INTRODUCTION OF ULTRA-PROCESSED FOODS IN CHILDREN’S DIETS AND THE RISK OF OBESITY
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202510131410
Bruna Venancio Vieira1
Marílyam Chiara de Assis Epis1
Rafaela Régia Calmont Cordovil1
Orientadora: Dra. Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
Coorientador: Me. David Silva dos Reis3
RESUMO
A alimentação adequada na infância representa um dos pilares essenciais para o desenvolvimento saudável, com impacto direto sobre aspectos físicos, cognitivos e metabólicos ao longo da vida. Este estudo tem por objetivo analisar a relação entre o consumo precoce de ultraprocessados e o risco de obesidade infantil. O presente trabalho caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa e natureza exploratória. Foram examinadas fontes científicas e institucionais que abordam a composição desses alimentos, seus impactos metabólicos e os fatores socioeconômicos e familiares envolvidos nesse padrão alimentar. Os resultados apontam que a elevada ingestão de produtos ultraprocessados está associada ao aumento do risco de distúrbios cardiometabólicos, resistência à insulina e excesso de peso na infância. A formação de hábitos alimentares inadequados desde os primeiros anos de vida se mostra persistente ao longo do tempo, exigindo intervenções educativas e políticas públicas eficazes. A atuação conjunta da família, escola e profissionais de saúde é fundamental para a promoção de práticas alimentares saudáveis e para a prevenção da obesidade infantil.
Palavras-chave: Primeira Infância, Obesidade Infantil, Ultraprocessados.
ABSTRACT
Adequate nutrition in childhood is one of the essential pillars for healthy development, with a direct impact on physical, cognitive, and metabolic aspects throughout life. This study aims to analyze the relationship between early consumption of ultra-processed foods and the risk of childhood obesity. This work is characterized as a bibliographic research study, with a qualitative approach and exploratory nature. Scientific and institutional sources addressing the composition of these foods, their metabolic impacts, and the socioeconomic and family factors involved in this dietary pattern were examined. The results indicate that high intake of ultra-processed products is associated with an increased risk of cardiometabolic disorders, insulin resistance, and overweight in childhood. The formation of poor eating habits from the early years of life persists over time, requiring effective educational interventions and public policies. Joint action by families, schools, and health professionals is essential for promoting healthy eating practices and preventing childhood obesity.
Keyword: Early Childhood , Childhood Obesity, Ultra- Processed.
1. INTRODUÇÃO
A alimentação na infância é um dos fatores mais determinantes para o desenvolvimento integral das crianças, influenciando diretamente aspectos físicos, cognitivos, emocionais e nutricionais. As escolhas alimentares feitas nos primeiros anos de vida têm impacto duradouro, sendo fundamentais para a prevenção de doenças crônicas e para a promoção da saúde ao longo do ciclo de vida. Contudo, observa-se uma crescente preocupação com os hábitos alimentares infantis, especialmente diante do aumento do consumo de alimentos industrializados e ultraprocessados. Esse padrão alimentar tem sido associado ao avanço de condições como a obesidade infantil, diabetes tipo 2 e carências nutricionais (Brasil, 2014).
A rotina acelerada das famílias, aliada à ampla disponibilidade e à publicidade de alimentos ultraprocessados, contribui para escolhas alimentares inadequadas. Muitas vezes, por falta de conhecimento, tempo ou praticidade, famílias deixam de priorizar refeições balanceadas e acabam optando por produtos industrializados, ricos em açúcares, gorduras e sódio. Esse padrão alimentar impacta negativamente a saúde metabólica das crianças, favorecendo o surgimento precoce de distúrbios relacionados ao excesso de peso (Louzada et al., 2015).
A introdução inadequada desses alimentos durante os primeiros mil dias de vida – período que compreende desde a gestação até os dois anos de idade – tem consequências duradouras. Essa fase é crítica para o desenvolvimento metabólico e a formação dos hábitos alimentares, os quais tendem a persistir na vida adulta. Dietas obesogênicas, caracterizadas pelo alto consumo de ultraprocessados, estão associadas ao aumento de resistência à insulina, alterações no perfil lipídico e excesso de gordura corporal desde a infância (Silva et al., 2022).
