ANIMAL ASSISTED INTERVENTIONS AND BENEFITS OF HUMANANIMAL INTERACTIONS: LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202503191353
Ana Paula Rezzo Pires Reinert1
Jean Marlos Pinheiro Borba2
Resumo
O objetivo deste estudo foi apresentar uma revisão de literatura científica, publicada de 2014 a 2019, que apresente evidências terapêuticas e psicoterapêuticas da participação de animais não-humanos como coterapeutas, nas práticas de Intervenções Assistidas por Animais (IAA). O caminho metodológico seguiu os fundamentos da revisão sistemática, enquanto atitude e método de rigor. Foram analisados 35 estudos. Dentre os resultados sistematizados e analisados destacamos: a prevalência de estudos com cães como coterapeutas; omissões de informações a respeito do bem-estar do animal coterapeuta; predominância do idioma inglês nas publicações; profissionais da Psicologia que se destacaram no que tange às publicações; crianças como o público mais beneficiado pelas interações e a Terapia Assistida com Animal sendo a intervenção mais utilizada. Ao final, foram apresentados alguns riscos, limites e sugestões de pesquisas no campo das IAA´s, que favoreçam todas as ramificações deste potencial terapêutico.
Palavras-chave: Intervenção Assistida por Animais, Psicoterapia, Potencial Terapêutico.
Abstract
The objective of this study was to present a review of scientific literature, published from 2014 to 2019, that presents therapeutic and psychotherapeutic evidence of the participation of non-human animals as co-therapists in Animal-Assisted Interventions (AAI) practices. The methodological approach followed the foundations of systematic review, as an attitude and method of rigor. Thirty-five studies were analyzed. Among the results systematized and analyzed, we highlight: the prevalence of studies with dogs as co-therapists; omissions of information regarding the well-being of the animal co-therapist; predominance of the English language in the publications; psychology professionals who stood out in terms of publications; children as the audience most benefited by the interactions and Animal-Assisted Therapy being the most used intervention. At the end, some risks, limits and suggestions for research in the field of AAIs were presented, which favor all the ramifications of this therapeutic potential.
Keywords: Animal Assisted Intervention, Psychotherapy, Therapeutic Potential.
1 INTRODUÇÃO
Desde as antigas civilizações a. C., os animais tinham importância na vida dos homens, uma vez que, sempre foram citados como seres poderosos que, de alguma forma, indicavam cuidados e zelo para com os humanos. Descendentes de lobos, os cães foram os primeiros animais a serem domesticados, entre 10 mil e 20 mil anos atrás (DOTTI, 2014). Acredita-se que os felinos tenham sido introduzidos pelos neolíticos. Os gatos tinham a função de controlar a população de ratos que atacavam as plantações de cereais do Chipre e do Oriente Médio. É provável que sua domesticação tenha começado entre 12 e 14 mil anos atrás (FULBER, 2011).
O uso de animais para o benefício humano data do período neolítico, quando se deu a domesticação de animais como gatos, cabras, ovelhas, entre outros. Ao longo da existência humana encontramos muitas referências sobre os benefícios dos animais não humanos para a saúde dos animais humanos. A utilização do cavalo como forma de terapia, data de 400 a.C., quando Hipócrates utilizou-se de um equino para reestruturar a saúde de seus pacientes (PLETSCH, 2013).
Nise da Silveira teve papel fundamental na divulgação das Terapia Assistida por Animais (TAA) no Brasil. A médica psiquiatra percebeu que o contato entre os pacientes esquizofrênicos e os animais apresentavam diferenças comportamentais nos pacientes, acreditando que tais laços com os animais os estabilizaram. O potencial terapêutico do cão se deve ao fato dele está disposto a interagir com os seres humanos, considerando suas características e circunstâncias, em que se destaca como uma fonte de apoio, lealdade, companheirismo e amor incondicional, sendo um dos animais mais encontrados em estudos científicos em IAAs (RAMOS, PRADO & MANGABEIRA, 2016).
