REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10867048
Messias Aguiar Alcântara¹,
Benedito Pereira Andrade Júnior²,
Francisco José Albuquerque Nogueira³,
Hiury Machado Melo4,
Nice Bonnet Farias Lima5
RESUMO
O objeto de estudo deste texto é discutir a formação econômica de Sobral/CE, abordando desde sua origem histórica até o início dos anos 2000. Será tratado de como surgiu a fazenda Caiçara às Ribeiras do Acaraú, os nativos da época, de onde vieram os homens brancos que povoaram a região e os origens econômicas, com foco nas atividades principais e o resultado dessas relações comerciais para o desenvolvimento da cultura e economia da vila e, posteriormente, cidade, que chegou a rivalizar, comercialmente, com a capital do estado, Fortaleza/CE. Para entender um pouco da formação e evolução econômica de Sobral, faremos um “passeio” na formação econômica do Brasil e logo em seguida do Nordeste do Brasil. Assim fica mais nítido a compreensão dos caminhos trilhados na história econômica de Sobral. A metodologia utilizada para este estudo é tipicamente e originalmente bibliográfica.
Palavras-chave: Sobral. Economia. Desenvolvimento. História econômica.
INTRODUÇÃO
Quando se propõe estudar a formação econômica e social de um país, cidade ou região, é possível responder muitas questões relacionadas ao seu contexto atual. Seus desenvolvimentos ao passar do tempo, de certa forma, ajudam a explicar seu atraso ou avanço econômico e social, ajudam também a preservar sua cultura. Segundo Colodel (1987), o ser humano sempre quer saber quem é, de onde vem e para onde vai, e a história permite-lhe se aprofundar nas respostas a essas indagações.
Aspectos históricos, como foi construída economia, os recursos naturais, são de fundamental importância para o conhecimento das ações e marcos históricos da formação de uma região. Nesse sentido, o presente trabalho, busca selecionar e expor, ao analisar a junção desses fatores, como se deu a formação econômica da cidade de Sobral no interior do estado do Ceará, que é o tema pertinente do estudo. Ao tratar-se de uma pesquisa histórica, o objeto delimitado é o Sobral/CE, que atualmente, possui uma população estimada de aproximadamente 212.440 habitantes (2021), segundo o IBGE (IBGE, 2022) e está localizada a 230 km da capital cearense, Fortaleza.
Dessa forma, o presente estudo visa apresentar como ocorreu a ocupação humana do território do Vale do rio Acaraú, especificamente em Sobral e tratar das origens históricas, das bases do desenvolvimento socioeconômico e cultural e Sobral no século XX.
O objetivo geral deste trabalho é analisar a formação e o desenvolvimento econômico do município e mostrar o papel dos agentes envolvidos nesse processo. Já os objetivos específicos são/; estudar o processo político e econômico de emancipação; entender a origem da população e processo migratório, entender os desdobramentos logísticos, como a abertura das primeiras estradas, da linha férrea, das redes de telégrafo e das linhas postais e conhecer as políticas públicas em alguns períodos de desenvolvimento.
Para satisfazer tais objetivos, no referencial teórico será descrito e destacado a ocupação territorial de Sobral, bem como a situação na qual se encontravam essas terras antes da chegada dos primeiros desbravadores. Além disso, será analisada a posição estratégica da região na política regional, pela sua localização geográfica como ponto de ligação entre o porto de Camocim, zona de comercio do Piauí e Maranhão e a capital, Fortaleza. Trataremos também um pouco da cidade moderna e abordar seus aspectos peculiares e estratégicos que dão resultado até os dias atuais.
FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
A formação do território brasileiro e o desenvolvimento histórico de sua economia e sociedade levaram a criação de profundas desigualdades entre as regiões. Na busca pela recuperação do atraso econômico e social das regiões menos desenvolvidas cabe então ao Estado a construção de uma agenda de políticas públicas que oriente o desenvolvimento econômico. A partir da década de 1950, vários estudos são desenvolvidos para explicar os fatores de tais desigualdades, para que assim pudessem ser desenvolvidos planos de desenvolvimento regional, focando principalmente em regiões menos desenvolvidas, como o Nordeste.
Para entender a formação das desigualdades regionais é necessário ter uma base histórica sobre a formação da economia brasileira, trançada em ciclos de crescimento econômico sob a exploração de diferentes produtos em diferentes regiões. Os ciclos da cana de açúcar, ouro, algodão, café até a industrialização no século XX, trouxeram diversas imbricações que correlacionados com a política econômica mundial, deram origem aos territórios e suas respectivas importâncias econômicas e sociais.
