REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8251003
1Wilson Vieira Oliveira
2Helleflan Almeida Machado
3Mirlene Sampaio Pereira
4Leilson Sousa Silva
5Pauliane Barros Ribeiro
6Katiene Sousa Costa Oliviera
RESUMO
Este artigo tem como objetivo analisar o gênero do discurso letras de música como recurso metodológico para o ensino de leitura em Língua Inglesa no Ensino Fundamental, além de averiguar através da literatura da área as concepções e métodos sobre ensino de Línguas Estrangeiras e as habilidade de Leitura em Inglês e o gênero do discurso letra de música. A escolha da habilidade de leitura foi por ela mostrar-se como porta de entrada para as outras habilidades. Os resultados apontam para um ensino mais produtivo da Língua Inglesa como língua estrangeira com o auxílio do gênero adotado, visto que a música permite extrapolar os conhecimentos metalinguísticos, além de promover um maior entrosamento entre os alunos.
Palavras-chaves: Ensino de Língua Inglesa; Leitura; Gênero do discurso;
ABSTRACT
This article aims to analyze the discourse genre of song lyrics as a methodological resource for teaching English reading in elementary education, while also investigating through the literature the concepts and methods related to Foreign Language Teaching, English Reading Skills, and the genre of song lyrics. The choice of reading skills was because it serves as a gateway to other abilities. The results point towards a more productive English language teaching as a foreign language, aided by the adopted genre, since music allows for the expansion of metalinguistic knowledge and promotes better integration among students.
Key-words: Teaching of English Language; Reading; Discourse genre;
1. PARA INÍCIO DE CONVERSA…
Vivemos atualmente em um mundo globalizado, onde as pessoas estão a cada momento em constante troca de informações. Notícias que ocorrem em um lugar do mundo são vistas do outro lado em tempo real. Em meio a essa era global estamos nós professores, alunos, empresários, comerciantes, diplomatas, políticos, atletas, músicos, atores, jovens em geral, cercados por emaranhados de informações, e para podermos desfrutar delas com sabedoria, é necessário entendermos pelo menos boa parte daquilo que nos é transmitido. Contudo, para que isso se torne possível devemos ter algum domínio da língua da globalização, e não há como negar que é a língua inglesa.
A necessidade de se conhecer a língua inglesa fica evidente quando observamos o mundo e vemos que nele o inglês é a língua oficial do tráfego aéreo, das navegações, dos congressos e encontros políticos internacionais. É ainda oficial nos órgãos internacionais como: Organização das Nações Unidas (ONU), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Federação Internacional de Futebol Associados (FIFA), Comitê Olímpico Internacional (COI), dentre outros.
Parece difícil de acreditar, mas 80% das interações em língua inglesa no mundo ocorrem entre falantes não nativos, afirma Kadri (2010, p.65). Isso não é curioso? Tais dados nos levam a perceber que o inglês se tornou realmente uma língua internacional e é usada como meio de comunicação por povos de várias nações e culturas diferentes. Pessoas de inúmeras partes do mundo usam inglês em suas viagens, na escola, no trabalho, ao conversar com outras pessoas pela internet ou pelo telefone, entre outras situações e contextos.
Nesse sentido, inúmeras são as vantagens em se estudar uma língua estrangeira, sem sombra de dúvidas uma dessas é a oportunidade de interação com outros povos e culturas. Holden (2009 p.14) afirma que existem razões claras, tanto práticas como econômicas, para apoiar a importância de alunos verem o aprendizado do inglês como algo positivo. Ela acrescenta ainda que
aprender e usar outro idioma faz com que as pessoas entrem em contato, direta ou indiretamente, com diferentes sociedades e culturas. Isso as expõe a maneiras de pensar diferentes, a meios de comunicação diferentes, o que, por sua vez, as estimula a pensar em sua própria cultura, em seus valores e modo de vida. Elas percebem, então, que não existe uma única maneira de fazer algo, mas muitas outras diferentes. Em outras palavras, além de dotar os alunos com habilidades práticas, aprender um idioma estrangeiro abre horizontes, o que certamente é um dos objetivos importantes para a educação em todos os países. (HOLDEN, 2009, p.14).