A introdução alimentar é uma fase sensível do desenvolvimento infantil e representa uma janela de oportunidade para a promoção de hábitos alimentares saudáveis. Sendo assim, os resultados discutidos neste estudo reforçam a importância de intervenções precoces que envolvam não apenas a família, mas também políticas públicas voltadas à educação alimentar, à regulação da publicidade de alimentos e ao incentivo à alimentação adequada e saudável desde os primeiros anos de vida (Mello et al., 2021)
Dados recentes do Ministério da Saúde revelam a gravidade da situação: em 2021, aproximadamente 14,2% das crianças com menos de cinco anos apresentavam excesso de peso ou obesidade, enquanto 29,3% das crianças entre 5 e 9 anos estavam acima do peso, com cerca de 200 mil casos de obesidade grave. O consumo elevado de alimentos ultraprocessados é apontado como um dos principais fatores para esse cenário, evidenciando a necessidade urgente de ações e políticas públicas que estimulem práticas alimentares saudáveis desde os primeiros anos de vida (Brasil, 2021).
Este estudo tem por objetivo descrever a relação entre introdução de ultraprocessados na alimentação infantil e o risco de desenvolver obesidade, além de estudar os fatores negativos deles, bem como o conceito de ultraprocessados para melhor entendimento e obesidade infantil e os fatores alimentares que levam até a total doença.
2. METODOLOGIA
2.1 Tipo de estudo
O presente trabalho configura-se como uma pesquisa do tipo bibliográfica, com abordagem qualitativa e caráter exploratório. A pesquisa bibliográfica é um método fundamental nas ciências humanas e da saúde, pois permite reunir, analisar e interpretar informações já produzidas sobre determinado tema, a partir de materiais publicados em livros, artigos científicos, periódicos, dissertações, teses, documentos institucionais e outras fontes confiáveis (Gil, 2002).
2.2 Coleta de dados
As buscas foram conduzidas em bases de dados eletrônicas de ampla relevância científica, como Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e outras plataformas acadêmicas. Para as buscas, foram utilizados os seguintes descritores: “Introdução alimentar”, “Ultraprocessados”, “Obesidade infantil”, “Consumo alimentar” e “Composição nutricional”, bem como suas combinações, utilizando os operadores booleanos AND e OR. Foram incluídas publicações em português ou inglês, com acesso completo e fundamentação científica, que abordassem os alimentos ultraprocessados e seus impactos na saúde infantil, dos últimos 10 anos. Foram excluídos trabalhos fora do escopo da pesquisa, em outros idiomas, estudos antigos, editoriais e trabalhos incompletos.
2.3 Análise de dados
Os dados obtidos a partir das fontes selecionadas foram organizados por meio de fichamentos temáticos, facilitando a categorização dos conteúdos conforme os principais eixos de interesse do trabalho: definição e classificação dos alimentos ultraprocessados, fatores que levam à sua introdução na infância, impactos na saúde das crianças, e a relação com o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade. A análise foi conduzida de forma qualitativa e interpretativa, com base na leitura crítica dos textos, buscando identificar convergências, divergências e lacunas nas informações apresentadas. Esse procedimento permitirá traçar um panorama abrangente sobre como o consumo precoce de ultraprocessados têm sido retratado na literatura científica, evidenciando as consequências metabólicas, comportamentais e sociais associadas a esse padrão alimentar.
Figura 1: Processo de identificação e seleção de artigos.

Fonte: Autoria própria (2025).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Alimentos ultraprocessados possuem em suas formulações, substâncias industriais tipicamente prontas para consumo, feitas com inúmeros ingredientes frequentemente obtidos a partir de colheitas de alto rendimento, como açúcares e xaropes, amidos refinados, gorduras, isolados proteicos, além de restos de animais de criação intensiva (Louzada et al., 2023, p. 12).
Um dos principais atributos para a qualidade do alimento é a matéria-prima. Esta deve ser de qualidade, adequada ao processo e ao alimento que se deseja elaborar. Para tanto, várias medidas de controle devem ser empregadas para que o produto chegue à mesa do consumidor. De uma forma geral, as matérias-primas podem ser classificadas em quatro grupos: animal, vegetal, mineral e sintético. Desses grupos, os dois mais utilizados pela indústria de alimentos são o animal e o vegetal (Andrade, 2018).
O consumo excessivo de alimentos não recomendados está frequentemente associado ao ambiente familiar e às condições socioeconômicas da criança, o que influencia diretamente seus hábitos alimentares. A introdução alimentar é um dos pontos-chave na alimentação infantil, pois é nesse momento que as bases para os hábitos alimentares futuros começam a ser formadas. A diversidade de alimentos oferecidos nesse estágio tem um impacto significativo na formação do paladar infantil, o que pode ajudar a reduzir os riscos de obesidade e promover uma alimentação mais equilibrada ao longo da vida (Muniz; Souza; Galiza, 2024).
