INTERDISCIPLINARITY AND BNCC: LIMITS AND PERSPECTIVES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202412171407
Adriana Rodrigues dos Santos Brito1; Renata Caroline dos Santos Lopes2; Gleici Simone Faneli do Nascimento3; Aline Karen Damacena4
RESUMO
A setorização dos indicadores de pensamento, trabalho e desempenho (geralmente focados em indicadores econômicos) são obstáculos para o alcance de metas mais abrangentes, intensificando o trabalho fracionário, a especialização, o enfoque setorial e o individualismo sobre a abordagem sistêmica. Do exposto, surge a necessidade de implementar uma visão holística, abrangente e interdisciplinar para resolver os problemas atuais, o que só pode ser alcançado com o trabalho em equipe. o objetivo geral deste artigo é analisar de que forma a BNCC contempla as práticas interdisciplinares em seu conteúdo. De acordo com a BNCC, os estudantes devem ter a educação norteada por itinerários formativos capazes de integrar os conhecimentos curriculares as suas necessidades profissionais e de conhecimentos necessários para a atuação na sociedade. Tais itinerários são formados pelos eixos estruturantes investigação científica, mediação e intervenção sociocultural, processos criativos e empreendedorismo. Por fim, existem muitas mais reflexões e critérios que poderiam ser feitos sobre os processos de ensino e aprendizagem com abordagem interdisciplinar, que serão objeto de trabalhos futuros. No entanto, é possível concluir colocando especial ênfase no dever de todos aqueles que assumiram a responsabilidade de formar as novas gerações para implementar um ensino científico e de qualidade na prática pedagógica de forma a elevar a cultura dos seus alunos e o seu desenvolvimento reflexivo. e o pensamento crítico sobre os problemas e realidades do meio em que se desenvolvem e nesta aspiração a concepção interdisciplinar da educação deve desempenhar um papel decisivo.
PALAVRAS-CHAVE: BNCC. Interdisciplinaridade. Ensino-Aprendizagem.
ABSTRACT
The sectorization of thinking, work and performance indicators (generally focused on economic indicators) are obstacles to achieving more comprehensive goals, intensifying fractional work, specialization, the sectoral focus and individualism over the systemic approach. From the above, the need arises to implement a holistic, comprehensive and interdisciplinary vision to solve current problems, which can only be achieved through teamwork. The general objective of this article is to analyze how the BNCC contemplates interdisciplinary practices in its content. According to the BNCC, students must have their education guided by training itineraries capable of integrating curricular knowledge with their professional needs and knowledge necessary for functioning in society. Such itineraries are formed by the structuring axes scientific research, mediation and sociocultural intervention, creative processes and entrepreneurship. Finally, there are many more reflections and criteria that could be made about teaching and learning processes with an interdisciplinary approach, which will be the subject of future work. However, it is possible to conclude by placing special emphasis on the duty of all those who have taken on the responsibility of training new generations to implement scientific and quality teaching in pedagogical practice in order to raise the culture of their students and their reflective development. and critical thinking about the problems and realities of the environment in which they develop and in this aspiration the interdisciplinary conception of education must play a decisive role.
Keywords: BNCC. Interdisciplinarity. Teaching-Learning.
1. INTRODUÇÃO
A literatura está repleta de diferentes definições de interdisciplinaridade e cada uma delas assume as especificidades do contexto em que são utilizadas. A interdisciplinaridade pode ser vista como uma estratégia pedagógica que envolve a interação de várias disciplinas, entendida como diálogo e colaboração entre elas para atingir o objetivo de novos conhecimentos. Por outro lado, Cericato e Cericato (2018) o definem como o esforço investigativo e convergente entre várias disciplinas (nesse sentido, pressupõe a multidisciplinaridade), mas que persegue o objetivo de obter “cotas de conhecimento” sobre um novo objeto de estudo, diferente daqueles que podem ser previamente disciplinares ou multidisciplinares.
