REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202504141211
Joana Josiane Andriotte Oliveira Lima Nyland¹; Viviane Soares²; Bárbara Sanchotene Torres³; Lozinete Luzia Santana⁴; Mauricéia Aparecida Ferreira Ribas⁵; Silvana dos Reis⁶; Vanessa dos Santos Riella⁷; Marina Rolim Aragão⁸; Raydine da Silva Costa⁹; Silberto dos Santos Silva¹⁰; Leocádia Boraczynski Boehm¹¹; Gabriel Antonio Ogaya Joerke¹²; Bibiana Kaiser Dutra¹³.
RESUMO: Este artigo tem como objetivo contribuir para a discussão sobre a relação entre inclusão digital e inteligência artificial (IA) na educação, explorando como a convergência dessas tecnologias tem o potencial de expandir oportunidades educacionais, qualidade e personalização para professores e alunos de diversas origens geográficas e socioeconômicas. A justificativa para este estudo é que há uma lacuna na literatura atual sobre como integrar a inclusão digital e a inteligência artificial na educação. A questão deste artigo é: Como a inteligência artificial pode promover a inclusão digital na educação e quais são os principais avanços, desafios e oportunidades dessas tecnologias digitais emergentes? Como metodologia, consideramos este estudo qualitativo e exploratório, utilizando uma abordagem de métodos mistos que combina revisão sistemática de literatura, análise documental e estudo de caso. Com base em uma revisão sistemática da literatura e estudos de caso apresentados em vários documentos, estudos, livros e artigos científicos, analisamos as principais tendências e desafios da integração da IA em ambientes educacionais e o impacto dessa integração na promoção da inclusão digital. A discussão dos resultados mostrou que a IA tem sido aplicada em diversas áreas da educação, incluindo aprendizagem adaptativa, análise de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades socioemocionais. No entanto, o estudo também identificou algumas barreiras significativas, como a falta de infraestrutura digital adequada, a necessidade de treinamento de educadores e questões éticas relacionadas à privacidade da IA e ao viés algorítmico. Nas considerações finais indicamos recomendações e propostas para abordar esses desafios e maximizar o potencial da IA na promoção da inclusão digital na educação, enfatizando a importância de políticas públicas e parcerias entre governos, instituições educacionais e empresas de tecnologia.
PALAVRAS-CHAVES: Inclusão; Inteligência Artificial; Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a inteligência artificial (IA) tem emergido como uma das tecnologias mais revolucionárias de nossa era, transformando profundamente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos conectamos uns com os outros. De sistemas automatizados que otimizam processos industriais a dispositivos que ampliam as capacidades humanas, a IA tem demonstrado sua capacidade de remodelar o mundo. Contudo, à medida que essas inovações avançam, surge a necessidade urgente de compreender e explorar seu potencial como ferramenta para promover a inclusão social e digital.
A inclusão representa mais do que apenas o acesso à tecnologia; trata-se de garantir que todos os indivíduos, independentemente de suas condições socioeconômicas, físicas ou culturais, possam participar plenamente de uma sociedade digital. Em um mundo onde as desigualdades ainda prevalecem, a IA apresenta a oportunidade de reduzir barreiras históricas, criando ambientes mais equitativos e acessíveis. Este artigo visa examinar de que maneira a inteligência artificial pode ser utilizada como um instrumento de inclusão, destacando tanto os benefícios como os desafios éticos que acompanham sua aplicação.
Com isso em mente, é essencial analisar como a integração entre IA e inclusão pode moldar o futuro, permitindo que o progresso tecnológico seja não apenas um símbolo de inovação, mas também um catalisador para transformações sociais significativas. Aqui, exploramos o papel da IA na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 O Papel da Inteligência Artificial na Inclusão Digital
A inclusão digital desempenha um papel essencial na redução das desigualdades sociais e no fortalecimento da cidadania global. Com a ajuda da IA, projetos de acessibilidade têm alcançado populações em situações de vulnerabilidade, permitindo que comunidades historicamente excluídas participem ativamente da sociedade conectada (Bauer; Gaskell, 2015). Um exemplo prático é o uso de chatbots inteligentes em serviços governamentais, que fornecem informações e ajudam cidadãos a resolver problemas burocráticos de maneira ágil e eficiente. Além disso, sistemas de recomendação em plataformas de ensino, como Coursera e Khan Academy, utilizam IA para personalizar conteúdos e democratizar o acesso à educação de qualidade. Segundo um relatório da UNESCO (2021), iniciativas como essas têm o potencial de reduzir drasticamente o fosso digital (Bauer; Gaskell, 2015).