Nas palavras de Prado Júnior, para explicitar a definição da formação da América Portuguesa:
“(…) se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes, depois algodão, e em seguida, café para o comércio europeu. Nada mais que isso”(PRADO JÚNIOR, 1987, p. 31-32).
Segundo Araújo (1999), corroborando com a ideia acima, a estrutura da economia brasileira foi, até o século XX, rural, agroexportadora e escravocrata. Nesse processo de transferência com a metrópole, a economia nacional exportava produtos com baixo valor agregado e importava produtos industrializados, com alto valor agregado, resultando num índice de distanciamento cada vez maior dos países desenvolvidos.
A existência das desigualdades regionais, aborda Furtado (2007), deve-se em parte ao período do Brasil colônia, onde imperava uma agricultura voltada para o mercado externo e monocultora com concentração de grandes propriedades de terra, onde as relações de troca eram desiguais, gerando uma tendência a concentração de renda e o surgimento de uma agricultura de subsistência. Essas características se unem ao surgimento de um Brasil urbano-industrial, que polariza a geração de riqueza em detrimento de regiões mais subdesenvolvidas, como o Nordeste.
Embora o processo histórico tenha criado condições mais complexas para o desenvolvimento nordestino, é no período de industrialização brasileira, principalmente a partir de 1930, que as desigualdades se tornam escaláveis, visto a concentração da produção em regiões polarizadas do Sudeste. Como resultado da concentração da atividade econômica o efeito esperado é o desequilíbrio regional (TAVARES, 1975).
Caio Prado Junior em seu livro, História Econômica do Brasil (2008), apresenta o Brasil como uma região inicialmente inóspita para os portugueses, com baixa atratividade, grandes extensões de terra, com climas e solos diferentes. Em Andrade (1963), há descrição do que era o Brasil. “Os portugueses, porém, se defrontaram com uma terra desconhecida, inculta e habitada por indígenas que se achavam em plena idade da pedra…” Tais características só viriam a atrair o desenvolvimento de uma atividade econômica – o açúcar – quando do surgimento do interesse na área por outros países, levando Portugal a expulsar em 1654, por exemplo, os holandeses da costa nordestina. Outros fatores fizeram com que Portugal viesse a ocupar em maiores quantidades populacionais o Brasil: “…o empobrecimento de Portugal, privado do comércio asiático que durante mais de um século lhe fornecera o melhor de seus recursos, força o êxodo em larga escala de sua população, que procurará na colônia americana os meios de subsistência que já não encontrava na mãe pátria”. (PRADO, 2008, pg. 50)
Assim o Brasil experimentaria ao longo dos próximos séculos, ciclos de crescimento econômico, potencializados em maior grau por regiões diferentes. Para diversos historiadores, inclusive Prado Junior (2008), a exploração da colônia objetivaria a criação de excedente para metrópole, sendo o Brasil uma continuidade servil de Portugal. Sendo inicialmente explorado no litoral, núcleos populacionais se espalharam pelo interior e até meados do século XVIII, já haviam tomado o território atual, ainda que tenha se espalhado por várias direções.
As atividades econômicas e a necessidade de proteção do território criaram as condições para que a região fosse ocupada, tendo como primeiro ciclo de grande lucratividade a cana-de-açúcar. A técnica de plantio já testada com sucesso na ilha colônia de Portugal, Cabo Verde, se adaptou rapidamente ao solo massapé nordestino, e gerou grandes excedentes à metrópole.
Segundo FURTADO (2007, pg.75):
“O rápido desenvolvimento da indústria açucareira, malgrado as enormes dificuldades decorrentes do meio físico, da hostilidade do silvícola e do custo dos transportes, indicam claramente que o esforço do governo português se concentrara nesse setor”.
À época, o incentivo em forma de isenção de tributos, títulos e outras garantias, deu ao donatário o papel de construção da indústria açucareira, ainda que sob o aspecto da dificuldade da escassez de mão-de-obra para produção, que inicialmente foi servida por indígenas e alguns poucos assalariados e posteriormente, – decorrente do crescimento – por escravos (FURTADO, 2007).
Em “Formação Econômica do Brasil”, Celso Furtado (2007) analisa a capacidade de expansão e geração de riqueza da atividade açucareira. A atividade possuía segundo o autor, capacidade de autofinanciar a duplicação da produção a cada dois anos, visto que até os animais utilizados para mover engenhos, serviam de base alimentar. Os recursos gerados – em torno de 90% – ficavam nas mãos da classe de proprietários, onde eram utilizados para manutenção da unidade produtiva e demais gastos, como importação de bens, em sua maioria, de luxo. Assim, com tal lucratividade não havia espaço para criação de outros segmentos na colônia pelos proprietários de engenho.
Com o crescimento da cultura da cana, a devastação da mata litorânea tendeu a aumentar, o que fizera com que o gado – utilizado largamente na produção da cana e alimentação dos trabalhadores – tivesse de ir buscar cada vez mais longe a lenha. Junta-se a isso o fato da proibição pelo governo português da pecuária no litoral e do aumento de animais de tiro acompanhando o aumento das plantações de cana, temos uma nova atividade gerada no Nordeste, diferentemente da açucareira, com uso extensivo da terra e acumulação de capital ligada a expansão da criação.
A atividade criatória em sua expansão foi decisiva para a ocupação dos territórios, visto a rapidez com que adentravam novos espaços. Incapazes de organizarem sua própria unidade produtiva de cana, os colonos viam na atividade criatória uma saída para acumulação de capital. Para PRADO JR (1963, 118), “(…) não podemos colocar essas atividades num mesmo plano, pois pertence a categoria de segunda ordem. Trata-se apenas de atividades subsidiárias…”. A criação do gado era também uma atividade de subsistência, gerando alimento e couro para o nordestino, contudo, para continuar crescendo em produtividade, dependia da atividade canavieira (FURTADO, 2007).
Em meados do século XVII, a pecuária ainda se expande para o interior, encontrando o caminho do Rio São Francisco – aliás, assim será a formação de inúmeras cidades e vilarejos, ao longo dos rios – e de lá se dividindo em terras próximas ao rio e outra dirigindo-se para o norte, onde encontraram ótimas condições no sul do Piauí. As fazendas se expandirão ainda para Maranhão e Ceará, onde o comércio de carne e couro abastecerá, em meados do século XVIII, mesmo em grandes distâncias e já com grandes dificuldades financeiras, a extensão do Maranhão à Bahia (PRADO JUNIOR, 2008).
A atividade açucareira e criatória veria o início de sua decadência apenas com a expansão do açúcar nas Antilhas e o início da exploração do ouro no Brasil, no decorrer do século XVII. O declínio da atividade açucareira reduziu engenhos transferindo mão-de-obra para atividade pecuarista, criando nesta uma situação de produção para subsistência ao longo do tempo e criando uma lacuna econômica para Portugal (FURTADO, 2007).
“Tudo indica que ao longo do período, que se estende do último quartel do século XVII aos começos do século XIX, a economia nordestina sofreu um lento processo de atrofiamento, no sentido de que a renda real per capita de sua população, declinou secularmente”. (FURTADO, 1989 p.63)
“As formas que assumem os dois sistemas da economia nordestina – o açucareiro e o criatório – no lento processo de decadência que se inicia na segunda metade do século XVII, constituem elementos fundamentais na formação do que no século XX viria a ser a economia brasileira.” (FURTADO, 1989 p. 61)
Com a descoberta dos metais preciosos, populações do Nordeste, inclusive recursos, como mão-de-obra escrava, e populações inclusive de Portugal, mudaram-se para as zonas mineiras, de onde a promessa da extração e riqueza brotava dos aluviões de onde o ouro brasileiro se fazia mais presente. Essa “corrente migratória” teve papel fundamental para formar uma nova região produtora também em outras atividades, estimulando um mercado interno, visto o caráter de trocas entre os mineradores, as cidades e outros produtores de bens de consumo (FURTADO, 1989).
A mineração do ouro no Brasil ocupará durante três quartos do século o centro das atenções de Portugal, e a maior parte do cenário econômico da colônia. Todas as demais atividades entrarão em decadência, e as zonas em que ocorrem se empobrecem e se despovoam (…) o próprio açúcar, que por século e meio representara o nervo econômico da colonização e sua própria razão de ser, é desprezado”. (PRADO JUNIOR, 2007 p.56)
Enquanto o sul inicia processo de crescimento econômico, dado o início da mineração e outros ciclos, como o café, que resultariam da industrialização, o Nordeste atravessa por um período de involução econômica, dado redução da economia canavieira nas palavras de Bielschowsky apud Silva; Pinheiro (2017), que iria se estender do século XVI ao século XIX, constituindo assim a formação econômica nordestina.
A economia brasileira ainda passaria pelos ciclos do algodão, importante para desenvolvimento do Nordeste, porém, não tendo mesma dimensão do que outrora fora o açúcar para a região, nem tampouco o café para a região sudeste. No algodão, podemos encontrar, por exemplo, o aumento na mão-de-obra assalariada, segundo Andrade: o trabalho escravo não, era, porém, o mais rendoso para a cultura algodoeira. O algodão tinha o ciclo curto, dava trabalho aos negros apenas de maio a dezembro e sua colheita era largamente feita por mulheres…Daí os fazendeiros do Agreste gradativamente substituindo o trabalho escravo pelo livre” (ANDRADE, 1963).
Em se tratando do café, difere bastante da economia canavieira. Com mão de obra assalariada, políticas de imigração, garantindo mercado interno – diferente da estrutura da economia do açúcar que impedia a criação de tal mercado – e infraestrutura que garantia uma melhor comercialização e produção, o café resultou no aumento da riqueza do sul em relação ao restante do país (SILVA e PINHEIRO, 2017).
Talvez um retrato da importância que a cultura cafeeira teve na economia e formação social e territorial do Brasil, seja o fato de que ainda nos dias de hoje, no século XXI, o país detenha a maior produção e exportação mundial do café, sendo atribuído a ele, fator importante da industrialização brasileira pós 1930. Vários são os fatores para que a economia se destaque em meio ao setor de criação de gêneros alimentares, como clima e terra favoráveis para diversos tipos de cultura em diferentes regiões distribuídas pelo país de proporções continentais.
Em meio as teorias sobre as causas da industrialização, não nos cabe no objetivo do texto a analisar aqui tais motivos. Vale sim ressaltar que o período do início do século XX, em meio as oscilações do café, crises de superprodução, Primeira Guerra Mundial, levam o mundo em meados da década de 1920 a uma crise que determinaria o modelo de produção vigente brasileiro, com industrialização mais presente e consequentemente aumento do índice de urbanização.
Nem todos morriam, mas estavam todos contaminados. ” Poderíamos aplicar à crise de 1929 este verso de La Fontaine. Como a peste, de fato, a Grande Crise dos anos 1930 foi um flagelo cego e generalizado (…) Locomotivas brasileiras consumiam café que não mais podia ser vendido nem mesmo a preços irrisórios, estoques se acumulavam, empresas fechavam as portas (GAZIER, 2014, p.7).
A produção do café tenderia ao crescimento, dado a expansão dos cafezais, porém, a aquisição de capitais estrangeiros para acumulação de estoque se fazia improvável no momento. Com a queda dos preços na crise que se abatera pelo mundo, o governo age de algumas formas, dentre elas queimando parte da produção. Com as políticas adotadas, evitou-se então uma perda no nível de emprego de outros setores, também ligados ao setor exportador. Essa renda age de forma importante à medida que as importações de bens se tornam mais difíceis criando uma procura interna por produtos. Dessa forma, “cria-se, em consequência, uma situação praticamente nova na economia brasileira, que era a preponderância do setor ligados ao mercado interno no processo de formação de capital (FURTADO, 2007, p.276).
Antes de continuarmos a investigar o processo de industrialização que ocorrera no Brasil neste período, ressalte-se que não nos importa aqui entender sobre qual aspecto principal se deu a industrialização. Celso Furtado analisa que a partir da procura interna se criou uma indústria nascente pela Substituição de Importações. Já Francisco de Oliveira ressalta a importância da substituição por importações, mas critica que seria condição suficiente par a industrialização, trazendo outros aspectos necessários ao processo industrial no Brasil. Cabe aqui retratar que o período gerou um aumento das desigualdades entre as regiões, principalmente Nordeste e Sudeste, resultando em políticas regionais para minimizar e até trazer desenvolvimento, de modo a tornar mais igual o Brasil.
Tendo em mente que o processo de industrialização poderia trazer benefícios a economia, é necessário que recursos apontem nesse caminho. Com o mercado externo fechado para novos empréstimos, como fazer para financiar tal campanha? Segundo Oliveira (2003), a intervenção do governo – então comandado pelo presidente Getúlio Vargas – na economia, regulamentando fatores, como as Leis trabalhistas ou subsidiando algumas atividades econômicas, seria necessário. A “necessidade de acumulação” faria do Brasil um país industrial.
Regulando o preço do trabalho, já discutido anteriormente, investindo em infraestrutura, impondo o confisco cambial ao café para redistribuir os ganhos entre grupos das classes capitalistas, rebaixando o custo de capital na forma do subsídio cambial para as importações de equipamentos para as empresas industriais e na forma da expansão do crédito a taxas de juros negativas reais, investindo na produção (Volta Redonda e Petrobras, para exemplificar), o Estado opera continuamente transferindo recursos e ganhos para a empresa industrial, fazendo dela o centro do sistema (OLIVEIRA, 2003 p.41).
Segundo Cano (2015), as mudanças que o governo, então comandado por Getúlio Vargas, promoveram no intuito de levar uma solução à crise de 1929, exigiram forte reaparelhamento do Estado. Inúmeros órgãos foram criados, como é o caso do Conselho Técnico de Economia e Finanças (CTEF), Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), Conselho Federal do Comércio Exterior (CFCE) e o BNDE em 1952, dentre outros.
Isso acabou por criar uma burocracia que seria capaz de ir do planejamento à execução dos projetos de planejamento. Aliados a isso, é importante ressaltar o “embrionário” capitalismo instalado anteriormente, principalmente em São Paulo, com a industrialização resultando em taxas superiores as nacionais ainda na década de 1920.
Essa diferença de crescimento entre as regiões levará a região sudeste, principalmente São Paulo, a uma acumulação de capital muito superior ao Nordeste, em outros períodos já analisados. O Nordeste, outrora verificado neste texto, havia perdido sua principal atividade econômica, o açúcar, e não conseguira recuperar mais a hegemonia econômica- embora não se verificasse no período uma economia nacional. Essa situação se agrava com o período pós 1930. Celso Furtado assinala que há um “deslocamento do centro dinâmico” da economia, referindo-se a transferência da hegemonia do açúcar nordestino para a indústria paulista. Para Oliveira (1981), ao falar das disparidades do processo de acumulação do capital no período, exemplifica:
As disparidades são, concretamente, o sinal do movimento diferencial de acumulação nas relações entre os “Nordestes” e o Centro-Sul, e assiste-se à destruição ou fechamento de fábricas, à invasão de produtos agrícolas do CentroSul, a ritmos de acumulação diferenciais que implicavam, no final, no predomínio das mercadorias do Centro-Sul sobre as dos “Nordestes”, em todos os setores.
“Nordeste” açucareiro perde posição de forma alarmante, o próprio setor têxtil entra em decadência, o próprio “Nordeste” algodoeiro-pecuário começa a perder terreno para o algodão herbáceo produzido no Centro-Sul. A diferença desse processo, quando comparado aos efeitos que a expansão capitalista do Centro-Sul exerceu sobre outras “regiões”, é ilustrativa: o efeito inicial destruidor sobre os “Nordestes” somente ocorre porque nestes existiam “economias regionais”, com circularidades específicas do processo de reprodução (OLIVEIRA, 1981, p.77).
As diferenças entre as regiões, finalmente atrai as atenções do governo quando das secas de 1951 e 1958, levando a criação de um relatório – criado pelo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN), coordenado por Celso Furtado – que viesse a explicitar as causas da desigualdade regional e possíveis soluções, para que assim, políticas regionais levassem desenvolvimento econômico para o Nordeste.
Dentre os pontos de destaque para a explicação da pobreza e subdesenvolvimento do Nordeste, como a ausência de formação de um mercado interno no setor açucareiro devido sua alta concentração de renda, e seus desdobramentos, destacados no texto acima, estão os investimentos do governo, que acabariam por minimizar a situação das secas com construção de barragens e açudes ou subsidiando o consumo e a transferência de recursos do Nordeste para Centro-Sul, dado a política industrial vigente (GTDN, 1959).
… a política protecionista, cujo louvável objetivo é proteger as indústrias nacionais, tem provocado importantes transferências internas de recursos em desfavor da região potencialmente mais pobre, aumentando, assim, a disparidade de níveis de desenvolvimento (GTDN, 1967).
Como solução, o relatório demonstrava que a possibilidade para redução das disparidades existentes, se dariam pelo incremento de recursos para região, por um período não menor que 10 (dez) anos. Além disso, seria necessária uma mudança estrutural para gerar melhorias nas condições de vida da população e um processo de industrialização que não criasse dependência com a região centro-sul. Além da industrialização, proporcionar à região agrícola da faixa úmida meios de aumentar a oferta de alimentos seria outro objetivo (GTDN, 1959).
Em 15 de Dezembro de 1959, após aprovação da Lei nº 3692, foi criada a SUDENE (Superintendência para Desenvolvimento do Nordeste), cujo superintendente, nomeado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, é Celso Furtado. Contrariando interesses de uma elite, a SUDENE nasce com objetivos, gerados ainda no GTDN, onde a modernização de política do Nordeste e modernização econômica seriam grandes desafios.
Somente com as políticas regionais iniciadas pela SUDENE, o Nordeste é colocado em pauta para construção de uma agenda de desenvolvimento econômico que preencha as lacunas não escritas durante os séculos anteriores.
ORIGENS HISTÓRICAS DE SOBRAL
Os primeiros habitantes da região que beirava o Rio Acaraú foram os grupos indígenas nativos, seguidos dos colonizadores Brancos.
Dentre as tribos aqui encontradas, podemos citar: Potiguaras, Tabajaras, Tremembés, Arariús, Tapuias e Reriús.
Os brancos que aqui chegaram vieram da Capitania Paraíba e Rio Grande do de Pernambuco, naquela época Norte, atravessando os sertões em busca de minas ou fugindo aos ataques dos holandeses. Outros vieram diretamente de Portugal: foram
eles os portadores dos primeiros rebanhos aqui chegados, fazendo da pecuária a principal atividade dessa região com predominância do gado vacum e equino.
A proximidade do Rio Acaraú fez com que a povoação de Caiçara logo tivesse desenvolvimento incomum, privilegiada pela posição geográfica, Sobral situa-se no entroncamento das rotas que cortavam a região em direção dos Estados do Piauí e Maranhão, além da estrada das boiadas – Estrada Caiçara – que seguia em direção ao centro do Estado. A proximidade do rio Acaraú e dos portos de Camocim e Acaraú contribuiu para o intercâmbio de produtos regionais e internacionais.
Os rios foram pontos essenciais da colonização; os caminhos flúvio-terrestres serviam de escoadouros das boiadas de corte para os mercados consumidores, e, nesse contexto, a Estrada da Caiçara, percorrida frequentemente pelas boiadas, foi importante fator de ligação entre o interior e o litoral Dedicada às atividades pastoris e comerciais, a povoação de Caiçara tornou-se importante centro populacional, sendo por isso elevada à condição de Vila, por ordem do Governador de Pernambuco, Manuel da Cunha Meneses
Procedendo a uma rápida sinopse do argumento histórico de Sobral, é, de logo, conveniente nos venha à evocação fato de que processo civilizatório português na América Latina muito particularmente Estado brasileiro em recuado tempo de 500 anos, começa pela exploração da atividade extrativista do pau-brasil, entre os nativos e os galeões portugueses que fazem o comércio entre a Colônia e o mercado europeu, mercancia esta realizada com exclusividade pelos portugueses.
Esta atividade econômica, sem grande significado, é superada pelo fabrico de açúcar que rapidamente se estende principalmente nos Estados do Espirito Santo e Rio de Janeiro e na faixa úmida do litoral nordestino, onde os grandes canaviais se transformam numa forte fonte de riqueza e de poder econômico da Colônia portuguesa, para cuja exploração a mão-de-obra dos escravos africanos se transforma numa condição absolutamente indispensável, no contexto seiscentista, pois, os índios se mostraram de adaptação difícil a um trabalho disciplinado e regular que a indústria da manufatura do açúcar exigia, o que era absolutamente natural pelo fato de serem nativos e secularmente acostumados à liberdade absoluta.
No outro Nordeste, exterior à faixa litorânea úmida, surgiu uma atividade de exploração econômica e complementar da primeira que fornecia a alimentação os transportes, sob a forma de um criatório da pecuária bovina e equina, que assegurava a produtividade da empresa açucareira.
Sobral teve situado como uma das principais atividades na pecuária sua principal econômica, o que a decorrência, as charqueadas pastoris do Ceará. Em áreas de Caiçara, o segundo polo couramas fizeram da povoação produtor, chegando a possuir mais de e cem fazendas de gado nos meados do século XVII, superado apenas pela Vila de Aracati. “Com declínio das charqueadas no final do referido O século, inicia-se novo ciclo econômico, direcionado para agricultura algodão quando se intensifica o comércio. A riqueza dos sobralenses, promovida de início pela pecuária e depois pelo comércio, ativado pela produção algodoeira que gerou a implantação das primeiras indústrias pode ser constatada pela existência, no espaço urbano, de sobrados e casarões, considerados exemplos raros na arquitetura cearense.
Sobral sempre foi o polo de aglomeração urbana de toda a Região Norte, atendo a hegemonia política, econômica, administrativa e sócio-religiosa. Segundo SOARES (2000).
No final do século XIX e início do século XX, o progresso econômico e cultural por que passou essa Cidade decorria da sua posição geográfica, da atividade pecuária e implantação da Estrada de Ferro Camocim-Sobral, que provocou significativas mudanças culturais, a partir das relações comerciais com o porto de Camocim e, dali, com a Europa.
Ainda para SOARES (2000), a atuação de políticos sobralenses – senadores e ministros – durante o Governo Imperial, conseguindo verbas foi decisiva para que a Cidade tomasse novo impulso desenvolvimentista Sobral situa-se no entroncamento das rotas que cortavam a região em direção dos Estados do Piauí e Maranhão além da estrada das boiadas Estrada Caiçara que seguia em direção ao centro do Estado.
A proximidade do Rio Acaraú e dos portos de Camocim e Acaraú contribuiu para o intercâmbio de produtos regionais e internacionais, como mobiliário, louças, cristais, tecidos, peças de adornos e vestuário. Essa mercadoria chegava nas embarcações oriundas de portos acionais e estrangeiros que aqui vinham em busca de couro e charque.
O acesso fácil ao que de melhor e mais atual tinha no Velho Mundo em matéria de moda, costumes e literatura, através de jornais, livros e revistas, fez com que a sociedade sobralense fosse culturalmente mais avançada em relação às demais.
O adensamento da população propiciou o desenvolvimento de atividades econômicas paralelas à pecuária, tais como o comércio e outros serviços, que mais cresceram de importância a partir do último quartel do século XIX, quando ocorreram secas devastadoras do meio rural.
Entre 1860 e 1880, Sobral rivalizava com Fortaleza. O comércio de Aracati já tinha arrefecido, o mesmo acontecendo com lcó. Sobral era o empório comercial do norte do Ceará com grandes casas que mantinham negócios com todo o Piauí, através de seus viajantes.
A presença de numerosas igrejas e capelas atesta a preponderância da igreja católica nessa região, escolhida para servir de sede do Curato do Acaraú.
Segundo Soares (1997. p. 29):
“Rica pela pecuária e pelo comércio, culta pelo intercâmbio com centros europeus e, ainda, abençoada pela Igreja, Sobral cresceu e tornou-se portentosa e progressista gerando um sentimento que não é um simples bairrismo identificado pelo intelectual e político Parsifal Barroso como a sobralidade”.
Foi nesse contexto que, na primeira década deste século, regressou de Roma à terra natal, ordenado sacerdote o Padre José Tupinambá da Frota, que veio a ser, anos depois, o primeiro Bispo de Sobral.
Num apostolado que durou mais de cinquenta anos Dom José, ultrapassando os limites dos deveres de um prelado, dotou a Cidade dos instrumentos básicos necessários ao exercício da função social e cultural que hoje ela desempenha na Zona Norte Cearense.
Colégios, hospitais, estabelecimentos de assistência social, jornal, emissora de rádio, museu, banco de crédito e outros empreendimentos, a par de uma marcante atuação sócio-religiosa e política, são exemplos que justificam a outorga, a Dom José, do título de segundo fundador de Sobral.
Até mesmo a Santa Sé, em reconhecimento pelos serviços que Dom José prestou à Igreja, o agraciou com títulos, entre eles, o de Bispo-Conde.
Tal foi a influência exercida por Dom José nos setores sócio-religioso-cultural e político que o crescimento da Cidade se ressentiu em decorrência de sua morte ocorrida em 1959. Os bispos que lhe sucederam vieram com a missão de pastores dentro da nova linha ditada pela igreja.
O estado do Ceará voltou a crescer no final da década de 1980 com uma nova proposta política, à época conhecida como “Governo das Mudanças”. Um empresário consegue se eleger com a promessa de modernizar a administração pública, afastando-se do clientelismo dos governos anteriores; promover a austeridade fiscal; e desenvolver a economia estadual. Nas duas décadas seguintes, Tasso Jereissati, o Jovem Empresário, e seus aliados passam a deter a hegemonia política no Estado.
Em Sobral, tivemos os momentos de desenvolvimento parecido com este, já que o mesmo grupo político que vinha dominando a política estadual, agora domina também Sobral.
De acordo com a classificação de Soares (2000 p 51;56;59,60;):
“…sem considerar que as demais realizações não tenham semelhante importância, salientamos quatro pontos exemplificativos de excelência da gestão de Cid Gomes nas trilhas da modernidade”.
Administração municipal tem implementado muitas ações na área da educação, provocando significativas mudanças nas escolas da rede municipal de ensino possibilitando, assim, a Secretaria de Educação cumprir sua missão: a de contribuir para o desenvolvimento do cidadão, coordenando a educação escolar articulando e apoiando as ações educativas do município.
A Administração Municipal 1998/2002 também marcou muitos pontos positivos no setor de saúde e assistência social, especialmente com as atividades desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde, consoante as prioridades evidenciadas no primeiro Plano Municipal de Saúde, com vistas a chegar à gestão plena e construir um modelo assistencial para O Município.
Reunindo os mais diversos setores da sociedade representados por seus delegados, foi elaborado em 1998 o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Sobral, sob orientação técnica do Consórcio Fausto Nilo-Espaço Plano. A feitura do PDDV envolveu seminários, oficinas, palestras e reuniões diversas, com a participação da UVA. Segundo Souza (2003).
Para a maioria dos analistas, só há mudanças no conteúdo e na metodologia das políticas públicas com mudanças nas elites políticas, na composição do poder político. É certo que mudanças mais substantivas só podem ocorrer quando efetivamente se muda a composição do poder, mas pode-se obter conquistas sociais através da mobilização social, da ação coletiva, sobretudo quando esta passa a ter um conteúdo de proposição, de debate público de alternativas e não de mera crítica. Para isso, é necessário que as proposições sejam legitimadas por um amplo consenso e que tenham uma abrangência maior que os interesses corporativos ou setoriais.
A inovação vanguardeira desta Secretaria Municipal, resultante do conceito de cultura como jeito de ser de um povo, não apenas O artístico, mas jeito cidadão, jeito político’, foi definição de tarefas de Mobilização Social para esta Pasta. Desta forma, a política municipal para a cultura não visa apenas a promoção de atividades de diletantismo, festa ou mesmo a promoção das manifestações culturais e esportivas mais legitimas, mas também pretende contribuir para a afirmação de uma nova cultura política de direitos e deveres, para o fortalecimento da cidadania ativa, sem anular ou excluir o conflito social, mas pedagogizá-lo no dizer de Paulo Freire – na construção de uma sociedade justa e fraterna.
CONCLUSÃO
Ao entender a formação econômica do Brasil do Nordeste, temos a possibilidade de compreender melhor a formação econômica de Sobral, já que se passa por aspectos próximos e de características parecidas.
Primeiro observamos, no início do séc. XVIII a chegada de portugueses através de sesmarias adquiridas na ribeira do Rio Acaraú, onde hoje se localiza Sobral e essa sesmaria foi passando, por herança e na metade do mesmo século a, então fazenda caiçara recebe o casal proprietário da fazenda, agora como moradores e iniciam um processo de “desenvolvimento” a partir de algumas particularidades já existentes nas terras e redores, pois já haviam tribos ali residindo.
Sobral teve na pecuária sua principal atividade econômica, o que a situou como uma das principais áreas pastoris do Ceará. Em decorrência, as charqueadas e couramas fizeram da povoação de Caiçara, o segundo polo produtor, chegando a possuir mais de cem fazendas de gado nos meados do século XVII, superado apenas pela Vila de Aracati.
Com o declínio das charqueadas no final do referido século, inicia-se novo ciclo econômico, direcionado para a agricultura – o algodão – quando se intensifica o comércio. A riqueza dos sobralenses, promovida de início pela pecuária e depois pelo comércio, ativado pela produção algodoeira que gerou a implantação das primeiras indústrias pode ser constatada pela existência, no espaço urbano, de sobrados e casarões, considerados exemplos raros na arquitetura cearense.
Sobral sempre foi o polo de aglomeração urbana de toda a Região Norte, mantendo a hegemonia política, econômica, administrativa e sócio religiosa.
No final do século XIX e início do século XX, o progresso econômico e cultural por que passou essa Cidade decorria da sua posição geográfica, da atividade pecuária e implantação da Estrada de Ferro Camocim-Sobral, que provocou significativas mudanças culturais, a partir das relações comerciais com o porto de Camocim e, dali, com a Europa.
A atuação de políticos sobralenses – senadores e ministros – durante o Governo Imperial, conseguindo verbas foi decisiva para que a Cidade tomasse novo impulso desenvolvimentista.
Sua situação geográfica, supracitados, ajudaram no desenvolvimento de Sobral e outro ponto a ser citado e destacado é a atuação do Bispo, Dom José Tupinambá da Frota que, de acordo com Soares e Maria Soares (2007):
Num apostolado que durou mais de cinquenta anos, Dom José, ultrapassando os limites dos deveres de um prelado, dotou a Cidade dos instrumentos básicos necessários ao exercício da função social e cultural que hoje ela desempenha na Zona Norte Cearense.
A partir do século XXI o crescimento das cidades de porte médio no Brasil, Sobral é um laboratório para estudos atuais. Estudos das transformações sociais e econômicas que tem caracterizado estes núcleos urbanos. Os grandes problemas urbanos enfrentados nas metrópoles do sudeste do pais levaram a transferência de filiais de grandes indústrias para cidades de porte médio que oferecem incentivos fiscais e mão de obra barata.
A implantação de indústrias geradoras de empregos, o crescimento do comércio tem provocado um aumento das migrações para Sobral, promovendo uma expansão desordenada da malha urbana e ampliado os grandes contrastes sócio espaciais.
REFERÊNCIAS:
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TAVARES, M.C. Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro. Rio de
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1Administrador – UNINTA – messias.aguiar@uninta.edu.br
2Administrador – Faculdade 05 de julho
3Jornalista – UNINTA
4Advogado – UNINTA
5Ciências Humanas e Exatas – UNINTA