Por essa ótica, o trabalho é sem dúvida, outro grande contribuinte para o sucesso e internacionalização da língua inglesa. Rio (201?) assevera que tanto entusiasmo com o inglês é reflexo da importância do idioma para o sucesso na carreira profissional, e exemplifica que
em uma fábrica da Toyota na República Tcheca, cuja equipe é composta por japoneses, franceses e tchecos, o inglês foi escolhido como o idioma de trabalho. Muitas outras empresas multinacionais como Samsung e LG Philips mudaram suas políticas e determinaram a redação de e-mails somente em inglês. (Rio, 201?).
Ao observarmos esses dados, percebemos que o inglês é imprescindível no mercado de trabalho atual. Muitas empresas usam suas redações na língua inglesa, e esse fato obriga seus funcionários a se adequarem nesse novo paradigma.
Outro dado que nos chama a atenção é o fato de 80% das informações do mundo eletrônico estarem armazenadas em inglês (SCHÜTZ, 2010). Isso comprova sua disseminação na era da informática. Essa ferramenta é uma crescente no mundo globalizado. Nesse sentido, o uso da tecnologia é mais um grande motivo para se estudar e aprender inglês hoje.
Em relação ao papel que o inglês adquiriu com a nova era tecnológica Schütz sugere que
ao assumir este papel de língua global, o inglês torna-se uma das mais importantes ferramentas, tanto acadêmicas quanto profissionais. É hoje inquestionavelmente reconhecido como a língua mais importante a ser adquirida na atual comunidade internacional. Este fato é incontestável e parece ser irreversível. O inglês acabou tornando-se o meio de comunicação por excelência tanto do mundo científico como do mundo de negócios. (SCHÜTZ, 2010).
Numerosos são os ensejos que nos revelam a importância de se conhecer o idioma global, muitas são as vantagens de termos conosco essa ferramenta que múltiplos benefícios nos proporcionam nessa era planetária. Há nesse sentido, um crescente número de pessoas que querem aprender inglês, segundo Graddol (2006. p.14, tradução nossa), “um grande aumento no número de pessoas aprendendo Inglês já começou, e é susceptível de atingir um pico de cerca de 2 bilhões nos próximos 10-15 anos”.
Dessa forma, não há como fugir ou ignorar essa realidade, estudantes de Letras, professores de nível primário e futuros professores de Língua Inglesa, estamos nós, conscientes da supremacia desse idioma na atualidade. Pensando ainda em como transmitir conhecimentos em uma Língua Estrangeira (LE) a alunos essencialmente do Ensino Fundamental, que optamos por desenvolver esta proposta.
Evidenciando ainda que uma coisa é a importância de se aprender inglês, outra são as dificuldades em consegui-la. Cabe a nós estudantes do Curso de Letras buscarmos meios para crescermos no estudo de Língua Inglesa, para que consequentemente possamos disseminar tais conhecimentos aos nossos futuros alunos.
Ressalta-se o papel fundamental das escolas de educar, buscar por melhorias com o objetivo de preparar os alunos para a sociedade a qual estão inseridos. Olhando a realidade brasileira, bem como, as escolas de Ensino Fundamental de Santa Luzia – Maranhão, observa-se que a educação caminha a passos lentos, vê-se também que os alunos estão pouco familiarizados com a disciplina de Língua Inglesa, pois, são grandes as dificuldades que têm em aprendê-la.
Sabendo das dificuldades encontradas nas escolas públicas de todo o Brasil, proporcionar um bom aprendizado a alunos do interior de um estado como o Maranhão, especificamente em bairros periféricos de uma cidade como Santa Luzia, não é tarefa das mais fáceis, essencialmente se tratando do estudo e aprendizado em LE. Contudo, fascinados pelo desafio e vontade de ver alguma mudança nesse cenário, elaboramos esta proposta de estudo.
