INTEGRAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES NA MUSCULAÇÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10116549


Mateus da Silva Marques¹
Victor Gabriel Santana²
Alessandra Balbi da Silva³


RESUMO

Este estudo tem como objetivo explanar as dificuldades para a inclusão de deficientes físicos na musculação, onde foco em limitações nos membros superiores e inferiores. A metodologia adotada consiste em uma revisão bibliográfica detalhada, abrangendo fontes de pesquisa relevante incluindo artigos científicos, livros e documentos de organizações relacionadas à inclusão adaptada. A síntese das informações coletadas visa fornecer uma compreensão abrangente das estratégias, técnicas e abordagens que podem ser utilizadas para tornar a musculação mais acessível e inclusa para indivíduos com deficiências nos membros superiores e inferiores.

Palavras-chave: Inclusão, deficiência física, atividade física, benefício da musculação.

ABSTRACT

This study aims to explain the difficultes in including physically disabled people in Bodybuilding. The methodology adopted consists of a detailed bibliographical review, covering relevant research sources, including scientific articles, books and documents from organizations related to inclusion and adapted Bodybuilding. Synthesis of the information collectd aims to provide a comprehensive understanding of the strategies, techinques and approaches that can be used to mak Bodybuilding more accessible and inclusive for individuals with Upper and lowerlimb disabilites.

Keywords: Inclusion, physical disability, benefit of bodybuilding.

1. INTRODUÇÃO

O princípio fundamental de equidade e igualdade de oportunidades da Educação Física exige a inclusão e adaptação de pessoas com deficiência. No entanto, a ausência de adaptações adequadas dificulta o seu envolvimento ativo, dificultando o seu acesso aos benefícios físicos, mentais e sociais da atividade física.

O foco deste estudo é a ausência de instruções inequívocas e completas sobre como modificar os cursos de Educação Física para atender alunos com deficiências nos membros superiores e inferiores. Na ausência dessa orientação, existe a possibilidade de práticas defeituosas ou de exclusão inadvertida de alunos com deficiência, comprometendo o seu crescimento físico e psicológico (MELO; MUNSTER, 2016).

A questão da prática desportiva entre indivíduos com deficiência física é particularmente preocupante. Muitos desses indivíduos vivenciam o ostracismo social, enquanto outros sentem uma sensação de inadequação devido à sua educação ou experiências passadas. Além disso, podem não ter conhecimento das vantagens de um treinamento físico adequadamente estruturado e sob orientação de especialista qualificado, o que os leva a evitar qualquer forma de atividade física em sua rotina diária (MELO; MUNSTER, 2016).

Investigar e compreender as estratégias de adaptação e as melhores práticas para promover a inclusão eficaz de alunos com deficiências nos membros superiores e inferiores nas alunas de Educação Física, visando proporcionar uma experiência educacional enriquecedora e igualitária.

Para garantir uma abordagem abrangente e sistemática, a metodologia deste estudo envolve uma revisão completa da literatura. Serão pesquisadas bases de dados acadêmicas como “inclusão de deficientes físicos”, “adaptação em Educação Física” e “deficiências em membros superiores e inferiores”, juntamente com outras frases relacionadas. O estudo considerará artigos científicos, livros, diretrizes e documentos de organizações de saúde e educação. A seleção dos estudos será baseada em três critérios: relevância para o tema, qualidade metodológica e relevância da informação. A análise de dados recolhidos fornecerá informações e orientações valiosas para a adaptação eficaz da Educação Física aos alunos com deficiência de membros superiores e inferiores, facilitando a inclusão e promovendo o bem-estar (MELO; MUNSTER, 2016).

A prática da musculação é claramente reconhecida por todos os seus benefícios para a saúde e o condicionamento físico. Entretanto, o acesso a esses benefícios pode ser limitado para indivíduos que possuem deficiência nos membros superiores e inferiores.

Atualmente, há poucas orientações práticas da área da musculação adaptada e muitas vezes não abordam de forma abrangente as adaptações necessárias para indivíduos com deficiência nos membros superiores e inferiores.

Portanto, justificamos a relevância desse artigo de revisão para que mais profissionais possam ter subsídios teóricos na área.

