FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE APOIO NA PERSPECTIVA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA PROMOVER A INCLUSÃO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202505251828


Silvana Cardoso dos Santos Carvalho1
Verônica Elói de Almeida2
Alessandro Jatobá3
Regina Célia Pereira de Moraes3


RESUMO

Esse artigo é fruto de uma pesquisa de mestrado de natureza qualitativa que realizou uma revisão sistemática acerca dos conhecimentos necessários à prática dos educadores que trabalham diretamente com a inclusão de alunos considerados público-alvo da educação especial. Esses educadores, frequentemente denominados de apoio ou mediadores, enfrentam diversas demandas em sua atuação pedagógica, as quais exigem um processo contínuo de formação e atualização. Entretanto, as oportunidades de capacitação oferecidas de maneira direta pelos órgãos competentes são limitadas, resultando em um déficit nas possibilidades de aprimoramento das práticas pedagógicas desses profissionais. Nesse contexto, o estudo se dedicou a proporcionar acesso a uma formação por meio de um material didático que apresentou estratégias para a utilização das tecnologias digitais na promoção da inclusão. Espera-se que os resultados deste estudo contribuam para a implementação de práticas inclusivas mais eficazes com a utilização das tecnologias digitais.

Palavras-chave: Professor de apoio. Professor mediador. Inclusão. Formação. Tecnologias Digitais.

ABSTRACT

This article is the result of a qualitative master’s degree research project that conducted a systematic review of the knowledge required for the practice of educators who work directly with the inclusion of students considered to be the target audience for special education. These educators, often referred to as support or mediators, face several demands in their pedagogical work, which require a continuous process of training and updating.

However, the training opportunities offered directly by the competent bodies are limited, resulting in a deficit in the possibilities for improving the pedagogical practices of these professionals. In this context, the study was dedicated to providing access to training through teaching material that presented strategies for the use of digital technologies to promote inclusion. It is expected that the results of this study will contribute to the implementation of more effective inclusive practices using digital technologies.

Keywords: Support teacher. Mediator teacher. Inclusion. Training. Digital Technologies.

Introdução

A inclusão constitui um direito fundamental em todos os contextos sociais, e na educação não é diferente. A realidade da inclusão em nosso país é permeada por intensas lutas e desigualdades. Dependendo das particularidades de cada aluno, a inclusão pode assumir diferentes nuances, como, por exemplo, o direito a ser assistido por um mediador ou professor de apoio, a ser atendido em salas de recursos multifuncionais, bem como a receber adaptações no currículo, dentre outros dispositivos e recursos. No entanto, a implementação de práticas educacionais inclusivas, asseguradas pela presença de um professor de apoio, ainda é uma iniciativa recente no cenário educacional (Silva Hudson; Borges, 2020).

Os docentes que atuam na Educação Inclusiva enfrentam uma variedade de exigências, abrangendo desde estudantes com deficiências físicas, mentais, sensoriais e intelectuais, até aqueles diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Deficiência Intelectual (DI), além de dificuldades de aprendizagem ou comportamentais. Cada situação apresenta suas particularidades, demandando dos educadores competências específicas e abordagens pedagógicas diversas. Para atender a todas as suas atribuições, o professor de apoio especializado, conforme a própria designação do cargo, demandará uma especialização contínua. Essa exigência é ressaltada nas responsabilidades do professor no Edital do recente concurso para a prefeitura de Niterói – RJ, enfatizando que este deve:

–              Participar de atividades educacionais internas e externas, que contribuam para seu enriquecimento profissional, agindo sempre com ética e equilíbrio emocional;

–              Participar dos programas de capacitação em serviço, oferecidos pela FME;

–              Participar dos encontros de formação promovidos pela FME, em especial pela coordenação de educação especial; (COSEAC, 2023, p.34, 35).

No que tange à formação continuada dos professores de apoio, os autores Ferreira e Toman (2020, p. 16) ressaltam a relevância de que tais formações ocorram de maneira frequente e que […] “atentem aos aspectos teóricos e metodológicos que auxiliem na lida com as demandas e dificuldades identificadas no cotidiano do trabalho pedagógico”. Além disso, Miskalo et al. (2023), em sua investigação com professores de apoio, descrevem os apontamentos dos entrevistados sobre os aspectos considerados essenciais para o desempenho de suas funções.