Costa (2018) o define como o segundo nível de integração disciplinar, no qual a cooperação entre disciplinas acarreta interações reais; em outras palavras, reciprocidade nas trocas e, consequentemente, enriquecimento mútuo. Consequentemente, uma transformação de conceitos, pesquisas e metodologias de ensino é alcançada. Implica também na elaboração de quadros conceituais mais gerais, nos quais as diferentes disciplinas em contato são modificadas e tornam-se dependentes umas das outras. A interdisciplinaridade faz sentido na medida em que flexiona e amplia os quadros de referência da realidade, a partir da permeabilidade entre as verdades de cada um dos saberes.
A escola, como instituição encarregada da formação das novas gerações de cidadãos, deve dar atenção especial a todos os avanços obtidos com o trabalho de investigação. Essas conquistas que a atividade científica nos oferece devem ser incorporadas, com toda a agilidade que esta requer, à prática escolar cotidiana dos professores e ao mesmo tempo colocá-las em função do desenvolvimento intelectual dos alunos. Nesse sentido, a interdisciplinaridade é um aspecto que hoje está presente no trabalho de muitos profissionais, pois é uma questão que se impõe em qualquer processo científico e tecnológico do momento histórico que vivemos, professores e professores não podem ficar alheios. Consequentemente, não deve continuar a permitir que as disciplinas sejam tratadas isoladamente nos processos de ensino e aprendizagem e que os conhecimentos sejam adquiridos de forma parcial, mas sim de forma integrada, para que as atuais gerações de escolares compreendam, entre outras coisas, a natureza holística da realidade complexa. Introduzir esta abordagem na prática escolar significa compreender a interdisciplinaridade como ponto de encontro e cooperação das disciplinas, a influência que exercem entre si a partir de diferentes pontos de vista e nas formas de agir e pensar dos escolares (CASTRO et al., 2020).
Sobre um problema tão atual como é a interdisciplinaridade e que, como já foi dito, a escola tem um papel vital para a implementação desta abordagem, se for levado em conta que as disciplinas nela ministradas devem ser um reflexo do estado de desenvolvimento da ciência, os autores pretendem neste artigo apresentar algumas reflexões sobre as experiências adquiridas, após vários anos de implementação destas concepções, sem com isso tentar esgotar o assunto, o que é impossível numa obra desta natureza, caracterizada pela síntese (VILELA, ARAÚJO, 2020).
Pretende-se apenas despertar nos educadores o interesse para que prestem maior atenção, na ordem teórica e prática, às relações interdisciplinares como forma eficaz de concretizar a relação mútua do sistema de conceitos, leis e teorias que abordado na escola. Neste sentido, surge a BNCC se inicia como um marco no processo de interdisciplinaridade na Escola. Dessa forma o objetivo geral deste artigo é analisar de que forma a BNCC contemplas as práticas interdisciplinares em seu conteúdo. Os objetivos específicos são explanar as acepções do termo Interdisciplinaridade; comparar a BNCC com outros documentos oficiais norteadores de Currículos de ensino, no caso, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s; e identificar aspectos interdisciplinares nas orientações da BNCC.
2. INTERDISCIPLINARIDADES E BNCC
A interdisciplinaridade mostra as ligações entre as diferentes áreas curriculares, refletindo uma concepção científica apurada do mundo; o que demonstra como os fenômenos não existem isoladamente e que, ao inter-relacioná-los por meio do conteúdo, se desenha um quadro de interpelação, interação e dependência do desenvolvimento do mundo. Este consiste essencialmente num trabalho comum tendo em conta a interação das disciplinas científicas, os seus conceitos, orientações, a sua metodologia, os seus procedimentos, os seus dados e a organização do ensino, constituindo também uma condição didática e um requisito para o cumprimento da natureza do ensino; a matemática como tal não é estranha a esta situação. Desta forma, nas próximas seções são abordados alguns aspectos da interdisciplinaridade no processo de ensino-aprendizagem e a BNCC.