As IAA é um termo geral e amplo, utilizado para descrever diversas ações que envolvam a relação homem-animal em atividades terapêuticas ou não, em que se refere a todo tipo de intervenção prestada a diferentes populações com o suporte de animais. Dentro das IAAsexistem três modalidades principais: Atividade Assistida por Animais; Terapias Assistidas por Animais e Educação Assistida por Animais (DELTA SOCIETY, 2020).
A AAA tem um caráter lúdico e objetiva a melhoria da qualidade de vida e aumento do bem-estar dos indivíduos, tendo como base os benefícios da relação homem-animal. Essas atividades podem ser desenvolvidas com grupos em contexto institucional ou sob forma de visitas, modalidade muito comum em outros países. Nestas atividades, os pacientes recebem a visita do animal e do seu guia humano, com intuito de proporcionar companhia, afeto, motivação para enfrentar as dificuldades diárias, bem como enriquecer o cotidiano de quem está internado ou a viver em uma instituição (IAHAIO, 2014).
A TAA é um método terapêutico que se baseia na troca positiva entre o homem e animal, mediante intervenções planificadas para atingir determinados objetivos. O animal é um coterapeuta, ou seja, se torna parte integrante e de imensa importância no referido processo. As terapias são, normalmente, conduzidas e desenvolvidas por profissionais da saúde e Ciências Humanas, com formação em IAA, os quais desenvolvem atividades dentro da área de atuação profissional. A TAA visa atingir os objetivos terapêuticos previamente planejados para aquela intervenção (DELTA SOCIETY, 2020).
A Educação Assistida por Animais (EAA) também é uma modalidade das IAA’s. Borba (2017) elucida que consiste em uma tipologia de intervenção assistida por animais utilizada em contexto escolar educacional com crianças e adolescentes inseridos no sistema de ensino público ou privado, tanto em classes regulares quanto classes especiais.
A comprovação científica dos aspectos positivos do uso de animais para a saúde humana se multiplica rapidamente pelo mundo e vem mostrando êxito, podendo servir, inclusive, como alternativa terapêutica à medicalização com ampla aplicabilidade, pois atende em múltiplos espaços, tais como escolas, hospitais e instituições sociais. De acordo com Fulber (2011), os animais são excelentes companhias por serem que não discriminam ou segregam qualquer pessoa, ou tem preconceitos.
Ao longo dos anos, as relações entre homem e animal tornaram-se mais próximas e, com vínculos mais fortes entre os seres humanos. No cenário emergente, novos modelos familiares vêm se apresentando e nesta nova configuração denominam-se como multiespécie (GAZZANA & SCHMIDT, 2015), ou seja, os animais são considerados membros da família.
A convivência do homem com animais de companhia, principalmente cães e gatos, vêm se tornando cada dia mais significativa e estudos comprovam os benefícios frente às IAAs, por serem indicados como auxiliares no tratamento de pacientes adultos e crianças com diversos tipos de diagnósticos.
O animal coterapeuta atua em conjunto com psicólogo ou outros profissionais da saúde, tais como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, dentistas, dentre outros. O intuito dessa parceria não é substituir o outro, mas sim, que o animal complemente os trabalhos terapêuticos desenvolvidos em diferentes demandas. É possível que ocorra o trabalho em grupo, ou seja, uma atuação multidisciplinar, independente da ordem e da necessidade dos referidos profissionais (GOMES, 2018).
Nessa assertiva, pontua-se que o ideal para as IAAs ocorra com filhotes desde o desmame, para que desde cedo o animal seja apresentado a novos estímulos ambientais, pessoas e animais estranhos, na perspectiva de expô-los a experiências variadas, pois, dessa forma, diminuiria as respostas de ansiedade ou medo e melhorariam os estímulos e reações (ROCHA, 2016).
