CRISIS INTERVENTION IN PSYCHOLOGY: RESTORING EMOTIONAL BALANCE IN CHALLENGING MOMENTS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11417275
Sabrina Costa Ferreira,
Jordana Carmo de Sousa
RESUMO
O objetivo principal do artigo é exploramos um pouco mais sobre uma abordagem crucial no campo da psicologia e da saúde mental, destinada a auxiliar indivíduos que enfrentam situações de crise aguda. Este artigo explora a evolução das estratégias de intervenção em crise ao longo do tempo, destacando a importância da avaliação rápida e da empatia na prestação de ajuda eficaz. Além disso, analisamos a integração de novas tecnologias, como a telepsicologia, na entrega de apoio em momentos de crise. Este resumo também enfoca a necessidade contínua de pesquisa e treinamento para profissionais de saúde mental, a fim de aprimorar suas habilidades e proporcionar um suporte eficaz e humanizado aos indivíduos em crise.
Palavras-Chave: Ciência. Intervenção em Crise. Saúde Mental.
ABSTRACT
The The main objective of the article is to explore a little more about a crucial approach in the field of psychology and mental health, aimed at helping individuals facing acute crisis situations. This article explores the evolution of crisis intervention strategies over time, highlighting the importance of rapid assessment and empathy in providing effective help. In addition, we look at the integration of new technologies, such as telepsychology, in delivering support in times of crisis. This brief also focuses on the continuing need for research and training for mental health professionals to improve their skills and provide effective and humane support to individuals in crisis.
Keywords: Science. Crisis Intervention. Mental Health.
1. INTRODUÇÃO
1.1 À importância da intervenção em crise na psicologia
A vida é repleta de desafios inesperados e momentos de extrema pressão, nos quais a saúde mental e emocional de um indivíduo pode ser abalada. Nestes momentos de crise, a intervenção em crise na psicologia desempenha um papel vital na restauração do equilíbrio emocional e na promoção do bem-estar psicológico. Esta disciplina especializada concentra- se em proporcionar suporte imediato e direcionado a pessoas que enfrentam situações de crise aguda, ajudando-as a enfrentar e superar esses momentos desafiadores.
A intervenção em crise é muito mais do que apenas uma resposta à emergência; é um campo da psicologia que abraça a empatia, a compreensão e a competência terapêutica para guiar indivíduos em direção à recuperação e à resiliência. À medida que exploramos este tópico crítico, mergulhamos em modelos e estratégias eficazes, abordagens terapêuticas e o papel essencial desempenhado por profissionais de saúde mental. Além disso, consideramos como a tecnologia, especialmente a telepsicologia, está redefinindo a forma como a intervenção em crise é oferecida, tornando-a mais acessível e eficaz do que nunca.
Neste artigo, buscaremos compreender a base teórica da intervenção em crise, examinar abordagens práticas que demonstraram sucesso e considerar a evolução do campo em resposta às demandas em constante mudança da sociedade moderna. À medida que avançamos, torna-se evidente que a intervenção em crise não apenas ajuda a restaurar o equilíbrio emocional, mas também oferece esperança, apoio e uma mão estendida quando mais necessária. Ela é, sem
dúvida, uma ferramenta indispensável na caixa de recursos da psicologia, fornecendo alicerces sólidos para a saúde mental e emocional daqueles que dela necessitam.
2. A NATUREZA DA CRISE
Uma crise ocorre quando a capacidade de uma pessoa de enfrentar uma situação supera suas habilidades de enfrentamento. Esse desequilíbrio pode levar a uma sobrecarga emocional e cognitiva, impactando negativamente a saúde mental. A intervenção em crise visa fornecer o apoio imediato e eficaz durante esses momentos, permitindo que os indivíduos enfrentem seus desafios de maneira saudável. As crises podem originar-se de uma variedade de fontes e situações, sendo influenciadas por fatores individuais, sociais e ambientais. Aqui estão algumas das principais fontes de crises:
- Eventos Traumáticos: Traumas físicos ou psicológicos, como acidentes graves, abuso, violência, desastres naturais ou testemunhar eventos chocantes, podem desencadear crises.
- Perda Significativa: A morte de um ente querido, um divórcio, o término de um relacionamento importante ou a perda de emprego podem levar a crises emocionais.
- Problemas de Saúde Mental : Transtornos mentais não tratados ou uma piora súbita nos sintomas de uma condição existente podem criar situações de crise.
- Fatores Psicológicos: Pensamentos negativos persistentes, sentimentos de isolamento, baixa autoestima e outras questões psicológicas podem contribuir para crises pessoais.
- Isolamento Social: A falta de apoio social, redes de suporte ou conexões significativas pode tornar as pessoas mais vulneráveis a crises emocionais.
É importante notar que as crises não são necessariamente negativas em todos os casos. Às vezes, enfrentar uma crise pode ser um momento de crescimento pessoal e aprendizado. No entanto, o tratamento adequado e o apoio são frequentemente necessários para ajudar as pessoas a lidar com essas situações de maneira saudável e construtiva. Profissionais de saúde mental e intervenção em crise desempenham um papel fundamental nesse processo, oferecendo assistência e suporte quando necessário.