2. DESENVOLVIMENTO

A oferta regular da atividade física e comumente limitada para pessoas com deficiência física, além disso, há escassez de profissionais capacitados para trabalhar com essa população.

Estas barreiras dificultam a capacidade das pessoas com deficiência de adotarem um programa de exercícios, superar o estigma e os equívocos que impedem esta população de levar um estilo de vida ativo, é crucial na resolução dos problemas decorrentes da atividade física. É fundamental redefinir a crença de que os indivíduos com deficiência não podem ser fisicamente ativos e adotar um estilo de vida sedentário (MELO; MUNSTER, 2016).

2.1. Atividade física para pessoas com deficiência

A atividade física adaptada é uma tarefa que pode ser considerada uma ocupação, pois carrega significado para o indivíduo que a prática e é categorizada nas esferas do lazer e da produtividade. É fácil observar que nossa conduta surge de posturas específicas que reforçam nossos métodos de passar o tempo. As frases que empregamos para descrever essas formas de utilizar ou desperdiçar o tempo (de acordo com a avaliação da pessoa) fazem parte do vocabulário cotidiano, que normalmente emprega as palavras “atividade” ou “ocupação” (DICKIE, 2011).

O termo “atividade” refere-se às diversas ações nas quais os indivíduos se envolvem se envolvem e à maneira como são regularmente conduzidas dentro de uma determinada cultura. Essas atividades são socialmente predeterminadas e existe um atendimento estabelecido de sua forma de execução. Como resultado, esta unidade de ação humana apresenta-se como padrão para a realização de movimentos e exercícios com etapas pré- determinadas (CREPEAU, 2011).

Segundo pesquisa de Melo e Munster (2016), os profissionais de educação física tendem a se sentir mal preparados para trabalhar com esse grupo de específico, evidenciando inadequações em sua formação.

A prática de atividade física melhora o estado físico, ao mesmo tempo que diminui os padrões comportamentais desadaptativos e estereotipados, bem como o comportamento agressivo e antissocial. Também melhora a força muscular, a resistência, a flexibilidade, o equilíbrio e a aptidão cardiovascular, conforme afirma (SILVA, 2013).

Segundo Furtado (2019), indivíduos que apresentam deficiências físicas ou cognitivas muitas vezes enfrentam obstáculos na hora de praticar exercícios físicos. Isto se deve ao fato de que suas deficiências são muitas vezes vistas como um obstáculo para tais atividades. Para que o exercício para todos (EFA) se torne uma parte onipresente na vida das pessoas com deficiência (PCD), é necessário desafiar os estereótipos sociais existente. A realização de pesquisas neste campo é essencial pois pode levara à tomada de medidas práticas para integrar a EPT como um componente vital na vida das PCD (MELO; MUNSTER, 2016).

Depois de analisar vários autores, é amplamente aceite que existe uma falta de investigação científica nesta área. Embora existam alguns estudos, eles não são suficientes para apoiar práticas eficazes baseadas em evidências para a EPT. Em um estudo realizado por Pestana (2018), constatou-se que o número de indivíduos sedentários com deficiência é significativamente maior, chegando a 10% acima da população geral. Enfatiza a importância dos programas de exercícios físicos para pessoas com deficiência, pois muitos profissionais da área não conhecem os benefícios.

É vital reconhecer as vantagens e os desafios da educação física inclusiva para pessoas com deficiência (PCD). Um dos principais desafios é a quantidade limitada de pesquisas realizadas neste campo. É crucial envolver os profissionais de Educação Física na geração de pesquisas baseadas em evidências que apoiem a prática da educação física inclusa. Além disso, a produção de pesquisas em língua portuguesa ainda mais inadequada, o que ressalta a necessidade de que essa área do conhecimento seja incorporada ao currículo tanto da graduação quanto da pós-graduação. Incentivar a produção cientifica nesta área do conhecimento é essencial (NIGHTINGALE, 2016).

O desenvolvimento dos esportes adaptativos no Brasil remonta a 1958, quando foram fundados o Clube dos Paraplégicos em São Paulo e o Clube do Optimismo no Rio de Janeiro. Esses clubes introduziram programas de ginástica médica que consistiam em exercícios corretivos e técnicas de prevenção destinadas a combater doenças. Como resultado, o esporte tem sido reconhecido como um meio de socialização e inclusão benéfica (PADRÃO, 2017).

Atualmente os jogos paralímpicos servem como uma exibição convincente da capacidade de superar e reabilitar indivíduos com deficiência. Servem também para estabelecer que a atividade física é possível para qualquer pessoa com deficiência quando munida de orientação especializada. Esta supervisão é imperativa não só para evitar lesões, também para revelar potenciais inexplorados.

Como cada indivíduo tem suas próprias limitações, não existe limite universal ou escolha superior. Cada pessoa deve avaliar e considerar as suas próprias necessidades e capacidades para determinar o curso de ação mais adequada, possibilidades e propostas pelos autores acima mencionados. A ausência de conhecimentos fundamentais sobre a população com deficiência tem apresentado um obstáculo significativo à concepção de iniciativas que possam facilitar sua integração na sociedade (SILVA; HENRIQUE; ROCHA, 2015).

Os profissionais escrupulosos e sem preconceitos em relação à deficiência devem compreender a busca por informações, análises e avaliações precisas do estado real e das capacidades das pessoas com deficiência. Além disso, a sociedade e suas diferentes facções devem compreender que cada situação é distinta e não pode ser abordada de uma forma geral. Portanto, sempre que possível, é crucial proporcionar oportunidades para que os indivíduos demonstrem as suas capacidades e potencial sem serem examinados ou categorizados com base em critérios pré-determinados.

No processo de inclusão, a convivência mencionada por P4 serve como uma ferramenta valiosa. Infelizmente, existe uma barreira não física que dificulta esse processo. Essa barreira está oculta nas palavras, no comportamento e no tratamento. Como observam Barboza e Dutra (2017), essa barreira está presente e é perceptível a forma os indivíduos são olhados e tratados. Já as deficiências físicas não podem passar despercebidas porque são evidentes na aparência, no tamanho e na funcionalidade, evidenciando as diferenças entre os indivíduos (BARBOZA; DUTRA, 2017).

O conceito de “ser e sentir-se deficiente” exige que não só o indivíduo com deficiência, mas também aqueles que o rodeiam, se esforcem por criar um ambiente de inclusão. Isso exige a possibilidade de se isolar. Quando uma pessoa com deficiência supera suas limitações e alcança independência e autonomia no seu cotidiano, ela redescobre sua dignidade (MARTINS; BARSAGLINI, 2011).

O retorno à vida cotidiana após adquirir uma deficiência (que é o caso dos quatros participantes deste estudo) revela mudanças além do físico.

Atitudes, opiniões, comportamentos e condutas tornam-se mais aparentes à medida que ocorrem.

Para P3, que não praticava atividade físicas antes de adquirir a deficiência, tornou-se um fator necessário para o seu desenvolvimento pessoal. Já P4, constatou que a atividade física aumentou a sua sensação de segurança tanto na reabilitação física quanto na emocional.

A ocupação de indivíduo tem grande importância em sua vida, pois contribui para sua identidade e sentimento de proficiência. As ocupações são classificadas com base nos desejos e preferências do indivíduo, sendo constituídas por três elementos integrante: forma, função e significado. Forma diz respeito aos aspectos visíveis da ocupação, tais como as características físicas que as distinguem, incluindo o ambiente em que é realizada, os padrões de movimento e a área. A função está sociada à praticidade das ocupações, pois algumas podem melhorar bem-estar e outras podem ter efeitos adversos. Por último, o significado de uma ocupação centra-se no valor que lhe é atribuído, é a criação simbólica que confere o significado às ocupações (CLARK, 2010).

Segundo Castro (2005), os indivíduos que praticam a atividade física adaptada muitas vezes a definem como uma forma de lazer. O lazer é comumente definido como uma atividade não obrigatória e ocasionalmente associada à sociedade de consumo, atividades recreativas ou eventos de massa. Esta definição restrita pode limitar as possibilidades de atividades de lazer, fazendo com que cada pessoa o que constitui lazer, como jogar futebol ou fazer jardinagem. Embora o futebol e a jardinagem possam ser considerados atividades de lazer, alguns podem considerá-los como trabalho. O que pode ser agradável para uma pessoa pode ser enfadonho ou desconfortável para outra. Assim, o conceito de lazer deve ser visto sobre duas perspectivas: tempo e atitude (MARCELINO, 2006).

