FATORES ASSOCIADO AO USO EXCESSIVO DO SMARTPHONE E DISFUNÇÃO MÚSCULO ESQUELÉTICA EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7476837


Julia Karoline Alves Pachêco
Discente de Fisioterapia e Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.

Francisco Yure Soares de Sousa
Discente de Fisioterapia e Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.

Haertori da Silva Leal
Docente Orientador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá


RESUMO

INTRODUÇÃO: A tecnologia atualmente tem ocupado um espaço significativo na construção das relações humanas, isso se deve, a capacidade do telefone móvel de suprir a necessidade de uma comunicação imediata. Diante da grande inserção da tecnologia no ciberespaço, as pessoas utilizam o dispositivo móvel com certa frequência, sobre isso, o seu uso diário e por um longo período de tempo em consonância com a postura incorreta poderá gerar prejuízos à saúde, tais como, disfunções musculoesqueléticas. OBJETIVO: avaliar o tempo de uso do smarthphone e suas manifestações musculoesqueléticas em estudantes universitários. MÉTODOS: trata-se de um estudo transversal, mediante uma pesquisa de campo, observacional e quantitativa. A pesquisa foi realizada no Instituto de Educação Superior Raimundo Sá localizado na cidade de Picos Piauí. A amostra que foi selecionada ocorreu de forma não probabilística e de modo intencional do pesquisador. Foram selecionados 199 universitários. Após o consentimento, os universitários preencheram questionários para coletar informações socioeconômicas, sintomas de dor musculoesqueléticas e a respeito do tempo de uso do smartphone. RESULTADOS: observou-se que o perfil sociodemografico era do sexo feminino totalizando 79,4% (n=158) e solteiros 88% (n=175). Quanto a dor cervical constatou-se que a maioria tem cervicalgia 54.8% (n= 109) verificou-se também a classificação da intensidade da dor cervical, onde 19,2% (n= 38) dor leve, 31,4% (n= 63) dor moderada, 3% (n= 6) dor grave. Referente a idade, observou-se se uma faixa etária de 18-25 anos. Em relação ao estilo de vida 4,5% (n=9) fumam atualmente. Quanto a prática de atividade física   46,2% (n=92) não praticava atividade física. Em detrimento as condições de saúde, 31,7% (n=63) possuem distúrbio do sono. CONCLUSÃO: Foi constatado que na maioria do discentes da instituição possui disfunções musculoesqueléticas que aliado ao uso excessivo do smartphone e a má qualidade de sono levam a cervicalgia, associado ao estado civil solteiro, a escolaridade superior incompleta, e ao tabagismo, é responsável por alterar o funcionamento da dinâmica muscular desse segmento e compromete a qualidade de vida, tendo uma considerada prevalência de dor moderada e dor leve.

Palavras Chaves: Smartphone, disfunções musculoesqueléticas, universitários

ABSTRACT

INTRODUCTION: Technology has currently occupied a significant space in the construction of human relationships, this is due to the ability of the mobile phone to meet the need for immediate communication. Faced with the great insertion of technology in cyberspace, people use the mobile device with a certain frequency, about that, its daily use and for a long period of time in line with the incorrect posture can cause damage to health, such as musculoskeletal disorders. OBJECTIVE: To evaluate the time of smartphone use and its musculoskeletal manifestations in university students. METHODS: This is a cross-sectional study, through field, observational and quantitative research. The research was carried out at the Instituto de Educação Superior Raimundo Sá located in the city of Picos Piauí. The sample that was selected occurred in a non-probabilistic way and intentionally by the researcher. 199 university students were selected. After consent, university students completed questionnaires to collect socioeconomic information, musculoskeletal pain symptoms, and time spent using the smartphone. RESULTS: It was observed that the sociodemographic profile was female, totaling 79.4% (n=158) and single 88% (n=175). As for neck pain, it was found that most have neck pain 54.8% (n = 109) the classification of neck pain intensity was also verified, where 19.2% (n = 38) had mild pain, 31.4% (n = 38) = 63) moderate pain, 3% (n= 6) severe pain. Regarding age, an age range of 18-25 years was observed. Regarding lifestyle, 4.5% (n=9) currently smoke. As for the practice of physical activity, 46.2% (n=92) did not practice physical activity. To the detriment of health conditions, 31.7% (n=63) have sleep disorders. CONCLUSION: It was found that most of the institution’s students have musculoskeletal disorders that, combined with excessive smartphone use and poor sleep quality, lead to neck pain, associated with single marital status, incomplete higher education, and smoking, is responsible for altering the functioning of the muscular dynamics of this segment and compromises the quality of life, with a considered prevalence of moderate pain and mild pain.