2.1 INTERDISCIPLINARIDADE
A adoção de uma determinada perspectiva de abordagem do processo ensino-aprendizagem, sem dúvida, condicionará os mecanismos que ajudam a explicá-lo. Sem pensar que se atingiu um objetivo final, como sabe-se que os conceitos nucleares ainda devem ser especificados tanto teórica quanto empiricamente, acredita-se que pode ser transcendido a níveis mais complexos em sua interpretação, onde a abordagem interdisciplinar é apresentada a todos. Ilumina-se como uma necessidade que tem engendrado o impacto social da própria ciência, que apresenta sérios desafios éticos, mostrando a estreita relação que o progresso científico tem com a busca da verdade e do desenvolvimento humano (COSTA et al., 2020).
Dessa forma, a educação tem sido entendida em seu sentido mais amplo como a transmissão da cultura de uma geração a outra, como o espaço no qual o indivíduo entra em contato com a experiência humana e se apropria dela. Precisamente, o processo de apropriação constitui a forma exclusivamente humana de aprendizagem. Cada pessoa faz sua a cultura a partir de processos de aprendizagem que lhe permitem o domínio progressivo dos objetos e seus usos, bem como das formas de agir, pensar e sentir, e mesmo as formas de aprender vigentes em cada contexto histórico. Desta forma, as aprendizagens que realizam constituem o alicerce essencial para que ocorram os processos de desenvolvimento e, simultaneamente, os níveis de desenvolvimento alcançados abrem caminhos seguros para novas aprendizagens (MARCHELLI, 2017).
A interdisciplinaridade é um tema amplamente difundido e abordado nos sistemas educacionais do país e internacionalmente, aliás vários autores se têm dedicado à sua conceituação, e outros, que realizam várias experiências com o objetivo de melhorar o processo de ensino-aprendizagem, inclusive propondo essa abordagem como alternativa para a solução da fragmentação do conhecimento em contextos educacionais (MACKEDANZ, DA ROSA, 2016).
A interdisciplinaridade é uma condição fundamental de toda compreensão intelectual profunda; representa um hábito de abordagem unitária a qualquer tipo de conhecimento. Da mesma forma, é um princípio didático a ter em conta no desenho curricular, o que implica que no ensino deve ser considerado como uma invariante metodológica. Diante das transformações ocorridas no campo social, nos últimos tempos e da constante preocupação com o aprimoramento da educação, o problema da interdisciplinaridade se apresenta como uma máxima no presente e ainda mais no futuro, quando o arcaísmo e as convenções podem arruinar ou comprometer a formação pessoal-profissional dos nossos alunos (COSTA et al., 2020).
Dessa forma, a interdisciplinaridade é um compartilhamento, uma forma de conhecimento aplicado que ocorre na interseção do conhecimento. É uma forma de compreender e lidar com um fenômeno ou um problema específico. A concepção de um trabalho interdisciplinar é fruto de um conhecimento multidisciplinar; É a competência de, a partir de uma determinada disciplina, assumir as relações necessárias, distintas e diferenciadoras com os outros, pelos outros e por outras posições de conhecimento; É uma nova atitude assumir abertamente outros métodos de abordagem da realidade; é, em suma, uma posição transformadora, necessária e útil que possibilitará o caráter ativo e multifuncional do saber escolar, ou seja, a transdisciplinaridade no ensino (FREITAS, SILVA, LEITE, 2018).
Transdisciplinaridade é a relação interdisciplinar cuja estratégia visa a interpretação dinâmica e competência metacognitiva em diferentes níveis de realidade e percepção diante de um problema específico, desaparecendo as fronteiras das disciplinas para alcançar fins ilimitados entre, através e além delas, constituindo uma espécie da macro supradisciplinar sob o imperativo da unidade do conhecimento e contando com o surgimento de novas lógicas emergentes da complexidade, sem reconhecer a pertença tradicional aos paradigmas científicos nem se comprometer com o esclarecimento das relações ou com a modificação de conceitos ou procedimentos particulares de cada ciência (SOUSA, PINHO, 2017).
Por outro lado, a multidisciplinaridade é a relação interdisciplinar em torno de um problema específico que afeta direta ou indiretamente disciplinas de diferentes ramos científicos (próximos ou não) com um grau limitado, mas essencial de coordenação estratégica prévia no quadro de investigação; sem total esclarecimento de tais relações ou modificação de conceitos ou procedimentos de cada ciência interveniente. Não se determina a que disciplina o problema se preocupa, priorizando a utilidade do resultado para cada uma delas, embora só depois de passar o filtro anterior que constitui o corpo desse resultado (TAVARES et al., 2012).