Compreendemos que nesse contexto a maioria dos alunos, tem um primeiro contato com a Língua Inglesa somente a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, por isso, optamos por trabalhar com a habilidade de leitura no 7º ano, tendo em vista que, a nosso ver, essa abordagem proporciona resultados mais rápidos. Além disso, o aluno nesse ciclo, adquirindo certa gama de conhecimentos, se sentirá motivado a buscar conhecimentos nessa área, que é tão necessária nos dias atuais. Acerca do inglês para objetivos específicos Sousa e Lima afirmam que ele
[…] visa ao aprimoramento de habilidades específicas, de acordo com a necessidade do aluno (needs analysis). Assim, pode ser baseado em uma das quatro habilidades (four skills – Reading, writing, listening, speaking) ao se estudar um idioma estrangeiro (English as a Foreign Language). (SOUSA & LIMA, 2012. pág. 84).
O presente trabalho, portanto, baseia-se na habilidade de reading (leitura). Isto porque, a leitura é uma habilidade que se configura como porta de entrada para as outras habilidades. Salientamos ainda, que a habilidade de leitura será trabalhada concomitantemente com o gênero do discurso letra de música, pois resultados apontam para uma maior produtividade dos alunos na apropriação da LE.
A música é um exemplo de gêneros aos quais os alunos mantém contato fora da escola, além disso, é componente de motivação e interação entre alunos, professores e sociedade.
Motivados pelo desafio da assimilação da língua inglesa por parte de alunos que estão no terceiro ciclo fundamental, estruturamos nossa proposta fazendo uso do gênero do discurso letra de música como recurso metodológico para o ensino da habilidade de leitura em língua inglesa.
Para que o leitor possa acompanhar o fio condutor deste trabalho, discutimos sobre o ensino de Língua Estrangeira, evidenciando suas concepções e métodos, vislumbrando também acerca da habilidade de leitura em Inglês e do gênero do discurso letra de música, associando com o ensino de línguas.
2. ABORDAGENS SOBRE O ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
2.1. Concepções e métodos sobre ensino de Línguas Estrangeiras
As LE, para muitos, são difíceis de serem ensinadas e estudadas, devido ao modo de como foram instruídas. Historicamente, aulas enfadonhas foram ministradas através de estudo da gramática e da tradução de textos, sem motivação alguma. Porém, o ensino da LE já driblou vários obstáculos, desde a sua inclusão nas escolas públicas. Conhecer esses métodos é importante, para o planejamento e escolha do que mais se enquadra na realidade de hoje.
O primeiro deles é conhecido como Método Tradicional ou Método da Tradução e da Gramática concentrado em traduzir palavras soltas ou em frases de uma língua para outra e o ensino constante de normas através da gramática. Ainda é possível encontra-lo nas salas de aula, no momento em que os alunos traduzem textos e dessa forma são memorizadas as regras gramaticais. No Método Tradicional, o professor é aquele que tem a razão detentora do saber e o aluno realiza suas atividades de acordo com que o mestre ordena. As habilidades a serem desenvolvidas com esse método são a escrita e a leitura.
Outro método conhecido é o Método Direto. Ao contrário do Método Tradicional esse utiliza imagens e simulações, situações vivenciadas pelos alunos, tendo uma atividade mais ativa. Dá mais ênfase na oralidade utilizando a repetição de diálogos sempre na língua em estudo, existindo a interação de aluno e professor.
No Método Audiolingual o foco é a habilidade oral. O aluno deve aprender o novo idioma de forma natural, utilizando a repetição e imitação de vocábulos e diálogos na LE.
Embora esses métodos fossem para ensinar a LE em sala de aula, poucas vezes eram usados fora dela. Ficava claro que não bastava apenas aprender regras gramaticais, era necessário ocorrer a comunicação. Surge, então, a Abordagem Comunicativa que significava ir muito além dos conhecimentos linguísticos. Ao contrário do Método Tradicional, deixava os alunos encorajados a se comunicarem e a se expressarem na língua estudada. Brown (2001) ressalta que
o professor que faz uso da Abordagem Comunicativa passa a ser um mediador da aprendizagem; promove situações efetivas de uso da língua e atua como um conselheiro dos aprendizes. Encoraja a cooperação entre os alunos e a comunicação entre eles por meio de atividades, jogos e dramatizações, entre outros, de forma que se preocupem não somente com o que dizer, mas como fazê-lo. (apud. JALIL & PROCAILO, 2009, p. 779).
