REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7840326
Adilma Leite Torres Lira
Adelma Leite Torres Ramos
Alline Torres Carvalho
RESUMO – O presente trabalho tem como objetivo principal promover a integração, troca de experiências, bem como atualização e discussão sobre a importância do mesmo. Neste sentido, a relação escola x família é imprescindível à melhoria dos índices da qualidade da educação. A família como espaço de construção da identidade dos cidadãos firmando parceria com a escola para juntos promoverem o desenvolvimento pleno do educando, é através dessa participação que se desenvolve a consciência social crítica e também o sentido da cidadania para que juntos – família x escola – possam fazer da escola um espaço democrático. Reconhecer através deste artigo as múltiplas relações sociais, econômicas e políticas na formação de cidadãos críticos, participativos e construtores de uma sociedade mais responsável, justa, humana e fraterna. Portanto, uma boa relação entre a família e a escola deve estar presente em qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo, o aluno. A escola deve também exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo, informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho escolar e social aos educandos.
Palavras-Chave: Escola, Família, Reciprocidade, Cidadania e Sociedade.
1. INTRODUÇÃO
A escola e a família, assim como outras instituições, vêm passando por profundas transformações ao longo da história. Estas mudanças acabam por interferir na estrutura familiar e na dinâmica escolar de forma que a família, em vista das circunstâncias, entre elas o fato dos pais e/ou responsáveis terem de trabalhar para ajudar no sustento da casa, tem transferido para a escola algumas tarefas educativas que deveriam ser suas. No enfoque sociológico a relação escola-família é vista em função de determinantes quer sejam ambientais ou culturais. A relação entre a educação e a classe social mostra certo conflito entre as finalidades socializadoras da escola (valores coletivos) e a educação familiar (valores individuais), ou seja, entre a organização da própria família com os objetivos da escola.
Tendo em vista, essas mudanças ocorrem em função de diversos fatores, entre eles a emancipação feminina, que os papéis da escola foram ampliados para dar conta das novas demandas da família e da sociedade. Negar este fato é agir fora da realidade, pois as mudanças na família além de afetar a sociedade como um todo, afeta também a educação dos filhos refletindo indiscutivelmente sobre as atividades desenvolvidas pela escola. Pensando nisso, elaborou-se este trabalho com uma dinâmica metodológica voltada ao fortalecimento dos laços de aproximação entre a escola e a família, almejando uma parceria que crie uma atmosfera favorável ao desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes nesses dois ambientes socializadores e educacionais.
A intervenção dos pais na educação dos filhos é indiscutivelmente essencial. Dar apoio e cuidados adequados ao filho é uma responsabilidade bastante exigente. Muitas vezes, os pais estão preocupados/envolvidos com outros problemas (profissionais, pessoais, econômicos, financeiros) e até se esquecem de dar atenção aos seus filhos, o que leva muitas vezes a um afastamento entre pais e filhos, e isso, provoca uma defasagem na aquisição, consolidação e concretização da aprendizagem. É fundamental que os pais se integrem na vida escolar ativa dos seus filhos, de forma a conseguirem dar todo o apoio que eles necessitam no seu crescimento escolar. Percebe-se que se faz necessário retomar algumas questões no que se refere à escola e à família tais como: suas estruturas e suas formas de relacionamentos, visto que, a relação entre ambas tem sido destacada como de extrema importância no processo educativo das crianças e dos jovens.
O método predominantemente utilizado é o qualitativo, que segundo Silva e Menezes (2005), apresenta o ambiente natural como fonte direta para coleta de dados no qual o pesquisador tende a analisar seus dados indutivamente.
A pesquisa está dividida em dois capítulos, além da presente introdução. O primeiro capítulo é intitulado: A influência familiar e escolar no desenvolvimento intelectual e afetivo do estudante; O segundo traz abordagens sobre: A sociedade, a escola e a família no processo de construção da cidadania.