Estão cada vez mais difundidas e consolidadas as TAAs, sejam elas realizadas com cachorros, gatos, pássaros, cavalos, dentre outros. Os animais têm por função auxiliar no desenvolvimento e avanço dos pacientes em terapia, de modo que, a literatura científica mostre os benefícios dessa modalidade de atendimento. Animais coterapeutas abarcam uma gama de condições de saúde que podem ser beneficiadas por esse tipo de terapia, cuja adoção tem crescido em hospitais, centros de reabilitação, asilos, clínicas particulares, dentre outros espaços (GOMES, 2018).
Sendo assim, a função do animal, nesse contexto, é de ser um facilitador para o trabalho do psicólogo, podendo este atuar nas diversas áreas da Psicologia onde o animal auxiliaria o terapeuta a ter acesso às mais variadas vivências do indivíduo e, proporcionar uma facilitação do vínculo nessa tríade (animal-humano-terapeuta), ou seja, o animal como coterapeuta.
Embora as evidências científicas estimulem a adoção de práticas terapêuticas que tenham animais como participantes, a literatura aponta alguns cuidados e critérios que devem ser utilizados para a seleção dos animais coterapeutas. Entre os pré-requisitos utilizados pelo ICT, estão: não demonstrar agressividade; ter no mínimo 2 anos e no máximo 6 anos e 11 meses; ser castrado, estar vacinado, vermifugado e ser altamente sociável; gostar muito de interagir com as pessoas; demonstrar interesse e disposição; saber lidar com estímulos, lugares, barulhos, cheiros variados, etc.; não ter sensibilidade ao toque; permitir ser escovado, limpar as patas, fazer as necessidades em local correto, não ter aversão a guias e coleiras, ser adestrado por meio de reforço positivo e atender aos comandos; e atender o condutor quando solicitado (INSTITUTO CÃO TERAPEUTA, 2019).
Diante do exposto, o objetivo do estudo foi discorrer as evidências terapêuticas e psicoterapêuticas na participação de animais não-humanos na posição de coterapeutas como uma alternativa clínica no tratamento de doenças, bem como no auxílio e promoção do bemestar e saúde no público.
2 METODOLOGIA
A pesquisa se caracteriza como uma revisão de literatura em que utiliza de dados da literatura sobre o tema específico da pesquisa como a principal fonte. Sampaio & Mancini (2007, p. 84), destacam que as revisões sistemáticas são relevantes por associar “as informações de um conjunto de estudos realizados separadamente sobre determinada terapêutica/ intervenção, que podem apresentar resultados conflitantes e/ou coincidentes, bem como identificar temas que necessitam de evidência, auxiliando na orientação para investigações futuras”.
A busca do material foi realizado nas bases de dados PePSIC, BVS Salud Bireme e Pubmed publicados nos anos de 2014 a 2019, utilizando-se os descritores, palavras sinonímias, bem como sua tradução em língua inglesa: “terapia assistida por animais” e “intervenção assistida por animais”.
O universo de pesquisa foi composto por publicações que apresentaram a Interação Homem-animal – IHA e as Intervenções Assistidas Animais – IAA´s. Como critério de inclusão foram considerados os estudos com: Intervenção Assistida por Animais, independente do animal; pesquisas entre 2014 e 2019.
Os critérios de exclusão da pesquisa foram estudos que: utilizassem objetos inanimados no lugar de animais vivos; não envolviam a intervenção assistida com animais; trabalhos em idiomas que não estivessem em inglês ou português; publicações fora do recorte temporal da pesquisa; artigos que não estivessem disponíveis completos.
Realizou-se inicialmente, a leitura dos resumos e, posteriormente, a leitura holística dos artigos, sendo organizados e realizados a análise de conteúdo de acordo com Bardin que destaca três etapas desse processo: a primeira etapa, denominada pré-análise, que consiste na escolha dos documentos a partir da leitura flutuante de todo o material coletado; a segunda, a exploração do material e agrupamento das informações de acordo com seu grau de similaridade e significado; e, por último, houve as inferências e interpretações dos dados e discussão a partir dos teóricos da área.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A busca na base de dados foram encontrados 175 artigos, em que após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, selecionou-se 35 artigos, sendo encontrados a maioria na base de PUBMED (15).