As discussões sobre a inclusão, na prática escolar, têm provocado embates e indagações dos profissionais que se veem diante de uma diversidade de fatores, como estrutura física, materiais didáticos, recursos humanos, parcerias entre outras áreas especializadas, participação da família e da sociedade, e, também, apontam os professores a importância de formação para trabalhar com este público (Grifo nosso, Miskalo et al., 2023, p. 519).

Observamos que os próprios educadores enfatizam a relevância da formação contínua para atender às exigências de sua atuação profissional. Contudo, cabe questionar qual é a efetiva situação da oferta de formação continuada para os professores de apoio a título de exemplo na prefeitura de Niterói. As autoras Agra e Costa (2021), ao examinarem o cenário educacional inclusivo de Niterói e as políticas públicas voltadas à formação dos docentes, destacam que:

[…] não há, por parte da Secretaria Municipal de Educação, apoio a projetos de estudos e pesquisas em Educação Inclusiva, relacionados aos diferentes níveis e modalidades da educação, o que expressa ainda fragilidade em relação à formação de professores e à inclusão escolar (Agra; Costa, 2021, p. 5).

Nesse contexto, observa-se que a formação dos professores de apoio em Niterói tem enfrentado uma significativa carência persistente ao longo do tempo. Por conseguinte, identificou-se a problemática subjacente a este projeto, que consiste na insuficiência da formação destinada aos professores de apoio especializado nas escolas municipais de Niterói. A fim de mitigar essa insuficiência, o presente estudo por meio de uma fundamentação teórica realizou uma revisão sistemática para disponibilizar conhecimentos essenciais para a prática docente, visando à utilização das tecnologias digitais em prol da formação dos professores da inclusão.

Metodologia

A presente pesquisa de natureza qualitativa visou desenvolver uma revisão sistemática, com o objetivo de proporcionar conhecimento aos docentes de apoio especializado, a fim de fundamentar suas práticas pedagógicas utilizando tecnologias digitais. O recorte temporal contempla o intervalo de 2017 a 2024 e a base de dados adotada foi o Google Acadêmico. No decorrer da investigação, foram estabelecidos os seguintes critérios: classificação por relevância; realização de buscas em qualquer idioma e em qualquer tipo de pesquisa.

Para cada objetivo específico da pesquisa foi utilizada uma seleção de palavras-chave, conforme o quadro 1.

Quadro 1 – Organização das palavras-chave para pesquisa

Fonte: A própria autora.

No que se refere à metodologia de avaliação dos dados coletados, a estratégia adotada consistiu na análise temática proposta por Bardin (2016). Sob essa abordagem, os dados são sistematizados e estruturados, e, a partir de sua leitura, são selecionadas passagens relevantes para a pesquisa. Inicialmente, essas passagens são mapeadas por meio de códigos, que, em um momento posterior, são agrupados em categorias para a interpretação dos resultados.

De maneira prática, ao investigar o objetivo específico acerca da inclusão nas leituras dos oito estudos selecionados, foram estabelecidos os seguintes códigos para as passagens identificadas: definição; história; dispositivos legais; ensino; sociedade; tecnologia assistiva; adaptação curricular e flexibilização curricular. Com as passagens mapeadas por códigos, elas foram organizadas nas seguintes categorias: conceito de inclusão; história da inclusão; legislação; inclusão na escola; inclusão na sociedade e práticas inclusivas no ensino. Dessa forma, possibilitou-se uma análise detalhada do que cada obra examinada abordava sobre o tema.

Resultados

Na investigação sobre a inclusão, foram selecionados por sua relevância seis estudos de autores que fundamentam a temática, bem como de autores contemporâneos que a analisam sob uma perspectiva prática, conforme indicado no quadro 2.

Quadro 2 – Resultados elencados sobre a inclusão

Fonte: A própria autora.

No que se refere à revisão efetuada com a finalidade de conceituar a inclusão, foram identificados um total de seis estudos, cujas contribuições serão caracterizadas a seguir. Nos trabalhos de Crossa et al. (2017), intitulado “Tecnologia assistiva e inovação como ferramentas de propulsão da inclusão social e cidadania”, os autores examinam as tecnologias assistivas como instrumentos essenciais para a promoção da inclusão tanto no ambiente escolar quanto na sociedade em geral.