A educação alimentar para as crianças se faz necessária, para que elas tenham conhecimento do quão importante é ter uma alimentação saudável, aprendendo a trocar maus hábitos por bons hábitos. A família juntamente com a escola deve participar desse processo de educação alimentar, pois é extremamente importante que todos estejam envolvidos nessa ação. Com isso, podemos reduzir a obesidade infantil e seus impactos em nível global (Moala; Machado, 2020).
Na impossibilidade do aleitamento materno, as fórmulas infantis são as mais apropriadas para substituí-lo na alimentação da criança no primeiro ano de vida, uma vez que possuem composição nutricional adaptada à velocidade de crescimento do lactente, prevenindo o aparecimento e doenças relacionadas aos excessos e às deficiências de nutrientes (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2004).
Durante o primeiro ano de vida (um período marcado por rápido crescimento e desenvolvimento — a alimentação deve assegurar o fornecimento de nutrientes essenciais, especialmente proteínas de alto valor biológico e cálcio. Esses elementos são fundamentais para a formação dos tecidos corporais, fortalecimento ósseo e o bom funcionamento metabólico infantil (Departamento Científico de Nutrologia, 2021).
Algumas possuem o metabolismo mais lento, além da mastigação incorreta dos alimentos, que faz com que libere pouca Leptina – hormônio que desempenha importante papel na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, gerando um aumento na queima de energia e diminuindo a ingestão alimentar (Souza, 2022).
A obesidade caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo considerada uma doença crônica e um grave problema de saúde pública, resultante de uma combinação de diversos fatores. Segundo o Ministério da Saúde, os índices de obesidade infantil têm aumentado de forma alarmante, sendo tratada como uma questão epidêmica no país (Brasil, 2022).
Esse cenário de aumento da obesidade infantil é confirmado por dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), que apontam que, no Brasil, uma em cada sete crianças está acima do peso ou é obesa. Isso representa aproximadamente 14,2% das crianças com menos de cinco anos em situação de obesidade. Esse quadro é resultado de uma combinação de fatores econômicos, sociais, culturais, psicológicos e genéticos, que contribuem para hábitos alimentares inadequados. Como consequência, a obesidade infantil está associada a um risco aumentado de doenças como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e outras complicações ao longo da vida (Varella, 2024).
Embora a obesidade seja um dos distúrbios metabólicos mais conhecidos ao longo do tempo, sua fisiopatologia ainda não é completamente compreendida. Nesse sentido, essa limitação das causas específicas compromete a escolha da abordagem mais adequada para o tratamento da obesidade infantil (SBP, 2012).
Ao trabalhar com indivíduos obesos, é comum observar muitos desafios relacionados ao peso desde a infância. Observe que os padrões alimentares que aumentam a obesidade são frequentemente transmitidos entre gerações (Frontzek et al., 2017). A escolha dos alimentos faz parte de um sistema comportamental complexo e, na infância, é influenciada principalmente pelos pais (Frontzek et al., 2017).
Outro ponto preocupante da obesidade infantil é sua relação com o desenvolvimento neurológico e cognitivo das crianças. Estudos indicam que a inflamação crônica decorrente do excesso de tecido adiposo pode afetar funções cerebrais essenciais, como memória, aprendizado e controle executivo, prejudicando o desempenho escolar e o desenvolvimento intelectual (Martins et al., 2021). Além disso, a obesidade infantil pode influenciar padrões de sono, uma vez que o acúmulo de gordura corporal está associado a distúrbios como a apneia obstrutiva do sono, que impacta negativamente a qualidade do descanso e, consequentemente, a regulação do metabolismo e o funcionamento cognitivo (Silva et al., 2018).
Crianças com obesidade tendem a apresentar maior fadiga durante o dia, dificuldade de concentração e menor disposição para atividades que exigem esforço mental e físico, o que pode reforçar um ciclo de sedentarismo e hábitos prejudiciais à saúde. Além dos impactos físicos e cognitivos, a obesidade infantil pode alterar os mecanismos de saciedade e fome, já que dietas ricas em açúcar e gorduras saturadas podem desregular hormônios como a leptina e a grelina, responsáveis pelo controle do apetite, levando a um comportamento alimentar compulsivo e ao agravamento do quadro de obesidade ao longo da vida (Romero; Zanesco, 2006).
De acordo com dados publicados pela Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento (RBONE), a prevalência de excesso de peso é mais acentuada entre crianças de 0 a 11 anos. Esse cenário está fortemente associado a padrões alimentares inadequados e ao aumento do sedentarismo na infância (Martins, 2021).