Segundo Marcelino (2006) do parágrafo anterior, a faceta temporal do lazer refere-se à duração livre de obrigações profissionais, familiares, sociais e outras, e é designada para atividades recreativas. Essas atividades abrangem atividades que são realizadas no tempo livre, mas necessitam de uma conexão harmoniosa com o traço atitudinal. Este último diz respeito à disposição adotada no exercício da atividade e a relação que o indivíduo estabelece com a experiência. Essencialmente, nota o prazer derivado a atividade. O elemento atitudinal do lazer tem a capacidade de transfigurar todas as atividades e ocupações desempenhadas por um indivíduo.

Incorporar atividades que proporcionem prazer e satisfação ao lazer pessoal pode ser crucial, independentemente de também constituírem ou não o trabalho. Dessa forma, é possível eliminar quaisquer fatores que possam dificultar o seu lazer. (MARCELINO, 2006).

2.2. Benefícios da musculação para pessoas com deficiência física nos membros superiores e inferiores

A musculação vem sendo reconhecida e valorizada pelos seus benéficos para a saúde e o bem-estar físico. A musculação pode fazer seus músculos obterem força e resistência, ela também ajuda na postura corporal, controle de bexiga, incluindo partes motoras, equilíbrio, deslocamento.

Segundo (SCIMAGO, 2012), é importante lembrar que a musculação para deficientes físicos não deve ser feita sem supervisão de um profissional de educação física, para poder evitar lesões e poder ter um melhor desempenho nas execuções dos exercícios.

A prática diária da musculação promove vários benefícios e condicionamento físico, alguns desses benéficos são: aumento da força muscular: a musculação ajuda no desenvolvimento muscular e na capacidade funcional do dia a dia.

Melhora da Composição corporal: redução da gordura corporal e o aumento de massa magra, promovendo densidade muscular, aumento da densidade óssea: o treino de resistência pode fortalecer os ossos, reduzindo o risco de osteoporose.

Metabolismo melhorado: ajudando na perda de peso, e na manutenção de um peso saudável. Melhora postural e equilíbrio: fortalecimento muscular do coração, melhora da postura e do equilíbrio.

Porcentagem de lesões baixas: fortalecimento articular e muscular, podendo diminuir os riscos de lesões.

Gestão de doenças crônicas: o controle e melhoria de patologias, como hipertensões, diabetes, artrite etc. Bem-estar mental: a musculação vem sendo um fator importante que equilibra e reduz a ansiedade, combatendo a depressão.

Autonomia pessoal: melhora as atividades diárias, trazendo autonomia nos seus afazeres, como carregar objetos, ir ao banheiro e outros. Estética: evolução corporal, autoestima melhorada, aumento do círculo social.

A prática diária de atividades físicas teve fins principalmente estéticos por muito tempo. No entanto, atualmente, a importância dos exercícios físicos para a saúde é bem conhecida para pessoas com deficiência física, nesse sentido, a musculação já é considerada um esporte que proporciona grandes benefícios, tanto ao corpo quanto a mente do indivíduo (SCMAGO, 2012).

2.3. Legislação e direitos

A lei Brasileira de inclusão de pessoas com deficiências, também conhecida como “Estatuto da Pessoa com Deficiência”, é designada como Lei n° 13.146/2015. O seu principal objetivo é garantir que as pessoas com deficiência tenham oportunidades iguais para exercer os seus direitos e liberdades fundamentais, especialmente através da integração social.

O sistema jurídico brasileiro foi ajustado para aderir à Convenção Internacionalidade Nova York sobre pessoas com deficiência, o Brasil assinou e ratificou através do Decreto Legislativo n° 186 em 9 de julho de 2008, e promulgada através do decreto Legislativo n° 6.469 em 25 de agosto, 2009.

Esta convenção enfatiza o reconhecimento dos direitos humanos dos indivíduos com deficiência, bem como a proibição da descriminação contra ele em vários aspectos da vida, incluindo a educação, cuidados de saúde, habitação, serviços públicos e acesso à informação. visa também estabelecer as condições necessárias para garantir os direitos básicos destas pessoas, promovendo sua independência, liberdade e acessibilidade.