Keywords: Smartphone, musculoskeletal disorders, university students

1 INTRODUÇÃO

Na última década a aquisição de aparelhos móveis conhecidos como smartphones cresceu pontualmente e estima-se que cerca de 1,1 bilhão de pessoas são portadoras dessa tecnologia (BUENO et al., 2016). O telefone móvel é considerado como multifuncional e possibilita o envio de mensagens de texto, acesso a conteúdo multimídia e conexão com o ciberespaço por um sistema de multi-redes, a chegada o smartphone na sociedade trouxe consigo inúmeras maneiras de aproximação e o encurtamento de distancias a medida que temos a comunicação favorecida (BUENO et., 2016).

A tecnologia atualmente tem ocupado um espaço bastante significativo na construção das relações humanas isso se deve a capacidade do telefone móvel de suprir a necessidade de uma comunicação imediata, o que consegue facilitar a convivência das pessoas trazendo uma maior comodidade, dessa maneira proporcionando pontos positivos da sua utilização (PANUCI et al., 2016).

Sabe-se que com os avanços da tecnologia, o smartphone passou a ser essencial no dia-a-dia das pessoas, tais aparelhos inovadores proporcionam a praticidade e rapidez na grande maioria de suas funções, contudo, há um aumento relevado de evidências as quais mostram que o seu uso diário e por um longo período de tempo em consonância com a postura incorreta poderá gerar prejuízos à saúde, tais como disfunções musculoesqueléticas (YANGSY et al., 2016).

De acordo com (VILELA et al., 2015) entre as desordens encontradas devido ao uso incorreto do smartphones pode se apresentar alteração na biomecânica da coluna cervical, devido a uma flexão excessiva desse segmento vertebral em que o usuário se posiciona em um ângulo em relação da tela do aparelho. Com essas modificações posturais, é interessante destacar que os indivíduos de uso continuo tenderão a apresentar disfunções musculoesqueléticas que poderão causar variações na funcionalidade desse segmento corporal.

A coluna vertebral no enfoque as sete vertebras cervicais e os músculos do pescoço formam uma estrutura de sustentação e que garante a estabilidade do pescoço, uma condição característica dessa estrutura é a vulnerabilidade ao estresse mediante fatores repetitivos e posições por tempos duradouros (LUÍS et al., 2014).

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Sociedade e o uso do smartphone

É notório que o uso do smartphone cresceu nas últimas décadas, visto que, vivemos sem uma sociedade imediatista na qual aspiram tecnologias cada vez mais avançadas e, que haja mais facilidade e rapidez quanto uso do aparelho celular.  De acordo com (PEREIRA et al.,2016), por se tratar de um instrumento de uso contínuo, de âmbito pessoal, profissional e lazer, o smartphone tornou-se objeto de extensão do homem em suas relações sistêmicas de uso.

Nesta perspectiva, inferimos que a propagação do uso do celular possibilitou novas conexões no ambiente tecnológico, oportunizando a otimização do tempo da população “O telefone passou a ser, mais do que nunca, particular e disponível a qualquer hora em qualquer lugar. Quando queremos nos comunicar com alguém, ligamos ou enviamos uma mensagem diretamente para a pessoa, e não para sua casa ou escritório” (GUIDINI, 2017).

Desta maneira, o aparelho celular veio para melhorar as formas de comunicação perante a sociedade, no entanto, com o seu uso excessivo a população vem detendo uma alta dependência passando inúmeras horas em seu telefone celular, causando diversos males a sua saúde. Segundo (OLIVEIRA et al., 2016), a variação do tamanho das telas dos dispositivos móveis e o surgimento do teclado virtual podem levar a uma maior velocidade na digitação, solicitando do usuário a realização de movimentos repetitivos, podendo desencadear diversas doenças no sistema musculoesquelético. Outrossim, podemos notar um risco nocivo quanto ao uso excessivo do smartphone perante a sociedade, podendo gerar inúmeros malefícios. Faz-se necessário refletir sobre o uso hiperbólico do smartphone, evitando assim detrimentos a saúde.