Ao longo dos anos os métodos e abordagens foram amoldados, seja pelos conhecimentos adquiridos anteriormente, ou a partir da pesquisa e prática. Outras teorias, então, se revezaram em sua atenção ao professor, ao aprendiz ou ao processo.
O professor que começa a pesquisar e vivenciar suas experiências modifica o método que melhor o convenha para aperfeiçoar o seu ensino de LE, assim o método vai sendo modificado e surgindo a teoria adaptada a sua realidade.
O Pós-método visa essas mudanças. É um sistema de pedagogia tridimensional formado pela particularidade, prática e possibilidade, é o que afirma Kumaradivelu (apud. JALIL & PROCAILO, 2009, p. 781). Esse sistema ajuda a desenvolver um trabalho mais crítico, pois o professor tem suas particularidades e adapta o método a sua realidade. A sua prática é levada em conta, formando assim o seu próprio método e utiliza materiais necessários para facilitar e vê frutos em suas aulas.
O professor usa as possibilidades que a sociedade insere em seu contexto atuando e transformando-a. Contudo, ao professor cabe refletir qual método utilizar e se possível modificar de acordo com a sua necessidade, a realidade do aluno e fundamentar a construção do ensino aprendizagem sem jamais esperar por fórmulas mágicas.
A escolha de um método adequado ou uma abordagem eficaz permeia a cabeça dos professores de línguas. A busca pela receita mágica é constante. Entretanto, essa receita não vem pronta, sendo necessário observar que as escolas são diferentes, os alunos são outros, e um método abordado por um professor poderá não ser adequado para o ensino em outra turma.
2.2 Habilidade de Leitura em Inglês e o gênero do discurso letra de música
Atualmente, o aluno vive em constante sintonia com a globalização através de chats, e-mails, músicas, entre outros meios de comunicação, estando em contato direta e indiretamente com a LE fora do ambiente escolar. Em contrapartida, no Ensino Fundamental, é necessário chamá-los a atenção para que o ensino seja positivo, caso contrário, acabarão desmotivados em aprendê-la. Para muitos alunos, é nesse nível de ensino o primeiro contato formal que têm com uma segunda língua, levando-os a descobrir uma nova percepção da linguagem. E, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira (PCNLE),
a aprendizagem de Língua Estrangeira contribui para o processo educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e desenvolve maior consciência do funcionamento da própria língua materna. (PCNLE, 1998, p.37).
Percebemos, então, a importância das habilidades para o ensino de LE. Trabalhadas de diferentes métodos, as quatro habilidades básicas são: ler, escrever, falar e escutar. Para Holden (2009, p. 50) a todo o momento utilizamos tais habilidades em nosso próprio idioma e na vida real. Ela ainda salienta que
a leitura sempre foi uma habilidade fundamental na aprendizagem da língua. […] usada para introduzir e ilustrar exemplos de padrões gramaticais e vocabulário […] A escrita sempre fez parte da aprendizagem formal de sala de aula[..] A Audição depende também de fatores como a relação com o falante ou os falantes, o assunto e o nível e a qualidade das vozes. […] A fala é uma habilidade comunicativa importante – mas requer obviamente alguém para falar e pode parecer bastante superficial na aula de idioma. Também requer prática […] (HOLDEN, 2009, 50-51).
Os próprios PCNLE (Op. cit.) aconselham aos professores dar mais ênfase à habilidade de leitura, mas isso não quer dizer que devamos excluir as outras habilidades, pelo contrário, todas são importantes para que o ensino/ aprendizagem aconteça de fato.
Segundo Ferreira (2000, p.422), leitura é o ato, arte ou hábito de ler; aquilo que se lê. Portanto para que ocorra uma boa leitura é necessário gostar do que se esta lendo, criando dessa forma o ato de ler, e não somente ler por ler, pois de nada adiantaria. Para Solé (1998, p.118), quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do seu acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalizações que permitam transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes. Assim, a autora em sua obra “Estratégias de Leitura” salienta que
aprender a ler não é muito diferente de aprender outros procedimentos ou conceitos. Exige que a criança possa dar sentido àquilo que se pede que ela faça, que disponha de instrumentos cognitivos para fazê-lo e que tenha ao seu alcance a ajuda insubstituível do seu professor, que pode transformar em um desafio apaixonante o que para muitos é um caminho duro e cheio de obstáculos. (SOLÉ, 1998, p.65).
