GESTÃO ESCOLAR E PROJETOS EDUCACIONAIS: ENFRENTANDO OS DESAFIOS DA SAÚDE MENTAL NA COMUNIDADE ESCOLAR

SCHOOL MANAGEMENT AND EDUCATIONAL PROJECTS: FACING THE CHALLENGES OF MENTAL HEALTH IN THE SCHOOL COMMUNITY

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505262055


Antônia Pereira Da Costa1
Ruth Leia Ferreira2
Hudson Góes Caetano3
Diógenes José Gusmão Coutinho4


RESUMO: Este artigo discute como a gestão escolar pode atuar de forma efetiva na promoção da saúde mental dentro do ambiente educacional, especialmente diante do crescimento alarmante de casos de ansiedade, depressão e estresse entre estudantes e educadores. Partimos da compreensão de que a escola, além de espaço de aprendizagem cognitiva, deve também ser um lugar de acolhimento e desenvolvimento emocional. A partir de uma abordagem metodológica que inclui revisão bibliográfica e análise de experiências práticas, apresentamos sugestões de projetos educacionais para que a gestão implemente ações voltadas ao bem-estar psicológico de todos os envolvidos no processo educativo. Propomos que a educação socioemocional seja incorporada ao currículo de forma transversal, promovendo habilidades como empatia, resiliência e comunicação não-violenta. Além disso, destacamos a importância de programas de mentoria, espaços de escuta ativa, oficinas de arte e expressão e a realização de semanas temáticas voltadas à saúde mental, como estratégias eficazes para o fortalecimento dos vínculos afetivos, a prevenção de transtornos e a valorização do cuidado mútuo. Os dados apresentados ao longo do artigo evidenciam que essas práticas contribuem não apenas para a melhoria do desempenho escolar, mas também para a criação de uma cultura de empatia e pertencimento. Concluímos que investir na saúde mental no ambiente escolar é uma necessidade urgente e um passo essencial para uma educação verdadeiramente humanizadora e transformadora.

Palavras – chaves: Saúde mental; Gestão escolar; Aprendizagem socioemocional; Projetos educacionais.

ABSTRACT: This article explores how school management can effectively contribute to the promotion of mental health within the educational environment, especially in light of the alarming increase in cases of anxiety, depression, and stress among students and educators. We begin with the understanding that the school, beyond being a space for cognitive learning, must also serve as a place of emotional support and development. Based on a methodological approach that includes a literature review and analysis of practical experiences, we present suggestions for educational projects that school administrators can implement to foster psychological well-being for all participants in the educational process. We propose the integration of social and emotional learning into the curriculum in a cross-cutting manner, promoting key skills such as empathy, resilience, and non-violent communication. Furthermore, we emphasize the importance of mentorship programs, active listening spaces, art and expression workshops, and mental health-themed weeks as effective strategies for strengthening affective bonds, preventing disorders, and fostering mutual care. The data presented throughout the article demonstrate that these practices contribute not only to improved academic performance but also to the creation of a culture of empathy and belonging. We conclude that investing in mental health within schools is an urgent necessity and an essential step toward a truly humanizing and transformative education.

Keywords: Mental health; School management; Social and emotional learning; Educational projects.

INTRODUÇÃO

A saúde mental tem se tornado uma questão cada vez mais discutida no ambiente escolar, refletindo o aumento de diagnósticos relacionados a transtornos de ansiedade, depressão e estresse entre alunos e educadores. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que problemas de saúde mental são uma das principais causas de evasão escolar e baixo desempenho acadêmico.

De acordo com a OMS (2022), 10% dos jovens entre 10 e 19 anos enfrentam transtornos mentais, e muitos desses casos não recebem o suporte adequado dentro do ambiente escolar. Além disso, um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, 2021) revelou que 32% dos adolescentes brasileiros apresentam sinais de depressão ou ansiedade durante o período escolar. Um relatório da UNICEF (2021) destacou que, na América Latina, aproximadamente 15% dos estudantes abandonam os estudos devido a problemas emocionais não tratados.

Além disso, a pandemia da COVID-19 exacerbou essa situação, aumentando a prevalência de sintomas de depressão e ansiedade entre jovens em até 30%, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em 2022. Diante desse cenário alarmante, surge o problema da pesquisa: como a gestão escolar pode contribuir efetivamente para o enfrentamento dessas questões através de projetos educacionais? Quais práticas podem ser implementadas para transformar o ambiente escolar em um espaço de promoção de bem-estar e prevenção de transtornos mentais?

A justificativa para este estudo reside na necessidade de promover um ambiente escolar mais acolhedor, que valorize o bem-estar emocional de alunos e profissionais da educação, visando não apenas o sucesso acadêmico, mas também o desenvolvimento integral dos indivíduos. A saúde mental dos estudantes tem sido cada vez mais associada ao desempenho escolar e à frequência, sendo considerada um fator determinante para o sucesso educacional a longo prazo. 

O objetivo deste estudo é propor aos gestores escolares práticas que podem ser implementadas para transformar o ambiente escolar em um espaço de promoção de bem-estar e prevenção de transtornos mentais, visando assim contribuir efetivamente para a melhoria da saúde mental através de projetos educacionais.

A metodologia adotada inclui uma revisão bibliográfica sobre o tema e análise de estudos de caso de instituições que já desenvolvem projetos na área. A triangulação dessas fontes permitiu uma compreensão do tema, destacando os principais desafios e potencialidades na implementação de programas de saúde mental nas escolas.

Essa pesquisa ressalta que a escola não é apenas um espaço de transmissão de conhecimento, mas também um local de convivência, desenvolvimento emocional e socialização. Este artigo discute como a gestão escolar pode atuar de forma proativa na prevenção e no enfrentamento dos problemas mentais, por meio de práticas e projetos que promovam o bem-estar de toda a comunidade escolar.

1. SUGESTÕES DE PROJETOS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL NA ESCOLA

Ao investir em iniciativas voltadas para a saúde mental, as escolas não apenas promovem o bem-estar individual dos alunos, mas também fortalecem a convivência e a qualidade do ensino. Criar uma cultura de empatia e solidariedade dentro do ambiente escolar beneficia não apenas os estudantes, mas toda a comunidade acadêmica, garantindo um futuro mais saudável e equilibrado para todos.

A inclusão da educação socioemocional no currículo escolar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para a formação integral dos alunos. Ao desenvolver habilidades emocionais e sociais desde a infância, as escolas contribuem para a construção de uma sociedade mais equilibrada, empática e resiliente.

A adoção de programas bem estruturados, aliada à capacitação dos educadores e ao envolvimento da família, pode trazer benefícios duradouros para o desenvolvimento infantil e juvenil. Como destaca a UNICEF (2024), preparar os alunos para lidar com emoções e relações interpessoais de forma saudável é tão essencial quanto ensiná-los a ler e escrever.

Portanto, investir na educação socioemocional não apenas melhora o desempenho acadêmico e a convivência escolar, mas também prepara os jovens para os desafios da vida adulta, promovendo saúde mental, bem-estar e uma sociedade mais humanizada.

Nesse cenário escolar a gestão tem um papel fundamental na promoção da saúde mental e na implementação de projetos educacionais que enfrentam os desafios contemporâneos vividos na comunidade escolar. Ao reconhecer a saúde mental como um pilar essencial para o sucesso acadêmico e social, a escola assume a responsabilidade de construir um ambiente seguro, empático e colaborativo. Através de uma ação integrada, que envolva escuta ativa, parcerias com profissionais da saúde, formação de educadores e o engajamento de alunos e familiares, é possível estabelecer uma cultura de acolhimento e cuidado contínuo.

A criação de ambientes acolhedores, onde o diálogo é valorizado e o bem-estar emocional é prioridade, contribui diretamente para a redução de casos de bullying e violência. A experiência do programa “Escola que Cuida”, implementado em diversas redes públicas do Brasil, revelou que iniciativas focadas na saúde mental resultaram em uma diminuição de 40% nos episódios de agressão entre estudantes e um aumento de 20% na frequência escolar. Estes dados reforçam a importância de uma gestão escolar que compreenda a saúde mental como um pilar fundamental para o sucesso educacional e social.

Um dos primeiros passos para a gestão escolar é realizar um diagnóstico participativo, ouvindo alunos, professores, funcionários e familiares sobre as principais demandas e desafios enfrentados. Essa escuta ativa e contínua permite identificar padrões e fatores de risco que podem impactar negativamente a saúde mental dos envolvidos. A partir dessa análise, é possível desenvolver programas de prevenção eficazes, como rodas de conversa, oficinas de habilidades socioemocionais, grupos de apoio e a inserção de temáticas relacionadas à saúde mental no currículo escolar. 

1.1 Programa de Educação Socioemocional

A introdução de disciplinas ou atividades extracurriculares focadas em habilidades socioemocionais, como inteligência emocional, empatia, comunicação não-violenta e resolução de conflitos, tem se mostrado essencial para o bem-estar estudantil e para a construção de ambientes escolares mais saudáveis. Segundo Cobucci (2025. p. 27), “programas de educação socioemocional aumentam o engajamento dos alunos em até 11% e contribuem para a melhora dos relacionamentos interpessoais e do desempenho acadêmico”.

O desenvolvimento das habilidades socioemocionais no ambiente escolar tem um impacto duradouro na vida dos alunos, ajudando-os a lidar com desafios cotidianos, administrar emoções e tomar decisões mais conscientes. De acordo com a UNESCO (2022), a aprendizagem socioemocional deve ser integrada ao currículo escolar para garantir que os estudantes adquiram não apenas competências cognitivas, mas também capacidades emocionais e sociais essenciais para a vida adulta. 

Estudos como os de Durlak et al. (2011, p. 32) apontam que “a implementação de programas de aprendizagem socioemocional promove um avanço de 27% nas habilidades sociais e emocionais dos alunos e uma redução de 23% nos problemas de comportamento, como agressividade e isolamento social”. Além disso, Durlak et al. (2011) indicam que alunos expostos a um ambiente escolar que valoriza o aprendizado socioemocional apresentam maior capacidade de lidar com o estresse e demonstram atitudes mais cooperativas no convívio social. 

Pesquisa recente conduzida por Silva et al. (2025) também reforça essa conclusão ao demonstrar que estratégias educacionais como o ensino baseado em simulação auxiliam na prevenção do comportamento suicida e contribuem para o bem-estar emocional dos estudantes.

A Organização Mundial da Saúde (2022) ressalta que investir no desenvolvimento de competências socioemocionais na infância e na adolescência pode prevenir transtornos mentais no futuro, além de melhorar a resiliência e a capacidade de adaptação dos alunos. Mango et. al (2025) mostram que estudantes que passaram por programas contínuos de educação socioemocional apresentaram níveis mais elevados de autoconfiança e menor propensão a desenvolver sintomas de ansiedade e depressão. Da mesma forma, Menza (2025), ao estudar adolescentes em sofrimento subjetivo em escolas públicas no período pós-pandêmico, identificou uma melhora considerável na integração e autoestima dos alunos expostos a práticas de educação emocional.

Além dos benefícios emocionais e comportamentais, há também impactos acadêmicos. Segundo uma análise da Universidade de Columbia (2024), para cada 1 dólar investido em programas de educação socioemocional, há um retorno de 11 dólares em benefícios à sociedade, considerando a melhora do desempenho acadêmico, a redução de comportamentos de risco e o aumento da produtividade na vida adulta. Esses benefícios também são observados por Santos Monteiro et al. (2023, p. 13), que argumentam que “a saúde mental deve ser integrada com as competências estruturantes do currículo escolar, em todas as etapas do ensino”.

A educação socioemocional tornou-se uma necessidade urgente nas escolas, considerando os desafios emocionais e sociais que os alunos enfrentam na atualidade. Habilidades como empatia, resiliência, autorregulação e comunicação são fundamentais para o desenvolvimento integral dos estudantes e devem ser cultivadas desde a infância. Para garantir a eficácia desse ensino, é essencial que as escolas adotem estratégias práticas e contínuas, integradas ao currículo e à rotina escolar.

Entre as abordagens mais eficazes para o ensino socioemocional, destacam-se as dinâmicas de grupo e dramatizações, que simulam situações reais do cotidiano, permitindo que os alunos desenvolvam a escuta ativa, a empatia e a resolução de conflitos de maneira segura e orientada. Os debates e rodas de conversa também são ferramentas valiosas, pois proporcionam espaços de diálogo onde os estudantes podem expressar suas emoções, refletir sobre diferentes perspectivas e aprimorar a comunicação não-violenta (Ribeiro & Tavares, 2021).

Além disso, a capacitação dos professores desempenha um papel essencial nesse processo. Um estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (2021) demonstrou que professores treinados para trabalhar habilidades socioemocionais contribuem para um aumento de 25% no engajamento dos alunos nas atividades escolares, evidenciando a importância da formação contínua dos educadores. 

A capacitação de professores para atuar como agentes de saúde mental dentro do ambiente escolar tem sido uma estratégia eficaz. Um estudo conduzido pela Universidade de Brasília (2021) indicou que 78% dos educadores que participaram de formações sobre saúde mental se sentiram mais preparados para lidar com situações de ansiedade e depressão entre os alunos.

Estudos recentes da UNICEF (2022) indicam que cerca de 37% dos adolescentes brasileiros relataram sentir-se frequentemente ansiosos ou deprimidos. A pesquisa revela que escolas que adotam programas de apoio emocional têm apresentado uma redução significativa em episódios de agressão e violência. A gestão escolar, portanto, deve investir em formação continuada, capacitando professores para identificar sinais de sofrimento mental e agir de forma preventiva.

O uso de metodologias ativas, como aprendizado baseado em projetos, estudos de caso e atividades gamificadas, também se mostra uma estratégia eficiente para engajar os alunos e tornar o ensino socioemocional mais significativo. Essas metodologias incentivam a participação ativa dos estudantes no próprio processo de aprendizagem, tornando-os mais preparados para enfrentar desafios reais (Albernas, 2025).

Além disso, a parceria com a família e a comunidade é um fator determinante para o sucesso dessas iniciativas. Collares (2025, p. 29) ressalta que “alunos cujas famílias participam ativamente de programas socioemocionais apresentam melhor desempenho acadêmico e maior bem-estar emocional”, reforçando a ideia de que a educação não deve se restringir ao ambiente escolar, mas envolver todos os aspectos da vida do estudante. A pesquisa de Cobucci (2025) enfatiza o papel da comunidade na construção de espaços mais saudáveis para adolescentes, propondo caminhos alternativos que conectam subjetividade, território e educação ambiental.

Diante dessas estratégias, diversos programas ao redor do mundo têm se destacado pela implementação eficaz da aprendizagem socioemocional. O programa RULER (2020), desenvolvido pelo Centro de Inteligência Emocional da Universidade de Yale, tem sido amplamente adotado em escolas dos Estados Unidos e de outros países, focando no desenvolvimento da regulação emocional. Estudos indicam que as escolas que aplicam esse método observam melhorias no clima escolar, no autocontrole dos alunos e nos relacionamentos interpessoais.

Da mesma forma, o programa Second Step, criado pelo Committee for Children, é uma iniciativa norte-americana voltada para crianças desde a educação infantil até o ensino médio, ensinando competências socioemocionais por meio de vídeos, atividades interativas e discussões guiadas. Jorge; Pinto e Quinderé (2011) apontam que escolas que adotaram esse tipo de programa registraram uma redução nos índices de bullying e um aumento na cooperação entre os estudantes.

No Brasil, programas como Amigos do Zippy têm obtido grande sucesso ao ensinar crianças de 6 a 7 anos a desenvolverem habilidades de enfrentamento emocional e resolução de problemas. Silva (2025) observou que 85% dos alunos que participaram do programa demonstraram maior capacidade de lidar com desafios emocionais e sociais.

Outro exemplo significativo é o programa Educação Emocional e Social, implementado no estado de Santa Catarina em 2023, que trabalha temas como empatia, autocontrole e resiliência com alunos da rede pública. Os resultados indicam uma redução de conflitos escolares e uma melhoria no desempenho acadêmico.

1.2 Programas de mentoria e acolhimento

Além das iniciativas voltadas ao ensino socioemocional, a implementação de programas de mentoria e acolhimento tem se mostrado uma estratégia eficaz para fortalecer redes de apoio no ambiente escolar. A criação de vínculos positivos entre alunos e educadores possibilita a troca de experiências e a construção de um ambiente seguro para o desenvolvimento emocional (Silva, 2025). 

A mentoria escolar pode assumir diferentes formatos, como a mentoria entre alunos, onde estudantes mais experientes auxiliam colegas mais jovens, promovendo suporte emocional, acadêmico e social (Cardoso, 2014). Esse modelo fortalece a cooperação, reduz a solidão e melhora a adaptação ao ambiente escolar. 

Também é possível implementar a mentoria por educadores e funcionários da escola, em que professores, coordenadores e outros profissionais atuam como mentores, ajudando os alunos a lidarem com desafios emocionais e acadêmicos. Grupos de apoio e rodas de conversa também desempenham um papel importante, pois permitem a troca de experiências e o fortalecimento da empatia entre os participantes (Santos; Quixadá, 2023).

A implementação de programas de mentoria e acolhimento dentro das escolas exige planejamento estratégico e adoção de práticas eficazes para garantir impactos positivos na formação dos alunos. Para que essas iniciativas sejam bem-sucedidas, algumas diretrizes devem ser seguidas, assegurando que os mentores e mentorados usufruam ao máximo dos benefícios proporcionados por esse suporte.

Um dos primeiros passos para a consolidação da mentoria escolar é a seleção e treinamento adequado dos mentores. Tanto alunos quanto professores que assumem esse papel devem receber capacitação específica para desempenhar sua função com responsabilidade e empatia. O treinamento pode abranger técnicas de escuta ativa, empatia, mediação de conflitos e suporte emocional, capacitando os mentores a lidar com diferentes desafios enfrentados pelos mentorados. Esse preparo é essencial para que o programa seja efetivo e contribua para a construção de relações de confiança dentro da comunidade escolar.

Além da formação inicial dos mentores, o acompanhamento contínuo dos alunos mentorados é uma prática indispensável. Para que os efeitos da mentoria sejam duradouros, é necessário monitorar regularmente o progresso dos estudantes, identificando suas necessidades específicas e possíveis dificuldades enfrentadas ao longo do processo. Esse acompanhamento pode ocorrer por meio de reuniões individuais, rodas de conversa e registros de evolução, permitindo ajustes e intervenções necessárias para fortalecer os vínculos entre mentores e mentorados (Ribeiro; Tavares, 2021).

Outro aspecto fundamental para a eficácia desses programas é a parceria com profissionais da área da saúde mental, como psicólogos e assistentes sociais. Esses especialistas podem fornecer suporte adicional, orientando os mentores sobre abordagens eficazes para lidar com questões emocionais dos alunos (Jorge, Pinto & Quinderé, 2011). Além disso, a realização de workshops e palestras sobre saúde mental contribui para sensibilizar toda a comunidade escolar sobre a importância do bem-estar emocional e psicológico dos estudantes, como demonstrado por Cardoso (2014), ao avaliar percepções de usuários da atenção primária em saúde mental.

A integração da mentoria com atividades extracurriculares também se mostra uma estratégia eficiente para engajar os alunos no programa. Associar o processo de mentoria a esportes, oficinas artísticas e projetos sociais pode torná-lo mais dinâmico e envolvente, promovendo o desenvolvimento de habilidades socioemocionais de maneira prática e interativa. 

Estudos como os de Matos Peixoto et al. (2013) apontam que atividades como a musicoterapia comunitária têm papel relevante no fortalecimento de vínculos e na promoção da saúde mental, ao incentivar a cooperação, o trabalho em equipe e a expressão pessoal. Da mesma forma, iniciativas voltadas ao público adolescente em ambientes comunitários têm revelado resultados positivos, como no relato de Landim & Tannure (2023) sobre experiências de grupos de saúde mental na atenção primária.

Por fim, um fator determinante para o sucesso da mentoria escolar é o engajamento da família no processo. O envolvimento dos pais e responsáveis fortalece os laços familiares e amplia a rede de apoio disponível para o aluno, garantindo que as experiências adquiridas na escola sejam reforçadas também no ambiente doméstico. Como defendem Collares (2025) e Cobucci (2025), a família e a comunidade desempenham papeis complementares na atenção à saúde mental infantojuvenil, e sua participação efetiva pode potencializar os efeitos da intervenção escolar. Quando a família participa ativamente do desenvolvimento do estudante, os impactos positivos da mentoria se tornam ainda mais significativos, promovendo um crescimento mais equilibrado e sustentável para o aluno.

Dessa forma, a implementação de programas de mentoria e acolhimento eficazes depende de um conjunto de práticas estruturadas, que vão desde a capacitação dos mentores até o acompanhamento contínuo dos mentorados, parcerias com profissionais especializados, inserção em atividades extracurriculares e participação ativa da família. Essas estratégias garantem que a mentoria cumpra seu papel de proporcionar suporte emocional e acadêmico aos alunos, promovendo um ambiente escolar mais inclusivo, acolhedor e favorável ao desenvolvimento integral dos estudantes (Santos Monteiro et al., 2023; Silva et al., 2025).

Os impactos positivos da mentoria são amplamente documentados por pesquisas. O programa Amigos do Zippy, por exemplo, conseguiu reduzir em 20% os índices de ansiedade infantil em escolas brasileiras. Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (2020) apontou que projetos de mentoria contribuem para o fortalecimento da autoestima e do senso de pertencimento, fatores fundamentais para um desenvolvimento emocional saudável. 

O mesmo estudo demonstrou que escolas que adotam programas estruturados de mentoria apresentam maior participação dos alunos nas atividades escolares e menor índice de evasão. Além disso, pesquisas da Harvard Graduate School of Education (2018) indicam que estudantes que participam de programas de mentoria têm 50% mais chances de concluir o ensino médio em comparação com aqueles que não possuem esse suporte.

A implementação estruturada da mentoria, aliada a treinamentos adequados e ao envolvimento da comunidade escolar, pode gerar impactos positivos duradouros na vida dos estudantes. Como destaca a UNICEF e reforçam autores como Mango, Campos & Soares (2025), um ambiente escolar baseado no acolhimento e na empatia é um dos fatores-chave para garantir o sucesso acadêmico e o bem-estar emocional dos alunos.

Portanto, investir em programas de mentoria não só fortalece a saúde mental dos estudantes, como também contribui para a construção de uma cultura escolar mais colaborativa, solidária e engajada no desenvolvimento integral de seus alunos.

1.3 Semana da Saúde Mental

Outro aspecto essencial para a promoção da saúde emocional nas escolas é a realização de uma Semana de Saúde Mental, um evento voltado à conscientização sobre bem-estar emocional e prevenção de transtornos psicológicos. A proposta consiste na realização de uma programação especial, com atividades diversificadas que envolvem educação emocional, práticas de relaxamento, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e acesso a informações sobre saúde mental, beneficiando não apenas os alunos, mas também professores, funcionários e familiares. Experiências como as descritas por Mango, Campos e Soares (2025), que analisam manifestações de sofrimento psíquico entre diferentes grupos sociais na universidade, reforçam a importância de ações estruturadas e preventivas desde os primeiros anos escolares.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) destaca que a promoção do bem-estar emocional nas escolas pode reduzir em até 25% os sintomas de ansiedade e depressão entre os jovens. Além disso, um relatório da UNESCO aponta que escolas que realizam ações preventivas para a saúde mental apresentam melhora significativa no desempenho acadêmico e na convivência entre os alunos. Estudos nacionais, como o de Silva et al. (2025), demonstram que práticas como o ensino baseado em simulação contribuem significativamente para a prevenção do comportamento suicida em ambiente escolar.

Além de proporcionar um espaço para o diálogo sobre temas muitas vezes considerados tabu, esse evento contribui para a prevenção de transtornos mentais e a promoção de um ambiente mais acolhedor para os alunos, professores e demais profissionais da educação. Azevedo e Araújo (2015) destacam a importância do acolhimento e da escuta ativa na formação dos profissionais de saúde mental, elementos que também se aplicam ao contexto escolar.

A realização desse evento nas escolas traz uma série de benefícios comprovados por pesquisas científicas. Um dos principais impactos da iniciativa é a redução do estresse e da ansiedade entre os estudantes. A American Psychological Association (APA) destaca que a prática regular de diálogo pode diminuir o estresse em até 30%, contribuindo significativamente para o bem-estar dos alunos. Além disso, o aumento do engajamento escolar é outro efeito positivo da Semana da Saúde Mental. Um estudo da Universidade de Harvard (2020) revelou que a implementação de atividades voltadas para o autocuidado no ambiente escolar eleva em 15% o engajamento dos alunos e reduz conflitos interpessoais em 20%. No Brasil, pesquisas como as de Menza (2025) reforçam a necessidade de ações estruturadas para acolher adolescentes em sofrimento subjetivo no ambiente escolar, especialmente no contexto pós-pandêmico.

Outro aspecto fundamental dessa iniciativa é o desenvolvimento da inteligência emocional dos estudantes. A educação emocional permite que os alunos adquiram habilidades como autoconsciência, resiliência e capacidade de lidar com desafios diários, impactando diretamente sua convivência social e desempenho acadêmico. 

Segundo a OMS (2022), 50% dos transtornos mentais surgem antes dos 14 anos, o que reforça a necessidade de ações preventivas dentro das escolas para evitar o agravamento de problemas emocionais ao longo da vida. Autores como Jorge, Pinto e Quinderé (2011) defendem o uso de tecnologias do cuidado, como o acolhimento e o vínculo, como estratégias fundamentais na promoção da saúde mental desde a infância.

Para que a iniciativa seja eficaz e impactante, é essencial que as escolas ofereçam atividades variadas e acessíveis a toda a comunidade escolar. Uma das estratégias mais eficazes é a realização de palestras e debates sobre saúde mental, com a participação de psicólogos, psiquiatras e educadores para abordar temas como ansiedade, depressão, autoestima e prevenção ao suicídio. Esses encontros são fundamentais para promover o diálogo aberto sobre saúde mental, incentivando os alunos a buscarem ajuda sempre que necessário. Santos e Quixadá (2023) destacam a importância da empatia e da escuta ativa como estratégias educativas essenciais no contexto escolar.

As rodas de conversa e o compartilhamento de experiências também são práticas recomendadas, pois permitem que os alunos expressem suas emoções e vivências de forma segura, promovendo apoio mútuo e fortalecendo a empatia entre colegas. Além disso, atividades como oficinas de conversação e meditação guiada ajudam os estudantes a desenvolver maior controle emocional e a reduzir o estresse. Estudos da Universidade de Stanford indicam que alunos que praticam ioga regularmente apresentam níveis mais baixos de estresse e maior capacidade de concentração nas atividades escolares. No Brasil, experiências descritas por Landim e Tannure (2023) mostram que grupos de saúde mental voltados para adolescentes na atenção primária também podem ser adaptados para ambientes escolares com sucesso.

Outro recurso importante na programação da Semana da Saúde Mental são as atividades artísticas e expressivas, como pintura, música, escrita criativa e teatro. Essas práticas auxiliam no autoconhecimento e na expressão emocional, possibilitando que os alunos lidem melhor com suas emoções. Matos Peixoto et al. (2013) demonstram que a musicoterapia comunitária tem impactos relevantes na promoção da saúde mental e no fortalecimento do senso de pertencimento.

Além disso, a valorização da autoestima pode ser incentivada por meio de dinâmicas como a escrita de bilhetes motivacionais, a criação de murais da gratidão e o uso de diários de emoções, promovendo um ambiente escolar mais positivo e encorajador. O treinamento de professores e funcionários também é essencial para que educadores consigam identificar sinais de sofrimento emocional nos alunos e oferecer apoio adequado, como propõem Collares (2025) e Silva (2025), ao abordar as representações sociais de professores diante do suicídio e problemas de comportamento infantil.

Para ampliar o alcance da iniciativa, as escolas podem promover campanhas de conscientização sobre saúde mental, distribuindo materiais educativos, cartilhas e vídeos que abordem a importância do tema e ajudem a desconstruir preconceitos. Além disso, a criação de um espaço de acolhimento emocional dentro da escola pode ser um diferencial para oferecer suporte contínuo aos alunos que precisam de orientação psicológica. Esse ambiente deve ser seguro e conduzido por profissionais capacitados, garantindo um local adequado para que os estudantes possam expressar suas dificuldades emocionais (Cobucci, 2025).

A experiência de outras iniciativas bem-sucedidas demonstra o impacto positivo de ações voltadas para a saúde mental no ambiente escolar. No Brasil, a campanha Janeiro Branco promove a conscientização sobre a importância da saúde mental por meio de palestras, oficinas e atendimentos psicológicos gratuitos, sendo adotada por diversas escolas como parte de sua programação anual. Outra iniciativa relevante é o Setembro Amarelo, um movimento nacional de prevenção ao suicídio que incentiva o diálogo sobre saúde mental nas instituições de ensino.

Diante de todos esses aspectos, fica evidente que a Semana da Saúde Mental é uma estratégia indispensável para a promoção do bem-estar emocional dentro das escolas. A implementação de ações variadas, como palestras, rodas de conversa, atividades artísticas e treinamentos para educadores, possibilita que os alunos desenvolvam habilidades essenciais para lidar com suas emoções e desafios diários. Além disso, ao estimular o diálogo sobre saúde mental e oferecer suporte psicológico, a escola se torna um espaço mais acolhedor e preparado para atender às necessidades emocionais de seus estudantes.

Mais do que um evento pontual, a Semana da Saúde Mental é uma estratégia eficaz para reduzir estresse, promover a inteligência emocional e criar um ambiente escolar mais acolhedor. Com a implementação de atividades variadas e acessíveis, os alunos podem desenvolver habilidades essenciais para o enfrentamento de desafios emocionais e acadêmicos. 

Além dos benefícios individuais, essa iniciativa contribui para a criação de uma cultura escolar baseada no respeito, na empatia e no cuidado mútuo, resultando em um impacto positivo a longo prazo para toda a comunidade escolar. Como destaca a UNICEF (2020), investir na saúde mental dos estudantes é tão importante quanto garantir sua educação acadêmica, pois ambos os aspectos estão profundamente interligados no processo de aprendizagem e desenvolvimento humano.

1.4 Espaço de Escuta Ativa

Além da Semana da Saúde Mental, a criação de um Espaço de Escuta Ativa dentro das escolas tem se mostrado uma estratégia fundamental para o acolhimento emocional dos estudantes. Estudos da Fundação Oswaldo Cruz (2021) indicam que escolas que disponibilizam locais específicos para escuta ativa registram uma redução de 35% nos casos de depressão entre estudantes, além de fortalecerem o vínculo dos alunos com a escola, resultando em um aumento de 20% na frequência escolar. 

Para garantir a efetividade desse espaço, é fundamental que ele seja estruturado de forma acolhedora e conte com profissionais capacitados para oferecer suporte emocional aos alunos, nesse caso sugerimos a implementação das mentorias, mencionadas anteriormente, neste espaço de escuta ativa. Segundo Jorge, Pinto e Quinderé (2011), o acolhimento e a escuta ativa são práticas fundamentais para fortalecer os vínculos entre estudantes e profissionais da educação, permitindo um cuidado mais humanizado e eficiente. Diante disso, a criação de um Espaço de Escuta Ativa nas escolas deve seguir diretrizes específicas para garantir sua efetividade e acessibilidade.

Um dos primeiros aspectos a ser considerado é a necessidade de um local reservado e acolhedor. De acordo com Ribeiro e Tavares (2021), um ambiente bem estruturado, que oferece privacidade e conforto, é essencial para que os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas emoções sem medo de julgamento. Esse espaço deve transmitir segurança e acolhimento, evitando que os estudantes se sintam expostos ao expressar suas preocupações.

Além disso, é essencial contar com uma equipe qualificada, composta por psicólogos escolares, assistentes sociais e educadores capacitados em escuta ativa e mediação de conflitos. Segundo Santos e Quixadá (2023), a formação de equipes especializadas dentro da escola fortalece a implementação de práticas de prevenção ao suicídio e promoção da saúde mental, tornando o ambiente escolar um espaço de apoio integral. Em instituições onde não há profissionais de psicologia disponíveis, a capacitação de professores para atuar como facilitadores no acolhimento inicial pode ser uma solução viável, permitindo que os alunos tenham acesso a uma escuta qualificada.

A articulação do espaço de escuta ativa com uma rede de atendimento especializado é essencial para garantir o encaminhamento adequado de alunos que necessitam de suporte psicológico contínuo. Segundo Matos Peixoto et al. (2013), a parceria com serviços de saúde mental externos amplia a capacidade de atendimento da escola, oferecendo um suporte mais completo para os estudantes que enfrentam desafios emocionais mais complexos.

A flexibilidade e acessibilidade do atendimento também são fatores determinantes para o sucesso do espaço de escuta ativa. De acordo com Jorge et al. (2011), os alunos devem ter liberdade para buscar o atendimento sempre que precisarem, sem burocracias ou horários restritos que dificultem o acesso. Além disso, incluir momentos específicos na rotina escolar para o atendimento psicológico pode contribuir para a normalização do cuidado com a saúde mental dentro da escola.

Outro recurso importante para fortalecer a escuta ativa é a realização de rodas de conversa e grupos de apoio, permitindo que os alunos compartilhem suas experiências e desenvolvam habilidades de empatia e cooperação. Segundo Cardoso (2014), a troca de experiências em grupo é um dos fatores que mais contribuem para a construção de redes de suporte emocional dentro do ambiente escolar, ajudando os estudantes a se sentirem pertencentes e compreendidos.

A implementação de um canal de comunicação confidencial também pode ser uma estratégia eficaz para ampliar o alcance da escuta ativa. Nem todos os alunos se sentem confortáveis para relatar suas dificuldades pessoalmente, e, por isso, disponibilizar uma caixa de sugestões ou um sistema digital anônimo pode facilitar a identificação de casos que necessitam de acompanhamento mais próximo (Azevedo & Araújo, 2015).

Além do suporte oferecido dentro da escola, a integração com as famílias desempenha um papel fundamental no fortalecimento do acolhimento emocional. Como apontam Landim e Tannure (2023), o envolvimento dos pais e responsáveis nos programas de escuta ativa permite que o suporte oferecido na escola seja reforçado em casa, criando um ambiente mais estável para o desenvolvimento emocional dos alunos. Para isso, é recomendável que a escola realize reuniões, palestras e materiais educativos voltados para a conscientização sobre a importância do suporte emocional no ambiente familiar.

A criação de um Espaço de Escuta Ativa dentro da escola representa um avanço significativo na promoção da saúde mental dos alunos, ajudando a reduzir o estresse, prevenir transtornos emocionais e fortalecer os vínculos dentro da comunidade escolar.

Além de oferecer suporte emocional, esse espaço cria uma cultura de acolhimento e empatia, tornando a escola um ambiente onde os estudantes se sentem seguros para compartilhar suas dificuldades e buscar ajuda quando necessário. Como destaca a UNICEF (2022), garantir que os jovens tenham um suporte emocional adequado dentro da escola é fundamental para seu desenvolvimento acadêmico, social e pessoal. Ao investir nessa iniciativa, as escolas promovem não apenas o bem-estar individual dos alunos, mas também a construção de uma sociedade mais solidária, equilibrada e preparada para lidar com desafios emocionais ao longo da vida.

Dessa forma, a implementação de um Espaço de Escuta Ativa bem estruturado pode transformar o ambiente escolar em um espaço de acolhimento e fortalecimento emocional. Seguindo diretrizes como a criação de um ambiente reservado e acolhedor, a qualificação de profissionais, a promoção de rodas de conversa e a integração com a família e serviços especializados, as escolas podem oferecer um suporte mais efetivo para a saúde mental dos estudantes. Como enfatizam Santos Monteiro et al. (2023), a escuta ativa não é apenas uma ferramenta de apoio emocional, mas também um instrumento poderoso para a construção de uma cultura escolar mais empática, solidária e humanizada.

1.5 Oficinas de arte e expressão

Por fim, outra abordagem inovadora no ensino socioemocional são as oficinas de arte e expressão, que são uma poderosa ferramenta de expressão emocional, autoconhecimento e desenvolvimento social. Atividades como teatro, pintura, dança, escultura, escrita criativa e música permitem que os alunos externalizem sentimentos, reduzam o estresse e aprimorem suas habilidades socioemocionais. As oficinas de arte e expressão criam um ambiente onde os estudantes podem explorar sua criatividade, melhorar a autoestima e desenvolver habilidades essenciais para a vida.

Um estudo conduzido pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (2020) aponta que a participação em oficinas de arte pode reduzir significativamente os níveis de ansiedade e fortalecer a autoestima dos alunos. Isso ocorre porque a arte estimula a criatividade e a expressão emocional, permitindo que os estudantes lidem melhor com suas emoções e conflitos internos.

Além disso, um estudo da Universidade de Brasília (2022) revelou que escolas que implementaram oficinas de arte registraram uma redução de 30% nos índices de ansiedade entre alunos do ensino médio. A pesquisa também mostrou que essas atividades contribuem para melhorias na concentração, no desempenho acadêmico e no engajamento dos estudantes.

A Associação Americana de Arteterapia (AATA) reconhece a arte-terapia como um método eficaz no tratamento de distúrbios emocionais e comportamentais, auxiliando crianças e adolescentes a desenvolverem habilidades emocionais e sociais de forma mais equilibrada. Segundo a AATA (2020), a arte-terapia promove autoconsciência, melhora o foco, reduz sintomas de ansiedade e auxilia na resolução de traumas. O ambiente escolar, ao incorporar oficinas de arte e expressão, possibilita que os estudantes desenvolvam habilidades emocionais e sociais de forma natural e envolvente, proporcionando um impacto positivo na aprendizagem e no convívio social.

Um dos principais benefícios das oficinas de arte é sua capacidade de atuar como uma válvula de escape para emoções reprimidas. Muitas vezes, os alunos enfrentam dificuldades emocionais que não conseguem verbalizar, e a arte oferece um meio seguro para que expressem sentimentos, aliviando tensões do dia a dia. Peixoto (2013) indica que atividades artísticas, como pintura e desenho, contribuem para a redução do estresse, uma vez que estimulam áreas do cérebro responsáveis pelo relaxamento e pela criatividade. Pesquisas da Universidade de Nova York (2019) apontam que a prática regular do desenho e da pintura pode diminuir significativamente a produção de cortisol, hormônio associado ao estresse, promovendo um estado de relaxamento mental e equilíbrio emocional.

Além de atuar na regulação emocional, as oficinas de arte fortalecem a autoestima dos estudantes. A participação em atividades artísticas gera um senso de conquista e reconhecimento, permitindo que os alunos desenvolvam confiança em suas habilidades. A dança, por exemplo, é uma modalidade que favorece a expressão corporal e a autoconfiança, auxiliando na superação da timidez e na construção de uma autoimagem positiva. 

Um estudo da Universidade de Oxford (2018) revelou que aulas regulares de dança em escolas contribuem para o aumento da sensação de bem-estar e para a redução de sintomas de depressão leve e ansiedade, evidenciando a importância dessa prática no desenvolvimento emocional dos alunos.

Outro aspecto relevante das oficinas artísticas é a promoção do senso de pertencimento. Muitas crianças e adolescentes enfrentam desafios relacionados ao isolamento social e à dificuldade de se integrar a grupos, e atividades colaborativas, como teatro e música em grupo, ajudam a fortalecer laços e a estimular a empatia. O teatro, por exemplo, tem se mostrado um recurso eficaz na construção de habilidades de comunicação, empatia e trabalho em equipe. 

O programa “Teatro na Escola”, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação de São Paulo, demonstrou impacto positivo na redução da evasão escolar, com uma diminuição de 22% nos casos de abandono dos estudos, evidenciando que o engajamento artístico pode ser um fator determinante na permanência dos alunos na escola.

Além dos benefícios emocionais e sociais, a participação em oficinas de arte também impacta diretamente o desempenho acadêmico dos alunos, demonstram que atividades artísticas estimulam áreas do cérebro responsáveis pela criatividade, memória e raciocínio lógico, habilidades fundamentais para o aprendizado. 

A música, por exemplo, tem efeitos positivos no desenvolvimento cognitivo e na concentração. Pesquisas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (2020) indicam que tocar um instrumento ou cantar aumenta a liberação de dopamina, neurotransmissor ligado à sensação de prazer e motivação, além de contribuir para a melhora do foco e da capacidade de resolução de problemas.

A escrita criativa e a poesia também desempenham um papel significativo no aprimoramento do pensamento crítico e da expressão verbal. Segundo um estudo da Universidade de Cambridge (2024), a escrita expressiva melhora a saúde mental e pode até mesmo reduzir sintomas de estresse pós-traumático. Atividades que incentivam a produção literária ajudam os alunos a organizar suas emoções, aprimorar a argumentação e desenvolver a criatividade, além de se tornarem ferramentas valiosas para o aprendizado de linguagem e interpretação de textos.