Pesquisas da área da saúde divulgadas em 2020 concluem que o consumo de ultraprocessados aumenta em 26% o risco de obesidade, eleva o risco de sobrepeso em 23%, de síndrome metabólica (condições que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes) em 79%, de colesterol alto em 102%, de doenças cardiovasculares em 29% a 34% e da mortalidade por todas as causas em 25% (Brasil, 2022).
Segundo Martins, os alimentos ultraprocessados são caracterizados pela adição de substâncias que não seriam usadas em uma preparação caseira, como corantes, adoçantes artificiais e conservantes, além de altas concentrações de açúcares, gorduras saturadas e sódio (Martins, 2019).
Impactos Nutricionais dos Alimentos Industrializados na Infância:
Os alimentos industrializados têm baixo valor nutricional, já que são ricos em calorias vazias e pobres em nutrientes essenciais. Esse desequilíbrio nutricional contribui diretamente para o aumento da obesidade infantil, uma vez que o consumo excessivo desses produtos dificulta uma alimentação equilibrada (World Health Organization, 2020).
Nas últimas décadas, observa-se uma preocupante expansão do consumo de alimentos ultraprocessados entre crianças e adolescentes, especialmente no Brasil e em outros países da América Latina. Um estudo longitudinal com crianças pré-escolares do Brasil e Uruguai apontou que maior consumo de ultraprocessados esteve associado a um risco aumentado de obesidade, com relação de risco (RR) de 1,10 (IC 95%: 1,02–1,18). (Ferreira et al., 2023)
Um estudo realizado com crianças do Nordeste brasileiro (2024) explorou a relação entre o consumo de ultraprocessados e fatores de risco cardiometabólicos. Embora os resultados completos ainda exijam leitura integral, o estudo reafirma o impacto deletério do consumo precoce desses produtos na saúde metabólica infantil. (Silva et al., 2024)
Em nível global, uma revisão sistemática incluindo 17 estudos (até fevereiro de 2022) revelou que 14 demonstraram associação positiva entre consumo de ultraprocessados e sobrepeso/obesidade, além de fatores cardiometabólicos, tanto em crianças quanto em adolescentes. (Robles et al., 2024).
A tabela abaixo mostra os efeitos do consumo de ultraprocessados na saúde infantil. Esses produtos, com excesso de calorias, açúcares, sódio e gorduras e baixa qualidade nutricional, contribuem para maus hábitos, obesidade, deficiências e maior risco de doenças crônicas.
Tabela 1: Efeitos relacionados ao consumo de ultraprocessados e o risco de obesidade.
| Autor (Ano) | População/idade | Variável avaliada | Resultados |
| Anastácio et al., 2020. | Crianças de 6–59 meses, UBS — Rio de Janeiro. | Informação retirada de rótulo: energia (kcal/100 g), gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, sódio, presença de edulcorantes. | Muitos produtos têm alta densidade energética e excesso de nutrientes críticos (gordura, sódio, açúcar); 66% dos UPF apresentaram excesso ≥1 nutriente crítico → potencial para ganho de peso e risco cardiometabólico. |
| ENANI-2019 (Kac et al., 2021) | Crianças < 5 anos, Brasil (amostra nacional) | Percentual calórico de AUP; tipos de alimentos; micronutrientes | 80% das crianças consumiram AUP; alta densidade calórica, deficiências de micronutrientes; risco de obesidade e DCNT futuras |
| Frois et al., 2025 | Crianças 623 meses, Minas Gerais | Prevalência de AUP 2015-2022; densidade energética | Consumo elevado e estável; dietas menos saudáveis; potencial para ganho de peso excessivo |
| Louzada et al., 2021 | Estudos Nacionais (PNAD/PN DSENANI e análise de inquéritos) | Relação com açúcar, gorduras, sódio, e qualidade global da dieta. | Em nível populacional, maior consumo de UPF está associado a pior perfil nutricional (mais açúcares livres, gordura saturada, sódio; menos fibras e vitaminas) -plausível ligação com aumento de obesidade e risco cardiometabólico desde a infância. |
| Sparrenberger et al., 2015. | Estudo de campo com crianças menores de 2 anos/ atendidas em ubs. | Contribuição percentual de UPF na dieta por idade; discussão do perfil nutricional (açúcar, sódio, gorduras) | Alta participação de UPF já me lactentes e crianças pequenas; aumento na ingestão de calorias vazias e redução de qualidade- mecanismo que favorece ganho de peso precoce e alterações metabólicas. |
| Pereira et al., 2022 (Pelotas Birth Cohort). | Corte de nascimento de Pelotas (2015); crianças avaliadas aos 24 meses. | Questionário de consumo regular de UPF (lista de itens ultraprocessados); análise de fatores sociodemográficos e relação com estado nutricional (obesidade). | Consumo regular de UPF elevado (itens muito consumidos: iogurte industrial, sucos em caixinha, biscoitos, salgadinhos); maior consumo associado a condições socioeconômicas vulneráveis e comportamentos (creche, menor escolaridade materna), implicando risco dietético para obesidade infantil. |
Fonte: autoria própria (2025).