A interdisciplinaridade gera processos metodológicos como consequência direta do aprendizado mútuo entre colaboradores. É uma fonte de reflexividade, ou seja, uma fonte de atenção e reflexão sobre os pressupostos metodológicos em que se baseiam os diferentes temas. Em qualquer caso, a abordagem interdisciplinar, qualquer que seja a sua definição, promove a participação dos múltiplos campos do conhecimento humano. Apresenta-se como uma compensação pela excessiva fragmentação do conhecimento, fruto de uma rigorosa especialização científica e da atomização de planos de estudos em múltiplas disciplinas. Do ponto de vista psicológico, a interdisciplinaridade fundamenta-se no significado que o sentido unitário adquire para o ser humano que privilegia um ensino baseado no princípio da interdisciplinaridade (MARCHELLI, 2017).
Isso poderia ser uma parte do problema a ser resolvido no que diz respeito à fragmentação do conhecimento ou à análise por enredos dos fenômenos da realidade, por parte dos profissionais, porém, isso não é suficiente para estimular o desenvolvimento dos educandos. Também será necessário discutir no trabalho interdisciplinar como facilitar a aprendizagem do desenvolvedor a partir dessa abordagem interdisciplinar, como conciliar uma postura integrativa ao nível da disciplina que permita transcender o momento de transmitir abordagens holísticas ao aluno para planejar atividades de ensino que permitam que visão integral, mas ao mesmo tempo estimulando o autodesenvolvimento dos alunos (MACKEDANZ, DA ROSA, 2016).
Um novo estilo de relação entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem, as relações professor-aluno a partir da pedagogia do diálogo, a construção conjunta do conhecimento e a participação democrática das pessoas envolvidas no desenvolvimento de uma abordagem interdisciplinar, são elementos muito necessários. pela mudança atitudinal dos professores e suas formas de expressão individual na construção de significados e conceitos. A troca de papéis de professor e aluno na comunicação; a aceitação inteligente, criativa e desenvolvedora da mudança de atitude dos professores e a incorporação de novas formas de expressão individual para a construção de significados nos contextos escolares atuais constituem as bases de uma expressão interdisciplinar do conhecimento (SOUSA, PINHO, 2017).
Se, no desenvolvimento da atividade docente, não forem tidas em conta as ligações interdisciplinares de acordo com as particularidades de cada disciplina ou disciplina, podem ocorrer distorções e desconhecimento das aplicações das disciplinas ou disciplinas em geral; ou ainda mais, a possibilidade de os alunos não compreenderem a articulação dos conteúdos no ano e na carreira, pode resultar negativamente no cumprimento, de forma coerente, dos objetivos educacionais (SILVA, CUSATI, GUERRA, 2018).
Uma abordagem interdisciplinar do ensino deve atender a todos os componentes do processo de ensino educacional, ou seja; objetivos, conteúdos, métodos, meios, avaliação; propor uma metodologia de como trabalhá-los de forma coordenada e abrangente entre todas as disciplinas do desenho curricular; Um trabalho interdisciplinar deve encontrar alternativas flexíveis face aos currículos fechados, principalmente no que se refere aos conteúdos, uma vez que alguns são abordados por disciplinas diversas e se perde tempo quando se pode ganhar na transferência, na sua aplicação prática; os princípios de uma avaliação formativa também devem ser discutidos; a desta realidade sob vários pontos de vista, mas com uma orientação coordenada a partir dos objetivos do ano e das disciplinas; a participação ativa dos aprendizes, tanto para a avaliação como para os objetivos, os conteúdos e o método (COSTA, 2020).