2.2 Contribuições do smartphone com a saúde da população

É notório que, nos dias atuais a sociedade vive com inúmeros benefícios que a tecnologia nos traz, alguns deles diz respeito a quantidade de informação que são levadas a uma pessoa em questão de segundos. Os aplicativos de saúde nos smartphones por exemplo, estão a cada dia mais sendo utilizados, a busca por respostas imediatas poderá estar atrelada ao mundo globalizado em que vivemos, tendo em vista que a todo instante existem aplicativos sendo desenvolvidos para monitorar algum tipo de doença.

De acordo com (OLIVEIRA, 2018), a era da informação resultou em um impacto na saúde. O uso de smartphone e aplicativos ajudam aos profissionais se atualizarem de forma rápida e pratica, a qualquer momento seu paciente poderá se comunicar rapidamente para tirar dúvidas, vindo a facilitar a vida destes, e, levando a informações fidedignas. Dessa forma, notamos que, no cenário atual a cada dia mais faz-se o uso do smartphone, e, trabalhar com esse dispositivo virou necessidade, sua inserção na vida da população gera mais conhecimento sobre a saúde.

2.3 Uso excessivo do smartphone e os riscos à saúde

Segundo (KWON et al., 2013) ,Os distúrbios osteomioarticulares  nos jovens são originados pelos movimentos repetitivos, sendo quase sempre executado em posturas inadequadas e pela tensão mínima na musculatura causada por essa utilização excessiva. Dentre estes distúrbios, incluem, dores cervical, nos ombros, cotovelo e punho, limitação de amplitude de movimento.

Conforme apresentado, pode se constatar que o uso do smartphone apresenta benefícios e malefícios, segundo (GONÇALVES et al., 2020), a utilização em excesso pode está incluída a casos patológicos que atrelados a postura incorretas sejam predispondo a desconforto e sobrecarga na região cervical e além de acometer outras estruturas, essa sintomatologia está intrinsecamente relacionada ao manuseio incorreto do aparelho. Dessa maneira, é valido ressaltar que a sociedade não dispõe de bons hábitos e boas condutas posturais no uso da tecnologia.

É interessante destacar, que a postura inapropriada associada por períodos extensos de utilização dos smartphones para o envio de mensagem de texto, acessar games, sites de pesquisa, contribuem para uma hipótese biomecânica que esteja ligada a micro traumas nas estruturas como: as vértebras e também como nos tecidos moles periarticulares, a redução da força dos músculos que compreendem essa articulação, a hiperatividade e aumento da fragilidade dos mesmos músculos, a interiorização da posição da cabeça e redução da amplitude de movimento, essas modificações estruturais podem estar relacionada a déficits de funcionalidade além da motivação aos quadros álgicos agudos e crônicos muito recorrentes nesse público estudado (SOARES, 2012).

De acordo com (SOARES, 2012), a utilização excessiva do smartphone em consonância a uma flexão exagerada da cervical pode levar a fadiga muscular, essa condição musculoesquelética pode ser ocasionada mediante esforços repetitivos, além um desconforto muscular que é característico por uma alteração na produção de força que é esperada ou recrutada em fato a consequência da deterioração de vários processos que resultará na redução da frequência em que esses músculos são ativados (GONÇALVES et al., 2020).

Com isso espera-se uma resposta contrátil deficiente por uma hiperativação desses segmentos musculares consonantes a uma utilização demasiada e reflete na hipo-ativação devido a essa sobrecarga.

O uso exacerbado do telefone móvel pode gerar condições agravantes ou desagradáveis na região do pescoço como as lesões por esforço repetitivo, esses problemas acontecem devido a uma prolongada e vigorosa visualização da tela do smartphone, com isso a necessidade de uma posição sustentada com o abaixamento da cabeça e a interiorização da cabeça que mantêm um trabalho continuo, se essa agressão aos tecidos dessa região mantiver uma durabilidade constante, podendo gerar sucessivas compensações poderá ter como consequência a síndrome do pescoço, atrelado a diversas outras patologias da coluna cervical (GONÇALVES et al., 2020).

Outra condição bastante presente em públicos que utilizam o telefone móvel é a cervicalgia que se apresenta através de movimentos de longa permanência ou em uma postura mantida por longos períodos, além de outras causas traumáticas (SATO, 2019).

Segundo esse mesmo autor os fatores de risco se enquadram como trabalho repetitivo, longa flexão do pescoço, estresse aumentado e entre outros. É importante mencionar que essa afecção musculoesquelética pode causar impactos negativos para a saúde das pessoas como a dependência medicamentosa, isolamento social que pode gerar a depressão, ainda dificuldades ergonômicas seja em um ambiente acadêmico como ambiente de trabalho, essas modificações se caracterizam por alterarem a qualidade de vida e a interatividade social, sendo provocado pela incorreta vinculação do celular (SATO, 2019).

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo e período

Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, de caráter analítico, que foi desenvolvido entre os meses de outubro a novembro de 2022, na cidade de Picos, Piauí, Brasil.

A pesquisa transversal é essencial para este estudo, pois, descreve a forma como o fenômeno se apresenta e é empregada em situações nas quais o acontecimento é relativamente constante no tempo, como nos estudos epidemiológicos (HOCHMAN et al., 2005).

3.2 Cenário e local do estudo

Picos, o mesmo encontra-se na região centro-sul do Piauí, a 320 quilômetros da capital Teresina, clima tropical quente e sub-úmido, com temperatura média entre 33 a 35ºC. Possui 78.627 habitantes, sendo a 403ª cidade mais populosa do país e a 3ª do estado, tem índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) de 0,698 e 93,8% da população possui celular para uso pessoal (IBGE, 2021).

O local de coleta aconteceu, em uma instituição de ensino superior (IES), sendo privada. Localizada na cidade de Picos, Piauí, Brasil. A IESRSA, Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, criado em 2006, contabiliza o número de 9 (nove) cursos de graduação, sendo 01 (um) de licenciatura e 8 (oito) bacharelados.

3.3 População do estudo

Participaram do estudo jovens e adultos (18 a 59 anos), independente das características demográficas, que possuíssem smartphone e façam uso rotineiro dele. Para desenvolvimento do estudo serão necessários 199 pesquisados, quantitativo obtido por cálculo amostral (www.openepi.com) baseado em uma população finita de 1500 alunos, prevalência de 18% de dor cervical em usuários de dispositivos móveis (XIE; SZETO; DAI, 2017), com precisão amostral de 5% e intervalo de confiança de 95%.

Foram incluídos no estudo, discentes que estivessem devidamente matriculados regularmente na IES no referido período da pesquisa, além de estarem com a frequência de presença diária atualizada. E, excluídos aqueles que tivessem diagnóstico de discopatias, fraturas ou lesões degenerativas severas na coluna cervical, fibromialgia, e cirurgias na coluna, tireoide, cabeça e/ou pescoço.

Além disso, mulheres grávidas em virtude da ocorrência de ajustes fisiológicos que levam a lassidão ligamentar, deficientes físicos devido as adaptações posturais e os cognitivos com dificuldades e impossibilidades no preenchimento dos questionários também serão excluídos da pesquisa.

3.4 Recrutamentos dos participantes

O recrutamento dos participantes ocorreu por meio de cartazes fixados em diversos locais na instituição (bloco, centros acadêmicos). Nestes cartazes foram informados o local específicos dias e horários de coletas. Além disso, os participantes foram convidados, informalmente, por meio de uma abordagem direta. Após leitura e explicação dos objetivos, dos riscos e dos benefícios do estudo, os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE A) que representa a sua autorização.

3.5 Procedimentos de coleta e variáveis

Após a autorização, os participantes foram submetidos a coleta dos dados que ocorreu em duas etapas. Na primeira etapa, os participantes foram submetidos a aplicação de 3 instrumentos de coleta de dados: 1) Questionário Epidemiológico e histórico de saúde 2) Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e 3) Questionário sobre o tempo de uso do smartphone e a sua relação com a dependência desse dispositivo eletrônico.

O questionário epidemiológico contou com (sexo, idade, cor, estado civil, escolaridade e classe social), estilo de vida (tabagismo, consumo de álcool, sono, prática de atividade física e saúde geral; histórico de saúde (deficiência visual, sono, peso, saúde geral e dor), (APÊNDICE B).

O Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), é um questionário desenvolvido para padronizar a mensuração de relatos de sintomas osteomusculares, o mesmo possui questões referentes a sintomas nos últimos 12 meses e nos últimos 7 dias, em nove regiões anatômicas: pescoço, ombros, cotovelos, punho/mão, região torácica, região lombar, ancas/coxas, joelhos, tornozelos/pés (ANEXO B).

Questionário sobre o tempo de uso do smartphone e a sua relação com a dependência desse dispositivo eletrônico: É um questionário desenvolvido pelos responsáveis da pesquisa, que condiz, a respeito da quantidade de tempo que os participantes utilizam o smartphone por dia, relacionando a interferência do dispositivo na interação interpessoal mediante a sua dependência ao eletrônico.

“Qual o tempo estimado em horas que você passa utilizando o celular (some os tempos ao utilizar o celular em ligações, passando mensagens de texto, nas  redes sociais, WhatsApp, jogando, ou outros aplicativas ou recursos. Horas por dia:” (até 04 horas, de 04 até 08 horas, de 08 até 12 horas, de 12 até 16 horas, de 16 horas até 20 horas, de 20 até 24 horas);

As aplicações dos questionários foram realizadas pelos pesquisadores e pela equipe técnica, todos previamente treinados e fazendo uso de “manual” para minimizar as interferências da abordagem e condução da coleta dos dados.

3.6 Análise estatística

Os dados coletados foram analisados pelo programa SPSS Statistics (versão 23.0) com estatísticas descritiva e analítica. As variáveis qualitativas foram descritas por sua frequência relativa (%) e absoluta (n). Em seguida foram disposta em tabela para discussão.

3.7 Aspectos éticos

Este estudo foi submetido e aprovado na Plataforma Brasil, onde foi apreciado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal do Piauí – (parecer nº 5.830.422), sendo assim, a coleta de dados se iniciou posteriormente a aprovação. Os participantes estiveram cientes quanto a conduta ética da pesquisa, objetivos e procedimento de coleta de dados e logo após assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (APENDICE A) em duas vias, preservando o direito de liberdade de participar ou desistir a qualquer momento do estudo.  Esta pesquisa teve como base a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que determina no Brasil os aspectos éticos das atividades de pesquisas em seres humanos (BRASIL, 2012). 

Esta pesquisa trouxe alguns riscos, que foram minimizados, dentre esses riscos está a contaminação da Covid19, foram tomadas as medidas orientadas pela OMS, mantendo o distanciamento entre os voluntários, a higienização das mãos com álcool 70%, antes e após a aplicação dos questionários e a orientação da utilização de máscaras para os participantes. Por se tratar de uma aplicação de questionários, abstendo os participantes de riscos iminentes de lesão, morte ou invalidez.

Foram aplicados três questionários: 1) questionário para coleta de dados epidemiológicos (sexo, idade, cor, estado civil, escolaridade e classe social) e o estilo de vida (tabagismo, consumo de álcool, sono, prática de atividade física e saúde geral) com 23 perguntas; 2) Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), com relatos de sintomas osteomusculares dos últimos 12 meses e 7 dias; e 3)Questionário sobre o uso do smartphone e as suas manifestações musculoesqueléticas, a respeito dos estabelecimentos que os participantes mais utilizam o smartphone, estabelecer a relação da presença de dor em decorrência de posições corporais em que o indivíduo adota ao utilizar o smartphone por um tempo indiscriminado e quantificar o tempo diário em que os usuários smartphone, passam utilizando esse eletrônico, seja em ligações, passando mensagens de texto, nas redes sociais, WhatsApp, jogando, ou outros aplicativas ou recursos. Foi garantido o anonimato dos participantes e sigilo das informações da coleta dos dados, sendo minimizados os riscos de constrangimento que possa vir a acontecer em alguns momentos, devido a alguns questionamentos quanto a dependência ao telefone celular, sendo feita a aplicação dos questionários de forma individual e separada do aglomerado de outros pesquisadores.

Os benefícios diretos desse estudo para os participantes ocorreram a distribuição de material educativo a respeito da prevenção de dores musculares pelo uso excessivo de celulares. Além disso, os resultados deste estudo serão apresentados a gestão da instituição para apoiar programas educativos/preventivos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tabela 1: Distribuição das variáveis socioeconômicas, estilo de vida de estudantes de ensino superior. Picos, 2022.

VariáveisN%
Socioeconômicas
Sexo  
Masculino4120,6
Feminino15879,4
Idade  
Entre 18- 25 anos17990,0
Entre 25- 35 anos157,5
Entre 35- 45 anos52,5
Estado Civil  
Solteiro17588,0
Casado199,5
Divorciado21,0
Namorando31,5
Raça/ Cor  
Parda(o)11557,8
Branca(o)6532,7
Preta(o)168
Amarela(o)31,5
Escolaridade  
Ensino Superior Completo2613,1
Ensino Superior Incompleto12964,8
Ensino Médio Completo3618,1
Ensino Médio Incompleto63,0
Ensino Fundamental Completo21,0
Classe Social  
Classe A31,5
Classe B31,5
Classe C3115,6
Classe D6834,2
Classe E9447,2  
Estilo de Vida                           
Tabagismo
Nunca fumou18090,5
Fuma atualmente94,5
Fumou anteriormente105,0
Consumo de bebida alcoólica
Não5829,1
Raramente9045,2
Com frequência5125,6
Diariamente00,0
Pratica atividade física
Pratica atividade física10753,8
Sedentário 92 46,2  
Condições de saúde
Distúrbio do sono
Sim6331,7
Não16668,3
Avaliação da saúde autorreferida
Muito boa157,5
Boa9045.2
Regular8442,3
Ruim94,5
Muito Ruim10,5
Queixa de dor cervical nos últimos 7 dias
Sim10954,8
Não9045,2
Intensidade da dor
Sem dor9045,4
Dor leve3819,2
Dor moderada6331,4
Dor grave63,0
 Dor muito grave0,5 
 Pior possível0,5 

Tabela 2: Questionário Nórdico do Sistema Esquelético

Questionário Nórdico do Sistema EsqueléticoN%
Pescoço  
Não8643,2
Sim, nos últimos 7 dias8743,7
Sim, nos últimos 12 meses2512,6
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor10,5
Ombros  
Não10452,5
Sim, nos últimos 7 dias6533,0
Sim, nos últimos 12 meses3014,5
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor0,00,0
Cotovelos  
Não18190,9
Sim, nos últimos 7 dias105,1
Sim, nos últimos 12 meses84,0,
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor0,00,0
Punhos e Mãos  
Não14171,6
Sim, nos últimos 7 dias3919,8
Sim, nos últimos 12 meses168,1
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor10,5
Quadril ou coxas  
Não14974,9
Sim, nos últimos 7 dias3417,1
Sim, nos últimos 12 meses168,0
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor0,00,0
Joelhos  
Não14070,7
Sim, nos últimos 7 dias4020,0
Sim, nos últimos 12 meses199,3
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor0,00,0
Tornozelos e pés  
Não16281,4
Sim, nos últimos 7 dias2713,6
Sim, nos últimos 12 meses105,0
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor0,00,0

Tabela 3: Tempo Estimado em horas da utilização smartphone do smartphone por dia

Tempo Estimado em horas da utilização smartphone do smartphone por diaN%
Até 04 horas157,5
De 04 até 08 horas8241,2
De 08 até 12 horas5125,6
De 12 até 16 horas3015,1
De 16 até 20 horas136,5
De 20 até 24 horas84,0

Conforme os dados da análise das variáveis socioeconômicas, o perfil predominante foi de estudantes do sexo feminino com 79,4% (n=158), pessoas entre 18 a 25 anos com 90% (n=179), solteiros com 88% (n=175), raça parda com 57,8% (n=115), quanto as escolaridades possuem o ensino superior com 64,8% (n=129) e 47,2% (n=94) pertencendo a classe E.

Em relação ao estilo de vida, 90,5% (n=180) nunca utilizaram o cigarro, 45,2% (n=90) raramente consomem bebida alcoólica, com predominância de 53,8% (n=107).

Em detrimento a condição de saúde, a avaliação autor referida de saúde foi analisada como boa sendo relativa a 45,2% (n=90) dos entrevistados, em relação a percepção sobre a qualidade do sono por parte dos entrevistados predominam sem distúrbios do sono com 68,3% (n=166), a respeito da queixa de dor cervical nos últimos 7 dias destaca-se 56,28% (n=112) com a presença de dor, em consonância a intensidade da dor 43,7% (n=87) respondem sem dor, em relação ao tempo estimado em horas da utilização do smartphone 41,2% (n=82) utilizam o aparelho de 4 a 8 horas diariamente.

Quanto à avaliação dos sintomas esqueléticos presentes no questionário nórdico, a presença de dor nos últimos sete dias na região do pescoço perpetua em 43,7% (n=87), em relação aos ombros 52,5% (n=104) não manifestam dor nessa região, 90,9% (n=181) não referem dor na região de cotovelos, 71,6% (n=141) não apresentam dor em punhos e mãos,  74,9 (n=149) não referem dor na região de quadril ou coxas,70,7% (n=140) não referem dor na região de joelhos,81,4% (n=162) não manifestam dor em tornozelos e pés.

A dependência do celular entre jovens universitários vem crescendo na atualidade, pela a tecnologia, facilidades e vantagens nas quais o aparelho proporciona. Entretanto, há indícios que o uso deste aparelho pode gerar malefícios à saúde. Segundo (SUWALEE et al., 2018), em um estudo realizado na República da Coreia 18,8% (n=185) dos usuários de smartphone apresentaram sintomas musculoesqueléticos em pelo menos em uma parte do corpo, no mesmo estudo constatou que problemas musculoesqueléticos estão entre os distúrbios ocupacionais mais comuns em muitos países e têm uma tendência crescente. Isso nos faz atentar sobre as consequências do uso exacerbado desse eletrônico, causando um alerta de saúde em todo o mundo.

Na presente pesquisa, foram investigadas variáveis socioeconômicas nas quais foram comprovados que estudantes universitários de sexo feminino, solteiras com faixa etária de idade entre 18-25 anos, de raça predominante parda. Estudo de (LOBO et al., 2022) análogo a este, elencado com universitários de enfermagem expôs que a prevalência de estudantes do sexo feminino, solteiras de raça parda podem ser elucidado pela baixa idade e pelo foco principal ser a formação acadêmica. Outro estudo de (LONG et al., 2016), coincide com os dados do estudo atual, onde, relata que, em relação à idade, indivíduos mais jovens são mais propensos a apresentar uso elevado do smartphone e sintomas de dependência do telefone celular do que indivíduos mais velhos.

No quesito escolaridade e classe social, o hodierno estudo constatou que indivíduos com ensino superior incompleto e de classe social E, foram a maioria no estudo, isso leva a observar que pessoas com o ensino superior incompleto passam a usar o smartphone por mais tempo em detrimento a passar um tempo prolongado estudando e ou resolvendo pendências pelo aparelho. Estudos de (NUNES et al., 2021), constatou também que o uso excessivo do smartphone são tentativas de minimizar estressores, como as demandas escolares, as incertezas do futuro, as pressões familiares e sociais, levando essa população a comportamentos viciantes.

Sobre o tempo estimado em horas que os universitários passam utilizando celular, a presente pesquisa evidenciou os estudantes passam de 04 até 08 horas utilizando o aparelho celular por dia, representando 41,2% da amostra. Concomitante a este achado, uma pesquisa feita por (BUENO 2016), relata que estudantes que tendem usar o aparelho por mais de 06 horas por dia apresentam maior escore de severidade de sintomas musculoesqueléticos em relação aos que utilizam o aparelho por menos de 02 horas por dia, entende-se que, o uso do smartphone está atrelado a possíveis dores musculoesqueléticas.

Outro estudo de (AZEVEDO et al., 2016) apontam que estudantes aos quais passam mais de 07 horas utilizando o eletrônico dispõe de dores cervicais, lombares, torácicas, adotando posturas incorretas o efeito cumulativo deste comportamento poderá gerar problemas futuros aliado ao comportamento sedentário que prejudicará o indivíduo expondo o mesmo a mais facilidades a ter doenças cardiovasculares com o passar do tempo.

Um estudo suíço fala sobre adolescentes que atrasam na hora de ir dormir, esta pesquisa foi feita com 362 estudantes, onde relatam dificuldade de sono durante a semana e diminuição da quantidade de horas de sono por dia em comparação aos que não usam o aparelho da forma exacerbada. (LEMOLA et al.,2015). Nesse sentido, o uso do smartphone sem restrição de horário, aumenta o risco de maior tempo de uso, o que faz com que haja um desperdício de tempo que seria necessário para demais atividades, como dormir e estudar (MOROMIZATO et al., 2017).

No contexto da atividade física já se opõe ao estudo do (LOBO et al., 2022) que apresenta que o habito de vida sedentário era maior no seu estudo, realizado com 298 acadêmicos de enfermagem de duas universidades do Nordeste do Brasil, onde desses 207 não praticavam atividades físicas representando 67,8% da amostra, em outro estudo realizado com 522 participantes foi possível observar também o grau de sedentarismo acentuado por partes dos acadêmicos, essa discrepância com o presente estudo pode ter se dado pelo cenário diferente das respectivas amostras, evidenciando um ponto positivo da população investigada (BUENO ET AL., 2017).

No estudo de (LOBO et al., 2022) mostrou que dos 289 entrevistados 90,3% (n=269) nunca terem fumado ou estavam fumando a há um período menor que um mês, referente a isso se assemelha ao atual estudo que também revela que 90,5% nunca terem fumado o cigarro, apresentando que o cigarro não relação direta ou aparente com a dor cervical discutida no trabalho. Ainda no estudo de (LOBO et al., 2022) revelou que 81,2% consumiam bebida alcoólica, se configurando ao atual estudo que demostra que 70,8 % consome bebida alcoólica com certa frequência ou raramente.

Na categoria da auto percepção de saúde, uma pesquisa realizada com 291 adolescentes entre 15 e 19 anos na cidade de Fortaleza Ceará (NUNES et al., 2021), onde analisaram a dependência do smartphone e atrelado a isso, a auto avaliação da saúde onde 55,9% (n=160) responderam ter uma saúde boa e 44,1% (n=) responderam não ter uma boa saúde, diante disso comparado ao presente estudo os pesquisados tinham a prevalência uma saúde boa, representando 45,2% e uma saúde regular de 42,3 %, sobre isso a perspectiva de saúde dos universitários da Instituição da pesquisa é de caráter satisfatório.

Na mesma pesquisa acima (Nunes et al., 2021), foi analisado a condição de sono dos participantes onde 68,2% (n=195) responderam que dormem bem e 31,8% (n=91) mencionaram que não dormem bem, em contrapartida, o atual estudo demonstra que os  participantes tem um sono de qualidade e esse critério não estaria relacionado para repercutir na dor cervical, visto que uma boa qualidade de sono é essencial para uma condição musculoesquelética saudável, segundo (FREITAS et al., 2020).

Na análise de (BUENO ET AL., 2017), foi observado que a dor na região cervical, foi predominantemente acentuada devido ao uso excessivo do smartphone, a dor se manifestou nos últimos 7 dias representado 25,48% do total de 522 participantes e nos últimos 12 meses, 61,49% do mesmo total de participantes. Outro estudo de (BENINI et al., 2022) mostrou também a dor na região cervical associada ao uso excessivo do smartphone, devido a postura em anterioridade, o que pode refletir em problemas musculoesqueléticos para essa estrutura corporal. Consoante a isso, se mantém de forma igual a pesquisa que está sendo desenvolvida, onde 43,7% da população mencionaram dor nessa região nos últimos 12 meses.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto considera-se que, o uso excessivo do smartphone acarreta sérias disfunções musculoesqueléticas para os indivíduos, dessa forma, constata-se que o uso demasiado do celular contribui para desencadear diversas complicações na região do pescoço se utilizado a posturas incorretas. Com esse estudo sistemático, observou-se que a região do pescoço é a mais afetada em decorrência do dispositivo móvel comparada as outras regiões corporais.

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