Os estudos selecionados mostram de forma consistente que alimentos ultraprocessados (AUP) já estão presentes rotineiramente na dieta de crianças brasileiras desde a primeira infância. A pesquisa nacional ENANI-2019 registrou prevalências muito altas de consumo de AUP em crianças menores de 5 anos, por exemplo cerca de 80,5% entre 6–23 meses, indicando que a exposição começa muito cedo e é generalizada no país (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, 2021).
A análise direta da composição nutricional dos produtos mais consumidos por crianças no estudo de Anastácio et al., (2020) revela padrão alimentício preocupante: alta densidade energética e excesso de nutrientes críticos — gorduras totais e saturadas, gorduras trans, sódio e presença de edulcorantes — em um grande percentual dos produtos avaliados. Estes atributos tornam os UPF obesogênicos, pois favorecem ingestão calórica elevada por porção e menor saciedade, além de aumentar a exposição a fatores que alteram o metabolismo infantil.
Estudos de coorte regionais, como o de Pelotas (Pereira et al., 2022), mostram que o consumo regular de itens ultraprocessados já aos 24 meses é elevado (iogurtes industrializados, sucos/ bebidas adoçadas, biscoitos, salgadinhos, massas instantâneas etc.) e está associado a determinantes sociais (menor escolaridade materna, menor renda, creche), que podem intensificar o risco de dietas de pior qualidade e, subsequentemente, de ganho de peso excessivo na infância.
Além disso, evidências recentes de vigilância em nível estadual (SISVAN — Frois et al., 2015–2022) apontam que o consumo de UPF em crianças pequenas não vem diminuindo; ao contrário, permanece elevado, sinalizando substituição contínua de alimentos in natura por produtos ultraprocessados — um cenário que favorece a formação precoce de preferências por alimentos altamente palatáveis e calóricos, e aumento da prevalência de excesso de peso infantil (Frois et al., 2025).
Em conjunto, esses achados suportam a interpretação de que a composição nutricional dos UPF (mais calorias, açúcar, gorduras ruins e sódio; menos fibras e micronutrientes) e a exposição precoce (introdução já no 1º–2º ano de vida) são mecanismos centrais que explicam por que o padrão alimentar com alta participação de ultraprocessados contribui para obesidade infantil e para a inadequação de micronutrientes essenciais ao crescimento. Essas evidências reforçam a necessidade de políticas públicas (regulação de marketing infantil, rotulagem, ações de promoção do aleitamento materno, educação alimentar nas creches e programas de apoio à família) para reduzir a exposição das crianças a alimentos obesogênicos desde os primeiros meses de vida (Frois et al., 2025).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os alimentos ultraprocessados apresentam características nutricionais desfavoráveis, com alta densidade energética, elevados teores de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio, e baixo valor nutricional em termos de fibras, vitaminas e minerais. Essas propriedades os tornam inadequados para o consumo na infância, especialmente nos primeiros anos de vida, quando hábitos alimentares estão sendo estabelecidos e as necessidades nutricionais são mais específicas.
A introdução precoce e frequente desses alimentos está associada ao aumento do risco de excesso de peso e obesidade infantil. Essa associação é fortalecida por fatores como menor escolaridade dos responsáveis, condições socioeconômicas desfavoráveis e maior exposição ao marketing direcionado ao público infantil. Além disso, o padrão alimentar marcado pelo consumo de ultraprocessados têm contribuído para a substituição de alimentos in natura, comprometendo a qualidade da dieta e favorecendo a instalação de preferências por produtos altamente palatáveis e calóricos.
Dessa forma, conclui-se que a introdução de ultraprocessados na alimentação infantil constitui um fator de risco relevante para o desenvolvimento da obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis. O enfrentamento desse problema exige estratégias intersetoriais, que promovam a equidade no acesso a alimentos saudáveis e valorizem práticas alimentares culturalmente adequadas, seguras e nutricionalmente equilibradas.
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1Graduanda do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: brunavieira1716@gmail.com; marissis19@gmail.com; rafaelacalmont12@gmail.com
2Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br
3Coorientador(a) do TCC, Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Católica de Santos. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: david.reis@fametro.edu.br