2.2 BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que estabelece os direitos e objetivos de aprendizagem essenciais para a educação básica no Brasil, abrangendo desde a educação infantil até o ensino médio. Instituída em 2017 pelo Ministério da Educação (MEC), a BNCC busca uniformizar e garantir uma formação de qualidade para todos os estudantes brasileiros, independentemente da região onde vivem. O documento tem como fundamento promover uma educação equitativa e inclusiva, desenvolvendo competências e habilidades que preparem os alunos para enfrentar os desafios do século XXI. Entre seus eixos centrais está a promoção de práticas pedagógicas interdisciplinares, que visam integrar diferentes áreas do conhecimento para tornar o aprendizado mais significativo e contextualizado (BRASIL, 2018).
A interdisciplinaridade na BNCC é apresentada como uma estratégia pedagógica essencial para o desenvolvimento das competências gerais previstas no documento. Segundo a BNCC, a construção do conhecimento não deve ocorrer de forma fragmentada, mas integrada, para que os estudantes compreendam as relações entre diferentes disciplinas e sua aplicação em contextos reais. Por exemplo, ao trabalhar temas como sustentabilidade ou tecnologia, professores de ciências, geografia e matemática podem colaborar para oferecer uma visão mais abrangente, conectando conceitos e demonstrando a aplicabilidade prática do conhecimento adquirido (BRASIL, 2018). Essa abordagem está alinhada com as demandas contemporâneas de uma educação que valorize o protagonismo estudantil e a resolução de problemas complexos.
A aplicação da interdisciplinaridade, como proposta pela BNCC, exige a reformulação das práticas pedagógicas tradicionais e o incentivo à colaboração entre docentes. Isso demanda formação continuada e planejamento conjunto, além de recursos didáticos que permitam integrar conteúdos de forma criativa e eficiente. Moran (2015) destaca que a interdisciplinaridade não apenas promove a integração de conteúdos, mas também amplia o engajamento dos alunos, pois permite que eles se sintam mais conectados aos temas estudados. Nesse contexto, as competências gerais da BNCC, como o pensamento crítico e a resolução de problemas, ganham destaque ao serem incorporadas em atividades interdisciplinares que dialogam com a realidade dos estudantes.
A interdisciplinaridade também desempenha um papel crucial na construção de uma aprendizagem significativa, conforme defendido por Ausubel (2003). A BNCC incentiva o uso de temas geradores e projetos integradores que permitem a articulação entre diferentes áreas do conhecimento. Por exemplo, ao tratar de questões socioambientais, é possível combinar conhecimentos de biologia, química, geografia e história, promovendo a reflexão crítica e o desenvolvimento de soluções sustentáveis. Essa abordagem integrada está diretamente relacionada ao conceito de competência, entendido na BNCC como a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas (BRASIL, 2018).
O ensino interdisciplinar previsto pela BNCC é especialmente relevante no contexto da educação contemporânea, marcada por mudanças tecnológicas e desafios sociais globais. Para acompanhar essas transformações, a formação de professores deve priorizar metodologias que favoreçam o diálogo entre disciplinas e a contextualização do aprendizado. De acordo com Zabala (2002), o trabalho interdisciplinar requer intencionalidade pedagógica e planejamento colaborativo, sendo indispensável para atender às exigências de um mundo em constante mudança. Nesse sentido, a BNCC estabelece um marco importante ao enfatizar a importância da transversalidade e da interdisciplinaridade no desenvolvimento de projetos pedagógicos.
A implementação da BNCC, no entanto, apresenta desafios significativos, como a resistência a mudanças e a falta de recursos nas escolas. Segundo Libâneo (2012), a fragmentação do conhecimento, ainda predominante em muitas práticas pedagógicas, dificulta a adoção de estratégias interdisciplinares. Além disso, a formação inicial de professores muitas vezes carece de ênfase na integração curricular e na prática interdisciplinar. Para superar essas barreiras, é necessário investir em políticas públicas que incentivem a colaboração docente e disponibilizem materiais didáticos que reflitam a abordagem integrada proposta pela BNCC.