2.1 A eficácia da intervenção em situações críticas
A eficácia da intervenção em situações críticas, como crises de saúde mental, desastres naturais, desastres tecnológicos, acidentes ou situações de alto estresse, é um tópico muito importante na área da psicologia e do apoio emocional, pois é de grande importância garantir que os recursos e esforços sejam direcionados de maneira eficaz para ajudar as pessoas em vulnerabilidade.
A eficácia da intervenção aplicada deve ser sempre avaliada com base em alguns resultados reais, como a redução de sintomas de saúde mental, uma melhor qualidade de vida, estratégias para lidar com crises específicas, lembrando sempre que lidar com um sofrimento em situação de emergência ou urgência é necessária uma forma particular de intervenção, sempre dando sentido e respeitando a dor do outro, a intervenção deve acontecer de uma forma ética e segura, garantido assim que não cause danos aos indivíduos envolvidos, respeitando seus princípios éticos, visando um bem-estar mental, físico, emocional, cultural, social e psicológico, tudo aquilo que faz parte da essência do indivíduo.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. A intervenção em crise
A intervenção em crise é uma das abordagens que faz parte da psicologia, e tem por objetivo desenvolver estratégias para auxiliar indivíduos que estejam enfrentando momentos de fragilidade motivados por eventos traumáticos, estresse intenso ou fatores desestabilizadores envolvendo acidentes, emergências ou outros que contribuem com fatores desestabilizadores, proporcionando assim um suporte imediato de curto ou longo prazo para os envolvidos, diminuindo risco de riscos ou danos psicológicos maiores.
Desde meados do século XX a intervenção em crise já começa aparecer em alguns cenários contribuindo para o desenvolvimento de estratégias dentro de algumas disciplinas como: Psicologia, Psiquiatria, Enfermagem, Trabalho Social, Medicina e etc.
4. SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
No decorrer da segunda guerra foi observado a necessidade da prestação de assistência psicológica para soldados que desenvolveram (TEPT) Transtorno de Estresse Pós Traumático.
O que leva a uma reflexão sobre a importância da intervenção em situações de crises, tendo profissionais treinados para prestar apoio necessário para indivíduos afetados por eventos traumáticos ou eventos naturais.
5. MODELOS DE INTERVENÇÃO
Ao logo do decorrer das décadas a intervenção em crise passou por vários modelos e abordagens, o que ajudou a estruturar a forma de como os profissionais devem abordar essas situações, se tornando assim uma parte importante para a área dos profissionais da área da saúde mental, como psicólogos.
A intervenção em crise está se desenvolvendo cada vez mais, e contribuindo assim para uma melhor garantia de abordagens eficazes e consistentes na gestão das crises de cada indivíduo afetado psicologicamente por eventos acontecidos, ajudando assim as pessoas a lidarem de uma forma imediata com traumas e situações de crise, quando necessário, desempenhando assim um papel de extrema importância na promoção de redução dos riscos de danos psicológicos a longo prazo.
Como destaca Maria Helena Pereira Franco (2015), A intervenção Psicológica em Emergências: fundamentos para a prática, p.61), “no entanto, esta é uma das importantes funções dos psicólogos: cuidar das pessoas, lembrá-las, incentivá-las ou conduzi-las para esses cuidados básicos”. Esse contexto também é trazido por Oliveira (2014, p. 189), “atuar em situações de emergência é mais que um trabalho: é a construção de um espaço de escuta, suporte e reconstrução junto aos sobreviventes”.
6. CONCLUSÃO
No entanto, a intervenção psicológica em emergências é uma área que vem se moldando cada vez mais ao longo do tempo juntamente com a psicologia e seus campos relacionados à saúde, se mostrando cada vez mais essencial, atuando em contextos de desastres naturais, eventos traumáticos, situações de emergência ou violência, tendo como objetivo reduzir o sofrimento do indivíduo seguindo modelos e protocolos estabelecidos, através de um apoio emocional e psicológico.
O presente artigo teve por objetivo destacar a importância de que o apoio emocional e psicológico desempenham um papel de muita importância em momentos de crise. A intervenção psicológica em emergências não apenas alivia o sofrimento humano imediato, mas também semeia as sementes para uma recuperação bem- sucedida, garantindo que, mesmo nas piores circunstâncias, a esperança e a resiliência possam florescer.
Portanto, a intervenção psicológica em emergências é uma disciplina fundamental que contribui para a resiliência e o bem-estar das pessoas em momentos de crise, permitindo-lhes superar desafios traumáticos e voltar a viver vidas saudáveis e significativas.
7. REFERÊNCIAS
BENVENISTE, D. (2000). Intervenção em crises após grandes desastres tropicais: Revista da Sociedade Psicanalítica de Caracas, VIII (I) 1-6.
Franco, M. H. P. (2005). Atendimento psicológico para emergências em aviação: A teoria revista na prática. Estudos de Psicologia (Natal), 10(2), 177-180. doi: 10.1590/S1413-294X2005000200003
Franco, M. H. P. (2015). Intervenção Psicológica em Emergências: Fundamentos para a prática. São Paulo, SP: Summus.
Melo, C. A., & Santos, F. A. dos. (2011). As contribuições da psicologia nas emergências e desastres. Psicólogo informação, 15(15), 169-181