REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8082607
Caroline Gonçalves da Silva
Ceylon Batista Oliveira
Daniela Sampaio da Silva
Kelvysson de Jesus Oliveira
Vinicius Oliveira Portela
Weliton Xavier Nogueira
Orientador: Prof. João Edson Leite Júnior
Resumo
O presente trabalho tem o objetivo de destacar as principais aplicações da inteligência artificial no agronegócio. Em específico visa relatar os aspectos que concernem ao avanço da inteligência artificial no agronegócio; prelecionar se a IA no agro é uma forte aliada para produções mais sustentáveis e rentáveis; e mencionar os benefícios e os custos de aquisição, bem como as dificuldades da mão de obra especializada da IA no agronegócio. O processo metodológico abordado nessa pesquisa ocorreu através de pesquisa bibliográfica evidenciando dados por meio de livros e artigos que empregam as principais vertentes sobre o tema em estudo. Em outro momento, abordou-se o método dedutivo, o qual, faz parte de um conceito geral para um conceito específico, portanto, por intermédio da existência de uma premissa geral em direção a outra, seja particular ou singular, no caso deste trabalho a abordagem foi analítica. Chegou-se à conclusão de que a Inteligência Artificial no agronegócio é indubitavelmente crescente e que promove benefícios específicos para o produtor rural, podendo citar como exemplo, o uso dos robôs agrícolas, drones para observar em tempo real a plantação, bem como sistema de irrigação automatizado e até mesmo a ordenha robotizada o que gera tempo e redução de custos.
PALAVRAS-CHAVES: Agrícolas. Agronegócio. Inteligência.
ABSTRACT
The present work aims to highlight the main applications of artificial intelligence in agribusiness. Speci cally, it aims to report aspects concerning the advancement of arti cial intelligence in agribusiness; discuss whether AI in agriculture is a strong ally for more sustainable and pro table production; and mention the bene ts and costs of acquisition, as well as the dificulties of AI skilled labor in agribusiness. The methodological process addressed in this research took place through bibliographical research, evidencing data through books and articles that employ the main aspects of the subject under study. In another moment, the deductive method was approached, which is part of a general concept for a speci c concept, therefore, through the existence of a general premise towards another, whether particular or singular, in the case of this work the approach was analytical. It was concluded that Arti cial Intelligence in agribusiness is undoubtedly growing and that it promotes speci c bene ts for the rural producer, citing as an example the use of agricultural robots, drones to observe the plantation in real time, as well as the irrigation system automated and even robotic milking, which generates time and cost reduction.
KEYWORDS: Agricultural. Agribusiness. Intelligence
1 INTRODUÇÃO
Na atual era digital, a Inteligência Artificial (IA) vem sendo aplicada em diversas áreas do mercado, a exemplo disso, o agronegócio. Como a IA trabalha com dados, as fazendas conectadas aos recursos técnicos podem usá-los para aumentar sua produtividade e, assim, melhorar seus resultados.
A justificativa pela escolha deste tema se dá pela relevância social que a IA promove para o agronegócio. Isso porque a IA já é comumente notado o uso e aplicações, bem como soluções em todo o mundo, isto é, o uso da IA encontra-se inserido tanto em áreas científicas, quando tecnológicas, independentemente da área, seja educacional, ou até médica. Ressalta-se que a presunção do uso da IA em outras áreas em muitas vezes é desconhecida, como é o caso do agronegócio e meio ambiente, o que requer uma maior apresentação dessa inteligência para o público.
Segundo a pesquisa de Markets & Markets (2023), a estimativa de crescimento da IA, assim como o investimento no setor saltará para US$ 4 bilhões até o ano de 2026, isso em uma vertente específica, a qual considera-se que a população mundial deva crescer 2 bilhões até 2050, De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), isso exigirá um aumento de 60 % da produção de alimentos. Dessa maneira, a Inteligência Artificial é, portanto, uma tecnologia importante para investir e aprender no setor do agronegócio.