O Plano Nacional de Educação também cita a BNCC ao estabelecer que como estratégias:
pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o § 5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino fundamental; (BRASIL, 2014, p. 4)
bem como,
estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local; (BRASIL, 2014, p. 8)
Ressalva-se ainda que as Diretrizes Nacionais para a Educação Básica, o qual indica em seu texto o seguinte:
estão reunidas as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. São estas diretrizes que estabelecem a base nacional comum, responsável por orientar a organização, articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras. (BRASIL, 2013, p. 4)
É o mesmo que afirmar, que a formulação desse documento consiste em uma discussão imprescindível, tendo como base legal que em sua versão final tenha como compromisso apontar os “Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento que devem orientar a elaboração de currículos para as diferentes etapas de escolarização” (BRASIL, 2016, p. 24).
Os direitos humanos são os direitos que temos simplesmente porque existimos como seres humanos; eles não são conferidos por nenhum estado. Esses direitos universais são inerentes a todos nós, independentemente de nossa nacionalidade, sexo, nacionalidade ou origem étnica, cor, religião, idioma ou qualquer outro status. Vão desde os mais básicos, como o direito à vida, até aqueles que fazem nossa vida valer a pena, como o direito à alimentação, educação, trabalho, saúde e liberdade.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, foi o primeiro documento legal destinado a proteger universalmente os direitos humanos básicos. Nota-se que a educação está entre os direitos humanos. Sendo assim, a BNCC, em seus princípios orientadores, indica que existem direitos de aprendizagem, todos eles relacionados ao aprendizado integrado ao contexto cultural e na formação psicossocial. Entre os direitos de aprendizagem, estão elencados conviver com outras crianças e adultos, brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, participar ativamente, explorar, expressar e conhecer-se. Esses direitos se relacionam com os direitos humanos na medida em que indicam a necessidade de uma educação baseada no respeito as necessidades de desenvolvimento infantis e na construção de um relacionamento crítico e ativo entre a criança e a sociedade.
A legitimidade do saber docente e do desenvolvimento profissional é permeada pelas experiências, saberes científicos e pedagógicos que constituem o professor. Neste curso devemos destacar “os desafios impostos pela multiplicação das tecnologias e da cultura digital dos últimos tempos que têm a juventude como seus principais protagonistas, trazendo desafios enfrentados pelos professores para se apropriarem desses recursos” (BRASIL, 2018, p. 61).
Com base nessa assertiva sobre os desafios da formação de professores, esta seção tem como aspecto fundamental tratar da formação de professores a partir das diretrizes do BNCC, relacionando-a com o saber docente, especialmente o uso de recursos tecnológicos e processos de ensino e aprendizagem. Partimos do pressuposto de que a formação de professores deve valorizar o conhecimento da experiência, pois, por meio dela, o sujeito tem a possibilidade de refletir sobre sua prática docente. A interdisciplinaridade contribuirá de forma efetiva para a formação da identidade profissional do professor, conforme se manifesta nas proposições do BNCC. Costa (2020) destaca que é necessário haver uma articulação entre as bases teóricas que sustentam o ensino de línguas e o desenvolvimento de competências que permitam a análise e a escolha de contextos de intervenção para o ensino.
De acordo com a BNCC, os estudantes devem ter a educação norteada por itinerários formativos capazes de integrar os conhecimentos curriculares as suas necessidades profissionais e de conhecimentos necessários para a atuação na sociedade. Tais itinerários são formados pelos eixos estruturantes investigação científica, mediação e intervenção sociocultural, processos criativos e empreendedorismo (CERICATO, CERICATO, 2018).
Em relação a matemática e suas tecnologias, propõe-se que, no ensino médio, sejam integrados conteúdos relacionados a educação financeira, por meio da investigação científica a respeito do consumo e seus efeitos da sociedade contemporânea, da construção de modos de comportamento financeiro consciente e na discussão sobre como o consumo consciente pode contribuir com uma sociedade mais sustentável. Com o tema educação financeira, é possível desenvolver uma atividade de gestão do orçamento escolar na qual todos os alunos participem (TEIXEIRA, SILVA, LIMA, 2020).
No que se refere a linguagem e suas tecnologias, é importante que os alunos consigam produzir investigações a respeito de como as tecnologias mediam e interferem nos processos de comunicação e produção da linguagem na contemporaneidade, sendo capazes não somente de compreenderem os diferentes modos de comunicação existentes, como também agirem de maneira ativa na produção de conteúdo, buscando a autonomia em relação a linguagem e novas formas de expressão. Com o tema linguagem e tecnologias nas redes sociais, por exemplo, é possível propor uma atividade na qual os alunos produzam conteúdo para redes sociais nos quais falam a respeito de um problema de suas comunidades (CERICATO, CERICATO, 2018).
Em relação as ciências humanas e sociais aplicadas, é importante que os alunos consigam, por exemplo, compreender como o voto é importante para a construção de uma sociedade democrática. Por esse motivo, os estudos em ciências sociais devem alinhar a pesquisa a respeito da construção da democracia com atividades que permitam aos alunos compreender o papel da democracia em nossa vida social. Com o tema democracia, é possível desenvolver um processo de gestão democrática no qual os alunos participem das decisões escolares, por meio da constituição de representantes de turma, grêmios estudantis e da participação na tomada de decisões (COSTA, 2020).
As 10 competências da BNCC são: conhecimento; pensamento científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; e responsabilidade e cidadania. Documentos oficiais norteadores das práticas pedagógicas como a BNCC apresentam conteúdos e competências esperadas para determinadas etapas da educação. Isso não significa que esses conteúdos tenham que ser trabalhados nos modelos propostos (MARCHELLI, 2017).
Existem especificidades regionais e culturais para as quais os conteúdos curriculares devem ser adaptados. Esse processo ocorre por meio da flexibilização e da adaptação curriculares. A flexibilização diz respeito a necessidade de adequação do currículo a tempos, espaços e modos de aprender distintos. Se para uma criança matriculada em uma escola regular a idade na qual se espera que ela esteja no processo de alfabetização é aos 6 anos, na escola indígena é aos 10 anos, em algumas comunidades. Crianças que estão sendo alfabetizada em áreas urbanas não terão os mesmos interesses que aquelas que estudam em áreas rurais (TEIXEIRA, SILVA, LIMA, 2020).
A interdisciplinaridade também contribui para o desenvolvimento de competências socioemocionais, uma das inovações da BNCC. Trabalhar em projetos interdisciplinares permite que os alunos desenvolvam habilidades como empatia, comunicação e trabalho em equipe, fundamentais para a convivência em sociedade e para o mercado de trabalho. Segundo Goleman (1995), essas competências são indispensáveis em um mundo interconectado, e sua integração ao currículo é um avanço significativo da BNCC. Projetos que envolvem múltiplas disciplinas podem, por exemplo, fomentar o debate sobre temas éticos, como o uso de inteligência artificial, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos.
A BNCC redefine o papel da escola como um espaço de formação integral, no qual a interdisciplinaridade é vista como uma ferramenta central para promover o aprendizado significativo e preparar os estudantes para os desafios do futuro. Embora a implementação da BNCC ainda enfrente obstáculos, seu potencial para transformar a educação básica no Brasil é inegável. Ao valorizar a conexão entre as disciplinas e sua aplicação prática, a BNCC não apenas moderniza o currículo escolar, mas também reafirma o compromisso com uma educação que atenda às necessidades de um mundo globalizado e interdependente (BRASIL, 2018).
CONCLUSÃO
Para realizar um trabalho interdisciplinar é necessário convergir e unir as intervenções dos diferentes profissionais ou campos do conhecimento sobre o caso concreto, a situação específica e a realidade que o exige, seja ela individual, social, familiar, institucional, portanto, supõe delimitar as tarefas e coordenação de intervenções que permitem a continuidade de trocas e intervenções, bem como articular e interagir sobre um problema específico e determinado em uma troca de disciplinas abertas ao conhecimento e ao campo de conhecimento e aplicação de cada ciência , sem totalitarismo, reducionismo ou imposições.
