REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504081610
Antonia Viviana de Carvalho Cardoso
Auriany de Alencar Bispo
Emanuelle Rodrigues Marques
Raianny Brasil Ramos Oliveira
Sabrina Maria de Abreu Silva
Orientadora: Profa. Ms. Karla Rakel Gonçalves Luz
Orientador: Prof. Ms. Carlos Antonio da Luz Filho
RESUMO
A incontinência urinária afeta muitas mulheres após o parto, em especial as que passaram por partos normais, impactando sua qualidade de vida de maneira significativa. Além do desconforto físico, essa condição pode gerar insegurança, a auto-estima e limitar atividades diárias. No entanto, muitas mulheres não recebem informações adequadas sobre essas abordagens levando a uma problemática que poderia ser tratada. Este estudo tem como objetivo analisar os principais fatores que contribuem para a (IU) pós-parto normal e avaliar a eficácia da fisioterapia como abordagem terapêutica.
Este estudo foi conduzido por meio de uma revisão integrativa da literatura, analisando 23 artigos entre 2015 e 2020 selecionados com base em critérios de inclusão com o tema, dos quais 8 foram utilizados para a discussão dos achados das bases de dados eletrônicas: Pubmed, Scielo, Lilacs e BVS.
Este artigo tem o objetivo, analisar os principais fatores que contribuem para a (IU) pós-parto normal e avaliar a eficácia da fisioterapia como abordagem terapêutica. Conclui se que esse problema é causado por uma combinação de fatores envolvendo aspectos fisiológicos e comportamentais. e a fisioterapia tem se destacando como uma alternativa eficaz no tratamento. Assim, investigações futuras devem priorizar a avaliação em longo prazo das intervenções fisioterapêuticas, os impactos emocionais da incontinência urinária e a eficácia comparativa das diferentes técnicas terapêuticas, além do desenvolvimento de estratégias preventivas.
Palavras-chave: Incontinência urinária, Pós-Parto, Exercícios de Kegel, Tratamento Fisioterapêutico, Eletroestimulação, Biofeedback
ABSTRACT
Urinary incontinence (UI) affects many women after childbirth, especially those who have undergone vaginal delivery, significantly impacting their quality of life. In addition to physical discomfort, this condition can lead to insecurity, low self-esteem, and limitations in daily activities. However, many women do not receive adequate information about available treatment approaches, resulting in a problem that could be managed effectively.
This study aims to analyze the main factors contributing to postpartum UI after vaginal delivery and assess the effectiveness of physical therapy as a therapeutic approach. The study was conducted through an integrative literature review, analyzing 23 articles published between 2015 and 2020, selected based on inclusion criteria related to the topic. Of these, eight articles were used for discussing the findings from electronic databases: PubMed, SciELO, LILACS, and BVS.
The following keywords were used: urinary incontinence, postpartum, Kegel exercises, physical therapy treatment, electrostimulation, biofeedback.
This article seeks to examine the primary factors contributing to postpartum UI and evaluate the effectiveness of physical therapy as a treatment approach. The findings indicate that this issue results from a combination of physiological and behavioral factors. Physical therapy has emerged as an effective alternative for treatment. Therefore, future research should prioritize the long-term evaluation of physiotherapeutic interventions, the emotional impact of urinary incontinence, and the comparative effectiveness of different therapeutic techniques, in addition to developing preventive strategies.
Keywords: Urinary Incontinence, Postpartum, Kegel Exercises, Physical Therapy Treatment, Electrostimulation, Biofeedback.
1. INTRODUÇÃO
A perda involuntária de urina após o parto afeta um grande número de mulheres e prejudica a qualidade de vida, gerando impactos físicos, emocionais e sociais (Santos et al., 2020). A parturição normal está freqüentemente associada a um maior risco de fraqueza nos músculos do assoalho pélvico, problema que pode ser tratado de forma eficaz com intervenção fisioterapêutica(Pereira, 2020). No entanto, muitas mulheres não têm acesso ou conhecimento adequado sobre esses tratamentos (Carvalho et al., 2021).
Durante o processo da parturição normal, ele representa um dos maiores fatores de risco para o surgimento da disfunção urinária em mulheres após o parto, como descrito por Pereira (2020). As pressões mecânicas envolvidas, assim como o aumento da musculatura do pavimento pélvico, podem causar ferimentos que prejudicam a função esfincteriana (Carvalho et al., 2021). Dessa forma, a prevenção adequada, juntamente com o tratamento da IU, torna-se fundamental para a gestão eficaz dessas pacientes.
A incontinência urinária (IU) é uma condição comum em mulheres após o parto, especialmente aquelas que passaram por partos normais. De acordo com Baracho (2019), essa condição surge devido a alterações físicas e anatômicas que ocorrem durante a gravidez e o parto, que predispõem as mulheres a fraquezas no assoalho pélvico, afetando a pélvis e, consequentemente, causando a IU. Essa condição prejudica negativamente a qualidade de vida das mulheres afetadas, tanto fisicamente quanto emocionalmente, conforme apontado por Santos et al. (2020).
Devido ao enfraquecimento do assoalho pélvico, que pode ocorrer durante a gestação e o parto (CARVALHO et al., 2021). Esse problema é frequentemente agravado pela falta de informações sobre a importância do fortalecimento dessa musculatura, o que resulta em baixa adesão ao tratamento recomendado (PEREIRA, 2020).
Vários fatores estão associados ao desenvolvimento da incontinência urinária (IU) em mulheres após o parto. Dentre eles, destacam-se a idade materna, o número de partos, o modo de parto e o peso do bebê, como relatado por Costa e Fernandes (2020). Mulheres mais velhas e aquelas que passaram por múltiplos partos apresentam maior risco devido à pressão adicional exercida sobre o assoalho pélvico, fator que pode comprometer sua função. Além disso, condições como predisposição genética, sobrepeso e histórico de problemas urinários preexistentes também estão frequentemente envolvidos no surgimento da IU (LOPES e BARROS, 2021).
O aumento da pressão abdominal durante a gestação, especialmente em mulheres com excesso de peso, agrava ainda mais a situação, afetando o assoalho pélvico e elevando o risco de desenvolver a condição. Nesse sentido, Guimarães e Oliveira (2021) sugerem que a prática regular de exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico e o controle do peso corporal desde o início da gestação podem ser estratégias eficazes para reduzir a incidência de incontinência urinária após o parto.
Além disso, o acompanhamento fisioterapêutico no pós-parto desempenha um papel crucial em evitar complicações futuras. Baracho (2019) reforça a importância de intervir cedo, especialmente para mulheres que já apresentam sintomas mais leves nos primeiros meses após o parto, de modo a evitar que a incontinência urinária se agrave. Portanto, investir em prevenção e cuidados logo após o parto pode trazer benefícios significativos para a saúde da mulher, tanto a curto quanto a longo prazo.
A prevenção da perda de controle da bexiga começa antes mesmo do nascimento da criança. De acordo com Tavares e Rocha (2020), mulheres que realizam exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico durante a gravidez têm menos chances de enfrentar problemas de controle da bexiga após o parto. Esses exercícios ajudam a melhorar a resistência muscular e proporcionam um suporte fundamental para lidar com as mudanças no corpo durante a gestação.
A incontinência urinária tem um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, afetando tanto o bem-estar físico quanto o emocional. Segundo Martins e Nascimento (2020), muitas mulheres que sofrem de incontinência urinária desenvolvem sentimentos de vergonha, ansiedade e até depressão, o que afeta sua autoconfiança e relações sociais.
Com as limitação das atividades diárias e o medo de episódios de incontinência em público são fatores que contribuem para a redução da qualidade de vida.Pereira (2020)aponta que a falta de tratamento adequado o atraso no início do tratamento fisioterapêutico podem agravar os sintomas ,tornando o tratamento uma necessidade urgente.
2. METODOLOGIA
Este estudo foi conduzido por meio de uma revisão integrativa da literatura,, analisando 23 artigos selecionados com base em critérios de inclusão e coerência com o tema, dos quais 9 foram utilizados na discussão dos achados nas bases de dados eletrônicas: PubMed, SciELO, LILACS e BVS.Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: “incontinência urinária”, “pós-parto”, “fisioterapia”, “exercícios de Kegel”,“tratamento fisioterapêutico”, “eletroestimulação”, “Biofeedback” e “exercícios do assoalho pélvico.
Este artigo tem o objetivo, analisar os principais fatores que contribuem para a incontinência urinária após o parto normal e avaliar a eficácia da fisioterapia como abordagem terapêutica. Para inclusão desse artigo foram analisados estudos publicados entre 2015 e 2020, que abordaram os seguintes critérios: Critérios de Inclusão aqueles que investigaram a incontinência urinária em mulheres após o parto normal,avaliação da eficácia de intervenções fisioterapêuticas, incluindo exercícios de Kegel, eletroestimulação e Biofeedback.,artigos em inglês, espanhol e português.
Foram utilizados como critérios de exclusão estudos que não estavam disponíveis em texto completo, pesquisas que não utilizavam métodos quantitativos ou qualitativos claros, artigos que abordavam outras condições médicas ou tratamentos não relacionados à fisioterapia.
A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas. Na primeira, os títulos e resumos dos estudos encontrados foram avaliados por dois revisores independentes, que aplicaram os critérios de inclusão e exclusão. Na segunda etapa, os textos completos dos artigos selecionados foram lidos na íntegra para verificar a aderência aos critérios estabelecidos.Foi verificado estudos observacionais e relatos de caso. Esse critério visou assegurar a relevância científica e a confiabilidade das evidências apresentadas.
Os dados extraídos passaram por uma análise qualitativa para verificar a frequência dos fatores de risco recorrentes, bem como a quantidade de menções de diferentes abordagens terapêuticas. Segundo Minayo (2017), a análise qualitativa ajuda na identificação de padrões e tendências nos dados, o que contribui para uma compreensão mais aprofundada de aspectos investigados.
3. RESULTADOS
A perda involuntária de urina em mulheres multíparas de idade avançada está relacionada a fatores fisiológicos, anatômicos e comportamentais, impactando significativamente sua qualidade de vida, tanto no aspecto físico quanto emocional. Nos últimos anos, a fisioterapia do assoalho pélvico tem ganhado destaque como abordagem terapêutica para a incontinência urinária de esforço, com técnicas como os Exercícios de Kegel, a Eletroestimulação e o Biofeedback. Essas intervenções têm demonstrado eficácia na recuperação funcional do pavimento pélvico, contribuindo para a redução dos episódios de perda urinária e melhorando o bem-estar das pacientes.
Quadro 1-Principais Achados da Revisão Literária que foram utilizados nos métodos de inclusão para elaboração dessa discussão
Autor(es) e Ano | Objetivos do Artigo | Resumo dos Métodos | Resultados |
FERREIRA, P. G.; SOUZA, M. E. (2019) | Analisar a importância da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária. | Revisão bibliográfica de estudos publicados entre 1983 e 2003, utilizando as bases de dados MEDLINE e LILACS, para identificar fatores de risco associados a incontinência urinária em mulheres. | Identificou fatores de risco como idade, trauma do assoalho pélvico, fatores hereditários, raça , menopausa, obesidade, doenças crônicas e uso de certos medicamentos. |
GUIMARAES,L.L.;OLIVEIRA,A.C.(2020) | Identificou fatores de risco como idade, trauma do assoalho pélvico, fatores hereditários, raça , menopausa, obesidade, doenças crônicas e uso de certos medicamentos. | Revisão de literatura com busca de artigos relacionados aos fatores predisponentes à incontinência urinária feminina. | identificou fatores como idade avançada , multiparidade, menopausa, obesidade, constipação crônica e histórico familiar como predisponentes à incontinência urinária em mulheres. |
SANTOS, L.; COSTA, R. (2020 | Analisar a eficácia das intervenções realizadas no pós-parto para prevenção da incontinência urinária. | Revisão sistemática de estudos que avaliaram intervenções no pós -parto para prevenir a incontinência urinária. | As intervenções fisioterapêuticas no pós-parto o mostraram-se eficazes na prevenção da incontinência urinária, destacando a importância da fisioterapia precoce. |
TAVARES, C. M.;ROCHA, L. F. (2020) | Avaliar o impacto da intervenção fisioterapêutica na prevenção da incontinência urinária no pós-parto | Estudo de revisão avaliando o impacto da fisioterapia na prevenção da incontinência urinária no pós-parto | A intervenção fisioterapêutica precoce mostrou-se eficaz na prevenção da incontinência urinária no pós-parto, destacando a importância do acompanhamento fisioterapêutico |
VASCONCELOS,R.; ALMEIDA, M. (2020) | Analisar a contribuição da fisioterapia na prevenção e tratamento da incontinência urinária pós-parto | Revisão de estudos que investigaram a eficácia de diferentes abordagens de fisioterapia no tratamento da incontinência urinária pós-parto | fisioterapia é uma intervenção potencialmente eficaz para prevenir e tratar a incontinência urinária pós-parto, mas a evidência atual é limitada e não está bem consolida |
OLIVEIRA, S. L.; CASTRO, G. L. (2020) | Avaliar a eficácia dos exercícios do assoalho pélvico no tratamento da incontinência urinária. | Revisão de literatura analisando estudos sobre a aplicação de exercícios do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados e estudos de coorte publicados entre 2010 e 2020. | Os exercícios do assoalho pélvico mostraram-se eficazes na redução dos sintomas de incontinência urinária, melhorando a qualidade de vida das pacientes. A adesão ao tratamento foi um fator determinante para os resultados positivos. |
PEREIRA, M. (2020) | Identificar fatores de risco para incontinência urinária no pós -parto e avaliar internações preventivas. | Estudo de coorte prospectivo com 200 prospectivos acompanhados por 12 meses após-parto. Foram coletados dados sócio democráticos , obstétricos e informações sobre a prática de exercícios preventivos. | Idade materna avançada para parto vaginal e peso elevado do recém nascido foram identificados como fatores de risco significativos. Intervenções preventivas, como exercícios perineais durante a gestação , reduziram a incidência de incontinência urinária no pós-parto. |
SILVA, J. D.; BARBOSA, T. (2019) | Revisar a literatura sobre o uso de eletroestimulação e biofeedback no tratamento da incontinência urinária . | Revisão sistemática de artigos publicados entre 2005 e 2019 que investigaram a eficácia da eletroestimulação e do biofeedback em mulheres com incontinência urinária. Foram incluídos estudos com diferentes métodos . | Ambos os métodos fisioterapêuticos mostraram-se eficazes na melhora dos sintomas de incontinência urinária. A combinação de eletroestimulação e biofeedback apresentou resultados superiores em comparação ao uso isolado de cada técnica . |
Fonte: Autoria própria, 2025.
4. DISCUSSÃO
Essa análise vai ao encontro dos achados de Santos e Costa (2020), que apontam o parto vaginal normal como um dos principais fatores associados à disfunção do assoalho pélvico. Com esses fatores interligados diretamente com a condição esses autores buscaram um tratamento eficaz para minimizar os efeitos do pós parto e chegaram a conclusão que a fisioterapia pode desempenhar um papel importante na recuperação da musculatura comprometida.
A incontinência urinária pós-parto é um problema multifatorial, que envolve tanto aspectos fisiológicos quanto comportamentais. Ferreira e Souza (2019) destacam a relevância da fisioterapia como um recurso terapêutico fundamental, ressaltando que as intervenções precoces podem prevenir e minimizar os sintomas da incontinência urinária. Essa perspectiva é reforçada por Tavares e Rocha (2020), que enfatizam a necessidade de programas preventivos voltados para mulheres no período gestacional e pós-parto, visando fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.
Além disso, a relação entre fatores de risco e a incidência da incontinência urinária foi amplamente discutida por Guimarães e Oliveira (2020), que identificaram a idade materna como um fator que pode influenciar como também o número de partos e o tipo de parto como elementos centrais no desenvolvimento da condição.
Para Vasconcelos e Almeida (2020), apesar das evidências apontarem para os benefícios da fisioterapia na incontinência urinária pós-parto, ainda há uma carência de estudos longitudinais que avaliem o impacto a longo prazo dessas intervenções. Essa limitação também é mencionada por outros pesquisadores, como Martins e Nascimento (2020), que apontam a necessidade de mais investigações sobre os efeitos psicológicos da incontinência urinária nas mulheres, uma vez que o impacto emocional da condição pode levar ao isolamento social e à diminuição da qualidade de vida.
Entre as principais diferenças identificadas estão aquelas relacionadas à efetividade das práticas de fisioterapia. A eletroestimulador é muito eficiente para casos moderados a graves, a principal abordagem terapêutica para a maioria das mulheres (Oliveira e Pereira, 2021).
Na literatura aqui revisada se observou um consenso sobre a relevância dos fatores de risco como a idade, números de gestações e doenças prévias e os benefícios da fisioterapia do assoalho pélvico como eficiente para tratar a perda involuntária de urina no pós-parto.No entanto ainda existem algumas lacunas por preencher: Ausência de pesquisas de longa duração ,alguns dos estudos revisados apresenta um período de acompanhamento breve o que torna difícil a avaliação dos impactos em longos prazos (Guimarães e Oliveira, 2021).
A questão da perda de controle da bexiga após o parto nas mulheres tem sido extensivamente pesquisada devido ao seu impacto na qualidade de vida das mulheres.A pesquisa de Santos and Costa (2020) aponta que o parto vaginal normal é um dos principais elementos que contribuem para problemas no assoalho pélvico.Esses estudiosos explicam que a pressão exercida durante o trabalho de parto pode enfraquecer os músculos do perineal ,aumentado as chances de ocorrer a perda de controle urinário. Os resultados descobertos por Ferreira e Souza (2019) sustentam esse ponto de vista ao sugerir que a fisioterapia pode ser uma solução eficiente para reduzir os impactos desse problema de saúde se for iniciada logo no começo do tratamento.
Além disso, Guimarães e Oliveira (2020) discutiram extensivamente sobre como os fatores de risco estão relacionados à ocorrência da perda de controle urinário. Eles destacam que idade avançada das mães e ter vários filhos são aspectos críticos que afetam o surgimento desse problema de saúde. De acordo com o estudo de Pereira (2020), o peso do bebê recém-nascido está diretamente ligado ao aumento do risco porque um peso fetal maior pode exercer uma pressão adicional sobre os músculos pélvicos. Esses resultados indicam que é importante realizar um acompanhamento mais detalhado durante a gravidez para evitar a piora da situação.
Em relação aos tratamentos médicos, Oliveira e Castro (2020) examinaram os benefícios dos exercícios do assoalho pélvico no combate à perda involuntária de urina e chegaram à conclusão de que essa prática tem um efeito significativo na atenuação dos sintomas. Os pesquisadores destacam que seguir o tratamento de forma diligente é crucial para alcançar resultados mais satisfatórios. Adicionalmente, Silva e Barbosa (2019).
De acordo com Vasconcelos e Almeida (2020), apesar das evidências positivas em relação aos benefícios da fisioterapia existentes na literatura científica atualmente disponível para revisão e discussão no campo da saúde física e mental dos pacientes atendidos por profissionais dessa área específica de conhecimento e prática clínica especializada ou geral nas suas diferentes formas de manifestação clínico-terapêuticas individualmente adaptadas às necessidades específicas de cada usuário que busca a melhoria do seu estado de saúde ou condição física geral apresentada neste momento em questão de estudo ou investigação científica realizada por essas pessoas envolvidas nesse processo de cuidado clínico assistencial.
Outros aspectos importantes é a importância de programas preventivos durante a gravidez, segundo Tavares e Roch (2020). Sugerem que a prática de exercícios para fortalecer o assoalho pélvico durante a gestação pode reduzir consideravelmente a incidência de problemas de controle urinário após os partos recentes, comprovando Guimarães e Oliveira (2021). Além disso, apontam que manter o peso sob controle desde os primeiros estágios da gravide pode também ajudar a diminuir os riscos relacionados a essa condição específica.
Por último, as análises examinadas apontam para um consenso em relação à importância da fisioterapia como forma de tratamento para a incontinência urinária. No entanto existem lacunas que ainda necessitam ser preenchidas como por exemplo a falta de estudos prolongados e a ausência de diretrizes estabelecidas para a reabilitação do pavimento pélvico. Diante disso é importante que investigações futuras se concentrem na avaliação da efetividade de intervenções a longo prazo e na personalização dos tratamentos conforme as necessidades individuais de cada paciente.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A perda involuntária de urina é uma questão de saúde que afeta consideravelmente a qualidade de vida das mulheres após o parto no pós-parto, evidenciado ao longo durante estudo análise e observação enquanto pesquisa vai ser estuda- se primordialmente na pesquisa destacada ao longo durante o estudo análise associativa entre fatores como aumento da idade materna avançado, respectivamente multipartidas e o método modo de parto gênero do parto destaca a relevância importância da implementação estratégias preventivas e terapêuticas para reduzir, minimizar, abrandar, mitigado risco de perda urinária.
Para a incontinência urinária observou-se que a terapia física do assoalho pélvico que envolve métodos como os Exercícios de Kegel, Estimulação Elétrica e Biofeedback, apresentam-se como uma estratégia eficiente na reabilitação funcional do pavimento pélvico e na mitigação de possíveis problemas futuros.
A revisão abrangente da literatura realizada no estudo aponta que a implementação de intervenções logo após o parto. Além disso, o estudo destaca o impacto do comportamento em questões como seguir o tratamento corretamente mantendo o peso adequado podendo interferir diretamente nos resultados esperados A análise dos estudos escolhes revelam que mulheres que se mantêm ativas seguem sessões regulares com fisioterapeutas apresentam melhores desfechos clínicos destacando assim a importância da orientação em saúde para futuras mamães.
Em última análise foi estabelecido que é importante incluir exercícios para fortalecer o assoalho pélvico e medidas preventivas na rotina de cuidados antes e após o parto Para isso é sugerido que pesquisas adicionais sejam realizadas para avaliar os benefícios a longo prazo dessas intervenções e a criação de políticas públicas que incentivem o acesso das mulheres aos serviços de fisioterapia preventiva. Assim, será possível minimizar o impacto negativo da incontinência urinária e promover uma maior qualidade de vida para as pacientes.
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