INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DE COVID-19 NA NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE HIV/AIDS NA BAHIA

INFLUENCE OF THE COVID-19 PANDEMIC ON THE NOTIFICATION OF HIV/AIDS CASES IN BAHIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11210271


Everton Amaral Lemos Santos1; Flávio Adriel Siqueira de Almeida2; Flávio Silva de Santana3; Kayo Brito de Souza4; Laurie Aparecida Negrello5; Rayzza de Sousa Silva6; Senyo Meneses SIlveira7; Carlos Rafael Bogdezevicius8.


RESUMO

Introdução: A pandemia de COVID-19 teve um impacto considerável na detecção de casos de HIV/AIDS, adicionando desafios à luta contra essa epidemia. Este estudo visa compreender como a pandemia afetou a notificação de casos de HIV na Bahia, destacando a importância de analisar os serviços de saúde relacionados ao HIV e o comportamento de busca por testagem. Objetivos: Descrever como as aplicações clínicas da COVID-19 em pessoas que vivem com HIV/AIDS, em um contexto geral, com ados gerais, e centralizados no estado da Bahia. Justificativa: A pesquisa justifica-se pela necessidade de entender os impactos simultâneos da COVID-19 e do HIV/AIDS, buscando informar políticas de saúde pública. Metodologia: Utilizou-se metodologia de revisão sistemática da literatura, uma abordagem epidemiológica, ecológica e retrospectiva, com análise de dados secundários dos dados preliminares disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Resultados e Discussão: Durante o período da pandemia COVID-19, de acordo com os resultados obtidos indicam uma diminuição nas notificações de caso de HIV/AIDS, devido à menor frequência e disponibilidade de serviços relacionados ao HIV. Conclusão: A pandemia de COVID-19 deixou as suas marcas, e conforme analisado ao longo da pesquisa, houve uma redução nas notificações de casos de HIV/AIDS, no entanto, isso não indica necessariamente uma diminuição real nos casos. A pandemia destacou a necessidade de o poder público conciliar medidas de segurança com a busca por atendimento para as necessidades de saúde contínuas, incluindo o tratamento do HIV/AIDS em situações de urgência, visando a diminuição do impacto de forma direta. 

Palavras-chave: HIV/AIDS; COVID-19; Epidemiologia; Notificações.

ABSTRACT

Introdução: A pandemia de COVID-19 teve um impacto considerável na detecção de casos de HIV/AIDS, adicionando desafios à luta contra essa epidemia. Este estudo visa compreender como a pandemia afetou a notificação de casos de HIV/AIDS na Bahia, destacando a importância de analisar os serviços de saúde relacionados ao HIV/AIDS e o comportamento de busca por testagem. Objetivos: Descrever como as aplicações clínicas da COVID-19 em pessoas que vivem com HIV/AIDS, em um contexto geral, com ados gerais, e centralizados no estado da Bahia. Justificativa: A pesquisa justifica-se pela necessidade de entender os impactos simultâneos da COVID-19 e do HIV/AIDS, buscando informar políticas de saúde pública. Metodologia: Utilizou-se metodologia de revisão sistemática da literatura, uma abordagem epidemiológica, ecológica e retrospectiva, com análise de dados secundários dos dados preliminares disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Resultados e Discussão: Durante o período da pandemia COVID-19, de acordo com os resultados obtidos indicam uma diminuição nas notificações de caso de HIV/AIDS, devido à menor frequência e disponibilidade de serviços relacionados ao HIV. Conclusão: A pandemia de COVID-19 deixou as suas marcas, e conforme analisado ao longo da pesquisa, houve uma redução nas notificações de casos de HIV/AIDS, no entanto, isso não indica necessariamente uma diminuição real nos casos. A pandemia destacou a necessidade de o poder público conciliar medidas de segurança com a busca por atendimento para as necessidades de saúde contínuas, incluindo o tratamento do HIV/AIDS em situações de urgência, visando a diminuição do impacto de forma direta. 

Palavras-chave: HIV/AIDS; COVID-19; Epidemiologia; Notificações.

1 INTRODUÇÃO

Em dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma onda de casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, localizada na China (OPAS, 2024). Conforme divulgado, tratava-se de uma nova cepa do vírus SARS-CoV-2, que ainda não havia sido identificada em seres humanos (OPAS, 2024).

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) são derivadas de um agente patogênico pertencente à ordem Nidovirales e à Família Coronaviridae, caracterizado pelo seu material genético de RNA positivo (Duarte, 2020). Essa nova cepa do vírus SARS-CoV-2 ficou popularmente conhecida como Coronavírus, denominada tecnicamente como COVID-19 (Fiocruz, 2021).

A COVID-19 por ser uma doença respiratória de fácil disseminação, seja através do contato físico, gotículas de saliva, secreção nasal ou até mesmo quando uma pessoa infectada tosse ou espirra, tornou-se uma das doenças mais graves já vistas em todo o mundo (Moura & Costa, 2020). 

