HISTÓRICO DO MEIO AMBIENTE E CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202505232148


Robertinho Vieira dos Santos1


RESUMO

O significado do conceito de sustentabilidade não surgiu de forma repentina, é resultado de uma longa jornada de aprendizado e reflexão sobre a relação entre o ser humano e o meio ambiente. Ou seja, ao longo da história, diferentes perspectivas e eventos moldaram o que hoje entendemos por sustentabilidade e seu significado amplo. O histórico do meio ambiente abrange a evolução das interações entre os seres humanos e a natureza ao longo do tempo. Esse tema é crucial para entender as questões ambientais atuais e os desafios que enfrentamos. Sustentabilidade é a capacidade de suprir as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades. Em outras palavras, é usar os recursos naturais de forma consciente e responsável, garantindo que eles estejam disponíveis para quem vier depois de nós. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo identificar o histórico do meio ambiente e o conceito de sustentabilidade que revela a complexa relação entre a humanidade e o planeta. Compreender essa trajetória é fundamental para desenvolver estratégias eficazes que promovam a sustentabilidade e a conservação dos recursos naturais para as futuras gerações. Para atingir este objetivo o percurso metodológico foi através de uma pesquisa bibliográfica e documental, reunindo informações de fontes pertinentes ao tema.

Palavras-chave: Sustentabilidade, Planeta, Meio ambiente.

INTRODUÇÃO

              Baseado nos preceitos do desenvolvimento sustentável, a Constituição Federal Brasileira denota a ideia de um ambiente equilibrado. É evidente que existe uma busca pelo bem-estar da população ao mesmo tempo em que se preserva os recursos naturais. 

              Assim, no Art. 225 da Constituição Federal estabelece o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e o dever de preservá-lo. Este artigo define que todos têm direito ao meio ambiente como um bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida.             

            Desde os primórdios da humanidade, há a relação homem-natureza, o homem necessita da natureza para sobreviver, extraindo dela o que é necessário para se alimentar, se abrigar e proteger, com a evolução da humanidade, novas necessidades foram surgindo, então o homem como “dominador” passa a explorá-la cada vez mais. 

            A questão do desenvolvimento sustentável vem ganhando espaço, como forma de ampliar este debate, surgem as conferências internacionais, que vão discutir a desigualdade social, o meio ambiente e a economia, foi em uma destas conferências que aparece pela primeira vez, o termo “Desenvolvimento Sustentável”, como um novo modelo de Desenvolvimento. 

            Trata-se de uma nova proposta de desenvolvimento, que previna a degradação ambiental e que tenha preocupações de cunho social. 

            Muitas mudanças econômicas, sociais e ambientais vêm ocorrendo nos últimos anos, transformando as realidades locais de territórios e comunidades. Surge, então, a preocupação com a garantia do bem-estar das futuras gerações, levando em conta a preservação do meio ambiente e a diminuição das desigualdades sociais e regionais. 

            A partir daí surge o Desenvolvimento Local Sustentável que requer que se leve em consideração as potencialidades e as características locais e envolve o equilíbrio entre o meio ambiente, a equidade social e o crescimento econômico. 

            Com essas mudanças surgem novos desafios, com isso é necessário o desenvolvimento de ideias e conceitos que proponham uma nova organização da economia, privilegiando a sustentabilidade, o que, portanto, justifica a realização deste trabalho. 

            Este artigo tem como objetivo apresentar uma revisão teórica e documental sobre o conceito de desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos naturais, utilizando-se de uma revisão bibliográfica dos trabalhos de diferentes pesquisadores.        

            Trata-se de uma pesquisa descritiva, esta pesquisa observa, registra, analisa e ordenam dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. (PINTO, 2010).  

            Para isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica, utilizando diversos materiais, como livros, artigos científicos e outros meios físicos e eletrônicos de informação, permitindo mostrar as principais ideias e conceitos de diferentes autores sobre o tema abordado. 

Segundo Marconi e Lakatos (2008, p.57): 

[…] a pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto. 

            A pesquisa bibliográfica tem como principal objetivo identificar os conceitos básicos de determinada temática, além de possibilitar ao pesquisador uma gama de informações muito mais ampla do que poderia se conseguir se fosse feita uma pesquisa diretamente, pois é possível reunir diferentes contribuições científicas sobre determinado tema. 