Diante desse contexto, o presente trabalho tem o objetivo de destacar as principais aplicações da inteligência artificial no agronegócio. Em específico visa relatar os aspectos que concernem ao avanço da inteligência artificial no agronegócio; prelecionar se a IA no agro é uma forte aliada para produções mais sustentáveis e rentáveis; e mencionar os benefícios e os custos de aquisição, bem como as dificuldades da mão de obra especializada da IA no agronegócio.
A metodologia a ser utilizada na elaboração da presente pesquisa científica envolveu o método dedutivo, bem como a pesquisa teórica. Levando em conta o tema a ser tratado, o trabalho foi realizado com base em pesquisa bibliográfica e documental tendo em vista que será elaborada a partir de material já publicado em fontes que servirão de base teórica, a exemplo disso de livros, legislações e documentos. Vale relatar que, após a definição do tema: Inteligência Artificial no agronegócio, foi realizada uma busca minuciosa em bases de dados virtuais e em livros publicados, assim foi possível ter a definição do problema com a elaboração da pergunta norteadora.
Assim, posterior à seleção do material literário, procedeu-se uma leitura da doutrina que versa sobre o tema, bem como as principais informações do tema em estudo, nesse sentido, destacando eventualmente as especificidades do título, autor, local de produção, ano do estudo, ano da publicação, tipo de publicação, bem como o tipo de leitura.
2 O AGRONEGÓCIO NO BRASIL
No Brasil a conceituação do termo Agronegócio foi realizada pela pesquisa dos autores Duarte e Castro (2019), tendo a finalidade de levantar as dimensões básicas do Agrobusiness brasileiro. Esses autores concluíram que o agronegócio representava 46% dos gastos relativos a 32% do PIB brasileiro nos anos de 1980.
Importante destacar que o agronegócio é toda relação comercial envolvendo produtos agrícolas.
O agronegócio no Brasil tem evoluído no passar dos anos, o seu crescimento se iniciou na década de 1990, despertando o interesse, por estudos e pesquisas que viabilizaram a temática, dos investimentos que eram oferecidas para as instituições privas e até mesmo públicas que foram aplicadas nas inúmeras áreas no que tange o agronegócio, a exemplo disso o segmento agrícola, zootécnico e agroindustrial. A atividade envolvendo o agronegócio de maior porte, sendo um importante commodity não somente no mercado nacional, mas também internacional, foi à atividade cafeeira (BUAINAIN, 2020).
A agropecuária no Brasil é acompanhada pela agricultura dos nativos que plantavam para sua sobrevivência. A cultura indígena foi influenciada pela cultura europeia, bem como houve também a influência da cultura indígena na cultura europeia, havendo assim, em um primeiro momento uma troca de conhecimento das técnicas utilizadas por cada uma delas. Mas essas relações foram alteradas após a mudança de forma de plantio, pois com o foco da exportação houve alteração do cultivo e o foco passou ser a extração de pau-brasil e o cultivo de cana de açúcar (BILIBIO, 2020).
Aos poucos foram introduzidas no Brasil outras culturas juntamente com a criação de animais. Por muito tempo o cenário agropecuário nacional permaneceu o mesmo, sendo alterado no século XX onde foram introduzidas novas técnicas e tecnologias (PETERLE; NEVES, 2017).
O Brasil possui grandes produtores do agronegócio pela dimensão continental e grande abundância de água potável. Esse tipo de produção domina o país e possui grande representatividade chegando ao ponto de ter uma bancada ruralista na Câmara de Deputados. O Brasil possui grandes parceiros comerciais, dentre eles, a China e os EUA, onde possui papel de fornecedor de insumos e suas transações comerciais são baseadas em compra e venda de Comodities, que são produtos que funcionam como matéria-prima (BILIBIO, 2020).
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), José Ricardo Roriz Coelho, defende a agregação de valor das exportações do Brasil para a China. Quase 80% das nossas exportações são Commodities, de baixo valor agregado, precisando agregar mais valor às matérias-primas e aos insumos brasileiros. Segundo a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentada em seu anuário (2021), pode-se verificar que o maior parceiro em agronegócio do Brasil é a China, fazendo com que nosso país seja líder mundial em exportações agropecuárias.