A leitura deve ser constante e imprescindível, porque ao ler ocorre a compreensão auditiva, e, ao pronunciá-la ocorre a habilidade da fala e vivenciando tudo isso o aluno é motivado a escrever dando vez à habilidade da escrita. Mesmo ao estranharmos essa ideia de utilizar mais a leitura, vamos perceber que ela funciona como se fosse uma cadeia alimentar, pois, a existência de um é importante para o outro sobreviver. A escolha dos textos tem que surgir de acordo com o gosto dos alunos e seus interesses, uma vez que o aluno só gosta daquilo que lhe chama a atenção, fascine e seja interessante. Dessa forma o aprendizado favorece a ele reflexão e visão de mundo.
Como mencionamos anteriormente, dentre as habilidades a serem trabalhadas na sala de aula, a de leitura deverá ser colocada como ponto de partida. Segundo Holden (Op. cit.), ela é a mais pessoal dentre as outras e ainda revela que
[…] a fala e a audição requerem uma segunda pessoa, e a escrita em geral requer alguém a quem escrever. A leitura, todavia, pode ser realizada por uma só pessoa. Assim, a habilidade de ler em inglês é uma das coisas mais úteis que seus alunos podem aprender. É a habilidade que usam fora da sala de aula, e que permanece com eles, após deixarem a escola, pelo resto da vida. (p. 56).
Para essa perspectiva, o ensino da habilidade de leitura é realizado mediante a exposição de vários tipos de textos e motiva nos alunos a percepção de ir além da decodificação de palavras, pois, existem tantos gêneros do discurso quanto o homem necessita se comunicar. Então, para uma comunicação mais efetiva é necessário a apropriação dos mecanismos que formam esse tipo de saber.
Sobre os gêneros do discurso é interessante perceber que o ser humano possui a capacidade de se comunicar de diversas maneiras, com várias finalidades, de forma oral ou escrita. Segundo Bakhtin (1979), a comunicação efetua-se através do emprego da língua em forma de enunciados, que possuem modelos razoavelmente estáveis chamados de gêneros do discurso, e que
a utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua — recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais —, mas também, e, sobretudo, por sua construção composicional. Estes três elementos (conteúdo temático, estilo e construção composicional) fundem-se indissoluvelmente no todo do enunciado, e todos eles são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação. Qualquer enunciado considerado isoladamente é, claro, individual, mas cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que denominamos gêneros do discurso. (BAKHTIN, 1979. p. 280).
Fica claro através dos escritos bakhtinianos a gama de gêneros utilizados pelo ser humano, tanto orais como escritos. A propósito, Porto (2009), comunga dos ensinamentos iniciados pelo filósofo e linguista russo, apesar de uma ligeira mudança de nomenclatura, ela reitera que gêneros textuais são como ‘modelos’ de textos que circulam socialmente e que estabelecem formas próprias de organização do discurso.
A autora define texto como uma produção verbal (oral ou escrita), dotada de unidade temática, coerência argumentativa, coesão interna, cujo sentido é construído solidariamente por quem o produz, por quem o interpreta e pelo conjunto discursivo já existente na sociedade. Adverte ainda que
o ensino dos diversos gêneros textuais que circulam socialmente não só amplia sobremaneira a competência linguística dos alunos, mas também aponta-lhes as inúmeras formas de participação social que eles, como cidadãos, podem ter fazendo uso da linguagem. (PORTO, 2009. p. 38).
Realmente, inúmeras são as formas de participação do homem na sociedade. Porto (2009), então, exemplifica que
[…] existem tantos gêneros textuais quanto as situações sociais convencionais em que são usados: anúncios, atas, convites, avisos, convênios, crônicas, discursos político, editoriais, editais, entrevistas, histórias, instruções de uso, leis, notícias, novelas, orações, piadas, receitas, regimentos, reportagens, requerimentos, romances, sermões, telegramas, palestras e trabalhos científicos, entre outros. (Op. cit. p. 41).
Diante da irrefutável gama de gêneros do discurso, necessários a participação do homem em situações de uso da linguagem, os PCNLE (1998) para o Ensino Fundamental nos dão uma pista de qual utilizar para facilitar o processo de envolvimento do aluno com a língua a ser estudada, bem como recursos e métodos. Para o documento,
havendo, na escola, acesso a revistas, jornais, livros, TV, vídeo, gravador, computador etc., típicos do mundo fora da sala de aula, tais recursos podem ser usados na elaboração de tarefas pedagógicas, para deixar claro para o aluno a vinculação do que se faz em sala de aula com o mundo exterior (as pessoas estão no seu dia-a-dia envolvidas na construção social do significado; as possibilidades que existem fora da sala de aula de se continuar a aprender Língua Estrangeira […]
Para o desenvolvimento da habilidade de compreensão escrita é necessário poder dispor de uma grande variedade de textos de diversos tipos, provenientes de jornais, revistas, instruções de jogos e de funcionamento de aparelhos, livros, da Internet etc. Será importante envolver os alunos nesse processo de coleta de textos para se assegurar, por um lado, o interesse dos alunos, e por outro lado, a conexão entre o que se faz na sala de aula de Língua Estrangeira e o mundo fora da escola onde a língua estrangeira é usada. […] (PCNLE, 1998, p.87; p.92).
Já os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCNLP, 1998) sugerem como objetivo a utilização de diferentes linguagens, dentre inúmeras, a musical, como forma de expressão e comunicação de ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, 1996), reconhece também, em seu parágrafo sexto, incluído pela Lei nº 11.769 de 2008, o valor deste gênero do discurso ao prevê a inclusão de música no âmbito da educação básica.
A música como qualquer outra arte acompanha historicamente o desenvolvimento da humanidade e pode se observar ao analisar as épocas da história, pois em cada uma, ela está sempre presente (CASTRO, 2011. p.114). Para os gregos antigos era vista como um meio para alcançar a perfeição entre a mente e o corpo. Para os romanos ela é encarada como ciência. Na Idade Média, em grande parte do continente europeu, mostra sua força litúrgica dentro da Igreja Católica, que permanece até hoje. Através dos índios, negros e europeus ela se mistura a partir do século XVI tornando o Brasil um caldeirão de ritmos que se conhece atualmente. E ainda recebeu durante o decorrer da história vários tipos de influências estrangeiras, principalmente em língua inglesa.
Segundo Loureiro “A palavra música vem do grego mousiké e designava, juntamente com a poesia e a dança, a ‘arte das musas’” (2003, p.33). De maneira geral ela é também chamada de canção que para Manzoni e Rosa no Artigo Gênero Canção: Possibilidades de Interpretação, ao conceitua-la, revela-nos muito sobre sua forma escrita. Segundo os autores,
a canção é uma peça pequena, que tem como principal meio de execução o canto (voz) com ou sem acompanhamento (instrumento). Para que ela seja executada, é necessária a composição de uma melodia, ainda que no momento da reprodução vocal não haja instrumento musical para o acompanhamento, e a composição de uma letra, seja ela advinda de um texto poético já existente ou de um texto criado juntamente com a melodia pelo compositor musical. (MANZONI & ROSA. 2003, p.01).