2. DESENVOLVIMENTO
3. CAPÍTULO I
3.1 A INFLUÊNCIA FAMILIAR E ESCOLAR NO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E AFETIVO DO ESTUDANTE.
A família é a primeira instituição em que o estudante encontra um espaço natural para o seu desenvolvimento. Cabe salientar que as instituições de um modo geral acompanham o desenvolvimento social, com a família não tem sido diferente, tem se modificado a cada período histórico, tanto em sua estrutura, função, modo de conceber a aprendizagem, valores e costumes.
A concepção de família tem se modificado ao longo do tempo, cada período histórico influenciou e continua influenciando nesta primeira instituição. Nesse sentido, não podemos se a ter somente a um modelo familiar, é necessário compreendê-la como uma instituição com várias estruturas e papéis diferentes, ou seja, há famílias com laços de sangue e formada por laços afetivos.
As famílias de modo geral, passam por momentos característicos e próprios do seu ciclo vital, sendo assim,
[…] todas vivem crises e dificuldades, associadas à educação e ao crescimento dos filhos, as mudanças que se produzem no caráter do casal, ao que tem como protagonista algum dos progenitores – ou ambos – e o seu mundo fora da família (trabalho, relações, etc), a acontecimentos tais como, por exemplos, separações, divórcios, etc (SALVADOR et al., 1999, p. 158).
Pode-se considerar que essas mudanças citadas acima são introduzidas à estrutura e às relações da família que englobam tensões e resistências provocando o desequilíbrio familiar. Essas mudanças são importantes para a formação de novas reestruturações, adaptando-se às novas situações familiares. Como todos os sistemas, as famílias são organizadas por meio afetivos e emocionais, com funções e objetivos que almejam ser alçados, deste modo, “a família tem as funções psicossociais de proteger os seus membros e favorecer a sua adaptação à cultura à qual pertencem” (SALVADOR et al, 1999, p. 158).
Documentos de aparato legal também aborda a função da família e dentre esses se encontra na Constituição Federal de 1988, que descreve em seu Art. 227 o dever da família em oferecer o cuidado, a proteção e a educação.
Como todos os sistemas, as famílias são organizadas por meio afetivos e emocionais, com funções e objetivos que almejam ser alçados, deste modo, “a família tem as funções psicossociais de proteger os seus membros e favorecer a sua adaptação à cultura à qual pertencem” (SALVADOR et al, 1999, p. 158).
É importante destacar que o dever da família é definido dentro da lei nacional, deste modo, cabe a ela cumprir com suas funções, dentre essas o dever de pais e/ou responsáveis em matricular seus filhos menores na instituição escolar. A relação entre a instituição familiar e a instituição escolar acontece dentro da perspectiva em atender a tal função. O papel da instituição escolar e da instituição familiar se tornam imprescindíveis para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo do aluno. O papel de cada instituição supracitada é diferente, porém se complementam. Sendo assim:
As práticas educativas divergem quanto ao grau de controle que os pais exercem sobre o comportamento dos filhos. Essa dimensão é crucial ao desenvolvimento da pessoa, desde que, mediante a orientação e controle que os outros exercem, aprendam a controlar e a regular a nossa conduta de maneira autônoma (SALVADOR, 1999, p. 165).
Com essa conduta a família estabelece um elo entre a escola, possibilitando que as práticas pedagógicas tenham a dinâmica de explicar conteúdos, tomar decisões, compartilhar problemas, conflitos, dúvidas, ansiedades, expectativas e satisfações, levando em conta o respeito e a autonomia. Esse comportamento é possível mediante a comunicação estabelecida na instituição escolar, esta tem a função de promover o crescimento humano, auxiliando o aluno a ser protagonista de sua própria história, envolvendo a família no processo de ensino e aprendizagem.
3.2 A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA
Vida familiar e vida escolar perpassam por caminhos concomitantes. É quase impossível separar aluno/filho, por isto, quanto maior o fortalecimento dessa relação família/escola, tanto melhor será o desempenho escolar desses filhos/alunos. Nesse sentido, é importante que família e escola saibam aproveitar os benefícios desse estreitamento de relações, pois isto irá resultar em princípios facilitadores da aprendizagem e formação social do estudante.
[…] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p. 99).
Em vista disso, é que destacamos a necessidade de uma parceria entre Família e Escola, visto que, apesar de cada uma apresentar valores e objetivos próprios no que se refere à educação de uma criança, necessita uma da outra e, quanto maior for à diferença maior será a necessidade de relacionar-se. Essas diferenças e necessidades ficaram evidentes durante as entrevistas realizadas com as famílias para a realização deste trabalho. Porém, é importante ressaltar que nem a escola e nem a família precisam modificar a forma de se organizarem, basta que estejam abertos à troca de experiências mediante uma parceria significativa. A escola não funciona isoladamente, faz-se necessário que cada um dentro da sua função, trabalhe buscando atingir uma construção coletiva, contribuindo assim, para a melhoria do desempenho escolar das crianças.
4. CAPÍTULO Ii
4.1 A SOCIEDADE, A ESCOLA E A FAMÍLIA NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA
A família e a comunidade lançam visão e cobranças à escola. Mas a escola não é a única instância de formação de cidadania. Aperfeiçoar cidadãos supõe instituições onde se possa resgatar a subjetividade inter-relacionada com a grandeza social do ser humano, em que a produção e diálogo do conhecimento ocorram através de práticas participativas (sociedade, escola, família) e criadoras, inovadoras.
Trata-se de uma instituição da sociedade na qual a criança atua efetivamente como sujeito particular e social. É um lugar concreto e principal para a formação de significados e para construção da cidadania: na medida em que aprove a aprendizagem de informação crítica e criativa, colabora para formar cidadãos que operem na junta entre Estado e a comunidade civil. A sociedade colabora e muito na constituição do sujeito em formação. Está aliada aos outros dois fatores citados anteriormente – escola e família – podem formar, ou não, base para construção da cidadania. Sendo assim, elas podem incluir, mas também excluir seus participantes do processo de desenvolvimento integral.
Segundo Alencar (1993) a produção do fracasso escolar advém de comprometimentos na estrutura da família e da escola e do próprio sistema político e econômico de nossa sociedade. Fracassando-se a educação, podemos interpretar que se dificulta, para dizer que se fracassa também, o processo de construção da cidadania.
Torna-se praticamente impossível dicotomizar esses três pilares do processo educacional, pois entendendo o sujeito como aluno, filho e cidadão em formação ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não cabe somente à escola, até porque aprendemos também em outros espaços não institucionalizados de ensino. Nesse processo, a sociedade e a família contribuem juntas com a escola. Os valores do mundo social (sociedade, família, escola) onde a criança está inserida auxiliam na definição desse mundo e servem de modelos para suas atitudes e comportamentos. Forma-se sua personalidade, seu desenvolvimento pessoal e intelectual, consequentemente reflete no perfil de cidadão que virá a ser.
O ambiente familiar é o ponto primário da relação direta com seus membros, onde a criança cresce, atua, desenvolve e expõe seus sentimentos, experimenta as primeiras recompensas e punições, a primeira imagem de si mesma e seus primeiros modelos de comportamentos – que vão se inscrevendo no interior dela e configurando seu mundo interior. Isto contribui para a formação de uma “base de personalidade”, além de funcionar como fator determinante no desenvolvimento da consciência, sujeita a influências subsequentes (DE SOUZA & JOSÉ FILHO, 2008).
É trabalho principal tanto dos pais, como também da escola o trabalho de modificar a criança imatura e ingênua em cidadão amadurecido e participativo, influente, consciencioso de seus deveres e direitos. E que este ser em desenvolvimento seja em tempo futuro um homem consciente, crítico e autônomo expandindo valores éticos, espírito arrojado capaz de interatuar no meio em que habita.
A constante integração entre a família, a escola, a sociedade e o ser em formação, constitui como elemento fundamental e indispensável. Sendo a convivência do ser humano em sociedade e família, torna-se essencial a participação dessas esferas no processo constituidor da cidadania.
4.2 FAMÍLIA: MUDANÇAS ATUAIS E RESPONSABILIDADES ANTIGAS
Nos últimos vinte anos, várias mudanças ocorridas na sociedade atual relacionadas ao processo de globalização da economia capitalista vêm interferindo na dinâmica e estrutura familiar e possibilitando mudanças em seu padrão tradicional de organização. Conforme os estudos de Pereira (1995), a queda da taxa de fecundidade, o declínio no número de casamentos, o aumento de famílias onde os pais não vivem juntos, entre outros aspectos, tornam as famílias dos dias atuais bem diversificadas. No passado era possível definir a família com o pais, filhos e outros parentes vivendo num mesmo ambiente, hoje em dia isto mudou, além de muitos pais viverem separados, existem outros aspectos, como destaca Dias (2005, p. 2 10) :
A família é um grupo aparentado responsável principalmente pela socialização de suas crianças e pela satisfação de necessidades básicas, ela consiste em um aglomerado de pessoas relacionadas entre si pelo sangue, casamento, aliança ou adoção, vivendo juntas ou não por um período de tempo indefinido.
Muito embora, é necessário ressaltar que essas mudanças não devem ser encaradas como tendências negativas, ou sintomas de “crise”. A aparente desorganização da família é um dos aspectos da reestruturação que ela vem sofrendo, os papéis sociais atribuídos entre o homem e a mulher tendem a se modificar não só no lar, mas também no trabalho, na rua, no lazer e em outras esferas da atividade humana. Portanto, não se pode mais falar de família, mas de “famílias”, para que se possa tentar entender a diversidade de relações que convivem em nossa sociedade. A família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando.
4.3 PARTICIPAÇÃO NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS
A participação na vida escolar dos filhos é de suma importância para o desempenho do aluno, pois quando os pais acompanham a criança em todo o seu processo de desenvolvimento educacional esta se sente valorizada e importante na vida de seus pais. Tais sentimentos somente contribuem para o seu aprendizado. Existem muitas maneiras dos pais participarem deste processo, sendo que algumas contribuições se tornam muito relevantes como o auxílio nas tarefas escolares, o incentivo à leitura e o seu envolvimento nos eventos pedagógicos ocorridos na escola
Um aspecto que atualmente tem sido alvo de muitas controvérsias, principalmente entre pais e educadores é o auxílio às tarefas que a escola envia. Nesta questão, destaca a psicopedagoga Parolin (2007, p. 68) em suas pesquisas com pais e alunos:
Observo que, apesar das teorias que embasam a nossa prática educativa, os testemunhos vêm inflamados de emoção e distantes das teorias preconizadas. Essa realidade vivida não corresponde ao que os educadores gostariam de viver. Encontrei no tema lição de casa uma realidade que é vivida/ sofrida e distante da idealizada. (…) Poucas escolas, educadores ou crianças falam bem e de forma construtiva dessa “ tarefa”. Parece que a lição de casa está envolta em uma sombra que gera muita emoção e precisa ser clareada. Ela é, ou tem sido, em muitas escolas e famílias, uma tarefa que não tem servido para nada, e não é responsabilidade de ninguém especificamente.
Assim, conforme os estudos da pesquisadora citada, muitas famílias e professores têm dificuldade em definir o real objetivo das tarefas de casa, pois, na grande maioria, entraves como: os alunos a executam somente para “ganhar pontos”; os pais é que realizam os deveres pelo filho já que estes não sabem como fazê-lo; é feita de forma mecânica, como algo forçado e obrigatório; o professor não esclarece seus reais objetivos; a tarefa é imposta para castigar o aluno.
4.3.1 A presença dos pais na Escola
Quanto maior for a parceria entre escola e família, mais positivos e significativos serão os resultados da aprendizagem da criança. A participação dos pais na educação dos filhos deve ser constante e consciente, de acordo com Parolin (2007, p. 36): “A qualidade do relacionamento que a família e a escola construírem será determinante para o bom andamento do processo de aprender e de ensinar do estudante e o seu bem viver em ambas as intuições”.
O dever da família com o processo de escolaridade e a importância da sua presença no contexto escolar é publicamente reconhecido na legislação brasileira e nas Diretrizes do Ministério da Educação aprovadas no decorrer dos anos 90. Algumas destas constatações podem ser verificadas em publicações como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90 em seu artigo 20 5
Destaca que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Desta forma, verifica-se a importância do envolvimento da família na própria ação pedagógica da escola. Os pais devem interagir com os professores não somente nas reuniões pedagógicas, mas em outros momentos como na construção do Projeto Político Pedagógico, na participação de uma aula, entre outros, como evidência Vasconcelos (1989, p. 128):
5. CONCLUSÃO
Evidenciou-se o quanto é importante e benéfica à relação Família/Escola no processo educativo do estudante. Tanto a família quanto a escola são referenciais que embasam o bom desempenho escolar, portanto, quanto melhor for o relacionamento entre estas duas instituições, mais positivo será esse desempenho. Todavia, a participação da família na educação formal dos filhos precisa ser constante e consciente, pois vida familiar e vida escolar se complementam. Porém, não existe uma fórmula mágica para se efetivar a relação família/escola, pois, cada família, cada escola vive uma realidade diferente. Igualmente, a interação família/escola se faz necessário para que ambas conheçam suas realidades e construam coletivamente uma relação de diálogo mútuo, buscando meios para que se concretize essa parceria, apesar das dificuldades e diversidades que as envolvem. O diálogo promove uma maior aproximação e pode ser o começo de uma grande mudança no relacionamento entre a Família e a Escola.
O cidadão que a sociedade tanto deseja, que tanto espera, começa a ser formado, a ser “moldado” logo nos primeiros dias de vida, e continua sendo formado por toda a vida. Logo, não se pode pensar em construção de cidadania a partir de um determinado período de vida de um sujeito. Todas essas questões devem ser pensadas e colocadas em prática para que consigamos uma sociedade mais ativa. Temos que viver em luta contínua pela cidadania plena fazendo com que a educação – mas não somente ela – seja o degrau para isso. Assim poderemos obter uma sociedade mais justa, mais participativa e com cidadãos bem mais conscientes.
Portanto, ser um cidadão é estar inserido nos contextos vivenciado neste ensaio; é poder agir e interagir com a sociedade, extraindo dela e contribuindo para ela com toda potencialidade conveniente a um cidadão; é ser respeitado e respeitar, é falar e ser ouvido, é questionar, é participar dos atos públicos com autonomia. Ser cidadão é poder ir e vir sem restrições, ser cidadão é ter o direito a um ensino de qualidade, é ter um lar, é poder ter um trabalho digno que o remunere com equidade. E é dentro do seio familiar, da escola e da sociedade ao qual está inserido que o cidadão forma e toma consciência de seus direitos e deveres.
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.394: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, p. 1-9, dez. 1996. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 07 abril 2021.
DE SOUZA, Ana Paula; JOSÉ FILHO, Mário. A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional. In: Revista Iberoamericana de Educación. Edição 44/7, de 10/01/2008. Acesso em 07 Abril.2021.
DIAS, Maria Luíza. Vivendo em família. São Paulo: Moderna, 2005.
ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente Pará. Belém: CEDC A/SETEPS, 2002. Fortaleza, 2003
PAROLIM, Isabel. As dificuldades de aprendizagem e as relações familiares.
PAROLIN, Isabel Cristina Hierro. Pais e Educadores: quem tem tempo de educar? Porto Alegre: Mediação, 2007.
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1984.
SALVADOR, C. C. et al. (org.). Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artes MédicasSul,1999.
SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4ª ed, Florianópolis, 2005.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. 7. ed. São Paulo: Libert ad, 1989.