Este trabalho de revisão de literatura científica mostrouas evidências das intervenções assistidas por animais em vários contextos, investigando os aspectos psicológicos, emocionais, sociais ou cognitivos. Foi verificado que,com o passar dos anos, embora o número de publicações ainda seja discreto,principalmente no Brasil e, sobretudo no Maranhão, que o interesse em pesquisas sobre as Intervenções Assistidas por Animais tem emergido no campo acadêmico. Isso demonstra a contemporaneidade da colaboração de animais para auxiliar pessoas na busca por uma melhor qualidade de vida, sejam elas, enfermas ou não.
Entre as produções bibliográficas selecionadas para a pesquisa, houve predomínio de estudos envolvendo cães como principal coterapeuta para a realização das IAA’S (ROMA, 2015; OLIVEIRA, ICHITANI & CUNHA, 2016; SWALL et al., 2016; SANTOS & SILVA, 2016; MOREIRA et al., 2016; HETLAND, BAILEY & PRINCE-PAUL, 2017; OLIVEIRA & CUNHA, 2017; PEREIRA et al., 2017; CECHETTI et al., 2016; MILHOMEM, CALEFI & MARODIN, 2018; PALOSKI, SCHUTZ et al, 2018; PEREZ et al., 2019; MACHOVÁ et al., 2019; WIJKER et al., 2019; KAREFJARD & NORDGREN, 2018; ZAFRA-TANAKA et al., 2019; MENNA et al., 2019; AMBROSI et al., 2019; HINIC et al., 2020) . Esse fato pode ser devido este animal apresentar afeição natural pelas pessoas.
Além do cão, estudos com equinos foram identificados (SANTOS & SILVA, 2016; KERN-GODAL et al., 2016; ARAÚJO et al., 2018; RIGONI, PAIVA & SOUZA, 2017; MELLO et al., 2018; FERREIRA, 2017; ZAMO & TRENTINI, 2016; SILVA, LIMA & SALLES, 2019; JONES, RICE & COTTON, 2019). A presença do cão foi um facilitador das interações e promoveu estabelecimento e fortalecimento de vínculos interpessoais, benefícios na comunicação verbal e não verbal, superação de sintomas, manifestos de linguagem oral e intensificação na gestualidade e afetividade dos assistidos (OLIVEIRA & CUNHA, 2017).
Sobre a visita de cães em ambiente hospitalar, esta melhora significativamente as rotinas, contribuindo para a melhoria física e emocional dos pacientes (CECHETTI, 2016; MILHOMEM, CALEFI & MARODIN, 2018; KAREFJARD & NORDGREN, 2018; MENNA et al., 2019; AMBROSI, 2019; ARAÚJO, 2018).
A equitação terapêutica se mostrou como uma alternativa muito utilizada, e como principais resultados, leva a um melhor processamento sensorial-motor, com consequente aumento das experiências sensório-motoras regulares, melhora do equilíbrio postural, na consciência corporal, da marcha, manutenção do tônus muscular, confiança, ansiedade, e ajuda os indivíduosa melhorar a comunicação, habilidades sociais, o funcionamento cognitivo, físico, afetivo e social. Os resultados mais evidentes da equoterapia no âmbito psicológico envolveram a diminuição de ansiedade, sentimentos de segurança e ganhos em relacionamento social. Além destes aspectos, benefícios físicos como equilíbrio, amplitude de movimentos e qualidade da marcha mostram a eficácia do método terapêutico da equoterapia (SANTOS & SILVA, 2016; KERN-GODAL et al., 2016; ARAÚJO, 2018; RIGONI, PAIVA & SOUZA, 2017; TAN & SIMMONDS, 2017; MELLO et al., 2018; FERREIRA, 2017; ZAMO & TRENTINI, 2016; SILVA, LIMA & SALLES, 2019; JONES, RICE & COTTON, 2019).
O tipo de intervenção predominante foi a TAA, utilizada no enfrentamento da doença e tratamento, muitas das vezes invasivos e que proporciona uma melhoria na qualidade dos atendimentos oferecidos à população, assegurando o direito de terem suas necessidades orgânicas e psicológicas reconhecidas e assistidas por meio de um olhar mais holístico e humanizado (ROMA, 2015; SWALL, 2016; SANTOS & SILVA, 2016; MOREIRA et al., 2016; HETLAND, BAILEY & PRINCE-PAUL, 2017; PALOSKI, 2018; PEREZ et al., 2019; MACHOVÁ, 2019; WIJKER, 2019; KAREFJARD & NORDGREN, 2018; ZAFRATANAKA et al., 2019; MENNA et al., 2019; HINIC et al., 2020; KERN-GODAL et al., 2016; ARAÚJO et al., 2018; RIGONI, PAIVA & SOUZA, 2017; TAN & SIMMONDS, 2017; MELLO et al., 2018; FERREIRA et al., 2017; ZAMO & TRENTINI, 2016; SILVA, LIMA & SALLES, 2019; JONES, RICE & COTTON, 2019; SWALL et al., 2017; HEDIGER et al., 2019; MUTOH et al., 2019; SWALL et al., 2019).
A diminuição da ansiedade é um dos efeitos mais bem documentados em seres humanos, como resultado da interação com animais, e a sua evidência encontra-se atualmente bem suportada na literatura atual por parâmetros fisiológicos. A diminuição dos comportamentos negativos e estressantes relatados em diversas interações com animais nestes pacientes, surgem como argumentos deste efeito (ROMA, 2015; PEREIRA, 2017; KAREFJARD & NORDGREN, 2018; AMBROSI et al, 2019; HINIC et al., 2020; TAN & SIMMONDS, 2017; SWALL et al, 2017; HEDIGER et al., 2019).
Há estudos que, embora englobem questões físicas, se detiveram em avaliar aspectos emocionais, cognitivos ou sociais. Esses foram realizados com participantes com as seguintes características: atraso do desenvolvimento, paralisia cerebral ou com deficiências não especificadas (SANTOS & SILVA, 2016; ARAÚJO et al., 2018; MELLO et al., 2018; FERREIRA et al., 2017; ZAMO & TRENTINI, 2016; JONES, RICE & COTTON, 2019).
Na literatura pesquisada há estudos com crianças, jovens, adultos e idosos, sendo que existiu uma predominância de estudos conduzidos com crianças. As respostas positivas das crianças atendidas resultam em expressões de felicidade, sorrisos e minimização de estresse hospitalar. Os pais entenderam que as IAA’S é um momento de compartilhar carinho, as crianças se tornam mais comunicativas e descontraídas. As IAA’S dentro de instituições hospitalares trazem resultados positivos para crianças, pais, familiares e equipe de saúde (ROMA, 2015; OLIVEIRA, ICHITANI & CUNHA, 2016; PEREIRA et al., 2017; HINIC et al., 2020).
Sobre a percepção de profissionais da equipe de enfermagem e responsáveis pelas crianças e adolescentes em tratamento oncológico, reforçam as recomendações que as IAA’S podem ser aplicadas no contexto hospitalar, pois traz consigo um aspecto importante de humanização, podendo descontrair o clima tenso do ambiente hospitalar, melhorar as relações interpessoais e facilitar a comunicação entre pacientes e equipe de saúde, sugerindo que a terapia em questão pode se tornar uma tecnologia efetiva para promoção da saúde de crianças e adolescentes com câncer (MILHOMEM, CALEFI & MARODIN, 2018).
As mães descreveram o estado emocional das crianças e adolescentes antes da visita do animal, neste contexto, o cão, onde expressavam sentimento como medo, estresse e desânimo. Os responsáveis comentaram que a terapia contribui para o enfrentamento da criança/adolescente no ambiente hospitalar, reduzindo a ansiedade, o trauma da hospitalização, além de favorecer a relação entre a equipe de saúde e o usuário do serviço.