Como podemos perceber na definição acima, a música possui dois tipos de linguagem, uma verbal (letra e voz) e outra musical (instrumentos sonoros e melodia). Na parte verbal, encontramos a letra da música (matéria prima nas atividades desta proposta), que como gênero do discurso possui estrutura própria. De acordo com Camargos (2009, p. 14) ela é um gênero do domínio artístico, o que muito amplia suas funções e não enrijece suas formas. E ainda analisa as características que o gênero tem. Para ele,
uma análise geral desse gênero nos leva a perceber que as letras normalmente se estruturam em estrofes com versos, possuem métrica, figuras de linguagem, rimas, liberdade quanto às regras normativas da sintaxe, exploram a sonoridade e o ritmo. O texto evoca o lirismo, com a enunciação de sentimentos subjetivos: o eu procura expressar suas emoções, sua experiência pessoal, sua interpretação e crítica da vida por meio do signo verbal. Este gênero permite repetições e quebras de frases, palavras, sílabas e sons, devendo maior obediência às exigências do curso melódico e rítmico. O texto pode ter pouca coerência, pois os sentidos que faltarem podem ser preenchidos pela melodia. (Op. cit. p.14-15).
Dessa forma, seguindo as indicações dos PCNLE (1998) é importante sustentar a prática educativa não somente no livro didático, tão pouco em textos desconexos com a realidade do aluno, mas sim, deve-se utilizar multimeios e gêneros aos quais os alunos mantém contato fora da escola.
A música é um exemplo desse gênero. Ela é um componente motivador para maioria dos alunos e de simples acesso aos professores, e ainda, demonstra ser uma rica fonte para a organização de muitas atividades em aulas de língua inglesa (MURPHEY; MEDINA, apud. LIMA & BASSO, 2009, p. 01). Dessa maneira, a aquisição de várias habilidades se torna muito mais proveitosa através da música, pois, o aluno já está familiarizado com o mundo que se encontra à sua inteira disposição para seu deleite, antes mesmo de adentrar em sala de aula.
De forma nenhuma se despreza, neste trabalho, os méritos dos outros recursos como, vídeos, cartazes, fichas, livros, etc., pois são reconhecíveis os valores agregados por diversos recursos numa aula.
Combinado com a leitura, certamente a música contribui para que no ambiente da sala de aula, exista tanto aprendizagem como dinamicidade. Ela é um dos recursos que efetiva de forma diferenciada o conteúdo em estudo na sala. Ao se trabalhar utilizando esse recurso, o ensino de inglês, certamente garantirá que o aluno possa tirar proveito desse tipo de linguagem como aparelho de aquisições de habilidades em língua inglesa. Ou melhor, adquirir habilidades na língua inglesa por meio de músicas leva a experiência da linguagem própria da música como uma das formas de caricatura do saber construído pelo intercâmbio racional e afetivo do aluno com a situação de cada música e aula ministrada. Por isso, muito pode ser feito a partir da utilização dela.
Em um Artigo escrito por André Castro e outros colaboradores da Universidade de Pernambuco/UPE, são apresentadas algumas asserções sobre a importância da música, descrevendo-a
como qualquer outra arte acompanha historicamente o desenvolvimento da humanidade e pode se observar ao analisar as épocas da história, pois em cada uma, ela está sempre presente. Na vida do ser humano a música é tão importante e concreta, por ser um elemento que auxilia no bem estar das pessoas. No contexto escolar a música tem a finalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem do educando […] A música é universal e a facilidade que ela tem de penetrar na mente do homem é formidável. Ela age na sociedade de forma indutiva, julgando, alertando, esclarecendo e principalmente educando. (CASTRO, NASCIMENTO e GUERRA, 2011, p. 114).
Percebemos assim que a música não somente é uma arte, mas pode contribuir, e muito, como facilitadora da aquisição de várias habilidades de forma inconsciente da língua em estudo, extrapolando assim sua faceta metalinguística.
Para Medina (apud. LIMA e BASSO, 2009), a música permite a memorização do léxico da língua em estudo de maneira não intencional, além de promover à escrita e ser um caminho facilitador na aquisição de uma segunda língua tanto para as crianças quanto para adultos.
Ela também sensibiliza os alunos, pois, é fato que sempre esteve presente na vida do ser humano e, é o meio mais dinâmico para se chegar aos sentidos. Dessa forma, a emoção fará com que os alunos aprendam a língua inglesa de uma forma diferente da convencional. Superando as barreiras metalinguísticas.
Definitivamente esse recurso contribui fortemente para o aprendizado de várias habilidades, inclusive a leitura, e não pretende esta pesquisa desprezar esse conhecimento, mas, dirige-se pelo caminho dos estudos do ensino da habilidade de leitura em língua inglesa, sem esquecer de forma alguma os outros caminhos desse campo de estudo.