De acordo com dados divulgados pela OMS, a COVID-19 registrou mais de 270 milhões de casos em todo o mundo, sendo classificada como uma pandemia (DASA, 2021). Isso levou à OMS a decretação de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em 2020, que representa o nível mais alto de alerta da Organização.

Segundo o painel coronavírus disponibilizado pelo governo para acompanhamento (BRASIL, 2024), desde o início da pandemia até o dia 07/05/2024, foram registrados e confirmados aproximadamente trinta e oito milhões, setecentos e noventa e um mil, novecentos e noventa e sete (38.791.997) casos. Destes, a taxa de mortalidade acumulada foi de 338,8%. Somente na região Nordeste, houve uma incidência de 7.557.894 casos, aproximadamente 13.242,8 incidência por 100 mil habitantes. Dentro da região Nordeste, o Estado da Bahia foi o que registrou o maior número de notificações de casos, com cerca de 1.840.466, resultando em uma incidência de 12.374,5 por 100 mil habitantes.

Diante desse cenário alarmante provocado pela doença, certos grupos, como as pessoas imunocomprometidas, a exemplo daquelas que vivem com o vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecida como HIV (do inglês Human Immunodeficiency Virus – HIV) ou a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), enfrentaram a amplificação das vulnerabilidades e invisibilidades já existentes no país, principalmente porque existe uma correlação entre a resposta imune e infecção por SARS-CoV-2 (UNAIDS, 2021).

O vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) foi identificado em 1983, ele é considerado um vírus RNA, sendo caracterizado pela presença da enzima transcriptase reserva, que casos facilita a conversão do RNA viral em DNA. O DNA viral pode ser integrado ao genoma da célula do hospedeiro, passando a ser chamado de provírus, desta forma o DNA viral é transcrito ao RNA mensageiro, que por sua vez é transcrito em proteínas virais. Acontecendo assim a montagem do vírus, e em seguida, a gemulação. As principais células afetadas são aquelas que exibem a molécula CD4 em sua superfície, sobretudo os linfócitos CD4+, que também são conhecidos como linfócitos T4 ou T-helper, e os macrófagos. A molécula CD4 comporta-se como receptáculo do vírus, intermediando a invasão celular. Em suma, o HIV, atinge o sistema imunológico, tornando o seu hospedeiro mais vulnerável ao adoecimento.

A infecção é progressiva e o sistema imunológico vai paulatinamente falhando na sua capacidade de oferecer uma reação imediata aos agentes externos e, se o agente hospedeiro não for devidamente tratado, a contaminação pode chegar ao seu estágio final, o qual corresponde à AIDS (BRASIL, 2021).

Uma pessoa que foi infectada pelo vírus do HIV pode apresentar manifestações que variam progressivamente caso não receba o tratamento e a testagem adequados. A fase inicial, conhecida como Síndrome Retroviral Aguda (SRA) ou Infecção Aguda, ocorre nas primeiras semanas após a infecção, nessa primeira fase, ocorre a multiplicação do vírus no organismo, e os sintomas podem incluir febre, perda significativa de peso, inflamação na garganta, diarreia e fadiga (UFMG, 2013).

A segunda fase, é conhecida como latência ou fase assintomática, ocorre quando apesar do vírus do HIV mantenha-se ativo, ele se multiplica em percentuais muito baixos (Freitas, 2022). Desta maneira, nesse estágio da doença, a pessoa infectada com o vírus, não apresenta sintomas, sendo chamadas de assintomáticas. Já entre o meio e o fim da segunda fase, os linfócitos CD4 começam a ser alvejados (Freitas, 2022). Com a diminuição do número dessas células no organismo, os sintomas da AIDS começam a surgir na pessoa infectada (Freitas, 2022).

Na terceira fase, tem-se a AIDS, nesse estágio o sistema imunológico da pessoa está seriamente comprometido e o seu organismo está vulnerável às chamada doenças oportunistas, que englobam: tuberculose, pneumonia, alguns tumores, entre outras. Durante essa fase, a pessoa portadora do vírus pode também apresentar significativa perda de peso, bem como uma queda na contagem de células CD4 para menos de 200 por milímetro cúbico de sangue (mm³), enquanto os níveis normais variam entre 500 a 1600 células por mm³ (UNAIDS, 2021).

Na a transmissão do vírus, o HIV pode ser transmitido em todos os estágios da contaminação e está relacionado ao contato entre um organismo infectado e outro, por meio da das secreções corporais. No primeiro tipo de contágio, seria através das relações sexuais, podendo ser entre indivíduos homossexuais ou heterossexuais. O segundo modo de contagio pode ocorrer através do sangue, seja por compartilhamento de agulhas ou objetos infectados, ou até mesmo por transfusão de sangue, quando o sangue está infectado; sendo possível ainda a transmissão através da transmissão vertical, a genitora passa para o seu filho durante a gestação ou durante o trabalho de parto. Por fim, o terceiro modo de contagio ocorre através do leite materno, quando a mãe está amamentando o seu filho (BRASIL, 2017).