Os autores definem a tecnologia assistiva como qualquer estratégia ou dispositivo projetado para mitigar dificuldades e potencializar as capacidades dos indivíduos. Assim, a tecnologia assistiva pode se manifestar de diversas formas, incluindo engrossadores de lápis, adaptações de tesouras, a confecção de pranchas de comunicação com materiais reciclados e até mesmo a utilização de tecnologias avançadas, como softwares de leitura de tela e comandos de voz, entre outros.

Ademais, os autores propõem uma perspectiva diferenciada acerca da inclusão, defendendo uma visão ampliada segundo a qual a inclusão deve beneficiar todos os estudantes, e não apenas aqueles que possuem algum tipo de laudo. Além disso, ressaltam que um sistema educacional que se fundamenta na fragmentação do conhecimento em disciplinas de maneira tecnicista e mecânica contribui para a exclusão de todos. Dessa maneira, defendem que a condição de ser diferente deve ser considerada um padrão de normalidade, uma vez que todos somos distintos.

Conforme exposto por Alves et al. (2021) em “Escola como espaço de criação, inclusão e tessituras: semeando a ciência com consciência”, a inclusão deve fundamentar uma educação multirreferencial, na qual o ensino se apoia nos interesses dos alunos, ao invés de se limitar exclusivamente ao currículo preestabelecido.

Nesse contexto, a escola adota uma postura inovadora, estimulando cada aluno, de acordo com suas particularidades, a assumir o protagonismo em seu processo de aprendizagem. Isso implica reconhecer que cada indivíduo traz consigo um conjunto de conhecimentos e experiências que se configuram como elementos essenciais para seu aprendizado. Ao percebermos essas potencialidades, em parceria com os alunos, identificamos as ferramentas necessárias para alcançar níveis superiores de progresso e desenvolvimento educacional.

A inclusão e a valorização da diversidade humana, tanto na sociedade quanto no ambiente escolar, devem priorizar a equidade no acesso às oportunidades. Os autores enfatizam que as políticas públicas vigentes, de certa forma, favorecem uma transformação no paradigma, mudando a ênfase dos entraves para as capacidades dos indivíduos. Eles discutem o papel da escola e do docente na efetivação da inclusão, reconhecendo que a inserção de crianças em instituições de ensino regulares é um processo complexo, que exige a criação de um ambiente de aprendizagem harmonioso e respeitoso, contribuindo para a formação de uma cidadania equitativa e digna.

Nos fundamentos propostos por Silva Hudson e Borges (2020) na obra “A utilização do Plano de Desenvolvimento Individual por professores em Minas Gerais”, elucidamos que o professor mediador, encarregado de implementar ações que favoreçam a inclusão dos alunos em salas de aula regulares, enfrenta uma responsabilidade significativa. Conforme as necessidades dos alunos, esse educador de apoio/mediador deve conceber estratégias em consonância com o currículo escolar, a fim de assegurar que o estudante tenha total acesso ao processo de ensino.

No entanto, em situações mais específicas, onde os alunos demandam flexibilizações curriculares, frequentemente esse professor deverá desenvolver recursos, implementar tecnologias assistivas, elaborar um ambiente mais sereno e propício para a realização das atividades, ajustar o tempo previsto para a execução dessas tarefas, além de adaptar propostas de atividades avaliativas, entre outras exigências.

Além disso, para os alunos que não conseguem acompanhar o currículo do ano letivo em que estão inseridos, deve-se construir um currículo personalizado, comumente denominado Plano de Ensino Individualizado – PEI. Este deve abranger objetivos, estratégias e métodos de avaliação do progresso do aluno ao longo do ano letivo nas diversas áreas de desenvolvimento.

Nas considerações de Fátima Minetto (2021), na obra intitulada “Currículo: na educação inclusiva: entendendo esse desafio”, a autora analisa as questões relacionadas ao currículo no contexto da inclusão. Ela enfatiza que este deve considerar a individualidade do indivíduo, suas experiências vividas e sua interpretação do mundo, podendo ser adaptado conforme as necessidades específicas do aluno para o seu pleno desenvolvimento.

Portanto, para a pesquisadora, o currículo que busca refletir uma educação inclusiva deve ser plural e flexível. Além do currículo, a afetividade é ressaltada como um elemento significativo entre todos os indivíduos que frequentam a escola. Assim, mais do que a presença de mobiliário e espaço apropriados, a afetividade é responsável pela construção de vínculos e segurança, favorecendo um ambiente mais salutar para o processo de aprendizagem.