A inclusão digital refere-se ao acesso equitativo e ao uso efetivo das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) na sociedade. Na educação, a inclusão digital é vista como um meio de garantir que todos os professores e estudantes tenham acesso aos recursos educacionais e às oportunidades de aprendizagem proporcionadas pelas TDIC (Boulay, 2013). A literatura sobre inclusão digital na educação enfoca questões como a infraestrutura tecnológica, a formação de professores, o desenvolvimento de conteúdo digital e as políticas públicas que promovem a equidade no acesso às TDIC, assim como o acesso às tecnologias digitais assistivas (Bauer; Gaskell, 2015).
2.2 IA e Acessibilidade para Pessoas com Deficiência
O conceito de acessibilidade total se baseia na ideia de que apenas uma boa acessibilidade física não é o bastante para que o espaço seja efetivamente entendido e utilizado por todos. A acessibilidade total implica ir além da acessibilidade física, incorporando elementos emocionais, afetivos e intelectuais essenciais para criar a habilidade do local de receber seus visitantes e cultivar a habilidade de fomentar empatia e afeto em seus usuários (Goemann, 2022).
Este estudo vai além de focar apenas na acessibilidade nos espaços físicos, adotando uma definição mais abrangente, completa e universal, que está ligada a outros elementos essenciais, como elementos intelectuais e emocionais (Goemann, 2022). Além disso, considera a acessibilidade à informação e a função de disseminação de conhecimento e informação inerente ao espaço. Destaca-se, especialmente, que o planejamento de uma “acessibilidade total” vai além de um conjunto de ações voltadas apenas para pessoas com deficiência, podendo resultar até mesmo na exclusão espacial desses grupos devido a soluções exclusivas (Goemann, 2022).
As tecnologias assistivas baseadas em IA têm transformado a acessibilidade, permitindo que milhões de pessoas com deficiência integrem-se ao mundo digital e físico com maior autonomia. Entre os exemplos mais significativos, encontram-se os dispositivos que utilizam inteligência artificial para traduzir linguagem de sinais em texto ou áudio, facilitando a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes (Bauer; Gaskell, 2015). Outro avanço relevante são os sistemas de mobilidade autônoma para cadeirantes, que empregam sensores inteligentes para evitar obstáculos e garantir deslocamentos seguros em diferentes ambientes. Segundo a World Health Organization (WHO), o impacto dessas ferramentas é fundamental para garantir igualdade de oportunidades e melhorar a qualidade de vida (Boulay, 2013).
O uso de tecnologias digitais assistivas estão em consonância com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146 que foi sancionada em 6 de julho de 2015. A lei define tecnologia assistiva como “produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social” (Zilli, 2004), Esta lei é um marco legal importante para as pessoas com deficiência no Brasil, pois estabelece normas para promover, proteger e assegurar o exercício pleno e igualitário de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por pessoas com deficiência (Goemann, 2022).
O progresso nas tecnologias de Inteligência Artificial, juntamente com a expansão da inteligência artificial, tem impulsionado o crescimento da inteligência computacional (Rezende, 2014).
A capacidade dos computadores e a diminuição de custos dos elementos de hardware, possibilitou a execução de programas e sistemas compactos dotados de sensores de alta tecnologia. Estes sensores ultrapassam as tecnologias de assistência convencionais que eram principalmente fundamentados em sensores de proximidade proporcionando uma avaliação mais completa dos obstáculos ao progresso ao redor dos utilizadores com deficiência visual. As tecnologias que estão revolucionando a sociedade (Bauer; Gaskell, 2015).
Anteriormente, eram restringidas pela precisão e pelo feedback restrito.
agora são capazes de identificar e fornecer informações minuciosas.
sobre os obstáculos em tempo real, o que tem auxiliado na solução de problemas (Saboia, 2010).
2.3 Inclusão Econômica e Mercado de Trabalho
A crise mundial elevou consideravelmente a capacidade ociosa na indústria de manufatura global e intensificou a competição global na venda de produtos industrializados (Boulay, 2013). A intensificação da competição global implicou desafios extras, tanto para expandir as exportações brasileiras de produtos manufaturados quanto para implementar investimentos que aprimorem a competitividade da produção doméstica de produtos industrializados. Ademais, os investimentos na expansão da infraestrutura nacional foram atrasados (Bauer; Gaskell, 2015).
A ampliação das atividades econômicas, respondendo à maior demanda por seus produtos, decorrente do aumento do consumo, do investimento e da exportação, foi acompanhada de importantes mudanças na estruturação dessas atividades, elevando o papel das empresas bem organizadas (Santanella, 2023). A estruturação empresarial mais robusta dos diversos setores de atividade se refletiu no nível de contratação assalariada e na formalização dos contratos de trabalho dos empregos de empresa.
Os serviços comunitários, sociais e pessoais, com pouca predominância de emprego formal, foram o único ramo de atividade que registrou uma redução no nível de assalariamento de 2004 a 2013 (Boulay, 2013). O crescimento no nível de emprego foi especialmente notável em comércio e reparação, alojamento e alimentação, transporte e comunicação, áreas que não competem com a produção estrangeira e onde o nível de emprego era relativamente baixo em 2004. No entanto, mesmo em áreas onde a concorrência com a produção estrangeira era mais intensa, observou-se um crescimento na organização empresarial e no nível de emprego, especialmente nas indústrias de transformação e no setor de outras indústrias, que engloba a extração mineral e os serviços de utilidade pública.
A inteligência artificial está impulsionando a inclusão no mercado de trabalho ao possibilitar que empresas diversifiquem suas equipes e alcancem talentos em todo o mundo. Plataformas como LinkedIn utilizam IA para conectar profissionais a oportunidades de emprego que correspondam às suas habilidades e interesses, eliminando barreiras geográficas e preconceitos inconscientes (Goemann, 2022). Além disso, algoritmos inteligentes em processos de recrutamento analisam currículos com base em competências e realizações, ignorando fatores discriminatórios como gênero e idade (Bauer; Gaskell, 2015). No âmbito econômico, microempreendedores estão utilizando ferramentas de IA para gerenciar negócios, prever tendências de mercado e otimizar recursos. Estudos conduzidos pelo MIT indicam que esses avanços aumentam a eficiência e impulsionam o crescimento inclusivo (Lee; Giufan, 2022).
2.4 IA na Educação Inclusiva
O uso da Inteligência Artificial como ferramenta para promover a inclusão pode ocorrer em várias áreas e contextos. Por exemplo, no campo da educação, sistemas de tutoria inteligentes podem contribuir para a personalização do ensino e oferecer suporte individual para alunos com necessidades especiais. Da mesma forma, no setor de saúde, algoritmos de Inteligência Artificial podem ajudar no diagnóstico de doenças, adaptação de terapias e melhorar o acesso a serviços de saúde de alta qualidade para grupos em situação de vulnerabilidade (Goemann, 2022).
A educação inclusiva tem sido amplamente beneficiada pela inteligência artificial, especialmente em ambientes onde as desigualdades educacionais são mais evidentes. Sistemas de aprendizado adaptativo, como DreamBox e Smart Sparrow, utilizam IA para identificar lacunas no conhecimento de cada aluno e sugerir conteúdos adequados ao seu nível de proficiência (Goemann, 2022).
Além disso, aplicações de realidade virtual com inteligência artificial permitem que estudantes de áreas remotas acessem experiências imersivas de aprendizado, como simulações laboratoriais e visitas a museus virtuais. Segundo estudos da OECD (2022), essas ferramentas ajudam a criar um ambiente educacional mais equitativo e dinâmico, promovendo o engajamento e a retenção de conhecimento (Boulay, 2013).
O mesmo autor afirma que a inteligência artificial (IA) possui a capacidade de ser uma ferramenta eficiente de apoio à inclusão, ajudando a superar barreiras e promovendo a participação completa de todos os membros da sociedade. Uma maneira de a Inteligência Artificial promover a inclusão é através da personalização e adaptação de serviços e recursos para atender às necessidades específicas dos usuários. Segundo Boulay (2013), sistemas de Inteligência Artificial, como os sistemas de tutoria inteligente, são aptos a avaliar o progresso e os obstáculos de cada aluno de forma individualizada, proporcionando feedback e suporte personalizados para suas demandas específicas de aprendizado.