Vale relatar ainda que, o Brasil é um dos maiores produtores no ramo do agronegócio mundial, e como todo país possui problemas quanto às questões naturais e tecnológicas, o Brasil procurar alternativas de produção que vai dos altamente tenrificados aos que fazem suas explorações de forma rudimentar para sua subsistência. É neste contexto que em algumas regiões do país, como no Estado de Rondônia são empregadas soluções tecnológicas para aproveitar e obter maior rendimento na cultivação, essa tecnologia que atualmente auxilia em grande escala o produtor, parte de máquinas mais modernas na produção e no processamento de alimentos, até no momento da irrigação, onde pode-se ter um maior controle de onde e como direcionar a irrigação para que não se tenha um déficit hídrico (BUAINAIN, 2020).
É importante destacar que por meio da globalização, a competitividade se tornou um fator preponderante para promover as atividades inerentes do agronegócio no mercado, a competitividade ligada ao agronegócio é extremamente sustentável e necessária, uma vez que se trata de um fenômeno externo, já que decorrem de vários fatores, como exemplo, o forte aumento do intercâmbio mundial que envolve o conhecimento, as mercadorias, bem como os serviços, tecnologias, além das informações e capitais (FRANCISCO, 2019).
Assim, diante desse contexto que envolve o crescimento do agronegócio, o mercado impõe desafios constantes às estratégias inseridas para obter mercado, bem como um diferencial competitivo no agronegócio. Logo, o que é fundamental para o crescimento da economia e exportação, é uma estratégia que esteja voltada para o que há de mais novo possível, como é o caso do planejamento estratégico, uma vez que por meio da estratégia, a empresa que emprega atividades no agronegócio tem a competência para buscar alternativas com o intuito de garantir a sustentabilidade do negócio (BUAINAIN, 2020).
É notório que nos dias atuais as empresas buscam tornarem-se competitivas, com o objetivo de alcançar a concorrência e obter ganhos rentáveis, com isso, possuem um desempenho persistente e superior aos de seus concorrentes, pois almejam níveis de qualidade que interessam ao cliente que está cada dia mais exigente.
De acordo com Porter (2007), para que uma empresa obtenha competitividade é fundamental que primeiramente tenha estratégias de mercado, um planejamento estratégico que se aplique na sua visão, destaca ainda que a estratégia é um conceito que envolve inúmeras características, dentre elas: políticas, sociais, culturais e econômicas da referida área de atuação, é influencia não apenas a qualidade de vida dos clientes, mas também o desempenho de sua imagem institucional.
Partindo desse pressuposto, Silva e Motta (2019), aprofundam que a estratégia está relacionada à possibilidade de um crescimento amplo em conjunto de variáveis presentes de uma empresa para seu concorrente, isso a torna competitiva e com vantagem, uma vez que seu desempenho de qualidade estará sempre em sintonia para com o cliente. Os ambientes de algumas empresas seriam mais opcionais para o progresso de certas indústrias que promovem uma boa qualidade e relacionamento com a empresa para ter preço, material e qualidade.
Desta forma, Porter (2007) apresentou quatro atributos importantes nos ambientes das empresas onde se inter-relacionariam com a estratégia, sendo eles: (Condições dos fatores; Estratégia, estrutura e rivalidade; Condições da demanda; e Indústrias relacionadas), que externam o porquê de determinadas empresas possuem melhores condições de prosperidade e competitividade, isso torna uma empresa literalmente com vantagem competitiva, com melhoria da qualidade da prestação de serviço ao cliente, o que leva a ser notado que o planejamento estratégico é um forte aliado no processo decisório.
Esse modelo parte de uma preposição, considerando perspectivas de inúmeros campos que demonstram que a empresa obtém um planejamento estratégico que vise o seu crescimento, assim como: inovação tecnológica, desenvolvimento econômico, geografia econômica, ciência política e sociologia e está representado como modelo na figura 1.
Figura 1 – O modelo Dinâmico de Porter
Fonte: Adaptado de Porter (2007, p. 111).
É nesse contexto que Porter (2007) estabelece que o planejamento estratégico esteja relacionado com a competitividade de mercado, a estratégia é também a oferta que a empresa oferece para os clientes, que vai desde a estratégia de preço, até a tecnológica, pois com o uso da IA denota-se rentabilidade e redução de custos, além do que pondera-se o foco de propor uma melhor oferta do que a de seu concorrente, tornando-a diferente aos olhos do cliente e também como uma empresa que busca um diferencial no mercado de uma maneira que permite criatividade e a inovação de sempre estar trazendo o melhor com possibilidade de estabelecer razões para a escolha certa e relativamente correta por parte do cliente e para a empresa a certeza de que acertou no planejamento estratégico.
Um dos fatores que é fundamental relatar no desenvolvimento deste trabalho é as estratégias genéricas de Porter, que foram criadas com a intenção de enfrentar as cinco forças estratégicas relatada por Porter, assim como externar e promover uma sustentação pelas estratégias de crescimento organizacional. Dentro desse contexto é necessário delimitar que para se ter uma estratégia tecnológica e rentável, são necessárias ações ofensivas e defensivas, pois é por meio dessas ações que se criam uma posição vantajosa para a empresa, desta forma, essas ações são previamente desenvolvidas e planejadas pelas organizações para estabelecer a facilidade e adaptação das características de seu ambiente externo (WRIGHT & KROLL, 2017).
Partindo desse pressuposto Porter (2007, p. 109) retrata três características fundamentais para se ter uma estratégia, sendo elas:
- Liderança no custo total – que é implementada por organizações que visam estar no mercado da maneira que preciso for, tem o intuito de reduzir seus custos em relação à concorrência. Essa característica quando implantada de forma correta, ela se torna uma vantagem de excelência, uma vez que os custos mais baratos aperfeiçoam a competição e fortifica o desempenho da empresa, destacando assim, uma maior flexibilidade por parte da empresa, contra a concorrência, pois melhora o poder de negociação da organização e proporciona a mesma margem alta de lucro, essa margem alta supre os prejuízos e podem promover novos investimentos.
- Diferenciação – Essa modalidade de estratégia é proporcionada no momento do planejamento que é retratado no que se refere à oferta de produtos e também serviços que visam atender uma grande demanda com qualidade e de acordo com a necessidade do cliente, dentro dessa estratégia é possível encontrar uma diferenciação quanto os demais concorrentes da área, assim como da empresa em estudo, que está ligada a agropecuária. Destarte que essa estratégia além de auxiliar a empresa a focar seus esforços em determinado contexto de pessoas ou segmento de mercado e região, ainda estimula a lealdade dos clientes, promovendo assim, uma perda por parte da concorrência e de concorrentes futuros.
- Enfoque – No contexto dessa estratégia, o foco é o nicho de mercado, pois por meio dela é direcionados esforços as necessidades visando um mercado restrito ou um tipo específico de cliente. Assim, a abordagem de liderança de custo é tratada como a possibilidade de diferenciação no comportamento dos custos independe da segmentação de mercado. A organização consegue explorar as necessidades de seus clientes procurando – se diferenciar dos demais.
Portanto para que uma empresa tenha planejamento estratégico é preciso que siga e tenha táticas específicas que promovam a escolha do que quer alcançar, assim como as estratégias genéricas de Porter (2007) que foram externadas anteriormente, essas estratégias viabilizam um crescimento diferenciado e é uma força para as organizações que desejam estar em um mercado concorrente.
2.1 O USO DA TECNOLOGIA NO AGRONEGÓCIO
Para o desenvolvimento do presente trabalho se torna necessário o conhecimento do termo tecnologia, vários autores de nem a partir de seus pontos de vista. Dessa maneira, a tecnologia tem origem grega, especificadamente technê (arte, ofício) e logos (estudo de) e referia-se à fixação dos termos técnicos, designando os utensílios, as máquinas, suas partes e as operações dos ofícios. De acordo o estudo de Bilibio (2020), o termo tecnologia quer dizer o conhecimento que se aplica às ciências básicas, ou a produtos, ferramentas e processos para desenvolver uma solução para uma nova necessidade.
