão de seus acervos para todo o público. (Acessibilidade –– Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008.) A parte da altura foi feita com um tamanho padrão, tanto para pessoas sem deficiência como também para pessoas com deficiência física, seguindo a norma da ABNT, f) nos baseando em: Instalação de lavabos, bebedouros e telefones públicos em altura acessível aos usuários de cadeira de rodas. (Acessibilidade –– Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008, pag. 190, parte f)

Altura: 1000mm
Largura: 500mm

FIGURA 1 – DIMENSÕES DA LIXEIRA

Autor: Leandro, 2022

Na parte de sinalizações, será utilizado iluminação, tapetes táteis e escrita braile.

O principal objetivo das iluminações é sinalizar o descarte do resíduo no local correto.

Em exposições temporárias e, quando couber, em locais de visitação a bens integrados, deve-se assegurar o acesso às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, prevendo-se rota acessível de- avidamente sinalizada e ambiente onde mobiliário, cores e iluminação, sejam compatíveis com a melhor visão e entendimento das obras expostas. (Acessibilidade –– Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008, pag. 229).

FIGURA 2 – LUMINÁRIA

Fonte: Internet, 2022

Para a parte de indicação visual, optou-se por tapetes tátil

Existem dois tipos de piso tátil para deficientes visuais. O piso com alto relevo de linhas verticais é chamado de piso direcional e orienta a pessoa sobre qual direção caminhar, principalmente em lugares com limites definidos, como calçadas e filas. E proporciona também a sinalização sobre o caminho a ser tomado, em espaços como hospitais, escolas e centros comerciais. Já o piso com alto relevo em forma de bolas, chamado de piso tátil alerta ou piso moeda, é bastante utilizado para alertar ao deficiente visual sobre a presença de um obstáculo por perto, como escadas e degraus. Também serve para assinalar modificação de direcionamento, como quando há curvas no caminho, (DIRECT, 2022).

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também exige que o piso tátil para deficientes visuais possua uma cor que contraste com o restante do piso, pois se entende que ele também poderá auxiliar pessoas com baixa capacidade visual, pois os mesmos conseguiriam detectar esse contraste, (DIRECT, 2022).

FIGURA 3 – TAPETE TÁTIL

Fonte: Direct, 2022

Além dos tapetes, colocamos escritas braile, para ajudar na leitura e interpretação dos resíduos, ajudando o deficiente visual a achar o local certo.

Segundo Valente (2021), o sistema braile é uma alternativa para que pessoas enquadradas nessas situações possam entrar em contato com a leitura. Assim, o método contribui para a inclusão em uma das principais formas de registro e aquisição de conhecimento, a escrita.

FIGURA 4 – BRAILE

Fonte: Sinalizar, 2022

Como a parte de automatização é uma opção, utilizarmos exemplos encontrado na internet. Reforçando que não é obrigatório automatizar, devido isso, estamos supondo alguns exemplos de baixo custo e fácil instalação.

  1. Lixeira automatizada com servo motor e sensor ultrassônico esquema do circuito tinkercad, (prof. Elisângela C. De Carvalho, Claudia Meirelles, 2019)
  2. Protótipo de uma lixeira que abre e fecha pela aproximação de objetos. Ela pode ser útil em hospitais e para pessoas que tem mobilidade reduzida.

Lista de Dispositivos: – 1 Arduíno Uno; – 1 Sensor de Ultrassom HC-SR04; – 1 Micro Servo Motor de 9g; – Jumpers; Lista de Materiais: – 1 Balde; – 1 Tampa de isopor; – 1 Moeda; – 1 arruela; – Cola quente; – Fita banana; – Fita Crepe ou Fita Larga; – Fio Dental; (Emersonc, 2020)

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os projetos que vem sendo feito para esse tipo de trabalho, incentiva a conscientização de manter uma escola limpa e mais organizada, isso inclui em separar o lixo de forma correta, facilitando a reciclagem desses matérias, como: papel, alumínio, plástico e vidro.

Para a elaboração da lixeira, é indicado a utilização do material fibra de vidro, a fibra de vidro é um produto resistente e de grande durabilidade. Pode ser usada tanto em ambientes interno quanto externos, uma vez que é um item versátil.

Vantagens:
● Durabilidade;
● Organização;
● Limpeza;
● Versatilidade;
● Resistência;

Para uma reciclagem eficiente é necessário que também haja uma correta separação de resíduos. Por isso, desenvolveu-se o método de lixeiras de diferentes cores, cada uma para um tipo de resíduos, a fim de ajudar as pessoas a identificar e separar corretamente o seu lixo.

Nossa lixeira propõe mostrar que o ensino pode ser criativo e consciente.

Ninguém está imune à geração de resíduos, mas sempre é possível trabalhar com a coleta seletiva refletindo sobre os resíduos e aprendendo mais sobre a forma correta de descarte de cada item. Relativamente falando, a equipe concluiu que não apenas os sinais poderiam ajudar, mas também a automação das lixeiras.

FIGURA 5 – LIXEIRA EDUCATIVA

Autor: Alessandro, 2022

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CAVALCANTE, M. A.; TAVALARO, C. R. C.; MOLISANI, E. Física com Arduino para iniciantes. Revista Brasileira de Ensino de Física. v. 33, n. 4, p. 4503-9, 2011.

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Ficha técnica de tecnologia assistiva. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2018 (https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/assistive-technology, acessado em 24 de maio de 2022).  

GOUVEIA, Nelson. Resíduos sólidos urbanos: impactos socioambientais e perspectiva de manejo sustentável com inclusão social. Ciência e Saúde Coletiva, v. 17, n. 6, p. 1503-1510, 2012.

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J. A., Experimentos com o Arduino, São Paulo. Brasil, 2011.SILVEIRA, J. A.

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