A Lei 7.853/1989 que trata da aceitação social e do reconhecimento dos direitos individuais e coletivos das pessoas com deficiência não abolida implicitamente. Contudo, o estatuto apresenta algumas semelhanças em seus artigos com a lei anterior. Notadamente, a Lei 13.146/2015 não acolheu a Lei 7.853/1989 em seu artigo 123. Em vez disso, a nova lei fez referência à anterior apenas em seu artigo 98, o que envolveu a modificação do artigo 3° da lei anterior.

Apesar dos esforços para salvar os direitos das pessoas com deficiência, a desigualdade em relação aos direitos fundamentais, que se aplicam a todas as pessoas, era evidente. Em linha com isso, a Lei 13.146/2015 visa prever medidas protetivas e equitativas para os direitos das pessoas com deficiência. A intenção da lei está delineada em seu primeiro artigo.

A lei 13.146/2015 busca proporcionar proteção e igualdade às pessoas com deficiência. Antes desta lei, apesar dos esforços anteriores para salvaguardar os seus direitos, havia uma discrepância óbvia no acesso aos direitos fundamentais que são inerentes a todos os indivíduos. Portanto, o promover a isonomia e a proteção dos direitos das pessoas com deficiência.

A Lei n° 7.405, 12 de novembro de 1985 torna obrigatória a colocação do “Símbolo internacional de acesso” em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadores de deficiência.

2.4. Atuação do profissional na musculação em relação às pessoas com deficência física nos membros superiores e inferiores

Nota-se que o profissional da Educação Física dentro dos salões de musculalção estão em falta, pois para atuar nessa área precisa-se de cautela e uma especialização, com tudo existem bons profissionais no mercado, o trabalho é admiravél, pois se trata de pessoas com deficiência.

Melhorando a parte física e motora destes indivíduos, tranzendo para o mesmo autonomia para tarefefas do dia á dia, uma atuação adequada para essse trabalho precisa-se de cursos capacitados e busca por conhecimento tóorico e prático, sendo assim o profissional estará 100% para sua atuação.

As pessoas com deficiência física nos membros superiores e inferiores são deixadas de lado quando o assunto é musculação, precisa-se de uma mudança no senário para que a integração ocorra e as mudanças apareçam.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão de deficientes físicos na Educação Física, como foco em adaptações para membros superiores e inferiores, é um tema de grande relevância e importância. Esta inclusão não só promove a igualdade de oportunidades, mas também contribui para o desenvolvimento significativamente físico, psicológico e social dos indivíduos com deficiências.

Conclui-se que a implementação de estratégias de adaptação, juntamente com a sensibilização e a formação adequada de educadores e profissionais de Educação Física, desempenha um papel crucial na criação de ambientes inclusivos. Através dessas adaptações, é possível oferecer experiências enriquecedoras e acessíveis, permitindo que os alunos com deficiências físicas desfrutem dos benefícios da atividade física, como a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento de habilidades motoras, a promoção da autonomia e construção de relações sociais.

Além disso, a inclusão na Educação Física não apenas quebra barreiras físicas, mas também atitudes sociais. Ela desafia estereótipos e preconceitos, promovendo a aceitação da adversidade e valorização das habilidades individuais. A inclusão é um passo importante em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.

No entanto é fundamental lembrar que a inclusão de deficientes físicos na Educação Física é processo contínuo que exige compromisso e adaptação constante. A pesquisa, o desenvolvimento de melhores práticas de saúde e famílias desempenham um papel fundamental na promoção de uma Educação Física verdadeiramente inclusa.

A inclusão de deficientes físicos na Educação Física, com a devida atenção aos membros superiores e inferiores, é um objetivo nobre que enriquece vida de todos os envolvidos. Ela reforça a importância da igualdade de oportunidades e da valorização das capacidades individuais, contribuindo para um ambiente educacional mais inclusivo, diversificado e enriquecedor.

REFERÊNCIAS

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1Graduando em Educação Física na Universidade Nilton Lins. AM-Manaus. Email: mmarques198@gmail.com

2Graduando em Educação Física na Universidade Nilton Lins. AM-Manaus. Email: victorgabrielsantanacruz7@gmail.com

3Orientador do curso de Educação Física na Universidade Nilton Lins. AM- Manaus. Email: alessandrabalbil@gmail.com / abalbi@nilton.br