A inteligência artificial (IA) pode atuar como um instrumento eficaz de suporte à inclusão, auxiliando na superação de obstáculos e incentivando a participação integral de todos os integrantes da sociedade (Goemann, 2022).
A Inteligência Artificial pode promover a inclusão por meio da customização e ajuste de serviços e recursos para satisfazer as demandas particulares dos usuários.
Goemann (2022) também destaca que a personalização do ensino pode influenciar positivamente na motivação e participação dos alunos. Por meio da customização do ensino, a Inteligência Artificial pode contribuir para o aumento da motivação e envolvimento dos alunos, além de aprimorar o desempenho acadêmico e reduzir o índice de desistência escolar. O autor sustenta que a personalização proporciona uma experiência de aprendizado mais relevante e relevante para cada aluno, aumentando sua satisfação e sucesso no ensino superior (Boulay, 2013).
2.5 IA e Diversidade Cultural
A abordagem individual da diversidade cultural e da biodiversidade, seja em acordos e discussões teóricas ou em programas práticos, oculta a real conexão de interdependência entre elas. Essa tendência é intensificada pelo fato de o desenvolvimento sustentável ser comumente ligado exclusivamente ao meio ambiente, ignorando a sinergia que ele possui com a cultura. Este é o posicionamento atualmente adotado por várias entidades de prestígio tanto internacional quanto nacional, como o Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD) e o Comitê Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
As relações e desafios que ambas as diversidades enfrentam são evidentes e se estendem por uma vasta variedade de intersecções. Uma delas se refere à aplicação de métodos para avaliar o impacto de projetos, programas e acontecimentos inesperados. O Método de Avaliação Contingente (Contingente Valuation Method – CVM) é originário do setor ambiental e foi originalmente criado para avaliar e traduzir financeiramente o prejuízo causado por um vazamento de óleo da Exxon Mobil no Alasca. Igualmente, a maior valorização do capital biológico como recurso essencial para o progresso econômico pode abrir caminho para que o capital cultural receba a mesma atenção e interesse (Boulay, 2013).
Uma das contribuições mais marcantes da IA no campo da diversidade cultural é a sua capacidade de preservar e promover línguas e tradições que estão em risco de extinção (Bauer; Gaskell, 2015). Por exemplo, algoritmos avançados estão sendo usados para digitalizar textos sagrados e histórias orais de comunidades indígenas, permitindo que essas heranças culturais sejam acessíveis a gerações futuras. Além disso, ferramentas de tradução em tempo real, como o Google Translate, estão ajudando a superar barreiras linguísticas em contextos globais, facilitando o intercâmbio cultural e a colaboração internacional. De acordo com o relatório “Global AI for Culture”, essas tecnologias estão criando uma plataforma de valorização e respeito às múltiplas identidades culturais (Goemann, 2022).
2.6 Desafios e Ética no Uso da IA
A aplicação da Inteligência Artificial (IA) na educação traz consigo uma série de considerações éticas que precisam ser avaliadas para garantir que seu uso esteja alinhado com princípios éticos fundamentais (Goemann, 2022).
Entre esses princípios, a autonomia, justiça, beneficência e não maleficência se destacam como pilares essenciais para orientar a integração responsável da tecnologia nos ambientes educacionais (Baltar, 2014). Estes princípios são importantes para assegurar que a tecnologia beneficie todos os usuários de forma equitativa, respeitando a sua liberdade de escolha e promovendo o bem-estar sem causar danos (Lee; Giufan, 2022).
No contexto da IA educacional, a autonomia refere-se à capacidade de professores e alunos de manterem controle sobre o uso de suas informações e sobre as decisões educacionais que os afetam diretamente. A justiça implica na garantia de acesso equitativo às oportunidades educacionais proporcionadas pela IA, evitando a discriminação ou o favorecimento indevido de grupos específicos (Baltar, 2014).
A beneficência busca assegurar que o uso da IA contribua positivamente para o processo de ensino e aprendizagem, enquanto a não maleficência enfatiza a importância de evitar danos potenciais, como a violação da privacidade ou o reforço de vieses (Bauer; Gaskell, 2015). Um dos desafios éticos específicos no uso da IA na educação diz respeito à privacidade dos dados e ao consentimento informado.
Eysenck; Eysenck (2018), ressaltam a relevância de destacar elementos voltados para a proteção dos dados de crianças e adolescentes, dado que a cibercultura é caracterizada pela plataformização, dataficação e performance algorítmica, possibilitando a coleta em larga escala de dados através das plataformas tecnológicas. Esta observação destaca a importância crucial de proteger as informações pessoais dos alunos e assegurar que o consentimento para a utilização desses dados seja obtido de forma clara e esclarecida (Boulay, 2013).
Por mais promissora que seja, a IA também enfrenta desafios éticos consideráveis que precisam ser abordados para evitar impactos negativos na sociedade. O uso de dados enviesados no treinamento de algoritmos, por exemplo, pode resultar em decisões injustas em áreas como recrutamento, crédito financeiro e até mesmo segurança pública (Goemann, 2022).
Um caso emblemático ocorreu nos Estados Unidos, onde um sistema de IA utilizado em sentenças judiciais foi acusado de reforçar preconceitos raciais. Além disso, questões de privacidade são uma preocupação crescente, especialmente em plataformas digitais que coletam dados sensíveis sem o consentimento explícito dos usuários. Segundo a Electronic Frontier Foundation (EFF), a transparência e a regulamentação são fundamentais para garantir que a IA seja usada de maneira ética e responsável (Baltar, 2014).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo ressalta o potencial da Inteligência Artificial e da inclusão digital para aprimorar a qualidade, eficácia e equidade na educação. Contudo, é evidente que existem muitos obstáculos e obstáculos a serem superados para assegurar que essas tecnologias favoreçam todos os estudantes e fomentem a inclusão em contextos educacionais. A aplicação das sugestões discutidas nesta seção pode auxiliar na superação desses obstáculos e potencializar o uso da Inteligência Artificial e da inclusão digital no âmbito educacional.
Estudos futuros devem prosseguir na exploração das melhores práticas e táticas para incorporar essas tecnologias de maneira eficaz, assegurando que todos os estudantes, independentemente de suas origens e condições, possam ter acesso a inovações educacionais efetivas. Ao incorporar a Inteligência Artificial na educação de maneira inclusiva e justa, conseguimos fomentar a inclusão digital e assegurar que todos os estudantes, sem distinção de localização, status socioeconômico ou necessidades individuais, possam ter acesso a um ensino de alto padrão.
Contudo, é necessário superar os obstáculos e obstáculos à aplicação da Inteligência Artificial, tais como infraestrutura digital, capacitação docente e questões éticas, para assegurar que essas tecnologias favoreçam todos os estudantes e não acentuem as desigualdades já presentes.
Ademais, é crucial envolver os interessados pertinentes, como educadores, formuladores de políticas, criadores de tecnologia e comunidades locais, na execução e avaliação de soluções de Inteligência Artificial no âmbito educacional. Isso assegurará que a tecnologia se adapte às demandas e cenários particulares, sendo culturalmente sensível e adequada.
A capacidade da Inteligência Artificial e da inclusão digital no campo educacional é clara em diversos progressos e usos, tais como aprendizagem adaptativa, análise de aprendizado, sistemas de tutoria inteligente e aprimoramento de competências socioemocionais. Essas tecnologias têm o potencial de aprimorar a qualidade, eficácia e customização do ensino e aprendizado, contribuindo para a superação de obstáculos educacionais e a obtenção de oportunidades educacionais mais justas.
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¹Especialização em Neuropsicopedagogia – Universidade Federal do Rio Grande;
²Especialização em TEA e Transtornos Globais do Desenvolvimento – Facuminas;
³Especialização em Educação Especial e Inclusiva – Faculdade São Luís;
⁴Licenciatura em Pedagogia – Faculdade Unica;
⁵Licenciatura em Pedagogia – Universidade de Cuiabá;
⁶Graduação em Pedagogia – Universidade Federal de Goiás (UFG);
⁷Especialização em Educação Especial e Inclusiva – Faculdade São Luís;
⁸Mestranda no PROFEI – UNEMAT;
⁹Mestranda em Engenharia de Produção – Universidade Tecnológica Federal do Paraná;
¹⁰Mestrando em Engenharia de Produção – Universidade Tecnológica Federal do Paraná;
¹¹Especialização em Psicopedagogia – FAVENI;
¹²Doutorando em Sociologia – IUPERJ/UCAM;
¹³Doutora em Ecologia e Evolução da Biodiversidade – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS).