HAMARTOMA FIBRO CONJUNTIVAL NASAL EM UM CANINO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7126398


Autoria de:
NEVES¹, Juliana Priscyla Batalha¹; SILVA², Ádria Camila de Souza²; CAMPOS³, Lívia Batista³.
Estudante de Graduação em Medicina Veterinária, Centro Universitário Fametro (CEUNI-FAMETRO)¹
Médica Veterinária, graduada, Pós-graduação em cirurgia de tecido moles, e cirurgia oncológica e reconstrutiva, cursando pós-graduação em oncologia clínica.²
Médica Veterinária, Mestre em Ciência Animal de Reprodução, Doutora em Ciência Animal, Centro Universitário Fametro (CEUNI – FAMETRO)³


RESUMO

A pele é o maior órgão do corpo animal, atuando como uma barreira anatômica e fisiológica entre o corpo e o ambiente. Atualmente, cerca de 30% de todo atendimento clínico de pequenos animais compreende a área dermatológica. As lesões cutâneas podem ser classificadas em neoplásicas e não neoplásicas, de acordo com suas características citomorfológicas gerais. Dentre as lesões não neoplásicas, encontram-se o hamartomas, oriundos de um crescimento excessivo de células e tecidos normais no local em que naturalmente se encontram, podendo ocorrer em qualquer tecido ou órgão. O hamartoma pode se apresentar como nódulo solitário, firme, circunscrito, séssil ou de aspecto polipoide, com ou sem alopecia e ulceração. O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de hamartoma fibro conjuntival em um canino sem padrão racial definido, de aproximadamente cinco anos, levada ao Centro de Especialidades Cirúrgicas e Veterinárias (CECV) ao apresentar um nódulo em região nasal com crescimento acelerado e progressivo durante dois meses. O paciente foi encaminhado para exames pré-cirúrgicos. Após excisão cirúrgica, o paciente permaneceu na internação e após 10 dias ocorreu a retirada de pontos.

PALAVRAS-CHAVE: Canino, Dermatologia, Pele.

ABSTRACT

The animal body’s largest organ is the skin, acting as an anatomical and physiological barrier between the environment and body. Currently, about 30% of all small animal clinical care are focused in dermatology area. Skin lesions can be classified as neoplastic and non-neoplastic, according to especifics general cytomorphological characteristics. The hamartomas are non-neoplastic lesions, resulted from an normal cells and tissues excessive growth in places naturally found, that can occur in any tissue or organ. The hamartoma may present as a solitary, firm, circumscribed, sessile or polypoid nodule, with or without alopecia and ulceration. The present study aimed to report a no defined breed canine fiberconjunctival hamartoma case, with approximately five years old, taken to Veterinary Surgical Specialists Center (VSSC) due to nasal region nodule presence with accelerated growth and progressive over two months. The patient was directed for pre-surgical examinations. After surgical excision, the patient remained in hospital and, after 10 days, the stitches were removed.

KEYWORDS: Canine, Dermatology, Skin.

  1. INTRODUÇÃO

A Dermatopatia é o termo técnico utilizado para designar enfermidades que diretamente acometem a pele, podendo ser causada por ectoparasitas, insetos, alergias e fungos (WHITE et al., 2003). A pele é o maior órgão do corpo do animal e atua como uma barreira física entre o meio externo e interno e desempenha função de proteção contra injurias físicas e químicas (MEIRELES et al., 2013).

Devido à alta exposição da pele a possíveis agentes patogênicos, a quantidade de atendimentos veterinárias em dermatologia para pequenos animais vem aumentando, podendo representar de 25 a 30% do total das consultas veterinárias (MACHICOTE; YOTTI, 2005). Os casos de dermatopatias estão ganhando mais destaque na rotina clínica devido à alta incidência e maior facilidade de identificação pelo tutor, sendo um dos motivos mais frequente para os animais serem levados ao médico veterinário (HILL et al., 2006).

Uma ferramenta clínica utilizada para avaliar lesões cutâneas e subcutâneas é pelo uso da citologia diagnóstica, onde após leitura microscópica, as lesões podem ser classificadas em neoplásicas e não-neoplásicas, de acordo com suas características citomorfológicas gerais (BORGES et al., 2016). Dentre as lesões não neoplásicas, os hamartomas são lesões tumorais proveniente de um crescimento excessivo de estruturas normais ao local em que naturalmente se encontram, podendo ocorrer em qualquer tecido ou órgão (GROSS et al., 2005). O hamartoma (HF) se caracteriza por lesões nodulares não neoplásicas e primariamente não infamatórias comum dos apêndices anexiais (MILLER et al., 2013), que podem compreender cerca de 2,7% de todos os tumores cutâneos caninos (GROSS et al., 2005).

O hamartoma fibro conjuntival é tipicamente um nódulo solitário, firme e em forma de cúpula a massas polipoides, variando de aproximadamente 1 cm a pouco mais de 4 cm de diâmetro (LOURES et al., 2019). As lesões menores podem apresentar uma alopecia parcial (perda do pelo) enquanto as lesões maiores frequentemente apresentam alopecia, ulceração e podem causar dor ao animal (SOUZA, 2005; LOURES et al., 2019).

As características histopatológicas do hamartoma podem ser caracterizadas por um ou mais unidades de anexiais, associados ao tecido conectivo fibroplásico circunjacente (GROSS et al., 2005; LOURES, 2005), que possuem o tempo de evolução clínica variando entre 1 mês a 5 anos, com uma média de 12 meses (LOURES et al., 2019). Os anexos cutâneos que mais acometem o hamartoma são as glândulas sebáceas e os folículos pilosos, porém Yager e Wilcock (1994) mencionam o aparecimento de lesões nos lobos e ductos sebáceos, demonstrando que o hamartoma pode envolver um ou mais tipos de anexos epidérmicos, em diferentes padrões, e não apenas o tipo folículo-sebáceo clássico (GROSS et al., 2005; LOURES et al., 2019).

Os modos de como os agentes etiopatogênicos do hamartoma agridem o organismo animal ainda é desconhecido, porém estudos demonstram que essas lesões podem ser resultado de alterações congênitas, reações inflamatórias crônicas, participação de outros fatores (predisposição racial e idade) (BOYLE; HILL, 2014; MAXIE, 2015), além de uma possível degradação defeituosa do colágeno (PADILHA et al., 2020).Os locais onde as lesões estão em maior ocorrência são na cabeça, no pescoço e nos membros distais, pontos de pressão e áreas interdigitais (coxins) (LOURES et al., 2019).

Ainda é baixa a quantidade de estudos relacionados à prevalência de fatores como sexo, raça e idade no aparecimento dos hamartomas, ou se outros componentes possam estar diretamente relacionados à sua origem (CHIKWETO et al., 2011), porém as raças mais acometidas pela HF foram os Sem Raça Definida (SRD), Boxer, Cocker Spaniel, Labrador Retriever, Pastor Alemão, Schnauzer, Poodle e Doberman, com idades variando entre de 2 a 16 anos (GROSS et al., 2005).

A expressão nevo deve ser seguida do nome das estruturas da pele que se encontram hiperplásicas. Dessa forma, descreveram-se, por exemplo, o nevo epidérmico, nevo colágeno, nevo folicular, nevo folículo-sebáceo etc., no entanto, gerando dúvida e confusão, diferentes denominações foram utilizadas, na medicina veterinária, para descrever as lesões formadas por anexos epidérmicos hiperplásicos e displásicos, acompanhados ou não de alterações epidérmicas, dérmicas e subcutâneas. Nesse sentido, os termos nevo organóide, nevo anexial, displasia focal de anexos, displasia fibroanexial e doença do folículo piloso gigante foram usados variavelmente no diagnóstico dessas lesões (SCOOT et al., 2001).

Como há uma grande variedade de dermatopatias que possuem apresentações clínicas ou aspecto macroscópico semelhante aos hamartomas, ressaltando a importância da realização de correta investigação e escolha do exame histopatológico de forma maneira coerente com base nos exames clínicos. Assim, o objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de hamartoma fibro conjuntival em um cão, buscando a patologia na literatura e permitindo a experiência do acompanhamento durante as consultas clínicas de pequenos animais com problemas dermatológicos.

  1. METODOLOGIA

No dia 18 de maio de 2022 foi atendido no Centro de Especialidades Cirúrgicas e Veterinária – CECV, um canino, macho, sem padrão racial definido, de aproximadamente cinco anos de idade, não castrado, de pelagem marrom e pesando 5,1 kg.

O paciente veio encaminhado por outro médico veterinário para avaliação de um nódulo na região nasal. O proprietário relatou que há dois meses está tendo um crescimento mais acelerado do nódulo.

Durante o exame físico o animal apresentou estado mental alerta e com os parâmetros vitais dentro da normalidade padrão da espécie, entretanto apresentou linfonodos mandibulares reativos, devido ao processo inflamatório do nódulo. O paciente apresentava apenas uma lesão nodular na região nasal com secreção purulenta, medindo 1,94 cm de comprimento, 1,96 cm de largura e 1,5 cm de profundidade, alopecio, sanguinolenta e de aspecto firme (figura 1). Animal apresentava dor à palpação do nódulo.

Figura 1. Paciente do relato do caso. Fonte: Arquivo Pessoal (2022).

Na anamnese, o responsável relatou que o nódulo na região nasal, está presente desde de dezembro de 2021, entretanto aproximadamente há dois meses começou com crescimento acelerado do nódulo e expelindo secreção exuberante. Nessa época, fez tratamento com uso de amoxicilina com clavulanato, BID, em dezembro (2021), por 7 dias, e novamente em maio, 2022, por 10 dias, fez uso também de dexametasona, durante 15 dias, BID, e de doxiciclina. Atualmente, faz uso de maxican, a cada 48 horas, SID e OMEGA 3. Tutora também relatou que o animal fez tratamento anterior para cinomose. Foi realizado medicação ciclofosfamida durante 3 dias, SID (04/05; 05/06; 06/05), junto com silimarina, SID, durante 3 dias. Tutora relata que após a biopsia do nódulo, ocorreu um crescimento mais rápido da massa.

O paciente é o único animal em casa, tem acesso a rua para passeio, tem quadro de hemoparasitas (carrapatos) recorrentes. Relatou que o não está comendo bem, reduzindo apetite há dois dias, consequentemente reduzindo também a ingestão de água. Fezes com característica pastosa e urina concentrada. Paciente não castrado, com diagnostico de criptorquirda.

Ao final da avaliação clínica, optou-se pelo tratamento cirúrgico de nodulectomia. Foram solicitados exames laboratoriais e de imagens como pré-operatório. O proprietário já havia realizado, a pedido do médico veterinário que encaminhou, os exames laboratoriais (hemograma e bioquímico), a radiografia de crânio (posição laterolateral), a ultrassonografia abdominal, eletrocardiograma, e o histopatológico. Repetiu a realização apenas do exame de sangue (hemograma e bioquímico), para avaliação do anestesista. No exame de ultrassonográfico abdominal, não demonstrou alterações nos órgãos analisados. Foi visualizado apenas um testículo na bolsa escrotal, apresentado formado ovalado, hipoecogênico com linha central hiperecogênica, sem alterações. E no eletrocardiograma, sem alterações de ritmo para raça e espécie.

No dia da cirurgia realizou os exames hematológicos (hemograma e bioquímico), para avaliação geral do paciente e do anestesista. O hemograma não apresentou sinais de anemia, porém hemácias com características microciticas, leucocitose por neutrofilia, monocitose, eosinifilia e trombocitose, tais alterações comuns quando se tem presença de inflamação e infecção. E no bioquímico (uréia, creatinina, fosfatase alcalina e alanina aminotransferase) não foram observadas alterações, apenas presença de globulina alta.