Também foi verificado os benefícios das IAA’S em crianças que se preparam para realizar exame de ressonância ou que se encontram hospitalizadas, entre eles: alívio da tensão, diminuição dos níveis de ansiedade independentemente da idade (TAN & SIMMONDS, 2017; SWALL et al., 2017).
Entre crianças com queixas pedagógicas de agressividade, hiperatividade, isolamento com recusas a participar de atividades em grupo e brigas corporais, as IAA’S surgem como um facilitador na interação social das crianças, contribuindo nas condutas significativas, aumento da autoestima, melhorias no humor, promovendo a superação das condições estigmatizadas diante do grupo (OLIVEIRA, ICHITANI & CUNHA, 2016).
Estudos conduzidos com idosos aparecem com grande representatividade, com quadro demencial. Sobre IAA’S com idosos acometidos por demência e câncer, os resultados da interação demonstram que a interação dos animais com os idosos alivia o sofrimento e cria um relacionamento especial, não somente entre cão e paciente, mas também entre o tutor e o paciente. A presença do cão atua como efeito calmante para os idosos com quadro demencial, pois traz alívio aos sintomas de fim de vida. Além disso, o cão pode ativar uma forma básica de socialização em seres humanos afetados com demência.
Os resultados das IAA’S em pacientes com Alzheimer mostram uma diminuição no nível de cortisol, bem como melhora nos sintomas depressivos, aumento na interação social e de interações verbais, além de indicar potencial de empoderamento relacionado ao tratamento, melhorando a marcha e o equilíbrio dos idosos (MENNA et al, 2019).
Entre jovens também, sejam eles saudáveis ou não, é perceptível os efeitos gerados resultantes da interação homem-animal. Em uma sessão de montaria, o cavalo consegue gerar efeitos sobre o sistema cardiovascular de indivíduos jovens saudáveis. Os resultados permitem pensar em uma possível ampliação da visão clínica da equoterapia, para além das indicações tradicionais (RIGONI, PAIVA & SOUZA, 2017). Além disso, as IAA’S em adultos reduzem o estresse, sintomas de agorafobia melhora a consciência e a comunicação social entre adultos sugerem que a interação com um animal parece proporcionar-lhes a noção de familiaridade, previsibilidade e segurança para lidar com qualquer situação nova e naturalmente estressante (WIJKER, 2019).
Dentre os fenômenos que mais se manifestaram nos artigos, temos: em tratamentos de pacientes com abusos de substâncias, as IAA’S fornecem apoio emocional durante o período em que o usuário está em tratamento. O vínculo com o cavalo, tem efeito positivo, facilitando e fortalecendo a aliança entre paciente e terapeuta; em pacientes sob ventilação mecânica, as IAA’S se apresentam como uma intervenção eficaz, útil e flexível que pode ser implementada em espaços como UTI, pois o animal reforça bem os mecanismos de bem-estar dos pacientes (ROMA, 2015; WIJKER et al., 2019; TAN & SIMMONDS, 2017; SILVA, LIMA & SALLES, 2019).
Em crianças com diagnóstico de Autismo que participam de interações com animais, foi observado melhoras no autoconceito, empoderamento, maior abertura destas crianças para novos desafios e consequentemente a capacidade de autorregulação e bem-estar. Sobre a influência da equoterapia no estabelecimento de vínculos afetivos de crianças com autismo, foi possível perceber a aquisição de confiança e melhores condições para lidar com rupturas de vínculo. Percebeu-se com esse estudo que sintomas como agressão diminuíram, dando espaço a uma sensação de bem-estar, facilitando a interação e desta forma melhorando comportamentos de empatia e carinho (ROMA, 2015; WIJKER et al., 2019; TAN & SIMMONDS, 2017; SILVA, LIMA & SALLES, 2019).
As IAA apresentam benefícios relevantes em pacientes com paralisia cerebral. Um estudo realizado com três crianças, de ambos os sexos, diagnosticadas com paralisia cerebral, que não faziam fisioterapia convencional e nem equoterapia, comprovou por meio de atividades como: elevar e sentar na sela, jogos lúdicos, manejo do cavalo, escovar seu pelo com vários tipos de escova para estimular conhecimento, texturas e temperaturas, que houve melhoras para realizar atividades diárias relacionadas à autocuidado, mobilidade, locomoção, comunicação e cognição social, concluindo neste estudo, a eficácia da equoterapia no tratamento de crianças com paralisia cerebral (MELLO et al, 2018).
Um estudo realizado com crianças com paralisia cerebral comprova ainda que a hipoterapia (terapia com cavalos) melhora a marcha e o equilíbrio destas crianças (MUTOH et al., 2019). As IAA’S têm sido vistas como possibilidades de intervenção não medicamentosas. Neste modelo de intervenção, as crianças desenvolvem repertório de habilidades sociais, estimulando-as a estabelecerem contato visual, aceitar aproximação física e respeitar limites; despertam ainda expressões de alegria e evitam expressões de rejeição (ROMA, 2015). Verificou-se, assim, por meio de análises de literaturas a eficácia da equoterapia no tratamento de diversos casos de crianças com paralisia cerebral. As práticas e técnicas apresentadas mostram resultados significativos no que se refere ao equilíbrio, relaxamento, desenvolvimento e manutenção do tônus muscular, promovendo melhorias da conscientização corporal, coordenação motora, auxílio na melhora da atenção, da autoconfiança e autoestima, levando a melhora no desenvolvimento global da criança (MELLO et al., 2018).
Fatores associados ao bem-estar de pacientes com lesão cerebral adquirida, foram identificados em estudos realizados com adultos, como motivação e satisfação com o tratamento durante a sessão terapêutica. As IAA’S aumentam os aspectos de competência social e habilidades de interação após lesão (HEDIGER et al., 2019).
Na literatura selecionada, houve predomínio do delineamento do tipo revisão de literatura. Nos estudos de revisão de literatura, os principais resultados apontam a importância das IAA’S como possíveis substitutos para diferentes tipos de intervenção. Numerosos estudos destacam a influência significativa da relação homem-animal no bem-estar e saúde dos humanos e que a IAA’S é um tratamento eficaz para distúrbios mentais, comportamentais e neurológicos em diferentes populações, possibilitando melhora na comunicação, autoestima e capacidade para assumir responsabilidades nas interações sociais.
Após as reduções realizadas, as evidências indicam que os estudos de revisão de literatura concluem que as IAA’S podem ser benéficas na redução do sofrimento psicológico, incluindo quadros de depressão, ansiedade, sintomas de trauma, doença mental ou dependência química. É de suma importância conscientizar a humanidade sobre a relevância de manter e perseverar em uma relação de cuidado e respeito entre seres humanos e animais (JONES, RICE & COTTON, 2019).
Dos estudos analisados as publicações realizadas por psicólogos se destacaram em relação as demais áreas do conhecimento. Os demais foram distribuídos nas áreas de Enfermagem, Fisioterapia, Pediatria, Fonoaudiologia, Terapia ocupacional, Neuropsicologia, Antropologia, Medicina veterinária, Saúde pública e Psiquiatria. O curioso é que, embora a predominância do material encontrado seja da área de psicologia, as IAA englobam outras áreas do conhecimento, mostrando a sua heterogeneidade e abrangência no mundo.
Os resultados obtidos em comum dentro dos três modelos de intervenção assistida por animais abordados nesta pesquisa (EAA, TAA e AAA) mostraram que os animais não-humanos apresentam inúmeros benefícios biopsicossociais a partir da interação com o homem. Este resultado independe da espécie biológica do coterapeuta utilizada: As TAA’s despertam expressões de alegria nas crianças; alívio do sofrimento; melhoras no equilíbrio, apoio emocional, redução de sintomas, diminuição nos níveis de ansiedade e cortisol, melhoria na qualidade de vida em aspectos gerais; As AAA’s ajudam no bem-estar fisico, social e emocional; e EAA’s auxiliam na comunicação verbal e não verbal, diminuição e superação de sintomas manifestos na linguagem.
As revisões de literatura apontam a necessidade de mais estudos abordando a saúde e o bem-estar dos animais participantes. Sugerem que pesquisas futuras podem se concentrar na redução de estresse, bem como no aprimoramento de indicadores positivos de bem-estar para identificar condições que possam trazer benefícios aos animais participantes das intervenções (YAKIMICKI et al., 2019).
A partir do levantamento bibliográfico realizado nesta pesquisa, ficaram evidentes os benefícios globais adquiridos com a interação animal. Contudo, um fator nos chama atenção enquanto pesquisadores: As IAA’S não têm restrições? Podem ser utilizadas sem restrições com qualquer público? Apenas uma pequena parte do material expõe e dialoga acerca dos riscos e contraindicações deste tipo de intervenção. Existem contraindicações que precisam ser levadas em consideração, entre as principais, destacamos: alergia ao pelo do animal, subluxação de quadril no alinhamento postural, hipertensão arterial não controlada, medo, ansiedade na presença do animal, entre outros.
É importante destacar que os autores Yakimicki et al. (2019) desconsideram qualquer risco diante dos inúmeros benefícios que a interação entre pacientes com quadro de demências e animais apresentam. Outros artigos apontam riscos de infecções hospitalares, reações alérgicas, transmissão de doença ao paciente, insuficiência de amostras e estudos empíricos que comprovem a eficácia das intervenções (HETLAND, BAILEY & PRINCE-PAUL, 2017; MILHOMEM, CALEFI & MARODIN, 2018; HINIC et al, 2020; ARAÚJO et al., 2018; HEDIGER, MEISSER & ZINSSTAG, 2019).
A essência comum aos estudos é a inclusão de um animal e seus benefícios. A descrição das principais caraterísticas que influenciam os comportamentos dos animais (espécie, raça, idade, sexo, bem-estar e adestramento) são frequentemente ignoradas e não são encontradas diferenças baseadas no tipo de animal utilizado. A carência de estudos que comparem a eficácia de animais de diferentes espécies leva ainda ao desconhecimento das vantagens e desvantagens associadas a cada um (GARCIA, 2020).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão da literatura científica atual demonstra que as IAA’S têm sido descritas com efeitos positivos para diversas áreas da vida, nas várias abordagens existentes para suas intervenções. Um aumento significativo da exibição de afeto positivo, redução dos níveis de cortisol, comportamento social verbal e não-verbal e diminuição dos comportamentos indesejados estão documentados para diferentes Intervenções Assistidas por Animaisque comparam os resultados obtidos em diferentes grupos onde os benefícios encontrados para o público atingem resultados satisfatórios na presença de um animal.
A maioria dos estudos envolvendo a Psicologia foi realizado com público infantil, sendo o cachorro e o cavalo os animais mais utilizados. As IAA’S são um método ou um campo de estudos e atuação que vem se mostrando satisfatório, eficiente e, que ainda, tem muito a ser estudado para aperfeiçoar o tratamento. Para isto, é necessário que no Brasil, sobretudo no Maranhão, os preconceitos sejam vencidos para que estas terapias sejam proporcionadas com melhor qualidade, visando o bem-estar humano e não humano.
As evidências mostram que o tipo de intervenção predominante foi a Terapia Assistida por Animais (TAA), entretanto, existem as AAA e EAA que podem auxiliar na coterapia, assim, sendo necessário investimento em pesquisas que promovam um conhecimento mais aprofundado sobre as Atividades Assistidas por Animais (AAA) e Educação Assistida por Animais (EAA).
REFERÊNCIAS
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1Discente do Curso de doutorado da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e-mail: aprezzo@hotmail.com.
2Docente do Curso Superior de Psicologia da Universidade Federal do Maranhão. Doutorado em Psicologia Social pela UERJ, e-mail: jean. marlos@ufma.br