A tecnologia provoca interferência direta na vida do ser humano. Sua existência precede nossos antepassados primitivos, que já identificavam e utilizavam objetos para auxílio em atividades de caça, mas pela falta de conhecimento não realizavam mudanças. Após a era Homo Erectus, o homem realizava adequações em objetos como, por exemplo, a pedra talhada auxiliando em seu desenvolvimento e formação de sociedade passando de coletor para caçador (GAVA; SILVA; FRIAS, 2018).
Dessa maneira, salienta-se que, no cenário atual a tecnologia torna-se importante aliada na obtenção de lucros, uma vez que, as pessoas e empresas se propõem a produzir produtos com menor custo possível, visando o aumento do lucro. Pode-se considerar como exemplos deste tipo de tecnologia os celulares, aplicativos e drones.
Analisando o cenário futurístico verifica-se cada vez mais o cenário tecnológico que visa à melhoria de vida e redução de custos, mas ponderações devem ser realizadas principalmente no contexto de novas tecnologias do espaço aéreo e utilização das tecnologias, suas complicações no caso de perdas de vidas humanas (BILIBIO, 2020).
Isso porque, a melhoria da tecnologia é acompanhada pela inovação, dessa forma possui uma constituição institucional e organizacional, que parte em um formato de agentes presentes em universidades, órgãos governamentais e institutos de pesquisa que descobrem e direcionam os avanços tecnológicos. O mercado no formato existente faz parte da rede organizacional e realiza a interação fornecedora, competidores e clientes e está atrelado ao processo de produção mercantil (BILIBIO, 2020).
Sendo, que a renda no Brasil tem grande parte vinda do Agronegócio, verifica- se cada vez mais a necessidade de modernização da área produtiva e de mão de obra especializada, com isso o operador do agronegócio possui responsabilidade de organizar, coordenar e planejar os empreendimentos agropecuários a m de garantir a sustentabilidade rural e os lucros (PETERLE; NEVES, 2017).
Pela integração do sistema lavoura pecuária destaca-se como forte tendência pela migração de sistemas, com isso a necessidade de inovação tecnológica para alavancar e aumentar a produção por área de cultivo ou criação, sendo assim, demonstra-se cada vez mais necessário a integração das tecnologias da informação e comunicação (TICs), que proporciona a transmissão rápida dos dados posicionando os operadores da rede leiteira para tomada de decisão garantindo a gestão da cadeia produtiva (SANTOS; MIRIAN; NASCIMENTO, 2019).
2.2 A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO AGRONEGÓCIO
São várias as tecnologias de IA empregadas no agronegócio, se trata de tecnologias empregadas na lavoura e na criação de animais. Destaco abaixo alguns itens tecnológicos: Drones: podem ser empregados para agricultura de precisão e criação de animais, na agricultura as imagens capturadas pelo drone identificam plantas doentes ou com déficit de nutrientes por meio do auxílio de imagens que observam a refletância do objeto auxiliam nos locais onde há ataque de pragas ou falta de nutrientes da planta limitando a aplicação de defensivos agrícolas e fertilizantes apenas nas plantas que necessitam de cuidados, também com auxílio de Drones há o controle e auxilio e manejo animal auxiliando na fiscalização de localização doa animais apartados do rebanho (GASPAR, 2016).
Real Time Kinematic (RTK) ou posicionamento cinemático em tempo real: Esse sistema consegue dar o posicionamento de máquinas no campo em tempo real, voltado para agricultura esse sistema orienta as máquinas no plantio e colheita, a intenção é que ocorra em um primeiro momento poucos erros no manuseio das máquinas e com seu aprimoramento no futuro que as máquinas funcionem sem operadores.
Automação nas ordenhas: Esse sistema já existe e já é usada no sistema de ordenha carrossel, a intenção é diminuir ao máximo a quantidade de funcionários na ordenha e potencializar a produção leiteira treinando os animais a se posicionarem na ordenha para que os operadores tenham mais facilidade em manuseá-los.
Tanques de resfriamento de leite: este sistema aumenta a conservação do leite, resultante do seu resfriamento, trazendo vantagens como a redução de custos, sabor agradável, redução da qualidade de leite, desclassificado por acidez. O leite é mantido nos taques e a coleta é feita a granel, em caminhões tanques isotérmicos.
Irrigações: o desenvolvimento tecnológico no ramo da irrigação visa disponibilizar métodos de fornecimento e controle de água que maximizam sua efetiva utilização pelas culturas, reduzindo as perdas e aumentando, a e ciência dos processos de condução, distribuição e aplicação da água.
Partindo desse pressuposto, a inteligência artificial no agronegócio é o uso de ferramentas digitais capazes de aprender, tomar decisões e automatizar processos. É o uso da inteligência para coletar dados, processar informações na nuvem, permitir análises químicas do solo e fazer previsões climáticas desde o pré-plantio até a colheita. A aplicação de inteligência artificial na agricultura pode garantir uma produção mais segura, aumentando a lucratividade e a sustentabilidade do setor (ALVES, 2019).
Outrora, para a transmissão e processamento de grandes quantidades de dados, os chamados big data, por Inteligência Artificial requer uma boa conexão. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a conectividade no Brasil rural continua baixa, pois é notado que cerca de 70% das propriedades rurais não contam com acesso à tecnologia e nem mesmo acesso à internet.
Nesse contexto a IA no agronegócio é inerentemente utilizada para otimizar processos desafiadores que envolvem o trabalho no campo. Por exemplo, uma das dificuldades é a previsibilidade das condições naturais e meteorológicas. Seja plantando, cultivando ou cuidando de produtos. Existem incertezas que tornam esses processos inseguros. Especialmente porque os métodos tradicionais do agronegócio não são precisos o su ciente.
Da mesma forma, o gerenciamento de entradas e dados relacionados ao trabalho de campo não é uma tarefa fácil. Ainda mais quando se fala de grandes números. Existe o risco de perda de controle, o que pode comprometer todos os demais processos da empresa. No entanto, a Inteligência Artificial no agronegócio oferece soluções justamente para esses problemas. Essas inovações levam a previsões confiáveis.
Uma das possíveis aplicações da IA no agronegócio é a visão computacional. O objetivo é reconhecer as imagens para que os profissionais possam tomar decisões com base em informações mais precisas. Com a visão computacional, é possível utilizar sistemas que analisam áreas de cultivo em tempo real para detectar quaisquer problemas que possam surgir, como doenças, pragas e agentes estranhos. Além disso, essa vertente permite a análise e identificação de culturas e mapeamento das condições do solo. Dito isso, a visão computacional pode gerenciar melhor o trabalho de campo.
2.3 DOS BENEFÍCIOS DA IA NO AGRONEGÓCIO
Contemporaneamente, mesmo com o avanço da Inteligência Artificial, ou seja, contrariando o seu progresso, as barreiras à conectividade em áreas remotas e a lenta adoção de ferramentas digitais pelos produtores interfere na obtenção da tecnologia no ambiente do agronegócio, mesmo para o pequeno produtor. Para a pesquisa de Markets & Markets (2023), cerca de 36% dos produtores rurais brasileiros compram produtos e serviços para suas fazendas online, e apenas 23% têm acesso à internet em todas as suas operações rurais. No entanto, na análise de Markets & Markets (2023), 40% dos produtores usariam mais ferramentas digitais se sentissem seguros em uma plataforma online.
Segundo Moreti; Oliveira; Sartoli (2021), a agricultura digital no Brasil, apesar dos problemas estruturais, tem como maior barreira para a implantação da tecnologia, o valor do investimento. Doravante, há diversas soluções de baixo custo presentes e atuais no mercado, as quais indubitavelmente não foram amplamente divulgadas aos pequenos agricultores.
Nesse contexto, em uma visão computacional, a Inteligência Artificial permite que mapas digitais de fazendas identifiquem diversos problemas e forneça insights. Ou melhor, com base em imagens ou sensores conectados via internet, máquinas são desenvolvidas ou programadas para identificar possíveis pragas e doenças em uma lavoura, ou mesmo pela ausência de nutrientes e até mesmo pela ausência de água (PETERLE; NEVES, 2017).
Com isso, de acordo com o estudo de Markets & Markets (2023), determinados veículos são utilizados como parte da IA citando como exemplo as máquinas agrícolas e drones, os quais em evidência ao crescimento dessa tecnologia, já podem ser controlados remotamente, mas muitas vezes ainda requerem intervenção humana para operar. A inteligência artificial torna a automação completa e as máquinas podem tomar decisões de forma mais rápida, deixando os humanos para monitorar e acompanhar.
Outro problema é que as condições climáticas são um dos principais fatores que afetam a produção agrícola, certo disso, salienta-se que com as modificações decorrentes do aquecimento global, se torna cada vez mais difícil obter o entendimento do clima. É diante disso que adentra a inteligência artificial, uma vez que dentro das suas diretrizes tecnológicas tem a capacidade de processar informações locais, bem como de satélites cujo intuito é apresentar informações fundamentais sobre previsões de possíveis fenômenos climáticos locais (BVRUM, 2019).
Fatores benéficos da Inteligência Artificial no agronegócio hodiernamente, é que as flutuações nos preços de insumos e commodities sem a IA acabariam afetando de forma direta o sucesso da colheita. Por isso, a IA permite monitorar as mudanças impostas pelo mercado do agronegócio para auxiliar os produtores na identificação de possíveis tendências de demandas, além de precificar produtos corretamente em um determinado momento (VITAL, 2020).
Destarte, a Inteligência Artificial no agronegócio melhora a análise preditiva das previsões meteorológicas das empresas. Por exemplo, com novas ferramentas inovadoras, pode-se prever com mais facilidade as temperaturas que serão prejudiciais ao plantio. Da mesma forma, prevê-se a ocorrência de fenômenos climáticos ou mesmo de chuvas torrenciais, assim como quando tais eventos ocorrerão.
Viu-se então, que tendo em vista à acirrada concorrência que impera no mercado globalizado da atualidade, as empresas necessitam cercar-se de ferramentas que lhes propiciem manterem-se atuantes e competitivas frente a seus adversários. Logo, o estabelecimento de estratégias e medidas capazes de otimizar processos mediante a redução de custos como o uso do IA no agronegócio, são ferramentas para ajudar nas soluções de planejamento e provisionamento da demanda futura, mostra-se essencial no sentido de assegurar a continuidade da organização na sua área de atuação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho atingiu o objetivo proposto, uma vez que destacou as principais aplicações da inteligência artificial no agronegócio. Em específico relatou os aspectos que concernem ao avanço da inteligência artificial no agronegócio; prelecionou se a IA no agro é uma forte aliada para produções mais sustentáveis e rentáveis; e mencionou os benefícios e os custos de aquisição, bem como as dificuldades da mão de obra especializada da IA no agronegócio.
Viu-se no decorrer deste trabalho que a inteligência artificial é fundamental para a área do agronegócio brasileiro, ainda mais na era digital e do conhecimento, por exemplo no agronegócio, visto que se tem a possibilidade de se capturar imagens, obtendo precisamente uma visão frontal e lateral, tendo ainda a possibilidade de obter dados fundamentais para o agro, como avaliar as árvores para frutificação, detectar doenças, e realizar cálculos da volumetria de copa.
Com isso, a ferramenta fornece dados que normalmente seriam coletados e utilizados anualmente pelos produtores, que podem ser utilizados em tempo real, por exemplo, para ajudar a evitar falhas e replantar com mais e ciência. Além de fornecer informações precisas de produção, a tecnologia também pode calcular perdas. Certamente, a solução não apenas facilita a vida dos agricultores, mas ainda economiza tempo nas operações.
Uma das utilidades é usar sensores de Inteligência Artificial para ganhar vantagem na programação e com o objetivo de aproveitar arremessos com frutas de maior calibre. Isso resulta em mais rendimentos pós-colheita. Há muitos benefícios em relação às soluções tradicionais, como análise de imagens aéreas. Enfim, é possível ampliar os pontos que deseja obter dados precisos e analisar um por um. Munidos dessas informações, os produtores podem tomar decisões mais decisivas e evitar problemas futuros que não seriam possíveis antes ou sem o uso da Inteligência Artificial.
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