Diante da relevância das oficinas de arte para o desenvolvimento integral dos alunos, é essencial que as escolas busquem estratégias para implementá-las de forma eficiente. Criar um espaço adequado e estimulante, com materiais artísticos e estrutura para diferentes expressões criativas, é um primeiro passo importante. Além disso, parcerias com artistas e profissionais da área podem enriquecer a experiência dos alunos, proporcionando um contato mais aprofundado com as diversas formas de arte.

Além disso, o suporte psicológico e pedagógico pode ampliar os benefícios emocionais e educacionais das oficinas artísticas. Trabalhar a arte de forma integrada com a equipe pedagógica e psicológica permite que os alunos sejam orientados na exploração de suas emoções e no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

Ao redor do mundo, diversos programas bem-sucedidos demonstram a eficácia da arte como ferramenta educacional e emocional. No Brasil, o Projeto Guri oferece ensino gratuito de música para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, contribuindo para o fortalecimento da disciplina, da autoestima e do desenvolvimento cognitivo dos participantes. 

No Reino Unido, o programa ArtReach leva oficinas de teatro, pintura e música para escolas públicas, promovendo a inclusão social e o bem-estar emocional dos alunos. Já na Venezuela, o El Sistema é um dos maiores programas de educação musical do mundo, impactando milhares de crianças e jovens por meio da música, com benefícios comprovados no desenvolvimento acadêmico e emocional.

O sistema educacional da Finlândia também valoriza a arte como parte essencial do aprendizado, utilizando o teatro e a improvisação como ferramentas para o desenvolvimento emocional e social dos estudantes. A experiência desses países reforça a importância de investir na arte dentro das escolas, não apenas como um complemento ao ensino tradicional, mas como um elemento indispensável na formação de indivíduos mais equilibrados e preparados para os desafios da vida.

Em conclusão, as oficinas de arte e expressão são um meio eficaz de promover o desenvolvimento socioemocional, melhorar o desempenho acadêmico e contribuir para a construção de um ambiente escolar mais acolhedor e motivador. As atividades artísticas possibilitam que os alunos explorem suas emoções, desenvolvam habilidades essenciais para a vida e fortaleçam sua identidade e autoestima. 

Portanto, investir na arte como ferramenta educacional não é apenas uma estratégia complementar, mas uma necessidade para o desenvolvimento integral dos estudantes e para a criação de uma escola mais humanizada e inclusiva. Como destaca a UNESCO (2022), o ensino da arte na escola não deve ser visto como um luxo, mas como uma necessidade para o desenvolvimento integral dos estudantes. Ao investir na arte como ferramenta educacional, as escolas ajudam a formar indivíduos mais equilibrados emocionalmente, resilientes e preparados para enfrentar os desafios da vida.

Diante de todos esses fatores, fica evidente que a inclusão da saúde mental no currículo escolar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para a formação integral dos alunos. Investir em estratégias de ensino que promovam o desenvolvimento emocional e social dos estudantes não apenas melhora o desempenho acadêmico e a convivência escolar, mas também prepara os jovens para os desafios da vida adulta, promovendo saúde mental, bem-estar e uma sociedade mais empática e resiliente. Como destaca a UNICEF (2018), garantir suporte emocional dentro das escolas é tão essencial quanto ensiná-los a ler e escrever, pois ambos os aspectos estão profundamente interligados no processo de aprendizagem e desenvolvimento humano.

CONCLUSÃO 

A presente reflexão evidenciou que a promoção da saúde mental no ambiente escolar exige um compromisso coletivo e multidimensional, no qual a gestão educacional assume um papel central. Ao reconhecer a escola como um espaço não apenas de aprendizagem cognitiva, mas também de desenvolvimento emocional e social, amplia-se a compreensão sobre o papel que os gestores, professores, alunos, famílias e comunidade desempenham na construção de um ambiente escolar mais saudável, empático e acolhedor.

Os projetos educacionais apresentados ao longo deste estudo — como programas de educação socioemocional, mentoria, escuta ativa, oficinas de arte e a realização da Semana da Saúde Mental — demonstram ser estratégias eficazes para prevenir transtornos emocionais, fortalecer vínculos afetivos e criar uma cultura de pertencimento. Tais ações, quando integradas de forma planejada e contínua à rotina escolar, contribuem para o desempenho acadêmico, a redução de evasão, o fortalecimento da autoestima e a formação de indivíduos mais preparados para lidar com os desafios contemporâneos.

A literatura e os dados analisados indicam que escolas que implementam práticas estruturadas de acolhimento emocional observam melhorias significativas nos indicadores de frequência, comportamento e rendimento escolar. Nesse sentido, destaca-se a importância de investimentos em formação continuada de educadores, parcerias com profissionais da saúde mental e o fortalecimento do vínculo escola-família-comunidade como pilares essenciais para a sustentabilidade dessas ações.

Conclui-se, portanto, que investir em saúde mental no contexto escolar é mais do que uma resposta às demandas atuais: é uma estratégia transformadora que posiciona a escola como um espaço de cuidado, escuta e transformação social. A gestão escolar, ao adotar práticas humanizadas e preventivas, cumpre seu papel não apenas como gestora de processos pedagógicos, mas como promotora de vidas mais plenas, conscientes e emocionalmente saudáveis.

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1Professora da rede pública do estado de Rondônia, Mestranda em educação. EMAIL: antoniapvh@yahoo.com.br
2Professora da rede pública do estado de Rondônia, Mestranda em educação. EMAIL: ruth.leiapvh38@gmail.com
3Gestor da rede pública do estado de Rondônia, Mestrando em educação. EMAIL: hudson.goescaetano@gmail.com
4Professor orientador do mestrado em educação da Christian Business School. EMAIL: diogenes.gusmao@cbseducationead.com