GESTÃO DA MICRO E PEQUENA EMPRESA: DESAFIOS EMPRESARIAIS EM CENÁRIO DE CRISE DECORRENTE DA PANDEMIA DO COVID-19

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202409222241


Elina Martins Silva1,
Juliano Mendonça Terra2,
Danielle Nunes Valadão3


RESUMO

O trabalho tem como abordagem principal a análise dos desafios impostos pela gestão das micro e pequenas empresas, visto o cenário de crise em um município de Minas Gerais. Assim abordou-se como problema de pesquisa quais os desafios impostos às MPEs em um cenário de crise, decorrente da pandemia do COVID-19 em um município do interior do estado de Minas Gerais? Utilizando o método de uma revisão bibliográfica para dar embasamento à pesquisa de campo que por sua vez, foi realizada através da aplicação de questionários presenciais à sessenta e oito micro e pequenos empreendedores do município de Piumhi/MG, com amostragem não probabilística por acessibilidade e posterior análise dos dados coletados nos questionários. Os resultados demonstraram o perfil empresarial e as questões que mais impactam os empreendimentos em relação as questões relacionadas as restrições e alterações gerais pela pandemia, sendo verificado que as vendas on-line tem sido um dos recursos mais utilizado pelas Micro e Pequenas empresas do setor de comercio. Por fim, o trabalho no que tange as implicações praticas, teve possibilidade de identificar os principais efeitos nas MPEs de um cenário em crise, indicando práticas adequadas a serem implantadas pelos microempreendedores.

Palavras-Chave: Gestão de MPEs; Cenário de crise; Desafios empresariais

ABSTRACT

The main approach of this paper is to analyze the challenges imposed by the management of micro and small companies, considering the crisis scenario in a municipality in Minas Gerais. So it was approached as a research problem what are the challenges imposed on MSEs in a crisis scenario, resulting from the COVID-19 pandemic in a city in the interior of the state of Minas Gerais? Using the method of a bibliographic review to support the field research, which in turn was carried out through the application of face-to-face questionnaires to sixtyeight micro and small entrepreneurs in the municipality of Piumhi / MG, with non-probability sampling for accessibility and later analysis of the data collected in the questionnaires. The results showed the business profile and the issues that most impact the ventures in relation to issues related to restrictions and general changes due to the pandemic, and it was verified that online sales have been one of the resources most used by Micro and Small companies in the sector. business. Finally, the work with regard to the practical implications, had the possibility to identify the main effects on MSEs in a crisis scenario, indicating appropriate practices to be implemented by microentrepreneurs.

Keywords: MSE management; Crisis scenario; Business challenges

1 INTRODUÇÃO

As micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras tendem a ser o motor da economia brasileira, visto que a grande maioria das empresas em território brasileiro se caracterizar por serem de pequeno a médio porte. Sendo assim, as micro e pequenas empresas possuem um papel de destaque na economia brasileira pois, além de terem influência relevante no Produto Interno Bruto (PIB), também contribuem significativamente com a geração de renda e de emprego para as famílias brasileiras (SEBRAE, 2018). Junto à essa importância econômica, os empreendimentos de micro e pequeno porte lutam por sua sobrevivência nos mercados atuais, sendo que um percentual expressivo tem ciclo de vida curto. Pesquisas apontam que a cada 100 MPEs criadas, apenas 73 sobrevivem aos dois primeiros anos de atividade e que essa taxa supera a de países modelo de empreendedorismo, como a Itália, por exemplo (SEBRAE, 2018). A alta taxa de mortalidade de MPEs se deve aos desafios e dificuldades encontrados nos mercados, como fatores econômicos adversos e falta de experiência em planejamento para fazer uma boa gestão financeira (SILVA, 2013). Bernardi (2019) relata que falta de planejamento, de capital de giro, de clientes, problemas financeiros, má gestão de estoques, imobilizações desnecessárias, endividamento excessivo, alto nível de custos, preços inadequados, mão de obra, qualidade e produtividade deficientes são fatores que contribuem para a decadência e mortalidade das MPEs. Para Marolli (2011), a alta carga tributária também dificulta a continuidade dos negócios e a competitividade. Todavia, Silva (2004), destaca que muitas MPEs têm apresentado uma grande flexibilidade ao lidar com dificuldades e desafios através de inovação e sensibilidade às exigências do mercado, contribuindo, assim, com a geração de oportunidades para o aproveitamento de uma grande parcela da força de trabalho e do desenvolvimento social. Somados aos desafios acima mencionados, as empresas em geral, e as MPEs em especial, foram submetidas a partir de fevereiro de 2020 a novos e 14 importantes desafios impostos pelo surto do Coronavírus (SARS-CoV-2), causador da Covid-19. Trata-se de uma pandemia em escala mundial que se espalhou rapidamente em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil, com diferentes efeitos no mercado econômico e na vida social, devido à uma série de fatores, como o isolamento social, decretos que determinaram o fechamento de empresas para evitar aglomeração de pessoas e disseminação da doença, entre outros (OLIVEIRA, 2020). Segundo Stachewski (2020), o crescente número de casos de Covid-19 no Brasil traz preocupações que vão além da saúde, uma vez que o cenário também afeta os negócios, com reflexos que vão da alta do dólar à queda no consumo. Do ponto de vista empresarial, os reflexos dessa pandemia são sentidos como uma disruptura de mercado, ou seja, uma mudança forte, rápida e imprevisível. A pandemia do coronavírus é extraordinária, levando em consideração as medidas drásticas e inéditas a que estão sendo submetidas tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas, e imprevisível, pois a cada dia novas disposições, normas e regras são editadas pelo Poder Público, surpreendendo e afetando diretamente as atividades empresariais e toda a economia. A incerteza é generalizada, a situação é drástica e não existe receituário tradicional para tratamento até o momento em que esta dissertação é defendida. (LEAL; MARCONDES, 2020). De acordo com especialistas, a recessão provocada pelo covid-19 tem afetado países e empresas de formas diferentes. Será mais severa sobre quem for mais frágil, pois se os governos não agirem para socorrer as pequenas e médias empresas, liberando linhas de crédito, adiando ou cortando recolhimento de impostos, por exemplo, haverá maior mortalidade entre os menores empreendedores (OLIVEIRA, 2020).

As mudanças bruscas e inesperadas nos mercados vêm impondo desafios importantes para as empresas em geral e, as MPEs em especial, as quais possuem fragilidades inerentes às suas restrições financeiras e de recursos em geral. Assim, na procura de estudar a extensão do problema acima delineado, enfrentado pelas MPEs, foi proposto o seguinte problema de pesquisa: Quais são os desafios impostos às MPEs em um cenário de crise, decorrente da pandemia do COVID-19 em um município do interior do estado de Minas Gerais?

O objetivo geral do estudo é identificar e analisar os desafios enfrentados pelas micro e pequenas empresas (MPEs) de Piumhi/MG durante a crise provocada pela pandemia de Covid-19. Especificamente, busca-se: (a) analisar os mecanismos adotados por essas empresas para superar os desafios; (b) investigar os diferentes impactos econômicos nos setores comercial, industrial e de serviços.

A pesquisa foi baseada em uma revisão bibliográfica e na aplicação de questionários a empreendedores locais, com amostragem por acessibilidade. O município de Piumhi foi escolhido por ser representativo de pequenos municípios das regiões Sul e Sudeste do Brasil, destacando-se pelo seu desempenho comercial e qualidade de vida.

Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa e utilização de método dedutivo para investigação sobre MPEs do município de Piumhi/MG. Além disso, utilizou-se da coleta de dados por meio de aplicação presencial de questionários aos micros e pequenos empresários. Essa coleta de dados ocorreu no período de outubro a novembro de 2020.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
2.1 Caracterização e classificação da micro e pequena empresa

A caracterização e classificação das micro e pequenas empresas (MPEs) variam de acordo com o país e os órgãos reguladores, como destacado por Couto et al. (2017) e Leone e Leone (2012). No Brasil, a classificação de empresas pode considerar diversos fatores, como propriedade, capital, idade, controle e mercado, mas os critérios quantitativos são os mais utilizados, por serem mais simples de coletar e manipular (Leone & Leone, 2012). Esses critérios podem incluir o número de funcionários e a receita anual, conforme regulamentado por diferentes instituições, como SEBRAE, BNDES e o Estatuto Geral da MPE.

Apesar das diferentes classificações, as MPEs representam a maioria das empresas brasileiras, cerca de 99,1%, o que corresponde a mais de 12 milhões de negócios, dos quais 8,3 milhões são microempreendedores individuais (MEI) (Agência Brasil, 2019). A adoção de critérios claros é essencial para apoiar as MPEs, pois permite o acesso a benefícios e incentivos, como geração de empregos e formalização de pequenos negócios, promovendo o crescimento econômico (Sebrae, 2005). As MPEs são fundamentais para o desenvolvimento do país, gerando oportunidades e emprego, como ressalta Mendonça et al. (2017).

2.2 LEGISLAÇÃO – MEDIDAS DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

A legislação brasileira estabelece várias condições e medidas de apoio às micro e pequenas empresas (MPEs), começando com a Constituição Federal de 1988, que garante tratamento favorecido a essas empresas através dos artigos 170 e 179. O artigo 170 insere as MPEs nos princípios da ordem econômica, enquanto o artigo 179 orienta as administrações públicas a dispensarem um tratamento jurídico diferenciado, facilitando a simplificação de obrigações administrativas, tributárias e previdenciárias (Mendes, 2006). O artigo 146, atualizado pela Reforma Tributária de 2003, prevê a criação de leis complementares para tratamento favorecido, incluindo um regime único de arrecadação e um cadastro unificado (Mendes, 2006).

O Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar 123/2006, regulamenta o que foi estabelecido no artigo 179 da Constituição. Considerado a primeira política pública nacional voltada para os pequenos negócios no Brasil, o Estatuto visa estimular o desenvolvimento e a competitividade das MPEs, facilitando o acesso a linhas de crédito e desburocratizando o processo de legalização e registro, reduzindo o tempo de abertura das empresas e permitindo a emissão de alvarás provisórios (Tavares, 2007; Brasil, Lei 123/2006). Além disso, o Estatuto prevê o Simples Nacional como regime de arrecadação simplificado, englobando diversos impostos em uma única guia e oferecendo tratamento diferenciado em processos de licitação, exportação, acesso à justiça e relações de trabalho (Receita Federal, 2015).

A Lei 10.406/2002, Código Civil Brasileiro, determina que empresários e sociedades anônimas devem manter um sistema de contabilidade uniforme, mas permite que MPEs adotem um sistema diferenciado e simplificado (Brasil, 2002). A Resolução nº 1.330/11 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) estabelece que, apesar do tratamento diferenciado, as MPEs não estão dispensadas de realizar a contabilidade de seus fatos patrimoniais (CFC, 2011). Mais recentemente, a Lei 13.874/2019, conhecida como Lei da Liberdade Econômica, trouxe alterações no Código Civil e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), promovendo a proteção à livre iniciativa e ao exercício da atividade econômica, com mudanças significativas como a instituição da carteira de trabalho eletrônica e a revogação do E-Social (Brasil, 2019).

2.3 DESAFIOS E OPORTUNIDADES ENFRENTADOS POR MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Micro e pequenas empresas (MPEs) enfrentam desafios significativos que impactam sua sobrevivência e sucesso no mercado. Apesar da flexibilidade e da importância econômica dessas empresas, a taxa de mortalidade é alta, com pesquisas indicando que apenas 73 de cada 100 MPEs sobrevivem aos dois primeiros anos de atividade, o que é inferior a países reconhecidos por seu empreendedorismo, como a Itália (SEBRAE, 2011; VEJA, 2019). Fatores como falta de gestão adequada, dificuldades financeiras e inexperiência são comuns, resultando em 7% das MPEs fechando por falta de lucro e 20% por falta de capital (SEBRAE, 2011). Mattar (1988, apud Ribeiro, 2016) categoriza as causas de falência em internas e externas, como baixa adaptação às mudanças e injustiça na legislação tributária.

Entre os motivos internos estão a falta de capacidade para adaptar-se às mudanças e a confusão entre bens da empresa e pessoais. Já os fatores externos incluem a imposição de preços por grandes fornecedores e clientes, a alta carga tributária e a dificuldade de acesso a crédito devido ao risco percebido das MPEs (Mattar, 1988, apud Ribeiro, 2016). Dun e Bradstreet Corp. (1988, apud Chiavenato, 2007) identificam inexperiência, fatores econômicos e vendas insuficientes como causas comuns de falhas, destacando que a falta de experiência e problemas econômicos frequentemente contribuem para o fechamento das empresas.

Os estudos revelam que as principais dificuldades enfrentadas pelas MPEs incluem falhas gerenciais, problemas de planejamento e uma alta carga tributária. Desafios como a falta de planejamento estratégico, baixa capacidade gerencial e dificuldades na obtenção de crédito são recorrentes, com a concorrência intensa e a burocracia agravando a situação (Uriarte, 2000; Santos, Ferreira e Faria, 2009; Sales, Barros e Pereira, 2011; Ferreira et al., 2012; Mahamid, 2012; Silva, 2013; Santini et al., 2015). Esses desafios são exacerbados pela falta de capital de giro e pela dificuldade em manter a competitividade.

Apesar desses desafios, as MPEs também encontram diversas oportunidades. Chiavenato (2007) destaca que elas podem explorar pequenos nichos de mercado, oferecer produtos e serviços personalizados e aproveitar oportunidades passageiras com agilidade. Silva (2004) aponta que a estrutura enxuta das MPEs permite rápidas mudanças e maior eficiência nas decisões. Outras oportunidades incluem a flexibilidade, a inovação e a capacidade de adaptar-se rapidamente às mudanças de mercado, o que pode proporcionar vantagens significativas sobre as grandes empresas (Gonçalves & Koprowski, 1995; Cruz, 2003; Souza & Mazzali, 2008; Silva et al., 2015; Ribeiro, 2016).

2.4 MECANISMOS DE ENFRENTAMENTO DE DESAFIOS POR MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Para enfrentar os desafios que surgem ao longo de sua trajetória, as micro e pequenas empresas (MPEs) devem adotar uma série de estratégias. Carvalho e Ramiro (2002) destacam a importância de reconhecer tendências de mercado, planejar gastos e estratégias de marketing, entender o perfil do cliente e não subestimar a concorrência. Além disso, a experiência profissional anterior e o investimento contínuo no negócio são aspectos essenciais para superar obstáculos e garantir a sobrevivência e o sucesso das MPEs.

A inovação é um fator crucial para a competitividade das MPEs. Neto e Teixeira (2011) apontam que adotar estratégias inovadoras pode ajudar as empresas a se manterem relevantes no mercado. Deitos (2002) apresenta seis fatores que contribuem para o sucesso em inovação: política tecnológica interna, estratégia proativa, compromisso da equipe, qualificação dos recursos humanos, interação em redes tecnológicas e dinamismo do entorno. Esses elementos, no entanto, podem exigir investimentos que nem todas as MPEs estão em condições de realizar.

Além da inovação, a contabilidade e o planejamento estratégico são ferramentas vitais para enfrentar os desafios. A contabilidade gerencial, por exemplo, proporciona ferramentas como orçamento, fluxo de caixa e controle de estoque que ajudam na gestão econômica e financeira da empresa. O planejamento permite identificar e diagnosticar problemas antes que eles se agravem. Estudos, como os de Albuquerque (2007) e Ribeiro (2016), reforçam a importância de assessoria externa, acesso ao crédito e a criação de estratégias de marketing e inovação como mecanismos essenciais para enfrentar os desafios e promover o sucesso das MPEs.

2.5 INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

A pandemia da Covid-19 trouxe desafios significativos para os governos, que precisaram equilibrar medidas de isolamento com a manutenção da economia e dos empregos, impactando diretamente o psicológico das pessoas. Segundo Magalhães (2020), o sucesso no enfrentamento da crise depende da capacidade de monitorar a disseminação da doença e identificar os setores mais afetados. A qualidade de vida no trabalho diminuiu, com muitas pessoas se sentindo inseguras, embora ainda precisem trabalhar para manter seu sustento e o de suas famílias. O Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) destaca os desafios psicológicos, como o medo de contaminação e o distanciamento familiar.

Conforme Tizón (2020), além dos componentes biológicos, a pandemia trouxe desafios psicossociais, como o estresse e a ansiedade devido à incerteza econômica e ao risco de perda de emprego, especialmente em setores de saúde. Salanova (2020) aponta que, apesar do desconforto gerado, a crise também promove o desenvolvimento de forças individuais e coletivas. As organizações, por sua vez, têm a responsabilidade de cuidar da saúde mental dos trabalhadores, utilizando a psicologia organizacional positiva para lidar com os efeitos da pandemia no ambiente de trabalho.

Oliveira (2020) observa que a recessão afeta mais severamente as empresas menores, e especialistas do Sebrae (2020) acreditam que, apesar da crise, os pequenos negócios podem se adaptar rapidamente, adotando soluções inovadoras como o uso de plataformas digitais. O governo federal implementou medidas para reduzir os efeitos econômicos, como o adiamento de impostos e a liberação de crédito para capital de giro (SEBRAE, 2020), enquanto bancos oferecem prorrogações de dívidas, ajudando a mitigar os impactos financeiros da pandemia.

2.6 EFEITO DA CRISE DO CORONAVÍRUS EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Desde o início da pandemia do Coronavírus, o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) vêm realizando pesquisas periódicas com empresários para conhecer e monitorar os desafios da crise do coronavírus nos pequenos negócios, colecionando até o momento 8 edições (SEBRAE e FGV, 2020). Ainda de acordo com Sebrae e FGB (2020), a 1ª edição dessa pesquisa foi realizada de 19 a 23 de março; a 2ª edição de 4 a 7 de abril; a 3ª edição de 30 de abril a 5 de maio; a 4ª edição de 29 de maio a 2 de junho; a 5ª edição de 45 25 a 30 de junho; a 6ª edição de 27 a 30 de julho; a 7ª edição de 27 a 31 de agosto; a 8ª edição de 28 de setembro a 01 de outubro. As pesquisas são quantitativas e realizadas por formulário online (web survey). As amostras são compostas por empresários dos 26 estados e do DF. Os resultados são ponderados por porte (MEI, ME, EPP), seguimento e Estado declarado na pesquisa. O erro amostral é de mais ou menos 1% para os resultados nacionais. O intervalo de confiança é de 95% (SEBRAE e FGV, 2020).

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta sessão foram apresentados os dados reunidos em decorrência da coleta da pesquisa feita na cidade de Piumhi/MG com 68 entrevistados. As perguntas foram divididas em dois segmentos sendo:

  • 10 questões sobre o perfil da empresa e dos empresários;
  • 7 questões sobre o desafio da pandemia do coronavírus na empresa.
3.1 SOBRE O DESAFIO DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS NA EMPRESA

A Figura 12 expressa a questão de como o faturamento do negócio é afetado com a crise do Coronavírus, sendo verificado que 50% dos pesquisados teve uma diminuição do faturamento, 25% apontaram que o faturamento permaneceu igual, 16,2% não souberam responder e 8,8% tiveram um aumento no faturamento.

Figura 2- Como o faturamento do seu negócio está sendo afetado, até este momento, pelo CORONA VÍRUS?

Fonte: Próprio autor (2021).

Nesse sentido, Marcondes (2020) expressa que a pandemia do Coronavírus é algo novo que acarretou mudanças drásticas, principalmente na forma como os indivíduos se relacionam na sociedade, obrigando o poder público a criar novas regras e normas de conduta que se atualizam constantemente e que afetam todos os setores empresariais, mas também ocasionando novas oportunidades e novos meios e maneiras de vender, gerar renda e impactar pessoas.

O Gráfico 15, demonstram os principais desafios que as empresas enfrentaram em decorrência da pandemia.

Gráfico 15 – Quais os principais desafios (dificuldades) enfrentados por causa da pandemia do Coronavírus?

Fonte: Próprio autor (2021).

A partir das análises do Gráfico acima, há uma variação de motivos em relação à quantidade de ramos entrevistados, apresentando cada qual sua dificuldade, sendo observado que a dificuldade financeira teve o maior índice de reclamações, levando isso ao encontro das premissas estabelecidas em relação aos principais desafios das MPEs no que tange às áreas de gestão e planejamento, como elenca Sales, Barros e Pereira (2011), Ferreira et al. (2012), Mahamid (2012), Silva (2013), Alvarenga (2016), Ribeiro (2016), Roratto, Dias e Alves (2017); Santos, Lima e Carvalho (2018).

A Figura 4 expõe os efeitos trabalhistas ocasionados aos trabalhadores, sendo que mais da metade (57,4%) não adotou nenhuma das medidas elencadas na pesquisa, 14,7% deles deram suspensão de trabalho e 14,7% deram férias coletivas aos colaboradores.

Figura 4- Quais os Efeitos trabalhistas, devido ao isolamento social na pandemia do Corona vírus (Apenas para quem tem colaboradores)

Fonte: Próprio autor (2021).

Chiavenato (2007) elucida que a demissão ou diminuição de funcionários em uma empresa pode ser um objetivo que faz com que se trabalhe com menos e se produza mais através da eficácia e eficiência, fazendo com que a empresa crie vantagem competitiva no mercado em que atua.

O Quadro 1, demonstra a relação entre os dados adquiridos em relação a pesquisa na região de Piumhui/MG, e os dados obtidos pelo Sebrae e FGV a nível Nacional, sendo feito uma correção aos principais aspectos de desafios relatados pelos empresários da região e os resultados das pesquisas das duas instituições nacionais.

Quadro 1 – Dificuldade em Piumhui/MG e a relação com a pesquisa do Sebrae e FGV. Fonte: Próprio autor (2021).

Sendo assim, verifica-se no Quadro 1, que há uma correção direta e indireta com empreendimento de todo o Brasil, e na região que se abordou a pesquisa, verificado assim, que possivelmente as principais dificuldades e aspectos que tangem problemas no negócio se assemelham, o que evidencia que a Crise provada pelo coronavírus, atuou de forma generalizada em todos os negócio do mundo de modo semelhante.

5. CONCLUSÃO

O estudo aqui apresentado teve como foco os desafios empresariais impostos às MPEs pelo cenário de crise provocado pela pandemia do COVID-19. Os desafios provocados pelo cenário pandêmico foram percebidos, nos diferentes setores econômicos, como uma mudança forte e imprevisível, ou seja, uma disruptura de mercado. E, na maioria dos setores econômicos, essas mudanças tiveram desafios negativos nos negócios.

Assim, neste trabalho procurou-se encontrar respostas para o seguinte problema de pesquisa: Quais são os desafios impostos às MPEs em um cenário de crise, decorrente da pandemia do COVID-19 em um município do estado de Minas Gerais? O objetivo geral decorrente, foi definido como sendo “identificar e analisar quais foram os desafios enfrentados pelas MPEs durante a crise provocada pela pandemia do COVID-19 no município de Piumhi. Esse município está situado na mesorregião Oeste do estado de Minas Gerais, tendo sido escolhido por conveniência, baseado no pressuposto de que se trata de um município representativo de centenas de outros munícipios, em especial, d aqueles situados no interior dos estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Para a consecução do objetivo geral, este foi desdobrado em três objetivos específicos, a saber: identificar os principais desafios e oportunidades encontrados pelas MPEs no mercado durante a pandemia; analisar os mecanismos de enfrentamento adotados pelas MPEs na superação desses desafios; e analisar os efeitos econômicos nas MPEs em alguns segmentos de negócios.

A pesquisa de campo foi realizada com 68 empresas, sendo esta amostra constituída, em sua maioria, por microempreendedores individuais (MEIs) e microempresas (MEs), havendo também uma parcela menor de empresas de pequeno porte (EPP). Esse perfil empresarial é uma característica dominante em praticamente todo o território brasileiro, em especial nos munícipios com até cinquenta mil habitantes.

O perfil das empresas analisadas, juntamente com o estudo dos desafios de uma mudança mercadológica da magnitude daquela provocada pela pandemia, são os dois fatores que conferem relevância acadêmica e prática a este trabalho. A relevância acadêmica do presente estudo se respalda na análise de um fenômeno mercadológico e empresarial bastante inusitado, caraterizado por ser uma disruptura mercadológica de abrangência mundial e, portanto, intensa, repentina e totalmente imprevisível. Já a relevância prática deste trabalho decorre da atenção dada a empreendimentos de micro e pequeno porte, cuja importância socioeconômica reside na expressiva contribuição tanto na geração de empregos como na produção de riquezas, conforme descrito nos capítulos anteriores.

Dos três setores pesquisados (comércio, indústria e serviço), o município alvo se destaca pelo seu comércio regional, como demonstrado tanto em dados secundários, como em pesquisas coletadas por entrevistas com empresários locais. Sendo assim, neste cenário, as adaptações das empresas da região frente ao coronavírus, bem como a maneira do setor comercial interagir, motivar, buscar e cativar seus clientes foi modificada drasticamente. Isso influenciou as organizações a atuarem de modo com que continuassem atendendo seus clientes, mas tendo como premissa dominante obedecerem aos decretos e às regulamentações impostas pela prefeitura.

A pesquisa permitiu compreender os perfis empresariais e as questões que impactaram os empreendimentos frente às questões de restrição e alterações gerais ocasionadas pela pandemia.

Procurou-se atender aos dois objetivos sendo verificado que os desafios envolvem a questão de isolamento social e falta de convívio, afetando todo o ecossistema de serviços, comercial e indústria devido às intensas modificações exigidas, que não têm paralelo em nenhum outro momento. Já com relação às oportunidades, constatou-se que vendas online, captação de clientes através de programas e dispositivos tecnológicos, bem como interações por meio das redes sociais, foram as mais destacadas na pesquisa para superar as consequências do distanciamento social e oferecer mais comodidade ao público consumidor.

As vendas online têm sido um recurso bastante utilizado pelas MEIs do setor de comércio devido comercializarem produtos finais para seus consumidores. O setor de serviços também é atuante nessa categoria de vendas, mas, no entanto, é um ramo que se difere do primeiro, principalmente devido à prestação de serviço, sendo um diferencial que a empresa tenha um portifólio online interessante e conceituado no mercado. Já a indústria tem pouca utilização das vendas online, visto que trabalham com as demandas do mercado e, sendo assim, quanto melhor a atuação das empresas de comércio e serviço, melhor será a produção das indústrias.

Dessa forma, pode-se destacar diversas oportunidades advindas da pandemia, uma vez que houve toda uma reestruturação de vários modelos de negócios já consolidada de no mundo contemporâneo, o que visou as organizações trabalharem com menos recursos físicos e mais vendas exigindo adaptações como home office, vendas online, atendimentos mais específicos que visavam a utilização de rede socias para interação, prospecção e venda de produtos ou serviços, entre outros o que levou as empresas a diminuição de custos fixos e um novo modelo de negocio mais simplificado, sistematizado e automatizado muita das vezes.

Por fim, os efeitos econômicos causados nas MPEs da região são bem específicos e distintos, visto que cada comércio, serviço ou indústrias atua com um produto diferente. Em suma, pode-se identificar que os principais efeitos estão ligados diretamente às áreas de gerenciamento e planejamento das empresas, atividades que não ganhavam a devida atenção no passado, mas que sua negligência afetou principalmente as empresas que não os tinham ou não os faziam de forma efetiva.

Outro achado foi que, no início da presente pesquisa, em julho de 2020, o município de Piumhi/MG contava com 1.022 Microempresas (MEI) e 745 micros e pequenas empresas (MPE). Entretanto, até janeiro/2021, este número caiu para 982 Microempresas e 719 micros e pequenas empresas, ou seja, uma redução de 4% do número de empreendimentos em menos de 4 meses, resultado de quebras ou falências de vários negócios na cidade, que podem ser decorrentes da não adaptação do mercado. Considerando a importância socioeconômica desses empreendimentos, pode-se avaliar os desafios negativos em termos de oferta de emprego e de arrecadação do munícipio.

Assim, o presente estudo teve o propósito de trazer contribuições para a área de gestão de MPEs, através da compreensão de algumas das consequências de atuação desses empreendimentos, em um cenário de crise, caracterizado por uma mudança de mercado brusca e imprevisível. Esse novo cenário, decorrente dos efeitos da pandemia do COVID-19 no ambiente econômico e social, trouxe novos e importantes desafios para as empresas em geral e, em especial, para as MPEs, devido à fragilidades inerentes à empreendimentos de micro e pequeno porte.

No aspecto de geração de novos conhecimentos para a área de Administração, esse cenário de crise traz elementos de interesse, uma vez que trata-se de uma condição pouca estudada. Com esse propósito de trazer subsídios ao tema de gestão de MPEs e, tendo como abordagem metodológica uma pesquisa de natureza quali-quantitativa realizada com micro e pequenos empreendedores de um município e pequeno porte, logrou-se alcançar os resultados apresentados. Esses, em resumo, permitiram a identificação e a análise dos efeitos de um cenário em crise na região de interesse, a qual é representativa de grande parte dos munícipios existentes no interior dos estados pertencentes às regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Portanto, este trabalho apresenta contribuições em termos acadêmicos, tendo também algumas implicações práticas. Em primeiro lugar, logrou-se identificar os principais efeitos nas MPEs estudadas de um cenário em crise. E, de forma subsidiária, foi possível identificar práticas adequadas à gestão de MPEs, as quais poderão ser implantadas por microempreendedores em situação análoga.

Em relação as limitações da pesquisa, os aspectos da pandemia influenciaram o contato com os proprietários do empreendimento, visto que muitos estavam fechados, demandando um empenho maior que o normal para conseguir contato com os mesmos.

Como sugestão a trabalhos futuros, levando-se em conta que a pesquisa foi realizada em pleno período da pandemia, dentro de um quadro instável e ainda em andamento, recomenda-se que pesquisas futuras analisem a situação do município pós-pandemia para verificar aspetos positivos e negativos frente às mudanças e se estas se mantiveram mesmo com final das medidas de restrição. Outro foco de estudo recomendado é a repetição da mesma pesquisa em outras localidades, de modo a confirmar a hipótese de que o munícipio alvo é uma amostra representativa dos munícipios brasileiros com até cem mil habitantes.

REFERÊNCIAS

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1Bacharel em Administração
Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG
orcid: 0009-0006-8430-3106

2Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG
orcid 0009-0001-5700-5748

3Bacharel em Administração
Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG
orcid: 0009-0005-8979-8622