De acordo com a BNCC, os estudantes devem ter a educação norteada por itinerários formativos capazes de integrar os conhecimentos curriculares as suas necessidades profissionais e de conhecimentos necessários para a atuação na sociedade. Tais itinerários são formados pelos eixos estruturantes investigação científica, mediação e intervenção sociocultural, processos criativos e empreendedorismo. Não se pode negar a importância de tal documento, pois, a BNCC dá uma indicação norteadora de como as escolas devem organizar seu currículo.
Sabe-se também que ela é apenas uma referência para os sistemas de ensino, que busca nortear sua organização sem ferir a autonomia das escolas. Interdisciplinaridade é contemplada nos quadros de conteúdos e de objetivos de aprendizagem da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para tanto, pauta-se em estudo documental e bibliográfico a fim de verificar se este aspecto bastante destacado em outros documentos norteadores do currículo no Brasil manteve-se presente na discussão da versão final da BNCC ao que se refere à proposta pedagógica de forma transversal e integradora. Como resultado preliminar, a comparação entre versões do documento aponta mudanças no que tange à finalidade da educação, que tem sua esfera de direito substituída por competência.
Por fim, existem muitas mais reflexões e critérios que poderiam ser feitos sobre os processos de ensino e aprendizagem com abordagem interdisciplinar, que serão objeto de trabalhos futuros. No entanto, é possível concluir colocando especial ênfase no dever de todos aqueles que assumiram a responsabilidade de formar as novas gerações para implementar um ensino científico e de qualidade na prática pedagógica de forma a elevar a cultura dos seus alunos e o seu desenvolvimento reflexivo. e o pensamento crítico sobre os problemas e realidades do meio em que se desenvolvem e nesta aspiração a concepção interdisciplinar da educação deve desempenhar um papel decisivo.
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ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2002.
1Mestra em Educação no Programa de Pós Graduação em Educação – UNEMAT/CÁCERES – MT; Membra do Grupo de Pesquisa GEPEPE/UNEMAT – MT. Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso- UNEMAT/CÁCERES MT (2000), graduação em Pedagogia pela Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz (2014) e graduação em Enfermagem pela Faculdade de Quatro Marcos (2010). Professora efetiva na rede estadual de ensino na disciplina de Biologia – Secretaria de Estado de Educação SEDUC/MT – Mirassol d’Oeste MT . Tem experiência na área de Biologia Geral, com especialização em Química, Enfermagem em Saúde da família ,e, Urgência e Emergência em enfermagem. E-mail: adriana_rsbrito@hotmail.com; CV: http://lattes.cnpq.br/7082531649735884 ; Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8809-1001
2Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2015). Especialista em educação especial com ênfase em libras e braille pela Faculdade Afirmativo ( 2016). Atualmente é professora efetiva na Rede Municipal de Ensino em Cáceres – MT, tendo experiência na Educação Infantil desde 2017. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais (GREPPE). É mestra em Educação pela UNEMAT – PPGEdu-Cáceres. E-mail: renata.lopes@unemt.br C.V: http://lattes.cnpq.br/5284897875287538
3Professora efetiva na SEDUC – MT. Licenciada em História (UNEMAT,2009). Licenciada em Pedagogia (FIAVEC,2018). Bacharelado em Psicologia – em andamento -UNIBRAS; Mestrado em Educação pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2019). Especialista em Gestão Pública -UNEMAT/UAB, 2013. Docência no Ensino Superior e Psicomotricidade (FAVENI, 2019). Especialista em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES/ 2022). Experiência em Docência na Educação Básica e no Ensino Superior; Coordenação Pedagógica e Tutoria em EaD. E- mail: gleicifaneli@hotmil.com C. V = http://lattes.cnpq.br/8598604208151272.
4Mestranda em Educação – PPGEdu/UNEMAT. Possui graduação em História pelo UNIVAG (Centro Universitário de Várzea Grande) (2003). Especialização em Ensino de História AVEC (Associação Varzeagrandense de Ensino e Cultura. Professora Efetiva da SEDUC/MT (Secretaria de Estado de Educação do Estado do Mato Grosso). Experiência em gestão escolar (diretora) e tutora no Profuncionário. E-mail: aline_Karen100@hotmail.com CV: http://lattes.cnpq.br/3498762402428739.