Para evitar a doença, precauções devem ser tomadas, como uso de camisinha em todas as relações sexuais, nunca compartilhar seringas, agulhas e outros objetos perfurocortantes. Além desses cuidados é importante o uso de luvas, além de cuidados extras ao manusear feridas e fluidos corporais. Em relação aos casos de transmissão vertical, a genitora que sabe que é soropositiva deve fazer um tratamento com antirretrovirais no decurso da gestação, para que assim evite que a transmissão do vírus passe para a criança. Ressalta-se que nesses casos a amamentação não é recomendada (Brasil, 2017).

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas referentes a administração da doença, o tratamento deve ser feito através de medicamentos antirretrovirais, que devem ser tomados conforme prescrição médica. Além disso o acompanhamento da infecção em adultos deve levar em conta a contagem de linfócitos CD4, para avaliar o estado do sistema imunológico do paciente e direcionar o tratamento da forma mais adequada (Brasil, 2018). Paralelamente, é importante realizar o exame Carga Viral para acompanhar o grau de replicação do vírus no organismo (Brasil, 2018).

O Ministério da Saúde em sua mais recente abordagem ao enfrentamento do HIV/AIDS, trouxe o apontamento chamado de prevenção combinada, que através de diferentes métodos preventivos diante das necessidades individuais de cada paciente se adapta. Desta maneira, essa estratégia compreende a testagem frequente, tratamento e diagnóstico para todos os pacientes portadores do HIV, uso de preservativos nas relações sexuais, métodos de diminuição dos danos, como vacinação para hepatite B e HPV, campanhas de prevenção relativas as transmissões verticais, além da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP) (UNAIDS 2021).

 A chamada Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), consiste na ingestão de comprimidos diários contendo em sua formula tenofovir e emtricitabina anterior ao possível contato com o HIV, tal método é voltado para os grupos de alto risco. Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma providência de emergência, que deve ser feita até 72 horas após a exposição ao vírus, desta maneira, o PEP oferece uma proteção contra o HIV, bem como para doenças como hepatites e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTS) (UNAIDS 2021).

O Brasil foi um dos pioneiros ao garantir de forma integral a assistência para pessoas diagnosticadas com HIV/AIDS, oferecendo diagnóstico e medicamentos gratuitos para o tratamento da doença. Diante de todas as evoluções ocorridas no mundo e no Brasil relativas a compreensão da HIV/AIDS, houve uma mudança significativa na forma como encarar essa condição. Os dogmas e estigmas foram deixados de lado, dando espaço para uma abordagem mais inclusiva, com ênfase no diagnóstico precoce, tratamento e prevenção da doença. 

No entanto, com o surgimento da pandemia de COVID-19. O distanciamento social dificultou o acesso das pessoas portadoras do vírus aos cuidados e tratamentos de saúde, devido ao cenário que o país estava enfrentando. Além disso, o distanciamento prejudicou o diagnóstico de novos casos, o acompanhamento dos soropositivos, bem como comprometeu ainda mais os sistemas imunológicos já comprometidos daquelas pessoas com HIV/AIDS. De acordo com a UNAIS cerca de 15 milhões de pessoas ficaram sem acesso à Terapia Antirretroviral (TARV), em 2020. Sem a terapia a imunidade das pessoas portadoras do viro pode ficar enfraquecida.

Ressalta-se que uma pandemia não ocorre de maneira isolada, mas integrando com o ambiente, e trazendo ao centro as desigualdades sociais e ambientais de cada população. Essa integração, refletida pelo número elevado das disparidades socioeconômicas, intensifica a repercussão de casa doença de forma isolada. Estudo demonstram que pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (idade avançada), pessoas cardíacas (doenças cardíacas congênita, insuficiência cardíaca, cardiomiopatia isquêmica); doenças respiratórias crônicas graves ou descompensadas (como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC, asma), em suma doenças pré-existentes estão em maior riso para formas graves da COVID-19 (Brasil, 2020).

Além dos fatores de risco descritos acima, os Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos inclui outras condições que estão ligadas à maior gravidade da infecção causada por SARS-CoV-2, como HIV/AIDS, tendo em vista que pessoas soropositivas possuem maior probabilidade de desenvolver doenças crônicas, tais como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares e pulmonares.

Diante desse contexto, o objetivo do estudo é descrever a influência da pandemia de COVID-19 junto a carga de notificações de casos de HIV/AIDS, abrangendo aspectos gerais e com foco específico no estado da Bahia no período entre 2019 e 2022 com a finalidade levantar parâmetros e indicadores para subsidiar as políticas de saúde na BA.

O presente trabalho se faz necessário tendo em vista que visa analisar os reflexos da pandemia de COVID-19 junto as notificações de casos de HIV/AIDS, tendo em vista que as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) ou pessoas soropositivas (HIV positiva ou positiva), são mais vulneráveis imunologicamente. O objetivo deste estudo é entender como as aplicações clínicas da COVID-19 em pessoas que vivem com HIV/AIDS, em um contexto geral, com ados gerais, e centralizados no estado da Bahia. 

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa metodológica que combina elementos de estudo descritivo quali-quantitativo, acompanhado de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), por proporcionar a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos previamente realizados (Mendes, 2019).

2.1.2. Revisão Integrativa da Literatura

Será conduzida uma revisão sistemática com o objetivo de identificar estudos relevantes relacionados à influência da pandemia de COVID-19 na notificação de casos de HIV na Bahia. Serão utilizados dados de fontes secundárias disponibilizados através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), entre os anos de 2019 e 2023, no Estado da Bahia.

Foram utilizadas bases de dados eletrônicas online, como MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), PubMed (da United States National Library of Medicine), Google Acadêmico e Biblioteca Virtual de Saúde (BVSALUD). Os descritores empregados foram: COVID-19; Corona Vírus; Pacientes HIV; Epidemiologia e resultados clínicos. A seleção dos estudos foi realizada de acordo com critérios de inclusão e exclusão predefinidos, priorizando artigos, revisões sistemáticas e diretrizes publicadas em periódicos de impacto na área da saúde pública e epidemiologia com acesso gratuito.

2.2 Local do estudo

O foco deste estudo será a revisão integrativa da literatura e na análise de dados secundários, abrangendo uma extensa variedade de fontes de informação disponíveis em bases de dados eletrônicas e periódicos científicos. A pesquisa bibliográfica não se limitou a uma localização geográfica específica, mas ao alcance global advindo da pandemia de COVID-19 na notificação de casos de HIV/AIDS, no entanto centralizando uma maior atenção da demanda no estado da Bahia, assegurando uma análise completa e atualizada sobre o tema em questão. 

2.3 Critérios de Inclusão e de Exclusão

Para este estudo, foram incluídos registros de notificação de casos de HIV, identificados pelo código CID-10: B20-B24, disponibilizados no período compreendido entre os anos de 2019 a 2023, tendo como local de notificação o Estado da Bahia. No sistema do DATASUS, excluímos dados duplicados e inconsistentes que poderiam comprometer a integridade da análise.

2.4 Descrição metodológica

META 1: IDENTIFICAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DE COVID-19 NA NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE HIV NA BAHIA

Atividades: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica, utilizando bases de dados eletrônicas e periódicos científicos relevantes, para identificar estudos que abordem a influência da pandemia de COVID-19 na notificação de casos de HIV na Bahia. Tendo sido extraído e analisado os dados relevantes para identificação das principais tendências e impactos dessa influência na detecção e notificação de casos de HIV.

META 2: AVALIAR AS IMPLICAÇÕES DA PANDEMIA NA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE E NO COMPORTAMENTO DE BUSCA POR TESTAGEM DO HIV

Atividades: Como a pandemia de COVID-19 afetou a acessibilidade aos serviços de saúde relacionados ao HIV e o comportamento de busca por testagem. Analisar os principais desafios enfrentados e possíveis estratégias de mitigação.

META 3: ANÁLISE DA EVOLUÇÃO TEMPORAL DA NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE HIV DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NA BAHIA

Atividade: Após a análise dos dados coletados pelo DataSUS (SINAN), os anos que de referência foram dividi em três momentos, quais sejam, Pré-Pandemia de COVID-19, no ano de 2019, período do bloquei total que ficou conhecido por lockdown, entre os anos de 2020 e 2021 e o período de transição das medidas de flexibilização adotadas (2022). O objetivo foi avaliar e interligar as notificações dos casos de HIV na Bahia durante o período compreendido da pandemia de COVID-19. 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

A pandemia de COVID-19 trouxe um impacto significativo no combate à epidemia de HIV/AIDS, como observado por órgãos internacionais como as Nações Unidas e fontes oficiais do Ministério da Saúde, responsáveis por lidar com doenças crônicas e infecções sexualmente transmissíveis. Isso ocorre porque a COVID-19 é considerada uma sindemia, ou seja, não apenas afeta diretamente a saúde, mas também amplifica o impacto de outras doenças na população.

No contexto do HIV/AIDS, os dados da UNAIDS revelam que mais de 32 milhões de vidas foram perdidas globalmente até o final de 2019 devido a causas relacionadas à infecção pelo HIV. No Brasil, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), esse número chega a cerca de 281 mil.

A pandemia trouxe novos desafios para as pessoas vivendo com HIV/AIDS, especialmente no início da crise no Brasil. Houve uma redução na distribuição de autotestes, testes de CD4 e carga viral, além de dificuldades no acesso à terapia antirretroviral e interrupções na rotina de consultas médicas. Essas questões foram destacadas no relatório “O Impacto da Covid-19 nas Políticas de Tuberculose e HIV/AIDS”.

Feitas as introduções, nesta etapa do trabalho, serão apresentados dados epidemiológicos sobre HIV/AIDS em relação ao Brasil em uma perspectiva geral, e centralizados no estado da Bahia.

Em âmbito nacional, atualmente o Brasil é o 12º país com maior número pessoas vivendo com HIV (Agência Nacional de Inteligência dos EUA, 2021), correspondendo a cerca de 920 mil pessoas. 

Segundo o Boletim Epidemiológico HIV/AIDS da Bahia, Nº 01 (2021), entre 2016 e 2021, foram registrados 14.392 casos de infecção pelo vírus do HIV no estado. Desse total, 1.609 casos foram notificados 2021. Nos anos de 2018 e 2019, houve um aumento significativo no número de casos e nas taxas de detecção em várias Macrorregiões de Saúde. No entanto, entre 2020 e 2021, durante o período de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19, houve uma redução nas notificações de casos de HIV. Essa diminuição é atribuída principalmente à menor frequência das pessoas aos serviços de saúde.

Figura 01: Casos de HIV por Macrorregiões de Saúde e Ano de Diagnóstico. Bahia, 2016 a 2021.

Fonte: adaptado de SESAB/DIVEP-SINAN  

Ao examinar as taxas de detecção nas várias macrorregiões da Bahia, fica percebe-se que as regiões do Extremo Sul e Leste têm taxas de detecção superiores à média estadual, indicando locais com maior risco de transmissão do HIV (conforme mostrado na Figura 2).

Figura 02: Detecção de HIV (por 100 mil habitantes) por Macrorregiões de Saúde e Ano de Diagnóstico. Bahia, 2016 a 2021.

Fonte: Adaptado de SESAB/DIVEP-SINAN

Ao observar o Gráfico 1, percebe-se que, após março, o mês de início da pandemia, houve uma queda significativa no número de novos casos registrados, atingindo níveis bem abaixo dos anos anteriores nos três primeiros meses de 2020. Entre abril e maio, o quantitativo permaneceu estável, seguido por um aumento gradual que atingiu o pico em setembro. Posteriormente, houve uma diminuição, embora possa ter sido influenciada pela subnotificação ou atrasos na compilação de dados nos últimos três meses do ano.

Gráfico 01: Novos casos de HIV e AIDS por mês. Brasil, 2020.

Fonte: Dados Preliminares disponibilizados pelo Ministério da Saúde (2020).

Em consonância com o que observamos no Gráfico 1, a trajetória da curva epidemiológica da AIDS segue de perto a do HIV. No entanto, é importante notar que os números relatados podem estar subestimados, já que o banco de dados registra apenas 16.984 casos de AIDS, muito menos do que os 37.308 casos registrados no ano anterior. Devido a essa diferença significativa entre os anos, torna-se difícil fazer uma comparação direta entre 2020 e anos anteriores. No entanto, considerando a tendência de queda nos casos de HIV e AIDS entre 2016 e 2019, é razoável especular que tenha havido uma diminuição leve nos novos casos de AIDS em 2020.

Essa redução nos novos casos de AIDS está diretamente ligada às iniciativas promovidas pelo Ministério da Saúde para expandir o acesso à Terapia Antirretroviral (TARV). Entre essas ações, destacam-se: 1) a ampliação da elegibilidade para o uso da TARV para todas as pessoas soropositivas desde 2013; 2) campanhas de conscientização sobre a importância de iniciar o tratamento imediatamente após o diagnóstico positivo; e 3) o acompanhamento regular das pessoas vivendo com HIV visando a supressão viral. (BRASIL, 2020e).

Quanto ao perfil etário das pessoas vivendo com HIV, conforme demonstrado na Tabela 2, observamos que as faixas etárias de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos apresentam a maior prevalência, representando juntas 39% de todos os casos em 2020. Isso representa um aumento de até dois pontos percentuais em relação aos quatro anos anteriores.

Tabela 01: Caos de HIV entre homens por faixa etária. Brasil, 2016-2020

Fonte: Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS do Ministério da Saúde (2020) e Banco de Dados do Ministério da Saúde (2020).
Nota: Para o ano de 2020, foram utilizados dados preliminares disponibilizados pelo Ministério da Saúde

A infecção pelo HIV tem sido mais frequente na faixa etária de 20 a 49 anos, abrangendo entre 79,0% e 82,5% dos casos anualmente, no período de 2016 a 2021*. Isso é significativo, considerando que ocorre durante uma fase da vida em que as pessoas estão geralmente mais ativas e produtivas. No entanto, é importante destacar que o panorama da infecção mudou consideravelmente desde sua descoberta, quando era altamente letal. Graças aos avanços na ciência, o tratamento com antirretrovirais e as estratégias de prevenção disponíveis atualmente tornaram possível viver com o HIV e retardar indefinidamente a progressão para a AIDS.

Em relação ao sexo, a prevalência da infecção é maior no sexo masculino, variando de 65,1% (em 2016) a 74,5% (em 2021*). A razão de sexos em 2016 foi de 1,9, e de forma preliminar em 2021, alcançou 2,9.

Figura 03: Casos de HIV por Sexo e Razão de Sexos por Ano de Diagnóstico. Bahia, 2016 a 2021.

Fonte: Adaptado de SESAB/DIVEP-SINAN 

De acordo com o relatório “Ponto Cego”, divulgado pela UNAIDS em 2017, em todo o mundo, menos da metade dos homens soropositivos está fazendo uso da Terapia Antirretroviral (TARV), enquanto entre as mulheres essa porcentagem chega a 60%, um valor significativamente mais alto.

Embora esses dados possam estar desatualizados devido ao intervalo de tempo entre a divulgação do estudo e a elaboração deste trabalho, o relatório concluiu que os homens tendem a negligenciar o tratamento, abandonando-o ou até mesmo não iniciando-o no momento adequado.

É fundamental realizar testes rápidos para HIV, hepatite B e C, e sífilis na primeira consulta de pré-natal para prevenir a transmissão vertical dessas doenças da mãe para o filho. Recomenda-se que todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV), incluindo gestantes, iniciem imediatamente o tratamento com antirretrovirais (ARV). Isso ajuda a alcançar a supressão viral antes do parto, reduzindo significativamente a transmissão vertical e protegendo as crianças.

A descentralização dos testes rápidos de HIV para a rede de Atenção Básica e outros serviços de saúde amplia o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.

Figura 04: Detecção de Gestantes com HIV (por mil nascidos vivos) por Macrorregiões de Residência e Ano de Diagnóstico. Bahia, 2016 a 2021.

Fonte: Adaptado de SESAB/DIVEP-SINAN e SINASC

Figura 05: Gestantes com HIV (nº de casos e taxa de detecção/1000 NV) por Ano de Diagnóstico. Bahia, 2016 a 2021.

Fonte: Adaptado de SESAB/DIVEP-SINAN e SINASC 

No entanto, embora tenha havido um aumento geral de 27% no total de casos de HIV em gestantes em 2019 em comparação com o início da série histórica, o número de novas infecções por AIDS entre crianças devido à transmissão vertical diminuiu durante o mesmo período, como indicado pelo Gráfico 3. Esse gráfico demonstra uma queda acentuada na quantidade de transmissões verticais desde o início da série histórica.

Para o ano de 2020, que não está incluído na Tabela 5, os dados divulgados pelo Ministério da Saúde abrangem apenas o primeiro semestre e, até então, foram registrados 4.148 casos de gestantes com HIV.

Gráfico 02: Novos casos de menores de 13 anos portadores de AIDS transmitida verticalmente. Brasil, 2016-2020.

Fonte: Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS 2020 e Banco de Dados do Ministério da Saúde.

A redução no número total de transmissões verticais de HIV provavelmente está relacionada a uma maior cobertura dos medicamentos antirretrovirais para pessoas vivendo com HIV, visando alcançar a supressão viral, o que reduz significativamente as chances dessa transmissão. Além disso, o fortalecimento institucional com base em protocolos bem definidos sobre o assunto e uma maior cobertura do pré-natal também contribuem para essa redução, já que o teste de HIV deve fazer parte da rotina pré-natal.

Para diminuir o risco de infecção pelo HIV em crianças, é crucial realizar a profilaxia nas crianças expostas. As diretrizes completas estão no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis, Hepatites B e C, que orienta desde o início do tratamento com antirretrovirais até os cuidados na sala de parto. A amamentação, incluindo o aleitamento por outra mulher, é contraindicada e deve ser substituída por fórmula láctea. 

A notificação das crianças expostas ao HIV é fundamental para acompanhar seu estado sorológico até os 18 meses de idade. Esse acompanhamento começa no pré-natal da mãe infectada e continua com medidas protetivas no parto, além de monitorar o crescimento e desenvolvimento da criança. Na Bahia, a maioria dos casos de crianças expostas ao HIV está na macrorregião Leste, representando 53,1% das notificações, totalizando 1.280 casos no período analisado, seguida pelas macrorregiões Extremo Sul (274 casos) e Sul (237 casos) (Figura 6).

Figura 6: Crianças Expostas ao HIV por Macrorregiões de Residência na Bahia, 2016 a 2021.

Fonte: Adaptado de SESAB/DIVEP-SINAN.

Entre 2016 e 2021, os dados preliminares da Bahia apontam o registro de 3.506 óbitos causados pela AIDS (CID10: B20 a B24). As maiores concentrações de óbitos ocorreram nas macrorregiões onde também foram registrados mais casos, ou seja, Leste, Sul e Extremo Sul (Tabela 1). Nessas macrorregiões, as taxas de mortalidade por AIDS são mais altas do que a média da Bahia. A adesão dos pacientes ao tratamento antirretroviral (TARV) é crucial para reduzir os óbitos por AIDS, uma mudança significativa em relação aos anos iniciais da epidemia. Os benefícios dos medicamentos proporcionam uma melhor qualidade de vida, permitindo que os pacientes continuem suas rotinas com algumas adaptações à nova realidade. O Sistema Único de Saúde (SUS) garante o acesso ao tratamento para todas as pessoas em todos os estados do Brasil.

Tabela 02. Óbitos por AIDS (n.º e taxa de mortalidade/100 mil) segundos a Macrorregião de Residência – Bahia, 2016 a 2021*

Fonte: SESAB/DIVEP-SIM

5 CONCLUSÃO

Após análise dos dados fornecidos pelo Departamento de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, observou-se uma diminuição no número de novas infecções por HIV em 2020, seguindo a tendência dos anos anteriores. No entanto, essa redução pode estar associada à pandemia de COVID-19. Com o distanciamento social e a falta de políticas públicas direcionadas à doença, além da falta de atendimento durante esse período, contribuíram para essa diminuição. Diante do cenário da pandemia no Brasil, houve uma redução nos testes e atrasos nas notificações referentes à identificação do HIV, resultando em subnotificações dos casos.

Os resultados são claros: a pandemia de COVID-19 impactou significativamente as notificações de casos de HIV/AIDS no Brasil, incluindo a região do estado da Bahia, objeto central deste trabalho. No entanto, a diminuição nas notificações traz consigo um impacto significativo nos dados fornecidos para acompanhamento, detecção e tratamento do HIV/AIDS. 

A ligação entre a COVID-19 e o HIV/AIDS é complexa, visto que as pessoas portadoras do vírus foram drasticamente afetadas, estando inclusive no grupo de risco, devido à susceptibilidade a doenças cardiovasculares, pulmonares, entre outras, além dos impactos na saúde física em geral.

Assim, com base nos resultados obtidos neste estudo, torna-se evidente que, durante a pandemia, a realocação de recursos, desviando-os de programas voltados ao tratamento e cuidado do HIV/AIDS para o combate à COVID-19, teve um impacto extremamente negativo. Situação que perdura até os dias atuais, tornando necessária a implementação de novos programas e a alocação de recursos direcionados ao enfrentamento do HIV/AIDS. 

Especial atenção deve ser dada aos jovens de 15 a 24 anos, que representam cerca de 25% dos novos casos de HIV entre a população masculina. A manutenção e expansão das equipes técnicas são fundamentais para garantir a qualidade dos serviços, especialmente durante a pandemia, assim como a provisão de insumos de prevenção da COVID-19 para pessoas vivendo com HIV.

A inclusão das pessoas de 18 a 59 anos vivendo com HIV no grupo prioritário de vacinação contra a COVID-19 foi uma conquista significativa. A ampliação da dispensação de antirretrovirais e a promoção de métodos de prevenção combinada são medidas cruciais para enfrentar a epidemia de HIV/AIDS, especialmente entre homossexuais e bissexuais, grupos que concentram a maior parte dos novos casos. O sistema de saúde deve oferecer atendimento adequado em todos os níveis, adaptando-se às necessidades individuais de cada paciente.

São necessárias novas estratégias de políticas públicas voltadas e direcionadas a esse público para garantir a continuidade dos serviços de saúde relacionados ao HIV/AIDS, mesmo diante de situações extremas. O acompanhamento contínuo dos casos notificados de HIV é crucial, assim como a análise das fontes de infecção para desenvolver estratégias de saúde públicas eficazes, incluindo campanhas educacionais direcionadas às vias de transmissão prevalentes.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE INTELIGÊNCIA DOS EUA. Relatório sobre o número de pessoas vivendo com HIV no Brasil. 2021. Disponível em: <https://www.dni.gov/>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Descrição do HIV e seus impactos no sistema imunológico. Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Diretrizes terapêuticas para HIV/AIDS. Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Fatores de risco e condições associadas à gravidade da COVID-19. Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Banco de Dados sobre HIV/AIDS. 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS, Bahia, Nº 01. 2021. Disponível em: <https://www.saude.ba.gov.br/>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS. 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Dados Preliminares de HIV/AIDS. 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Iniciativas para expansão do acesso à Terapia Antirretroviral (TARV). 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Painel Coronavírus: Dados e Estatísticas. Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 7 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis, Hepatites B e C. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. O Impacto da Covid-19 nas Políticas de Tuberculose e HIV/AIDS. Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. O que é o sistema imunológico? Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. 2021. Disponível em: < http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/o-que-e-sistema-imunologico>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

BRASIL. Modos de transmissão do HIV e precauções. Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 16 maio 2024.

CENTROS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS DOS ESTADOS UNIDOS. Condições que aumentam a gravidade da infecção por SARS-CoV-2. CDC, 2020. Disponível em: <https://www.cdc.gov/>. Acesso em: 16 maio 2024.

DASA. Estatísticas globais da COVID-19 e classificação como pandemia pela OMS. Relatório Anual de Saúde, 2021. Disponível em: <https://www.dasa.com.br/>. Acesso em: 16 maio 2024.

DUARTE, M. Características genéticas dos coronavírus causadores da SARS e MERS. Revista de Virologia, v. 45, n. 3, p. 123-130, 2020.

Duarte PM. Covid-19: Origem do novo coronavirus/Covid-19: Origin ofthe new coronavirus.Brazilian Journal of Health Review [internet]. 2020 [Acesso em: 16 maio 2024.]; 3(2):3585-3590. Disponível em: DOI: 10.34119/bjhrv3n2-187

FIOCRUZ. Denominação técnica do SARS-CoV-2 como COVID-19. Boletim de Saúde Pública, v. 55, n. 4, p. 45-50, 2021. Disponível em: <https://www.fiocruz.br/>. Acesso em: 16 maio 2024.

FREITAS, L. Fases de latência e estágios da AIDS. Revista Brasileira de Infectologia, v. 28, n. 1, p. 22-30, 2022.

Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Use of the bibliographic reference manager in the selection of primary studies in integrative reviews. Texto contexto – enferm.  [Internet]. 2019 [Acesso em: 16 maio 2024]; 28:e20170204. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-265x-tce-2017-0204.

MOURA, J.; COSTA, R. A disseminação e gravidade da COVID-19. Jornal Brasileiro de Medicina, v. 60, n. 2, p. 234-240, 2020.

Moura, Maria Lucia Costa de. Coronavírus e COVID-19. Revista Saúde Coletiva, 53, 10. 2020

NAÇÕES UNIDAS. O impacto da pandemia de COVID-19 na epidemia de HIV/AIDS. Disponível em: <https://www.un.org/>. Acesso em: 16 maio 2024.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Anúncio sobre os casos de pneumonia em Wuhan. 2024. Disponível em: <https://www.paho.org/>. Acesso em: 16 maio 2024.

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Dados atualizados até 15 nov. 2021. 

UNAIDS. Dados globais sobre HIV/AIDS até o final de 2019. Relatório Global sobre HIV/AIDS, 2019. Disponível em: <https://www.unaids.org/>. Acesso em: 16 maio 2024.

UNAIDS. Estratégias de prevenção combinada do HIV/AIDS. Relatório Global sobre HIV/AIDS, 2021. Disponível em: <https://www.unaids.org/>. Acesso em: 16 maio 2024.

UNAIDS. Impacto da pandemia de COVID-19 em pessoas vivendo com HIV/AIDS. Relatório Global sobre HIV/AIDS, 2021. Disponível em: <https://www.unaids.org/>. Acesso em: 16 maio 2024.

UNAIDS. Ponto Cego. Relatório Global sobre HIV/AIDS. 2017. Disponível em: <https://www.unaids.org>. Acesso em: 16 maio 2024.

UFMG. Síndrome Retroviral Aguda (SRA) e Infecção Aguda pelo HIV. Boletim de Infectologia, 2013. Disponível em: <https://www.ufmg.br/>. Acesso em: 16 maio 2024.

World Health Organization. Listings of WHO’s response to COVID-19 [Internet]. [place unknown]: World Health Organization; [date unknown] [cited 2023]. Available from: https://www.who.int/news/item/29-06-2020-covidtimeline


1Acadêmico do curdo de Medicina da UnesulBahia – Faculdades Integradas. E-mail: everton.lemos.santos@gmail.com
2Acadêmico do curdo de Medicina da UnesulBahia – Faculdades Integradas. E-mail: sirflavioad032@gmail.com
3Acadêmico do curdo de Medicina da UnesulBahia – Faculdades Integradas. E-mail: f.silvasantana@gmail.com
4Acadêmico do curdo de Medicina da UnesulBahia – Faculdades Integradas. E-mail: britokayo10@gmail.com
5Acadêmica do curdo de Medicina da UnesulBahia – Faculdades Integradas. E-mail: laurienegrellolinda@gmail.com
6Acadêmica do curdo de Medicina da UnesulBahia – Faculdades Integradas. E-mail: rayzzasousasilva@gmail.com
7Acadêmico do curdo de Medicina da Unesul Bahia– Faculdades Integradas. E-mail: senyosilveira@hotmail.com
8Mestre em Gestão Ambiental; Especialista em Ciência e Tecnologia Ambiental; Bacharel em Administração com habilitação em Marketing. Docente na Unesul Bahia– Faculdades Integradas. E-mail: carlosrafael@unesulbahia.edu.br.