METODOLOGIA

             Após a revolução industrial, a capacidade de suporte do planeta passou a ser ameaçada. O fenômeno foi observado primeiramente por intelectuais e posteriormente externada para toda a sociedade. Essa discussão foi globalmente discutida em 1972 na Conferência de Estocolmo, este evento originou o documento chamado “Nosso Futuro Comum” – Relatório Brundtland. Este artigo estabeleceu o conceito de desenvolvimento sustentável mais aceito na atualidade. Abaixo, as principais etapas do histórico do meio ambiente e do conceito da sustentabilidade.

  • Pré-história: Os primeiros humanos viviam em harmonia com a natureza, utilizando recursos de maneira sustentável. A caça e a coleta eram práticas comuns, e o impacto ambiental era mínimo.
  • Agricultura: Com o advento da agricultura, por volta de 10.000 a.C., os seres humanos começaram a modificar o meio ambiente em maior escala, desmatando áreas para cultivo e domesticação de animais.
  • Revolução Industrial: No século XVIII, a Revolução Industrial trouxe um aumento significativo na exploração de recursos naturais. A poluição começou a se intensificar, e as cidades cresceram rapidamente, levando a problemas ambientais como a contaminação do ar e da água.
  • Movimento Ambiental: A partir da década de 1960, começou a surgir um movimento ambiental global. Publicações como “Primavera Silenciosa” de Rachel Carson em 1962 alertaram sobre os perigos dos pesticidas e o impacto humano sobre a natureza.
  • Conferências e Tratados: Durante as décadas seguintes, várias conferências e tratados internacionais foram estabelecidos, como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo (1972) e o Protocolo de Quioto (1997), visando à redução das emissões de gases de efeito estufa.
  • Desafios Contemporâneos: Atualmente, enfrentamos desafios como as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a escassez de recursos naturais. A conscientização sobre a importância da sustentabilidade e da preservação ambiental é mais urgente do que nunca.

              Por muito tempo a humanidade não teve preocupação com o esgotamento dos recursos naturais. A partir da revolução industrial, ocorreu um aumento significativo no processamento de matéria-prima nunca antes ocorrido na história do planeta. Como consequência, ocorreu diversos tipos de impactos ambientais e acidentes que mobilizaram as autoridades globais a se preocuparem com a preservação do meio ambiente e com as mudanças climáticas.  

             No contexto contemporâneo o debate sobre meio ambiente faz parte do dia a dia das pessoas. Isso ocorre porque a vida humana depende da disponibilidade de recursos naturais. Assim, quando ocorre degradação sobre o meio ambiente a sociedade acaba sendo afetada de forma direta ou indireta, fator que colabora para a perda da qualidade de vida. Observa-se então que existe uma relação de dependência entre a vida humana e a disponibilidade de recursos naturais.

               Assim, a globalização como outros inúmeros fatores, trouxeram consigo grandes problemas ambientais, já que o crescimento econômico tende a aumentar o uso dos recursos naturais não renováveis, e consequentemente, degradar o meio ambiente, desta maneira comprometendo a qualidade de vida da população. 

               Problemas ambientais, sociais e econômicos são preocupações de grande parte da sociedade quando se trata do desenvolvimento, o mesmo possui objetivos que vão além do aumento do capital financeiro, daí vem os direitos sociais e ambientais. 

               O desenvolvimento sustentável exige que estes três grandes pilares avancem de maneira proporcional, isto implica dizer que deve haver ponderação das necessidades de cada um destes pilares. 

               Na segunda metade do século XX o processo de globalização ocorreu de maneira mais rápida, aumentou o desenvolvimento das indústrias e da economia em geral, porém neste mesmo período passa-se por diversas crises econômicas, como consequência há desemprego e miséria, gerando uma crise social e também ambiental, pois o aumento do processo industrial fez com que as fontes de recursos renováveis e não renováveis fossem mais exploradas, neste momento passa a existir uma reflexão em relação aos impactos do desenvolvimento e do crescimento, havendo uma maior consciência da sociedade. 

               O termo Desenvolvimento Sustentável torna-se uma das alternativas para a solução destes problemas, é então que a Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) também conhecida como Comissão de Brundtland, que recebeu este nome devido ao sobrenome de um dos presidentes Gro Harlem Brundtland, foi elaborado um relatório onde o desenvolvimento sustentável passa a ser conceituado.

               A sustentabilidade se baseia em três pilares fundamentais, que devem estar em equilíbrio para que um sistema seja considerado sustentável:

  1. Social: Envolve a justiça social, a igualdade de oportunidades, o respeito aos direitos humanos e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Isso inclui acesso à educação, saúde, moradia digna e segurança.
  2. Ambiental: Refere-se à preservação do meio ambiente, à conservação dos recursos naturais, à redução da poluição e ao combate às mudanças climáticas. É garantir que os ecossistemas permaneçam saudáveis e que a biodiversidade seja protegida.
  3. Econômico: Diz respeito ao crescimento econômico que seja justo, inclusivo e que não cause danos ao meio ambiente. Isso implica em práticas de produção e consumo responsáveis, investimento em tecnologias limpas e geração de empregos verdes.

              A sustentabilidade ressalta-se a relevância por diversas razões:

  • Preservação dos recursos naturais: Garante que os recursos naturais, como água, solo, florestas e minerais, estejam disponíveis para as futuras gerações.
  • Qualidade de vida: Promove a saúde e o bem-estar das pessoas, ao reduzir a poluição e garantir o acesso a alimentos saudáveis e água potável.
  • Redução da desigualdade social: Cria oportunidades para todos, ao promover a justiça social e a igualdade de oportunidades.
  • Estabilidade econômica: Garante um crescimento econômico que seja duradouro e que não cause danos ao meio ambiente.
  • Combate às mudanças climáticas: Reduz as emissões de gases de efeito estufa e ajuda a mitigar os impactos das mudanças climáticas.

REFERENCIAL TEÓRICO

              Anterior ao conceito de desenvolvimento sustentável temos o conceito de “Ecodesenvolvimento” que surgiu na década de 1970, época da Conferência de Estocolmo, uma proposta de coexistência entre crescimento e preservação ambiental, este termo partiu da proposta de Maurice Strong e em seguida aprofundado por Ignacy Sachs. 

Para Sachs, Ecodesenvolvimento é o, 

[…] desenvolvimento endógeno e dependente de suas próprias forças, tendo por objetivo responder problemática da harmonização dos objetivos sociais e econômicos do desenvolvimento com uma gestão ecologicamente prudente dos recursos e do meio. (MONTIBELLER-FILHO, 1993, p.132)

              Nas formulações de Sachs, o ecodesenvolvimento deveria integrar basicamente seis aspectos (Brüseke,1993 apud SOUZA, 1994 p.5) : 

a) a satisfação das necessidades básicas; 

b) a solidariedade com as gerações futuras; 

c) a participação da população envolvida; 

d) a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente em geral; 

e) a elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas; 

f) programas de educação. 

              Pode-se perceber que neste conceito já há preocupação com o meio ambiente interligada com as questões sociais e econômicos, foi a partir deste conceito que a ideia de desenvolvimento sustentável foi sendo construída. 

              Aparece pela primeira vez no nível mundial na conferência das Nações Unidas através do “Nosso Futuro Comum”, lançado em 1987 (também conhecido como “Relatório Brundtland2 “), tendo o desenvolvimento sustentável como o “atendimento às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades”. (WCED, 1987).

Nesta mesma perspectiva, o autor Buarque (2002) defende que, 

O desenvolvimento sustentável parte, assim, de uma nova perspectiva de desenvolvimento (Sousa, 1994), […] o bem-estar das gerações atuais não pode comprometer as oportunidades e necessidades futuras, reduzindo as possibilidades de reprodução e desenvolvimento futuro; e o bem estar de uma parcela da geração atual não pode ser construída em detrimento de outra parte, com oportunidades desiguais na sociedade. (BUARQUE, 2002, p.60-61).

              O desenvolvimento sustentável tenta equilibrar os fatores sociais, econômicos e ambientais, porém torna-se uma proposta complexa, pois enfrenta dificuldades e resistências políticas e sociais. A conservação ambiental e o crescimento econômico devem ser discutidos lado a lado. O desenvolvimento sustentável busca manter e/ou melhorar a qualidade de vida das pessoas, buscando utilizar de maneira eficiente os recursos naturais, causando um menor impacto ambiental.

O conceito de desenvolvimento sustentável resulta do amadurecimento das consciências e do conhecimento dos problemas sociais e ambientais e das disputas diplomáticas, mas também de várias formulações académicas e técnicas que surgem durante as três últimas décadas com críticas ao economicismo e defesa do respeito ao meio ambiente e às culturas (BUARQUE, 2002, p.58).

              O desenvolvimento sustentável é um processo complexo e contínuo, possui vários conceitos e definições, por diferentes autores. A seguir é apresentada uma sequência de conceitos referentes ao termo, dentre estes, temos: 

Segundo Camargo (2003),

Em essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas. (CAMARGO 2003, p.43 apud ESTENDER; PITTA 2008, p. 22).

            Os conceitos apresentados aqui são alguns dos muitos que são utilizados para definir o desenvolvimento sustentável. Nós mesmos há similaridades e convergências, como é o caso do conceito de Buarque, Sachs e Haque, os quais trazem a preocupação com a sociedade atual 14 e com a sociedade futura, pensando no bem estar social e ambiental, já para Elkington em seu conceito não entra o termo social, o mesmo traz uma preocupação com o financeiro e o ambiental. Para Camargo, como foi visto a definição de desenvolvimento sustentável é a harmonia entre determinados fatores como exploração dos recursos, direção do investimento e mudança institucional, contrário a isso o autor Becker diz que o desenvolvimento sustentável vai além da harmonia entre a economia, a ecologia e a questão técnica. Os autores Goodland, Ledec e Merico trazem uma relação entre o econômico, o estrutural e o social, não citando as questões ambientais. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

              A história das preocupações ambientais demonstra uma evolução desde alertas científicos até a formalização do conceito de sustentabilidade. O desenvolvimento sustentável, com seus pilares interligados, busca equilibrar as necessidades humanas com a preservação do planeta para as gerações futuras. 

              As teorias sobre sustentabilidade abrangem diversas abordagens, incluindo a ecologia, a economia ambiental e a ética ambiental. O conceito de desenvolvimento sustentável, definido pela Comissão Brundtland em 1987, propõe que o desenvolvimento deve atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atenderem suas próprias necessidades. As práticas sustentáveis incluem, mas não se limitam a:

  • Conservação de recursos naturais
  • Uso de energias renováveis
  • Agricultura sustentável
  • Gestão de resíduos sólidos

              Essas estratégias têm sido implementadas em diferentes contextos, demonstrando resultados positivos na mitigação dos efeitos adversos da ação humana sobre o meio ambiente. Estudos de caso em várias regiões do mundo mostram que iniciativas sustentáveis podem levar a resultados significativos. Por exemplo, a adoção de práticas agrícolas orgânicas resultou em aumento da biodiversidade local e melhoria da qualidade do solo. Da mesma forma, projetos de reflorestamento têm contribuído para a recuperação de ecossistemas degradados, promovendo a resiliência ambiental.

          Apesar dos avanços, ainda existem desafios consideráveis a serem enfrentados. A resistência cultural a mudanças, a falta de políticas públicas efetivas e a pressão econômica continuam a serem barreiras para a implementação de práticas sustentáveis. Contudo, a crescente conscientização da sociedade civil e o avanço tecnológico oferecem oportunidades promissoras para a construção de um futuro mais sustentável.

              A discussão sobre resultados e práticas sustentáveis no contexto ambiental é essencial para a formação de uma sociedade consciente e responsável. A educação ambiental deve ser uma prioridade, capacitando indivíduos e comunidades a se tornarem agentes de mudança. Somente por meio de um esforço coletivo será possível garantir a integridade do meio ambiente e a qualidade de vida para as futuras gerações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

              A sustentabilidade é um conceito amplo e complexo, mas fundamental para garantir um futuro melhor para todos. Ao compreendermos os seus pilares e ao adotarmos práticas mais sustentáveis em nosso dia a dia, podemos contribuir para a construção de um mundo mais justo, equilibrado e próspero. Lembrando cada pequena ação faz a diferença!

              Depois que o homem passa a ser dominador da natureza, e põe fim na relação harmoniosa homem-natureza, em que explorava a natureza apenas no que era necessário, começa a se intensificar os problemas ambientais, principalmente a partir da década de 1960, conforme o livro “Primavera Silenciosa” que narra problemas ambientais decorrentes da época. Com o levantamento e estudo dos conceitos e do processo histórico do desenvolvimento sustentável, percebe-se que o mesmo possui três dimensões: ambiental, social e econômica, sendo uma nova forma de desenvolvimento, que tende a melhorar a qualidade de vida da sociedade. 

              A pobreza e a degradação ambiental são problemas notórios do mundo em que vivemos. Como solução destes problemas busca-se estratégias que melhorem a qualidade de vida, que não tenham tanto impacto negativo no meio ambiente e sendo possível haver a eficiência econômica. 

              Nota-se que, além dos problemas ambientais, têm-se, também, as questões sociais, com a soma desses problemas passando a ameaçar tanto a sociedade atual quanto as gerações futuras, inserindo-se então, os debates sobre a sustentabilidade. Com base nesse estudo sobre o desenvolvimento sustentável, revisando, percebe-se que se trata de um debate complexo, não alcançando até o momento um desenvolvimento eficazmente sustentável, por envolver mudanças estruturais e muitas resistências políticas e sociais.  

              Outro conceito abordado foi o de desenvolvimento local de modo a permitir o entendimento desse processo e a importância do local no desenvolvimento sustentável. “O local é o espaço do resultado da interação entre relações físicas e sociais que geram diferenciações de um local para outro, a partir das potencialidades físicas e da cultura engendrada por essas potencialidades e pelo processo histórico”. (SHIKI, 2004, p. 86). A aproximação destes conceitos resulta no desenvolvimento local sustentável, que busca um desenvolvimento socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente correto, levando em consideração às características de cada região ou localidade, analisando as realidades de maneira diferenciada, possibilitando desta maneira a participação dos atores locais na definição dos objetivos a serem atingidos com este desenvolvimento. 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Agenda 21, Brasília, 2002. Disponível em: http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda21-brasileira Acessado em Fevereiro de 2012. 

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, A Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB, Brasília, 2000. Disponível em: Acessado em Fevereiro de 2012. 

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Brasília, 1992. Disponível em:

BUARQUE, S. C. Construindo o desenvolvimento local sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.

CAMARGO, Robson. Stakeholders: entenda a grande importância deles no gerenciamento de projetos. 2008. Disponível em: https://robsoncamargo.com.br/b log/O-que-sao-stakeholders-Saiba-tudo-sobre-eles-e-sua-importancia. Acesso em: 25 out. 2022. 

LEAR, Linda. Introdução, p. 11-19. In: Carson, Rachel.  Primavera Silenciosa, 1. ed.  São Paulo : Editora Gaia, 2010, 327 p.62

MARCONI, Marina de Andrade Marconi; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

PINTO, Anna Florência de Carvalho Martins. Metodologia Do Trabalho Científico: planejamento, estrutura e apresentação de trabalhos acadêmicos, segundo as normas da ABNT. Belo Horizonte, 2010. Disponível em: Acessado em setembro de 2009.

SACHS, Ignacy. Desenvolvimento includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.

SHIKI, Simone de Faria Narciso. Alguns elementos para o debate: desenvolvimento local sustentável. In: RUSCHEINSKY, Aloísio (Org.). Sustentabilidade: uma paixão em movimento. Porto Alegre : Sulina, 2004.

WCED Our common Future. Oxford: Oxford University Press, 1987. Disponível em: Acessado em Fevereiro de 2012.


1Graduando do Curso de Normal Superior da Universidade do Estado do Amazona – UEA;
Graduando do Curso de História/Faculdade de Filosofia, Ciências e letra da Universidade de Boa Esperança –FAFIBE;
Pós Graduado do Curso de Ensino de Geografia do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSEKVI;
Mestrando do Curso de Ciências da Educação/Ivy Enber Christian University, vieirasantos29@email.com