Camargos (2009) apresenta os meios onde teremos acesso a letra propriamente em sua forma escrita e oralizada, esclarecendo que
quanto ao suporte, mesmo sendo essencialmente oral, as canções materializam-se na escrita no processo de composição do autor e têm suas letras registradas em encartes de discos, revistas musicais, de cifras, sites musicais, livros didáticos, catálogos, etc. Sendo, então, veiculada pela letra impressa e pela voz humana. (p.14).
Sendo assim, materializadas por suas formas de registros e caracterizada como gênero do discurso letra de música, contendo estrofes com versos, métrica, figuras de linguagem, rimas, liberdade quanto à sintaxe, sonoridade e o ritmo, entre outras, reitera-se, finalmente, que a habilidade de leitura em língua inglesa seja ensinada através do gênero do discurso letra de música, pois, será a partir dela que o aluno despertará para as demais habilidades.
3. PARADA PARA REFLEXÃO…
Sabemos que hoje estamos em uma era global, a qual, as pessoas estão constantemente interagindo com informações de outras culturas. Aqueles que adquirirem a capacidade de usufruir dessa interação serão indivíduos com maior inteligência global, sendo assim, serão dotados de um farto conhecimento de mundo e sabedoria, tornando-se cidadãos críticos e atuantes.
Nesse período de ascensão tecnológica abundante, os textos estão dispostos em e-mails, sites, redes sociais, livros, jornais, revistas, músicas entre outros. Podendo esses conter linguagens formais ou informais, trazendo diferentes tipos de informações. Em se tratando de textos disponíveis ao mundo inteiro, seguramente sua maioria estão em língua inglesa. Logo, proporcionar aos alunos a possibilidade de compreensão desses gêneros, certamente culminará nos benefícios citados acima.
Com o objetivo de desenvolver habilidade de leitura em língua inglesa com o auxílio de música como recurso metodológico, pesquisamos na literatura existente, visando colaborar na formação de indivíduos cada vez mais capazes de interagir com outras culturas desse mundo globalizado, onde a maioria das informações é disponibilizada na língua em estudo.
Pesquisadores reconhecem que a música está presente em nosso meio social despertando consciente e inconscientemente várias emoções. Paralelamente, dispomos de vários gêneros próprios da leitura necessários a efetivação de atividades humanas.
Combinado com a leitura, certamente a música contribui para que no ambiente da sala de aula, exista tanto aprendizagem como dinamicidade. Ela é um dos recursos que efetiva de forma diferenciada o conteúdo em estudo na sala. Ao se trabalhar utilizando esse recurso, o ensino de inglês, garantirá que o aluno possa tirar proveito desse tipo de linguagem como forma de aquisições de habilidades em língua inglesa.
Por isso, muito pode ser feito a partir da utilização dela em aulas de leitura. Finalmente, propomos que as músicas sejam utilizadas como recurso metodológico no ensino de leitura em língua inglesa no Ensino Fundamental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1Wilson Vieira Oliveira, graduado em Letras Licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Pós-graduado em Gestão, Orientação e Coordenação Escolar pela Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz, Facibra, Wenceslau Braz, Brasil.
2Helleflan Almeida Machado, Pós-graduado em Gestão, Supervisão e Orientação Escolar. Bacharel em Administração Pública pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA. Graduado em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA.
3Mirlene Sampaio Pereira, graduada em Letras Licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA – Mestre em letras pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA
4Leilson Sousa Silva, graduado em Letras Licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Pós-graduado em Educação Física Escolar pela Faculdade de Tecnologia Antônio Propício Aguiar Franco – FAPAF, Pium, Tocantins, Brasil..
5Pauliane Barros Ribeiro, graduada em Letras Licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
6Katiene Sousa Costa Oliveira, graduada em Pedagogia pela Faculdade de Teologia Hokemah Fateh. Pós-graduada em Educação Infantil e séries iniciais pela Faculdade de Tecnologia Antônio Propício Aguiar Franco – FAPAF.