Conforme expresso por Espírito Santo e Barros Lobo (2023) em “Desafios encontrados para acessibilidade e inclusão na educação”, a formação dos educadores representa um aspecto essencial a ser desenvolvido. Com o tempo, à medida que as legislações se solidificam e novas práticas de inclusão e acessibilidade são implementadas na sociedade, necessidades anteriormente invisíveis começaram a se destacar.

Dessa forma, a função do professor na mediação torna-se crucial, visto que ele assume um papel primordial na acolhida e integração de pessoas com deficiência no ambiente social. Segundo os autores, é evidente a necessidade de investimentos voltados à capacitação dos profissionais que atuam na área da inclusão e acessibilidade. Tais investimentos devem ser estruturados de forma sistemática, considerando a importância de um planejamento abrangente em oposição a ações isoladas e pontuais. É de suma importância que os profissionais recebam formação contínua e aprofundada para enfrentar os desafios da inclusão, propiciando um ambiente educacional mais equitativo e acolhedor para todos os alunos.

Foi ressaltado que a tecnologia desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão e acessibilidade. Por meio da aplicação de recursos tecnológicos, é possível superar diversas barreiras físicas que dificultam o acesso a determinados espaços. A tecnologia também se apresenta como uma ferramenta valiosa na formação dos educadores, oferecendo recursos e conteúdos que ampliam suas capacidades de ensino e adaptação curricular. Portanto, é imprescindível que haja investimentos nesse âmbito, promovendo a integração da tecnologia nas práticas educacionais inclusivas.

Outro aspecto salientado é que, apesar do papel fundamental dos educadores como facilitadores do aprendizado no ambiente escolar, a participação de famílias e da comunidade é igualmente relevante para alcançar resultados significativos. A colaboração entre a escola, as famílias e a sociedade contribui para a criação de condições favoráveis à inclusão e acessibilidade. Essa sinergia estimula a inclusão e amplia as oportunidades de aprendizado para alunos com deficiência no ambiente escolar.

Gonçalves (2024), em “Como construir o Planejamento Educacional Individualizado (PEI) dos estudantes na educação especial”, defende que o professor atuante na inclusão deve estar em formação contínua para atender às diversas e crescentes demandas. Muitos contextos escolares reconhecem esses profissionais como especialistas em laudos, adaptações curriculares, flexibilizações, criação de tecnologia assistiva, manejo dos alunos, entre outras atribuições.

Atender a essa demanda representa um desafio; no entanto, ao superar esses obstáculos e implementar abordagens inovadoras que envolvem uma compreensão aprofundada de cada aluno, o educador transforma a sala de aula em um espaço diversificado e enriquecido. Concentrar-se na singularidade de cada estudante não apenas beneficia aqueles que são parte da educação especial, mas também gera um impacto positivo em todo o contexto escolar, criando amplas oportunidades de aprendizado para todos.

Para realizar uma análise da formação inicial e continuada dos docentes voltada para a inclusão, foram selecionadas duas investigações e dois instrumentos legais, conforme apresentado no quadro 3.

Quadro 3 – Resultados elencados sobre a formação dos professores para a inclusão

Fonte: A própria autora.

No que se refere aos resultados apresentados acerca da formação dos docentes voltada à inclusão, foram identificados dois estudos, além da análise de três dispositivos legais, cujas contribuições serão caracterizadas a seguir. A Lei nº 9.394 (Brasil, 1996), que “Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, estabelece, em relação à formação dos professores para o exercício do ensino, que:

Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se- á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal (Brasil, 1996, Art. 62).

De maneira mais precisa em relação à inclusão, a lei n° 13.146 (Brasil, 2015), que “Institui a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (Estatuto da pessoa com deficiência)”, determina que a formação dos educadores deve ocorrer:

X            – adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado;

XI          – formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;

XII         – oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação (Brasil, Art. 28, cap. X, XI e XII.

Com a análise das legislações mencionadas, observa-se que a formação constitui um aspecto crucial e é de responsabilidade tanto do poder público quanto do profissional envolvido. Vitaliano (2019), em sua obra “Formação de professores de educação infantil para inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais: uma pesquisa colaborativa”, proporcionou um ambiente de formação aos docentes responsáveis pela mediação da inclusão.