Figura 2. Imagem radiográfica do cão, sem padrão de raça definido, de cinco anos de idade, em projeção laterolateral esquerda oblíqua com aumento de radiopacidade em cavidade nasal, com perda óssea na parte nasal (seta).

Dia 23 de maio de 2022 optou-se pela realização da cirurgia. O protocolo anestésico foi composto por medicação pré-anestésica (MPA), com utilização de acepromazina (0,03 mg/kg/IV), mais metadona (0,3 mg/kg, IV); indução com propofol (3mg/kg/IV) e fentanil (3 mcg/kg/IV), e manutenção com isoflurano (1 CAM) por via inalatória, e de infusão contínua, usou fentanil (5mcg/kg/h/IV). Após sedação, paciente foi colocado na posição dorsoventral, e em seguida realizou-se a tricotomia ampla em toda região ao redor do nódulo. Posteriormente, procedeu-se a antissepsia com clorexidine degermante 2% e álcool 70%. Os panos de campo cirúrgicos foram presos ao animal com pinças Backhaus, para isolamento do campo operatório.

O procedimento cirúrgico iniciou com a marcação da área para retirada do nódulo, estendendo a marcação para as ambas as laterais na medida. Foi realizada uma incisão elíptica na pele com 4 cm de margem de segurança, onde foi divulsionado o tecido subcutâneo e feito exérese do nódulo, posteriormente foi feita a colocação de tela de polipropileno, devido a extensão de espaço morto. A tela de polipropileno foi suturada em sua borda, utilizando fio de polipropileno, tamanho 2-0 para fixar na musculatura em padrão interrompido simples (figura 3). Para realizar o fechamento, a pele foi suturada com náilon 3-0 em padrão interrompido simples.

Figura 3. Fixação da tela de polipropileno na muscula com sutura simples interrompido. Fonte: Arquivo Pessoal (2022).

Todo o procedimento cirúrgico teve duração de uma hora e meia, sem intercorrências anestésicas e o animal se recuperou de maneira satisfatória da anestesia.

O animal permaneceu internado nas primeiras 72 horas de pós-operatório, onde foi administrado Dexametasona 4mg/ml (0,5 mg/kg, IV, SID), Cloridrato de Tramadol 100 mg/ml (2mg/kg, SC, TID), Amoxicilina tri-hidratada (1 ml/10kg, SID, SC) Glicose 50% (5ml, IV, SID) e Periovet (spray, BID), durante 3 dias.

Durante o período na internação o animal manteve seus parâmetros vitais como pressão arterial sistólica e temperatura, estáveis. Nas primeiras 12 horas ele alimentou-se de forma espontânea, não vomitou, urinou e dormiu na maior parte do tempo. Finalizando 72 horas de internação, o paciente já estava deambulando e urinando normalmente, apresentando normodipsia, normorexia e normoquesia. Para tratamento domiciliar foram prescritos Oralguard 50 mg (10mg/kg, via oral, BID, 14 dias), Ômega 3 + SE (500mg, via oral, SID, 90 dias).

Após 10 dias do procedimento foi realizada a retirada dos pontos (figura 4 e 5). Até o presente momento, a excisão cirúrgica foi curativa, pois não houve recidiva relatada pelo proprietário.

Figura 4 e 5. Retirada dos pontos do paciente canino, após procedimento cirúrgico de nodulectomia. Fonte: Arquivo Pessoal (2022).

  1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os nódulos cutâneos únicos e múltiplos são frequentes em cães e sua apresentação e etiologia pode variar bastante entre seus diferentes tipos (MILLER et al., 2013). Os hamartomas são considerados lesões nodulares não neoplásicas e primariamente não inflamatórias (MILLER et al., 2013). Corroborando com o presente relato, na qual o hamartoma se apresentou como apenas um único nódulo, com característica fibro conjuntival, de acordo com o laudo histopatológico.

No Brasil, há poucos relatos de harmatoma fibroanexial ou quaisquer outros subtipos de harmatomas (MEDEIROS et al., 2014), situação que é semelhante na literatura internacional. Tal situação ocorre, devido ao pouco trabalhos publicados na literatura, dificultando a troca de informações e conhecimentos entre os profissionais.

A idade média para o aparecimento da alteração em questão varia de cinco a 12 anos (GOLDSCHMIDT; SHOFER, 1992), o que não difere do encontrado no presente caso, com aparecimento ou deflagração da lesão em animal adulto. Outro trabalho, como o da Loures e Conceição (2009), afirma ser de 6,3 anos a idade aproximada de idade para o aparecimento. Portando, a idade média é onde mais ocorrem o surgimento do aparecimento das lesões.

Vários autores discutem acerca da possível etiologia para o processo, atribuindo-a à alterações congênitas ou mesmo a reações inflamatórias crônicas, além da participação de outros fatores como a própria predisposição racial e idade (GROSS et al., 2005; BOYLER; HILL, 2014; MAXIE et al., 2016). Entretanto, pouco ainda se conhece sobre a verdadeira relevância de fatores como sexo, raça e idade no aparecimento dos hamartomas, ou ainda se, na verdade, outros elementos possam estar diretamente associados à sua origem como o clima ou exposição solar (CHIKWETO et al., 2011), o que corrobola com as informações dadas pela tutora na anamnese, relatando que o animal tem hábito de exposição ao sol durante o dia.

Outra característica a ser analisada são os aspectos macroscópico, como alguns fatores observados, como a presença de um nódulo único e solitário, prurido, de aspecto polipoide, aparência exofítica, tais características estão de acordo com os dados avaliados por Loures e Conceição (2009), onde em um levantamento de 81 casos de nevos e hamartomas cutâneos, no entanto os hamartomas foram os de maior ocorrência, sendo representado por 92% dos casos com nódulo único.

Em relação ao fator tamanho da lesão, bem como o aspecto polipoide e alopécico do nódulo descrito neste relato são semelhantes aos descritos na literatura, na qual Gross et al., (2005) descreveu o nódulo de hamartoma como massas em forma de cúpula ou polipoide, variando de um centímetro a mais de quatro centímetro de diâmetro, e que apresentam, frequentemente, alopecia parcial ou total, similarmente à variação encontrada nesse relato, na qual a lesão nodular apresentava 1,94 cm de comprimento, 1,96 cm de largura e 1,5 cm de profundidade.

O exame complementar, que teve grande importância para o diagnóstico do caso descrito, foi o exame histopatológico, que consiste na análise da arquitetura tecidual e relação das suas estruturas, de acordo com Motosugi et al., (2001), que permite excluir a hipótese neoplásica nesse estudo descrito. Portanto, a realização e confirmação do exame histopatológico, considerando que muitas vezes o diagnóstico definitivo de determinada proliferação cutânea depende da identificação da linha epitelial de revestimento ou mesmo da estrutura da qual se originou a formação (MAXIE, 2016), sendo impossível essa determinação por meio citológico com tamanha riqueza e precisão.

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O exame histopatológico foi determinante para o diagnóstico definitivo e conclusivo para a lesão nodular. Adicionalmente, é necessários novos estudos a ser realizados, com objetivo de determinar criteriosamente a epidemiologia do processo, como para que se conheçam os fatores que realmente influenciam no aparecimento dessa lesão nodular, que ainda é desconhecida.

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, I. L. FERREIRA, J. da S.; MATOS, M. G. de; PIMENTEL, S. P.; LOPES, C. E. B.; VIANA, D. de A.; SOUSA, F. C. de. Diagnóstico citopatológico de lesões palpáveis de pele e partes moles em cães. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, v. 10, n. 3, p. 382–395, 2016.

BOYLE, M. H.; HILL, G. D. Non neoplastic Lesions Atlas: Skin – Fibroadnexal hamartoma. 2014. Disponível em: >https://ntp.niehs.nih.gov/nnl/integumentary/skin/hamarto/index.htm<. Acesso em: 09 de setembro de 2022.

CHIKWETO, A.; MCNEIL, P.; BHAIYAT, M. I.; STONE, D.; SHARMA, R. N. Neoplastic and nonneoplastic cutaneous tumors of dogs in Grenada, West Indies. International Scholarship Research Notices Veterinary Science, p. 1-7, 2011.

GOLDSCHMIDT, M. H.; SHOFER, F.S. Skin tumors of the dog and cat. U.K.: Pergamon, 1992. 316p.

GROSS, T. L.; IHRKE, P. J.; WALDER, E. J.; AFFOLTER, V. K. Skin diseases of the dog and cat: Clinical and histopathologic diagnosis. 2.ed. Oxford:Blackwell Science, cap. 23, p.604-640, 2005.

HILL, P. B.; LO, A.; EDEN, C. A. N.; HUNTLEY, S.; MOREY, V.; RAMSEY, S.; RICHARDSON, C.; SMITH, D. J.; SUTTON, C. TAYLOR, M. D. THORPE, E.; TIDMARSH, R.; WILLIAMS, V. Survey of the prevalence, diagnosis and treatment of dermatological conditions in small animals in general practice. Veterinary Record, v. 158, p. 533-539, 2006.

LOURES, F. H. Nevos Anexiais Em Cães: Aspectos clínicos e histopatológicos em 61 casos. 46f. Dissertação (Magister Scientiae). Programa de PósGraduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Viçosa, 2005.

LOURES, F. H.; CONCEIÇÃO, L. G.; ACHA, L. M. R. Fibroadnexal hamartoma in the dog: retrospective epidemiological and histopathological study of 102 cases. Ciência Rural, v.49, n.9, p. 1-7, 2019.

MACHICOTE, G; YOTTI, C. Consulta de difusión veterinaria. Importancia de la historia clínica en la alergia: canis et felis. Aula Veterinária, n.75 p.9-18/47- 53/66-70, 2005.

MAXIE, M. G. Jubb, Kennedy, and Palmer’s pathology of domestic animals: Volume 1. Elsevier, p. 798, 2015.

MEDEIROS, V. B. et al. Hamartoma colagenoso cutâneo em um paciente canino. MEDVEP Dermatologia, v. 3, n. 8, p. 73-74, 2014.

MEIRELES, L. V. et al. Levantamento epidemiológico de dermatopatias em pequenos animais. IN: Congresso Fluminense de Iniciação Científca e Tecnológica, 5., 2013, Campos dos Goytacazes. Anais…Campos dos Goytacazes: Essentia Editora, 2013.

MILLER, W. H.; GRIFFIN, C. E.; CAMPBELL, K. L. Neoplastic and Non-Neoplastic Tumors. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7. ed. Missouri: Elsevier Mosby. p. 948, 2013.

MOTOSUGI, U. et al. Small Animal Oncology. Blackwell Science, Oxford, 2001.

PADILHA, M. de L.; MELO, L. R. B. de; BRITO NETO, P. B. de; BRITO, A. F. R. de; SILVA, L. de B.; MONTEIRO, N. M. de O.; CAMPOS, É. M.; LIMA, T. de S. Hamartoma colagenoso em cão. Revista de Agroecologia no Semiárido, v. 4, n.3, p.11-14, 2020.

SOUZA, T. M. Estudo retrospectivo de 761 tumores cutâneos em cães. 296f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005.

SCOTT, D.W.; MILLER, W.H.; GRIFFIN, C.E. Muller and kirk’s small animal dermatology. 6. ed. Philadelphia: W.B.Saunders, 2001. 1130 p.

YAGER, J.A.; WILCOCK, B.P. Color atlas and text of surgical pathology of the dog and cat: Dermatopathology and skin tumors. 1.ed. Londres: Wolfe Publishing, cap.22, p.311-313, 1994.

WHITE; KWOCHKA, K. W. Distúrbios dermatológicos. In: FENNER, W. R. Consulta rápida em clínica veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2003. p. 344.


  1. ANEXOS