Os resultados apresentados revelam os desafios, as condições adversas e a falta de suporte e capacitação que esses educadores enfrentam em suas atividades cotidianas. Ao lhes oferecer a oportunidade de refletir sobre suas experiências à luz de conhecimentos científicos atuais, esses profissionais passaram a se sentir mais confiantes para lidar com as situações diárias em sala de aula vinculadas a essa temática.

Sobretudo, os achados enfatizam que o papel do professor é essencial para a construção de instituições educacionais inclusivas, sendo imprescindível que este receba a preparação adequada para tal. Ademais, a formação dos docentes deve estar em consonância com as demandas que estes encontram no seu cotidiano.

Os pesquisadores Rocha et al. (2022), em “A formação de professores para a inclusão escolar dos alunos com deficiência”, avaliaram os cursos de licenciatura no que se refere à oferta de formação necessária para lidar com o processo inclusivo. Afirmam que esses cursos não têm fornecido a contribuição essencial para a efetivação da inclusão escolar de indivíduos com deficiência.

Este, sem dúvida, se configura como seu principal desafio: desenvolver e compartilhar conhecimentos que estimulem novas posturas em relação à diversidade. Tais posturas devem, entre outros aspectos, ter como base a empatia e o combate à discriminação, visando alcançar o objetivo primordial da educação, que é capacitar os indivíduos de maneira ética e intelectual. Para caracterizar a utilização das tecnologias digitais e identificar aquelas que são mais comuns e eficazes para a inclusão, foram selecionados seis estudos, conforme ilustrado no quadro 4.

Quadro 4 – Resultados elencados sobre o uso das tecnologias digitais na inclusão

Fonte: A própria autora.

Analisemos agora os seis resultados obtidos na pesquisa realizada para caracterizar a relevância das tecnologias digitais na promoção da inclusão. Os autores Bonilla, Silva e Machado (2018), em “Tecnologias digitais e deficiência visual: a contribuição das TIC para a prática pedagógica no contexto brasileiro de inclusão”, enfatizam a ausência de acessibilidade que impõe diversas barreiras de acesso para pessoas cegas em relação ao conteúdo disponível em mídias sociais e sites que não apresentam configurações adequadas para a acessibilidade.

No que se refere à utilização da tecnologia na inclusão de alunos com cegueira ou baixa visão, os autores destacam o podcast como uma ferramenta excelente para o trabalho com conteúdos variados, exemplificado na pesquisa pelo reconto de histórias.

Queiroz (2019), em “Tecnologias assistivas na educação a distância”, defende que, no contexto da educação a distância, a escolha de uma ou mais tecnologias assistivas deve ser orientada pelas especificidades de cada tipo de deficiência, bem como pela avaliação da ferramenta realizada por um grupo multidisciplinar. Além disso, é crucial considerar a funcionalidade da tecnologia, assim como as preferências e o conforto do usuário durante sua utilização.

A interação entre o ser humano e a máquina no ambiente virtual de aprendizagem deve incorporar recursos versáteis das tecnologias assistivas e digitais, com o intuito de facilitar uma navegação apropriada e o acesso ao material pedagógico para usuários com diferentes deficiências.

Conforme afirmam Boza e Vieira (2020), em “Autismo: formação de professores e as barreiras da inclusão mediante as tecnologias da inovação”, é imprescindível refletir sobre de que maneira a diversidade de recursos digitais pode potencializar o aprendizado de indivíduos com deficiência, além de considerar como essas múltiplas possibilidades oferecem suporte nas atividades pedagógicas dos educadores que atuam diretamente com crianças e jovens diagnosticados com transtorno do espectro do autismo.

As tecnologias têm a capacidade de facilitar a implementação de práticas educativas no ambiente escolar, promovendo o raciocínio crítico e a autonomia na aquisição do conhecimento, em conformidade com a abordagem construtivista. Essa abordagem foca na promoção de uma troca mútua de saberes entre educador e aluno, o que é fundamental a ser destacado. Isso se deve ao fato de que a simples inserção de tecnologias educacionais em aulas que se restringem a exposições não constitui uma prática verdadeiramente inovadora. É imprescindível ressignificar a prática pedagógica, colocando o aluno na posição de protagonista de seu aprendizado.

Um dos principais desafios que persistem na educação tradicional é a redistribuição da ênfase do professor, compartilhando essa centralidade com os alunos. O espaço ocupado pelo docente em sala de aula não deve ser compreendido como um local de imposições e hierarquia, refletindo a única interpretação legítima do conhecimento. A adoção de tecnologias, a garantia da liberdade de expressão e a atenção às necessidades de alunos com deficiências são questões que demandam um olhar atento, com o intuito de assegurar uma aprendizagem significativa.

A utilização da tecnologia permite uma diversidade de interações entre indivíduos, propiciando a formação de uma comunidade de práticas na qual educadores e alunos, em consonância com metas comuns, buscam o desenvolvimento do conhecimento. Esse processo é caracterizado por uma troca contínua, na qual todos são incentivados a participar de uma colaboração que enriquece os saberes.

Segundo Silva Balbino, Oliveira e Silva (2021), “As tecnologias digitais como instrumentos mediadores no processo de aprendizagem do aluno com autismo”, reconhece-se que as tecnologias digitais desempenham um papel fundamental ao enriquecer a abordagem pedagógica dos educadores, servindo como recursos essenciais para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, emocionais, motoras, sensoriais e sociais em crianças com autismo.

Observou-se que a influência das tecnologias na educação de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é significativa, apresentando diversos benefícios, como: maior autonomia, aprimoramento da coordenação motora, desenvolvimento da percepção espacial e temporal, além do aumento da atenção e concentração, uma vez que os ambientes digitais oferecem experiências mais envolventes, lúdicas e que estimulam a curiosidade deste grupo. As tecnologias digitais configuram-se como opções eficazes para a educação, principalmente para estudantes com autismo, ao fornecer múltiplas formas de ensino e aprendizado, favorecendo também a interação e a formação de conhecimentos e habilidades diversas em ambientes virtuais.

Santos Batista, Moraes Navarro e Kumada (2023), em seu estudo intitulado “Análise sobre jogos digitais bilíngues para surdos: um caminho para o letramento e a inclusão digital”, discutem o uso bem-sucedido dos jogos digitais na educação de surdos, afirmando que a ludicidade presente nos jogos contribui para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais.

De acordo com Marques et al. (2024), no estudo intitulado “Educação 4.0 e inclusão escolar: explorando o potencial das tecnologias digitais para a inclusão de alunos autistas”, os investigadores conduziram uma pesquisa com educadores que utilizaram tecnologias digitais no trabalho com estudantes autistas.

Os resultados revelaram uma diversidade de perspectivas e experiências entre os entrevistados, sublinhando tanto os benefícios quanto às dificuldades enfrentadas na implementação dessas tecnologias no contexto educacional inclusivo. Alguns educadores enfatizaram a importância crucial de aplicativos, programas e recursos de realidade aumentada e virtual na promoção do envolvimento e participação dos alunos autistas no processo de ensino- aprendizagem. Essa percepção é corroborada pelos relatos dos participantes, que expressaram surpresa e satisfação com o aumento do engajamento e da curiosidade dos estudantes autistas em suas atividades escolares.

Além disso, os resultados reforçam a relevância das tecnologias como instrumentos significativos para proporcionar suporte personalizado e adaptado às necessidades específicas desses alunos. Os testemunhos dos docentes evidenciam de que maneira as ferramentas tecnológicas permitiram uma abordagem individualizada, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades sociais, da comunicação e da autonomia dos alunos.

No entanto, os desafios apontados pelos educadores não devem ser ignorados. A ausência de formação adequada, a escassez de recursos tecnológicos e a necessidade de adaptação das tecnologias representam barreiras significativas que podem impactar a eficácia da utilização dessas ferramentas na educação inclusiva. Os autores concluem com um apelo para a realização de pesquisas adicionais e o desenvolvimento de jogos digitais que favoreçam o aprendizado colaborativo, levando em conta as potencialidades dos alunos em situação de inclusão.

Produto elaborado

O material didático foi desenvolvido com um claro intuito de proporcionar um conhecimento tanto objetivo quanto prático aos educadores de apoio, capacitando-os a diversificar de maneira efetiva sua abordagem na educação inclusiva por meio da utilização de tecnologias digitais inovadoras que estão cada vez mais presentes no ambiente escolar.

Em um primeiro momento, o leitor é apresentado a uma visão abrangente e detalhada sobre a atuação do professor de apoio ou mediador nas diversas instituições de ensino, independentemente do nível de ensino em questão. Esta apresentação é cuidadosamente fundamentada na legislação vigente e em pesquisas relevantes que reforçam a importância de uma perspectiva diferenciada e crítica para uma prática inclusiva que seja realmente eficaz e que atenda às necessidades de todos os alunos.

O objetivo é garantir que esses educadores possam aplicar estratégias eficazes  que  tornem  a  aprendizagem  acessível  a  todos  os  alunos, independentemente de suas particularidades, promovendo assim um ambiente de ensino mais equitativo e justo, figura 1.

Figura 1 – Capa e sumário do material didático

Fonte: A própria autora.

São expostos os conceitos de inclusão no ambiente escolar, a flexibilização e adaptação curricular, as tecnologias assistivas e a elaboração do plano de ensino individualizado. Posteriormente, são oferecidas sugestões de boas práticas pedagógicas inclusivas de criação de jogos digitais, as quais podem ser ajustadas e implementadas em diversos contextos educacionais, visando atender alunos com distintas especificidades, por meio das tecnologias digitais.

O Wordwall, conforme ilustrado na figura 2, constitui uma plataforma digital destinada à elaboração de jogos. Na versão gratuita, os usuários têm a possibilidade de desenvolver até cinco jogos e consultar todos os jogos que foram criados e publicados por outros usuários. Para usufruir de acesso ilimitado à criação de jogos, torna-se necessário adquirir uma assinatura mensal.

Ao realizar o cadastro no site, torna-se viável acessar os modelos de elaboração de jogos e iniciar a criação de atividades. O site apresenta uma interface altamente intuitiva, permitindo que os jogos sejam editados a qualquer momento. A seguir, são apresentados alguns tutoriais práticos que orientam sobre o processo de criação de atividades e jogos na plataforma Wordwall.

Figura 2 – Página inicial do Wordwal

Fonte: Wordwal (2024). Disponível em: https://wordwall.net/pt

Apresentamos a seguir uma seleção de tutoriais práticos que demonstram o processo de criação de atividades e jogos na plataforma Wordwall:

•        Como criar jogo online educativo em 2 minutos no Wordwall. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7yy-ijdkPfA

•        Como usar o WORDWALL – Tutorial. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=khKkS_T5V3s

Na plataforma Miro, é possível desenvolver jogos educativos, realizar atividades e implementar projetos que favorecem a interatividade e a colaboração entre professores e alunos. O acesso é gratuito, requerendo apenas a criação de uma conta através de um endereço de e-mail, conforme demonstrado na figura 3.

Figura 3 – Página inicial da plataforma miro

Fonte: Miro (2024). Disponível em: https://miro.com/pt/modelos/brincadeiras- quebra-gelo/

Apresenta-se a seguir um tutorial prático sobre a criação de atividades e projetos na Plataforma Miro:

•        Como usar o      Miro    tutorial        completo.    Disponível         em: https://www.youtube.com/watch?v=cUI_nnalFpY

O Canva, conforme ilustrado na figura 4, é uma plataforma de design e comunicação visual online que permite a criação e edição de diversos elementos gráficos, tais como publicações para redes sociais, apresentações, logotipos, cartazes, vídeos e jogos. Embora o acesso gratuito seja restrito a determinados recursos, todos os docentes do Ensino Fundamental e Médio têm direito ao “Canva Pro”, que disponibiliza recursos ilimitados.

Figura 4 – Página inicial do canva

            Fonte: Canva (2024). Disponível em: https://www.canva.com/pt_pt/ferramentas

Para usufruir das vantagens do Canva Pro, é necessário que, ao efetuar o cadastro, o interessado complete o formulário e anexe um comprovante que ateste o exercício da função de professor. Abaixo, apresentamos um tutorial que orienta sobre como a inscrição no Canva Pro pode ser realizada por docentes:

•        Canva pró  gratuito       para professores.    Disponível  em: https://www.youtube.com/watch?v=-6tg-IzjTH8

•        Criação       de    jogos   no    canva. Disponível  em: https://www.youtube.com/watch?v=Nl7X6yLQ3ZQ https://www.youtube.com/watch?v=Nl7X6yLQ3ZQ https://www.youtube.com/watch?v=94W83Jw3fEg

Outro recurso é o Kahoot, apresenta-se na figura 5, como um sistema educacional baseado em jogos, que opera como uma ferramenta de aprendizado em instituições de ensino e em outras organizações dedicadas à educação.

Figura 5 – Página inicial do Kahoot

Fonte: Kahoot (2024). Disponível em: https://support.kahoot.com/hc/pt- br/articles/115000499448-Kahoot-Criar-conta

O Kahoot oferece aos professores acesso ilimitado e gratuito à sua plataforma. Para estabelecer sua conta na plataforma, consulte o tutorial abaixo:

•        Como criar cadastro como professor no Kahoot. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h0wOhLYpZIs

•        Como criar    jogos   no    Kahoot.       Disponível        em: https://www.youtube.com/watch?v=XPB30GzwI4Q https://www.youtube.com/watch?v=ovp36fzP4uI

Conclusão

A presente pesquisa de revisão sistemática, abrangendo o período de 2017 a 2024, gerou resultados significativos no que se refere ao conhecimento requerido dos professores de apoio especializado, com o intuito de fundamentar suas práticas pedagógicas em relação às tecnologias digitais.

No que diz respeito à inclusão, esta não se limita a garantir o acesso escolar aos alunos com necessidades específicas resultantes de alguma deficiência, síndrome ou transtorno. O ato de incluir implica proporcionar as condições necessárias para que todos os indivíduos, independentemente de possuírem ou não algum laudo, possam desenvolver-se de forma plena e significativa, em relação a si mesmos, e não em comparação a um padrão preestabelecido.

Certos sistemas de ensino público organizam-se com o objetivo de garantir a criação de um professor de apoio ou mediador, a fim de assegurar o direito, previsto em lei, de que determinados alunos, em função das suas especificidades, sejam acompanhados por um especialista em inclusão. Em relação à formação mínima exigida, normalmente, a esses professores solicita- se a conclusão do ensino médio na área de formação de professores.

A formação continuada para esses profissionais é garantida por lei, devendo ser oferecida pelos sistemas de ensino, facilitando o acesso à formação em serviço, de modo que adquiram os conhecimentos necessários para reconfigurar suas práticas pedagógicas, visando promover a inclusão por meio das tecnologias digitais. Entretanto, observa-se um aumento crescente no número de matrículas de alunos do público da educação especial, ao passo que o investimento no capital humano, especificamente em relação ao professor de apoio ou mediador, tem diminuído.

As tecnologias digitais desempenham um papel cada vez mais fundamental e indispensável na educação de estudantes em situação de inclusão, oferecendo uma gama significativa de ferramentas e recursos que podem otimizar de maneira considerável o processo de ensino e aprendizagem. A implementação de tecnologias inovadoras exerce um impacto direto sobre a forma como os alunos interagem com o conteúdo, possibilitando uma abordagem mais dinâmica, interativa e inclusiva, com o intuito de atender às necessidades individuais de cada estudante e promover um ambiente de aprendizado enriquecedor.

Através do uso de ferramentas tecnológicas, os educadores têm a capacidade de diversificar suas estratégias de ensino, proporcionando aos alunos diferentes modalidades de acesso ao conhecimento, adaptando-se às suas preferências e demandas individuais. Ademais, as tecnologias criam um espaço para a colaboração, permitindo que os alunos interajam entre si, fortalecendo suas habilidades sociais e promovendo um aprendizado mais cooperativo e participativo.

Com a utilização planejada e direcionada dessas tecnologias, a educação inclusiva torna-se mais acessível, equitativa e eficaz, preparando os alunos para os desafios do mundo conectado digitalmente em que vivemos. Neste contexto e entendendo que a mera presença do aluno no ambiente escolar não é suficiente, mas que é imprescindível criar condições propícias para seu pleno desenvolvimento, os professores buscam aprimorar sua formação por meio de iniciativas pessoais, como cursos de formação, pós-graduação, mestrado e doutorado.

Nesse âmbito, esta pesquisa desenvolveu um material didático objetivo e prático para apoiar esses educadores no processo de formação, com foco específico sobre a utilização das tecnologias digitais na inclusão. De fato, as tecnologias digitais são um recurso excepcional que potencializa o ensino- aprendizagem de alunos em inclusão.

Referências Bibliográficas

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1Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação pela Universidade UNICARIOCA, Brasil.
2Doutorado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
3Doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
4Doutorado em Engenharia de Sistemas e Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil